Você está na página 1de 222

2015

Relatório
DO CONSELHO de Administração
mensagem
do presidente
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira

1
Um exercÍcio combativo
Em 2015, a Secil continuou Apesar das contrariedades, as equi-
a desenvolver o seu caminho de pas da Secil lograram exceder de
mudança, adaptando-se à nova forma expressiva os resultados al-
configuração da economia portu- cançados no exercício anterior. Pa-
guesa e robustecendo a sua atua- ralelamente, manteve-se e até se
ção internacional. consolidou uma actuação empresa-
rial focada na sustentabilidade e na
Em Portugal, onde se obteve um responsabilidade social, alargando
bom desempenho operacional, o para várias geografias melhores
mercado dá sinais contraditórios de práticas de gestão industrial e de
uma eventual retoma tímida, muito relacionamento institucional e co-
ancorada no segmento da reabilita- munitário.
ção. A exportação a partir de Por-
tugal, com a consequente criação No conjunto das nossas operações A todos quantos trabalham na Secil
de valor acrescentado para o país, estabilizadas assistimos em 2015 a deixamos o nosso reconhecimento
continua a representar uma percen- resultados positivos e a uma traje- pelo esforço empreendido na su-
tagem elevada da produção, haven- tória de aproximação a um retorno peração de todas as dificuldades e
do que antecipar desde já os efeitos sobre capitais mais adequado. na satisfação das necessidades de
dos constrangimentos que se farão todos os stakeholders. Sabendo-se
sentir na procura em mercados de No Brasil, atingiu-se o objectivo es- que estas dificuldades não se dissi-
destino de exportações com eco- sencial de inaugurar a nova unida- parão no curto prazo e que as exi-
nomias dependentes do preço dos de fabril, a mais moderna daquele gências do futuro requerem a mais
produtos petrolíferos. país, que entrou em velocidade de atenta e persistente actuação de
cruzeiro no final do ano. Tal veio todos os colaboradores, estamos
A Tunísia e o Líbano voltaram a afetar negativamente os resultados certos que a resiliência já demons-
manifestar alguma instabilidade globais neste exercício, por via das trada pela nossa empresa permitirá
política e económica, que afecta amortizações e dos custos de finan- continuar o processo de recupera-
os respectivos mercados da cons- ciamento do projecto. O potencial ção e renovação empreendido há
trução e do cimento. Não obstante, do mercado brasileiro e a elevada anos e que começa a dar os seus
as nossas unidades nesses países capacidade técnica existente na frutos.
conseguiram neste exercício supe- nossa empresa permitem-nos pre-
rar as dificuldades e ultrapassar as ver resultados robustos num prazo
expectativas. adequado.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 3

Pedro Mendonça
de Queiroz Pereira
João Nuno de Sottomayor
Pinto de Castelo Branco
Gonçalo de Castro
Salazar Leite
Francisco José Melo
e Castro Guedes
Carlos Alberto
Medeiros Abreu
1

Sérgio António João Luís Barbosa José Miguel Pereira Paulo Miguel Ricardo Miguel dos
Alves Martins Pereira de Vasconcelos Gens Paredes Garcês Ventura Santos Pacheco Pires

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
Presidente PEDRO MENDONÇA DE QUEIROZ PEREIRA
Vice-presidente JOÃO NUNO DE SOTTOMAYOR PINTO DE CASTELO BRANCO
Vogal GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE
Vogal FRANCISCO JOSÉ MELO E CASTRO GUEDES
Vogal CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU
Vogal SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS
Vogal JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS
Vogal JOSÉ MIGUEL PEREIRA GENS PAREDES
Vogal PAULO MIGUEL GARCÊS VENTURA
Vogal RICARDO MIGUEL DOS SANTOS PACHECO PIRES

COMISSÃO EXECUTIVA
Presidente GONÇALO DE CASTRO SALAZAR LEITE
Vogal CARLOS ALBERTO MEDEIROS ABREU
Vogal JOÃO LUÍS BARBOSA PEREIRA DE VASCONCELOS
Vogal SÉRGIO ANTÓNIO ALVES MARTINS
01
RELATÓRIO DE GESTÃO 02
O Grupo Secil em 2015 06
Principais Acontecimentos 17
Portugal 18
Líbano 23
Tunísia 26
Brasil 29
Angola 31
Cabo Verde 33
Perspetivas Futuras 35
Proposta de Aplicação de Resultados 37
2015
01 O GRUPO SECIL
O crescimento económico mundial es- das devido à desaceleração das econo-
timado para 2015 foi de 3,1% (ligeira- mias emergentes.
mente abaixo dos 3,4% de 2014), com
Assim, era expectável para a Secil em
as economias emergentes a crescer 4% e
Portugal que o exercício de 2015, à seme-
as economias desenvolvidas 1,9% (Wor-
lhança do exercício anterior fosse sujeito
ld Economic Outlook, FMI, janeiro 2016).
a incertezas e bastante influenciado pela
Estes valores resultam de uma revisão
situação económica e do setor da cons-
em baixa, face às anteriores previsões
trução em Portugal e da sua evolução.
(outubro 2015) e resultam sobretudo do
Nos restantes mercados onde o Grupo
desempenho dos mercados emergentes
atua, ainda que estes não se encontrem
e das economias em desenvolvimento.
em recessão, as economias da Tunísia e
No caso das economias emergentes, pre-
Líbano encontram-se condicionadas por
vê-se que em geral o crescimento será
outros fatores de instabilidade, nomea-
travado pelo fim de um crescimento as-
damente político e social, cujos desenvol-
sente na venda de matérias-primas cujos
vimentos nem sempre previsíveis podem
preços estão em queda. No caso das eco-
condicionar as atividades. No caso de
nomias desenvolvidas, esta revisão em
Angola, os impactos negativos decorren-
baixa deve-se maioritariamente aos Esta-
tes da evolução do preço do petróleo e as
dos Unidos, devido à apreciação do dólar.
dificuldades já sentidas desde o final de
No entanto, a maior revisão em baixa foi
2014 nos pagamentos ao exterior em re-
para o Brasil onde se estima que a que-
sultado das restrições cambiais impostas
bra do PIB tenha sido de 3,8%.
pelo Banco Nacional de Angola, perspeti-
A zona euro manteve o processo de re- vavam um quadro negativo para o setor
cuperação em 2015, embora a um ritmo da construção e obras públicas.
mais lento do que o antecipado inicial-
O ano de 2015 para o Grupo Secil, ficou
mente e o PIB terá crescido 1,5%. De
marcado pela aquisição da totalidade do
acordo com as últimas projeções do FMI
capital do Grupo Supremo. No final de ju-
a zona Euro está em recuperação, pre-
nho de 2015, o Grupo Semapa, através
vendo-se também para 2016 um cresci-
da participada NSOSPE – na qual a Secil
mento, estimado em 1,7%. Nos países da
detinha uma participação de 49,9% -, ad-
moeda única, o consumo privado mais
quiriu a restante participação do capital
forte, apoiado pelos preços mais baixos
social da Supremo Cimentos, S.A.. Em ju-
do petróleo e pelas condições financeiras
lho de 2015, a Secil comprou a totalidade
mais facilitadas, permitirá compensar o
do capital da NSOSPE à Semapa, passan-
enfraquecimento das exportações líqui-
do a deter direta e indiretamente 100%
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 7

01
da Supremo, pelo que se passou a conso- sua produção no dia 3 de abril e tendo a
lidar integralmente esta subsidiária. moagem de cimento iniciado a produção
no dia 19 de abril.
Com a integração do Grupo Supremo no
Grupo Secil, a capacidade de cimento O ano de 2015 revelou-se um ano posi-
instalada do Grupo aumentou cerca de tivo para o Grupo Secil no que respeita
dois milhões de toneladas, assumindo aos seus resultados operacionais, tendo
assim um papel importante na atividade sido registadas melhorias face a 2014,
e nos resultados do Grupo Secil de 2015 consubstanciadas no crescimento:
em diante. - do volume de negócios em 47,2 milhões
de euros (11%);
O ano de 2015 foi um ano muito impor-
- do EBITDA em 7,6 milhões de euros
tante para as nossas operações do Brasil.
(9,9%);
O projeto de construção da nova fábrica
- do EBIT em 10 milhões de euros (32,9%)
de Adrianópolis ficou concluído em abril,
sendo que a linha de clínquer arrancou a

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS


2015 2014 Variação
Volume de Negócios 478 672 431 426 11,0%
EBITDA 83 581 76 018 9,9%
EBIT 40 741 30 665 32,9%
Milhares de euros
O aumento dos resultados operacionais EBITDA de 34,9% em 2014 para 37,3%
do Grupo deveu-se à melhoria da per- em 2015.
formance das operações em Portugal. O
Em Angola, o ano de 2015 foi marcado
crescimento do EBITDA foi devido maio-
pelo decréscimo do mercado de cimento,
ritariamente às operações em Portugal,
afetado pelas dificuldades da economia.
onde este indicador aumentou 6 milhões
Apesar das condicionantes, as nossas
de euros.
operações aumentaram as suas vendas
Para o aumento do EBITDA em Portugal e o respetivo preço de venda, invertendo
contribuiu a evolução positiva do merca- a tendência de decréscimo dos mesmos,
do interno, tendo as vendas em quanti- que se vinha a verificar nos últimos anos.
dade na generalidade das unidades de Prosseguem as negociações com as au-
negócio, registado um aumento face ao toridades angolanas (UTIP e Ministério da

01
período homólogo. O resultado dos esfor- Indústria) tendo em vista a concretização
ços efetuados nos anos recentes, através do projeto da nova fábrica do Lobito.
do ajustamento da estrutura produtiva
No Brasil, verificou-se uma retração do
e de custos, num ano em que a procura
consumo privado, um abrandamento da
interna registou uma ligeira recuperação,
criação de emprego e uma forte redução
permitiram a obtenção de resultados su-
do investimento privado, tudo traduzido
periores.
numa redução da atividade económica
A performance operacional em 2015 no do país, e com impacto negativo no con-
cimento em Portugal foi muito positiva, sumo de cimento.
tendo sido efetuada uma gestão eficaz
Na região Sul, onde o Grupo Supremo
da capacidade produtiva e encontrando-
atua, o mercado caiu cerca de 6,9% face
se os custos de produção de clínquer e de
a 2014. A performance das operações do
cimento abaixo dos verificados em 2014.
Brasil em 2015 ficou marcada pela fina-
Na Tunísia, o ano de 2015 ficou marcado lização da construção e início de labora-
pela instabilidade política e social e por ção da nova fábrica de Adrianópolis, pelo
um clima de insegurança generalizado. que naturalmente os valores de vendas,
Apesar deste cenário, o mercado de ci- produções e resultados não são compa-
mento registou uma quebra muito ligeira ráveis com os registados em 2014. Ape-
face a 2014. No entanto o excesso de sar do aumento das vendas comparativa-
capacidade instalada teve impacto signi- mente a 2014 (+46%) e sendo este o ano
ficativo nos preços de venda. As vendas de arranque da nova fábrica, os resulta-
no mercado interno foram afetadas por dos estão impactados negativamente
este quadro concorrencial negativo e pela pela fase embrionária de vendas e pelo
agitação social e laboral, que impactou a registo dos custos inerentes ao arranque.
normal laboração da fábrica. A diminui-
É convicção do Conselho de Administra-
ção das vendas no mercado interno foi
ção que as diferentes medidas que têm
parcialmente compensada pelo acrésci-
vindo a ser implementadas, conjunta-
mo das vendas para exportação.
mente com a continuação do enfoque na
No Líbano, e após anos de crescimen- internacionalização irão conduzir o Grupo
to do mercado de cimento e deste ter a resultados ainda mais favoráveis e ní-
atingido máximos históricos, em 2015 veis de rentabilidade superiores.
o consumo de cimento decresceu cerca
de 8,6%, devido ao abrandamento do se-
tor da construção, afetado também pela
situação instável que se vive na região.
Destaca-se a melhoria da performance
da produção e a diminuição de custos
que permitiram o aumento da margem
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 9

Principais Indicadores Físicos Consolidados


Unidade 2015 2014 Variação
01
Capacidade Produtiva de Cimento 9 750 7 650 27,5%

Vendas
Cimento cinzento 1000 t 4 731 4 668 1,3%
Cimento branco 1000 t 80 73 10,4%
Clínquer 1000 t 482 633 -23,9%
Betão-Pronto 1000 m3 1 389 939 48,0%
Inertes 1000 t 2 179 1 792 21,6%
Prefabricados 1000 t 89 70 26,3%
Argamassas 1000 t 100 90 10,6%
Cal Hidráulica 1000 t 26 24 9,2%
Cimento-Cola 1000 t 15 12 31,2%

Pessoal
Colaboradores 2 647 2 071 576
Índice de Frequência de Acidentes* 11,2 14,2 -21%
Índice de Gravidade de Acidentes* 280,3 333,7 -16%
*IG e IF de colaboradores diretos e indiretos
DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS CONSOLIDADOS
01 2015 2014 Variação
Volume de Negócios 478 672 431 426 11,0%
Custos Operacionais 395 091 355 408 11,2%
EBITDA 83 581 76 018 9,9%
Depreciações, amortizações e provisões 42 840 45 352 -5,5%
EBIT 40 741 30 665 32,9%
Resultados Financeiros -39 398 -16 909 133,0%
Resultados antes de Impostos 1 343 13 756 -90,2%
Impostos sobre os lucros -6 782 -1 670 n.a
Resultado Consolidado Líquido do Período -5 439 12 086 n.a
Interesses Minoritários -7 768 -6 051 28,4%
Resultado Líquido Atribuível a Acionistas -13 207 6 035 n.a
Milhares de euros

As vendas de cimento e clínquer do Gru- do em Portugal, onde as vendas de betão


po Secil totalizaram 5,3 milhões de tone- cresceram 55%, devido ao crescimento
ladas, cerca de 1,5% abaixo das vendas do mercado e à realização da obra do
realizadas em 2014. Este decréscimo Túnel do Marão. As vendas de betão na
deveu-se à diminuição das vendas de Tunísia e no Líbano decresceram, devido
exportação de Portugal (-17%), à diminui- à recessão nas obras públicas e na cons-
ção das vendas no Líbano (-8,9%) e na Tu- trução privada e à forte situação concor-
nísia (-11,6%), atenuadas pelo aumento rencial, respetivamente. A integração das
das vendas no mercado interno em Portu- operações no Brasil impactou as vendas
gal (+3,4%) e em Angola (+8,2%), e pelo de betão em 103 mil m3.
impacto da integração das operações no
Brasil (445 mil toneladas).
Em 2015 as vendas de betão pronto no
Grupo aumentaram significativamente
em 48%. Este aumento ocorreu sobretu-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 11

Volume de Negócios

2015 2014 Variação 01


Portugal 277 242 272 721 1,7%
Líbano 95 087 89 664 6,0%
Tunísia 69 915 75 461 -7,3%
Brasil 35 626 0 n.a
Angola 24 589 21 748 13,1%
Cabo Verde 6 306 6 411 -1,6%
Outros 235 315 -25,4%
Intra-Grupo -30 328 -34 894 -13,1%
Total Consolidado 478 672 431 426 11,0%
Milhares de euros

O volume de negócios do Grupo Secil em negócios caracterizou-se pelo aumen-


2015 cifrou-se em 478,7 milhões de eu- to nas quantidades vendidas, cerca de
ros, 47,2 milhões de euros acima do veri- 8,2% face a 2014, e pela inversão da ten-
ficado em 2014. dência de diminuição dos preços que se
vinha a registar.
O aumento deve-se ao crescimento do
volume de negócios nas operações em No Líbano e na Tunísia verificou-se uma
Portugal, Líbano e Angola, e à integração diminuição das quantidades vendidas. O
do Grupo Supremo a partir de julho de mercado da construção e o consumo de
2015. Em Portugal, o aumento de 1,7%, cimento quer no Líbano, quer na Tunísia
foi devido essencialmente ao desempe- registaram, em 2015, uma quebra que
nho do mercado interno, tendo as vendas se deve a uma retração do mercado de
em quantidade na generalidade das uni- cimento em ambos os países. No caso da
dades de negócio registado um aumento Tunísia, ainda que a quebra tenha sido li-
face ao período homólogo. De assinalar geira, foi agravada por uma situação con-
que esta evolução positiva do mercado correncial mais agressiva, parcialmente
interno não sucedia desde 2008. compensada pelo aumento das vendas
de exportação. No caso do Líbano, a va-
Em Angola, o desempenho do volume de
01
lorização cambial do USD face ao Euro, integralmente no Grupo Secil (a Secil
permitiu compensar o decréscimo das passou a deter 100% do Grupo Supre-
quantidades e teve impacto positivo no mo), impactando de forma bastante ex-
volume de negócios desta unidade. pressiva o volume de negócios em 35,6
milhões de euros.
A partir de julho de 2015, as operações
no Brasil passaram a ser consolidadas

EBITDA
2015 2014 Variação
Portugal 34 532 28 521 21,1%
Líbano 35 443 31 314 13,2%
Tunísia 11 466 17 517 -34,5%
Brasil 986 0 n.a
Angola 644 -1 325 148,6%
Cabo Verde 634 465 36,3%
Outros -123 -474 74,0%
Total Consolidado 83 581 76 018 9,9%
Milhares de euros

O EBITDA cifrou-se em 83,6 milhões de margens, também o EBITDA foi superior


euros, tendo aumentado cerca de 7,6 mi- ao do ano anterior.
lhões de euros, face ao exercício anterior.
O crescimento do EBITDA foi devido maio-
Na sequência do aumento do volume de ritariamente às operações em Portugal,
negócios do Grupo e do aumento das onde este indicador aumentou 6 milhões
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 13

01
de euros. Para o aumento do EBITDA em Fruto da aquisição da totalidade do capi-
Portugal contribuiu a evolução positiva tal da Supremo, o Grupo Secil passou a
do mercado interno, o consequente cres- consolidar o Grupo Supremo a partir de
cimento das vendas e a persistência na julho de 2015 sendo a contribuição das
redução dos custos operacionais. vendas do Brasil no consolidado da Se-
cil, desde então, de 422 mil toneladas e
O ano de 2015 em Angola ficou marca- no volume de negócios total de 35,6 mi-
do pela recuperação das vendas da Secil lhões de euros. Apesar do impacto bas-
Lobito e pela inversão da tendência de tante positivo do volume de negócios, o
decréscimo significativo dos preços de EBITDA registou o valor de somente 986
venda, facto que justifica a variação po- mil euros. Este valor deveu-se em grande
sitiva do EBITDA, que passou de um valor parte ao facto de se estar ainda na fase
negativo em 2014 para 644 mil euros po- de arranque da nova fábrica e, como tal
sitivos em 2015. ao registo dos custos fixos que lhe são
inerentes.
O EBITDA das atividades na Tunísia de-
Nas diferentes operações, o Grupo con-
cresceu face a 2014. Estes resultados
tinuou a prossecução de iniciativas e
foram influenciados pela diminuição das projetos, que permitam a melhoria da
vendas de cimento, devido à ligeira con- rentabilidade operacional, o que permi-
tração do mercado, e principalmente ao tiu o aumento da margem EBITDA em
aumento da concorrência e às paragens Portugal, Líbano e Angola. Naturalmente
da produção, resultantes dos conflitos a margem EBITDA do Grupo foi afetada
sociais e laborais, pontuais mas com pelo arranque das operações na nova fá-
impacto negativo nas produções de clín- brica no Brasil e pela diminuição da mar-
quer. gem na Tunísia, em resultado da diminui-
ção da produção de clínquer.
No Líbano o desempenho de 2015 foi
influenciado pelo decréscimo do merca- O número de colaboradores aumentou
do de cimento. O EBITDA totalizou 35,4 de 2071 para 2649 devido à integração
milhões de euros, o que representou um do Brasil.
crescimento de 13,2% quando compara- O EBIT da Secil, positivo em 40,7 milhões
do com o valor de 2014. Apesar da redu- de euros, cresceu 32,9% face a 2014,
ção da atividade, a valorização cambial acompanhando o aumento do EBITDA,
do dólar face ao euro impactou positiva- no ano de 2015.
mente o EBITDA em cerca de 5,8 milhões
de euros.
Resultados Financeiros
01 2015 2014 Variação
Proveitos Financeiros 4 234 3 455 23%
Custos Financeiros -41 217 -19 693 109%
Resultados Empresas Associadas -2 416 -671 260%
Total Consolidado -39 398 -16 909 133%
Milhares de euros

Os resultados financeiros registaram um O resultado líquido e o resultado líquido


valor negativo de 39,4 milhões de euros, atribuível aos acionistas, no ano de 2015,
uma variação negativa significativa quan- foram negativos em 5,4 e 13,2 milhões
do comparado com os 16,9 milhões de de euros, respetivamente. Apesar do au-
euros de 2014. mento do EBITDA, o aumento significativo
dos resultados financeiros e dos impos-
O custo líquido de financiamento registou
tos fez com que estes resultados tenham
um agravamento e esta evolução resulta
sido negativos.
maioritariamente da integração do Grupo
Supremo, cujos custos de financiamento
são elevados, devido à dimensão do in-
vestimento efetuado na nova fábrica de
Adrianópolis e às elevadas taxas de juro
praticadas no Brasil.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 15

Síntese do Balanço Consolidado

2015 2014 Variação


Ativos não Correntes
Ativos Fixos Tangíveis 626 633 351 083 78,5%
Participações Financeiras 4 711 39 834 -88,2%
Goodwill 194 585 116 660 66,8% 01
Outros ativos não correntes 58 876 23 432 151,3%
Ativos Correntes
Inventários 96 364 95 841 0,5%
Clientes e Outras Contas a Receber 73 927 61 640 19,9%
Caixa e equivalentes 133 520 136 676 -2,3%
Outros ativos correntes 17 388 15 208 14,3%
Total do Ativo 1 206 004 840 374 43,5%
Capitais Próprios 234 329 272 651 -14,1%
Interesses minoritários 77 927 78 292 -0,5%
Total do Capital Próprio 312 255 350 943 -11,0%
Passivos Não Correntes
Financiamentos obtidos 516 420 240 320 114,9%
Provisões 29 788 27 669 7,7%
Ouros passivos não correntes 72 268 33 264 117,3%
Passivos Correntes
Financiamentos obtidos 79 068 79 690 -0,8%
Fornecedores 46 139 39 662 16,3%
Outros passivos correntes 150 066 68 825 118,0%
Total do Passivo 893 749 489 430 82,6%
Total do Capital Próprio e Passivo 1 206 004 840 374 43,5%
Milhares de euros
O total do ativo líquido do Grupo Secil si- cendiam a cerca de 810 milhões de euros
tuou-se em 1,2 mil milhões de euros, em no final do ano, dos quais 220 milhões de
31 de dezembro de 2015, o que repre- euros não se encontravam utilizados.
senta um aumento de 43,5% comparati-
Como referido, ao longo de 2015 man-
vamente a 31 de dezembro de 2014. O
teve-se a disponibilidade por parte das
forte crescimento do Balanço da Secil em
instituições financeiras para a concessão
2015 ficou a dever-se à compra e consoli-
de crédito em condições mais atrativas.
dação integral do Grupo Supremo.
No âmbito da política monetária, o Banco
Verificou-se um aumento significativo do Central Europeu manteve a sua taxa de
valor líquido dos ativos fixos tangíveis em cedência de liquidez no seu nível míni-

01 276 milhões de euros, sendo 287 milhões


resultantes da consolidação do Grupo
Supremo. O investimento em ativos fixos
mo de 0,05%, adicionando medidas não
convencionais de cedência de liquidez. A
Euribor a 3 meses, indexante mais repre-
tangíveis totalizou 26 milhões de euros. sentativo para a dívida do Grupo, atingiu
No entanto o impacto das amortizações valores negativos a partir do mês de abril,
no montante de 42 milhões de euros e fechando o ano nos -0,131%, que compa-
a desvalorização em relação ao euro das ram com 0,076% registados no início do
moedas dos países onde o Grupo tem os ano. A conjugação destes fatores influen-
seus ativos, em cerca de 34 milhões de ciou ligeira mas positivamente os resulta-
euros, contribuíram para que o total de dos financeiros da Empresa.
Ativos Fixos Tangíveis Consolidados tenha
No mercado cambial, a cotação EUR/USD
crescido menos que o impacto da consoli-
ao longo do ano foi caracterizada pela
dação do Brasil.
continuidade da desvalorização do Euro
Os investimentos em ativos fixos tangí- registada no ano anterior. No início do
veis respeitam maioritariamente a inves- ano a cotação era de 1,2043 para fechar
timentos realizados na área do cimento o ano a 1,0887 (desvalorização do Euro
em Portugal, no Líbano, no Brasil e Tuní- de 9,6%). Em termos médios, a cotação
sia e dos prefabricados no Líbano, que situou-se em 1,1095. Relativamente ao
representam 78% do montante total. BRL, o ano foi marcado por uma desva-
lorização muito expressiva, passando de
A 31 de dezembro de 2015 a dívida fi-
3.2207 para 4,2493 (desvalorização do
nanceira líquida totalizou 462 milhões de
BRL de 31,9%), e cotando-se em termos
euros, o que representa um aumento de
médios do ano nos 3,6949.
279 milhões de euros, explicado essen-
cialmente pela aquisição da totalidade do O Grupo Secil prosseguiu a sua política
capital do Grupo Supremo e pela consoli- de maximização do potencial de cobertu-
dação de toda a atividade no Brasil, com ra natural da exposição cambial, através
efeitos a partir de julho. De assinalar que da compensação dos fluxos cambiais in-
este aumento correspondeu totalmente a tragrupo. Relativamente ao USD, a taxa
divida de médio e longo prazo. de cobertura através de hedging natural
no ano de 2015 rondou os 70%.
Ao longo do ano de 2015, a Secil renego-
ciou a extensão de prazo de vários finan- À data de 31 de dezembro de 2015 o Fun-
ciamentos contratados e contratou novos do de Pensões do Grupo Secil apresenta-
financiamentos de médio e longo prazo, o va, globalmente, uma situação financeira
que resultou no aumento da vida média superavitária de 1,8 milhões de euros
das linhas de financiamento e também relativamente às responsabilidades atua-
uma redução significativa nos custos de riais calculadas por entidades indepen-
financiamento da Secil. As linhas de fi- dentes e reportadas à mesma data.
nanciamento contratadas pelo Grupo as-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 17

2015
PRINCIPAIS ACONTECIMENTOS
01
• Conclusão em abril da construção da • Aumento da taxa de utilização de com-
nova fábrica de cimento em Adrianópo- bustíveis alternativos em Portugal para
lis no Estado do Paraná no Brasil, o que 46%.
permitiu aumentar a capacidade de pro-
dução de clínquer em 1 milhão de tonela- • Fornecimento à obra do Túnel do Ma-
das/ano e a de cimento em 1,7 milhões rão pelas áreas de betões e inertes em
de toneladas/ano. Portugal.

• A produção de clínquer desta nova fá- •Início da instalação do filtro de mangas


brica arrancou no dia 3 de abril, tendo a na linha 2 no Líbano.
moagem de cimento iniciado a produção
no dia 19 de abril. • Foram efetuados os estudos para se
avaliar e preparar as instalações fabris
• A Secil passou a deter 100% do capital com as condições necessárias para a uti-
do Grupo Supremo e a consolidar as con- lização de combustíveis alternativos no
tas do mesmo a partir de julho de 2015. Líbano.
Com a integração do Grupo Supremo,
a capacidade de cimento instalada do • Substituição da utilização de gás natu-
Grupo aumentou cerca de dois milhões ral por petcoque na Tunísia, o que permi-
de toneladas, assumindo assim um pa- tiu a diminuição dos custos com combus-
pel muito importante na atividade e nos tíveis. A percentagem do consumo de gás
resultados do Grupo Secil de 2015 em passou de mais de 15% do consumo total
diante. dos combustíveis utilizados para menos
de 1%.
• Lançamento do programa “Secil +2”
que envolveu todo o Grupo Secil. Este • Iniciaram-se no 2º Semestre de 2015,
programa de melhorias operacionais es- as negociações com a entidade repre-
tabeleceu o plano de operações de mé- sentante do Governo Angolano respon-
dio prazo da Empresa, para o período sável pela aprovação de investimentos
2015-2018. privados (UTIP), tendo em vista a rea-
preciação da reformulação do projeto de
• Maior carregamento de sempre de um construção da Nova Fábrica de Cimento e
navio de cimento para exportação a par- Clínquer da Secil Lobito.
tir de Portugal (30 mil Ton).

• Expansão dos destinos de exportação


de Portugal de 28 para 35 países.
portugal
01 Unidade 2015 2014 Variação
Mercado de Cimento 1000 t 2 755 2 622 5,1%
Produção de Clínquer 1000 t 2 089 2 416 -14%
Produção de Cimento 1000 t 1 995 2 140 -7%

Vendas de Cimento e Clínquer*


Mercado Interno 1000 t 1 048 1 025 2%
Mercado Externo 1000 t 1 571 1 873 -16%
Total 1000 t 2 619 2 898 -10%

Vendas de Betão* 1000 m3 1 027 664 55%


Vendas de Inertes* 1000 t 2 868 2 311 24%
Vendas de Argamassas* 1000 t 142 130 10%
Vendas de Prefabricados* 1000 t 70 65 8%

Volume de Negócios 1000 € 277 242 272 721 2%


EBITDA 1000 € 34 532 28 521 21%
Margem EBITDA % 12,5% 10,5%
EBIT 1000 € 15 347 7 242 112%
Margem EBIT % 5,5% 2,7%

Capex 1000 € 7 275 6 800 7%


Pessoal Nº 910 943 -33
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 19

As projeções para a economia portugue- prolongando a tendência de variação me-


sa em 2015-2017, apontam para a con- nos negativa na atividade da construção.
tinuação da recuperação gradual da ati-
Neste enquadramento, as atividades do
vidade. Após um crescimento do PIB em
Grupo Secil em Portugal foram marcadas
2014 de 0,9%, estima-se um crescimento
pelo desempenho positivo no mercado
de 1,6% para 2015 (Banco de Portugal –
interno, que permitiu o aumento das ven-
Boletim Económico de dezembro 2015).
das não só de cimento, mas da genera-
Após a queda continuada da atividade lidade dos materiais de construção e a
económica em Portugal desde o final de obtenção de melhores resultados nestas
2010, registou-se uma inversão desta ten- unidades.
dência a partir do 2º trimestre de 2013,
De acordo com os dados disponíveis, o
refletindo uma aceleração da procura in-
consumo de cimento em Portugal terá re-
terna concomitante com a manutenção
de um crescimento significativo das ex-
portações. O consumo privado deverá ter
gistado uma variação homóloga de 5,1%,
algo que não ocorria desde 2008, esti- 01
mando-se que o mercado tenha atingido
crescido 2,7% em 2015, compatível com
cerca de 2,7 milhões de toneladas (CE-
a redução do nível de alavancagem das
MAPRE – Centro de Matemática Aplicada
famílias e empresas não financeiras. A
à Previsão e Decisão Económica).
formação bruta de capital fixo deverá ter
crescido 4,8% (ainda que tenha recupera- As vendas de cimento da Secil, no mer-
do, o seu peso no PIB ainda se encontra a cado nacional, acompanharam esta ten-
níveis bastante inferiores ao das últimas dência atingindo-se 1 048 mil toneladas,
décadas) e as exportações apresentaram mais 2% que em 2014. O ano de 2015
um crescimento robusto. foi marcado genericamente por cresci-
mentos mensais ao longo de todo o ano.
A construção continuou em 2015 a reve-
Manteve-se sem alteração o excesso de
lar um comportamento instável, com a
capacidade instalada em Portugal e em
melhoria de alguns indicadores da ativi-
Espanha, o que torna o ambiente compe-
dade e o agravamento de outros. De acor-
titivo no mercado nacional muito forte.
do com os dados disponíveis mais recen-
tes da FEPICOP – Federação Portuguesa A unidade de cimento em Portugal man-
da Indústria da Construção e Obras Pu- teve a sua posição competitiva, reforçan-
blicas, no 1º semestre de 2015, o inves- do a sua presença nos setores do betão e
timento em construção registou um au- prefabricação. Esta evolução foi motivada
mento de 4,7% em termos homólogos, pelo reforço na apresentação de produ-
sendo que o segmento da habitação foi tos com características adequadas aos
marcado por uma recuperação dos prin- segmentos, o que motivou a venda de
cipais indicadores, enquanto nas obras produtos de maior valor acrescentado e
públicas se verifica uma situação inversa, de crescente complexidade técnica de
com uma diminuição de 38%. utilização.

O índice de produção na construção (INE É de assinalar, a incorporação de cimen-


– Índices de Produção, Emprego e Remu- to branco Secil em várias obras relevan-
nerações na Construção – novembro de tes: o edifício Sede do Banco Santander
2015) diminuiu 2,4% em termos homólo- Lisboa – ampliação, na Universidade de
gos em novembro de 2015. A diminuição Vila Real – Edifício de Aulas da Escola de
menos acentuada do índice agregado Ciências da Vida e Ambiente, nas Unida-
foi comum aos segmentos Construção des de Saúde Familiar de Abrantes e Vila
de edifícios (-2,4%) e Engenharia Civil Nova de Gaia, e de cimento cinzento: no
(-2,4%). Apesar destes índices terem Pavilhão Desportivo João Rocha – Spor-
continuado a apresentar reduções, as va- ting – Lisboa, Cidade do Futebol no Jamor
riações homólogas têm vindo a diminuir, – Oeiras, Reforços de Potência das Barra-
gens de Salamonde (II) e Venda Nova (III), atividade da construção ter caído.
novo Quartel Bombeiros Sapadores de
As vendas de inertes do Grupo regista-
Braga, na Leroy Merlin – Braga, Jerónimo
ram um crescimento significativo, tendo
Martins - Centro distribuição Norte – Alfe-
as vendas em quantidade aumentado
na, Valongo, entre outros.
24%, fruto de uma maior dinâmica em
Nos mercados internacionais, a concor- todas as regiões de atuação de Portugal
rência da indústria europeia, também Continental. A maior subida de vendas
ela excedentária, provocou um nível de verificou-se no Algarve, onde as dificul-
concorrência mais elevado. No mercado dades financeiras de alguns dos nossos
externo, e contrariando a tendência verifi- concorrentes, e as consequentes falhas
cada nos últimos anos, as vendas decres- na produção, originaram um crescimento
ceram face a 2014. Foram vendidas 1,57 da nossa carteira de clientes. Além deste

01 milhões de toneladas de cimento e clín-


quer, o que representa uma diminuição
de 301 mil toneladas em comparação
fator foi importante a realização da obra
da requalificação da EN 125, e na região
norte a finalização da obra do Túnel do
com o ano anterior. Para além do exces- Marão. Durante o ano de 2015, foi tam-
so de oferta no Mediterrâneo, verificou-se bém possível verificar uma maior dinâ-
também a quebra de consumo dos paí- mica ao nível das obras camarárias. As
ses cujas economias estão dependentes vendas na Região Autónoma da Madeira,
das receitas das exportações de combus- decresceram cerca de 21%,pelas razões
tíveis, em consequência da descida do referidas no parágrafo anterior.
petróleo.
A performance comercial das argamas-
A área de materiais de construção regis- sas, à semelhança da generalidade das
tou uma melhoria significativa nos seus restantes unidades em Portugal, foi
resultados face a 2014, melhoria verifica- marcada pelo acréscimo dos volumes
da em todas as unidades. O desempenho de vendas no mercado interno, sendo o
positivo do mercado em 2015 e a dinâ- crescimento de 10%. O mercado interno
mica do setor da construção, permitiram apresentou alguns sinais de recuperação
uma recuperação muito significativa face e foram vendidos produtos com margens
a 2014. maiores, nomeadamente produtos téc-
nicos. Esta área continuou a sua aposta
As vendas de betão pronto foram as que
no desenvolvimento e promoção de so-
registaram um crescimento mais signi-
luções vocacionadas para a renovação/
ficativo, tendo aumentado 55% compa-
reabilitação de edifícios. O setor da reabi-
rativamente ao ano anterior. O ano de
litação apresenta um potencial significati-
2015 ficou marcado pelo fornecimento
vo, no entanto caracteriza-se pela falta de
de betão à obra do Túnel do Marão, obra
apoios e investimento.
ímpar nos recentes anos. O restante mer-
cado também registou um crescimento As vendas de prefabricados, área que
face ao ano anterior, e o crescimento es- tem sido a mais afetada pela quebra con-
timado do mercado de betão pronto em tínua do mercado e pela degradação do
Portugal Continental é de 13%, tendo a desempenho comercial dos últimos anos,
referida obra do túnel contribuído com cresceram 8% em 2015, contrariando a
10%. Esta situação sentiu-se nas vendas tendência verificada nos últimos anos.
no continente e que representam a maior Este mercado continua a ser marcado
parte das vendas totais de betão do Gru- pela concorrência muito agressiva, re-
po em Portugal, uma vez que as vendas sultante do excesso de oferta instalada
efetuadas na Região Autónoma da Ma- e por preços baixos. O aumento de 8%
deira decresceram cerca de 29%, fruto nas vendas da pré-fabricação do Grupo é
do excesso de capacidade instalada e da devido ao aumento de atividade na Secil
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 21

Prebetão, onde as vendas cresceram 9%, O volume de negócios nas argamassas


e na Argibetão onde as vendas aumenta- cresceu 12%, aumento ligeiramente su-
ram 4%. perior ao aumento das quantidades ven-
didas, e que se deveu ao aumento do pre-
As vendas de telhas aumentaram no
ço médio de venda no mercado interno,
mercado externo (+11,8%) e as vendas
em resultado do crescimento da venda
de blocos cresceram 17,2%. O mercado
de argamassas técnicas.
nacional de telhas apresentou uma dimi-
nuição significativa e as vendas em quan- O volume de negócios dos prefabricados
tidades diminuíram (-6%), o que se ficou decresceu 9%, contrariando a evolução
a dever à diminuição das mudanças de positiva das vendas em quantidade. Esta
telhado. evolução, deveu-se à diminuição do volu-
me de negócios da Argibetão, em resul-
Neste contexto, o volume de negócios
global em Portugal cresceu 2% compa-
rativamente a 2014, tendo-se cifrado em
tado do aumento do peso das vendas de
blocos (cujo preço é mais baixo) e à di-
minuição do preço de venda no mercado
01
277,2 milhões de euros. Este crescimen-
espanhol. A Secil Prebetão aumentou o
to deve-se ao desempenho do mercado
volume de negócios em 6% face ao verifi-
interno tendo as vendas em quantidade
cado no período homólogo em resultado
na generalidade das unidades de negó-
do aumento das quantidades (+9%), uma
cio, registado um aumento face ao perío-
vez que o preço médio de venda decres-
do homólogo.
ceu devido ao aumento do peso das ven-
O volume de negócios no Cimento decres- das de blocos no mix de vendas.
ceu cerca de 9%, o que se traduziu numa
O EBITDA das unidades em Portugal ci-
diminuição de 18 milhões de euros face
frou-se em 34,5 milhões de euros o que,
a 2014. Esta diminuição é justificada
comparado com o montante registado
pela diminuição das quantidades vendi-
em 2014, de 28,5 milhões de euros, re-
das de cimento e clínquer para o merca-
presenta um acréscimo de 21%.
do externo. No mercado interno o volume
de negócios cresceu cerca de 2,1% em li- A performance da atividade comercial
nha com o aumento das quantidades. No na generalidade das atividades, afetou o
mercado externo, o volume de negócios desempenho do EBITDA e é responsável
decresceu cerca de 14%, decréscimo de- pelo aumento de uma parte significativa
vido em grande parte à diminuição das deste valor. A evolução positiva do mer-
quantidades vendidas. Apesar da cres- cado interno e o consequente aumento
cente pressão sobre os preços de venda, das vendas e a persistência na redução
foi possível aumentar os preços de venda dos custos operacionais, resultou num
de clínquer. EBITDA em 2015 superior ao de 2014. A
performance de 2015 foi impactada po-
O volume de negócios na área dos be-
sitivamente pelos proveitos de venda de
tões no seu conjunto registou um aumen-
CO2 no montante total de 1,6 milhões de
to muito considerável, de cerca de 66%,
euros, valor muito semelhante ao realiza-
influenciado em grande parte pelo cres-
do em 2014, tendo a Empresa, à seme-
cimento das quantidades vendidas, mas
lhança do que sucedeu no ano anterior,
também pela recuperação do preço mé-
optado por não vender a reserva de exce-
dio de venda, dando assim continuidade
dentes de que dispõe.
à progressão iniciada no 2º semestre de
2014. O aumento do EBITDA em Portugal deve-
-se assim à evolução positiva das ativida-
O volume de negócios de inertes registou
des do mercado interno e também aos
um crescimento significativo de cerca de
efeitos das medidas de racionalização
33%, devido ao crescimento das quanti-
que continuam a ter impacto positivo nos
dades vendidas.
resultados. Estas medidas para além dos
01
impactos nos custos de produção, permi- do sido aumentada a taxa de utilização
tiram a redução de custos fixos (via custos de combustíveis alternativos de 41% em
com pessoal e outros custos indiretos), 2014, para 46% em 2015. Os esforços e
cujo impacto foi bastante positivo em investimentos nesta área continuam a ser
2015 devido à recuperação do mercado uma prioridade, com vista à obtenção de
interno, permitindo uma maior diluição uma taxa superior e consequentemente
dos custos fixos e a obtenção de margens com uma poupança ainda mais significati-
superiores. va nos custos de energia.
Desta forma, e à semelhança do que já A redução nos custos com energia elétri-
havia ocorrido em 2014, continua-se a ca resultou de uma diminuição do preço
destacar o efeito positivo da diminuição da energia, mas em grande parte de uma
e controlo dos custos operacionais em to- maior eficiência das operações, que per-
das as áreas, resultado da reestruturação mitiu a redução dos consumos.
operacional levada a cabo em 2012 e em
O resultado dos esforços efetuados, atra-
2013, mas também de outras ações im-
vés do ajustamento da estrutura produti-
plementadas no decurso de 2014 e 2015.
va e de custos, a busca da excelência nos
Assim, as margens EBITDA das operações
processos, num ano em que a procura
em Portugal aumentaram.
interna registou uma ligeira recuperação,
Na área do cimento, cujos custos repre- permitiram a obtenção de resultados bas-
sentam a parcela mais significativa dos tante superiores. As ações levadas a cabo
custos em Portugal, destaca-se a redução em anos anteriores e em 2015, permiti-
dos custos com energia térmica e energia ram posicionar as diferentes unidades em
elétrica. A performance operacional em Portugal para uma franca recuperação
2015 foi muito positiva, tendo sido efe- com a ligeira retoma do mercado.
tuada uma gestão muito eficaz da capaci-
O investimento em ativos fixos tangíveis
dade produtiva e encontrando-se os cus-
em Portugal totalizou 7,3 milhões de eu-
tos de produção de clínquer e de cimento
ros. A maior parte destes investimentos foi
abaixo dos verificados em 2014.
realizada na área do Cimento. Destacam-
A diminuição dos custos com combus- se os investimentos efetuados na área
tíveis, é justificada pelo aumento da da embalagem, na máquina de tintas da
substituição de combustíveis fósseis por fábrica de sacos e na melhoria das condi-
combustíveis alternativos e pela redução ções de segurança das fábricas.
de preço dos combustíveis. Prosseguiu
o aumento da utilização de resíduos in-
dustriais como combustível térmico, ten-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 23

LÍBANO
Unidade 2015 2014 Variação
01
Mercado de Cimento 1000 t 5 053 5 527 -8,6%
Produção de Clínquer 1000 t 1 007 951 5,9%
Produção de Cimento 1000 t 1 162 1 230 -5,6%

Vendas de Cimento e Clínquer*


Mercado Interno 1000 t 1 170 1 285 -8,9%

Vendas de Betão* 1000 m3 113 124 -9,4%


Vendas de Prefabricados* 1000 t 9 1 1011%

Volume de Negócios 1000 € 95 087 89 664 6,0%


EBITDA 1000 € 35 443 31 315 13,2%
Margem EBITDA % 37,3% 34,9%
EBIT 1000 € 27 910 19 329 44,4%
Margem EBIT % 29,4% 21,6%

Capex 1000 € 4 622 5 465 -15,4%


Pessoal Nº 499 501 -2
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
01
De acordo com os últimos dados publica- negativamente a procura de cimento, é
dos pelo FMI a economia libanesa deverá a alteração para uma maior procura para
ter crescido 2% em 2015, à semelhança pequenos projetos de habitação, mesmo
do que sucedeu em 2014 (World Econo- nas regiões de Beirute e Monte Líbano,
mic Outlook, FMI outubro 2015). consideradas como as mais atraentes
em termos de construção e exploração
O Líbano continua a sofrer o impacto da
de terrenos.
desaceleração global e da instabilidade
regional, em particular da situação vivida Neste contexto, as vendas de cimento da
na Síria. A crise síria e a entrada de refu- Ciment de Sibline foram influenciadas
giados continuam a dominar as perspeti- pela situação do mercado e como tal in-
vas de curto prazo no Líbano, agravando feriores às de 2014. As vendas de cimen-
as fraquezas e vulnerabilidades políticas to desta unidade totalizaram 1,170 mil
de longa data. Apesar desta situação é toneladas, tendo decrescido 8,9%, pelas
expectável um crescimento modesto da razões referidas. O ambiente concorren-
economia. cial no mercado é cada vez mais desa-
fiante com reflexo nos preços médios de
No que respeita ao consumo de cimento
venda em moeda local, que diminuíram.
em 2015, este foi marcado por um de-
A diminuição da procura e dos projetos e
créscimo significativo. O mercado caiu
consequente aumento da concorrência
8,6% causado pelo abrandamento do
levou a que o nível de descontos pratica-
setor da construção afetado pela situa-
dos tenha aumentado.
ção instável que se vive na região, mas
também devido às condições climatéri- No que se refere à atividade do betão,
cas bastante adversas que se fizeram esta apresentou também uma perfor-
sentir no primeiro trimestre de 2015. A mance abaixo da verificada em 2014,
atividade de construção, de acordo com tendo as quantidades vendidas diminuí-
os dados disponíveis (Blominvest Bank), do em cerca de 9,4%, devido à diminui-
terá caído 11,76% nos primeiros dez me- ção da atividade de construção e a um
ses de 2015, tendência que se tem vindo ambiente concorrencial muito competiti-
a verificar desde 2011, e que terá sido vo (que se refletiu também nos preços de
agravada pela insegurança e instabilida- venda).
de política. A indústria do cimento tam-
O volume de negócios das atividades no
bém tem vindo a ser afetada pela dimi-
Líbano cresceu cerca de 6% face a 2014,
nuição do investimento público em obras
apesar do decréscimo de atividade no ci-
de infraestruturas, por parte do Estado.
mento e no betão. Esta evolução deveu-
Outro fator que tem vindo a influenciar
-se à valorização cambial do dólar face ao
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 25

01
euro, o que impactou positivamente o melhorias na produção e a diminuição
volume de negócios em cerca de 15,6 de custos permitiram o aumento da
milhões de euros. margem EBITDA que subiu de 36,1%
em 2014 para 39,7% em 2015.
O EBITDA gerado pelas operações no
Líbano atingiu 35,4 milhões de euros, O desempenho do EBITDA no betão
valor superior ao registado em 2014 pronto, que decresceu 19%, reflete
em 13,2%. O EBITDA está impactado a diminuição das vendas e do preço
positivamente pela valorização cam- médio de venda, contudo parcialmen-
bial do dólar em cerca de 5,8 milhões te compensadas pela diminuição dos
euros. custos com combustíveis e manuten-
ção.
No cimento destaca-se a melhoria da
performance da produção. As produ- Os investimentos em 2015 totaliza-
ções de clínquer cresceram 5,9%, e os ram 4,6 milhões de euros, destacan-
indicadores de produção também se do-se o início da instalação do filtro de
revelaram superiores (a produção mé- mangas na linha 2, e cujo valor de in-
dia diária de clínquer aumentou, bem vestimento em 2015 ascendeu a 2,5
como o fator de utilização dos fornos). milhões de euros.
Em 2015 não se verificaram quaisquer
compras de clínquer, o que permitiu
o aumento da margem. Os custos de
produção também foram mais baixos
que os de 2014, devido à diminuição
dos custos com energia térmica, em
resultado da baixa global dos custos
dos combustíveis, com efeitos mais fa-
voráveis a partir do segundo semestre
de 2015, bem como devido à substi-
tuição do petcoque 4,5% por 6%. Tam-
bém os custos fixos diminuíram face
ao ano anterior, devido à redução dos
custos com manutenção.
O EBITDA do cimento totalizou 35,6
milhões de euros, o que representou
um crescimento de 15,9% quando
comparado com o valor de 2014. As
tunísia
01 Unidade 2015 2014 Variação
Mercado de Ligantes
Cimento + Cal 1000 t 7 519 7 550 -0,4%
Produção de Clínquer 1000 t 943 997 -5,4%
Produção de Cimento + Cal 1000 t 1 171 1 344 -12,9%

Vendas de Cimento e Clínquer*
Mercado Interno 1000 t 889 1 183 -24,8%
Mercado Externo 1000 t 286 157 81,9%
Total 1000 t 1 176 1 341 -12,3%

Vendas de Betão* 1000 m3 147 150 -1,9%

Volume de Negócios 1000 € 69 915 75 461 -7,3%


EBITDA 1000 € 11 466 17 516 -34,5%
Margem EBITDA % 16,4% 23,2%
EBIT 1000 € 4 715 11 329 -58,4%
Margem EBIT % 6,7% 15,0%

Capex 1000 € 2 240 3 186 -30%


Pessoal Nº 373 363 10
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 27

01
A economia da Tunísia continuou em Em 2014, especialmente a partir de ju-
2015 a ser afetada pelos efeitos da si- nho, a procura de cimento no mercado
tuação pós revolucionária, que fomenta local sofreu uma retração em virtude do
a instabilidade política e social. Tendo setor de obras públicas se encontrar em
completado a transição política no início recessão, assim como o setor da constru-
de 2015 e tendo resistido à crise eco- ção na vertente habitacional e comercial.
nómica internacional, a Tunísia obteve Esta tendência agravou-se no primeiro
as condições políticas para traçar um semestre de 2015, tendo-se verificado
caminho de recuperação, prosperidade, uma recuperação no decorrer do segun-
estabilidade e conclusão da transforma- do semestre, e estima-se que o mercado
ção económica necessária para garantir tenha tido uma ligeira quebra de cerca
um crescimento sustentado. Contudo, de 0,4% face a 2014. A concorrência
assistiu-se a um aumento das reivindica- no mercado tunisino é cada vez maior,
ções sindicais, a atentados terroristas e à e a pressão sobre os preços de venda
instabilidade generalizada. Uma situação é muito grande, estando a assistir-se a
política instável e um clima de inseguran- uma quebra dos preços no mercado lo-
ça constante, tornam difícil a recupera- cal. A capacidade instalada é muito su-
ção económica. perior à procura de cimento, o que torna
a situação concorrencial particularmente
De acordo com os últimos dados publi-
agressiva no que respeita aos preços de
cados pelo FMI a economia tunisina tem
venda no mercado interno, mas também
vindo a crescer 1% em 2015, crescimen-
nos preços praticados para o mercado de
to inferior ao verificado em 2014 de 2,3%
exportação.
(World Economic Outlook, FMI janeiro
2016). Os setores exportadores e em O desempenho comercial do setor ci-
especial o do turismo mantiveram a ten- mento da SCG decresceu face a 2014,
dência recessiva em 2015. Na sequência e as vendas em quantidade diminuíram
dos atentados terroristas, o setor do tu- 12,3%, afetadas pelo decréscimo das
rismo sofreu uma quebra muito grande vendas no mercado interno em 24,8%,
(estimada em cerca de 65%). A situação parcialmente compensado pelas vendas
económica da Tunísia permaneceu frágil, para exportação que registaram um au-
com um crescimento insuficiente para fa- mento significativo. A diminuição nas
zer face ao elevado nível de desemprego. vendas no mercado interno ocorreu em
O FMI vai continuar a apoiar a Tunísia na resultado do quadro concorrencial desfa-
implementação do seu programa econó- vorável e da agitação social e laboral que
mico através de apoio financeiro, asses- dificultou o funcionamento da fábrica du-
soria política e assistência técnica. rante alguns períodos do ano (ocorreram
paragens pontuais devido às greves). produziu um impacto positivo de cerca de
2,3 milhões de euros.
O preço de venda do cimento no merca-
do local após ter aumentado no início do O EBITDA gerado pela Tunísia diminuiu
ano de 2015, retornou no final do mês de cerca de 34,5% comparativamente a
fevereiro para valores inferiores aos de 2014. Esta diminuição resulta da quebra
janeiro de 2014. Esta redução de preço do EBITDA em ambos os setores, com im-
resultou da baixa de preços praticada pacto mais significativo no cimento. Esta
pela maioria dos outros operadores. variação foi devida à diminuição das ven-
das no mercado interno e à diminuição
No caso das exportações, e apesar do
da produção de clínquer em resultado
aumento da oferta e da concorrência, as
das greves.
vendas aumentaram comparativamente
a 2014, tendo sido vendidas mais 129 A produção de clínquer foi inferior à rea-

01 mil toneladas. De realçar que este au-


mento foi conseguido com preços mais
lizada em 2014. As produções de 2015
foram afetadas pela realização de algu-
baixos que os praticados no ano anterior, mas greves de pessoal externo afeto à
devido à pressão da concorrência sobre pedreira, o que originou a redução das
os preços. Contribuiu também para este produções dos fornos e algumas para-
crescimento, o aumento das quantidades gens. A produção de clínquer no ano de
mensais de exportação autorizadas pelo 2015 foi inferior em cerca de 54 mil tone-
governo Tunisino, face a 2014. A Líbia foi ladas e teve como principal causa a falta
o principal destino de exportação, no en- de matéria-prima que levou à diminuição
tanto e apesar do crescimento das ven- da produção dos fornos e mesmo a sua
das, a sua concretização tem sido muito paragem.
difícil devido à instabilidade política.
Os custos variáveis de produção de clín-
A atividade de betão pronto apresentou quer são idênticos aos do ano transato,
uma performance ligeiramente inferior à com um ligeiro decréscimo. Foram obti-
de 2014. As vendas de betão em volume dos ganhos energéticos, pelo que os indi-
decresceram 1,9%, tendo sido vendidos cadores de consumo de energia térmica
menos 4 mil m3. Verificou-se uma quebra melhoraram comparativamente a 2014,
do consumo de betão pronto motivada em resultado da diminuição da utilização
pela diminuição de grandes obras públi- de gás (em resultado do investimento rea-
cas e pela instabilidade generalizada no lizado em 2014 na alimentação de pet-
país, tendo esta quebra sido mais signi- coque à torre de preaquecimento para
ficativa na região de Sfax, motivada pelo substituição do gás natural). Já os cus-
decréscimo de obras públicas e privadas. tos com energia elétrica registaram um
Para além da redução do mercado, a re- acréscimo, que se deve em grande parte
dução de vendas deve-se também ao au- ao aumento do preço da energia elétrica.
mento da concorrência, com a instalação
Os investimentos ascenderam a 2,2 mi-
de dois novos operadores, um em Sfax e
lhões de euros, dos quais se destacam a
outro em Gabès.
instalação de uma central de betão para
O volume de negócios na Tunísia decres- fornecimento à obra do segundo lote da
ceu em 2015 devido essencialmente à futura autoestrada que liga Gabès a Mé-
performance do cimento. O volume de denine, o que implicou a instalação de
negócios do cimento decresceu cerca de uma central de produção no estaleiro da
7,3%, devido à diminuição das vendas no obra.
mercado local, compensado parcialmen-
te pelo aumento do volume de negócios
da exportação. A valorização de cerca
de 3,4% do dinar tunisino face ao euro,
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 29

brasil
Unidade 2015
01
Mercado de Cimento* 1000 t 445
Produção de Betão* 1000 t 103

Volume de Negócios 1000 € 35 626


EBITDA 1000 € 986
Margem EBITDA % 2,8%
EBIT 1000 € -3 788
Margem EBIT % -10,6%

Capex 1000 € 11 135


Pessoal Nº 618
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

De acordo com os últimos dados publi- mente, contração do PIB, desvalorização


cados pelo FMI a economia brasileira de- cambial com forte impacto na inflação e
verá ter contraído 3,8% em 2015 (World consequente aumento de taxas de juro.
Economic Outlook, FMI outubro 2015).
Neste contexto, o setor da construção foi
A economia brasileira foi fortemente afe- um dos mais afetados, tendo-se regista-
tada pela instabilidade política, pelos do uma redução das obras e projetos,
ajustamentos fiscais e pelo aparecimento com impacto no consumo de cimento. As
de uma série de processos/investigações informações mais recentes (SNIC – janei-
mediáticas no decorrer de 2015. A con- ro 2016) acerca do mercado de cimento
jugação destes acontecimentos provocou no Brasil apontam para uma queda do
uma grande incerteza sobre a evolução mercado em torno de 9,2%. Na região
económica, dificultando a gestão das Sul, onde o Grupo Supremo atua, o mer-
expectativas. Neste cenário, registou-se cado terá caído cerca de 6,9% face a
uma forte degradação dos principais in- 2014.
dicadores macroeconómicos, nomeada-
01
A linha de clínquer de Adrianópolis arran- nal negativo e penalizado pelo nível de
cou no dia 3 de abril, tendo a moagem endividamento e das taxas de juro, o
de cimento iniciado a produção no dia 19 Resultado Liquido acumulado de julho a
de abril. dezembro de 2015 foi negativo em cerca
de 18,2 milhões de euros. O impacto da
Fruto da aquisição da totalidade do capi-
consolidação da dívida do Grupo Supre-
tal da Supremo, o Grupo Secil passou a
mo na dívida do Grupo Secil foi de 121
consolidar o Grupo Supremo a partir de
milhões de euros.
julho de 2015, sendo o impacto das ven-
das de cimento no consolidado da Secil, No que respeita à performance dos doze
desde então, de 445 mil toneladas e no meses de 2015, as vendas de cimento
volume de negócios de 28,9 milhões de foram de 716 mil toneladas, o que re-
euros. Apesar do impacto bastante po- presenta um aumento de 44,7% face a
sitivo no volume de negócios, o EBITDA 2014. A empresa alargou significativa-
do cimento registou o valor de 1 milhão mente a sua base de clientes e entrou
de euros. Este valor deveu-se em grande no mercado de São Paulo. O volume de
parte ao facto de se estar ainda na fase negócios atingiu os 59,5 milhões de eu-
de arranque da nova fábrica e, como tal ros o que representou um crescimento de
ao registo dos custos fixos que lhe são 46%, sustentado pelo aumento das ven-
inerentes. das em quantidade, mas também pelo
aumento do preço de venda.
A atividade de betão pronto teve um im-
pacto de 103 mil m3 e no volume de Naturalmente com o arranque da nova
negócios de 6,7 milhões de euros. Os fabrica, o cenário de custos não é compa-
preços de venda apresentaram uma ten- rável com o ano anterior devido à dimen-
dência de ligeira queda. A redução do são das fábricas e à sua estrutura ope-
volume de vendas, e o aumento dos cus- racional completamente distinta. A nova
tos dos diversos componentes desta ati- fábrica apresenta consumos térmicos e
vidade, nomeadamente, combustíveis e elétricos bastante menores que outras fá-
matérias-primas, provocaram uma menor bricas, permitindo uma boa performance
diluição de custos fixos e uma redução de custos variáveis, além de produzir clín-
das margens operacionais. O EBITDA do quer de melhor qualidade, o que permite
betão registou o valor de 152 mil euros. uma redução da incorporação de clínquer
no cimento. Desta forma, os custos de
Assim, o EBITDA e EBIT total nos meses
produção baixaram significativamente.
de julho a dezembro foram respetivamen-
te de 0,9 milhões de euros e -3,8 milhões
de euros. Com um Resultado Operacio-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 31

angola
Unidade 2015 2014 Variação
01
Mercado de Cimento 1000 t 5 200 5 700 -8.8%
Produção de Cimento 1000 t 199 184 8.4%
Venda de Cimento 1000 t 200 185 8.2%

Volume de Negócios 1000 € 24 589 21 748 13.1%
EBITDA 1000 € 644 -1 325 n.a.
Margem EBITDA % 3% n.a.
EBIT 1000 € -1 663 -3 845 -57%
Margem EBIT % n.a. n.a.

Capex 1000 € 669 1 273 -47%


Pessoal Nº 211 227 -16
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

As estimativas para 2015 em Angola são Esta situação levou a que as diferentes
moderadamente favoráveis e embora o organizações tivessem revisto em baixa
FMI esteja a prever um crescimento de as previsões de crescimento para 2015.
3,5% para a economia de Angola (World
A quebra de receitas teve como conse-
Economic Outlook, FMI outubro 2015), os
quências a desvalorização acentuada do
impactos decorrentes da evolução recen-
Kuanza face às principais moedas inter-
te do preço do petróleo, fizeram-se sentir
nacionais, a subida substancial da infla-
ao longo de todo o ano. O ano de 2015
ção e a existência de dificuldades nos
foi influenciado pela quebra substancial
pagamentos ao estrangeiro. Esta última
dos preços do petróleo no mercado in-
está a ter fortes implicações na manuten-
ternacional, do qual as receitas fiscais
ção dos investimentos estrangeiros em
dependem largamente (cerca de 75%).
Angola, podendo no médio prazo ter con-
sequências significativas na economia. energia elétrica e fuel oil para a energia
térmica).
O mercado angolano de cimento não
passou imune a estas dificuldades e o Refira-se que no entanto, apesar do ajus-
consumo nacional registou em 2015 um tamento dos preços de venda, o aumento
decréscimo de 8,8% face ao ano ante- de custo foi mais significativo, resultando
rior, situando-se perto de 5,2 milhões de numa degradação de rentabilidade dos
toneladas. Este valor de consumo foi na produtores nacionais.
quase totalidade assegurado por cimen-
O volume de negócios das nossas ope-
to produzido em Angola, uma vez que o
rações em Angola, está impactado nega-
Decreto Executivo Conjunto nº 01/15 de
tivamente pela desvalorização cambial
5 de janeiro, aprovado pelo executivo,
do kuanza face ao euro, no montante de
limitou a um mínimo as importações de
630 mil euros.

01
cimento em 2015. Este decreto limitou o
impacto da quebra do mercado, nos pro- O EBITDA teve uma evolução positiva face
dutores nacionais, no entanto, a capaci- a 2014 e registou em 2015 um valor po-
dade produtiva de cimento é atualmente sitivo de 644 mil euros, quando em 2014
superior às necessidades, existindo um havia sido negativo em cerca de 1,3 mi-
excesso de oferta. lhões de euros. Esta evolução deve-se ao
aumento do volume de negócios, à manu-
As quantidades vendidas pela Secil Lo-
tenção dos custos varáveis e à redução
bito cresceram 8,2% comparativamen-
dos custos com pessoal.
te ao ano anterior, tendo sido vendidas
200 mil toneladas, mais 15 mil que em No que respeita aos custos de produção,
2014, contrariando a tendência do mer- foi possível manter os custos variáveis,
cado. Este crescimento das vendas está apesar do aumento do custo da importa-
influenciado pela paragem de um con- ção de clínquer. Também os custos fixos
corrente por dificuldades financeiras de registaram um decréscimo, devido à re-
julho a novembro e cuja capacidade ins- dução dos custos com pessoal, em resul-
talada representa 17% da capacidade de tado da diminuição do número de colabo-
produção em Angola. radores. No final de 2015 o número de
colaboradores era de 211, o que repre-
O cimento CEM I 42,5R, produto de maior
senta uma redução de 16 colaboradores
valor acrescentado, atingiu o recorde de
e verificou-se um decréscimo dos custos
vendas da fábrica e representou 28,4%
com pessoal em cerca de 15%.
das vendas, o que reforçou a posição da
Secil Lobito na produção de cimentos di- Os investimentos do ano 2015 totaliza-
ferenciados de elevada resistência. ram 665 mil euros, o que representa uma
redução de 47% face a 2014, dos quais
O volume de negócios cresceu 13,1% ten-
cerca de 365 mil euros foram destinados
do atingido um total de 24,6 milhões de
à construção de muros e vedações dos
euros e que se deve ao efeito conjugado
terrenos da empresa por forma a evitar
do aumento das quantidades e do mer-
ocupações clandestinas.
cado do preço de venda. O ano de 2014,
havia sido caracterizado por uma redu-
ção significativa dos preços de venda, no
entanto em 2015, os preços de venda
aumentaram cerca de 5%. Este aumento
era expectável, em virtude da degrada-
ção das margens dos produtores nacio-
nais, devido à desvalorização do kuanza
(aumento do custo de todos os materiais
importados) e aumento dos preços de
combustíveis (gasóleo para produção de
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 33

Cabo verde
Unidade 2015 2014 Variação
01
Vendas de Cimento * 1000 t 52 56 -8%
Vendas de Inertes* 1000 m3 83 52 60%
Venda de Prefabricados* 1000 t 1,3 0,2 452%

Volume de Negócios 1000 € 6 306 6 411 -2%
EBITDA 1000 € 634 486 30%
Margem EBITDA % 10,1% 7,6%
EBIT 1000 € 578 420 38%
Margem EBIT % 9,2% 6,6%

Capex 1000 € 114 6 1685%


Pessoal Nº 36 35 1
*Os volumes de venda respeitam às vendas totais de cada área de negócio, não estão expurgados os intragrupos.

A economia cabo-verdiana deverá ter Estas perspetivas de crescimento não se


crescido 3,5% em 2015, valor acima do fizeram sentir no setor da construção por
verificado em 2014 de 1% (World Econo- enquanto. Face às dificuldades financei-
mic Outlook, FMI, outubro 2015). O con- ras do estado Cabo-verdiano, as obras
texto internacional, em particular o dos públicas em curso, como as barragens e
países da União Europeia, ainda que es- o programa de construção de habitação
tes tenham apresentado um crescimento “casa para todos”, terminaram e não se
em 2015, continua incerto e condiciona verificaram novas obras de dimensão sig-
os desenvolvimentos económicos e finan- nificativa. Esta redução foi parcialmente
ceiros do país, dada a sua dependência compensada por algumas obras realiza-
de capitais estrangeiros. das pelas autarquias e pelo comporta-
01
mento positivo do consumo de cimento principais concorrentes (um encerrou as
para obras privadas. Estima-se que o mer- suas instalações cerca de três meses e
cado de cimento tenha atingido 219 mil outro teve diversas paragens de produção
toneladas, valor inferior em cerca de 20 durante o ano).
mil toneladas ao de 2014, um decréscimo
A diminuição do volume de negócios (2%)
de 8,4%.
deveu-se à área do cimento (em resultado
As vendas de cimento da Secil Cabo Verde da diminuição dos volumes), tendo esta
registaram um decréscimo semelhante ao sido parcialmente compensada pelos au-
do mercado, tendo sido vendidas 52 mil mentos do preço de venda do cimento e
toneladas, o que significa uma redução de ao crescimento significativo das vendas
8%. Apesar da situação difícil do mercado, de inertes.
foi possível aumentar os preços de venda
Apesar da redução do volume de negó-
pelo que a quebra no volume de negócios
cios, o EBITDA registou em 2015 um au-
foi menos significativa.
mento de 30%, atingindo os 634 mil euros
No caso dos inertes, e ainda que o setor e a margem EBITDA cresceu de 7,6% para
tenha decrescido, estima-se que este mer- 10,1%, desempenho bastante positivo da-
cado na Ilha de Santiago tenha subido em dos os condicionalismos do mercado.
relação a 2014, fruto das muitas obras
de iniciativa das autarquias. A Inertes
de Cabo Verde vendeu 83 mil toneladas,
mais 60% que as quantidades vendidas
em 2014, o que se deve essencialmente,
ao facto de ter tido capacidade de produ-
ção/financiamento, ao contrário dos seus
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 35

perspetivas futuras
01
O contexto económico geral para 2016 ocorrido na região do Médio Oriente não
perspetiva-se mais favorável em relação facilitam a estabilidade macroeconómi-
aos últimos anos em Portugal. De acordo ca. O mercado de cimento deverá decres-
com as últimas projeções do Banco de cer em 2016 devido a um abrandamen-
Portugal estas apontam para um cresci- to esperado na atividade de construção
mento de 1,7% da atividade económica residencial e à diminuição da confiança
em 2016. Também as projeções mais re- dos investidores, causada pela continua-
centes do FMI apontam para um cresci- ção da situação política incerta no país e
mento de 1,5%. na região. Espera-se que o ambiente con-
correncial se mantenha desafiante e com
As perspetivas de crescimento do PIB
impacto nos preços de venda. Contudo,
para 2016, a recuperação da procura
estes efeitos negativos, poderão ser com-
interna e do investimento, a inversão no
pensados em parte pelo decréscimo dos
licenciamento de fogos e o crescimento
custos com a energia, devido à redução
da produção na construção levam a pre-
do preço do petróleo. As vendas de blo-
ver, para 2016, um ligeiro crescimento
cos deverão aumentar nos próximos me-
do mercado da construção e do consumo
ses, uma vez que a nova fábrica está a
nacional de cimento. A recuperação es-
receber mais encomendas e começa a
perada do mercado interno, em conjuga-
construir uma carteira de clientes.
ção com as poupanças e ganhos obtidos
com as medidas de racionalização imple- As perspetivas para 2016 em Angola são
mentadas em anos anteriores, perspeti- negativas. Embora o FMI esteja a prever
vam a obtenção de resultados favoráveis. um crescimento de 3,5% em 2016, os
impactos negativos decorrentes da evo-
Na Tunísia é expectável que a economia
lução do preço do petróleo não deixarão
tenha um crescimento modesto de 1% de
de se fazer sentir ao longo deste ano. As
acordo com as estimativas mais recentes
dificuldades nos pagamentos ao exterior,
do FMI. No entanto, os mais recentes
resultantes das restrições cambiais im-
acontecimentos e a instabilidade vivida,
postas pelo Banco Nacional de Angola,
tornam as perspetivas de crescimento
perspetivam um quadro negativo para o
económico incertas. O nível concorren-
setor da construção e obras públicas. O
cial deverá manter-se intenso, sendo ex-
início do ano ficou marcado pelo aumen-
pectável a continuação da pressão sobre
to dos preços do gasóleo e do fuel oil,
os preços de venda.
acompanhados de uma nova e forte des-
No Líbano estima-se um ano de 2016 se- valorização do kuanza de 15%. Apesar de
melhante ao de 2015, salvo qualquer al- ser previsível uma quebra do mercado de
teração estrutural. As alterações que têm cimento em 2016, o aumento dos custos
01
terá um impacto mais significativo nos Apesar desta situação, é esperado que as
produtores de clínquer, do que nas nos- atividades da empresa no Brasil cresçam,
sas atividades. é esperado um crescimento das vendas,
aproveitando a qualidade dos produtos, a
No Brasil, para o ano de 2016, não são
tecnologia utilizada, os baixos custos de
esperadas melhorias no cenário macroe-
produção, e a dinâmica comercial.
conómico, o que faz prever a continuação
das dificuldades na atividade económica, Perspetiva-se para o ano de 2016 um de-
e especialmente nas atividades ligadas sempenho global positivo do Grupo Secil
ao setor da construção, devido à dificul- e acima do obtido em 2015, influenciado
dade em materializar investimentos. É ex- pelo crescimento da atividade da nova fá-
pectável que a economia decresça cerca brica no Brasil.
de 3,5%, de acordo com as estimativas
mais recentes do FMI.
A expectativa é de que o mercado do
cimento volte a apresentar uma que-
da, ainda que ligeiramente inferior à de
2015. Nas obras públicas não se espera
uma performance superior à de 2015, no
entanto, é importante referir a realização
de eleições municipais e que podem tra-
zer alguma dinâmica ao setor. Por outro
lado aguarda-se com bastante expecta-
tiva a concretização do programa de pri-
vatizações, entretanto anunciado. Com
o mercado em queda espera-se um au-
mento da concorrência entre os diversos
operadores em 2016.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 37

proposta de aplicação
de resultados
01
Os resultados líquidos do período da Secil – Companhia
Geral de Cal e Cimento, S.A. são de 13 207 199,42 eu-
ros negativos. O Conselho de Administração propõe a
sua transferência para a rubrica de Resultados Transi-
tados.

O Conselho de Administração, Sérgio António Alves Martins


Outão 13 de abril de 2016 Vogal

Pedro Mendonça de Queiroz Pereira João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos


Presidente Vogal

João Nuno de Sottomayor Pinto de Castelo Branco José Miguel Pereira Gens Paredes
Vice-Presidente Vogal

Gonçalo de Castro Salazar Leite Paulo Miguel Garcês Ventura


Vogal Vogal

Francisco José Melo e Castro Guedes Ricardo Miguel dos Santos Pacheco Pires
Vogal Vogal

Carlos Alberto Medeiros Abreu


Vogal
01
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
CONSOLIDADAS 40
Balanço Consolidado 40
Demonstração dos Resultados Consolidados 41
Demonstração das Alterações nos
Capitais Próprios Consolidados 2015 42
Demonstração das Alterações nos
Capitais Próprios Consolidados 2014 44
Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidados 46
Índice das Notas às Demonstrações
Financeiras Consolidadas 47
BALANÇO CONSOLIDADO
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014

Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14


ATIVO
Ativo não corrente
Ativos fixos tangíveis 10 626 632 802 351 082 705
Propriedades de investimento 12 551 231 1 272 649
Goodwill 9 194 585 377 116 659 852
Ativos intangíveis 13 29 273 920 5 779 052

01 Participações financeiras - método da equivalência patrimonial


Outras contas a receber
Ativos por impostos diferidos
14
18
15
4 711 097
3 861 120
22 273 397
39 834 386
2 266 051
10 816 894
Outros ativos financeiros 16 2 916 303 3 297 025
884 805 247 531 008 614
Ativo corrente
Inventários 17 96 363 977 95 841 046
Clientes 18 64 581 404 49 754 465
Adiantamentos a fornecedores 24 1 408 335 2 958 338
Estado e outros entes públicos 25 11 498 274 10 275 326
Outras contas a receber 18 9 345 140 11 885 484
Diferimentos 26 818 819 860 573
Outros ativos financeiros 16 2 598 961 -
Ativos não correntes detidos para venda 19 1 064 047 1 114 053
Caixa e depósitos bancários 18 133 520 122 136 675 939
321 199 079 309 365 224
Total do ativo 1 206 004 326 840 373 838
CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO
Capital próprio
Capital realizado 20 264 600 000 264 600 000
Ações próprias 20 (22 609 745) (22 609 745)
Reservas legais 20 40 680 725 40 680 725
Outras reservas 20 54 519 442 95 675 899
Resultados transitados 4 534 459 (42 688 117)
Excedentes de revalorização 20 14 050 127 14 080 833
Outras variações no capital próprio 20 (108 239 066) (83 123 673)
247 535 942 266 615 922
Resultado consolidado líquido do período (13 207 199) 6 035 413
234 328 743 272 651 335
Interesses minoritários 5 77 926 701 78 292 078
Total do capital próprio 312 255 444 350 943 413
PASSIVO
Passivo não corrente
Provisões 21 29 787 723 27 668 652
Financiamentos obtidos 23 516 420 094 240 320 134
Responsabilidades por benefícios pós-emprego 22 3 371 138 1 152 162
Passivos por impostos diferidos 15 55 077 076 28 097 489
Outras contas a pagar 23 10 481 458 -
Outros passivos financeiros 38 3 337 991 4 014 691
618 475 480 301 253 128
Passivo corrente
Fornecedores 23 46 139 423 39 662 228
Adiantamentos de clientes 24 2 100 727 3 565 691
Estado e outros entes públicos 25 36 768 044 24 768 065
Acionistas/sócios 36 3 720 182 1 908 150
Financiamentos obtidos 23 79 067 673 79 689 815
Outras contas a pagar 23 107 044 802 38 301 503
Passivos diretamente associados a ativos não correntes detidos para venda 19 77 977 84 724
Diferimentos 26 354 574 197 121
275 273 402 188 177 297
Total do passivo 893 748 882 489 430 425
Total do capital próprio e do passivo 1 206 004 326 840 373 838
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 41

DEMONSTRAÇÃO DOS
RESULTADOS CONSOLIDADOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14
Vendas e serviços prestados 27 478 672 238 431 425 633
Ganhos e (perdas) imputados de associadas e empreendimentos conjuntos 28 (2 415 788) (671 278)
Variação nos inventários da produção 3 072 568 1 284 452

01
Trabalhos para a própria entidade 254 576 94 047
Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas (157 822 145) (132 438 890)
Fornecimentos e serviços externos 29 (174 227 504) (164 639 971)
Gastos com o pessoal 30 (72 250 337) (63 029 355)
Imparidade de inventários ((perdas)/reversões) 17 (1 675 849) (3 574 760)
Imparidade de dívidas a receber ((perdas)/reversões) 18 (678 294) (1 420 243)
Provisões ((aumentos)/reduções) 21 (2 752 240) (7 113 734)
Outros rendimentos e ganhos 31 35 371 334 33 454 153
Outros gastos e perdas 32 (12 376 166) (8 641 639)
Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 93 172 393 84 728 415
(Gastos)/reversões de depreciação e de amortização 33 (53 446 846) (53 440 149)
Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/reversões) 33 (1 400 097) (1 294 102)
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 38 325 450 29 994 164
Juros e rendimentos similares obtidos 34 4 234 415 3 454 809
Juros e gastos similares suportados 34 (41 216 885) (19 692 532)
Resultado antes de impostos 1 342 980 13 756 441
Imposto sobre o rendimento 15 (6 782 306) (1 670 337)
Resultado consolidado líquido do período (5 439 326) 12 086 104
Resultado consolidado líquido do período atribuível a:
Detentores do capital da empresa-mãe 35 (13 207 199) 6 035 413
Interesses minoritários 5 7 767 873 6 050 691
(5 439 326) 12 086 104
Resultado básico por ação (0,27) 0,12
01 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DE 1 DE JANEIRO DE 2015 A 31 DE DEZEMBRO DE 2015
Capital próprio a

Capital Ações Reservas
realizado próprias legais
Valores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2)

Posição no início do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725

Alterações no período:
Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização 20.4 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - -
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais
Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento 20.5.3 - - -
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Efeito de aquisição/alienação de participadas - - -
Justo valor em associadas 14 - - -
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência de outras reservas para resultados transitados - - -
Transferência do resultado líquido do período de 2014 para reservas 20.6 - - -

- - -

Resultado líquido do período

Resultado integral

Operações com detentores de capital no período


Distribuição do resultado do período de 2014 20.6 - - -

- - -

Posição no fim do período de 2015 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725


Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 43

01

atribuido aos detentores do capital da empresa-mãe


Excedentes OUTRAS variações
Outras de NO capital Resultado Interesses Total do
reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capital
(Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio

95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413

- 35 376 (35 376) - - - - -
- (4 670) 4 670 - - - - -
- - - (24 400 617) - (24 400 617) 5 204 941 (19 195 676)

- - - 676 700 - 676 700 - 676 700


- - - (152 258) - (152 258) - (152 258)

- - - (3 339 633) - (3 339 633) (10 022) (3 349 655)


- - - 867 453 - 867 453 2 168 869 621

- - - (194 972) - (194 972) (9 181) (204 153)


- - - 1 840 489 - 1 840 489 - 1 840 489
- - - (410 967) - (410 967) 1 785 (409 182)
- - - - - - (115 663) (115 663)
- - - (1 588) - (1 588) - (1 588)

(41 156 457) 41 156 457 - - - - - -
- 6 035 413 - - (6 035 413) - - -

(41 156 457) 47 222 576 (30 706) (25 115 393) (6 035 413) (25 115 393) 5 074 028 (20 041 365)

(13 207 199) (13 207 199) 7 767 873 (5 439 326)

(38 322 592) 12 841 901 (25 480 691)

- - - - - (13 207 278) (13 207 278)

- - - - - - (13 207 278) (13 207 278)

54 519 442 4 534 459 14 050 127 (108 239 066) (13 207 199) 234 328 743 77 926 701 312 255 444


01 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES
NOS CAPITAIS PRÓPRIOS CONSOLIDADOS
DE 1 DE JANEIRO DE 2014 A 31 DE DEZEMBRO DE 2014
Capital próprio at

Capital Ações Reservas
realizado próprias legais
Valores em Euros Notas (Nota 20.1) (Nota 20.1) (Nota 20.2)

Posição no início do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725

Alterações no período:
Excedente de revalorização de ativos fixos tangíveis
Realização do excedente de revalorização 20.4 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Diferenças de conversão de demonstrações financeiras 20.5.1 - - -
Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Movimento nas reservas de justo valor de derivados de cobertura no período 20.5.4 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais
Movimento nos desvios e pressupostos atuariais no período 20.5.2 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Subsídios do Governo
Subsídios ao investimento 20.5.3 - - -
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa 20.5.3 - - -
Imposto diferido 15.2 - - -
Efeito de aquisição/alienação de participadas - - -
Fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - - -
Outras alterações reconhecidas no capital próprio:
Transferência do resultado líquido do período de 2013 para reservas 20.6 - - -

- - -

Resultado líquido do período

Resultado integral

Operações com detentores de capital no período


Distribuição do resultado do período de 2013 20.6 - - -
Redução de capital - - -

- - -

Posição no fim do período de 2014 264 600 000 (22 609 745) 40 680 725


Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 45

01

tribuido aos detentores do capital da empresa-mãe


Excedentes Outras variações
Outras de no capital Resultado Interesses Total do
reservas Resultados revalorização próprio líquido do minoritários capital
(Nota 20.3) transitados (Nota 20.4) (Nota 20.5) período Total (Nota 5.2) próprio

94 623 691 (7 952 383) 14 242 547 (99 653 339) (34 897 448) 249 034 048 66 192 420 315 226 468

- 186 307 (186 307) - - - - -
- (24 593) 24 593 - - - - -
- - - 14 888 608 - 14 888 608 8 356 806 23 245 414

- - - 248 084 - 248 084 - 248 084


- - - (73 958) - (73 958) - (73 958)

- - - 243 493 - 243 493 25 404 268 897


- - - (54 933) - (54 933) 59 (54 874)

- - - (223 783) - (223 783) (13 147) (236 930)
- - - 1 897 862 - 1 897 862 - 1 897 862
- - - (395 707) - (395 707) 3 760 (391 947)
- - - - - - 15 430 15 430
1 052 208 - - - - 1 052 208 - 1 052 208

- (34 897 448) - - 34 897 448 - - -

1 052 208 (34 735 734) (161 714) 16 529 666 34 897 448 17 581 874 8 388 312 25 970 186

6 035 413 6 035 413 6 050 691 12 086 104

23 617 287 14 439 003 38 056 290

- - - - - (2 269 237) (2 269 237)
- - - - - (70 108) (70 108)

- - - - - - (2 339 345) (2 339 345)

95 675 899 (42 688 117) 14 080 833 (83 123 673) 6 035 413 272 651 335 78 292 078 350 943 413


DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS
01 DE CAIXA CONSOLIDADOS
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 E 2014
Valores em Euros NotaS 31/12/15 31/12/14
FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes 530 847 592 483 420 870
Pagamentos a fornecedores (369 510 405) (363 973 763)
Pagamentos ao pessoal (49 544 301) (43 589 990)
Caixa gerada pelas operações 111 792 886 75 857 117
(Pagamentos)/recebimentos do imposto sobre o rendimento (5 905 885) (2 833 979)
Outros (pagamentos)/recebimentos (30 602 348) 3 493 780
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 75 284 653 76 516 918

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO


Pagamentos respeitantes a:
Ativos fixos tangíveis (29 637 371) (12 606 908)
Investimentos financeiros (137 454 488) (2 456 968)
Outros ativos (2 012 337) (750 000)
(169 104 196) (15 813 876)
Recebimentos provenientes de:
Ativos fixos tangíveis 1 443 955 1 362 566
Investimentos financeiros 639 185 80 815
Subsídios de investimento 10 057 78 825
Juros e ganhos similares 223 844 1 218 192
Dividendos 1 505 827 665 104
3 822 868 3 405 502
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) (165 281 328) (12 408 374)

FLUXOS DE CAIXA DAS ATIVIDADES DE FINANCIAMENTO


Recebimentos provenientes de:
Financiamentos obtidos 1 656 356 468 395 684 274
1 656 356 468 395 684 274
Pagamentos respeitantes a:
Financiamentos obtidos (1 537 699 772) (428 028 907)
Amortização de contratos de locação financeira (623 464) (576 277)
Juros e gastos similares (35 301 154) (21 107 054)
Dividendos (12 738 666) (2 153 469)
(1 586 363 056) (451 865 707)
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 69 993 412 (56 181 433)

VARIAÇÃO DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES (1)+(2)+(3) (20 003 263) 7 927 111
EFEITO DAS DIFERENÇAS DE CÂMBIO 15 363 432 8 764 348
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO INÍCIO DO PERÍODO 126 832 780 110 159 292
VARIAÇÃO DE PERÍMETRO 8 7 332 487 (17 971)
CAIXA E SEUS EQUIVALENTES NO FIM DO PERÍODO 4 129 525 436 126 832 780
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE GESTÃO · 47

ÍNDICE DAS NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES


FINANCEIRAS CONSOLIDADAS 01
1. Nota introdutória 48 3.21 Gestão de risco 70 21. Provisões 108
2. Referencial contabilístico de preparação das 3.21.1 Fatores de risco financeiro 70 22. Benefícios a empregados 109
demonstrações financeiras e comparabilidade 49 3.21.2 Fatores de risco operacional 71 22.1. Benefícios pós-emprego -
3.22 Capital Social e ações próprias 72 Planos de contribuição definida 111
3. Resumo das principais políticas contabilísticas 50 3.23 Distribuição de dividendos 73 22.2. Benefícios pós-emprego -
3.1 Bases de apresentação 50 3.24 Juízos de valor críticos e principais fontes Planos de benefícios definidos 112
3.2 Concentração de atividades empresariais de incerteza associadas a estimativas 73 22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios
e princípios de consolidação 50 3.25 Acontecimentos após a data do balanço 75 definidos 113
3.2.1 Princípios de consolidação 50 4. Fluxos de caixa 76 22.2.2. Responsabilidades e movimentos
5. Investimentos em subsidiárias 77 ocorridos no período comparativamente com
3.2.2 Investimentos financeiros em empresas o período anterior 115
controladas conjuntamente 51 5.1. Subsidiárias 77
5.2. Interesses minoritários 78 22.3. Benefícios a longo prazo 117
3.2.3 Investimentos financeiros em empresas 23. Passivos financeiros 118
associadas 51 6. Interesses em empreendimentos conjuntos 79
23.1. Categorias de passivos financeiros 118
3.2.4 Investimentos financeiros em outras 7. Investimentos em associadas 79 23.2. Passivos financeiros - fornecedores 119
participações financeiras 52 8. Alterações no perímetro de consolidação 81 23.3. Passivos financeiros - financiamentos obtidos 119
9. Goodwill 83 23.4. Passivos financeiros - outras contas a pagar 120
3.2.5 Concentração de atividades empresariais 52
10. Ativos fixos tangíveis 84 24. Adiantamentos de clientes e a fornecedores 121
3.2.6 Goodwill 53
11. Locações 86 25. Estado e outros entes públicos 122
3.2.7 Conversão de demonstrações financeiras
de entidades estrangeiras 54 11.1. Locações financeiras 86 26. Diferimentos ativos e passivos 123
3.3 Ativos fixos tangíveis 55 11.2. Locações operacionais 87 27. Vendas e serviços prestados 123
3.4 Locações 56 12. Propriedades de investimento 87 28. Resultado apropriado de empresas associadas 124
3.5 Propriedades de investimento 57 13. Ativos intangíveis 88 29. Fornecimentos e serviços externos 124
3.6 Ativos intangíveis 57 14. Participações financeiras 90 30. Gastos com o pessoal 125
3.7 Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis 15. Imposto sobre o rendimento 91 31. Outros rendimentos e ganhos 126
excluindo goodwill 59 15.1. Imposto corrente 91
15.2. Imposto diferido 94 32. Outros gastos e perdas 127
3.8 Imposto sobre o rendimento 60 33. Gastos/reversões de depreciações, amortizações
16. Outros ativos financeiros 96
3.9 Inventários 61 e imparidades 127
17. Inventários 99
3.10 Ativos e passivos financeiros 61 34. Resultados financeiros líquidos 128
18. Ativos financeiros 100
3.10.1 Imparidade de ativos financeiros 63 18.1. Categorias de ativos financeiros 100 35. Resultado por ação 129
3.10.2 Desreconhecimento de ativos 18.2. Ativos financeiros - clientes 100 36. Partes relacionadas 129
e passivos financeiros 63 18.3. Ativos financeiros - outras contas a receber 101 37. Riscos financeiros 132
18.4. Imparidade de dívidas a receber 102 37.1. Risco cambial 132
3.11 Ativos não correntes detidos para venda
e unidades operacionais descontinuadas 64 19. Ativos não correntes detidos para venda 103 37.2. Risco de taxa de juro 133
20. Capital próprio 103 37.3. Risco de crédito 136
3.12 Subsídios do Governo 64
20.1. Capital realizado e ações próprias 103 37.4. Risco de liquidez 138
3.13 Saldos e transações em moeda estrangeira 65
20.2. Reservas legais 104 38. Justo valor dos instrumentos financeiros derivados 140
3.14 Provisões 65 20.3. Outras reservas 104 39. Dispêndios em matérias ambientais 143
3.15 Benefícios pós-emprego 66 20.4. Excedente de revalorização 105
20.5. Outras variações no capital próprio 105 40. Custos com auditoria e revisão legal de contas 144
3.15.1 Planos de contribuição definida 66
3.15.2 Planos de benefícios definidos 66 20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações 41. Compromissos assumidos pelo Grupo 144
financeiras 106 41.1. Garantias e outros compromissos financeiros 144
3.16 Outros benefícios a longo prazo dos empregados 67
20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos 41.2. Outros compromissos assumidos 145
3.17 Benefícios a curto prazo dos empregados 67 atuariais 107 42. Acontecimentos após a data do balanço 146
3.18 Rédito 68 20.5.3. Subsídios do Governo 107
20.5.4. Reserva de justo valor de derivados
3.19 Encargos financeiros com empréstimos obtidos 68 de cobertura 108
3.20 Instrumentos financeiros derivados 20.6. Aplicação do resultado do período anterior 108
e contabilidade de cobertura 69
NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES
FINANCEIRAS CONSOLIDADAS
DO PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015
01 (Nas presentes notas, todos os montantes são apresentados em Euros, salvo se indicado o contrário.)

1. Nota introdutória
O Grupo SECIL (Grupo) é constituído Estas demonstrações financeiras conso-
pela Secil – Companhia Geral de Cal e lidadas foram aprovadas pelo Conselho
Cimento, S.A. (Sociedade ou Secil) e Sub- de Administração da Secil na reunião de
sidiárias. A Secil foi constituída em 27 13 de abril de 2016.
de junho de 1918 e tem como atividade
Contudo, as mesmas estão ainda sujei-
principal a fabricação e comercialização
tas a aprovação pela Assembleia Geral
de cimento, produzido na sua fábrica do
de Acionistas, nos termos da legislação
Outão, em Setúbal e distribuído pelos di-
comercial em vigor em Portugal. O Conse-
versos entrepostos comerciais presentes
lho de Administração entende que estas
por todo o país.
demonstrações financeiras consolidadas
refletem de forma verdadeira e apropria-
da as operações da Sociedade e das
Sede Social: Outão, Setúbal
suas subsidiárias, bem como a sua posi-
Capital Social: Euros 264.600.000 ção consolidada, desempenho financeiro
N.I.P.C.: 500 243 590 e fluxos de caixa consolidados.

A Secil lidera um Grupo empresarial com


atividades operacionais em Portugal, Tu-
nísia, Angola, França, Líbano, Cabo Verde
e Brasil, destacando-se: (i) a produção de
cimento diretamente e através das suas
subsidiárias, nas fábricas de Maceira,
Pataias, Gabès (Tunísia), Lobito (Ango-
la), Beirute (Líbano), Pomerode (Brasil) e
Adrianópolis (Brasil), (ii) a produção e co-
mercialização de betão em Portugal, Tu-
nísia e Líbano e (iii) a produção de inertes
e exploração de pedreiras em Portugal e
Cabo Verde.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 49

01
2. Referencial contabilístico de preparação das
demonstrações financeiras e comparabilidade
As demonstrações financeiras consolida- nacionais de Contabilidade (NIC/IFRS),
das anexas foram preparadas no quadro em detrimento da sua preparação de
das disposições em vigor em Portugal, acordo com o Sistema de Normalização
vertidos no Decreto-Lei nº 158/2009, de Contabilística.
13 de julho, e de acordo com a estrutura
conceptual, normas contabilísticas e de
relato financeiro e normas interpretativas Comparabilidade
aplicáveis ao período findo em 31 de de- As demonstrações financeiras consolida-
zembro de 2015. das dos exercícios findos em 31 de de-
zembro de 2015 e 2014, não são com-
paráveis em resultado da consolidação
Efeitos futuros das alterações integral do Grupo Supremo Cimentos,
ao Sistema de Normalização S.A., após a aquisição, em 8 de julho de
Contabilística (SNC) 2015, da holding brasileira NSOSPE –
Com a publicação do Aviso n.º Empreendimentos e Participações, S.A.
8256/2015, de 29 de julho de 2015, fo- à Semapa, S.G.P.S., S.A.. Os efeitos ao
ram introduzidas alterações ao Sistema nível do balanço consolidado, na data
de Normalização Contabilística, as quais de aquisição, encontram-se divulgados
são de aplicação obrigatória a partir de 1 na Nota 8 – Alterações no perímetro de
de janeiro de 2016. consolidação.
O Grupo Secil encontra-se ainda a ava-
liar os eventuais impactos sobre as suas
demonstrações financeiras consolidadas
decorrentes das referidas alterações.
Está igualmente em fase de análise,
a possibilidade de preparação das de-
monstrações financeiras consolidadas
em conformidade com as Normas Inter-
3. Resumo das principais políticas contabilísticas
01
As principais políticas contabilísticas apli- rivados das suas atividades, normalmen-
cadas na elaboração destas demonstra- te associados ao controlo, direto ou indi-
ções financeiras consolidadas estão des- reto, de mais de metade dos direitos de
critas abaixo. voto. A existência e o efeito de direitos de
voto potenciais que sejam correntemente
exercíveis ou convertíveis são considera-
dos na avaliação do controlo que a Socie-
3.1. Bases de apresentação dade detém sobre uma entidade.

As demonstrações financeiras anexas As subsidiárias são incluídas nas de-


foram preparadas no pressuposto da monstrações financeiras consolidadas
continuidade das operações, a partir através do método de consolidação inte-
dos livros e registos contabilísticos das gral, desde a data em que a Sociedade
empresas incluídas na consolidação (No- assume o controlo sobre as suas ativida-
tas 5 e 6), mantidos de acordo com os des financeiras e operacionais e até ao
princípios de contabilidade geralmente momento em que esse controlo cessa.
aceites nos países de cada subsidiária, As políticas contabilísticas das subsidiá-
ajustados no processo de consolidação, rias foram alteradas, sempre que neces-
de modo a que as demonstrações finan- sário, de forma a garantir consistência
ceiras consolidadas estejam de acordo com as políticas adotadas pelo Grupo.
com as Normas Contabilísticas e de Re-
As transações internas, saldos, ganhos
lato Financeiro (NCRF).
não realizados em transações e dividen-
dos distribuídos entre empresas do Gru-
po são eliminados. As perdas não realiza-
das são também eliminadas, exceto se a
3.2. Concentração de ativida- transação revelar evidência de imparida-
des empresariais e princípios de de um ativo transferido.
de consolidação
O capital próprio e o resultado líquido
destas empresas correspondentes à
3.2.1 Princípios de consolidação participação de terceiros nas mesmas
são apresentados nas rubricas de inte-
As demonstrações financeiras consoli-
resses minoritários, respetivamente, no
dadas incorporam as demonstrações fi-
balanço consolidado de forma autónoma
nanceiras da Sociedade e das entidades
no capital próprio e na demonstração de
por si controladas - as suas subsidiárias.
resultados consolidada. As empresas in-
Entende-se existir controlo quando a So-
cluídas nas demonstrações financeiras
ciedade tem o poder de definir as políti-
consolidadas encontram-se detalhadas
cas financeiras e operacionais de uma
nas Notas 5 e 6.
entidade, de forma a obter benefícios de-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 51

Os interesses minoritários são inicial- financeiras consolidadas pelo método


mente mensurados pela corresponden- de consolidação proporcional sendo os
te quota-parte no justo valor dos ativos ativos, passivos e rendimentos e gastos
líquidos adquiridos. Subsequentemente,
são ajustados pela correspondente quo-
das entidades conjuntamente controla-
das reconhecidos rubrica a rubrica nas 01
ta-parte nas variações posteriores no ca- demonstrações financeiras consolida-
pital próprio das subsidiárias. das, na proporção do controlo atribuível
ao Grupo.
Quando os prejuízos aplicáveis aos inte-
resses minoritários excedem os corres- As transações, os saldos e os dividendos
pondentes interesses no capital próprio distribuídos entre empresas conjunta-
da subsidiária, o Grupo absorve esse ex- mente controladas e outras empresas
cesso e quaisquer prejuízos adicionais, do Grupo são eliminados, no processo de
exceto quando os minoritários tenham consolidação, na proporção do controlo
a obrigação e sejam capazes de cobrir atribuível ao Grupo.
esses prejuízos. Se a subsidiária sub-
sequentemente relatar lucros, o Grupo
apropria todos os lucros até que a parte 3.2.3 Investimentos financeiros em
minoritária dos prejuízos absorvidos pelo empresas associadas
Grupo tenha sido recuperada. Associadas são todas as entidades sobre
Na redução dos interesses do Grupo em as quais o Grupo exerce influência signi-
subsidiárias, qualquer diferença entre o ficativa mas não possui controlo, geral-
justo valor da contraprestação recebida mente com investimentos representando
ou a receber e a quota-parte correspon- entre 20% a 50% dos direitos de voto. Por
dente na quantia escriturada dos ativos influência significativa entende-se o po-
líquidos da subsidiária é registada em re- der de participar nas decisões relativas
sultados do período. às políticas financeiras e operacionais da
associada, sem que tal resulte em con-
trolo ou controlo conjunto por parte do
3.2.2. Investimentos financeiros em Grupo.
empresas controladas conjuntamen-
Os investimentos em associadas são
te
contabilizados pelo método da equivalên-
Uma entidade conjuntamente controlada cia patrimonial. De acordo com o método
é um empreendimento conjunto que en- da equivalência patrimonial, as participa-
volve o estabelecimento de uma socieda- ções financeiras são registadas pelo seu
de, de uma parceria ou de outra entidade custo de aquisição, ajustado pelo valor
que, por via contratual, é conjuntamente correspondente à participação do Grupo
controlada pelos vários empreendedo- nas variações dos capitais próprios (in-
res. cluindo o resultado líquido) das associa-
As entidades conjuntamente controla- das, por contrapartida de rendimentos
das são incluídas nas demonstrações ou gastos do período, e pelos dividendos
recebidos.
O excesso do custo de aquisição face As políticas contabilísticas de associadas
ao justo valor de ativos e passivos iden- foram alteradas, sempre que necessário,
tificáveis de cada associada na data de de forma a garantir consistência com as

01 aquisição é reconhecido como goodwill


(Nota 3.2.6) e é mantido no valor de in-
políticas adotadas pelo Grupo.
Os investimentos em associadas encon-
vestimento financeiro. Caso o diferencial
tram-se detalhados na Nota 7.
entre o custo de aquisição e o justo valor
dos ativos e passivos líquidos adquiridos
seja negativo, o mesmo é reconhecido 3.2.4 Investimentos financeiros em
como um rendimento do período. outras participações financeiras
É feita uma avaliação dos investimentos Outras participações financeiras são as
em associadas quando existem indícios participações financeiras onde não exis-
de que o ativo possa estar em imparida- te influência significativa, por norma as
de sendo registadas como gastos na de- que sejam inferiores a 20% dos direitos
monstração de resultados as perdas por de voto.
imparidade que se demonstrem existir.
Os investimentos em outras participa-
Quando as perdas por imparidade reco-
ções financeiras podem ser mensurados:
nhecidas em períodos anteriores deixam
de existir são objeto de reversão, à exce- • Ao custo ou custo amortizado, dedu-
ção do goodwill. zido de eventuais perdas por impari-
dade, quando o investimento não é
Quando a proporção do Grupo nas per-
negociado publicamente ou o justo
das da associada iguala ou ultrapassa o
valor não possa ser obtido com fiabi-
seu investimento na associada, o inves-
lidade;
timento é relatado por valor nulo, exceto
se tiver incorrido em responsabilidades • Ao justo valor através de resultados
ou efetuado pagamentos em nome da quando o investimento é cotado e
associada. Se posteriormente a associa- as cotações são divulgadas publica-
da relatar lucros, a Sociedade retoma o mente.
reconhecimento da sua quota-parte nes-
Os rendimentos resultantes destas par-
ses lucros somente após a sua parte nos
ticipações financeiras (dividendos ou
lucros igualar a parte das perdas não re-
lucros distribuídos) são registados na
conhecidas.
demonstração dos resultados do período
Os ganhos não realizados em transações em que é decidida e anunciada a sua dis-
com as associadas são eliminados na ex- tribuição.
tensão da participação do Grupo nas as-
sociadas. As perdas não realizadas são
também eliminadas, exceto se a transa- 3.2.5 Concentração de atividades
ção revelar evidência de imparidade de empresariais
um bem transferido. As aquisições de subsidiárias e de negó-
cios são registadas utilizando o método
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 53

da compra. O correspondente custo é te detidas, é registada na rubrica “Outras


determinado como o agregado, na data variações no capital próprio”.
da aquisição, de: (a) justo valor dos ativos

01
Se o custo de aquisição for inferior ao jus-
entregues ou a entregar; (b) justo valor
to valor dos ativos líquidos da subsidiária
de responsabilidades incorridas ou assu-
adquirida (goodwill negativo), a diferença
midas; (c) justo valor de instrumentos de
é reconhecida diretamente na demons-
capital próprio emitidos pelo Grupo em
tração de resultados na rubrica “Outros
troca da obtenção de controlo sobre a
rendimentos e ganhos”.
subsidiária; e (d) custos diretamente atri-
buíveis à aquisição. Na eventualidade da contabilização
inicial de uma aquisição não estar con-
Quando aplicável, o custo da concen-
cluída no final do período de relato em
tração ou aquisição inclui o efeito de
que a mesma ocorreu, o Grupo relata
pagamentos contingentes acordados
montantes provisórios para os itens cuja
no âmbito da transação. As alterações
contabilização não está concluída. Tais
subsequentes em tais pagamentos são
montantes provisórios são passíveis de
registadas por contrapartida do corres-
ajustamento durante um prazo de 12
pondente goodwill.
meses a contar da data da aquisição.
Os ativos, passivos e responsabilidades
contingentes da subsidiária ou negócio
adquirido que satisfazem as condições 3.2.6 Goodwill
de reconhecimento definidas na NCRF O goodwill representa o excesso do custo
14 são reconhecidos ao seu justo va- da concentração de atividades empresa-
lor na data da aquisição. O excesso do riais face ao interesse adquirido no justo
custo da concentração relativamente ao valor líquido dos ativos, passivos e passi-
justo valor da participação da Socieda- vos contingentes identificáveis reconhe-
de nos ativos identificáveis adquiridos é cidos na sequência da concentração.
registado como goodwill. Se o custo de
aquisição for inferior ao justo valor dos O goodwill é reconhecido como um ativo
ativos líquidos da subsidiária adquirida, na data em que é adquirido o controlo.
a diferença é reconhecida diretamente Subsequentemente, o goodwill não é
na demonstração dos resultados conso- amortizado e encontra-se sujeito a tes-
lidados. tes por imparidade, numa base mínima
anual.
Sempre que de um reforço de posição no
capital social de uma empresa associa- Para efeitos de testes de imparidade, o
da resulte a aquisição de controlo, pas- goodwill é imputado às unidades gerado-
sando esta a integrar as demonstrações ras de caixa do Grupo que beneficiam das
financeiras consolidadas pelo método sinergias resultantes da consolidação. As
integral, a quota-parte dos justos valores unidades geradoras de caixa às quais foi
atribuídos aos ativos e passivos, corres- imputado o goodwill são sujeitas a testes
pondente às percentagens anteriormen- de imparidade anuais ou mais frequen-
tes (na eventualidade de existir alguma taxas de câmbio existentes à data do ba-
indicação de que a unidade possa estar lanço. Os rendimentos, gastos e fluxos de
em imparidade). Se a quantia recupe- caixa dessas demonstrações financeiras

01 rável da unidade geradora de caixa for


inferior à correspondente quantia escri-
são convertidos para euros utilizando a
taxa de câmbio média verificada no pe-
turada, a perda por imparidade daí resul- ríodo. A diferença cambial resultante da
tante é inicialmente imputada à quantia conversão é registada no capital próprio
escriturada do goodwill, sendo a parte na rubrica “Outras variações no capital
remanescente imputada aos restantes próprio – diferenças de conversão de de-
ativos da unidade geradora de caixa pro- monstrações financeiras ”.
porcionalmente às quantias escrituradas
O goodwill e os ajustamentos de justo va-
destes. Perdas por imparidade imputa-
lor resultantes da aquisição de entidades
das ao goodwill não podem ser revertidas
estrangeiras são tratados como ativos
subsequentemente.
e passivos dessa entidade adquirida e
Ganhos ou perdas decorrentes da ven- transpostos para Euros de acordo com a
da de uma entidade incluem o valor do taxa de câmbio à data do balanço.
goodwill que lhe corresponde.
Sempre que uma entidade estrangeira
é alienada, a diferença cambial acumu-
3.2.7 Conversão de demonstrações lada é reconhecida na demonstração de
financeiras de entidades estrangei- resultados como um ganho ou perda da
ras alienação. 

São tratadas como entidades estrangei- As cotações utilizadas para conversão


ras as que operando no estrangeiro, têm para Euros das demonstrações financei-
autonomia organizacional, económica e ras das empresas estrangeiras do Grupo
financeira e que elaborem as suas de- são as seguintes:
monstrações financeiras utilizando para
o efeito uma moeda distinta do Euro.
Os elementos incluídos nas demons-
trações financeiras de cada uma das
entidades estrangeiras do Grupo são
mensurados utilizando a moeda do am-
biente económico em que a entidade
opera (moeda funcional). As demonstra-
ções financeiras consolidadas são apre-
sentadas em Euros, sendo esta a moeda
funcional e de relato do Grupo.
Os ativos e passivos das demonstrações
financeiras de entidades estrangeiras
são convertidos para Euros utilizando as
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 55

Valorização/
31/12/15 31/12/14 (desvalorização)

01
TND (dinar tunisino)
Câmbio médio do período 2,1761 2,2516 3,35%
Câmbio de fim do período 2,2116 2,2490 1,66%

LBP (libra libanesa)


Câmbio médio do período 1672,60 2000,80 16,40%
Câmbio de fim do período 1641,20 1830,30 10,33%

USD (dólar americano)


Câmbio médio do período 1,1095 1,3272 16,40%
Câmbio de fim do período 1,0887 1,2141 10,33%

BRL (real brasileiro)


Câmbio médio do período 3,6959 3,1225 (18,36%)
Câmbio de fim do período 4,2493 3,2207 (31,94%)

CVE (escudo cabo-verdiano)


Câmbio médio do período 110,2650 110,2650 0,00%
Câmbio de fim do período 110,2650 110,2650 0,00%

AOA (kwanza angolano)


Câmbio médio do período 135,5674 132,1210 (2,61%)
Câmbio de fim do período 149,7158 126,3854 (18,46%)

MZM (metical moçambicano)


Câmbio médio do período 43,6553 41,6567 (4,80%)
Câmbio de fim do período 51,0050 41,1500 (23,95%)

3.3 Ativos fixos tangíveis Na data de transição para as NCRF, o


Grupo passou a considerar pela primei-
Os ativos fixos tangíveis encontram-se
ra vez como componente dos ativos fixos
registados ao custo de aquisição, o qual
tangíveis a componente do custo do ativo
inclui o custo de compra, quaisquer cus-
relativa a custos de recuperação paisa-
tos diretamente atribuíveis às atividades
gística e ambiental a incorrer na recupe-
necessárias para colocar os ativos na
ração das pedreiras, tal como previsto
localização e condição necessárias para
na NCRF 7. Os custos capitalizados são
operarem da forma pretendida e, quando
sujeitos à depreciação anual de acordo
aplicável, a estimativa inicial dos custos
com a vida útil estimada das respetivas
de desmantelamento e remoção dos ati-
pedreiras.
vos e de restauração dos respetivos lo-
cais que o Grupo espera incorrer, dedu- Os ativos fixos tangíveis adquiridos até
zido das depreciações e das perdas por 1 de janeiro de 2010 (data de transição
imparidade acumuladas. para as NCRF), encontram-se registados
ao abrigo da opção prevista na NCRF 3 dos vários bens são revistos anualmente.
– Adoção pela primeira vez das Normas O efeito de alguma alteração a estas esti-
Contabilísticas e de Relato Financeiro, mativas é reconhecido na demonstração

01 pelo seu valor considerado (“deemed


cost”), o qual corresponde ao custo de
dos resultados prospetivamente.
As despesas de manutenção e reparação
aquisição ou custo de aquisição reava-
(dispêndios subsequentes) que não são
liado ao abrigo de diplomas legais (deter-
suscetíveis de gerar benefícios económi-
minados ativos fixos tangíveis adquiridos
cos futuros são registadas como gastos
até 31 de dezembro de 1992 e 1996,
no período em que são incorridas.
foram reavaliados, em 1993 e 1998, res-
petivamente, de acordo com a legislação Os valores residuais dos ativos e as res-
aplicável através da utilização de coefi- petivas vidas úteis são revistos e ajusta-
cientes de desvalorização monetária). dos, se necessário, na data do balanço.
Se a quantia escriturada é superior ao
No que respeita às subsidiárias do Gru-
valor recuperável do ativo, procede-se ao
po: CMP, Société des Ciments de Gabès
seu reajustamento para o valor recuperá-
(SCG), Cimentos Costa Verde, Unibetão,
vel estimado mediante o registo de per-
Secil-Britas, Uniconcreto e Lusoinertes, o
das por imparidade (Nota 3.7).
custo dos ativos fixos tangíveis na data
de aquisição das mesmas foi determina- Os ganhos ou perdas provenientes do
do com base em avaliações efetuadas abate ou alienação são determinados
por entidades independentes. pela diferença entre o montante recebido
na transação e a quantia escriturada do
Os custos subsequentes são incluídos no
ativo, e são reconhecidos na demonstra-
custo de aquisição do ativo fixo ou reco-
ção dos resultados, nas rubricas ”Outros
nhecidos como ativos separados, confor-
rendimentos e ganhos” e “Outros gastos
me apropriado, somente quando é pro-
e perdas”.
vável que benefícios económicos futuros
fluirão para a empresa e o respetivo cus-
to possa ser mensurado com fiabilidade.
Os demais dispêndios com reparações e
manutenção são reconhecidos como um 3.4 Locações
gasto no período em que são incorridos. As locações são classificadas como finan-
As depreciações são calculadas, após os ceiras sempre que os seus termos trans-
bens se encontrarem disponíveis para ferem substancialmente todos os riscos
uso, pelo método da linha reta, em con- e recompensas associados à proprieda-
formidade com o período de vida útil es- de do bem para o locatário. As restantes
timado para cada grupo de bens. Para locações são classificadas como opera-
algumas classes de ativos fixos tangíveis cionais. A classificação das locações é
adquiridos pelo Grupo é utilizado o méto- feita em função da substância e não da
do do saldo decrescente. forma do contrato.

As vidas úteis e método de depreciação Os ativos adquiridos mediante contratos


Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 57

de locação financeira, bem como as cor- mente, as propriedades de investimento


respondentes responsabilidades, são re- são mensuradas de acordo com o mode-
gistados no início da locação pelo menor lo do custo.
de entre o justo valor dos ativos e o valor
presente dos pagamentos mínimos da
Os custos incorridos relacionados com
propriedades de investimento em uti-
01
locação. Os pagamentos de locações fi-
lização nomeadamente manutenções,
nanceiras são repartidos entre encargos
reparações, seguros e impostos sobre
financeiros e redução da responsabilida-
propriedades, são reconhecidos como
de, por forma a ser obtida uma taxa de
um gasto no período a que se referem.
juro constante sobre o saldo pendente da
As beneficiações relativamente às quais
responsabilidade.
existem expectativas de que irão gerar
Os pagamentos de locações operacio- benefícios económicos futuros adicionais
nais são reconhecidos como gasto numa são capitalizadas na rubrica de “Proprie-
base linear durante o período da locação. dades de investimento”.
Os incentivos recebidos são registados
como uma responsabilidade, sendo o
montante agregado dos mesmos reco-
nhecido como uma redução ao gasto 3.6 Ativos intangíveis
com a locação, igualmente numa base
linear.
As rendas contingentes são reconheci- i) Intangíveis adquiridos separada-
das como gastos do período em que são mente
incorridas. Os ativos intangíveis adquiridos separa-
damente são registados ao custo (ou, em
situações raras, de acordo com o modelo
de revalorização) deduzido de amortiza-
3.5 Propriedades de investi- ções e perdas por imparidade acumula-
mento das.

As propriedades de investimento com-


preendem, essencialmente, imóveis de- ii) Intangíveis gerados internamente
tidos para obter rendas ou valorizações – dispêndios de pesquisa e desenvol-
do capital (ou ambos), não se destinando vimento
ao uso na produção ou fornecimento de
bens ou serviços ou para fins administra- Os dispêndios com atividades de pesqui-
tivos ou para venda no curso ordinário sa são registados como gastos no perío-
dos negócios. do em que são incorridos, sendo apenas
reconhecido um ativo intangível gerado
As propriedades de investimento são ini- internamente resultante de dispêndios
cialmente mensuradas ao custo (que in- com atividades de desenvolvimento de
clui custos de transação). Subsequente-
um projeto se forem cumpridas e de- iii) Intangíveis adquiridos no âmbito
monstradas todas as seguintes condi- de concentrações de atividades em-
ções: presariais
01 • Existe viabilidade técnica para con-
cluir o intangível a fim de que o mes-
Os intangíveis adquiridos no âmbito de
concentrações de atividades empresa-
mo esteja disponível para uso ou riais e reconhecidos separadamente do
para venda; goodwill são inicialmente registados ao
•Existe intenção de concluir o intangí- seu justo valor na data da aquisição,
vel e de o usar ou vender; sendo subsequentemente deduzidos de
amortizações e perdas por imparidade
•Existe capacidade para usar ou ven- acumuladas.
der o intangível;
•O intangível é suscetível de gerar be-
nefícios económicos futuros; iv) Amortização de intangíveis

•Existe disponibilidade de recursos As amortizações são reconhecidas numa


técnicos e financeiros adequados base linear durante a vida útil estimada
para concluir o desenvolvimento do dos ativos intangíveis. As vidas úteis e
intangível e para o usar ou vender; método de amortização dos vários ativos
intangíveis são revistos anualmente. O
•É possível mensurar com fiabilidade efeito de alguma alteração a estas esti-
os dispêndios associados ao intangí- mativas é reconhecido na demonstração
vel durante a sua fase de desenvol- dos resultados prospetivamente.
vimento.
Os ativos intangíveis (independentemen-
te da forma como são adquiridos ou ge-
O montante inicialmente reconhecido do rados) com vida útil indefinida não são
ativo intangível gerado internamente con- amortizados, sendo antes sujeitos a tes-
siste na soma dos dispêndios incorridos tes de imparidade com uma periodicida-
após a data em que são cumpridas as de anual, ou então sempre que haja uma
condições atrás descritas. Quando não indicação de que o intangível possa estar
são cumpridas tais condições, os dis- em imparidade.
pêndios incorridos na fase de desenvol-
vimento são registados como gastos do
período. v) Direitos de emissão de gases com
efeito de estufa
Os ativos intangíveis gerados interna-
mente são registados ao custo deduzido As licenças de emissão de CO2 atribuídas
de amortizações e perdas por imparida- ao Grupo, no âmbito do CELE (Comércio
de acumuladas. Europeu de Licenças de Emissão de ga-
ses com efeito de estufa) 2013-2020 a
título gratuito são registadas, aquando
do seu reconhecimento inicial, pelo jus-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 59

to valor na rubrica “Ativos intangíveis” algum indicador de que possam estar em


por contrapartida do reconhecimento imparidade. Se existir algum indicador, é
de um subsídio diretamente em capitais estimada a quantia recuperável dos res-
próprios na rubrica “Outras variações de
capital próprio”.
petivos ativos a fim de determinar a ex-
tensão da perda por imparidade (se for o 01
caso). Quando não é possível determinar
Pelas emissões de gases com efeito de
a quantia recuperável de um ativo indi-
estufa efetuadas pelo Grupo é reconhe-
vidual, é estimada a quantia recuperável
cido um gasto com a respetiva amortiza-
da unidade geradora de caixa a que esse
ção do ativo intangível e um rendimento
ativo pertence.
em resultado do reconhecimento da quo-
ta-parte de subsídio correspondente. A quantia recuperável do ativo ou da uni-
dade geradora de caixa consiste no maior
de entre (i) o justo valor deduzido de cus-
A emissão de gases com efeito de estufa
tos para vender e (ii) o valor de uso. Na
é mensurada ao custo das licenças deti-
determinação do valor de uso, os fluxos
das, segundo a fórmula de custeio FIFO.
de caixa futuros estimados são desconta-
Na alienação de direitos de emissão é dos usando uma taxa de desconto antes
apurado o ganho ou a perda entre o va- de impostos que reflita as expectativas
lor de realização e o respetivo custo de do mercado quanto ao valor temporal do
aquisição, deduzido do correspondente dinheiro e quanto aos riscos específicos
subsídio do Estado, o qual é registado em do ativo ou da unidade geradora de caixa
“Outros rendimentos e ganhos” ou “Ou- relativamente aos quais as estimativas
tros gastos e perdas” respetivamente no de fluxos de caixa futuros não tenham
período em que ocorre a alienação. sido ajustadas.
Sempre que as emissões de gases com Sempre que a quantia escriturada do ati-
efeito de estufa excedem a quantidade vo ou da unidade geradora de caixa for
de licenças detidas, são reconhecidas as superior à sua quantia recuperável, é re-
respetivas responsabilidades nos termos conhecida uma perda por imparidade. A
da NCRF 21 - Provisões, Passivos Contin- perda por imparidade é registada de ime-
gentes e Ativos Contingentes. diato na demonstração dos resultados
nas rubricas “Imparidade de ativos não
depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/
reversões)” ou “Imparidade de ativos
3.7 Imparidade de ativos fixos depreciáveis/amortizáveis ((perdas)/re-
tangíveis e intangíveis excluin- versões)” salvo se tal perda compensar
do goodwill um excedente de revalorização registado
no capital próprio. Neste último caso, tal
Em cada data de relato é efetuada uma perda será tratada como um decréscimo
revisão das quantias escrituradas dos de revalorização.
ativos fixos tangíveis e intangíveis do
Grupo com vista a determinar se existe
A reversão de perdas por imparidade para efeitos de relato contabilístico e os
reconhecidas em períodos anteriores é respetivos montantes para efeitos de tri-
registada quando há evidências de que butação.

01 as perdas por imparidade reconhecidas


já não existem ou diminuíram. A reversão
São geralmente reconhecidos passivos
por impostos diferidos para todas as dife-
das perdas por imparidade é reconhecida
renças temporárias tributáveis.
na demonstração dos resultados nessas
mesmas rubricas e é efetuada até ao li- São reconhecidos ativos por impostos
mite da quantia que estaria reconhecida diferidos para as diferenças temporárias
(líquida de amortizações) caso a perda dedutíveis, porém tal reconhecimento
não tivesse sido registada. unicamente se verifica quando existem
expectativas razoáveis de lucros fiscais
futuros suficientes para utilizar esses ati-
vos por impostos diferidos. Em cada data
de relato é efetuada uma revisão desses
3.8 Imposto sobre o rendimento
ativos por impostos diferidos, sendo os
O imposto sobre o rendimento corres- mesmos ajustados em função das expec-
ponde à soma dos impostos correntes tativas quanto à sua utilização futura.
com os impostos diferidos. Os impostos
Os ativos e os passivos por impostos dife-
correntes e os impostos diferidos são
ridos são mensurados utilizando as taxas
registados em resultados, salvo quando
de tributação que se espera estarem em
se relacionam com itens registados dire-
vigor à data da reversão das correspon-
tamente no capital próprio. Nestes casos
dentes diferenças temporárias, com base
os impostos correntes e os impostos dife-
nas taxas de tributação (e legislação fis-
ridos são igualmente registados no capi-
cal) que estejam formal ou substancial-
tal próprio.
mente emitida na data de relato.
Imposto corrente: o imposto corrente a
A compensação entre ativos e passivos
pagar é baseado no lucro tributável do
por impostos diferidos apenas é permiti-
período das várias entidades incluídas
da quando: (i) a empresa tem um direito
no perímetro de consolidação. O lucro
legal de proceder à compensação entre
tributável difere do resultado contabilís-
tais ativos e passivos para efeitos de li-
tico, uma vez que exclui diversos gastos
quidação; (ii) tais ativos e passivos rela-
e rendimentos que apenas serão dedu-
cionam-se com impostos sobre o rendi-
tíveis ou tributáveis noutros períodos. O
mento lançados pela mesma autoridade
lucro tributável exclui ainda gastos e ren-
fiscal e (iii) a empresa tem a intenção de
dimentos que nunca serão dedutíveis ou
proceder à compensação para efeitos de
tributáveis.
liquidação.
Imposto diferido: os impostos diferidos
referem-se às diferenças temporárias
entre os montantes dos ativos e passivos
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 61

3.9 Inventários 3.10 Ativos e passivos finan-


Os inventários encontram-se valorizados
ceiros
de acordo com os seguintes critérios: Os ativos e os passivos financeiros são
reconhecidos no balanço quando as em-
presas do Grupo se tornam parte das cor-
01
i) Mercadorias e matérias-primas respondentes disposições contratuais,
As mercadorias e as matérias-primas, sendo utilizado para o efeito o previsto
subsidiárias e de consumo encontram-se na NCRF 27 – Instrumentos financeiros.
valorizadas ao mais baixo entre o custo Os ativos e os passivos financeiros são
de aquisição e o valor realizável líquido. classificados nas seguintes categorias: (i)
O custo de aquisição inclui as despesas ao custo ou custo amortizado e (ii) ao jus-
de compra acessórias, utilizando-se o to valor com as alterações reconhecidas
custo médio ponderado como método de na demonstração dos resultados.
custeio.
ii) Produtos acabados e produtos e
i) Ao custo ou custo amortizado
trabalhos em curso
São classificados na categoria “ao custo
Os produtos acabados e intermédios e
ou custo amortizado” os ativos e os pas-
os produtos e trabalhos em curso en-
sivos financeiros que apresentem as se-
contram-se valorizados ao mais baixo de
guintes características:
entre o custo de produção (que inclui o
custo das matérias-primas incorpora- • Sejam à vista ou tenham uma matu-
das, mão-de-obra e gastos gerais de fa- ridade definida; e
brico, tomando por base o nível normal
• Tenham associado um retorno fixo ou
de produção) e o valor realizável líquido,
determinável; e
excluindo quaisquer custos de armazena-
mento, logística e de venda. • Não sejam um instrumento financei-
ro derivado ou não incorporem um
O valor realizável líquido corresponde ao
instrumento financeiro derivado.
preço de venda estimado deduzido dos
custos estimados de acabamento e de O custo amortizado é determinado atra-
comercialização. As diferenças entre o vés do método do juro efetivo. A taxa de
custo e o valor realizável líquido, se in- juro efetiva é a taxa que desconta exata-
ferior, são registadas em Imparidade de mente os pagamentos ou recebimentos
inventários. futuros estimados durante a vida espera-
da do instrumento financeiro na quantia
líquida escriturada do ativo ou passivo
financeiro.
Nesta categoria incluem-se, consequen-
temente, os seguintes ativos e passivos
financeiros:
a) Clientes e outras dívidas de tercei- e) Financiamentos obtidos
ros
Os financiamentos obtidos são regista-

01 Os saldos de clientes e de outras dívi-


das de terceiros são registados ao custo
amortizado deduzido de eventuais per-
dos no passivo ao custo amortizado.
Eventuais despesas incorridas com a
obtenção desses financiamentos, desig-
das por imparidade. Usualmente, o custo
nadamente comissões bancárias ou im-
amortizado destes ativos financeiros não
posto de selo, assim como os encargos
difere do seu valor nominal.
com juros e despesas similares, são re-
conhecidas pelo método do juro efetivo
em resultados do período ao longo do pe-
b) Caixa e depósitos bancários
ríodo de vida desses financiamentos. As
Os montantes incluídos na rubrica de referidas despesas incorridas são apre-
“Caixa e depósitos bancários” correspon- sentadas a deduzir à rubrica de “Finan-
dem aos valores de caixa, depósitos ban- ciamentos obtidos”.
cários e depósitos a prazo e outras apli-
cações de tesouraria vencíveis a menos
de três meses e para os quais o risco de f) Outros passivos financeiros
alteração de valor é insignificante.
Os outros passivos financeiros são geral-
Estes ativos são mensurados ao custo mente registados ao custo amortizado.
amortizado. Usualmente, o custo amorti-
zado destes ativos financeiros não difere
do seu valor nominal. g) Contratos para conceder ou con-
trair empréstimos
Os contratos para conceder ou contrair
c) Outros ativos financeiros
empréstimos que não possam ser liqui-
Os outros ativos financeiros, que incluem dados numa base líquida e que, quando
os empréstimos concedidos, são regis- executados, reúnam as condições atrás
tados ao custo amortizado deduzido de descritas para serem classificados na
eventuais perdas por imparidade. categoria “Ao custo ou custo amortiza-
do”, são registados ao custo deduzido de
eventuais perdas por imparidade.
d) Fornecedores e outras dívidas a
Estes montantes são registados, con-
terceiros
soante a sua natureza, na rubrica “Outros
Os saldos de fornecedores e de outras dí- ativos financeiros” ou na rubrica “Outros
vidas a terceiros são registados ao custo passivos financeiros”.
amortizado. Usualmente, o custo amorti-
O custo amortizado é determinado atra-
zado destes passivos financeiros não di-
vés do método do juro efetivo. A taxa de
fere do seu valor nominal.
juro efetiva é a taxa que desconta exata-
mente os pagamentos ou recebimentos
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 63

futuros estimados durante a vida espera- de caixa futuros estimados descontados


da do instrumento financeiro na quantia à respetiva taxa de juro efetiva original.
líquida escriturada do ativo ou passivo

01
Para os ativos financeiros mensurados
financeiro.
ao custo, a perda por imparidade a reco-
nhecer corresponde à diferença entre a
quantia escriturada do ativo e a melhor
ii) Ao justo valor com as alterações
estimativa do justo valor do ativo.
reconhecidas na demonstração dos
resultados As perdas por imparidade são registadas
em resultados na rubrica “Imparidade de
Todos os ativos e passivos financeiros
dívidas a receber ((perdas)/reversões)”
não classificados na categoria “Ao custo
no período em que são determinadas.
ou custo amortizado” são classificados
na categoria “Ao justo valor com as alte- Subsequentemente, se o montante da
rações reconhecidas na demonstração perda por imparidade diminui e tal dimi-
dos resultados”. nuição pode ser objetivamente relacio-
nada com um acontecimento que teve
Tais ativos e passivos financeiros são
lugar após o reconhecimento da perda,
mensurados ao justo valor, sendo as va-
esta deve ser revertida por resultados. A
riações no mesmo registadas em resul-
reversão deve ser efetuada até ao limite
tados nas rubricas “Perdas por reduções
da quantia que estaria reconhecida (cus-
de justo valor” e “Ganhos por aumentos
to amortizado) caso a perda não tivesse
de justo valor”.
sido inicialmente registada. A reversão
de perdas por imparidade é registada em
3.10.1 Imparidade de ativos finan- resultados nessa mesma rubrica e não é
ceiros permitida a reversão de perdas por im-
paridade registada em investimentos em
Os ativos financeiros classificados na ca-
instrumentos de capital próprio (mensu-
tegoria “Ao custo ou custo amortizado”
rado ao custo).
são sujeitos a testes de imparidade em
cada data de relato. Tais ativos financei-
ros encontram-se em imparidade quando 3.10.2 Desreconhecimento de ativos
existe uma evidência objetiva de que, em e passivos financeiros
resultado de um ou mais acontecimentos
O Grupo desreconhece ativos financeiros
ocorridos após o seu reconhecimento ini-
apenas quando os direitos contratuais
cial, os seus fluxos de caixa futuros esti-
aos seus fluxos de caixa expiram, ou
mados são afetados.
quando transfere para outra entidade os
Para os ativos financeiros mensurados ativos financeiros e todos os riscos e be-
ao custo amortizado, a perda por impa- nefícios significativos associados à posse
ridade a reconhecer corresponde à di- dos mesmos. São desreconhecidos os
ferença entre a quantia escriturada do ativos financeiros transferidos relativa-
ativo e o valor presente dos novos fluxos mente aos quais o Grupo reteve alguns
riscos e benefícios significativos, desde A partir do momento em que determina-
que o controlo sobre os mesmos tenha dos ativos tangíveis passam a ser consi-
sido cedido. derados como detidos para venda, cessa

01 O Grupo desreconhece passivos finan-


ceiros apenas quando a correspondente
a depreciação inerente a esses bens pas-
sando estes a ser classificados como ati-
vos não correntes detidos para venda. Os
obrigação seja liquidada, cancelada ou
ganhos ou perdas nas alienações de ati-
expire.
vos tangíveis, determinados pela diferen-
ça entre o valor de venda e o respetivo
valor líquido contabilístico, são contabili-
zados em resultados na rubrica “Ganhos
3.11 Ativos não correntes e perdas com a alienação de ativos”.
detidos para venda e unidades
operacionais descontinuadas Os ativos não correntes e os grupos para
alienação classificados como detidos
Os ativos não correntes e os grupos para para venda são mensurados ao menor
alienação são classificados como detidos de entre a sua quantia escriturada antes
para venda quando a sua quantia escritu- da classificação e o seu justo valor me-
rada for essencialmente recuperada atra- nos os custos para vender.
vés de uma venda e não através do seu
uso continuado. Considera-se que esta
condição se verifica apenas quando a
venda é altamente provável e o ativo não
corrente ou grupo para alienação está
3.12 Subsídios do Governo
disponível para venda imediata nas suas Os subsídios do Governo apenas são re-
condições presentes. A correspondente conhecidos quando há uma certeza ra-
venda deve estar concluída no prazo de zoável de que o Grupo irá cumprir com
um ano a contar da data da classificação as condições de atribuição dos mesmos
do ativo não corrente ou do grupo para e de que os mesmos irão ser recebidos.
alienação como disponível para venda.
Os subsídios do Governo associados à
Quando o Grupo está comprometido com aquisição ou produção de ativos não
um plano de venda de uma subsidiária correntes são inicialmente reconhecidos
que envolva a perda de controlo sobre a no capital próprio, na rubrica “Outras va-
mesma, todos os ativos e passivos dessa riações no capital próprio”, sendo sub-
subsidiária são classificados como deti- sequentemente imputados numa base
dos para venda, desde que se cumpram sistemática (proporcionalmente às amor-
os requisitos referidos no parágrafo an- tizações dos ativos subjacentes) como
terior, ainda que o Grupo retenha algum rendimentos do período durante as vidas
interesse minoritário na subsidiária após úteis dos ativos com os quais se relacio-
a venda. nam. No caso de se relacionarem com
ativos não depreciáveis, são mantidos no
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 65

capital próprio, exceto na parte necessá- 3.14 Provisões


ria para compensar eventuais perdas por
São reconhecidas provisões apenas
imparidade nos referidos ativos.
Outros subsídios do Governo são, de
uma forma geral, reconhecidos como
quando o Grupo tem uma obrigação pre-
sente (legal ou implícita) resultante dum
acontecimento passado, e é provável que
01
rendimentos de uma forma sistemática para a liquidação dessa obrigação ocorra
durante os períodos necessários para os uma saída de recursos e o montante da
balancear com os gastos que é suposto obrigação possa ser razoavelmente esti-
compensarem. Subsídios do Governo mado.
que têm por finalidade compensar per-
O montante reconhecido das provisões
das já incorridas ou que não têm custos
consiste no valor presente da melhor es-
futuros associados são reconhecidos
timativa na data de relato dos recursos
como rendimentos do período em que se
necessários para liquidar a obrigação. Tal
tornam recebíveis.
estimativa é determinada tendo em con-
sideração os riscos e incertezas associa-
dos à obrigação.

3.13 Saldos e transações em As provisões são revistas na data de re-


moeda estrangeira lato e são ajustadas de modo a refletir a
melhor estimativa a essa data.
As transações em moeda estrangeira
(moeda diferente da moeda funcional As obrigações presentes que resultam
da empresa) são registadas às taxas de de contratos onerosos são registadas e
câmbio das datas das transações. Em mensuradas como provisões. Existe um
cada data de relato, as quantias escri- contrato oneroso quando o Grupo é parte
turadas dos itens monetários denomi- integrante das disposições de um contra-
nados em moeda estrangeira são atua- to de acordo, cujo cumprimento tem as-
lizadas às taxas de câmbio dessa data. sociados custos que não é possível evitar
As quantias escrituradas dos itens não que excedem os benefícios económicos
monetários registados ao justo valor de- derivados do mesmo.
nominados em moeda estrangeira são É reconhecida uma provisão para rees-
atualizadas às taxas de câmbio das da- truturação quando o Grupo desenvolveu
tas em que os respetivos justos valores um plano formal detalhado de reestru-
foram determinados. As quantias escritu- turação e iniciou a implementação do
radas dos itens não monetários regista- mesmo ou anunciou as suas principais
dos ao custo histórico denominados em componentes aos afetados pelo mesmo.
moeda estrangeira não são atualizadas. Na mensuração da provisão para rees-
As diferenças de câmbio resultantes das truturação são apenas considerados os
atualizações atrás referidas são regista- dispêndios que resultam diretamente da
das em resultados do período em que implementação do correspondente pla-
são geradas. no, não estando, consequentemente, re-
lacionados com as atividades correntes Juízos de valor e estimativas estão en-
da empresa. volvidos na formação de expectativas
sobre atividades futuras e no montante

01
Os passivos contingentes não são reco-
e período de tempo dos fluxos de caixa
nhecidos nas demonstrações financeiras,
associados. Estas perspetivas são efe-
sendo divulgados sempre que a possibi-
tuadas com base na envolvente existente
lidade de existir uma saída de recursos
e regulamentação em vigor.
englobando benefícios económicos não
seja remota. Os ativos contingentes não O valor da provisão para recuperação
são reconhecidos nas demonstrações fi- paisagística é incrementado na data de
nanceiras, sendo divulgados quando for relato financeiro, em função do efeito
provável a existência de um influxo eco- temporal do dinheiro por contrapartida
nómico futuro de recursos. da rubrica “Juros e gastos similares su-
portados” e é reduzido pelos dispêndios
efetuados por cada uma das empresas
do Grupo com a recuperação, na data em
que estes ocorrem.
Recuperação ambiental e paisagís-
tica
Nos termos da legislação aplicável, algu-
mas das empresas do Grupo têm como 3.15 Benefícios pós-emprego
responsabilidade a recuperação ambien-
tal e paisagística das pedreiras afetas à
exploração. Os trabalhos de reabilitação 3.15.1 Planos de contribuição defi-
incluem essencialmente a limpeza e re- nida
gularização das áreas destinadas à recu-
As contribuições para planos de contri-
peração, a modelação e preparação do
buição definida são reconhecidas como
terreno, o transporte e espalhamento de
gasto na rubrica de “Gastos com o pes-
materiais rejeitados para aterro, a fertiliza-
soal” no período a que respeitam (quan-
ção, a execução do plano geral de reves-
do os empregados abrangidos pelo plano
timento com hidrossementeiras e planta-
prestaram os serviços que lhes conferem
ções e a manutenção e conservação das
o direito aos benefícios).
zonas recuperadas após a implantação.
A extensão dos trabalhos necessários e
dos respetivos custos a incorrer foram 3.15.2 Planos de benefícios defini-
determinados com base em estudos pre- dos
parados por entidades independentes, No que diz respeito aos planos de bene-
sendo que a responsabilidade total foi fícios definidos, o correspondente custo
mensurada pelo valor esperado dos flu- é também reconhecido na rubrica de
xos de caixa futuros, descontados a valor “Gastos com o pessoal” e é determinado
presente. através do método da unidade de crédi-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 67

to projetada, sendo as respetivas avalia- e deduzido do justo valor dos ativos do


ções atuariais efetuadas em cada data plano.
de relato intercalar e anual.
Os desvios atuariais, resultantes das
diferenças entre os pressupostos uti-
3.16 Outros benefícios a longo 01
prazo dos empregados
lizados para efeito de apuramento de
responsabilidades e o que efetivamente Relativamente ao reconhecimento e
ocorreu (bem como de alterações efetua- mensuração dos outros benefícios a lon-
das aos mesmos e do diferencial entre go prazo dos empregados, a NCRF 28 –
o valor esperado da rentabilidade dos Benefícios dos empregados, prevê um
ativos dos fundos e a rentabilidade real) método simplificado de contabilização
são reconhecidos, quando incorridos, di- dos mesmos diferindo da contabilização
retamente em capitais próprios na rubri- exigida para os benefícios pós-emprego
ca “Outras variações no capital próprio” no reconhecimento imediato como ren-
(Nota 20). dimento ou gasto: (i) ganhos e perdas
atuariais e (ii) todo o custo dos serviços
O custo dos serviços passados é reco-
passados.
nhecido em resultados numa base de
linha reta durante o período até que os Os respetivos custos são registados na
correspondentes benefícios se tornem rubrica ‘‘Gastos com o pessoal” e a res-
adquiridos. São reconhecidos imediata- ponsabilidade reconhecida no balanço
mente na medida em que os benefícios corresponde ao valor presente da obriga-
já tenham sido totalmente adquiridos. ção de benefícios definidos, determinada
de acordo com as avaliações atuariais
Os ganhos e perdas gerados por um
em cada data de relato intercalar e anual.
corte ou uma liquidação de um plano
de pensões de benefícios definidos são
reconhecidos em resultados do período 3.17 Benefícios a curto prazo
quando o corte ou a liquidação ocorrer. dos empregados
Um corte ocorre quando se verifica uma Os benefícios a curto prazo dos emprega-
redução material no número de emprega- dos são registados como gasto na rubri-
dos ou o plano é alterado de forma a que ca “Gastos com o pessoal” aquando da
os benefícios atribuídos sejam reduzidos, prestação de serviço pelo empregado.
com efeito material.
No caso da participação nos lucros e gra-
A responsabilidade associada aos be- tificações, os gastos são reconhecidos
nefícios garantidos reconhecida no ba- quando e, só quando: (i) exista a obri-
lanço representa o valor presente da gação legal ou construtiva de fazer tais
correspondente obrigação, ajustado por pagamentos, em consequência de acon-
ganhos e perdas atuariais e pelo custo tecimentos passados e (ii) possa ser feita
dos serviços passados não reconhecidos uma estimativa fiável da obrigação.
Existe uma obrigação presente quando e, cos futuros associados à transação
só quando, o Grupo não tem alternativa fluam para a empresa;
realista senão a de fazer os pagamentos.

01
• Os custos incorridos ou a incorrer
com a transação podem ser mensu-
rados com fiabilidade;
3.18 Rédito
• A fase de acabamento da transação
O rédito é mensurado pelo justo valor da
à data de relato pode ser mensurada
contraprestação recebida ou a receber. O
com fiabilidade.
rédito a reconhecer é deduzido do mon-
tante estimado de devoluções, descon- O rédito de juros é reconhecido utilizan-
tos e outros abatimentos. O rédito reco- do o método do juro efetivo, desde que
nhecido não inclui IVA e outros impostos seja provável que benefícios económicos
liquidados relacionados com a venda. fluam para o Grupo e o seu montante
possa ser mensurado com fiabilidade.
O rédito proveniente da venda de bens é
reconhecido quando todas as seguintes O rédito proveniente de dividendos deve
condições são satisfeitas: ser reconhecido quando for estabelecido
o direito do Grupo receber o correspon-
• Todos os riscos e vantagens da pro-
dente montante.
priedade dos bens foram transferi-
dos para o comprador;
• A empresa não mantém qualquer 3.19 Encargos financeiros com
controlo sobre os bens vendidos; empréstimos obtidos
• O montante do rédito pode ser men- Os encargos financeiros relacionados
surado com fiabilidade; com empréstimos são geralmente reco-
nhecidos como gastos à medida que são
• É provável que benefícios económi-
incorridos.
cos futuros associados à transação
fluam para a empresa; Os encargos financeiros de empréstimos
diretamente relacionados com a aquisi-
• Os custos incorridos ou a incorrer
ção, construção ou produção de ativos
com a transação podem ser mensu-
fixos são capitalizados quando o seu pe-
rados com fiabilidade.
ríodo de construção é superior a um ano,
O rédito proveniente da prestação de fazendo parte integrante do custo do ativo.
serviços é reconhecido com referência à
A capitalização destes encargos começa
fase de acabamento da transação à data
após o início da preparação das ativida-
de relato, desde que todas as seguintes
des de construção ou desenvolvimento
condições sejam satisfeitas:
do ativo e é interrompida após o início de
• O montante do rédito pode ser men- utilização ou quando o projeto em causa
surado com fiabilidade; se encontre suspenso.
• É provável que benefícios económi- Quaisquer proveitos financeiros gerados
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 69

por empréstimos, diretamente relaciona- a 12 meses e não for expectável a sua


dos com um investimento específico, são realização ou liquidação no prazo de 12
deduzidos aos encargos financeiros ele- meses.
gíveis para capitalização.

Contabilidade de cobertura
01
3.20 Instrumentos financeiros O Grupo designa como instrumento de
derivados e contabilidade de cobertura determinados instrumentos
cobertura financeiros derivados, no âmbito de ope-
O Grupo utiliza derivados com o objetivo rações de cobertura do risco de taxa de
de gerir os riscos financeiros a que se en- juro e do risco de preço de licenças de
contra sujeito. emissão de gases com efeitos de estufa.

Os instrumentos financeiros derivados Os critérios para a aplicação das regras


são registados inicialmente pelo seu jus- de contabilidade de cobertura são os se-
to valor na data em que são contratados. guintes:
Em cada data de relato são remensura- • Adequada documentação da opera-
dos ao justo valor, sendo o corresponden- ção de cobertura;
te ganho ou perda de remensuração re-
gistado de imediato em resultados, salvo • O risco a cobrir é um dos riscos des-
se tais instrumentos forem designados critos na NCRF 27 – Instrumentos fi-
como instrumento de cobertura. Quan- nanceiros;
do forem designados como instrumento • É esperado que as alterações no jus-
de cobertura, o correspondente ganho to valor ou fluxos de caixa do item
ou perda de remensuração deve ser re- coberto, atribuíveis ao risco a cobrir,
gistado em resultados quando a posição sejam praticamente compensadas
coberta afetar resultados. pelas alterações no justo valor do
Um instrumento financeiro derivado com instrumento de cobertura.
um justo valor positivo é reconhecido No início da operação da cobertura, o
como um ativo financeiro nas rubricas Grupo documenta a relação entre o ins-
“Outros ativos financeiros não correntes” trumento de cobertura e o item coberto,
ou “Outros ativos financeiros correntes”. os seus objetivos e estratégia de gestão
Um instrumento financeiro derivado com do risco e a sua avaliação da eficácia do
um justo valor negativo é reconhecido instrumento de cobertura a compensar
como um passivo financeiro nas rubricas variações nos justos valores e fluxos de
“Outros passivos financeiros não corren- caixa do item coberto.
tes” ou “Outros passivos financeiros cor-
As variações no justo valor dos instru-
rentes”.
mentos financeiros derivados designados
Um instrumento financeiro derivado é como instrumento de cobertura no âmbi-
apresentado como não corrente se a sua to de cobertura do risco de taxa de juro
maturidade remanescente for superior ou risco de preço de licenças de emissão
de gases com efeito de estufa no âmbito A gestão deste risco é conduzida pela
de um compromisso ou de uma transa- Direção Financeira do Grupo Secil de
ção futura de elevada probabilidade são acordo com políticas aprovadas pela Ad-

01 registadas no capital próprio na rubrica


“Outras variações de capital próprio –
ministração.

reserva de cobertura”. Tais ganhos ou


perdas registados no capital próprio são a) Risco cambial
reclassificados para resultados nos pe- A variação da taxa de câmbio do Euro
ríodos em que o item coberto afetar re- face a outras moedas pode afetar os re-
sultados, sendo apresentados na linha sultados do Grupo de diversas formas.
afetada pelo item coberto.
O risco cambial resulta essencialmente:
A contabilidade de cobertura é desconti- (i) da transposição para Euros das de-
nuada quando o Grupo revoga a relação monstrações financeiras das subsidiá-
de cobertura, quando o instrumento de rias e associadas localizadas na Tuní-
cobertura expira, é vendido, ou é exerci- sia, Angola, Líbano e Brasil, cuja moeda
do, ou quando o instrumento de cobertu- funcional é distinta da moeda de relato
ra deixa de se qualificar para a contabi- financeiro e (ii) dos fluxos operacionais e
lidade de cobertura. Qualquer montante financeiros em USD, nomeadamente os
registado em “Outras variações no capi- relativos às vendas de cimento e clínquer,
tal próprio” apenas é reclassificado para às compras de combustíveis e fretes de
resultados quando a posição coberta navios e aos financiamentos obtidos.
afetar resultados. Quando a posição co-
berta consistir numa transação futura e O Grupo Secil prosseguiu a sua política
não for expectável que a mesma ocorra, de maximização do potencial de cobertu-
qualquer montante registado em “Outras ra natural da sua exposição cambial, via
variações no capital próprio” é de imedia- compensação dos fluxos cambiais intra-
to reclassificado para resultados. grupo.
Para os fluxos não compensados natu-
ralmente, o risco tem vindo a ser anali-
sado e parcialmente coberto através da
3.21 Gestão de risco transação de divisas spot e forward ou
da contratação de estruturas de opções,
que estabelecem o contravalor máximo a
3.21.1 Fatores de risco financeiro pagar e permitem beneficiar parcialmen-
te de evoluções favoráveis na taxa de
O Grupo Secil tem um programa de ges-
câmbio. Em relação aos financiamentos
tão de risco que foca a sua análise nos
obtidos em moeda diferente da moeda
mercados financeiros com vista a mitigar
funcional de cada subsidiária, é avaliada
os potenciais efeitos adversos na perfor-
a cobertura do risco de taxa de câmbio.
mance financeira do Grupo Secil.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 71

b) Risco de taxa de juro pode originar a incapacidade dos clientes


em saldar as obrigações decorrentes das
A política de gestão de risco de taxa de
vendas de produtos. O seguro de crédi-
juro visa reduzir a volatilidade do custo
da dívida, quando sujeita à variação de
um indexante variável. A redução da vo-
to e a obtenção de garantias bancárias
a favor do Grupo têm sido instrumentos 01
adotados pelo Grupo Secil para, em com-
latilidade da taxa de juro é assegurada
plemento com a sua constante e essen-
através da monitorização das perspeti-
cial monitorização, minorar os impactos
vas de evolução dos indexantes de mer-
negativos deste tipo de risco.
cado e da avaliação da contratação de
coberturas que assegurem uma efetiva
limitação do risco. Adicionalmente, é pe- e) Risco de liquidez
riodicamente avaliada a contratação de
financiamentos em regime de taxa de O Grupo gere o risco de liquidez por três
juro fixa. vias: (i) garantindo que a sua dívida finan-
ceira tem uma componente de médio e
longo prazo com maturidades adequadas
c) Risco de licenças de emissão de aos ativos financiados, (ii) dispondo de
efeitos de estufa facilidades de crédito de apoio à tesou-
raria em montantes suficientes e disponí-
O Grupo Secil promove uma gestão ativa
veis a todo o momento e (iii) acumulando
da sua carteira de licenças de emissão
montantes em aplicações de tesouraria.
de carbono que lhe foram atribuídas no
âmbito da fase 3 do CELE (Comércio Eu-
ropeu de Licenças de Emissão de gases
com efeito de estufa), relativa ao período 3.21.2 Fatores de risco operacional
2013-2020. Fruto da crescente utiliza-
ção de combustíveis alternativos, o Gru-
po Secil tem registado (e prevê manter) a) Setor da Construção
alguns excessos de licenças de emissão,
tendo estes excedentes vindo a ser tran- O volume de negócios da Secil depende
sacionados no mercado, reduzindo/mi- do nível de atividade no setor da constru-
norando o risco de preço. ção em cada um dos mercados geográfi-
cos em que opera. O setor da construção
tende a ser cíclico, especialmente em
d) Risco de crédito economias maduras, e depende do nível
de construção residencial e comercial,
O risco de crédito está essencialmente bem como do nível de investimentos em
relacionado com os montantes a receber infraestruturas.
de clientes.
O setor da construção é sensível a fato-
O agravamento das condições económi- res como as taxas de juro e uma quebra
cas globais ou adversidades que afetem da atividade económica numa dada eco-
apenas as economias a uma escala local
nomia pode conduzir a uma recessão no d) Custos energéticos
setor da construção.
Uma parte significativa dos custos do

01
Apesar da empresa considerar que a Grupo está dependente dos custos ener-
sua diversificação geográfica é a melhor géticos. A energia é um fator de custo
forma de conseguir a estabilização dos com peso significativo na atividade da
seus resultados, a sua atividade, situa- Secil e nas suas participadas.
ção financeira e resultados operacionais
O Grupo protege-se, em certa medida,
podem ser negativamente afetados por
contra o risco da subida do preço da
uma quebra do setor da construção em
energia através da possibilidade de al-
qualquer mercado significativo em que
gumas das suas fábricas utilizarem com-
opere.
bustíveis alternativos e de contratos de
fornecimento de energia elétrica de lon-
b) Procura de produtos - Secil go prazo para algumas das necessidades
energéticas.
Nos mercados maduros a procura de ci-
mento e outros materiais de construção Apesar destas medidas, flutuações signi-
tende a ser bastante regular ao longo do ficativas nos custos da eletricidade e dos
ano. Apenas se nota uma redução da pro- combustíveis podem afetar negativamen-
cura durante o mês de janeiro e dezem- te a atividade, situação financeira e resul-
bro. A procura dos produtos da Secil está, tados operacionais do Grupo.
em geral, alinhada com esse padrão de
comportamento.
e) Necessidade de investimentos sig-
nificativos em novas aquisições no
c) Legislação ambiental futuro

Nos últimos anos, a legislação comunitá- O Grupo Secil tem interesses em setores
ria e nacional tem vindo a tornar-se mais onde se tem vindo a assistir a processos
limitativa no que respeita ao controlo dos de consolidação e onde podem surgir
efluentes. oportunidades de crescimento quer orgâ-
nico quer pela via de aquisições.
O Grupo Secil respeita a legislação atual-
mente em vigor, tendo para isso realizado
investimentos muito significativos nos úl-
timos anos. Embora não se preveja, num
3.22 Capital Social e ações
futuro próximo, alterações significativas à
próprias
atual legislação, existe a possibilidade da
Secil necessitar de realizar investimentos As ações ordinárias são classificadas no
adicionais nesta área, de modo a cum- capital próprio (Nota 20).
prir eventuais novos limites que venham Os custos diretamente atribuíveis à emis-
a ser aprovados. são de novas ações ou outros instrumen-
  tos de capital próprio são apresentados
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 73

como uma dedução, líquida de impostos, 3.23 Distribuição de dividen-


ao valor recebido resultante da emissão. dos

01
Os custos diretamente imputáveis à A distribuição de dividendos aos deten-
emissão de novas ações ou opções, para tores do capital é reconhecida como um
a aquisição de um negócio são incluídos passivo nas demonstrações financeiras
no custo de aquisição, como parte do va- do Grupo no período em que os dividen-
lor da compra. dos são aprovados pelos acionistas e até
As ações próprias são contabilizadas ao momento da sua liquidação.
pelo seu valor de aquisição, como uma
redução do capital próprio, na rubrica
“Ações próprias” sendo os ganhos ou per-
das inerentes à sua alienação registados 3.24 Juízos de valor críticos e
em “Outras reservas”. Em conformidade principais fontes de incerteza
com a legislação comercial aplicável, en- associadas a estimativas
quanto as ações próprias se mantiverem
na posse da sociedade, é tornada indis-
ponível uma reserva de montante igual Na preparação das demonstrações fi-
ao seu custo de aquisição. nanceiras consolidadas anexas foram
efetuados juízos de valor e estimativas
Quando alguma empresa do Grupo ad-
e utilizados diversos pressupostos que
quire ações da empresa-mãe (ações pró-
afetam as quantias relatadas de ativos e
prias) o pagamento, que inclui os custos
passivos, assim como as quantias relata-
incrementais diretamente atribuíveis
das de rendimentos e gastos do período.
(líquidos de impostos), é deduzido ao
capital próprio atribuível aos detentores As estimativas e os pressupostos subja-
do capital da empresa-mãe até que as centes foram determinados com base no
ações sejam canceladas, reemitidas ou melhor conhecimento existente à data de
alienadas. aprovação das demonstrações financei-
ras consolidadas dos eventos e transa-
Quando tais ações são subsequentemen-
ções em curso, assim como na experiên-
te vendidas ou reemitidas, qualquer rece-
cia de eventos passados e/ou correntes.
bimento, líquido de custos de transação
Contudo, poderão ocorrer situações em
diretamente atribuíveis e de impostos,
períodos subsequentes que, não sendo
é refletido no capital próprio dos deten-
previsíveis à data de aprovação das de-
tores do capital da empresa, em outras
monstrações financeiras consolidadas,
reservas.
não foram consideradas nessas estima-
tivas. As alterações às estimativas que
ocorram posteriormente à data das de-
monstrações financeiras serão corrigi-
das de forma prospetiva. Por este motivo
e dado o grau de incerteza associado,
os resultados reais das transações em c) Reconhecimento de ativos por im-
questão poderão diferir das correspon- postos diferidos
dentes estimativas.

01 Os principais juízos de valor e estimativas


efetuadas na preparação das demonstra-
São reconhecidos ativos por impostos
diferidos apenas quando existe forte se-
gurança de que existirão lucros tributá-
ções financeiras consolidadas anexas fo- veis futuros disponíveis para a utilização
ram os seguintes: das diferenças temporárias, ou quando
  existam passivos por impostos diferidos
cuja reversão seja expectável no mesmo
a) Imparidade do goodwill período em que os ativos por impostos di-
O goodwill é sujeito a teste de imparidade feridos sejam revertidos. A avaliação dos
anualmente ou sempre que existem indí- ativos por impostos diferidos é efetuada
cios de uma eventual perda de valor, de pela gestão no final de cada exercício,
acordo com a política indicada na Nota tendo em atenção a expectativa de de-
3.2.6. sempenho no futuro.

Os valores recuperáveis das unidades


geradoras de fluxos de caixa às quais o d) Pressupostos atuariais
goodwill é afeto são determinados com
base no valor de uso, apurado de acordo A avaliação das responsabilidades com
com os fluxos de caixa esperados. Na de- benefícios definidos é efetuada semes-
terminação do valor de uso são utilizadas tralmente com o recurso a estudos atua-
estimativas por parte da gestão relativa- riais elaborados por peritos independen-
mente à evolução futura da atividade e tes, baseados em pressupostos atuariais
às taxas de desconto consideradas. associados a indicadores económicos e
demográficos. Alterações nestes pressu-
postos podem ter um impacto relevante
b) Imposto sobre o Rendimento naquelas responsabilidades.

O Grupo reconhece passivos para liquida-


ções adicionais de impostos que possam
resultar de revisões pelas autoridades
fiscais.
Quando o resultado final destas situa-
ções é diferente dos valores inicialmente
registados, as diferenças terão impacto
no imposto sobre o rendimento e nos im-
postos diferidos, no período em que tais
diferenças são identificadas.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 75

e) Provisões 3.25 Acontecimentos após a


O Grupo analisa de forma periódica data do balanço
eventuais obrigações que ressaltem de
eventos passados e que devam ser ob-
jeto de reconhecimento ou divulgação.
Os acontecimentos após a data do balan-
01
ço que proporcionem informação adicio-
A subjetividade inerente à determinação
nal sobre condições que existiam à data
da probabilidade e montante de recursos
do balanço (adjusting events ou aconteci-
internos necessários para liquidação das
mentos após a data do balanço que dão
obrigações poderá conduzir a ajustamen-
origem a ajustamentos) são refletidos
tos significativos, quer por variação dos
nas demonstrações financeiras. Os even-
pressupostos utilizados, quer pelo futuro
tos após a data do balanço que propor-
reconhecimento de provisões anterior-
cionem informação sobre condições que
mente divulgadas como passivos contin-
ocorram após a data do balanço (non ad-
gentes.
justing events ou acontecimentos após
a data do balanço que não dão origem
f) Imparidade das contas a receber a ajustamentos) são divulgados nas de-
monstrações financeiras, se forem consi-
O Grupo gere os riscos de crédito na derados materiais.
carteira de saldos a receber através de
análises de risco criteriosas aquando da
abertura de crédito para novos clientes e
da sua revisão regular (Nota 18.4).
Desta forma, são recolhidos elementos
do comportamento financeiro dos clien-
tes através de contactos regulares, bem
como através de contactos com outras
entidades envolvidas na relação comer-
cial (por exemplo, agentes de vendas).
Paralelamente, a Secil e algumas das
suas subsidiárias portuguesas contra-
tualizaram seguros de crédito (Nota 37.3)
que reduzem a sua exposição ao risco de
crédito da carteira de saldos a receber.
4. Fluxos de caixa
01
Para efeitos da demonstração dos flu- rio, líquidos de descobertos bancários e
xos de caixa, a caixa e seus equivalentes de outros financiamentos de curto prazo
inclui numerário, depósitos bancários equivalentes. Caixa e seus equivalentes
imediatamente mobilizáveis (de prazo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 de-
inferior ou igual a três meses) e aplica- talha-se conforme se segue:
ções de tesouraria no mercado monetá-

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Numerário 259 852 300 931
Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 25 558 973 19 177 345
Aplicações de tesouraria 107 701 297 117 197 663
(Nota 18) 133 520 122 136 675 939
Descobertos bancários (Nota 23.3) (3 994 686) (9 843 159)
129 525 436 126 832 780
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 77

5. Investimentos em subsidiárias
5.1. Subsidiárias
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o Grupo apresenta as seguintes subsidiárias:
01
31/12/15 31/12/14
% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil
Denominação Social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total
Hewbol, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Somera Trading Inc. Panamá - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Secil Cabo Verde Comércio e Serviços, Lda. Praia - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
ICV - Inertes de Cabo Verde, Lda. Praia 37,50 25,00 62,50 37,50 25,00 62,50
Florimar- Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. Funchal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Sociedade de Inertes, Limitada Nacala - 100,00 100,00 - 99,00 99,00
Seciment Investments, B.V. Amesterdão 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
I3 Participações e Serviços, Ltda. Rio de Janeiro - 100,00 100,00 - 99,97 99,97
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações
Industriais e de Fornecimento de Equipamento, Lda. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Silonor, S.A. Dunkerque 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Société des Ciments de Gabès Tunis 98,72 - 98,72 98,72 - 98,72
Sud-Béton - Société de Fabrication de Béton du Sud Tunis - 98,72 98,72 - 98,72 98,72
Zarzis Béton Tunis - 98,52 98,52 - 98,52 98,52
Secil Angola, SARL Luanda 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. Lobito - 51,00 51,00 - 51,00 51,00
Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. Setúbal 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Britobetão - Central de Betão, Lda. Évora - 91,00 91,00 - 91,00 91,00
Secil Britas, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Lusoinertes, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais
para a Construção, S.A. Leiria 51,19 48,81 100,00 51,19 48,81 100,00
IRP - Indústria de Rebocos de Portugal, S.A. Santarém - 75,00 75,00 - 75,00 75,00
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
ALLMA - Microalgas, Lda. Leiria - 70,00 70,00 - 70,00 70,00
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. Lisboa - 90,96 90,96 - 90,87 90,87
Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Allmicroalgae - Natural products, S.A. (b) Setúbal - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. Lisboa - 100,00 100,00 - 100,00 100,00
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro - 100,00 100,00 - - -
Supremo Cimentos, S.A. Santa Catarina - 100,00 100,00 - - -
Margem companhia de Mineração Paraná - 100,00 100,00 - - -
Nacional Mineração e Engenharia, S.A. Santa Catarina - 100,00 100,00 - - -
CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A. Leiria 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
Ciments de Sibline, S.A.L. Beirute 28,64 22,41 51,05 28,64 22,41 51,05
Soime, S.A.L. Beirute - 51,05 51,05 - 51,05 51,05
Cimentos Madeira, Lda. Funchal 57,14 - 57,14 57,14 - 57,14
Beto Madeira - Betões e Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14
Promadeira - Sociedade Técnica de Construção da
lha da Madeira, Lda. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14
Brimade - Sociedade de Britas da Madeira, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 57,14 57,14
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. (a) Funchal - 29,14 29,14 - 29,14 29,14
Pedra Regional - Industria Transformadora
de Rochas Ornamentais, S.A. Funchal - 57,14 57,14 - 29,14 29,14
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. Lisboa 100,00 - 100,00 100,00 - 100,00
5.2. Interesses minoritários
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos interesses minoritários incluídos no

01 capital próprio é conforme segue:



Valores em Euros
Capitais Próprios
31/12/15 31/12/14
Britobetão - Central de Betão, Lda. 69 769 57 042
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias 848 216 965 064
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 393 315 460 366
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. (441 657) 2 957 344
Ciments de Sibline, S.A.L. e subsidiária 72 678 145 69 182 364
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias 5 158 066 5 366 376
Outros (779 153) (696 478)
77 926 701 78 292 078

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o detalhe dos interesses minoritários evidencia-


dos na demonstração dos resultados é conforme se segue:
RESULTADO
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Britobetão - Central de Betão, Lda. 12 728 (7 689)
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias (35 359) 106 320
IRP - Industria de Rebocos de Portugal, S.A. 82 949 89 108
Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A. (3 244 793) (2 618 003)
Ciments de Sibline, S.A.L. e subsidiária 11 112 688 8 566 966
Cimentos Madeira, Lda. e subsidiárias (77 851) 23 708
Outros (82 489) (109 719)
7 767 873 6 050 691

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014


apresentam-se conforme se segue:
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Saldo inicial 78 292 078 66 192 420
Variação de perímetro:
Sociedade de Inertes, Limitada
Reforço de 50% da participação do Grupo no capital - 795
Reforço de 1% da participação do Grupo no capital (Nota 8) 978 -
Solenreco - Prod. e comercialização de combustíveis, Lda.
Alienação da participação de 98% no capital - 14 635
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A.
Reforço de 0,09% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (825) -
Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A.
Reforço de 28% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (115 813) -
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Reforço de 0,03% da participação do Grupo no capital (Nota 8) (3) -
Redução de capital da Société des Ciments de Gabès - (70 108)
Transposição das demonstrações financeiras
de subsidiárias estrangeiras 5 204 941 8 356 806
Dividendos (13 207 278) (2 269 237)
Desvios e alterações de pressupostos nos estudos atuariais (7 854) 25 463
Subsídios ao investimento (7 396) (9 387)
Resultado líquido do período 7 767 873 6 050 691
Saldo final 77 926 701 78 292 078
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 79

6. Interesses em empreendimentos conjuntos


01
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo apresenta os seguintes interesses em
empreendimentos conjuntos:

31/12/15 31/12/14
% do capital detido pela Secil % do capital detido pela Secil
Denominação Social Sede Direta Indireta Total Direta Indireta Total
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. Lisboa 50,00 - 50,00 50,00 - 50,00
Secil Prébetão, S.A. Montijo - 39,80 39,80 - 39,80 39,80

7. Investimentos em associadas
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo tem os seguintes investimentos em
associadas:
31/12/15 31/12/14
% indireta do % indireta do
Sede capital detido capital detido
Setefrete, SGPS, S.A. Setúbal 25,00 25,00
MC - Matériaux de Construction Gabès 49,36 49,36
J.M.J. Henriques, Lda. Câmara de Lobos 28,57 28,57
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. Lisboa 35,00 35,00
Supremo Cimentos, S.A. Pomerode - 15,00
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. Rio de Janeiro - 20,68

Em 24 de junho de 2015 a NSOSPE – ções, S.A., passando a deter a totalidade


Empreendimentos e Participações, S.A. do seu capital.
reforçou a participação financeira que
Com estas aquisições, a NSOSPE – Em-
detinha na Supremo Cimentos, S.A. em
preendimentos e Participações, S.A., a
50%, passando a deter a essa data 85%
Supremo Cimentos, S.A. e suas subsidiá-
do seu capital social e das suas subsidiá-
rias passam a ser detidas a 100% pelo
rias: Margem companhia de Mineração e
Grupo Secil passando de associadas a
Nacional Mineração e Engenharia, S.A..
subsidiárias (Notas 5.1, 8 e 14).
Em 8 de julho de 2015 a subsidiária do
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as
Grupo Secil, Ciminpart – Investimentos e
demonstrações financeiras disponíveis
Participações, SGPS, S.A. (“Ciminpart”)
das associadas apresentam nas suas
adquire à Semapa, S.G.P.S., S.A. a par-
demonstrações financeiras os valores
ticipação financeira que esta detinha na
seguintes:
NSOSPE – Empreendimentos e Participa-
01
31 de Dezembro de 2015
Ativos Passivos Capital Vendas e serviços Resultado
Valores em Euros Totais Totais Próprio prestados Líquido
MC- Materiaux de Construction a) 721 482 694 002 27 480 4 229 614 (97 997)
J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 078 986 322 102 756 884 - (3 434)
Setefrete, SGPS, S.A. b) e d) 8 105 038 5 440 114 2 664 924 102 813 4 638 825
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. c) 3 917 745 3 553 647 364 098 11 747 355 303 136

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2015.
b) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais da associada para o período findo em 31.12.2014.
c) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras da associada para o período findo em 30.11.2015.
d) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.

31 de Dezembro de 2014
Ativos Passivos Capital Vendas e serviços Resultado
Valores em Euros Totais Totais Próprio prestados Líquido
MC - Materiaux de Construction a) 622 391 500 547 121 844 7 603 069 (5 134)
J.M.J. - Henriques, Lda. a) 1 076 917 316 595 760 322 - (3 320)
Setefrete, SGPS, S.A. a) e b) 5 664 562 2 207 862 3 456 700 102 813 2 892 221
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. a) 3 989 252 3 500 394 488 858 12 379 830 427 896
Supremo Cimentos S.A. a) e b) 175 997 086 82 838 453 93 158 633 54 316 698 (1 793 627)
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. a) e b) 84 404 485 47 605 439 36 799 046 - (4 498 648)

a) A informação financeira apresentada está de acordo com as demonstrações financeiras oficiais das associadas para o período findo em 31.12.2014, com
exceção da Setefrete, SGPS, S.A .que respeitam ao período findo em 31.12.2013
b) Para efeitos de aplicação do Método de Equivalência Patrimonial (Nota 14), as demonstrações financeiras destas sociedades encontram-se ajustadas.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 81

8. Alterações no perímetro de consolidação


01
No decurso do período findo em 31 de dezembro de 2015, o impacto nas demonstra-
ções financeiras consolidadas por via de alterações no perímetro de consolidação é
como se segue:

Valores em Euros
Ativos não correntes
Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 346 125 238
Goodwill (Nota 9) 58 316 083
Ativos intangíveis (Nota 13) 26 549 889
Participações financeiras (Nota 14) (86 204 906)
Outras contas a receber 798 035
Ativos por impostos diferidos (Nota 15.2) 6 799 176

Ativos correntes
Inventários 7 454 470
Clientes 3 982 761
Estado e outros entes públicos 8 108 812
Outras contas a receber 1 097 705
Outros ativos financeiros (Nota 38) 1 780 556
Caixa e depósitos bancários 7 332 487

Interesses minoritários (Nota 5.2) 115 663

Passivos não correntes


Provisões (Nota 21) (1 158 640)
Financiamentos obtidos (139 775 890)
Passivos por impostos diferidos (Nota 15.2) (32 672 170)
Outras contas a pagar (4 575 577)

Passivos correntes
Fornecedores (6 225 495))
Adiantamentos de clientes (170 908)
Estado e outros entes públicos (2 483 153)
Financiamentos obtidos (46 149 400)
Outras contas a pagar (71 179 570)
Diferimentos (56 638)
Outros passivos financeiros (Nota 38) (2 462 271)

Ativos e passivos identificáveis à data da aquisição/alienação 75 346 257


Goodwill (Nota 9) 18 193 456
Custo /(proveito) reconhecido em resultados (343 024)
Custos da concentração/Preço Venda 93 196 689
Caixa e equivalentes de caixa (7 332 487)
Património líquido adquirido/integrado 85 864 202
Entradas no perímetro
- NSOSPE – Empreendimentos e Partici- - Argibetão - Sociedade de Novos Produ-

01 pações, S.A. – com sede no Rio de Janei- tos de Argila e Betão, S.A. – com sede em
ro, reforço da participação financeira de- Lisboa, reforço da participação financeira
tida, de 20,68% em 31 de dezembro de detida em 0,09% do capital social da so-
2014, para a totalidade do capital desta ciedade.
sociedade, passando no corrente período
de associada a subsidiária do Grupo Se-
cil (Nota 7). - Pedra Regional - Industria Transforma-
dora de Rochas Ornamentais, S.A. – com
sede no Funchal, reforço da participa-
- Supremo Cimentos, S.A. e subsidiárias – ção financeira detida em 28% do capital
com sede em Santa Catarina, reforço da social, passando o Grupo Secil a deter
participação financeira detida, de 15% 57,14% do capital da sociedade.
em 31 de dezembro de 2014, para a to-
talidade do capital desta sociedade, pas-
sando no corrente período de associada
a subsidiária do Grupo Secil (Nota 7).

I3 Participações e Serviços, Ltda. – com


sede no Rio de Janeiro, reforço da par-
ticipação financeira detida em 0,03% do
capital social da sociedade em resultado
da aquisição da NSOSPE – Empreendi-
mentos e Participações, S.A..

- Sociedade de Inertes, Lda. – com sede


em Nacala, aquisição da remanescente
participação de 1% do capital social da
sociedade.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 83

9. Goodwil
01
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos
ocorridos na rubrica “Goodwill”, são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Valor bruto no início do período 226 781 948 224 577 379
Perdas por imparidade acumuladas (110 122 096) (109 610 754)
Valor líquido no início do período 116 659 852 114 966 625
Variação de perímetro (Nota 8) 58 316 083 -
Aquisições:
Nsospe Empreendimentos e Participações, SA (Nota 8) 17 944 095 -
Pedra Regional - Industria Transformadora
de Rochas Ornamentais, S.A. (Nota 8) 249 361 -
Variação cambial:
Société des Ciments de Gabès (Nota 20.5.1) 464 648 151 870
Sud-Béton-Société de Fabrication
de Béton du Sud (Nota 20.5.1) 27 619 9 027
Ciments de Sibline, S.A.L. (Nota 20.5.1) 1 475 207 1 532 330
Nsospe Empreendimentos e Participações, SA (Nota 20.5.1) (5 410 590) -
Supremo Cimentos, S.A. (Nota 20.5.1) (11 594 901) -
Transferência de “Participações financeiras -
método equivalência patrimonial” (Nota 14) 16 454 003 -
Saldo final 194 585 377 116 659 852

O goodwill é atribuído às unidades geradoras de fluxos de caixa (UGC) do Grupo, iden-


tificadas de acordo com o país da operação e o segmento de negócio, conforme se
segue:

Valores em Euros Portugal Líbano Tunísia Brasil Outros Total


Cimento 50 647 610 14 440 130 27 941 021 75 708 690 - 168 737 451
Betões 21 336 708 - 1 660 895 - - 22 997 603
Agregados 249 361 - - - - 249 361
Outros 2 480 536 - - - 120 426 2 600 962
74 714 215 14 440 130 29 601 916 75 708 690 120 426 194 585 377

Para efeitos de testes de imparidade, o No período findo em 31 de dezembro de


valor recuperável das UGC é determina- 2015 e 2014, em resultado dos testes
do com base no valor em uso, de acor- de imparidade efetuados às UGC não se
do com o método dos fluxos de caixa identificaram perdas por imparidade no
descontados. Os cálculos baseiam-se no goodwill.
desempenho histórico e nas expectativas
de desenvolvimento do negócio com a
atual estrutura produtiva, sendo utiliza-
do o plano estimado de médio prazo a 5
anos do Grupo.
10. Ativos fixos tangíveis
Nos períodos findos em 31 de dezembro bem como nas respetivas depreciações
de 2015 e 2014, os movimentos ocorri- acumuladas e perdas por imparidade,
dos na rubrica “Ativos fixos tangíveis”, são conforme se segue:

Valores em Euros Terrenos e recursos naturais Recuperação paisagística Edifícios e outras construções
Ativos
Saldo em 1 de janeiro de 2014 167 938 441 5 093 941 397 133 010
Variação de perímetro - - -
Aquisições 468 978 - 1 602 359

01
Alienações (75 444) - (127 772)
Regularizações, transferências e abates 1 829 544 375 931 (3 060 369)
Ajustamento cambial 2 854 345 - 6 510 403
Saldo em 31 de dezembro de 2014 173 015 864 5 469 872 402 057 631
Variação de perímetro (Nota 8) 63 688 063 - 56 114 684
Aquisições 930 641 - 5 611 403
Alienações (1 946 403) - (3 162 250)
Regularizações, transferências e abates 885 904 - 36 069 764
Ajustamento cambial (8 798 722) - (10 489 982)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 227 775 347 5 469 872 486 201 250

Deprec. acumuladas e perdas por imparidade


Saldo em 1 de janeiro de 2014 (43 579 815) (1 764 547) (321 830 063)
Depreciações (Nota 33) (1 210 333) (116 393) (8 116 283)
Perdas por imparidade (Nota 33) (105 316) - 381 783
Alienações 358 - 127 443
Regularizações, transferências e abates (341 108) (300 377) 421 822
Ajustamento cambial (363 536) - (3 184 179)
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (45 599 750) (2 181 317) (332 199 477)
Variação de perímetro (Nota 8) (839 748) - (1 321 759)
Depreciações (Nota 33) (2 034 962) (115 672) (7 292 928)
Perdas por imparidade (Nota 33) (197 610) - (797 588)
Alienações - - 1 486 931
Regularizações, transferências e abates - - -
Ajustamento cambial (342 925) - (1 653 242)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 (49 014 995) (2 296 989) (341 778 063)

Ativos líquidos
Valor líquido em 31 de dezembro de 2014 127 416 114 3 288 555 69 858 154
Valor líquido em 31 de dezembro de 2015 178 760 352 3 172 883 144 423 187

As perdas por imparidade acumuladas detalham-se conforme se segue:


Perdas Perdas do Perdas Perdas do Perdas
acumuladas exercício Ajustamento acumuladas exercício Ajustamento acumuladas
Valores em Euros 01/01/14 (Nota 33) cambial 31/12/14 (Nota 33) cambial 31/12/15

Terrenos e recursos naturais (7 822 241) (105 316) - (7 927 557) (197 610) - (8 125 167)


Edifícios e outras construções (5 292 350) 381 783 - (4 910 567) (797 588) - (5 708 155)
Equipamentos (3 670 098) (1 121 934) - (4 792 032) (404 899) - (5 196 931)
Ativosfixos tangíveis em curso (1 388 752) (523 419) (104 973) (2 017 144) - - (2 017 144)
(18 173 441) (1 368 886) (104 973) (19 647 300) (1 400 097) - (21 047 397)

As empresas do Grupo, sediadas em 28 de dezembro de 1963, Decretos-Lei


Portugal, procederam em anos anterio- nº 126/77, nº 430/78, nº 219/82, nº
res à reavaliação dos seus ativos fixos 319-G/84, nº 118-B/86, nº 111/88, nº
tangíveis ao abrigo da legislação aplicá- 49/91, nº 264/92, nº 22/92 e nº 31/98.
vel, nomeadamente Portaria nº 258 de
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 85

Equipamentos Ativos fixos tangíveis em curso Adiantamentos Total

1 301 501 627 13 226 733 1 110 270 1 886 004 022


(1 510 000) 614 010 - (895 990)
3 183 121 10 851 761 629 242 16 735 461

01
(3 043 296) - - (3 246 512)
14 461 534 (14 477 995) (932 260) (1 803 615)
19 643 903 603 576 86 822 29 699 049
1 334 236 889 10 818 085 894 074 1 926 492 415
158 315 088 76 813 291 2 992 600 357 923 726
4 413 620 13 815 300 1 284 029 26 054 993
(3 119 290) (56 445) - (8 284 388)
40 935 542 (76 528 923) (828 263) 534 024
(17 492 500) (6 440 320) (368 318) (43 589 842)
1 517 289 349 18 420 988 3 974 122 2 259 130 928

(1 152 134 755) (1 391 002) - (1 520 700 182)


(32 346 584) - - (41 789 593)
(1 121 934) (523 419) - (1 368 886)
2 907 948 - - 3 035 749
1 103 588 - (267 500) 616 425
(12 272 602) (12 073) - (15 832 390)
(1 193 235 172) (1 926 494) (267 500) (1 575 409 710)
(9 636 981) - - (11 798 488)
(32 889 546) - - (42 333 108)
(404 899) - - (1 400 097)
2 740 663 - - 4 227 594
3 028 375 - - 3 028 375
(6 816 525) - - (8 812 692)
(1 237 214 085) (1 926 494) (267 500) (1 632 498 126)

141 001 717 8 891 591 626 574 351 082 705


280 075 264 16 494 494 3 706 622 626 632 802

O detalhe dos custos históricos de aquisição de ativos fixos tangíveis e correspondente


reavaliação, líquidos de amortizações acumuladas, em 31 de dezembro de 2015 e
2014 é o seguinte:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Excedente de Valor Excedente de Valor
Rubricas Custo histórico revalorização revalorizado Custo histórico revalorização revalorizado
Terrenos e recursos naturais 168 904 589 9 855 763 178 760 352 117 340 826 10 075 288 127 416 114
Edifícios e outras construções 142 361 355 2 061 832 144 423 187 67 663 826 2 194 328 69 858 154
Equipamentos 279 975 070 100 194 280 075 264 140 874 673 127 044 141 001 717
591 241 014 12 017 789 603 258 803 325 879 325 12 396 660 338 275 985
11. Locações
01 11.1. Locações financeiras
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 o Grupo utiliza os seguintes bens adquiridos em
locação financeira:

31/12/15 31/12/14
Valor Amortização Valor líquido Valor Amortização Valor líquido
Valores em Euros aquisição acumulada contabilístico aquisição acumulada contabilístico
Equipamento básico 4 800 653 (2 826 054) 1 974 599 4 365 548 (2 252 534) 2 113 014

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a dívida do Grupo referente a locações financei-


ras bem como o seu plano de reembolso, detalha-se como se segue:

Locação financeira - rendas a pagar


Valores em Euros 31/12/14 31/12/14
Não correntes (Nota 23.3) 1 569 923 2 162 052
Correntes (Nota 23.3) 749 349 679 642
2 319 272 2 841 694

Locação financeira – plano de reembolso


Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
A menos de 1 ano 826 762 810 999
1 a 2 anos 856 758 805 178
2 a 3 anos 760 213 755 872
3 a 4 anos - 798 175
2 443 733 3 170 224
Juros futuros - a deduzir (124 461) (328 530)
Valor atual das responsabilidades por
locação financeira (Nota 23.3) 2 319 272 2 841 694

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram reconheci-


dos nas rubricas “(Gastos)/ reversões de depreciação e amortização” e “Juros e gastos
similares suportados” os seguintes montantes:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Amortizações do período 573 520 572 598
Gasto financeiro 107 035 131 948
680 555 704 546
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 87

11.2. Locações operacionais


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o guer de viaturas, os quais se encontram
01
Grupo é locatário em contratos de loca- denominados em Euro.
ção operacional relacionados com o alu-

Os pagamentos mínimos das locações operacionais são detalhados conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


A menos de 1 ano 189 200 110 189
1 a 5 anos 434 533 4 020
623 733 114 209

Os gastos relacionados com locações 2014 ascenderam a Euros 542.424 e


operacionais reconhecidos nos períodos 532.967, respetivamente.
findos em 31 de dezembro de 2015 e

12. Propriedades de investimento


Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, na
rubrica “Propriedades de investimento”, são conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Arrendadas Para venda Total Arrendadas Para venda Total
Saldo inicial - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541
Saldo final - quantia bruta 957 222 1 103 319 2 060 541 957 222 1 103 319 2 060 541

Saldo inicial - amortizações e perdas por 721 302 66 590 787 892 705 305 65 521 770 826
imparidades
Transferências
Para outras classes de ativos (13) 702 640 702 627 - (1 725) (1 725)
Amortizações e perdas por imparidade 15 997 2 794 18 791 15 997 2 794 18 791
(Nota 33)
Saldo final - amortizações e perdas por 737 286 772 024 1 509 310 721 302 66 590 787 892
imparidade

Valor líquido 219 936 331 295 551 231 235 920 1 036 729 1 272 649

As propriedades de investimento são amortizadas de acordo com o método da linha


reta, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens.
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram reconheci-
dos em resultados os seguintes rendimentos e gastos relacionados com propriedades
de investimento:

01 Valores em Euros Arrendadas


31/12/15
Para venda Total Arrendadas
31/12/14
Para venda Total
Rendimentos de rendas 58 296 - 58 296 58 293 - 58 293
Amortizações e perdas por imparidade (15 997) (2 794) (18 791) (15 997) (2 794) (18 791)
42 299 (2 794) 39 505 42 296 (2 794) 39 502

13. Ativos intangíveis


Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos ocorridos na
rubrica “Ativos intangíveis”, bem como nas respetivas amortizações, são conforme se
segue:

Propriedade Licenças Outros ativos ativos intangíveis


Valores em Euros industrial Emissão CO2 intangíveis em curso Total
Ativos
Saldo em 1 de janeiro de 2014 191 617 10 983 687 81 249 24 436 11 280 989
Aquisições - 30 751 - 30 341 61 092
Licenças atribuídas - 15 341 876 - - 15 341 876
Licenças alienadas no período - (1 985 025) - - (1 985 025)
Revogação licenças - (19 615) - - (19 615)
Transferências e abates 22 228 - - (22 228) -
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (6 912 250) - - (6 912 250)
Saldo em 31 de dezembro de 2014 213 845 17 439 424 81 249 32 549 17 767 067
Variação perímetro (Nota 8) 26 549 889 - - - 26 549 889
Aquisições - - - 20 361 20 361
Licenças atribuídas - 14 959 414 - - 14 959 414
Licenças alienadas no período - (1 384 000) - - (1 384 000)
Transferências e abates 35 456 - - (49 065) (13 609)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - (11 846 013) - - (11 846 013)
Ajustamento cambial (4 869 739) - - - (4 869 739)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 21 929 451 19 168 825 81 249 3 845 41 183 370
Amortizações acumuladas e perdas por imparidade
Saldo em 1 de janeiro de 2014 (153 837) (7 169 107) (80 356) - (7 403 300)
Amortizações do período (Nota 33) (26 839) - - - (26 839)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de - (11 544 910) - - (11 544 910)
estufa no período (Nota 33)
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - 74 784 - - 74 784
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 6 912 250 - - 6 912 250
Saldo em 31 de dezembro de 2014 (180 676) (11 726 983) (80 356) - (11 988 015)
Amortizações do período (Nota 33) (32 523) - - - (32 523)
Amortizações do período - Emissões de gases com efeito de
estufa no período (Nota 33) - (11 734 925) - - (11 734 925)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento - 11 846 013 - - 11 846 013
Saldo em 31 de dezembro de 2015 (213 199) (11 615 895) (80 356) - (11 909 450)
Ativos líquidos
Valor líquido em 31 de dezembro de 2014 33 169 5 712 441 893 32 549 5 779 052
Valor líquido em 31 de dezembro de 2015 21 716 252 7 552 930 893 3 845 29 273 920
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 89

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 os ças de Emissão relativos ao ano de 2015


montantes de Euros 7.552.930 e Euros e 2014 respetivamente, acrescido das
5.712.441 registados na rubrica “Licen- licenças adquiridas e deduzido das licen-
ças de emissão CO2” referem-se ao valor
das licenças de emissão de gases com
ças alienadas, das perdas por imparidade
identificadas e das licenças entregues/a 01
efeitos de estufa atribuídas a título gra- entregar à Entidade Coordenadora do Li-
tuito e depositadas a favor das empresas cenciamento.
do Grupo no Registo Português de Licen-

Os movimentos ocorridos nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, nas


licenças de emissão de gases com efeito de estufa, são conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Toneladas Euros Toneladas Euros
Ativos
Saldo inicial 2 760 405 17 439 424 2 400 517 10 983 687
Licenças atribuídas (Nota 20.5.3) 2 161 765 14 959 414 2 201 130 15 341 876
Licenças adquiridas - - 133 700 30 751
Revogação licenças (Nota 20.5.3) - - (2 116) (19 615)
Licenças alienadas (200 000) (1 384 000) (413 700) (1 985 025)
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento (1 938 758) (11 846 013) (1 559 126) (6 912 250)
Saldo final 2 783 412 19 168 825 2 760 405 17 439 424

Amortizações acumuladas e perdas por imparidade


Saldo inicial (1 921 662) (11 726 983) (1 597 876) (7 169 107)
Amortizações do período relativas a:
Emissões de gases com efeito de estufa no período (1 709 086) (11 734 925) (1 882 912) (11 544 910)
Reversão de perdas por imparidade no período (Nota 33) - - - 74 784
Licenças devolvidas à Entidade Coordenadora do Licenciamento 1 938 758 11 846 013 1 559 126 6 912 250
Saldo final (1 691 990) (11 615 895) (1 921 662) (11 726 983)

Valor líquido 1 091 422 7 552 930 838 743 5 712 441

O Grupo alienou, no período findo em de licenças de emissão, tendo registado


31 de dezembro de 2015, 200.000 to- ganhos no montante de Euros 1.602.000
neladas (413.700 toneladas em 2014) (Euros 1.561.769 em 2014) (Nota 31).
14. Participações financeiras
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Participações financeiras”, incluindo o
goodwill, apresenta a seguinte composição:

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros % detida Valor % detida Valor
Setefrete, SGPS, S.A. 25,00% 2 893 981 25,00% 3 091 925
MC - Materiaux de Construction 49,36% 2 263 49,36% 2 223
J.M.J. - Henriques, Lda. 28,57% 378 442 28,57% 380 161
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, 35,00% 1 436 411 35,00% 1 480 077
S.A.
Supremo Cimentos, S.A. - - 15,00% 22 084 473
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - 20,68% 12 795 527
4 711 097 39 834 386

O total das participações financeiras inclui os seguintes montantes relativos ao goodwill


gerado na aquisição das associadas:
Valores em Euros Ano da aquisição 31/12/15 31/12/14
Setefrete, SGPS, S.A. 2003 2 227 750 2 227 750
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 2009 1 308 977 1 308 977
Supremo Cimentos, S.A. 2013 - 5 278 577
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 2013 - 4 322 632
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 2014 - 905 241
3 536 727 14 043 177

Os movimentos ocorridos nesta rubrica, nos períodos findos em 31 de dezembro de


2015 e 2014, são como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Saldo inicial 39 834 386 33 408 378
Variação de perímetro (Nota 8)/Transferência de associada para (86 204 906) (38 973)
subsidiária
Aquisições:
NSOSPE Empreendimentos 75 028 073 2 456 968
e Participações, S.A.
Efeito de diluição em participações financeiras (Nota 31) 1 764 019 5 064 240
Resultado líquido apropriado (Nota 28) (2 415 788) (671 278)
Dividendos atribuídos pela Setefrete, SGPS, S.A. (1 356 063) (549 250)
Dividendos atribuídos pela Ave, S.A. (149 764) (115 853)
Transferência do goodwill de associada para subsidiária (Nota 9) (16 454 003) -
Ajustamento cambial (5 333 269) 280 154
Outros movimentos (1 588) -
Saldo final 4 711 097 39 834 386
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 91

15. Imposto sobre o rendimento


15.1. Imposto corrente
A Secil e algumas das suas subsidiárias A Secil e as suas subsidiárias tributadas
01
integram, desde 1 de janeiro de 2014, o pelo RETGS, alteraram o seu período de
Grupo Fiscal do qual a Semapa, S.G.P.S., tributação para o período compreendido
S.A. é a sociedade dominante, sendo tri- entre 1 de julho e 30 de junho, com efei-
butadas pelo Regime Especial de Tribu- tos a 1 de julho de 2015. Em resultado
tação de Grupos de Sociedades (RETGS) desta alteração a Secil e estas subsidiá-
constituído pelas empresas com uma rias apuraram e reportaram à Autoridade
participação igual ou superior a 75% e Tributária, até ao final do mês de novem-
que cumprem as condições previstas no bro, o imposto apurado no período de seis
artigo 69º e seguintes do Código do IRC. meses findo em 30 de junho de 2015 e
registaram a estimativa de imposto para
As empresas que se englobam no perí-
o período de seis meses iniciado em 1 de
metro do grupo de sociedades sujeitas a
julho de 2015.
este regime apuram e registam o imposto
sobre o rendimento tal como se fossem
tributadas numa ótica individual.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Imposto sobre o rendimento” apresen-


ta o seguinte detalhe:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Imposto corrente 7 263 942 4 196 782
Liquidações adicionais de IRC 6 264 666 3 929 358
Imposto diferido (Nota 15.2) (6 746 302) (6 455 803)
6 782 306 1 670 337
Os montantes de Euros 7.263.942 e Euros 4.196.782 registados em imposto corrente
em 31 de dezembro de 2015 e 2014, respetivamente incluem:

01 Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Estimativa de imposto do período das empresas não pertencentes ao Grupo 6 005 461 5 679 206
fiscal Semapa (Nota 25)
Estimativa de Imposto das empresas que integram o Grupo fiscal Semapa:
Período tributário de 1 de janeiro de 2014 a 31 de dezembro de 2014 - 1 084 275
Período tributário de 1 de janeiro de 2015 a 30 de junho de 2015 (Nota 36) 272 684 -
Período tributário de 1 de julho de 2015 a 31 de dezembro de 2015 (Nota 942 279 -
36)
Outros custos e perdas de IRC de exercícios anteriores (74 016) (1 031 846)
Excesso /(insuficiência) de estimativa de exercícios anteriores 117 534 (1 534 853)
7 263 942 4 196 782

As declarações anuais de rendimentos O Conselho de Administração entende


estão sujeitas em Portugal a revisão e que eventuais correções àquelas declara-
eventual ajustamento por parte das auto- ções em resultado de revisões/inspeções
ridades fiscais durante um período de 4 por parte das autoridades fiscais não te-
anos. Contudo, no caso de serem apre- rão efeitos materiais nas demonstrações
sentados prejuízos fiscais estes podem financeiras consolidadas em 31 de de-
ser sujeitos a revisão e liquidação pelas zembro de 2015.
autoridades fiscais por um período supe-
A reconciliação da taxa efetiva de impos-
rior.
to nos períodos findos em 31 de dezem-
Noutros países em que o Grupo desenvol- bro de 2015 e 2014 é evidenciada como
ve a sua atividade os prazos são diferen- segue:
tes, em regra superiores.

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Resultado antes de impostos 1 342 980 13 756 441
Imposto esperado 369 320 4 058 150
Diferenças permanentes (a) (342 995) 5 923 889
Prejuízos fiscais recuperáveis de períodos anteriores (993 519) (2 869 162)
Prejuízos fiscais não recuperáveis 5 076 747 2 875 941
Diferenças de taxas de imposto (b) (2 758 656) (4 608 280)
Benefícios fiscais (1 643 660) (5 376 543)
Liquidações adicionais de IRC 6 264 666 3 929 358
Retenção na fonte a título definitivo 717 073 98 484
Imposto relativo a períodos anteriores (673 555) (2 665 183)
Ajustamentos à coleta (c) 766 885 303 683
6 782 306 1 670 337
Taxa efetiva de imposto 505,0% 12,1%
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 93

(a) Este valor respeita essencialmente a:

Valores em Euros
Efeito da aplicação do método da equivalência
patrimonial (Nota 28)
Mais/(menos) valias fiscais
31/12/15
2 415 788

(2 191 771)
31/12/14
671 278

151 394
01
(Mais)/menos valias contabilísticas (1 973 193) (5 861 745)
Benefícios fiscais (1 378 918) (3 811 801)
Aumento/(redução) de imparidades e provisões tributadas 2 038 977 9 066 106
Resultados intragrupo sujeitos a tributação 1 910 953 17 915 382
Outros (2 069 091) 1 950 367
(1 247 255) 20 080 981
Impacto fiscal (27,50%) (342 995) 5 923 889

(b) A redução de imposto verificada no


período na rubrica “Diferenças de taxas
de imposto” inclui essencialmente o efei-
to positivo de diferentes taxas de impos-
to praticadas em países em que o Grupo
opera, nomeadamente a taxa de imposto
da Tunísia de 25% e do Líbano de 15%.

(c) O montante mostrado na rubrica “Ajus-


tamentos à coleta” respeita essencial-
mente à tributação autónoma no mon-
tante de Euros 1.045.369.
15.2. Imposto diferido
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os movimentos
ocorridos nos ativos e passivos por impostos diferidos, são os seguintes:

31 de Dezembro de 2015
Valores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 19 534 763 321 197
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 695 705 (1 431)
Prejuízos fiscais reportáveis 146 052 (4 305 110)
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 415 703 (22 597)
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 54 034 -
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 497 822 -
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 38 554 347
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 729 363 -

01 Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22)


Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intra grupo
Justo valor apurado em combinações empresariais
69 288
2 553 041
1 505 510
(10 617)
173 466
-

Imparidades em ativos fixos 8 815 142 -


Outras diferenças temporárias 4 476 881 (2 056 093)
46 531 858 (5 900 838)
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 040 011) 10 631 387
Justo valor apurado em combinações empresariais (106 726 441) 485 288
Diferimento da tributação de mais-valias (768 777) -
Acréscimos de amortizações (4 113 825) 2 125 966
Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 857 507) -
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 027 113) (90)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (5 712 441) -
Outras diferenças temporárias (149 273) 176 090
(126 395 388) 13 418 641
Valores refletidos no balanço
Ativos por impostos diferidos 10 816 894 (2 110 892)
Passivos por impostos diferidos (28 097 489) 5 413 066

31 de Dezembro de 2014
Valores em Euros Saldo inicial Ajustamento Cambial
Diferenças temporárias que originam ativos por impostos diferidos
Provisões e imparidades tributadas 19 399 744 391 971
Provisões para recuperação ambiental e paisagística 2 538 457 -
Prejuízos fiscais reportáveis 337 146 -
Responsabilidade por subsídio de reforma (Nota 22) 396 861 27 939
Responsabilidades por subsídios por morte (Nota 22) 52 678 -
Responsabilidade por prémio de antiguidade (Nota 22) 534 666 -
Insuficiência do fundo de pensões (Nota 22) 94 178 450
Benefícios de reforma sem fundo autónomo (Nota 22) 5 962 894 -
Responsabilidade por assistência na doença (Nota 22) 514 795 -
em transacções intragrupo 2 713 674 -
Justo valor apurado em combinações empresariais 1 325 414 180 096
Imparidades em ativos fixos 7 452 085 -
Outras diferenças temporárias 4 803 510 -
46 126 102 600 456
Diferenças temporárias que originam passivos por impostos diferidos
Reavaliação de ativos fixos tangiveís (3 721 476) -
Justo valor apurado em combinações empresariais (104 957 243) (3 875 013)
Menos-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (9 950 698) 90 090
Mais-valias diferidas contabilísticamente, originadas em transacções intragrupo (844 850) -
Acréscimos de amortizações (3 830 576) (21 593)
Excesso do fundo de pensões (Nota 22) (4 102 570) -
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) (1 264 042) (1 461)
Licenças emissão de gases com efeito de estufa (Nota 13) (3 814 580) -
Outras diferenças temporárias (228 144) -
(132 714 179) (3 807 977)
Valores refletidos no balanço
Ativos por impostos diferidos 11 827 066 89 315
Passivos por impostos diferidos (34 513 322) (603 128)
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 95

Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidos


(Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo final

1 208 774 - - - 1 052 702 - 22 117 436


74 352 - - - 7 506 - 2 776 132
15 598 497 - - - 12 333 580 - 23 773 019
(323 537) - (22 062) - - - 47 507
8 019 - - - - - 62 053
(57 952) - - - - - 439 870
(35 284) - 60 619 - - - 64 236
(620 901) - 106 532 - - - 5 214 994
(1 086)
(438 336)
-
-
-
-
6 787
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
74 989
2 104 088
1 678 976
01
(2 542 455) - - - - - 6 272 687
6 316 644 - (676 700) - 6 603 790 - 14 664 522
19 186 735 - (524 824) - 19 997 578 - 79 290 509

286 442 - - - (58 078 993) - (50 201 175)


6 664 766 - - - (26 549 889) (30 312) (126 156 588)
79 410 - - - - - (689 367)
(4 311 384) - - - (9 077 390) - (15 376 633)
(168 175) - 3 197 779 - - - (1 827 903)
- - 204 243 - - - (822 960)
- - (1 840 489) - - - (7 552 930)
(295 194) - - - (2 388 345) - (2 656 722)
2 255 865 - 1 561 533 - (96 094 617) (30 312) (205 284 278)

6 875 295 4 899 (111 975) - 6 799 176 - 22 273 397


(133 714) (178) 420 621 (465) (32 672 170) (6 747) (55 077 076)

Resultados do período ALTERAÇÃO DA taxa DE Capital Alteração da Variação de Ativos detidos


(Nota 15.1) imposto (Nota 15.1) próprio taxa de imposto perímetro (Nota 8) para venda Saldo final

(234 263) - - - - - 19 534 763
157 248 - - - - - 2 695 705
(191 094) - - - - - 146 052
57 626 - (66 723) - - - 415 703
5 502 - (4 146) - - - 54 034
(36 844) - - - - - 497 822
(33 055) - (23 019) - - - 38 554
(646 226) - 412 695 - - - 5 729 363
(433 538) - (11 969) - - - 69 288
(160 633) - - - - - 2 553 041
- - - - - - 1 505 510
1 363 057 - - - - - 8 815 142
(101 234) - (248 084) - - - 4 476 881
(253 454) 58 754 - - 46 531 858

681 465 - - - - - (3 040 011)
2 136 126 - - - - (30 311) (106 726 441)
9 860 608 - - - - - -
76 073 - - - - - (768 777)
(261 656) - - - - - (4 113 825)
(179 202) - (575 735) - - - (4 857 507)
- - 238 390 - - - (1 027 113)
- - (1 897 861) - - - (5 712 441)
78 871 - - - - - (149 273)
12 392 285 (2 235 206) - (30 311) (126 395 388)

(172 019) (961 397) 39 286 (5 357) - - 10 816 894


3 754 325 3 834 894 (644 816) 90 108 - (15 550) (28 097 489)
Prejuízos fiscais reportáveis com imposto diferido ativo
São reconhecidos impostos diferidos ati- diferidos ativos reconhecidos pelo Grupo
vos sobre prejuízos fiscais na medida em referem-se a prejuízos fiscais que se es-
que seja provável a realização do respeti- pera virem a ser deduzidos aos lucros tri-
vo benefício fiscal, através da existência butáveis futuros, conforme se segue:
de lucros tributáveis futuros. Os impostos

01 Valores em Euros 31/12/15 31/12/14 Data limite


Cimentos Madeira, Lda. 58 046 146 052 2018
Margem - Companhia de Mineração 23 714 973 - não expira
23 773 019 146 052

Prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido ativo

Os prejuízos fiscais sobre os quais o Grupo considera, nesta data, não existir a capa-
cidade de dedução a lucros tributáveis futuros, e como tal sem imposto diferido ativo,
detalham-se por ano de prescrição conforme se segue:

Empresa Total
Não tributadas pelo RETGS
ALLMA - Microalgas, Lda. 140 092
Florimar - Gestão e Participações, S.G.P.S., Lda. 217 191
I3 Participações e Serviços, Ltda. 450 645
Madebritas - Sociedade de Britas da Madeira, Lda. 8 926
Pedra Regional - Industria Transformadora de Rochas Ornamentais, S.A. 118 928
Secil Angola, SARL 1 202 772
Seciment Investments, B.V. 200 294
Silonor, S.A. 13 087 073
Soime, S.A.L. 678 555
Zarzis Béton 92 092
Sociedade de Inertes, Limitada 311 343
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. 3 187 019
Supremo Cimentos, S.A. 16 817 385
Nacional Mineração e Engenharia, S.A. 319 304
36 831 619
Tributadas pelo RETGS
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A. 23 891 478
Argibetão - Sociedade de Novos Produtos de Argila e Betão, S.A. 431 408
Ciminpart - Investimentos e Participações, S.G.P.S., S.A. 7 824 397
Cimentos Costa Verde - Comércio de Cimentos, S.A. 38 362
Lusoinertes, S.A. 2 411 922
Prescor Produção de Escórias Moídas, Lda. 414 584
Allmicroalgae - Natural products, S.A. 4 907
Secil, Betões e Inertes, S.G.P.S., S.A. 3 536 223
Secil Britas, S.A. 11 703 142
Secil Martingança - Aglomerantes e Novos Materiais para a Construção, 2 115 929
S.A.
Serife - Sociedade de Estudos e Realizações Industriais e de Fornecimento 47 287
de Equipamento, Lda.
Unibetão - Indústrias de Betão Preparado, S.A. 13 915 307
Uniconcreto - Betão Pronto, S.A. 4 923 817
71 258 764

Total prejuízos fiscais reportáveis sem imposto diferido 108 090 383


Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 97

01

2016 2017 2018 2019 2020 2021 e posteriores

- - 11 884 - - 128 208
24 275 - 31 725 59 579 - 101 612
- - - - - 450 645
- 2 027 2 577 - - 4 323
- 91 537 24 288 - - 3 103
616 375 586 397 - - - -
- - - - - 200 294
- - - - - 13 087 073
383 534 103 290 191 731 - - -
- - - - - 92 092
- - 139 217 172 126 - -
- - - - - 3 187 019
- - - - - 16 817 385
- - - - - 319 304
1 024 184 783 250 401 422 231 705 - 34 391 058

- 15 229 126 8 662 352 - - -
- 198 631 185 567 - - 47 210
- - 877 602 1 286 726 - 5 660 069
- - - - - 38 362
- 2 411 922 - - - -
- - 248 275 - - 166 309
- 1 289 1 236 - - 2 382
- - - - - 3 536 223
- 5 287 958 4 761 380 - - 1 653 804
- 889 049 852 517 - - 374 363

- - 17 211 - - 30 076

- 5 003 587 3 519 441 - - 5 392 279


- 1 258 396 1 399 967 - - 2 265 454
- 30 279 958 20 525 549 1 286 726 - 19 166 531

1 024 184 31 063 208 20 926 970 1 518 431 - 53 557 589


16. Outros ativos financeiros
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros ativos financeiros”, líquida de
perdas acumuladas por imparidade, decompõe-se conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
Valores em Euros Quantia bruta acumulada escriturada líquida Quantia bruta acumulada escriturada líquida
Outros ativos financeiros - não corrente:
Adiantamentos para investimentos financeiros 2 500 000 - 2 500 000 2 250 000 - 2 250 000
Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) - - - 645 125 - 645 125
Outros 515 842 (99 539) 416 303 500 762 (98 862) 401 900
3 015 842 (99 539) 2 916 303 3 395 887 (98 862) 3 297 025
Outros ativos financeiros - corrente:
Outros - Partes relacionadas (Notas 36 e 37.2) 650 000 - 650 000 - - -
Instrumentos financeiros derivados (Nota 38) 1 948 961 - 1 948 961 - - -
2 598 961 - 2 598 961 - - -

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014,


nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Saldo inicial 98 862 98 641
Ajustamento cambial 677 221
Saldo final 99 539 98 862
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 99

17. Inventários
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os inventários, líquidos de perdas acumuladas
por imparidade, apresentam a seguinte composição:
01
31/12/15 31/12/14
Imparidade Imparidade
Valores em Euros Quantia bruta acumulada Quantia líquida Quantia bruta acumulada Quantia líquida
Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 78 370 312 (9 761 052) 68 609 260 81 727 038 (8 308 824) 73 418 214
Produtos e trabalhos em curso 1 755 363 - 1 755 363 411 621 - 411 621
Produtos acabados e intermédios 24 762 318 (4 279 311) 20 483 007 21 297 873 (3 294 813) 18 003 060
Mercadorias 6 008 504 (493 158) 5 515 346 4 109 133 (102 169) 4 006 964
Adiantamento por conta de compras 1 001 - 1 001 1 187 - 1 187
110 897 498 (14 533 521) 96 363 977 107 546 852 (11 705 806) 95 841 046

Os movimentos ocorridos, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014,


nas perdas acumuladas por imparidades em inventários são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Saldo inicial 11 705 806 7 695 116
Variação de perímetro 890 363 -
Aumentos 2 340 373 3 762 853
Reposições (664 524) (188 093)
Utilizações (10 610) (12 959)
Ajustamento cambial 272 113 448 889
Saldo final 14 533 521 11 705 806

Os aumentos e reposições, no montan- dos na demonstração dos resultados na


te liquido de Euros 1.675.849 e Euros rubrica “Imparidade de inventários ((per-
3.574.760 em 31 de dezembro de 2015 das)/reversões)”.
e 2014 respetivamente, foram reconheci-
18. Ativos financeiros
01 18.1. Categorias de ativos financeiros
As categorias de ativos financeiros, líquidas de perdas acumuladas por imparidade,
em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são detalhadas conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
Valores em Euros Quantia bruta acumulada escriturada líquida Quantia bruta acumulada escriturada líquida
Disponibilidades (Nota 4):
Numerário 259 852 - 259 852 300 931 - 300 931
Depósitos bancários imediatamente 25 558 973 - 25 558 973 19 177 345 - 19 177 345
mobilizáveis
Outras aplicações de tesouraria 107 701 297 - 107 701 297 82 447 663 - 82 447 663
Outras aplicações de tesouraria - - - - 34 750 000 - 34 750 000
Partes relacionadas (Nota 36)
133 520 122 - 133 520 122 136 675 939 - 136 675 939
Ativos financeiros ao custo:
Clientes (Nota 18.2) 90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465
Outras contas a receber - corrente 17 660 939 (8 315 799) 9 345 140 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484
(Nota 18.3)
Outras contas a receber - não cor- 5 717 095 (1 855 975) 3 861 120 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051
rente (Nota 18.3)
114 205 947 (36 418 283) 77 787 664 99 514 673 (35 608 673) 63 906 000
247 726 069 (36 418 283) 211 307 786 236 190 612 (35 608 673) 200 581 939

18.2. Ativos financeiros - clientes


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Clientes”, líquida de perdas acumula-
das por imparidade, apresenta a seguinte composição:

31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
acumulada escriturada acumulada escriturada
Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) líquida Quantia bruta (Nota 18.4) líquida
Clientes 90 691 552 (26 246 509) 64 445 043 73 630 346 (26 258 584) 47 371 762
Clientes - Partes relacionadas (Nota 36) 136 362 - 136 362 2 382 703 - 2 382 703
90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 101

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a antiguidade do saldo da rubrica “Clientes”,


01
líquida de perdas acumuladas por imparidade, é detalhada conforme se segue

31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
Valores em Euros Quantia bruta Acumulada escriturada líquida Quantia bruta acumulada escriturada líquida
Não vencido 39 274 616 - 39 274 616 30 539 686 (59 000) 30 480 686
Vencido:
0-90 dias 21 069 939 (275 416) 20 794 523 15 126 613 (47 944) 15 078 669
90-180 dias 1 637 007 (175 319) 1 461 688 2 904 506 (380 168) 2 524 338
180-360 dias 1 829 165 (679 805) 1 149 360 1 845 147 (1 171 657) 673 490
> 360 dias 27 017 186 (25 115 969) 1 901 217 25 597 097 (24 599 815) 997 282
90 827 913 (26 246 509) 64 581 404 76 013 049 (26 258 584) 49 754 465

18.3. Ativos financeiros – outras contas a receber


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras contas a receber - corrente”,
líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
acumulada escriturada acumulada escriturada
Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) líquida Quantia bruta (Nota 18.4) líquida
Outros devedores
Partes relacionadas (Nota 36)
Empréstimos concedidos - - - 750 000 - 750 000
Outras operações 3 603 622 (1 994 310) 1 609 312 2 138 818 (1 294 310) 844 508
Outros 12 829 452 (6 321 489) 6 507 963 11 571 511 (6 199 804) 5 371 707
16 433 073 (8 315 799) 8 117 274 14 460 329 (7 494 114) 6 966 215
Devedores por acréscimos de rendimentos
Juros a receber 764 505 - 764 505 535 428 - 535 428
Partes relacionadas (Nota 36) - - - 1 324 146 - 1 324 146
Outros 463 361 - 463 361 3 059 695 - 3 059 695
1 227 866 - 1 227 866 4 919 269 - 4 919 269
17 660 939 (8 315 799) 9 345 140 19 379 598 (7 494 114) 11 885 484
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras contas a receber - não corren-
te”, líquida de perdas acumuladas por imparidade apresenta a seguinte composição:

01
31/12/15 31/12/14
Imparidade Quantia Imparidade Quantia
acumulada escriturada acumulada escriturada
Valores em Euros Quantia bruta (Nota 18.4) líquida Quantia bruta (Nota 18.4) líquida
Outros devedores
Cauções prestadas a favor de terceiros 1 952 249 - 1 952 249 1 744 551 - 1 744 551
Outros 3 764 846 (1 855 975) 1 908 871 2 377 475 (1 855 975) 521 500
5 717 095 (1 855 975) 3 861 120 4 122 026 (1 855 975) 2 266 051

18.4. Imparidade de dívidas a receber


Os movimentos ocorridos nas perdas acumuladas por imparidade de dívidas a rece-
ber, nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são conforme se segue:

31/12/15
Outros Outros
Devedores Partes Devedores
Não correntes Clientes relacionadas correntes
Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total
Saldo inicial 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673
Variação de perímetro - 235 137 - - 235 137
Aumentos - 1 436 242 700 000 116 554 2 252 796
Reposições - (1 574 502) - - (1 574 502)
Utilizações - (3 231) - - (3 231)
Ajustamento cambial - (105 721) - 5 131 (100 590)
Saldo final 1 855 975 26 246 509 1 994 310 6 321 489 36 418 283

31/12/14
Outros Outros
Devedores Partes Devedores
Não correntes Clientes relacionadas correntes
Valores em Euros (Nota 18.3) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.3) Total
Saldo inicial 1 855 975 25 328 905 647 000 6 174 398 34 006 278
Variação de perímetro - - - - -
Aumentos - 2 081 862 647 310 23 793 2 752 965
Reposições - (1 328 726) - (3 996) (1 332 722)
Utilizações - - - - -
Ajustamento cambial - 176 543 - 5 609 182 152
Saldo final 1 855 975 26 258 584 1 294 310 6 199 804 35 608 673

Os aumentos e reposições, no montante de Euros 2.252.796 e Euros 1.574.502, res-


petivamente, foram reconhecidos na demonstração dos resultados na rubrica “Impari-
dade de dívidas a receber ((perdas)/ reversões)”.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 103

19. Ativos não correntes detidos para venda


Em 30 de junho de 2011 a Secil adquiriu vinte e seis centrais de betão e quatro ex-

01
a totalidade do capital social da socieda- plorações de agregados.
de Uniconcreto – Betão Pronto, S.A. (ante-
No âmbito desta compra, a decisão de
riormente designada por Lafarge Betões,
alienar os ativos e passivos, apresenta-
S.A.) e das suas subsidiárias Eurobetão
dos como ativos não correntes detidos
– Betão Pronto, S.A. e Lusoinertes, S.A.
para venda, decorre da imposição colo-
(anteriormente designada por Lafarge
cada por parte da Autoridade da Concor-
Agregados Unipessoal, Lda.). Estas socie-
rência, bem como da posterior avaliação
dades operam no mercado de betões e
interna efetuada pelo Grupo.
agregados e detinham à data da compra

No período findo em 31 de dezembro de 2015 e 2014 os ativos e passivos diretamente


associados a ativos não correntes detidos para venda detalham-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


ATIVO
Ativos fixos tangíveis 1 064 047 1 114 053
1 064 047 1 114 053

PASSIVO
Passivos por impostos diferidos 77 977 84 724
77 977 84 724
986 070 1 029 329

Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, os ativos apresentados como não correntes


detidos para venda correspondem às centrais de betão cuja imposição de venda foi
colocada pela Autoridade da Concorrência.

20. Capital próprio


20.1. Capital realizado e ações próprias
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o As pessoas coletivas que detém posições
capital social da Secil, encontra-se total- relevantes no capital social da sociedade
mente subscrito e realizado, sendo re- em 31 de dezembro de 2015 e 2014 de-
presentado por 52.920.000 ações com o talham-se conforme se segue:
valor nominal de Euros 5.
Nº ações % do capital detida
NOME 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14
Semapa, S.G.P.S., S.A. 48 734 540 48 734 540 92,09% 92,09%
Longapar, S.G.P.S., S.A. 1 000 1 000 0,00% 0,00%
Ações próprias 4 184 460 4 184 460 7,91% 7,91%
52 920 000 52 920 000 100,00% 100,00%
As ações próprias evidenciadas nas demonstrações financeiras consolidadas do Grupo
em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são detidas pelas seguintes sociedades:

01 Ações próprias
Secil - Companhia Geral de Cal e Cimento, S.A.
Hewbol, S.G.P.S., S.A.
31/12/15
3 818 360
366 100
4 184 460
31/12/14
3 818 360
366 100
4 184 460

A sociedade Hewbol, S.G.P.S, Lda. é uma contram-se evidenciadas como ações


empresa subsidiária do Grupo Secil pelo próprias nas demonstrações financeiras
que as 366.100 ações por si detidas en- consolidadas do Grupo.

20.2. Reservas legais


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a Esta reserva não é distribuível a não ser
rubrica “Reserva legais” ascende a Euros em caso de liquidação da sociedade, po-
40.680.725. dendo contudo, ser utilizada para absor-
ver prejuízos, depois de esgotadas as ou-
A legislação comercial estabelece que,
tras reservas, ou incorporada no capital.
pelo menos, 5% do resultado líquido
anual tem de ser destinado ao reforço
da reserva legal até que esta represente
pelo menos 20% do capital.

20.3. Outras reservas


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras reservas” decompõe-se como
se segue:
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Saldo inicial 95 675 899 94 623 691
Transferência de outras reservas para resultados transitados (41 156 457) -
Reserva de fusão da Great Heart na Secil (Nota 20.1) - 1 052 208
Saldo final 54 519 442 95 675 899

Por deliberação da Assembleia Geral da A rubrica “Outras reservas” corresponde,


Secil, realizada em 2 de Março de 2015, em 31 de Dezembro de 2015, a reser-
procedeu-se à transferência do montante vas livres para distribuição ao acionista,
de Euros 41.156.457 para a rubrica de constituídas através da transferência de
“Resultados transitados” para cobertura resultados de períodos anteriores e à re-
de perdas acumuladas. serva de fusão resultante da incorpora-
ção da sociedade Great Earth – Projetos,
S.A. na Secil.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 105

20.4. Excedente de revalorização


O movimento do excedente de revalorização nos períodos findos em 31 de dezembro de
2015 e 2014 foi conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


01
Saldo inicial 14 080 833 14 242 547
Excedente realizado no período (35 376) (186 307)
Imposto diferido no período 4 670 24 593
Saldo final 14 050 127 14 080 833

O montante de Euros 14.050.127 não se encontra disponível para distribuir aos acio-
nistas do Grupo.

20.5. Outras variações no capital próprio


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outras variações no capital próprio”
apresenta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Diferenças de conversão de demonstrações financeiras (114 899 872) (90 499 255)
Desvios e alterações de pressupostos em estudos atuariais 903 816 4 243 449
Impostos diferidos - desvios e alterações de pressupostos (399 923) (1 267 376)
em estudos atuariais
Subsídios ao investimento 793 827 988 799
Impostos diferidos - subsídios ao investimento (206 998) (256 782)
Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito 7 546 689 5 706 200
de estufa
Impostos diferidos - subsídios por licenças de emissão (2 018 279) (1 557 528)
de gases com efeito de estufa
Reserva de justo valor de derivados de cobertura 17 843 (658 857)
Impostos diferidos - reserva de justo valor de derivados (4 015) 148 243
de cobertura
Justo valor em associadas 27 846 29 434
(108 239 066) (83 123 673)
20.5.1. Diferenças de conversão de demonstrações financeiras
O montante de Euros 114.899.872, res- que qualificam como extensões do in-
peita ao valor apropriado pelos deten- vestimento líquido, essencialmente na
tores do capital da empresa-mãe das Tunísia, Brasil, Líbano e Angola, sendo
diferenças cambiais resultantes da con- o movimento nos períodos findos em 31
versão das demonstrações financeiras de dezembro de 2015 e 2014 detalhado

01 das sociedades, goodwill e empréstimos como se segue:

31 de Dezembro de 2015
Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras (58 996 767) 1 276 931 - (57 719 836)
Conversão do goodwill (Nota 9) (26 739 987) 492 267 - (26 247 720)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras 1 786 175 158 829 - 1 945 004
Extensão do investimento líquido 3 453 749 4 508 771 - 7 962 520
Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras (1 413 216) - (1 189 845) (2 603 061)
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras (887 539) 8 532 875 - 7 645 336
Conversão do goodwill (Nota 9) 780 558 1 475 207 - 2 255 765
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras (38 460) - (38 131) (76 591)
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras (7 687 121) - (35 050 696) (40 311 610)
Conversão do goodwill (Nota 9) - (11 594 901) (14 021 108)
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, SA
Conversão das demonstrações financeiras (728 292) 12 452 084 - 13 043 588
Conversão do goodwill (Nota 9) - - (5 410 590) (6 730 386)
Sociedade de Inertes Lda
Conversão das demonstrações financeiras (6 838) - (13 418) (20 256)
(90 499 255) 28 896 964 (53 297 581) (114 899 872)

31 de Dezembro de 2014
Valores em Euros Saldo inicial Aumentos Diminuições Saldo final
Société des Ciments de Gabès e subsidiárias:
Conversão das demonstrações financeiras (59 392 367) 395 600 - (58 996 767)
Conversão do goodwill (Nota 9) (26 900 884) 160 897 - (26 739 987)
Secil Angola, S.A.R.L.:
Conversão das demonstrações financeiras 1 545 281 240 894 - 1 786 175
Extensão do investimento líquido (1 256 633) 4 710 382 - 3 453 749
Conversão do goodwill (Nota 9) (21 517) - - (21 517)
Secil - Companhia de Cimentos do Lobito, S.A.:
Conversão das demonstrações financeiras (671 133) - (742 083) (1 413 216)
Ciment de Sibline, SAL:
Conversão das demonstrações financeiras (9 202 595) 8 315 056 - (887 539)
Conversão do goodwill (Nota 9) (751 772) 1 532 330 - 780 558
I3 Participações e Serviços, Ltda.
Conversão das demonstrações financeiras (40 674) 2 214 - (38 460)
Supremo Cimentos, S.A.
Conversão das demonstrações financeiras (7 948 270) 261 149 - (7 687 121)
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, SA
Conversão das demonstrações financeiras (747 299) 19 007 - (728 292)
Sociedade de Inertes Lda
Conversão das demonstrações financeiras - - (6 838) (6 838)
(105 387 863) 15 637 529 (748 921) (90 499 255)
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 107

20.5.2. Desvios e alterações de pressupostos atuariais


O movimento dos desvios e alterações de repartido entre Grupo e minoritários, de-
pressupostos atuariais nos períodos fin- compõe-se como segue:
dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014,

31/12/15 31/12/14

01
Detentores do capital Detentores do capital
Valores em Euros da empresa-mãe Minoritários Total da empresa-mãe Minoritários Total
Saldo inicial 4 243 449 311 072 4 554 521 3 999 956 285 668 4 285 624
Movimento no período (Nota 22.2) (3 339 633) (10 022) (3 349 655) 243 493 25 404 268 897
Saldo final 903 816 301 050 1 204 866 4 243 449 311 072 4 554 521

20.5.3. Subsídios do Governo

Subsídios ao investimento
Os movimentos ocorridos nos subsídios ao investimento nos períodos findos em 31 de
dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Saldo inicial 1 027 113 1 264 042
Ajustamento cambial 90 1 461
Subsídios recebidos no período 10 056 78 825
Subsídios reconhecidos nos resultados (Nota 31) (214 299) (317 215)
Saldo final 822 960 1 027 113

Subsídios ao investimento repartidos em:


Detentores do capital da empresa-mãe 793 827 988 799
Interesses minoritários 29 133 38 314
822 960 1 027 113

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeitos de estufa


Os movimentos dos subsídios relativos a licenças de emissão de gases com efeito de
estufa nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Saldo inicial 5 706 200 3 808 338
Licenças atribuídas no período (Nota 13) 14 959 414 15 341 876
Revogação de licenças (Nota 13) - (19 615)
Subsídio reconhecido nos resultados do período (Nota 31) (11 734 924) (11 472 800)
Licenças alienadas no período (1 384 000) (1 951 599)
Saldo final 7 546 690 5 706 200

Subsídios por licenças de emissão de gases com efeito de


estufa repartidos em:
Detentores do capital da empresa-mãe 7 546 689 5 706 200
Interesses minoritários - -
7 546 689 5 706 200
20.5.4. Reserva de justo valor de derivados de cobertura
Os movimentos ocorridos na reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota
38) nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são conforme se segue:
01 Valores em Euros
Saldo inicial
31/12/15
(658 857)
31/12/14
(906 941)
Aumentos de justo valor 676 700 248 084
Saldo final 17 843 (658 857)

20.6. Aplicação do resultado do período anterior


Por deliberação da Assembleia Geral da 31 de dezembro de 2014, foi transferido
Secil realizada em 2 de março de 2015, para a rubrica de “Resultados transita-
o resultado líquido positivo no montante dos”.
de Euros 6.035.413, do período findo em

21. Provisões
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, realizaram-se os
seguintes movimentos nas rubricas de provisões:
Valores em Euros Recuperação ambiental Outras Total
Saldo em 1 de janeiro de 2014 7 138 172 14 156 051 21 294 223
Aumentos - 9 888 405 9 888 405
Desconto financeiro (Nota 34) 288 359 - 288 359
Utilizações (89 485) (1 314 930) (1 404 415)
Reposições (157 298) (2 617 373) (2 774 671)
Ajustamento cambial - 375 348 375 348
Transferências - 1 403 1 403
Saldo em 31 de dezembro de 2014 7 179 748 20 488 904 27 668 652
Variação de perímetro (Nota 8) 7 506 1 151 134 1 158 640
Aumentos 419 3 828 054 3 828 473
Desconto financeiro (Nota 34) 289 714 - 289 714
Alienações - - -
Utilizações (174 155) (1 645 799) (1 819 954)
Reposições (157 298) (918 935) (1 076 233)
Ajustamento cambial (1 431) 163 553 162 122
Transferências - (423 691) (423 691)
Saldo em 31 de dezembro de 2015 7 144 503 22 643 220 29 787 723

O aumento, no montante de Euros 2.752.240 (aumento de Euros 7.113.734 em 2014),


registado na demonstração dos resultados na rubrica “Provisões”, inclui:

(i) o aumento de Euros 3.828.473 (Euros (ii) o total das reposições de Euros
9.888.405 em 2014) registado na rubri- 1.076.233 (Euros 2.774.671 em 2014).
ca “Outras”;
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 109

22. Benefícios a empregados


Conforme referido nas Notas 3.15 e 3.16
o Grupo atribui aos seus trabalhadores
A evolução das responsabilidades assu-
midas, refletidas no balanço consolidado 01
e seus familiares diversos benefícios em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são
pós-emprego e outros benefícios a longo conforme se segue:
prazo.

31 de Dezembro de 2015
Acréscimo/(redução) de responsabilidades
Resultados
Gastos com (Rendimentos) Outras Prémios
o pessoal /Gastos variações no Variação Pagamentos pagos/
Valores em Euros Saldo inicial (Nota 30) financeiros capital próprio cambial efetuados resgates Saldo final
Benefícios pós-emprego -
contribuição definida
Contribuições efetuadas - 1 141 434 - - - (1 141 434) - -
Conta "Reserva" (795 095) (1 358) (43 198) - - 135 043 - (704 608)
(795 095) 1 140 076 (43 198) - - (1 006 391) - (704 608)

Benefícios pós-emprego -
benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a 5 729 363 185 148 - 106 532 - (806 049) - 5 214 994
cargo do Grupo
Insuficiência/(excesso) dos fundos (4 818 953) (157 036) - 3 258 398 347 - (46 423) (1 763 667)
Responsabilidades por subsídios de 415 703 (250 289) - (22 062) (22 597) (73 248) - 47 507
reforma
Responsabilidades por assistência 69 288 1 534 - 6 787 - (2 620) - 74 989
na doença
1 395 401 (220 643) - 3 349 655 (22 250) (881 917) (46 423) 3 573 823

Benefícios a longo prazo


Responsabilidades por prémios de 497 822 87 912 - - - (145 864) - 439 870
antiguidade
Responsabilidades por subsídios por 54 034 8 019 - - - - - 62 053
morte
551 856 95 931 - - - (145 864) - 501 923
1 152 162 1 015 364 (43 198) 3 349 655 (22 250) (2 034 172) (46 423) 3 371 138
31 de Dezembro de 2014
Acréscimo/(redução) de responsabilidades
Resultados

01
Gastos com (Rendimentos) Outras Prémios
o pessoal /Gastos variações no Variação Pagamentos pagos/
Valores em Euros Saldo inicial (Nota 30) financeiros capital próprio cambial efetuados resgates Saldo final
Benefícios pós-emprego -
contribuição definida
Contribuições efetuadas - 789 813 - - - (789 813) - -
Conta "Reserva" (887 173) - (14 478) - - 106 556 - (795 095)
(887 173) 789 813 (14 478) - - (683 257) - (795 095)

Benefícios pós-emprego -
benefícios definidos
Responsabilidades por pensões a 5 962 894 247 474 - 412 695 - (893 700) - 5 729 363
cargo do Grupo
Insuficiência/(excesso) dos fundos (4 008 392) (164 002) - (598 754) 450 - (48 255) (4 818 953)
Responsabilidades por subsídios de 396 861 71 316 - (66 723) 27 939 (13 690) - 415 703
reforma
Responsabilidades por assistência 514 795 1 880 - (11 969) - (435 418) - 69 288
na doença
2 866 158 156 668 - (264 751) 28 389 (1 342 808) (48 255) 1 395 401

Benefícios a longo prazo


Responsabilidades por prémios de 534 666 86 997 - - - (123 841) - 497 822
antiguidade
Responsabilidades por subsídios por 52 678 5 502 - (4 146) - - - 54 034
morte
587 344 92 499 - (4 146) - (123 841) - 551 856
2 566 329 1 038 980 (14 478) (268 897) 28 389 (2 149 906) (48 255) 1 152 162

Em 2010, foi alterado o contrato constitu- lice de seguro no Fundo de Pensões do


tivo do Fundo de Pensões Secil, que pas- Grupo Secil;
sou a designar-se por Fundo de Pensões
(iii) Britobetão – Central de Betão, Lda.,
do Grupo Secil, substituindo integralmen-
Secil Britas, S.A, Beto Madeira, S.A. e Bri-
te o anterior contrato e produzindo efeitos
made, S.A..
a 1 de janeiro desse mesmo ano.
A Cimentos Madeira alterou, com efeitos
São associadas do Fundo, a Secil e as
a 1 de janeiro de 2012, para contribuição
suas subsidiárias:
definida o plano de benefícios definidos
(i) CMP – Cimentos Maceira e Pataias, que assegurava diretamente aos seus
S.A. e Unibetão – Indústrias de Betão empregados a título de complemento de
Preparado, S.A., que integraram (e extin- reforma por velhice, invalidez, reforma
guiram simultaneamente) os seus Fun- antecipada e pensões de sobrevivência.
dos de Pensões no Fundo de Pensões do
O património líquido positivo resultante
Grupo Secil;
da transição dos trabalhadores no ativo
(ii) Cimentos Madeira, Lda., que integrou da Cimentos Madeira do plano de benefí-
(e extinguiu simultaneamente) a sua apó- cio definido para o plano de contribuição
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 111

definida, após a transferência das respon- O Fundo de Pensões do Grupo Secil é o


sabilidades por serviços passados finan- suporte financeiro para o pagamento dos
ciadas com referência a 31 de dezembro benefícios previstos nos Planos de Pen-
de 2011 e garantindo o financiamento
das responsabilidades com reformados e
sões de cada associada (agora geridos
conjuntamente) que se encontram des- 01
pensionista a cargo do Plano de Pensões critos nas Notas 22.1 e 22.2.
de Benefício Definido, foi transferido para
a Conta Reserva da respetiva associada e
afeto ao Plano de Contribuição Definida.

22.1. Benefícios pós-emprego – Planos de contribuição definida


Os Planos de Pensões de Contribuição celebrado entre a APEB e a FEVICCOM,
Definida geridos pelo Fundo de Pensões os quais continuam a beneficiar do Pla-
do Grupo Secil são financiados pelas as- no de benefício definido, sendo também
sociadas e pelos participantes contribuin- aplicável aos membros dos órgãos de ad-
tes e são os seguintes: ministração;
(i) Planos Secil e CMP, incluem todos os (iii) Plano Beto Madeira, inclui todos os
trabalhadores que à data de 31 de de- trabalhadores que à data de 31 de de-
zembro de 2009 tinham um contrato de zembro de 2010 tinham um contrato de
trabalho sem termo (e que se encontra- trabalho sem termo e estavam abran-
vam abrangidos pelo plano de benefícios gidos pelo CCT celebrado entre a APEB
definidos em vigor nas empresas) e que – Associação Portuguesa das Empresas
tenham optado pela transição para estes de Betão Pronto e a FETESE – Federação
Planos, e todos os trabalhadores admiti- dos Sindicatos dos Trabalhadores de Ser-
dos ao abrigo de um contrato sem termo, viços e outros;
a partir de 1 de janeiro de 2010, sendo
(iv) Plano Secil Britas, inclui todos os
também aplicável aos membros dos ór-
trabalhadores que à data de 31 de de-
gãos de administração;
zembro de 2009 tinham um contrato de
(ii) Planos Unibetão e Britobetão, incluem trabalho sem termo e a todos os trabalha-
todos os trabalhadores que à data de 31 dores admitidos ao abrigo de um contra-
de dezembro de 2009 tinham um contra- to sem termo, a partir de 1 de janeiro de
to de trabalho sem termo, celebrado ao 2010, sendo também aplicável aos mem-
abrigo do CCT celebrado entre a APEB e bros dos órgãos de administração;
a FETESE, e todos os trabalhadores ad-
(v) Plano Cimentos Madeira inclui todos
mitidos ao abrigo de um contrato sem
os trabalhadores que à data de 1 de ja-
termo, a partir de 1 de janeiro de 2010,
neiro de 2012 tinham um contrato de tra-
com exceção dos trabalhadores da Uni-
balho sem termo (e que se encontravam
betão que estejam abrangidos pelo CCT
abrangidos pelo plano de benefícios de- (vi) Plano Brimade inclui, todos os tra-
finidos em vigor na empresa), e todos os balhadores que tinham à data de 1 de
empregados admitidos ao abrigo de um julho de 2012 um contrato de trabalho

01 contrato sem termo, a partir dessa data,


sendo também aplicável aos membros
sem termo, e todos os trabalhadores que
venham a ser admitidos ao serviço após
dos órgãos de administração; essa data.

22.2. Benefícios pós-emprego – Planos de benefícios definidos

Os gastos suportados com os planos de benefícios definidos, nos períodos findos em


31 de dezembro de 2015 e 2014, são os seguintes:

31 de Dezembro de 2015
Retorno Total de gastos
Serviços Custo esperado dos ALTERAÇÔES com o pessoal
Valores em Euros correntes dos juros ativos do plano NO PLANO (Nota 30)
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 185 148 - - 185 148
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 10 255 726 887 (894 178) - (157 036)
Responsabilidades por subsídios de reforma 3 607 4 620 - (250 516) (250 289)
Responsabilidades por assistência na doença - 1 534 - - 1 534
13 862 918 189 (894 178) (258 516) (220 643)

O montante de Euros 258.516, registado no período findo em 31 de dezembro de 2015,


refere-se à extinção do plano de benefícios definidos – subsídios de reforma da subsi-
diária Secil - Companhia de Cimento do Lobito, S.A..

31 de Dezembro de 2014
Retorno Total de gastos
Serviços Custo esperado dos com o pessoal
Valores em Euros correntes dos juros ativos do plano (Nota 30)
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo - 247 474 - 247 474
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo 14 032 923 905 (1 101 939) (164 002)
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 30 063 41 253 - 71 316
Responsabilidades por assistência na doença - 1 880 - 1 880
44 095 1 214 512 (1 101 939) 156 668
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 113

Os ganhos e perdas reconhecidos diretamente nos capitais próprios nos períodos fin-
dos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, são como segue:

Valores em Euros OUTROS desvios Ativos plano


31 de Dezembro de 2015
Ganhos e perdas atuariais
Total Imposto Valor
01
est. vs real (Nota 20.5.2) diferido líquido
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (106 532) - (106 532) 29 228 (77 304)
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (2 326 800) (931 598) (3 258 398) 844 191 (2 414 207)
Responsabilidades por subsídios de reforma 22 062 - 22 062 (5 263) 16 799
Responsabilidades por assistência na doença (6 787) - (6 787) 1 465 (5 322)
(2 418 057) (931 598) (3 349 655) 869 621 (2 480 034)

31 de Dezembro de 2014
Ganhos e perdas atuariais
Valores em Euros OUTROS desvios Ativos plano Total Imposto Valor
est. vs real (Nota 20.5.2) diferido líquido
Responsabilidades por pensões a cargo do Grupo (412 695) - (412 695) (41 083) (453 778)
Responsabilidades por pensões com fundo autónomo (1 687 492) 2 286 246 598 754 (5 766) 592 988
Responsabilidades por morte e subsídios de reforma 66 723 - 66 723 (3 249) 63 474
Responsabilidades por assistência na doença 11 969 - 11 969 (3 568) 8 401
Responsabilidades por subsídios por morte 4 146 - 4 146 (1 208) 2 938
(2 017 349) 2 286 246 268 897 (54 874) 214 023

O montante negativo de Euros 3.349.655, Os gastos apresentados correspondem


registado no período findo em 31 de De- aos planos de benefícios definidos exis-
zembro de 2015 como perdas atuariais, tentes no universo de empresas que
reflete a alteração dos pressupostos constituem o Grupo os quais seguida-
atuariais ocorrida no período, nomeada- mente se descrevem.
mente a redução da taxa de juro técnica
(Nota 22.2.2).

22.2.1. Caracterização dos planos de benefícios definidos

Planos de benefícios definidos com fundos geridos por terceiras entidades


Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência
e subsídio de reforma

A Secil e as suas subsidiárias: (iv) Beto Madeira – Betões e Britas da


Madeira, S.A.;
(i) CMP - Cimentos Maceira e Pataias, S.A.;
(v) Societé des Ciments de Gabès;
(ii) Unibetão - Indústrias de Betão Prepa-
rado, S.A.; Assumiram o compromisso de pagar aos
seus empregados prestações pecuniá-
(iii) Cimentos Madeira, Lda.;
rias a título de complementos de reforma
por velhice, invalidez, reforma antecipa- Estes planos são avaliados semestral-
da, pensões de sobrevivência ou subsí- mente, às datas dos fechos intercalares
dios de reforma. e anuais das demonstrações financeiras,

01
por entidades especializadas e indepen-
As responsabilidades derivadas destes
dentes, utilizando o método de crédito da
planos são asseguradas por fundos au-
unidade projetada.
tónomos, administrados por terceiros ou
cobertas por apólices de seguro.

Planos de benefícios definidos a cargo do Grupo


Responsabilidades por complementos de pensões de reforma e sobrevivência
As responsabilidades decorrentes dos re- transferidas para o Plano de Pensões de
formados da Secil, à data de constituição Benefícios Definidos da Cimentos Madei-
do Fundo de Pensões, 31 de dezembro ra o qual integrou o Fundo de Pensões do
de 1987, são asseguradas diretamente Grupo Secil.
pela Secil. De igual forma, as responsabi-
Estes planos são igualmente avaliados
lidades assumidas pela subsidiária Secil
semestralmente, por entidades indepen-
Martingança, S.A. são asseguradas dire-
dentes, utilizando o método de cálculo
tamente pela empresa.
dos capitais de cobertura corresponden-
Em 26 de junho de 2012, as responsa- tes aos prémios únicos das rendas vitalí-
bilidades a cargo da Cimentos Madeira, cias imediatas, na avaliação das respon-
Lda. e Beto Madeira - Betões e Britas sabilidades com atuais pensionistas e o
da Madeira, S.A. relativas a todos os re- método de crédito da unidade projetada,
formados e pensionistas, que se encon- na avaliação das responsabilidades com
travam a receber uma pensão, foram ativos.

Responsabilidades por assistência na doença


A subsidiária Cimentos Madeira, Lda. reza supletiva relativamente aos serviços
mantém com os seus reformados regi- oficiais de saúde, através de um seguro
mes de assistência na doença, de natu- contratado.

Responsabilidades por benefícios por subsídio de reforma


As subsidiárias do Grupo a seguir identifi- (i) Na Secil Angola, S.A.R.L. e Secil Lobito,
cadas assumiram com os seus trabalha- S.A. (Angola), na data da reforma, de acor-
dores a responsabilidade pelo pagamen- do com a Lei Geral do Trabalho Nº 2/2000,
to de subsídio de reforma por velhice e um subsídio de reforma que representa
por invalidez com os seguintes critérios um quarto do último salário multiplicado
de atribuição: pelo nº de anos ao serviço na empresa;
Em 13 de setembro de 2015, com a en-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 115

trada em vigor da Lei Nº7/15, de 15 de Acordo Coletivo de Trabalho, artigo 52,


junho, que revoga a Lei Geral do Traba- um subsídio de reforma, que representa:
lho Nº 2/2000, este benefício deixou de (i) 2 meses do último salário, se o traba-

01
constituir um direito do trabalhador, ten- lhador tem menos de 30 anos ao serviço
do sido suprimido. da empresa e (ii) 3 meses do último salá-
rio, se o trabalhador tem 30 anos ou mais
(ii) Na Societé des Ciments de Gabès (Tu-
ao serviço da empresa.
nísia), na data da reforma, com base no

22.2.2. Responsabilidades e movimentos ocorridos no período


comparativamente com o período anterior

Pressupostos utilizados na avaliação das responsabilidades


Os estudos atuariais efetuados por enti- responsabilidades por serviços passa-
dades independentes, com referência a dos, tiveram por base os seguintes pres-
31 de dezembro de 2015 e 2014, para supostos:
efeitos de apuramento nessas datas das

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Fórmula de Benefícios da Segurança Social Decreto-Lei nº 187/2007 Decreto-Lei nº 187/2007
de 10 de Maio de 10 de Maio
Tabelas de invalidez EKV 80 EKV 80
Tabelas de mortalidade TV 88/90 TV 88/90
Taxa de crescimento salarial 1,00% 1,00%
Taxa de juro técnica 2,00% 3,50%
Taxa de crescimento das pensões 0,45% 0,45%
Taxa de crescimento das despesas de saúde n/a n/a

Responsabilidades por serviços passados com planos


de benefícios de reforma e sobrevivência
De acordo com os estudos atuarias repor- dente a planos de reforma, bem como os
tados a 31 de dezembro de 2015 e 2014, valores de mercado dos fundos/apólices
o valor presente da obrigação correspon- de seguro a eles afetos são como se segue:

31/12/15 31/12/14
Fundo Apólice Assumido Fundo Apólice Assumido
Valores em Euros autónomo de Seguro pelo Grupo Total autónomo de Seguro pelo Grupo Total
Responsabilidades por
serviços passados
- Ativos 105 590 261 049 - 366 639 62 558 258 680 - 321 238
- Aposentados 21 983 847 - 5 214 994 27 198 841 21 436 639 - 5 729 363 27 166 002
Valor de mercado dos fundos (23 907 221) (206 932) - (24 114 153) (26 354 855) (221 975) - (26 576 830)
Insuficiência /(excesso) (1 817 784) 54 117 5 214 994 3 451 327 (4 855 658) 36 705 5 729 363 910 410
No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das
responsabilidades do Grupo apresenta a seguinte evolução:

01 Valores em Euros
Fundo
autónomo
31/12/15
Apólice
de Seguro
Assumido
pelo Grupo Total
Fundo
autónomo
31/12/14
Apólice
de Seguro
Assumido
pelo Grupo Total
Responsabilidades no início do 21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240 21 398 760 270 061 5 962 894 27 631 715
período
Variação cambial - 4 408 - 4 408 - 1 486 - 1 486
Valores registados nos resulta-
dos do período:
Serviços correntes 1 836 8 419 - 10 255 5 415 8 617 - 14 032
Custo dos juros 708 883 18 004 185 148 912 035 905 361 18 544 247 474 1 171 379
Retorno esperado dos ativos (878 830) (15 348) - (894 178) (1 089 905) (12 034) - (1 101 939)
do plano
Valores registados nos capitais
próprios:
Ganhos e perdas atuariais 2 289 688 37 112 106 532 2 433 332 1 697 605 (10 113) 412 695 2 100 187
Retorno estimado dos fundos 878 830 15 348 - 894 178 1 089 905 12 034 - 1 101 939
de pensões
Reformas processadas - (65 574) - (65 574) - (29 915) - (29 915)
Pensões pagas no período (2 410 167) - (806 049) (3 216 216) (2 507 944) - (893 700) (3 401 644)
Responsabilidades 22 089 437 261 049 5 214 994 27 565 480 21 499 197 258 680 5 729 363 27 487 240
no fim do período

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução do


património dos fundos/apólices de seguro é conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Fundo Capital Fundo Capital
Valores em Euros autónomo seguro autónomo seguro
Saldo inicial 26 354 855 221 975 25 499 746 177 467
Variação cambial - 4 061 - 1 036
Dotação efetuada no período/Prémio seguro pago - 46 423 - 48 255
Rendimento dos fundos no período (37 467) 47 3 363 053 25 132
Pensões pagas (2 410 167) - (2 507 944) -
Reformas processadas - (65 574) - (29 915)
Saldo final 23 907 221 206 932 26 354 855 221 975

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a composição dos fundos é conforme se segue:


Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Ações 3 545 441 3 549 945
Obrigações dívida privada 10 691 309 11 785 934
Obrigações dívida pública 8 484 672 9 106 088
Imobiliário 141 053 131 590
Liquidez 1 044 746 1 781 298
23 907 221 26 354 855
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 117

Responsabilidades por serviços passados


com outros benefícios pós-emprego

De acordo com os estudos atuariais efe-


tuados por entidades independentes,
2015 e 2014, o valor atual das responsa-
bilidades com outros benefícios de refor-
01
com referência a 31 de dezembro de ma é o seguinte:

31/12/15 31/12/14
Assistência Subsídio Assistência Subsídio
Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma Total
Responsabilidades por serviços passados
- Ativos - 47 507 47 507 - 415 703 415 703
- Aposentados 74 989 - 74 989 69 288 - 69 288
74 989 47 507 122 496 69 288 415 703 484 991

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das


responsabilidades do Grupo com outros benefícios de reforma apresenta a seguinte
evolução:

31/12/15 31/12/14
Assistência Subsídio Assistência Subsídio
Valores em Euros na doença de reforma Total na doença de reforma Total
Responsabilidades no início do período 69 288 415 703 484 991 514 795 396 861 911 656
Variação cambial - (22 597) (22 597) - 27 939 27 939
Valores registados nos resultados do período:
Serviços correntes - 3 607 3 607 - 30 063 30 063
Custo dos juros 1 534 4 620 6 154 1 880 41 253 43 133
Alterações no plano - (258 516) (258 516) - - -
Valores registados nos capitais próprios 6 787 (22 062) (15 275) (11 969) (66 723) (78 692)
Benefícios pagos no período (2 620) (73 248) (75 868) (435 418) (13 690) (449 108)
Responsabilidades no fim do período 74 989 47 507 122 496 69 288 415 703 484 991

22.3. Benefícios a longo prazo

Responsabilidades por prémios de antiguidade


A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos atingem 25 anos de antiguidade nas re-
Maceira e Pataias, S.A., assumiram com feridas empresas, os quais são pagos no
os seus trabalhadores a responsabilidade ano em que o trabalhador perfaz aquele
pelo pagamento de prémios àqueles que número de anos ao serviço da Empresa.
Responsabilidades por subsídio por morte
A Secil e a subsidiária CMP – Cimentos De acordo com os estudos atuariais efe-

01 Maceira e Pataias, S.A., assumiram com


os seus trabalhadores a responsabilida-
de pelo pagamento de um subsídio por
tuados por entidades independentes,
com referência a 31 de dezembro de
2015 e 2014, o valor das responsabili-
morte do trabalhador ativo, de igual valor dades com serviços passados com estes
a 1 mês do último salário auferido. benefícios detalha-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Prémios de antiguidade 439 870 497 822
Subsídios por morte 62 053 54 034
501 923 551 856

No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a evolução das


responsabilidades do Grupo com benefícios a longo prazo apresenta a seguinte evolu-
ção:

31/12/15 31/12/14
Prémios de Subsídios Prémios de Subsídios
Valores em Euros antiguidade por morte Total antiguidade por morte Total
Responsabilidades no início do período 497 822 54 034 551 856 534 666 52 678 587 344
Serviços correntes 26 511 2 997 29 508 26 632 2 997 29 629
Custo dos juros 15 799 1 996 17 795 22 472 2 505 24 977
Ganhos e perdas atuariais 45 602 3 026 48 628 37 893 (4 146) 33 747
Benefícios pagos no período (145 864) - (145 864) (123 841) - (123 841)
Responsabilidades no fim do período 439 870 62 053 501 923 497 822 54 034 551 856

23. Passivos financeiros


23.1. Categorias de passivos financeiros
As categorias de passivos financeiros em 31 de dezembro de 2015 e 2014 são deta-
lhadas conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Passivos financeiros ao custo:
Fornecedores 46 139 423 - 46 139 423 39 662 228 - 39 662 228
Financiamentos obtidos 79 067 673 516 420 094 595 487 767 79 689 815 240 320 134 320 009 949
Outras contas a pagar 107 044 802 10 481 458 117 526 260 38 301 503 - 38 301 503
232 251 898 526 901 552 759 153 450 157 653 546 240 320 134 397 973 680
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 119

23.2. Passivos financeiros - fornecedores


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica de fornecedores apresenta a seguinte
composição:
01
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Fornecedores c/c 34 786 352 26 866 886
Fornecedores c/c - partes relacionadas (Nota 36) 1 483 552 4 458 628
Faturas em receção e conferência 9 869 519 8 336 714
46 139 423 39 662 228

23.3. Passivos financeiros – financiamentos obtidos


Os financiamentos obtidos em 31 de Dezembro de 2015 e 2014 são detalhados
conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Corrente Não corrente Total Corrente Não corrente Total
Empréstimos obrigacionistas:
SBI 2007 - 2017 - 40 000 000 40 000 000 - 40 000 000 40 000 000
Secil 2012 - 2017 - - - - 60 000 000 60 000 000
Secil 2013 - 2016 - - - - 40 000 000 40 000 000
Secil 2013 - 2018 - - - - 40 000 000 40 000 000
Secil 2015 - 2020 - 80 000 000 80 000 000 - - -
Secil 2015 - 2020 - 60 000 000 60 000 000 - - -
Empréstimos bancários 67 851 185 148 826 051 216 677 236 21 519 522 54 718 565 76 238 087
Papel Comercial 5 000 000 188 700 000 193 700 000 46 000 000 46 000 000
Descobertos bancários (Nota 4) 3 994 686 - 3 994 686 9 843 159 - 9 843 159
Outros empréstimos:
Obtidos no âmbito do QREN 2 837 311 601 846 3 439 157 2 981 730 3 439 517 6 421 247
Locação financeira - rendas a pagar (Nota 11) 749 349 1 569 923 2 319 272 679 642 2 162 052 2 841 694
Comissões bancárias de empréstimos (1 364 858) (3 277 726) (4 642 584) (1 334 238) - (1 334 238)
79 067 673 516 420 094 595 487 767 79 689 815 240 320 134 320 009 949

A subsidiária Secil Betões e Inertes, Em 2012, a Secil emitiu um empréstimo


S.A., emitiu em 2007, um empréstimo obrigacionista pelo montante de Euros
obrigacionista pelo montante de Euros 60.000.000. Em 2015, a Secil reembol-
40.000.000. Os juros são pagos semes- sou este empréstimo e negociou a emis-
tral e postecipadamente. O reembolso são de um novo empréstimo obrigacio-
das obrigações far-se-á no final do 10º nista, pelo mesmo valor, cujo reembolso
ano, ou seja, em 2017. Poderá ser soli- será feito ao par em 2020. Os juros são
citado o reembolso antecipado (Call Op- pagos semestral e postecipadamente.
tion), total ou parcial, nas 10ª, 12ª, 14ª,
16ª e 18ª datas de pagamento de juros.
Em 2013, a Secil emitiu dois emprésti- com reembolso integral ao par em junho
mos obrigacionistas, com vencimentos a de 2020. Poderá ser solicitado o reem-
três e cinco anos, no montante de Euros bolso antecipado (Call Option) total, na

01 40.000.000 cada. Estes dois emprésti-


mos foram re-embolsados em 2015, ten-
4ª, 6ª e 8ª datas de pagamento de juro.
Os juros são pagos semestral e posteci-
do sido emitido um novo empréstimo obri- padamente.
gacionista no valor de Euros 80.000.000,

A parcela classificada como não corrente em 31 de dezembro de 2015 e em 2014 tem


o seguinte plano de reembolso definido:
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
1 a 2 anos 130 125 679 72 491 494
2 a 3 anos 167 708 079 138 613 956
3 a 4 anos 26 289 098 20 870 788
4 a 5 anos 159 740 352 4 165 522
Mais de 5 anos 32 556 886 4 178 374
516 420 094 240 320 134

Créditos concedidos e não sacados


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os créditos bancários concedidos e não sacados
ascendiam a Euros 220.074.398 e Euros 307.029.261, respetivamente.

Financial Covenants
Existem contratos de financiamento que Durante 2015 a Secil Prebetão renego-
obrigam ao cumprimento de alguns rá- ciou alguns contratos de financiamento,
cios financeiros. deixando de estar obrigada ao cumpri-
mento de rácios financeiros.

23.4. Passivos financeiros – outras contas a pagar


Em 31 de Dezembro de 2015 e 2014, as outras contas a pagar correntes detalham-se
como se segue:

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Corrente Não corrente Total Corrente
Fornecedores de imobilizado c/c 3 736 876 - 3 736 876 3 370 224
Fornecedores de imobilizado c/c - partes relacionadas (Nota 36) 43 516 - 43 516 43 516
Outros credores - Obrigação por aquisição de investimentos 34 955 848 10 481 458 45 437 306 -
Outros credores - partes relacionadas (Nota 36) 30 250 000 - 30 250 000 -
Outros credores 4 109 218 - 4 109 218 4 490 198
Credores por acréscimos de gastos 33 949 344 - 33 949 344 30 397 565
107 044 802 10 481 458 117 526 260 38 301 503
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 121

A rubrica “Obrigação por aquisição de in- Supremo Cimentos, S.A. pela subsidiária
vestimentos” refere-se ao pagamento di- NSOSPE – Empreendimentos e Participa-
ferido da aquisição de controlo do Grupo ções, S.A. (Notas 7 e 8).

A rubrica “Credores por acréscimos de gastos” em 31 de dezembro de 2015 e 2014


01
detalha-se conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Seguros 112 843 48 706
Custos com o pessoal 11 020 971 9 853 113
Juros a pagar 4 583 715 707 581
Periodificação de gastos com energia 10 301 502 12 037 197
Serviços de transporte 809 553 367 881
Acionistas (Nota 36) 454 917 1 006 362
Serviços bancários 189 851 197 948
Descontos comerciais 552 944 613 761
Consultoria 1 521 309 1 730 712
Outros 4 401 739 3 834 304
33 949 344 30 397 565

24. Adiantamentos de clientes e a fornecedores


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as rubricas “Adiantamentos de clientes” e “Adian-
tamentos a fornecedores” apresentam a seguinte composição:

ATIVO PASSIVO
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14
Adiantamentos a fornecedores 1 408 335 2 958 338 - -
Adiantamentos de clientes - - 2 100 727 3 565 691
1 408 335 2 958 338 2 100 727 3 565 691
25. Estado e outros entes públicos
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Estado e outros entes públicos” deta-
lha-se conforme se segue:

ATIVO PASSIVO
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14
Imposto sobre o rendimento 3 719 827 3 202 699 25 855 272 18 635 580
Retenções de imposto sobre o rendimento 114 401 117 959 1 212 113 973 741
Imposto sobre o valor acrescentado e similares 1 940 590 6 712 854 2 717 652 3 235 235
ICMS - Imposto sobre circulação de mercadorias
e serviços:
Programa d e Desenvolvimento da Empresa - - 2 976 575 -
Catarinense (PRODEC)
Programa Paraná Competitivo 5 268 171 - 1 268 048 -
ICMS - Imposto sobre circulação de 227 716 - 424 696 -
mercadorias e serviços
Contribuição para a Segurança Social - - 1 725 523 1 330 790
Restantes Impostos 227 569 241 814 588 165 592 719
11 498 274 10 275 326 36 768 044 24 768 065

O Imposto sobre a circulação de merca- Mineração, refere-se a um incentivo fiscal


dorias e serviços (ICMS), no montante de que tem os seguintes benefícios:
Euros 2.976.575, apresentado na rubrica
a) parcelamento do ICMS incremental;
de “Programa de Desenvolvimento da
Empresa Catarinense (PRODEC)” refere- b) diferimento do pagamento do ICMS
se a um benefício fiscal atribuído à subsi- da energia elétrica e do gás natural por
diária Supremo Cimentos S.A., que difere um período de 96 meses, com início em
por um período de 48 meses o prazo de agosto de 2015;
pagamento do ICMS, cujo pagamento se c) parcelamento, até ao vencimento, do
iniciou em 10 de abril de 2014. O mon- ICMS declarado, no caso de recuperação
tante apresentado encontra-se desconta- judicial; e
do para o seu valor presente à data de 31
de dezembro de 2015. d) concessão de crédito presumido em
razão da realização de obra de infraestru-
O Programa Paraná Competitivo, conce- tura em território paranaense.
dido pelo Governo do Estado do Paraná
à subsidiária Margem – Companhia de
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 123

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Imposto sobre o rendimento” tem a


seguinte decomposição:

Valores em Euros
31/12/15
Saldo Devedor Saldo Credor
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15) (1 152 405) 4 853 056
Líquido
6 005 461
31/12/14
Saldo Líquido
5 679 206
01
Ajustamento cambial 17 989 86 894 68 905 310 890
Pagamentos por conta 2 626 360 (115 894) (2 742 254) (289 032)
Retenções na fonte a recuperar 2 004 641 (31 273) (2 035 914) (77 283)
IRC de períodos anteriores 223 242 246 660 23 418 (3 375 536)
Liquidações adicionais - 20 815 829 20 815 829 13 184 636
3 719 827 25 855 272 22 135 445 15 432 881

26. Diferimentos ativos e passivos


O saldo da rubrica “Diferimentos ativos e passivos”, em 31 de dezembro de 2015 e
2014, detalha-se conforme se segue:

ATIVO PASSIVO
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14 31/12/15 31/12/14
Seguros 183 688 80 532 - -
Rendas e alugueres 221 749 267 300 - -
Tratamento de resíduos - - 342 661 180 347
Outros 413 382 512 741 11 913 16 774
818 819 860 573 354 574 197 121

27. Vendas e serviços prestados


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a rubrica “Vendas e serviços prestados” apresen-
ta a seguinte composição:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Vendas 452 569 525 409 462 924
Serviços prestados 27 021 227 22 712 757
Descontos de pronto pagamento concedidos (918 514) (750 048)
478 672 238 431 425 633
28. Resultado apropriado de empresas associadas
01 Nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o Grupo apropriou-se de
resultados em empresas associadas conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Setefrete, SGPS, S.A. 1 159 706 723 055
J.M.J. Henriques, Lda. (1 717) (1 660)
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. 106 098 149 764
Supremo Cimentos, S.A. (a) (1 664 480) (265 001)
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. (a) (2 015 395) (1 315 770)
Sociedade de Inertes Limitada - 38 334
(Notas 14 e 15) (2 415 788) (671 278)
(a) Resultados apropriados pelo método de equivalência patrimonial (MEP) até à data de obtenção do controlo destas enti-
dades (Nota 7).

29. Fornecimentos e serviços externos


A rubrica “Fornecimentos e serviços externos” nos períodos findos em 31 de dezembro
de 2015 e 2014 é detalhada conforme se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Subcontratos 171 633 2 322 298
Serviços especializados 52 070 507 42 726 534
Materiais 633 737 372 985
Energia e fluidos 53 495 847 50 036 491
Deslocações, estadas e transportes 45 480 319 48 826 078
Serviços diversos 22 375 461 20 355 585
174 227 504 164 639 971
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 125

30. Gastos com o pessoal


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Gastos com o pessoal” decompõe-se
como se segue:
01
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Remunerações dos Orgãos Sociais 3 973 304 3 565 464
Remunerações do pessoal 48 960 150 43 277 919
Benefícios pós-emprego:
Contribuição definida (Nota 22) 1 140 076 789 813
Benefícios definidos (Nota 22) (220 643) 156 668
Outros benefícios a longo prazo (Nota 22) 95 931 92 499
Indemnizações 208 767 291 071
Outros gastos com pessoal 18 092 752 14 855 921
72 250 337 63 029 355

A rubrica “Remunerações dos membros dos órgãos sociais”, nos períodos findos em 31
de dezembro de 2015 e 2014 decompõe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Conselho de Administração da Secil 2 949 827 2 458 991
Outros membros de órgãos sociais de subsidiárias 1 023 477 1 106 473
3 973 304 3 565 464

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o número de colaboradores ao serviço das diver-


sas empresas do Grupo, repartidos por segmento de negócio, detalha-se conforme se
segue:

31/12/15 31/12/14
País/Segmento Cimento Betões Agregados Outros Total Cimento Betões Agregados Outros Total
Portugal 479 190 130 111 910 483 221 127 114 945
Líbano 438 61 - - 499 436 65 - - 501
Tunísia 272 101 - - 373 267 96 - - 363
Angola 207 - - 4 211 223 - - 4 227
Cabo Verde 13 - 23 - 36 13 - 22 - 35
Brasil 618 - - - 618 - - - - -
Total 2 027 352 153 115 2 647 1 422 382 149 118 2 071
31. Outros rendimentos e ganhos
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a rubrica “Outros rendimentos e ganhos” decom-
põe-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Licenças de emissão de gases com efeitos de estufa
atribuídas a título gratuito (Nota 20.5.3) 11 734 924 11 472 800
Subsídios ao investimento (Nota 20.5.3) 214 299 317 215
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 1 305 704 569 072
Rendimentos suplementares - partes relacionadas (Nota 36) 110 255 50 557
Rendimentos suplementares - outros 2 568 363 585 963
Alienação de licenças de emissão (Nota 13) 1 602 000 1 561 769
Diferenças de câmbio favoráveis 3 831 740 2 540 647
Proveitos com tratamento de resíduos 468 897 956 663
Ganhos na alienação de interesses em subsidiárias, associadas e em- 1 764 019 5 547 158
preendimentos conjuntos
Outros rendimentos e ganhos - partes relacionadas (Nota 36) 52 301 75 464
Rendimentos e ganhos nos ativos financeiros (Nota 8) 344 158 39 121
Outros 11 374 674 9 737 724
35 371 334 33 454 153

A rubrica “Ganhos na alienação de in- As diferenças de câmbio favoráveis regis-


teresses em subsidiárias, associadas tadas no período findo em 31 de dezem-
e empreendimentos conjuntos” inclui bro de 2015 e 2014 referem-se essen-
essencialmente o montante de Euros cialmente às variações entre o câmbio
1.764.019 e Euros 5.064.240 (Nota 14), da data da compra de bens e serviços e
em 31 de dezembro de 2015 e 2014 a data da respetiva liquidação financeira
respetivamente, relativo à diluição da do passivo relacionado, assim como à
participação financeira detida na sub- atualização cambial de ativos e passivos
sidiária NSOSPE - Empreendimentos intragrupo em moeda estrangeira, sendo
e Participações, S.A. até à obtenção o seu montante justificado em grande
do controlo desta entidade (Nota 7). parte pela variação ocorrida na cotação
do dólar americano durante o período em
análise.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 127

32. Outros gastos e perdas


A decomposição da rubrica “Outros gastos e perdas” nos períodos findos em 31 de
dezembro de 2015 e 2014 é conforme se segue 01
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Gastos e perdas em ativos não financeiros 532 445 114 719
Gastos e perdas em ativos financeiros - partes relacionadas (Nota 36) - 4 875
Donativos 790 758 762 273
Impostos indiretos 2 327 545 2 061 845
Diferenças câmbiais desfavoráveis 4 501 121 1 287 457
Despesas bancárias 1 890 261 848 250
Gastos e perdas em investimentos financeiros 71 181 1 334 893
Outros gastos operacionais 2 262 855 2 227 327
12 376 166 8 641 639

As diferenças de câmbio desfavoráveis e a data da respetiva liquidação financei-


registadas no período findo em 31 de de- ra do passivo relacionado, assim como à
zembro de 2015 e 2014 referem-se es- atualização cambial de ativos e passivos
sencialmente às variações entre o câm- intragrupo em moeda estrangeira.
bio da data da compra de bens e serviços

33. Gastos/reversões de depreciações,


amortizações e imparidades
A decomposição da rubrica “Gastos/reversões de depreciações, amortizações e im-
paridades” nos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 é conforme se
segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 42 333 108 41 789 593
Propriedades de investimento (Nota 12) 18 791 18 791
Ativos intangíveis (Nota 13) 11 767 448 11 571 749
Ativos não correntes detidos para venda 50 006 60 016
PIS e COFINS sobre depreciações (722 507) -
Gastos/(reversões) de depreciações e de amortizações 53 446 846 53 440 149

Ativos fixos tangíveis (Nota 10) 1 400 097 1 368 886


(Reversão)/Reforço de imparidades nas licenças de emissão (Nota 13) - (74 784)
Imparidade de ativos depreciáveis/amortizáveis (perdas/(reversões)) 1 400 097 1 294 102
34. Resultados financeiros líquidos
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os resultados financeiros líquidos decompõem-
se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Juros e rendimentos similares obtidos:
Outros juros obtidos 3 906 493 1 760 283
Outros juros obtidos - partes relacionadas (Nota 36) 227 167 1 565 608
Outros proveitos e ganhos financeiros 100 755 128 918
4 234 415 3 454 809
Juros e gastos similares suportados:
Juros suportados com outros empréstimos obtidos (29 465 712) (18 180 972)
Juros suportados - partes relacionadas (Nota 36) (2 017 856) (5 144)
Diferenças de câmbio favoráveis/(desfavoráveis) em financiamentos (5 300 394) 492 301
obtidos
Ganhos/ (perdas) com instrumentos financeiros
Juros incorridos (1 482 690) (1 377 684)
Variação justo valor (Nota 38) (2 296 634) -
Atualização da provisão para recuperação paisagística (Nota 21) (289 714) (288 359)
Outros custos e gastos financeiros (363 885) (332 674)
(41 216 885) (19 692 532)

A rubrica “Diferenças de câmbio favorá- ros 569.109 (Nota 38) relativo à variação
veis/ (desfavoráveis) em financiamentos do justo valor do instrumento financeiro
obtidos resulta essencialmente da atua- derivado “cross currency interest rate
lização cambial de um financiamento swap” celebrado pela subsidiária Supre-
parcialmente contratado em USD pela mo Cimentos, S.A..
subsidiária Margem Companhia de Mine-
ração. Inclui também o montante de Eu-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 129

35. Resultado por ação


O resultado por ação, dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, é de-
terminado conforme se segue: 01
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Resultado atribuível aos detentores de capital da empresa-mãe (13 207 199) 6 035 413
Número médio ponderado de ações 48 735 540 48 735 540
Resultado básico por ação (0,271) 0,124
Resultado diluído por ação (0,271) 0,124

Não existem instrumentos financeiros próprias de 4.184.460 detidas pela Secil


convertíveis sobre as ações da Secil, pelo e pela sua subsidiária Hewbol S.G.P.S.,
que não existe diluição dos resultados. Lda. (Nota 20.1).
O número médio ponderado de ações en-
contra-se deduzido do número de ações

36. Partes relacionadas


No decurso dos períodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014 foram efetuadas
as seguintes transações com partes relacionadas:

31 de Dezembro de 2015
Aquisição de bens Juros suportados Vendas e serviços Outros rendimentos Juros obtidos
Valores em Euros e serviços (Nota 34) prestados e ganhos (Nota 31) (Nota 34)
Acionistas
Semapa, S.G.P.S., S.A. (2 970 841) (2 012 712) - - 226 811
Outras partes relacionadas
Seribo, S.A. - (4 810) - - -
Eng.Silva Dias - (334) - - -
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda. - - - 1 800 -
Inertogrande - - - 1 800 -
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (26 349) - 399 250 54 000 356
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (2 820 022) - - 31 330 -
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (4 755 060) - 39 379 73 626 -
(10 572 272) (2 017 856) 438 629 162 556 227 167
31 de Dezembro de 2014
Aquisição Outros gastos Juros Vendas e Outros Juros
de bens e e perdas suportados serviços rendimentos e obtidos
Valores em Euros serviços (Nota 32) (Nota 34) prestados ganhos (Nota 31) (Nota 34)
Acionistas
Semapa, S.G.P.S., S.A. (3 829 003) (4 875) - - - 1 230 821
Great Earth - Projectos, S.A. - - - - - 311 455
Outras partes relacionadas

01
Seribo, S.A. - - (4 810) - - -
Eng.Silva Dias - - (334) - - -
Empresas associadas e empreendimentos conjuntos - - - - - -
Supremo Cimentos S.A - - - 13 952 975 3 321 -
Margem - Companhia de Mineração - - - - 21 544 -
J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 1 800 -
NSOSPE - Empreendimentos e Participações, S.A. - - - - - 21 923
Inertogrande - - - - 1 800 -
Secil Prebetão - Pré-Fabricados de Betão, S.A. (28 137) - - 375 165 9 081 1 409
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. (3 771 650) - - - 18 023 -
Ave-Gestão Ambiental e Valorização Energética, S.A. (4 266 591) - - 68 591 70 452 -
(11 895 381) (4 875) (5 144) 14 396 731 126 021 1 565 608

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 as empresas do Grupo apresentam os seguintes


saldos com partes relacionadas:

31 de Dezembro de 2015
Ativo Passivo
Outros ativos Outras Acionistas/ Fornecedores Outros Acréscimos
financeiros Clientes operações sócios Fornecedores imobilizado credores de gastos
Valores em Euros (Nota 16) (Nota 18.2) (Nota 18.3) correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4) (Nota 23.4)
Acionistas
Longapar - S.G.P.S., S.A. - - - 1 160 - - - -
Semapa, SGPS, S.A. 650 000 - 243 - 439 281 - 30 250 000 361 399
Semapa, SGPS, S.A. - RETGS - - 1 086 887 646 469 146 580 - -
Outras partes relacionadas
Cotif Sicar - - - 182 002 - - - -
Seribo, S.A. - - - 185 759 - 43 516 - 85 822
Eng.Silva Dias - - - 12 893 - - - 5 955
Outros acionistas de subsidiárias - - 1 994 310 2 691 899 - - - -
e outras partes relacionadas
Empresas Associadas e empreendimentos
conjuntos
J.M.J. Henriques, Lda. - - 121 275 - - - - -
Inertogrande - Central de Betão, Lda. - - 211 295 - - - - -
Secil Unicon - S.G.P.S., Lda. - - 27 723 - - - - -
Secil Prebetão - Pré-Fabricados - 132 672 60 089 - 8 095 - - 1 741
de Betão, S.A.
Setefrete - Soc. Tráfego Cargas, S.A. - - - - 300 942 - - -
Ave-Gestão Ambiental e Valorização - 3 690 101 800 - 588 654 - - -
Energética, S.A.
650 000 136 362 3 603 622 3 720 182 1 483 552 43 516 30 250 000 454 917
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 131

Em 31 de Dezembro de 2015, os montantes a receber e a pagar no âmbito do Regime


Especial de Tributação dos Grupos de Sociedades (RETGS) decompõem-se como se
segue:

1-Jan-2015 a 30/jun/15 1-Jul-2015 a 31-Dez-2015


Valores em Euros Fornecedores Outras Operações Acionistas /sócios Total
Imposto sobre o rendimento do período (Nota 15.1) 272 684 226 106 716 173 942 279

01
Pagamentos por conta - (100 843) (61 274) (162 117)
Retenções na fonte a recuperar (126 104) (1 212 150) (8 430) (1 220 580)
146 580 (1 086 887) 646 469 (440 418)

31 de Dezembro de 2014
Ativo Passivo
Outros Empréstimos
ativos concedidos Aplicações de Outras Acréscimos Acionistas/ Fornecedores Acréscimos
financeiros Clientes corrente tesouraria operações rendimentos sócios Fornecedores imobilizado de gastos
Valores em Euros (Nota 16) (Nota 18.2) (Nota 18.3) (Nota 18.1) (Nota 18.3) (Nota 18.3) correntes (Nota 23.2) (Nota 23.4) (Nota 23.4)
Acionistas
Longapar - S.G.P.S., - - - - - - 1 160 - - -
S.A.
Semapa, SGPS, S.A. 645 125 - - 34 750 000 243 6 757 - 3 711 038 - 919 722
Semapa, SGPS, S.A. - - - - - 377 602 - 293 512 - - -
RETGS
Outras partes
relacionadas
Cotif Sicar - - - - - - 86 794 - - -
Seribo, S.A. - - - - - - 185 759 - 43 516 81 011
Eng.Silva Dias - - - - - - 12 893 - - 5 621
Outros acionistas - - - - 1 294 310 - 1 328 032 - - -
de subsidiárias
e outras partes
relacionadas
Empresas Associadas
e empreendimentos
conjuntos
Supremo Cimentos - 2 314 788 - - 6 624 - - - - -
S.A
Margem - Companhia - - - - 3 073 1 300 000 - - - -
de Mineração
NSOSPE - - - 750 000 - - 17 389 - - - -
Empreendimentos
e Participações, S.A.
J.M.J. Henriques, Lda. - - - - 117 959 - - - - -
Inertogrande - Central - - - - 207 967 - - - - -
de Betão, Lda.
Secil Unicon - S.G.P.S., - - - - 23 767 - - - - -
Lda.
Secil Prebetão - - 66 070 - - 13 035 - - 15 775 - 8
Pré-Fabricados
de Betão, S.A.
Setefrete - Soc - - - - - - - 363 410 - -
Tráfego Cargas, S.A.
Ave-Gestão Ambiental - 1 845 - - 94 238 - - 368 405 - -
e Valorização
Energética, S.A.
645 125 2 382 703 750 000 34 750 000 2 138 818 1 324 146 1 908 150 4 458 628 43 516 1 006 362

O saldo da rubrica “Outras operações” líquido de imparidades ascende a Euros


1.609.312 e 844.502 em 31 de dezembro de 2015 e 2014, respetivamente.
37. Riscos financeiros
01 37.1. Risco cambial
A exposição do Grupo ao risco de taxa tidos para Euros tendo por base as taxas
de câmbio a 31 de dezembro de 2015 e de câmbio a essa data, apresenta-se
2014, com base nos valores de balanço como segue:
dos ativos e passivos financeiros, conver-

31/12/15
Dólar 000’ LibrA Kwanza Metical Real
Valores em Euros americano libanesa Dinar tunisino angolano moçambicano BRASILEIRO TOTAL
Ativos
Outras contas a receber - 655 858 47 224 3 536 680 (2 522) 986 4 993 251 9 231 477
não correntes e correntes
Clientes 1 911 416 16 674 099 10 127 812 1 350 116 - 2 760 444 32 823 887
Caixa e depósitos bancários 68 201 136 15 351 768 8 498 324 5 728 799 22 991 11 305 022 109 108 040
Total de ativos financeiros 70 768 410 32 073 091 22 162 816 7 076 393 23 977 19 058 717 151 163 404
Passivos
Acionistas/sócios - - (2 690 887) - - - - (2 690 887)
não correntes e correntes
Financiamentos obtidos - (10 343 545) (6 821 793) (28 228 018) (9 692 800) - (126 693 091) (181 779 247)
não correntes e correntes
Outras contas a pagar - (80 282) (9 085 064) (5 674 097) (606 959) (7 972) (54 635 500) (70 089 874)
não correntes e correntes
Fornecedores (1 121 819) (5 395 385) (7 079 513) (2 425 426) - (4 871 662) (20 893 805)
Total de passivos financeiros (11 545 646) (23 993 129) (40 981 628) (12 725 185) (7 972) (186 200 253) (275 453 813)
Posição financeira líquida de balanço 59 222 764 8 079 962 (18 818 812) (5 648 792) 16 005 (167 141 536) (124 290 409)

31/12/14
Dólar 000’ LibrA Kwanza Metical
Valores em Euros americano libanesa Dinar tunisino angolano moçambicano TOTAL
Ativos
Outras contas a receber - não correntes 403 876 156 538 5 318 053 392 109 1 222 6 271 798
e correntes
Clientes 3 133 943 12 973 591 9 731 647 1 577 473 - 27 416 654
Caixa e depósitos bancários 37 183 257 37 352 620 2 096 972 9 289 231 80 85 922 160
Total de ativos financeiros 40 721 075 50 482 749 17 146 672 11 258 813 1 302 119 610 612
Passivos
Acionistas/sócios - não correntes e correntes - (1 327 127) (87 699) - - (1 414 826)
Financiamentos obtidos - não correntes e correntes (6 128 431) (5 742 449) (20 041 024) (9 772 274) (273 852) (41 958 030)
Outras contas a pagar - não correntes e correntes (87 473) (11 396 895) (5 649 926) (1 019 059) (2 430) (18 155 783)
Fornecedores (329 680) (2 901 004) (7 996 116) (60 800) - (11 287 600)
Total de passivos financeiros (6 545 584) (21 367 475) (33 774 764) (10 852 133) (276 282) (72 816 240)
Posição financeira líquida de balanço 34 175 491 29 115 274 (16 628 092) 406 680 (274 980) 46 794 372
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 133

Nos períodos findos em 31 de dezembro ou negativa de 5% de todas as taxas de


de 2015 e 2014, os impactos decorren- câmbio spot com referência ao Euro, é
tes de uma eventual variação positiva conforme se segue:

Valores em Euros
31/12/14
Aumento 5% Redução 5%
31/12/14
Aumento 5% Redução 5%
01
Capitais próprios 6 620 417 (7 317 303) (1 772 483) 1 959 060
Resultado do período (701 826) 775 702 (270 058) 298 485
5 918 591 (6 541 601) (2 042 541) 2 257 545

37.2. Risco de taxa de juro


O Grupo, na sua gestão da exposição à Quando um instrumento de cobertura ex-
variação das taxas de juro, realizou co- pira ou é vendido, ou quando a cobertu-
bertura de fluxos de caixa. Estas opera- ra deixa de cumprir os critérios exigidos
ções são registadas no balanço pelo seu para a contabilidade de cobertura, as
justo valor e, na medida em que sejam variações de justo valor do derivado
consideradas coberturas eficazes, as acumuladas em reservas são reconhe-
variações no justo valor são inicialmente cidas em resultados quando a operação
registadas por contrapartida de capitais coberta também afetar resultados.
próprios e posteriormente reclassifica-
O Grupo contratou durante o período
das para resultados financeiros para a
de 2009, uma cobertura do risco de
rubrica de “Ganhos/perdas com instru-
taxa de juro, através de um interest rate
mentos financeiros” (Nota 38) na data
swap (IRS) com valor nocional de Euros
da sua liquidação.
40.000.000 e maturidade em 2017. A
Se as operações de cobertura apresen- maioria da restante dívida foi mantida
tarem ineficácia, esta é registada direta- num regime de taxa variável.
mente em resultados. Desta forma e em
termos líquidos, os custos associados
aos financiamentos cobertos são perio-
dificados à taxa inerente à operação de
cobertura contratada.
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o de juro em função da data de refixação e
desenvolvimento dos ativos e passivos fi- da tipologia de taxa é apresentado como
nanceiros com exposição a risco de taxa se segue:

01 31/12/15
Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Total
Ativos
Não correntes
Outros ativos financeiros 16 - - 650 000 - 650 000
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente 4 25 558 973 - - - 25 558 973
mobilizáveis
Aplicações de tesouraria 4 63 524 591 35 994 252 8 148 984 33 470 107 701 297
Total de ativos financeiros 89 083 564 35 994 252 8 798 984 33 470 133 910 270
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista 23.3 - - 140 000 000 40 000 000 180 000 000
Empréstimos bancários 23.3 104 541 381 6 318 586 35 971 141 1 994 943 148 826 051
Papel Comercial 23.3 173 700 000 - 15 000 000 - 188 700 000
Locações financeiras 11 1 569 923 - - - 1 569 923
Outras contas a pagar
Outros credores - Obrigação por aquisição 23.4 10 481 458 - - - 10 481 458
de investimentos
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários 23.3 50 103 920 2 403 055 13 420 446 1 923 764 67 851 185
Papel Comercial 5 000 000 - - - 5 000 000
Descobertos bancários 23.3 3 994 686 - - - 3 994 686
Locações financeiras 11 707 399 - 41 950 - 749 349
Outras contas a pagar
Outros credores - Obrigação por aquisição 23.4 34 955 848 - - - 34 955 848
de investimentos
Total de passivos financeiros 385 054 615 8 721 641 204 433 537 43 918 707 642 128 500
Exposição líquida ao risco taxa de juro (295 971 051) 27 272 611 (195 634 553) (43 885 237) (508 218 230)
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 135

31/12/14
01
Valores em Euros Nota Até 1 mês 1-3 meses 3-12 meses 1-5 anos Total
Ativos
Não correntes
Outros ativos financeiros 16 - - 645 125 - 645 125
Correntes
Caixa e depósitos bancários
Depósitos bancários imediatamente 4 19 177 345 - - - 19 177 345
mobilizáveis
Aplicações de tesouraria 4 94 555 786 16 004 307 6 591 109 46 461 117 197 663
Total de ativos financeiros 113 733 131 16 004 307 7 236 234 46 461 137 020 133
Passivos
Não correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista 23.3 - - 180 000 000 - 180 000 000
Empréstimos bancários 23.3 12 901 154 15 763 821 24 277 704 1 775 886 54 718 565
Locações financeiras 11 1 918 217 243 835 - - 2 162 052
Correntes
Financiamentos obtidos
Empréstimos bancários 23.3 10 476 743 7 242 512 2 898 775 901 492 21 519 522
Papel Comercial 23.3 43 500 000 - 2 500 000 - 46 000 000
Descobertos bancários 23.3 7 870 375 - 1 972 784 - 9 843 159
Locações financeiras 11 603 468 76 174 - - 679 642
Total de passivos financeiros 77 269 957 23 326 342 211 649 263 2 677 378 314 922 940
Exposição líquida ao risco taxa de juro 36 463 174 (7 322 035) (204 413 029) (2 630 917) (177 902 807)

O Grupo utiliza a técnica da análise de (ii) Alterações nas taxas de juro de mer-
sensibilidade que mede as alterações cado apenas afetam os rendimentos ou
estimadas nos resultados e capitais de despesas de juros em relação a instru-
um aumento ou diminuição imediata das mentos financeiros com taxas de juro
taxas de juros de mercado, com todas as fixas se estes estiverem reconhecidos a
outras variáveis constantes. Esta análise justo valor;
é apenas para fins ilustrativos, já que na
(iii) Alterações nas taxas de juro de mer-
prática as taxas de mercado raramente
cado afetam o justo valor de instrumen-
se alteram isoladamente. A análise de
tos financeiros derivados e outros ativos
sensibilidade é baseada nos seguintes
e passivos financeiros;
pressupostos:
(iv) Alterações no justo valor de instru-
(i) Alterações nas taxas de juro do merca-
mentos financeiros derivados e outros
do afetam rendimentos ou despesas de ju-
ativos e passivos financeiros são estima-
ros de instrumentos financeiros variáveis;
dos descontando os fluxos de caixa futu-
ros de valores atuais líquidos, utilizando
taxas de mercado do final do ano.
Sob estes pressupostos, um aumento financeiros derivados contratados pelo
ou uma diminuição de 0,50% nas taxas Grupo Secil a 31 de dezembro de 2015 e
de juro, ao longo de um ano inteiro, para 2014 resultaria conforme se segue:

01 todos os empréstimos ou instrumentos

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Aumento 0,5% Redução 0,5% Aumento 0,5% Redução 0,5%
Capitais próprios 314 447 (315 384) 528 714 (530 481)
Resultado do período (2 541 091) 2 541 091 (889 514) 889 514
(2 226 644) 2 225 707 (360 800) 359 033

37.3. Risco de crédito


Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os considerando como referência a data de
saldos a receber de clientes apresentam vencimento dos valores em aberto:
a seguinte estrutura de antiguidade,

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Valores não vencidos 39 274 616 30 670 266
Valores vencidos:
De 1 a 90 dias 21 069 939 15 126 613
De 91 a 180 dias 1 637 007 2 904 505
De 181 a 360 dias 1 827 853 1 839 396
De 361 a 540 dias 1 668 658 951 254
De 541 a 720 dias 979 535 1 181 521
A mais de 721 dias 14 164 791 13 244 461
Em contencioso de cobrança 10 205 514 10 095 033
51 553 297 45 342 783
Total de saldos de clientes 90 827 913 76 013 049
Imparidades (26 246 509) (26 258 584)
Saldo líquido de clientes (Nota 18.2) 64 581 404 49 754 465
Limite de seguro de crédito contratado 61 971 400 53 629 603

Os valores apresentados correspondem do Grupo, que permite, em conjugação


aos valores em aberto, face aos prazos com a experiência reunida na análise
de vencimento contratados. Apesar de da carteira e em conjugação com os
existirem atrasos na liquidação de al- sinistros de crédito que se verifiquem, na
guns valores face a esses prazos, tal não parte não atribuível à seguradora, definir
resulta na identificação de situações de o valor das perdas a reconhecer no
imparidade para além das consideradas período. O facto de existirem garantias
através das correspondentes perdas. para uma parte significativa dos saldos
em aberto e com antiguidade justifica o
Estas são apuradas atendendo à infor-
facto de não se ter registado qualquer
mação regularmente reunida sobre o
perda por imparidade nesses saldos.
comportamento financeiro dos clientes
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 137

A qualidade de risco de crédito do Gru- mentos financeiros derivados com justo


po, em 31 de dezembro de 2015 e 2014, valor positivo) cujas contrapartes sejam
face a ativos financeiros (depósitos ban- instituições financeiras, detalha-se como
cários, aplicações de tesouraria e Instru- segue:
01
Valores em Euros 31/12/15 31/12/14
Rating:
A+ - 22 545
A - 26 981
A- 1 189 -
BBB+ 210 137 -
BBB - 1 254 832
BBB- - 27
BB+ 9 560 758 -
BB - 5 551 647
BB- 500 958 173 090
B+ 32 342 798 19 434 773
B - 52 664
B- 35 298 377 -
Sem rating 55 346 053 109 858 449
133 260 270 136 375 008
Derivados 1 948 961 -
135 209 231 136 375 008

A rubrica “Sem rating” diz, essencialmen- Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, a


te, respeito a aplicações de tesouraria e análise de antiguidade dos saldos deve-
depósitos bancários em instituições fi- dores que já se encontram vencidos, e
nanceiras em Angola relativamente aos respetivas perdas acumuladas por impa-
quais não existe notação de rating com ridade, é a seguinte:
referência às datas apresentadas.

31/12/15 31/12/14
Valores em Euros Valor bruto JV Garantias Valor bruto JV Garantias
Saldos devedores vencidos não considerados
em imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses 20 794 523 3 057 261 15 078 671 2 587 629
Vencidos há mais de 3 meses 4 512 265 386 660 4 064 528 592 407
25 306 788 3 443 921 19 143 199 3 180 036
Saldos devedores vencidos considerados em
imparidade:
Vencidos há menos de 3 meses 275 416 - 47 943 -
Vencidos há mais de 3 meses 25 971 093 - 26 151 641 -
26 246 509 - 26 199 584 -
51 553 297 3 443 921 45 342 783 3 180 036
A exposição máxima ao risco de crédito no balanço em 31 de dezembro de 2015 e
2014, detalha-se como se segue:
Valores em Euros Nota 31/12/15 31/12/14
Ativos não correntes
Outras contas a receber 18 3 861 120 2 266 051
Outros ativos financeiros 16 2 916 303 3 297 025

Ativos correntes
Clientes 18 64 581 404 49 754 465

01 Outras contas a receber


Outros ativos financeiros
Depósitos bancários e aplicações de tesouraria
18
17
9 345 140 11 885 484
2 598 961
4 133 260 270 136 375 008
-

Exposição ao risco de crédito fora de balanço


Garantias e compromissos 41 122 571 157 230 809 855

37.4. Risco de liquidez


O Grupo gere o risco de liquidez por três para responder às necessidades opera-
vias: cionais. Estas previsões têm em con-
sideração os planos de financiamento
(i) garantindo que a sua dívida financeira
do Grupo, o cumprimento de objetivos
tem uma componente elevada de médio
internos ao nível de rácios e, caso seja
e longo prazo com maturidades ade-
aplicável, o cumprimento de requisitos
quadas às características das indústrias
externos relacionados com as atividades
onde exerce a sua atividade;
operacionais e com as obrigações legais,
(ii) através da contratação com institui- fiscais e operacionais do Grupo.
ções financeiras de facilidades de cré-
A liquidez dos passivos financeiros con-
dito disponíveis a todo o momento, por
tratados, nos períodos findos em 31 de
um montante que garanta uma liquidez
dezembro de 2015 e 2014, originará os
adequada;
seguintes fluxos monetários não descon-
(iii) acumulando montantes em caixa. tados, incluindo juros, tendo por base o
A previsão dos fluxos de caixa é realizada período remanescente até à maturidade
pelas entidades operacionais do Grupo contratual à data do balanço:
e agregada pela Direção Financeira do
Grupo Secil na preparação do orçamen-
to anual. É da responsabilidade dessa
Direção a monitorização das previsões
de necessidades de liquidez do Grupo
de forma a garantir a manutenção de
um nível adequado de disponibilidades
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 139

31/12/15
Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos Total
Acionistas/ sócios 36 3 720 182 - - 3 720 182
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000
Juros 5 846 980 17 890 426 - 23 737 406
Empréstimos bancários
Capital 23.3 67 851 185 117 568 877 31 257 174 216 677 236
Juros 18 181 043 34 146 711 6 244 542 58 572 296
Outros Empréstimos (QREN)
Capital
Papel Comercial
23.3 2 837 311 601 846 - 3 439 157 01
Capital 23.3 5 000 000 188 700 000 - 193 700 000
Juros 2 853 271 4 135 699 - 6 988 970
Locações financeiras
Capital 11.1 749 349 1 569 923 - 2 319 272
Juros 11.1 77 413 47 048 - 124 461
Descobertos bancários
Capital 23.3 3 994 686 - - 3 994 686
Juros 55 819 - - 55 819
Outras contas a pagar
Instrumentos financeiros derivados (*) 1 544 825 1 526 598 - 3 071 423
Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 780 392 - - 3 780 392
Outros credores
Capital 23.4 69 315 066 10 481 458 79 796 524
Juros 6 439 572 3 432 015 9 871 587
Credores por acréscimos de gastos 23.4 33 949 344 - - 33 949 344
Fornecedores 23.2 46 139 423 - - 46 139 423
272 335 861 560 100 601 37 501 716 869 938 178

31/12/14
Valores em Euros Nota Até 1 ano 1-5 anos Mais de 5 anos Total
Acionistas/ sócios 36 1 908 150 - - 1 908 150
Financiamentos obtidos
Empréstimo obrigacionista
Capital 23.3 - 180 000 000 - 180 000 000
Juros 6 938 899 13 258 680 - 20 197 579
Empréstimos bancários
Capital 23.3 67 519 522 50 540 193 4 178 372 122 238 087
Juros 3 252 466 6 569 336 825 955 10 647 757
Outros Empréstimos (QREN)
Capital 23.3 2 981 730 3 439 517 - 6 421 247
Papel Comercial
Capital 23.3
Juros
Locações financeiras
Capital 11.1 679 642 2 162 052 - 2 841 694
Juros 11.1 131 357 197 173 - 328 530
Descobertos bancários
Capital 23.3 9 843 159 - - 9 843 159
Juros 245 978 - - 245 978
Outras contas a pagar
Instrumentos financeiros derivados (*) 1 452 170 2 867 135 - 4 319 305
Fornecedores de imobilizado c/c 23.4 3 413 740 - - 3 413 740
Outros credores
Capital 23.4 4 490 198 - - 4 490 198
Juros - - - -
Credores por acréscimos de gastos 23.4 30 397 565 - - 30 397 565
Fornecedores 23.2 39 662 228 - - 39 662 228
172 916 804 259 034 086 5 004 327 436 955 217
38. Justo valor dos instrumentos
financeiros derivados
01 Com o objetivo de minimizar os riscos de O justo valor dos instrumentos financeiros
exposição a variações de taxa de câmbio, derivados é registado: (i) quando positivo,
de taxas de juro dos empréstimos e cobrir no ativo na rubrica “Outros ativos finan-
o risco de preço associado a transações ceiros” (Nota 16) e (ii) quando negativo,
futuras altamente prováveis de licenças no passivo, na rubrica “Outros passivos
de emissão de gases com efeito de estu- financeiros”.
fa, o Grupo contratou um conjunto de ins-
trumentos financeiros derivados.

Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, o justo valor dos instrumentos derivados de


negociação e de cobertura de fluxos de caixa do Grupo, detalha-se conforme se segue:

Notional 31/12/15 31/12/14


Valores em Euros Moeda Montante Maturidade Positivos NEGATIVOS Líquido NEGATIVOS
Negociação

Cross currency interest rate swap (Nota 16) USD 5 286 344 2016 1 948 961 - 1 948 961 -
5 286 344 1 948 961 - 1 948 961 -
Cobertura de fluxos de caixa
Swap de taxa de juro EUR 40 000 000 2017 - (3 337 991) (3 337 991) (4 014 691)
40 000 000 - (3 337 991) (3 337 991) (4 014 691)
1 948 961 (3 337 991) (1 389 030) (4 014 691)

O movimento ocorrido no justo valor dos instrumentos financeiros derivados, nos pe-
ríodos findos em 31 de dezembro de 2015 e 2014, apresenta-se conforme se segue:

31/12/15 31/12/14
Negociação Cobertura Cobertura
Valores em Euros Cross currency interest rate swap Swap taxa juro Total Swap taxa juro

Saldo inicial - - (4 014 691) (4 014 691) (4 262 775)


Variação de perímetro (Nota 8) 1 780 556 (2 462 271) - (681 715) -
Ajustamento Cambial (400 704) 165 637 - (235 067) -
Aumentos de justo valor:
Nos resultados (Nota 34) 569 109 2 296 634 - 2 865 743 -
Nos capitais próprios (Nota 20.5.4) - - 676 700 676 700 248 084
Saldo final 1 948 961 - (3 337 991) (1 389 030) (4 014 691)
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 141

Derivados de negociação

Em 2013, a subsidiária Supremo Ci- obrigacionista, não convertível remunera-


mentos, S.A., contratou junto de uma
instituição financeira brasileira um finan-
da a taxa variável, no montante de BRL
128.100.000 com maturidade em 26 de 01
ciamento externo no montante de USD março de 2017.
13.215.859 com maturidade em 18 de
Com o objetivo de gerir o risco cambial e
setembro de 2016, amortizado em 5
de taxa de juro inerente à emissão obri-
prestações iguais com início em 18 de
gacionista, foi negociado em 16 de abril
setembro de 2014.
de 2012 um contrato “cross currency in-
Nessa mesma data, foi celebrado um terest rate swap”, no montante nocional
contrato “cross currency interest rate de BRL 32.025.000, com vencimento em
swap” com o objetivo de cobrir a exposi- 24 de março de 2017.
ção à taxa de câmbio. Este instrumento
Em setembro de 2015 a subsidiária pro-
financeiro derivado permitiu à Empresa a
cedeu à liquidação antecipada do referi-
fixação do valor nominal do financiamen-
do financiamento e respetivo instrumento
to em BRL 30.000.000 e o pagamen-
financeiro derivado.
to de juros à taxa CDI acrescida de um
spread, replicando integralmente o plano No período findo em 31 de dezembro de
de amortização do referido financiamen- 2015, o Grupo reconheceu em resultados
to em USD. ganhos relativos à variação do justo valor
dos instrumentos financeiros derivados
Em 12 de abril de 2012, a subsidiária
no montante de Euros 2.865.743.
NSOSPE – Empreendimentos e partici-
pações, S.A. procedeu a uma emissão

Derivado de cobertura de fluxos de caixa

Durante o período findo em 31 de de- efeitos a partir de 1 de julho de 2010. Até


zembro de 2009, o Grupo contratou um esta data, a variação do justo valor do de-
derivado de negociação, um interest rate rivado foi registada em resultados.
swap (IRS) com valor nocional de Euros
Na realização dos testes de eficácia é uti-
40.000.000, no entanto, após a realiza-
lizado o método de regressão linear que
ção de testes de eficácia prospetivos e
analisa a correlação estatística entre a
retrospetivos, o mesmo foi considerado
variação do justo valor do swap e a va-
como de cobertura de fluxos de caixa com
riação do justo valor dos financiamentos (Nota 20.5.4), respetivamente, na rubrica
atribuíveis a alterações da taxa de juro “Outras variações no capital próprio” de-
Euribor. duzidos dos respetivos impostos diferidos

01 Nos períodos findos em 31 de dezembro


de 2015 e 2014 o Grupo registou ganhos
de Euros 152.258 e 73.958.
O justo valor do swap de taxa de juro
por variações de justo valor de instrumen- no montante de Euros 3.337.991 e
tos financeiros derivados de cobertura re- 4.014.691, respetivamente, encontra-se
lacionados com swaps de taxa de juro no repartido pelas seguintes rubricas do ca-
montante de Euros 676.700 e 248.084 pital próprio do Grupo:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Reserva de justo valor de derivados de cobertura (Nota 20.5.4) 17 843 (658 857)
Resultados transitados (a) (3 355 834) (3 355 834)
(3 337 991) (4 014 691)
(a) - Efeito acumulado no período em que o derivado foi classificado como de negociação.

Para efeitos de registo de ineficácia é das nos fluxos gerados pelo instrumento
usado o dollar offset method recorrendo de cobertura. Neste caso específico uti-
à abordagem do “derivado hipotético”. lizou-se o rácio da alteração do justo va-
O modelo consiste na definição de um lor do instrumento de cobertura, dividido
derivado hipotético que replica as condi- pela alteração no justo valor do emprésti-
ções do instrumento coberto, e posterior- mo obrigacionista atribuível a alterações
mente, a comparação entre as variações na taxa de juro Euribor a 6 meses com-
ocorridas nos fluxos gerados pelo mesmo parando com a taxa fixa de referência do
derivado hipotético e as variações incorri- instrumento de cobertura.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 143

39. Dispêndios em matérias ambientais


O Grupo no âmbito do desenvolvimen-
to da sua atividade incorre em diversos
Os dispêndios de caráter ambiental in-
corridos para preservar recursos ou para
01
encargos de caráter ambiental, os quais, evitar ou reduzir danos futuros, e que se
dependendo das suas características, es- considera que permitem prolongar a vida
tão a ser capitalizados ou reconhecidos ou aumentar a capacidade ou melhorar a
como um gasto nos resultados operacio- segurança ou eficiência de outros ativos
nais do período. detidos pelo Grupo, são capitalizados.

Os dispêndios capitalizados e reconhecidos em gastos nos períodos findos em 31 de


dezembro de 2015 e 2014, têm a seguinte discriminação:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Imputados Imputados
Domínios a gastos Capitalizados Total a gastos Capitalizados Total
Emissões para a atmosfera 881 423 285 376 1 166 799 859 405 281 390 1 140 795
Gestão das águas residuais 100 409 1 200 101 609 41 570 - 41 570
Gestão dos resíduos 1 467 621 155 492 1 623 113 1 596 054 350 590 1 946 644
Proteção dos solos e das águas subterrâneas 15 381 29 140 44 521 4 923 13 091 18 014
Proteção da natureza 781 827 9 775 791 602 511 908 21 378 533 286
Ruído e vibração 19 520 6 000 25 520 66 428 - 66 428
Outras atividades de proteção do ambiente 305 983 106 382 412 365 268 190 10 916 279 106
3 572 164 593 365 4 165 529 3 348 478 677 365 4 025 843

Licenças de emissão de gases com efeito de estufa

No âmbito do Protocolo de Quioto, a União gases com efeito de estufa, entretanto


Europeia comprometeu-se a reduzir a transposta para a legislação portuguesa
emissão de gases com efeito de estufa. e que é aplicável, desde de 1 de Janeiro
Neste contexto, foi emitida uma Diretiva de 2005, entre outras, à indústria de ci-
Comunitária que prevê a comercialização mento (Nota 13).
das chamadas Licenças de emissão de
40. Custos com auditoria e revisão legal de contas
01 Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, os dispêndios com serviços de revisão legal de
contas ascenderam a Euros 297.732 e 221.937, respetivamente.

41. Compromissos assumidos pelo Grupo


41.1. Garantias e outros compromissos financeiros
Em 31 de dezembro de 2015 e 2014, as garantias prestadas pelo Grupo e outros
compromissos financeiros decompõem-se como se segue:

Valores em Euros 31/12/15 31/12/14


Garantias prestadas
2ª Repartição dos Serviços de Finanças de Setúbal - 441 945
IAPMEI (âmbito do QREN) 1 250 089 1 807 337
IAPMEI (âmbito do PEDIP) 209 914 415 934
APSS - Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra 2 593 639 2 633 394
APDL - Administração do Porto de Leixões 704 162 706 062
Direcção Geral de Alfândegas 800 000 800 000
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Centro 863 173 845 173
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional LVT 1 118 892 1 134 778
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Algarve 519 165 480 804
Comissão de Coordenação e Desenv. Regional Norte 236 403 236 403
Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais 274 595 274 595
ICNF - Inst. da Conserv. Natur. e das Florestas, I.P. 406 540 280 639
Mercedes-Benz - Aluguer de Veículos, Unipessoal, Lda. 366 000 -
Outras 585 128 590 578
9 927 700 10 647 642
Cartas de crédito de importação - 1 552 522
Compromissos de compra com fornecedores 47 531 878 11 042 838
Livranças, avais e fianças para garantia de empréstimos obtidos
Associadas (*) - 149 906 154
Hipotecas
Terrenos, edifícios e equipamentos básicos de Sibline 65 111 579 57 465 047
Aval 195 652
Total das garantias e outros compromissos (Nota 37.3) 122 571 157 230 809 855

(*) - Estas garantias respeitam a vários empréstimos contraídos pelas associadas:


(i) Margem - Companhia de Mineração, para financiamento da construção da nova fábrica de Adrianópolis, no montante
total de Reais 457.302.751 (Euros 141.988.621);
(ii) Supremo Cimentos, S.A., para apoio de tesouraria, no montante total de Reais 63.000.000 (Euros 19.560.965).
Relatório do Conselho de Administração 2015 · DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS · 145

41.2. Outros compromissos assumidos


Investimento numa nova fábrica em Angola

Nos termos do Memorando de Enten-


dimento celebrado entre o Governo de
Secil Lobito e pela ANIP - Agência Nacio-
nal para o Investimento Privado, esta em
01
Angola e a Secil, em abril de 2004, foi representação do Estado angolano.
constituída em 29 de novembro de 2005
Adicionalmente, no exercício de 2008, foi
a Secil - Companhia de Cimento do Lo-
adicionado ao investimento uma central
bito, S.A. detida em, aproximadamente,
de produção de energia elétrica no valor
51% pelo Grupo Secil e, indiretamente,
de USD 18.000.000.
em 49% pelo Estado angolano, a qual co-
meçou a operar a partir de 1 de janeiro A Secil Lobito continua a adaptar o projeto
de 2006, cessando assim o contrato de de investimento à realidade do mercado
cessão de exploração da unidade fabril de cimento de Angola. Nesse sentido, em
Encime do Lobito, celebrado entre o Esta- outubro de 2015, a Secil Lobito entregou
do Angolano e a Tecnosecil (atualmente na U.T.I.P. – Unidade Técnica para o In-
denominada Secil Angola) em vigor des- vestimento Privado, criada no âmbito da
de setembro de 2000. Nova Lei do Investimento Privado, e para
merecer a sua aceitação, uma minuta de
O capital social da Secil Lobito no mon-
adenda ao acima referido Contrato de In-
tante de USD 21.274.285 foi realizado
vestimento Privado aprovado em dezem-
através da transferência dos ativos tan-
bro de 2007 pelo Conselho de Ministros
gíveis e intangíveis da Secil Angola e da
de Angola. Esta adenda foi preparada no
Encime U.E.E. respetivamente pelo Grupo
seguimento dos vários contactos manti-
Secil e Estado angolano, pelo valor resul-
dos com a então ANIP, e compreende a
tante da avaliação independente efetua-
revisão e atualização de determinadas
da em outubro de 2003 por uma empre-
matérias e condições das quais depende
sa de auditoria internacional.
a efetiva viabilidade, realização e imple-
Nesse Memorando de Entendimento, es- mentação do projeto de investimento.
timou-se que, num horizonte de 36 me-
ses contados desde a data de realização
do respetivo capital social, a Secil Lobito
iria instalar uma fábrica de cimento e clín-
quer no Lobito.
Em 26 de outubro de 2007, o Conselho
Ministros de Angola aprovou o Projeto de
Investimento Privado denominado “Nova
Fábrica de Cimento do Lobito”, no mon-
tante de USD 91.539.000, contratuali-
zado em 14 de dezembro de 2007, pela
Depósito Caução

A subsidiária Ciminpart - Investimentos e depósito de BRL 12.500.000 (Euros

01 Participações, S.G.P.S., S.A. vendeu em


2012 uma participação financeira mino-
2.941.661) como garantia de 25% de
um financiamento contraído pela subsi-
ritária. No âmbito deste processo, a Secil diária Margem Companhia de Mineração
constituiu penhor sobre um depósito ban- no montante de BRL 50.000.000 (Euros
cário no montante de Euros 1.250.000. 11.766.644).
A subsidiária NSOSPE – Empreendimen-
tos e participações, S.A. constituiu um

42. Acontecimentos após a data do balanço


Após a data de 31 de dezembro de 2015, balanço ou proporcionem informação so-
não ocorreram eventos subsequentes bre condições que tenham ocorrido após
que proporcionem informação adicional a data do balanço.
sobre condições que existiam à data do

Conselho de Administração
Pedro Mendonça de Queiroz Pereira João Luís Barbosa Pereira de Vasconcelos
Presidente Vogal

João Nuno de Sottomayor Pinto José Miguel Pereira Gens Paredes


de Castelo Branco Vogal
Vice-Presidente
Paulo Miguel Garcês Ventura
Gonçalo de Castro Salazar Leite Vogal
Vogal
Ricardo Miguel dos Santos
Francisco José Melo e Castro Guedes Pacheco Pires
Vogal Vogal

Carlos Alberto Medeiros Abreu Emília Rosa Mota de Carvalho


Vogal Contabilista Certificado

Sérgio António Alves Martins


Vogal
Relatório do Conselho de Administração 2015 · ANEXOS · 147

ANEXOS
Certificação Legal das Contas Consolidadas
Relatório e Parecer do Conselho Fiscal - Contas Consolidadas.
01
01
Relatório do Conselho de Administração 2015 · ANEXOS · 149

01
01
Relatório do Conselho de Administração 2015 · ANEXOS · 151

01
02
Relatório de
SUSTENTABILIDADE 152
A Secil 154
Indicadores Sociais 156
Indicadores Económicos 158
Indicadores Ambientais 160
A Secil em Números 170
A Secil
02 A Secil é um Grupo empresarial com
atividade em vários países, destacan-
como a produção e comercialização
de betão, inertes e a exploração de pe-
do-se a produção de cimento, bem dreiras, através das suas subsidiárias.

OBJECTIVO ONDE?
Reduzir os índices de sinistralidade: Reduzir o índice de frequência Global
para 7 e Reduzir o índice de gravidade para 175.


Dar formação em Higiene e Segurança no Trabalho aos colabo- Global


radores, com o objetivo de ministrar 8 h formação por ano por
colaborador.


Auscultação de stakeholders: Recolha de feedback através de Global


entrevistas presenciais a dos stakeholders em Portugal
e 60% dos
stakeholders nas operações internacionais.
Implementação de um sistema de gestão de Segurança e Saúde no Gabès
Trabalho de acordo com as OHSAS 18001.

Implementação de um sistema de gestão de ambiente e segurança. Sibline

Reduzir em 15% as emissões específicas de CO2 por tonelada de Global


produto cimentício, relativamente ao ano de 1990.

Atingir uma taxa de substituição de combustíveis alternativos de: Global


- 55% em 2013, nas fábricas em Portugal
- 10% em 2015, nas fábri-
cas de Gabès e Sibline , 5% em 2017 na fábrica Adrianópolis.

Reduzir a taxa de incorporação de clínquer para:
- 74% no cimento Global


cinzento, em 2013 nas operações em Portugal
- 79% no cimento
branco, em 2012 na Fábrica de Pataias
- 75% no cimento cinzento,
em 2013, nas operações internacionais.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 155

Integra ainda empresas que operam em


áreas complementares, como a comer-
desenvolvimento de soluções no domínio
da preservação do ambiente e da utiliza-
02
cialização de materiais de construção, ção de resíduos como fonte de energia.

QUANDO? RESULTADOS 2015 Como alcançar? Quais os passos seguintes?


2015 IF = 11,2 Correspondendo a uma política mais ativa de Higiene e Segurança, que pretende
IG = 280,3 estender os mesmos procedimentos e cultura através dos diferentes centros
de atividade assistiu-se a uma melhoria dos índices. Continuando o trabalho
de auscultação e formação dos colaboradores e monitorizando mensalmente
os indicadores, permitindo a introdução de medidas corretivas para
alcançarmos os índices em 2016.
2015 6,9 h/colaborador Apesar de ainda não se ter atingido o objetivo foi possível aumentar para mais do
dobro a formação media por trabalhador em 2015. Através de uma melhor
programação vai aumentar a formação nesta temática, no sentido de minimizar
a sinistralidade a alcançar os objetivos em 2016.
A definir Suspenso Temporáriamente Em virtude da instabilidade registada nalguns países onde opera, a continuação
aos trabalhos de preparação do processo de auscultação dos stakeholders
das operações internacionais foi suspenso temporariamente.
2015 Em curso Devido à situação social vivida nos últimos anos, a certificação do sistema de gestão
de segurança tem vindo a ser adiada. contudo, prevê-se que tal aconteça em 2016.
2015 Em curso O processo de implementação de um sistema de gestão integrado de qualidade,
ambiente e segurança começou em Outubro de 2010. O sistema já está criado,
e espera-se obter a sua certificação em 2016.
2015 Redução de 7,5% Pretende-se atingir este objetivo através de:
- Utilização de matérias-primas secundárias, de preferência
já descarbonatadas, para o fabrico do clínquer.
- Utilização de combustíveis alternativos, preferencialmente com
teores de biomassa mais elevados.
- Fabrico de cimentos compostos, com introdução de matérias-primas
secundárias durante a moagem, e consequente redução da taxa
de incorporação de clínquer.
2015 44% Nas fábricas em Portugal, não se conseguiu atingir o objetivo de 55%, devido
a questões que se prendem com o mix de combustíveis alternativos disponíveis
no mercado e às suas características. Nas fábricas de Gabés e de Sibline
a dispobilidade local de combustíveis alternativos é por ora inexistente
havendo um contexto pouco claro em termos regulatórios. No Brasil a estratégia
para a utilização de combustíveis alternativos está a ser desenvolvida
esperando-se o inicio da sua utilização em 2017.
2013 78,8% Maximização do fabrico de cimentos compostos, recorrendo à utilização
75,3% de componentes minoritários previstos na NP EN 197-1.
80,5% A elevada taxa de exportação a partir das fábricas a operar em Portugal,
e para mercados onde o cimento solicitado é de tipo 1, compromete
os objectivos definidos para o cimento cinzento.
Indicadores
Sociais
02
Colaboradores

O grupo Secil conta atualmente com zação e distribuição dos produtos é rea-
2647 colaboradores no conjunto de to- lizada pelos departamentos comerciais
das as áreas de atividade. A comerciali- respetivos, um pouco por todo o mundo.

Nº de Colaboradores (Cimento)

23%
30%
PORTUGAL
LÍBANO
TUNÍSIA
ANGOLA

10% 24% BRASIL

13%

NUMERO DE COLABORADORES EM 2015 POR PAÍS.

Segurança e saúde no trabalho

Uma das questões prioritárias para a Se- ou seja, não criar dano nenhum ao nível
cil é a Saúde e Segurança no Trabalho. da Saúde ou da Segurança, para os seus
A Secil participa e colabora num Grupo trabalhadores, contratados e comunida-
de Trabalho de uma iniciativa Internacio- des envolventes no geral. É um desafio
nal da Indústria Cimenteira, a CSI (Ce- ambicioso que se persegue com o apoio
ment Sustainability Iniciative). Este grupo de Benchmarking, de boas práticas e da
tem como lema “Achieving zero harm” discussão destes termos entre os gran-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 157

02
des Grupos Cimenteiros mundiais. A Secil esse intuito têm sido efetuados elevados
tem tomado algumas medidas internas investimentos em equipamentos de me-
ao nível da organização e de implemen- lhoria de desempenho, não só ambiental
tação de iniciativas para promover a re- e industrial, como têm também sido in-
dução dos índices de sinistralidade de troduzidas as melhores práticas ao nível
forma sustentada e fomentar uma ele- da saúde e segurança no trabalho e re-
vada e cada vez maior consciência sobre lação com as comunidades envolventes.
os riscos ocupacionais, proporcionando
formação adequada aos colaboradores e Como se pode observar, apesar do objeti-
prestadores de serviços. vo ainda não ter sido atingido, assistiu-se
a um decréscimo dos índices de sinistra-
A Secil tem por objetivo implementar em lidade durante o ano de 2015, tanto no
todos os países onde opera um referen- índice de frequência como no índice de
cial de sustentabilidade equiparável, pelo gravidade.
menos, ao que vigora em Portugal. Com

Índice de Frequência – Grupo Secil Índice de Gravidade – Grupo Secil

15
14,2 400
350 333,7
11,2 280,3
300
10
250
7 7
200 155 155
5 150
100
50
O O
2014 2015 2014 2015

ÍNDICE DEGLOBAL
FREQUÊNCIA NOS ANOS DE 2014 E 2015. ÍNDICE DEGLOBAL
GRAVIDADE NOS ANOS DE 2014 E 2015.
OBJECTVO OBJECTVO

NOTA:
Consideram-se para efeitos deste relatório apenas os acidentes que resultaram em baixa, em número de dias superior a 1.
Indicadores
Económicos
02
Apesar de se verificarem diminuições do mo (o Grupo Secil passou de uma par-
volume de negócios em algumas unida- ticipação de 49,9% de capital para os
des da Secil, de um modo global verifica- 100%), o que permitiu aumentar a capa-
se um crescimento de 11% em 2015 na cidade de cimento instalada para dois mi-
totalidade do volume de negócios face ao lhões de toneladas. No mesmo sentido, a
ano de 2014. conclusão da construção da nova fábrica
de Adrianópolis permitiu arrancar com a
Para este resultado terá contribuído a produção de clínquer e cimento no Brasil
aquisição da totalidade do Grupo Supre- a partir de Abril de 2015.

MILHARES DE Euros 2015 2014 VARIAÇÃO


Portugal 277 242 272 721 1,7 %
Líbano 95 087 89 664 6%
Tunísia 69 915 75 461 -7,3 %
Angola 24 589 21 748 13,1 %
Brasil 35 626 0 n.a.
Cabo Verde 6 306 6 411 -1,6 %
Outros 235 315 -25,4 %
Total 478 672 431 426 11 %

VARIAÇÃO DO VOLUME DE NEGÓCIOS ENTRE OS ANOS 2014 E 2015, POR PAÍS.


Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 159

02
Volume de Negócios (2015)

7%
5%
PORTUGAL
14% LÍBANO
TUNÍSIA
ANGOLA
54% BRASIL
CABO VERDE (1%)
19% OUTROS (0%)

PERCENTAGEM DE VOLUME DE NEGÓCIOS POR PAÍS, EM 2015.

Vendas de clínquer e cimento (2015)

8%
3%

PORTUGAL

21% LÍBANO
TUNÍSIA
46%
ANGOLA (3%)
BRASIL
CABO VERDE (1%)

21%

PERCENTAGEM DE VENDA DE CLÍNQUER E CIMENTO POR PAÍS, EM 2015.


Indicadores
Ambientais
02
Alterações Climáticas

Nos últimos anos a Secil tem vindo a in- de baixa intensidade carbónica.
vestir fortemente para reduzir as suas Face a 2014, não houve alteração sig-
emissões de CO2, aumentando a sua nificativa dos indicadores ambientais. É
eficiência térmica e elétrica, aumentan- expectável que as emissões específicas
do o coprocessamento de combustíveis de CO2 venham a diminuir, quando os
alternativos, utilizando matérias-primas processos de autorização de coprocessa-
secundárias, ensaiando tecnologias ino- mento de resíduos (em curso em todas
vadoras de captação de carbono (mi- as unidades) estiverem concluídos.
croalgas) e produzindo cimento e clínquer

Emissões totais de CO2


4124002
3961945

3838294

3884417
3765164

3672034

3721958
3568776

3379645
3230387

3290519
3159120

EMISSÕES CO2
GROSS
EMISSÕES CO2
NET
2010 2011 2012 2013 2014 2015

EMISSÕES TOTAIS DE CO2 ENTRE 2010 E 2015.


Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 161

02
Emissões específicas de CO2/t clínquer
856
857
853

853
844

839
820

813

819

817
807

805

GROSS
NET
2010 2011 2012 2013 2014 2015

EMISSÕES ESPECIFICAS DE CO2/t CLÍNQUER ENTRE 2010 E 2015.

Combustíveis alternativos e Emissões específicas de CO2

120%

110%

100%

90%

80%

70%

60%
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
2012
2013
2014
2015

EMISSÕES CO2 PRODUÇÃO CLÍNQUER

EVOLUÇÃO DA INTENSIDADE CARBÓNICA DO CLÍNQUER Cz PRODUZIDO.


02
O fator de emissão de CO2 por tonelada as inovações e adaptações necessárias à
de clínquer cinzento era em 1990 de 885 utilização da tecnologia de oxyfuel numa
kg CO2/t clk, sendo em 2015 de 784 kg linha cimenteira, entretanto concebidas e
CO2/t clk, tendo desde 2005 permitido avaliadas em modelos, visando a confir-
poupar cerca de 1 milhão de toneladas mação da viabilidade técnica e definindo
de CO2. mais rigorosamente as condições para a
sua viabilidade económica.

Roteiro para uma Economia de Como é óbvio, o sucesso de um projeto


Baixo Carbono destes depende em larga escala da solu-
ção a jusante (armazenamento e/ou uti-
Para se atingir os 80% de redução de lização do CO2 capturado), não estando
emissões em 2050, sugeridos pela Co- ainda asseguradas condições e/ou solu-
missão Europeia, serão necessárias ções que permitam o escoamento física e
tecnologias inovadoras e de rotura, que economicamente viável das quantidades
envolvem investimentos significativos muito significativas de CO2 resultantes
em termos de investigação e viabilização do mesmo.
financeira da sua implementação (por
exemplo, estima-se que 85% da produção Na sequência do Acordo de Paris, tal
de clínquer terá de ser equipada com tec- como os restantes Países, Portugal vai
nologia de Captação e Armazenagem de rever o seu Roteiro Nacional de Baixo Car-
Carbono (CCS)). bono 2050, pelo que a Secil se encontra-
rá disponível, como sempre, para analisar
A Secil participa no Steering Committee a contribuição que o sector cimenteiro
de um projecto de I&D de grande enver- poderá dar, dentro de um quadro de sal-
gadura, lançado pela ECRA (“European vaguarda da competitividade de um sec-
Cement Research Academy”), destinado tor exportador de bens transaccionáveis,
a testar, com o apoio de fabricantes de para fora do espaço europeu.
equipamentos, a viabilidade técnico-eco-
nómica da aplicação das tecnologias de
captação do CO2 em fábricas de cimen-
to. Este projecto vai avançar a curto pra-
Comércio Europeu de Licenças
zo com a montagem de uma instalação
de Emissão
piloto (capacidade: 500 a 1000 t clin-
quer/dia), que envolve um investimento A indústria cimenteira tem demonstrado
superior a 50 M€ e onde serão testadas o seu compromisso com a redução de
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 163

02
emissões de CO2, tendo sido o primeiro mento Europeu e Conselho Europeu.
setor a apresentar um roteiro de evolu-
ção consonante com os objetivos de uma A EU-ETS deveria constituir uma medida
economia de baixo carbono (Cement Te- de incentivo ao investimento, crescimen-
chnology Roadmap – Carbon emissions to e criação de postos de trabalho, per-
reductions up to 2050), publicação con- mitindo que setores, como o cimenteiro,
junta da Cement Sustainability Initiative avancem com soluções inovadoras para
(CSI) e da International Energy Agency a construção da Europa do amanhã, pelo
(IEA), em 2009. Posteriormente, em que a proposta apresentada deveria sal-
2013, a associação da indústria cimen- vaguardar a proteção das instalações
teira Europeia (CEMBUREAU) publicou o mais eficientes à exposição no mercado
roteiro do setor cimenteiro Europeu, de- europeu da concorrência de fabricantes
signado “The role of Cement in the 2050 não europeus, não sujeitos a restrições
Low Carbon Economy”. Sendo que a Secil equitativas de redução de emissões de
participou ativamente na elaboração dos CO2, bem como promover a competitivi-
dois documentos na qualidade de mem- dade dos fabricantes europeus no mer-
bro da CSI e da CEMBUREAU. cado de exportação para fora da Europa
(preocupação claramente expressa pelo
Neste último roteiro mencionado, a CEM- Conselho Europeu na sua reunião de Ou-
BUREAU propôs uma redução de emis- tubro de 2014). Para tal, deveria assegu-
sões de CO2 de 32%, relativamente ao rar o estabelecimento de taxas de redu-
nível de emissões de 1990, através de ção de emissões tecnicamente viáveis,
tecnologias convencionais já provadas, assegurando simultaneamente um preço
redução essa que pode ser potencial- de energia suportável.
mente aumentada para 80%, a partir do
momento em que seja viável técnica e Ora, a proposta apresentada pela CE não
economicamente a adoção de tecnolo- contempla estas duas situações e, a não
gias de rotura, como a Captura do Car- ser alterada, vai induzir custos acrescido
bono - Carbon Capture and Storage/Use indevidos às instalações mais eficientes
(CCS/U). que podem atingir os 30% do Valor Acres-
centado Bruto (VAB).
Em Julho de 2015 a Comissão Europeia
(CE) apresentou uma proposta de revisão Em 2016 esta proposta será apreciada
da Diretiva reguladora do Mercado Euro- pelo PE e pelo Conselho Europeu, estan-
peu de Carbono (EU-ETS), a qual terá que do a CE também disponível para discutir
ser aprovada em co-decisão pelo Parla- detalhes da proposta, pelo que a Secil as-
02
sumirá o compromisso da defesa de uma para atmosfera, têm vindo a ser realiza-
revisão justa e realista em todas as ins- dos investimentos cujos resultados se
tâncias necessárias, quer isoladamente, comprovam pelos resultados obtidos. As
quer como membro da ATIC, quer como instalações do grupo dispõem de diver-
membro da CEMBUREAU. sos meios de controlo destas emissões,
designadamente filtros de mangas, quei-
No entanto, recordamos que no segui- madores de baixo NOx, sistemas SNCR
mento dos Acordos de Paris (sem dúvida (Selective non catalytic reduction) - para
o maior evento ambiental de 2015) é ex- controlar as emissões de NOx, e injeção
pectável que as condições de negociação de cal/hidróxido de cálcio – para controlo
sejam ainda agravadas para os setores das emissões de SO2. Para além destes
abrangidos pela EU-ETS quando deve- equipamentos, existem também electro-
riam ser aumentados os esforços a fazer filtros, instalados nos dois fornos do Ou-
pelos setores não abrangidos pela EU-E- tão.
TS, nomeadamente no setor da eficiência
carbónica dos edifícios e infraestruturas, Atualmente, todas as instalações estão
onde a indústria cimenteira pode contri- equipadas com monitorização em con-
buir decisivamente, através de soluções tínuo das emissões de partículas e de
de construção em betão, de sustentabili- gases. Aos Metais pesados e Dioxinas e
dade comprovada. Furanos, são realizadas monitorizações
pontuais.

De realçar o aumento das emissões de


Emissões Potencialmente
NOx, quer totais, quer específicas, o qual
Nocivas
se ficou a dever à inclusão das emissões
das fábricas localizadas no Brasil, onde o
VLE (valor limite de emissão) é mais ele-
O processo de fabrico de cimento tem as-
vado. Ainda assim está em curso a aquisi-
sociado a si a emissão de poluentes ma-
ção de equipamento para redução signifi-
cro (CO2, NOx, SO2 e COVs) bem como
cativa daquelas emissões, à semelhança
outros micropoluentes (metais pesados
do que foi feito nas fábricas em Portugal.
e PCDD/F). Sendo objetivo do grupo Se-
cil reduzir a sua emissão de poluentes
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 165

7000
02
6033
5689

6000
5347

5138

5000

4000

3376
3057

3000

2000
1371
1205

1218

1270

882

1000
554

O
2010 2011 2012 2013 2014 2015

t NOx g NOx/t clk


EMISSÕES DE NOX DE 2010 A 2015
671
625

629
569

507
401
161

152
131
121

99
91

2010 2011 2012 2013 2014 2015

t SO2 g SO2/t clk

EMISSÕES DE SO2 DE 2010 A 2015.


02
6033
5689

5347

5138

3376
3057
123

106

144

136

145
107

2010 2011 2012 2013 2014 2015

t PARTÍCULAS g PARTÍCULAS/t clk

EMISSÕES DE PARTÍCULAS DE 2010 A 2015

Biodiversidade e Recuperação naturais do ecossistema.


Paisagística Parcerias/Conhecimento Ciên-
tifico e Investigação Aplicada
A Secil reconhece a importância da biodi-
versidade na gestão da sustentabilidade O conhecimento ciêntifico e a investiga-
da actividade da empresa. Com o objec- ção aplicada são pilares presentes no
tivo de diminuir o seu impacte sobre a processo de recuperação paisagistica
biodiversidade, resultante das suas acti- das pedreiras da Secil. O desenvolvimen-
vidades, a Secil tem vindo a desenvolver to de estudos cientificos e a interligação
estratégias, nomeadamente através da de equipas multidisciplinares é essen-
implementação de Planos de Recupera- cial para a identificação de soluções e
ção Paisagistica e Planos de Acção para a no desenvolvimento de técnicas, actuais
Biodiversidade. Estes planos baseiam-se e inovadoras, no âmbito da reabilitação
na suposição de que um sistema total- de pedreiras. Para tal, a Secil conta com
mente reabilitado engloba não só a com- uma vasta equipa de investigadores da
posição e estrutura das comunidades Faculdade de Ciências da Universidade
vegetais e animais, mas também a re- de Lisboa e da Universidade de Évora.
cuperação das funções e dos processos
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 167

02
Um exemplo de uma longa parceria é com Estes anos de parceria têm permitido
a Faculdade de Ciências da universidade testar e desenvolver técnicas e soluções
de Lisboa que tem vindo desde 1998, a concretas, no âmbito da recuperação de
realizar o acompanhamento ciêntifico pedreiras, que actualmente definem as
para a gestão ecológica das áreas a re- metodologias dos Planos de Recupera-
cuperar nas pedreiras da Secil no Outão. ção.

Planos Ambientais e de Recuperação Paisagistica


As pedreiras das três unidades fabris em rações e ao seu espaço envolvente. Esta
Portugal dispõem de um Plano Ambiental tarefa é efetuada através da elaboração
e de Recuperação Paisagística (PARP), de Programas Trienais, que contem o pla-
que tem como objetivo a recuperação neamento dos trabalhos de exploração e
progressiva das áreas exploradas e mi- recuperação paisagística para três anos,
nimizar os impactes negativos inerentes em execução com o Plano de Pedreira
ao processo de exploração das pedreiras, aprovado.
atendendo às características das explo-

Flora
A Faculdade de Ciências da Universidade com o ISA - Instituto Superior de Agrono-
de Lisboa (FCUL) tem vindo a realizar o mia. A CMP mantem uma parceria com
acompanhamento científico, através de a APFCAN (Associação de Produtores
vários protocolos, para a gestão ecológi- Florestais dos Concelhos de Alcobaça e
ca das áreas a recuperar nas pedreiras Nazaré) que é uma associação local sem
da Secil na fábrica do Outão. Os resul- fins lucrativos de proprietários florestais,
tados têm contribuindo para a melhoria que colabora, desde 2009, na vigilância
dos programas de recuperação das áreas florestal, na implementação de um Plano
exploradas nas pedreiras da Secil-Outão. de Gestão Florestal (PGF) e em algumas
intervenções florestais já realizadas na
No caso das fábricas de Maceira e Pa- propriedade de Pataias.
taias, já tiveram uma parceria científica
02
Fauna espécies-alvo, considerados bons mode-
los de forma a avaliar os efeitos das ati-
vidades da empresa e das medidas pro-
Desde 2007 que a componente faunísti-
postas no Plano de Ação na fauna.
ca integra o PARP na fábrica do Outão, e
a partir de 2008 nas fábricas de Maceira
Estes estudos já foram apresentados em
e Pataias, com o “Estudo e Valorização da
vários congressos nacionais e internacio-
Biodiversidade, Componente da Fauna”,
nais e várias publicações científicas (arti-
em parceria com a Universidade de Évo-
gos e posters) foram produzidas.
ra. Esta parceria começou com a inventa-
riação e caracterização das comunidades
e espécies faunísticas e culminou com a
apresentação de um Plano de Ação para Água potável para todos
a recuperação/valorização da fauna,
atualmente a decorrer em diferentes fa- A indústria cimenteira, ainda que não
ses nas três fábricas em Portugal. seja um sector significativo em termos de
consumo de água, representa cerca de
A área de estudo aplica-se às proprieda- 2% do consumo mundial. No processo de
des das fábricas, que no caso da proprie- fabrico de cimento a água é fundamental
dade do Outão é cerca de 440 ha. Em para o arrefecimento de equipamentos e
2013, a área de estudo foi aumentada, arrefecimento dos gases de combustão,
para mais de 5000 m de distância em re- bem como, em alguns casos, para o arre-
dor da propriedade da fábrica do Outão. fecimento no interior dos moinhos. Ainda
que a maioria da água utilizada no pro-
O Plano de Ação, articulado com os pla- cesso de fabrico (arrefecimento de equi-
nos de recuperação, visa promover a co- pamentos) se encontre em circuito fecha-
lonização natural da fauna nas áreas re- do (reciclagem/reutilização) parte desta
cuperadas, com base numa gestão ativa perde-se por evaporação.
e adaptativa através da monitorização pe-
riódica da fauna e da avaliação contínua Através das figuras ao lado é possível
da eficácia das ações propostas, como a constatar que se registou um aumento
disponibilização de abrigos artificiais e o do consumo de água por m3 em 2015,
aumento da disponibilidade hídrica. Re- tendo no entando decrescido o consumo
centemente, foram desenvolvidos vários de água de m3/t cimento.
casos de estudo direcionados a grupos/
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 169

02
1550
1500 1486
1447 1442
1450
1400 1379
1342
1350
1316
1300 1288

1250
1200
1150
O
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

1000 m3

CONSUMO DE ÁGUA POR 1000 M3 ENTRE 2009 E 2015.

0,4
0,318
0,35
0,281 0,293
0,3 0,278 0,278 0,273 0,273

0,25

0,2

0,15

0,1

0,05

O
2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

m3/t CIMENTO

CONSUMO DE ÁGUA DE M3/T DE CIMENTO ENTRE 2009 E 2015


A Secil
em Números
02
Indicadores Económicos
UNIDADE 2014 2015
Ativo líquido M€ 588 909
Capitais próprios M€ 198 180
EBITDA M€ 76 77
Capex M€ 15 24
Passivo financeiro M€ 131 419
Rentabilidade do Ativo % 3,1 1,1
Rentabilidade dos Capitais Próprios % 9,1 5,6
Resultados líquidos M€ 18 10 179
Capacidade Produtiva de Cimento 103t 7 650 9 750
Vendas de Cimento e Clínquer 103t 4 892 5 662
Volume de negócios M€ 478 431
Fluxos financeiros com os stakeholders
Vendas a clientes 1000 € 407 778 475 418
Outros recebimentos de exploração 1000 € 8 897 9 155
Total de recebimentos 1000 € 416 675 484 573
Pagamento de Salários dos colaboradores 1000 € 28 120 42 206
Mecenato 1000 € 758 791
Pagamento de Impostos ao Estado e autarquias 1000 € 1 159 8 214
Pagamentos a fornecedores 1000 € 307 997 345 260
Pagamento de juros às instituições bancárias 1000 € 17 152 23 247
Pagamento de dividendos aos acionistas 1000 € 3 032 28 670
Total de pagamentos 1000 € 358 218 448 388
Saldo para a empresa 1000 € 58 457 36 185
Refinanciamento líquido 1000 € 36 054 -111 570
Prémios de emissão 1000 € - -
Total disponível para investimento 1000 € 22 403 147 755
Investimentos financeiros 1000 € 4 912 136 815
Investimentos industriais 1000 € 11 360 30 743
Concessão de empréstimos 1000 € - -
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 171

02
Indicadores Sociais (CIMENTO)
Nº 2014 2015
Número de Colaboradores (efetivos e contratados) 1517 2075
Tipo de contrato Permanente % 90,1 93,5
A termo % 9,6 6,3
Cedência temporária % 0,3 0,2
Sexo Masculino % 93,5 88,2
Feminino % 6,5 11,8
Média etária Anos 44,6 44,6
Perfil de Idades < 30 anos % 10 12
30-39 anos % 18 24
41-49 anos % 27 27
≥ 50 anos % 45 37
Antiguidade < 1 ano % 3 9
1-9 anos % 32 40
10-24 anos % 32 25
≥ 25 anos % 33 26
Taxa de rotatividade % 5 12,5
Total de saídas Nº 76 259
Saídas por reforma % 34,2 15,4
Total de admissões Nº 52 318
Licenciados admitidos % 50 71
Taxa de absentismo % 7,7 5,3
Sites com sistema de gestão de saúde e segurança % 50 37,5
no trabalho certificado
Saúde e Segurança Índice de gravidade (Ig)(1) % 333,7 280,3
Índice de frequência (If)(1) % 14,2 11,2
Índice de duração ou avaliação da % 24,27 26,74
gravidade (id)(1)
Fatalidades (trabalhadores Secil) Nº 0 0
Fatalidades por 10 000 tra- Nº 0 0
balhadores
Fatalidades (prestadores de Nº 0 0
serviços)
Fatalidades (terceira parte) Nº 0 0
Acidentes (trabalhadores Secil) Nº 78 78
Total acidentes Nº 108 102
Índice de frequência (tra- % 17,92 14,45
balhadores Secil)
Indicadores Ambientais
Nº 2014 2015

02 Sites com sistema de gestão ambiental certificado


Sites registados no EMAS
%
%
67
50
50
37,5
Consumo de energia Energia térmica (fornos) TJ 17 379 17 119
Consumo térmico específico MJ/t 3 876 3 758
Energia elétrica GWh 612 626
Uso responsável de combustíveis Matérias-primas naturais kt 7 385 7 694
e materiais Matérias-primas secundárias kt 265 283
(MPS)
Taxa de utilização de MPS % 3,5 3,5
Combustíveis fósseis sólidos kt 437 435
Combustíveis fósseis gasosos 1000 Nm3 9 1
Combustíveis alternativos kt 208 195
Taxa de substituição térmica % 20,3 20,3
global
Taxa de substituição térmico % 10,9 10,9
alternativos fósseis
Taxa de substituição térmico % 9,4 9,4
alternativos biomassa
Proteção climática Emissões de CO2 – Gross (2) Mt 3,8 3,7
Emissões de CO2 – Net (3) Mt 3,7 3,5
Emissões específicas de CO2 kg/t 670 640
por tonelada de produtos
cimentícios (4) – gross (2)
Emissões específicas de CO2 kg/t 641 612
por tonelada de produtos
cimentícios (4) – net (3)
Taxa de incorporação de % 76,3 78,2
clínquer (5)
Emissões atmosféricas Partículas kt 0,5 0,7
g/ t clk 107 145
% 100 97
NOx kt 3,1 4,1
g/ t clk 682 909
% 100 97
SOx kt 0,5 0,9
g/t clk 110 217
% 97 96
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE SUSTENTABILIDADE · 173

Nº 2014 2015
Emissões atmosféricas
(continuação)
COV kt 0,4 0,5
02
g/t clk 90 119
% 70 62
PCDD/F mg 82 36
ng/t clk 18 8
% 54 56
Hg kg 89 91
mg/t clk 19,8 20,1
% 76 56
HM1(9) kg 89 61
mg/t clk 20 13
% 65 56
HM2(10) kg 1 323 1 303
mg/t clk 295 287
% 65 56
% clínquer produzido com monitor- % 54 46
ização das emissões maiores(6) e
menores
% clínquer produzido com monitor- % 97 99
ização contínua das emissões maiores
Consumo de água Total água subterrânea 103 m3 1 379 1 486
Índice específico m3/t cim 0,293 0,318
Biodiversidade Pedreiras com planos de recuperação % 81,8 80
Pedreiras com planos de envolvimento % 54,5 50
com a comunidade(7)
Pedreiras ativas, ou nas áreas adja- % 18,2 30
centes, que contêm elevado valor de
biodiversidade (8)
Pedreiras com elevado valor de biodi- % 100 100
versidade que têm planos de gestão
da biodiversidade implementados (de
acordo com o anterior)

1) Os índices de sinistralidade incluem os colaboradores Secil e os prestadores de serviços. Os valores apresentados foram transformados para a metodologia
da Organização Internacional do Trabalho, que resulta na aplicação de 1 000 000 horas em vez de 100 000 horas. O índice de gravidade não inclui o número
de dias perdidos no ano transato. 2) Emissões de CO2 totais. 3) Emissões de CO2 totais – emissões de CO2 dos combustíveis alternativos. 4) Clínquer
produzido + aditivos consumidos na moagem de cimento. 5) Inclui as fábricas de cimento e moagens. 6) Partículas, NOx e SOx. 7) A Fábrica Cibra-Pataias
apesar de ter Comissão de Acompanhamento Ambiental, esta não tem atividade desde 2009. 8) Considerando que apenas a Fábrica do Outão tem elevado
valor de biodiversidade, por se encontrar dentro de um Parque Natural. 9) Soma de Cd e Tl. 10) Soma de Sb, As, Pb, Cr, Co, Cu, Mn, Ni e V.
03
Relatório de
Responsabilidade Social 174
O Grupo Secil e os seus colaboradores 176
O Grupo Secil e a Comunidade Exterior 205
O Grupo Secil
e os seus colaboradores
03 1. PORTUGAL
a) Ambiente de Trabalho • Auditorias e inspeções de segurança
planeadas e documentadas, aliadas à
execução de planos de ações de imple-
Saúde, Higiene e Segurança mentação de medidas corretivas e pre-
no Trabalho ventivas;
• Monitorizações do ambiente de traba-
lho, nomeadamente, ruído, vibrações, ilu-
A SECIL promove ativamente uma política
minação, e qualidade do ar;
de saúde, higiene e segurança no traba-
lho, garantindo que todas as suas insta- • Simulacros de situações de emergência;
lações são locais seguros para todas as
• Controlo de acessos;
pessoas internas ou externas à Empresa
e perseguindo o objetivo de “Zero Fatali- • Investigação e comunicação de todos
dades” e redução dos acidentes com dias os incidentes (acidentes de trabalho,
de trabalho perdidos. quase acidentes e situações perigosas
detetadas).
Para tal são desenvolvidas várias ativi-
dades, a maior parte delas continuadas,
O ano 2015, ficou assinalado como sen-
que pretendem adaptar e implementar
do o ano onde se registaram menos aci-
diretivas e manuais de segurança à reali-
dentes de trabalho com dias perdidos,
dade de cada Empresa do Grupo Secil, de
em comparação com os anos anteriores,
onde se destacam:
e consequentemente foi o ano com o índi-
• Os “Guias da CSI (Cement Sustaina- ce de frequência mais baixo, conforme se
bility Initiative) respeitantes à Gestão verifica no gráfico seguinte.
de Prestadores de Serviços e Gestão da
Condução nos Transportes Internos e Ex-
ternos”;
• Implementação em todas as Empresas
do Grupo Secil das verificações estipula-
das na Diretiva Equipamentos de Traba-
lho (Decreto-Lei Nº 50/2005) e na reso-
lução das não conformidades detetadas;
• Identificação sistemática de perigos, aná-
lise e controlo dos riscos de todas as tare-
fas executadas nas instalações sob respon-
sabilidade da SECIL;
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 177

03
Grupo SECIL - Acidentes c/ Dias de Trabalho Perdidos (Frequência)
30,00
Nº DE ACIDENTES C/ DIAS DE TRABALHO PERDIDOS

35O 30

300
19,49

19,76

25
18,52

INDÍCE DE FREQUÊNCIA
250
14,70

20

14,20
13,74
12,79

11,18
200
15
195

150
157

10
144

140

10O
138

113
109

108

102
5O 5

O O
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

ACIDENTES DE 2007 A 2015


ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE 2007 A 2015

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE FREQUÊNCIA DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2007-2015)


03
Também o índice de gravidade apresenta
um valor mais reduzido tendo em conta
os anos anteriores. Mesmo assim, ainda
ficou acima do objetivo estabelecido pelo
grupo SECIL de 155.

Grupo SECIL - Acidentes c/ Dias de Trabalho Perdidos (Gravidade)


707,04

599,18

8.00O 750
Nº DE DIAS DE TRABALHO PERDIDOS

7.000
453,90

600

INDÍCE DE GRAVIDADE
403,02

403,00

6.000
341,29

333,65

5.000
280,27

450
275,06

4.000
4.602

3.000 300
3.784
4.447

3.431

3.206

2.807

2.00O
2.557
2.345

2.537

150
1.000

O O
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015

DIAS DE TRABALHO PERDIDOS 2015


ÍNDICE DE GRAVIDADE DE 2007 A 2015

EVOLUÇÃO DO ÍNDICE DE GRAVIDADE DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2007-2015)

Em 2015 não se verificou, em todo o Durante este ano, com o objetivo de re-
“Grupo SECIL”, qualquer acidente de tra- duzir os índices de sinistralidade, foram
balho mortal com colaboradores diretos, iniciados em Portugal dois importantes
prestadores de serviços ou visitantes. projetos de segurança: o Projeto ELOS
e o Projecto Comportamentos Seguros.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 179

03
Ambos tiveram uma avaliação bastante Comunicação interna
positiva e contribuíram para reafirmar a
Segurança como um valor fundamental
para a Empresa. A comunicação interna é fundamental
para aproximar todos os colaboradores
do Grupo qualquer que seja a Empresa
Conforto ou a geografia onde prestem serviço. Os
principais veículos de comunicação inter-
na que a SECIL utiliza são:
Para além de um ambiente seguro, a
SECIL procura garantir a todos os seus • Secil Informação - revista periódica im-
colaboradores um acesso facilitado aos pressa;
serviços mais úteis, sobretudo nas unida- • Cimentar - newsletter distribuída no
des fabris mais afastadas das povoações grupo Cimentos Madeira, em formato
vizinhas, com destaque para o serviço de digital. Todos os números da newsletter
refeitório na fábrica do Outão, as salas de encontram-se divulgados no site do Gru-
refeições e equipamentos para conserva- po Cimentos Madeira (www.cimentosma-
ção e aquecimento de alimentos, a má- deira.com);
quina ATM e alojamentos no perímetro
• Secil Intranet onde são publicados
das fábricas.
documentos, fotografias e vídeos, assim
As Casas de Pessoal da Secil, Maceira e como o clipping e as Normas Internas.
Pataias dispõem de equipamentos para
os seus beneficiários, nomeadamente,
pavilhão gimnodesportivo, áreas de con- Acolhimento a novos colaboradores
vívio, salas de jogos, salões de festas, bi-
blioteca e piscina. O Grupo Cimentos Ma-
deira possui, nas suas instalações, uma A SECIL organiza um Programa de Acolhi-
sala de convívio onde os trabalhadores mento de acordo com as funções a de-
podem usufruir de alguns momentos de sempenhar por cada colaborador recém
lazer. -admitido. Este programa é composto por
módulos fixos e módulos desenhados de
acordo com as necessidades do futuro
colaborador. A Empresa, através deste
programa, pretende dar informação sufi-
ciente aos recém-chegados sobre Visão,
Missão e Valores do Grupo, bem como
03
o modelo de Governação, Desempenho ver a cultura interna da Empresa, baseada
Financeiro, Evolução Histórica e a iden- nos seus valores de referência.
tificação das atuais Áreas de Negócio a
Em 2015 a empresa promoveu os seguintes
nível nacional e internacional.
eventos principais:
• Apresentação de Resultados 2014 e Objeti-
Retenção de colaboradores vos 2015 em várias sessões destinadas aos
e absentismo colaboradores com responsabilidades de ges-
tão, que tiveram lugar no Auditório do Mude,
Museu do Design, em Abril;
Em termos globais, durante o ano de
• A Fábrica Maceira Liz comemorou o seu 92º
2015, registaram-se 80 saídas das quais
aniversário no dia 3 de Maio, com um progra-
3 por aposentação, 6 por mútuo acordo,
ma que promoveu o convívio entre trabalhado-
7 por iniciativa do empregado, 60 por ca-
res no ativo e reformados e no qual foram ga-
ducidade do contrato e 4 por outros mo-
lardoados os trabalhadores que completaram
tivos.
20, 35 e 40 anos de actividade profissional;
De realçar alguns indicadores relativos à
• A Fábrica Cibra Pataias comemorou o seu 69º
atividade Cimento (Secil e CMP):
aniversário dia 30 de Junho, com um programa
• 46,8 anos - idade média dos colabora- que incluiu uma missa, romagem ao Monumen-
dores; to do Fundador da Fábrica - Comendador Joa-
• 19,4 anos - antiguidade média na Em- quim Matias - e um almoço convívio nas insta-
presa; lações sócio-desportivas de Alva de Pataias;

• 1,62% - taxa de absentismo (excluindo • Realizaram-se os Encontros Secil+², pro-


as doenças prolongadas); grama de transformação organizacional da
Secil, através de um plano de operações de
• 1,05 - relação entre o salário mínimo médio prazo que potencie a Empresa para o
praticado por estas duas empresas e o atingimento de resultados mais robustos e a
salário mínimo a nível nacional. posicione mais solidamente no mercado. Nes-
te evento, os responsáveis da Secil alinharam
estratégias e valores e analisaram planos de
Eventos organizados pela Empresa ação concretos para o atingimento das metas
definidas;
A realização de eventos internos é uma • Pela primeira vez os trabalhadores de todas
forma muito eficaz e direta de transmitir as empresas do grupo comemoraram o Natal
informação, alinhar estratégias e promo- numa única festa, que decorreu no Antigo Han-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 181

03
gar da Fábrica Secil - Outão, por se come- • Organização, no âmbito da festa de
morar 85º aniversário desta instalação Natal, de uma iniciativa solidária, “Uma
fabril. Criança, Um Abraço”, que motivou mui-
tos filhos de colaboradores do Grupo a
Na Madeira saliente-se a celebração do
levarem um brinquedo, que se destinou
Natal, que este ano voltou a contar com a
a ser entregue a crianças carenciadas de
intervenção de um grupo de colaborado-
Setúbal e Leiria;
res, familiares e amigos na apresentação
de uma peça de teatro. Tal como em anos • Ainda no âmbito das festas de Natal,
anteriores, manteve-se a participação em oferta de bolos rei, como forma de dese-
celebrações como o São Martinho, o dia jar boas festas aos colaboradores;
de Reis e a Missa do Parto.
• Organização de diferentes eventos des-
As Casas de Pessoal da Secil e CMP de- portivos: futsal, pesca, tiro ao prato, ca-
sempenham um papel muito importante minhadas, corridas, zumba e BTT;
na organização e promoção de ativida-
• Celebração do 78º Aniversário da Casa
des desportivas e culturais para os seus
do Pessoal da Secil, com a realização
colaboradores. No ano de 2015 as três
de um cruzeiro para visualização de gol-
Casas de Pessoal tiveram um grande di-
finhos e de um almoço comemorativo
namismo, que se refletiu no elevado nú-
aberto aos colaboradores e seus familia-
mero de eventos organizados.
res;
De salientar algumas iniciativas que tive-
• ATL de Verão, aberto aos filhos dos co-
ram lugar em 2015:
laboradores, com um programa de ativi-
•Ida ao teatro, para assistir às peças dades diversificadas;
“Portugal à gargalhada” e “Commedia a la
• Festa de Verão no Clube Ferroviário,
carte”, onde participaram cerca de 180
em Lisboa, com transporte em tuk-tuk e
pessoas por cada espetáculo, das três
oferta de um cocktail;
Casas de Pessoal, entre colaboradores e
seus familiares; • Noite de fados com a participação de
quatro fadistas, incluindo oferta de jantar
• Participação, pelo quinto ano conse-
e ceia, no pavilhão da Casa de Pessoal da
cutivo, na organização da festa de Natal,
Secil, em Setúbal.
que decorreu no Teatro Politeama em Lis-
boa, com a realização de um teatro mu-
sical, extensivo a todas as Empresas do
Grupo Secil;
03
b) Formação Para tal, a SECIL dispõe de quatro Cen-
tros de Formação, instalados nas fábri-
cas de Cimento em Portugal.
A SECIL aposta no desenvolvimento das
Em 2015, foram realizadas 202 ações de
competências dos seus colaboradores.
formação, para 1 383 formandos o que
Esta aposta é estratégica e tem como
perfez um total de 5 235 horas de volume
objetivo elevar os seus níveis de desem-
de formação.
penho de forma a gerar valor. Este é um
contributo essencial para o desenvolvi- Das 202 ações de formação realizadas
mento sustentável da Empresa. 50 foram na área técnica, 130 na área
de segurança, 21 na área de gestão e 1
em línguas.

% de Acções de Formação de 2015 p/ Área de Formação

22,3%

2,5%

10,4%

SEGURANÇA
TÉCNICA GERAL
0,5% TÉCNICA ESPECÍFICA
GESTÃO

64,4% LÍNGUAS

Nº DE AÇÕES DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO


Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 183

03
Nº de Acções de Formação de 2015 p/ Área de Formação

45

21

SEGURANÇA
TÉCNICA GERAL
1 TÉCNICA ESPECÍFICA
GESTÃO

130 LÍNGUAS

CARACTERIZAÇÃO DO VOLUME DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO

Neste ano, relativamente à formação em te: (i) a alunos que pretendam realizar os
contexto de trabalho1 foi realizada uma seus projetos de investigação académica
ação na Secil Lisboa para um Colabo- na SECIL (bolsas de investigação), (ii) alu-
rador do Grupo Cimentos Madeira, nas nos que pretendam desenvolver um pro-
áreas Financeira, Contabilidade e Impos- grama/projeto de estágio no âmbito da
tos e Planeamento e Controlo de Gestão. realização de uma determinada forma-
Este tipo de formação permitiu, por um ção académica (estágios curriculares) e
lado, a aquisição de competências téc- (iii) alunos recém-formados (ensino supe-
nicas para o desempenho da função, as- rior, técnico-profissional ou equivalente),
sim como disseminar as melhores práti- que pretendam enriquecer a sua expe-
cas ao nível do Grupo. riência no mundo do trabalho (estágios
profissionais).
A política de Estágios SECIL2 visa por um
lado oferecer a estudantes, nacionais e
estrangeiros, a possibilidade de adquirir 1 A formação em contexto de trabalho consiste numa formação es-
experiência, em meio profissional, en- sencialmente prática. Tem lugar no posto de trabalho em foco, onde
a pessoa que ocupa determinada função e que detém os conheci-
quanto desenvolvem os seus projetos de mentos práticos irá, em tempo real, demonstrar a outrem, como exe-
cutar as atividades inerentes à mesma.
estágios curriculares ou profissionais. Es- 2 Estágios SECIL consiste em fomentar a relação entre o meio acadé-
tes estágios destinam-se, essencialmen- mico e profissional e destina-se a estudantes nacionais e estrangeiros.
03
Em 2015, o Grupo Secil, em colaboração Adicionalmente, o programa: “Primeiro
com diferentes Entidades de Ensino na- Contacto de Jovens com a Vida Profissio-
cionais, realizou: nal” destina-se a proporcionar a jovens,
filhos de trabalhadores do Grupo SECIL,
• 30 estágios curriculares com o objeti-
um primeiro contacto com a vida profis-
vo de proporcionar aos alunos a prosse-
sional. Em 2015, recebemos 9 jovens ao
cução da sua formação académica, bem
abrigo deste programa: 8 na CMP e 1 na
como facilitar a sua integração no merca-
SECIL.
do de trabalho;
Em 2015, o Grupo Cimentos Madeira de-
• 8 estágios profissionais para licenciados/
senvolveu 19 acções de formação, nas
mestres, dos quais 3 em parceria com o
quais participaram cerca de 14 colabora-
Instituto de Emprego e Formação Profis-
dores, representando um volume de 321
sional;
horas, distribuído pelas diferentes áreas
• 1 bolsa de Investigação no âmbito do conforme o gráfico seguinte.
Projeto Energreen.

Volume de Formação (horas)

Tec./Prod. 46% Administrativa 35%

Comercial 2%

RHUM 5%
Qualidade 12%

Nº DE AÇÕES DE FORMAÇÃO POR TIPOLOGIA DE FORMAÇÃO


Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 185

03
As horas de formação na área administra- Em 2015, foram recrutados 44 colabo-
tiva foram sobretudo de âmbito contabi- radores para as áreas de negócio em
lístico e financeiro e na área técnico-pro- Portugal e efetuadas 119 promoções/
dutiva com foco na reabilitação urbana, progressões.
no produto e nas instalações elétricas.
Durante o ano de 2015, teve início 1 nova
Houve ainda a participação de 6 colabo- expatriação e terminaram 4. O ano aca-
radores em 9 seminários essencialmente bou com um grupo de 12 colaboradores
relacionados com as áreas contabilística, a prestar serviço fora do território nacio-
administrativa e financeira. nal, conforme o gráfico abaixo indicado.

c) Carreira e mobilidade

A SECIL desenvolve a sua atividade em di-


ferentes pontos geográficos, quer no pla-
no nacional, quer no plano internacional.

Nº de Expatriados

3,5

3
3 3
2,5

2
2 2
1,5

1
1 1
0,5

O NÚMERO DE EXPATRIADOS
Angola

Moçambique
Tunísia

Líbano

Cabo Verde

Brasil
03
A Secil possui um Regulamento Interno, parte para o sucesso da sua atividade.
que estabelece regras para os colabora- Assim, atribui aos seus colaboradores
dores expatriados, com vista a adotar as e familiares um conjunto de benefícios
melhores práticas de mercado. sociais de onde se destacam o Plano de
Pensões e o Plano de Saúde.

d) Gestão de Desempenho
e Incentivos Pensões

Todas as áreas de negócio da SECIL a No sector do Cimento (Secil, CMP e Ci-


nível nacional têm implementado um Sis- mentos Madeira), os colaboradores bene-
tema de Avaliação de Desempenho. Em ficiam de complementos de pensões de
2015, o Sistema de Avaliação de Desem- reforma por velhice e invalidez, tal como
penho foi harmonizado para todos os co- os respetivos cônjuges, descendentes,
laboradores das várias áreas de negócio dependentes e equiparados beneficiam
da SECIL, em Portugal. Este sistema de de complementos de pensões de sobre-
avaliação tem como objetivo reconhecer, vivência.
premiar e distinguir os desempenhos de
alta performance em domínios Económi- No sector do Betão e Inertes (Unibetão,
co/Financeiros, Operacionais, Qualida- Britobetão, BetoMadeira e Secil Britas),
de/Segurança/Ambiente, entre outros. os colaboradores beneficiam de comple-
Adicionalmente, pretende também identifi- mentos de pensões de reforma por velhi-
car necessidades de formação e potenciais ce e invalidez.
promoções/progressões dos colaboradores. Atualmente, todas estas Empresas ofere-
Em função dos resultados obtidos pela cem o benefício de complemento de pen-
Empresa/Grupo e do resultado da Ava- sões sobre a forma de plano de pensões
liação de Desempenho de cada colabora- de contribuição definida.
dor, são atribuídos prémios individuais de No final do ano de 2015, os planos de
desempenho. pensões de Benefício Definido (PBD) e
Contribuição Definida (PCD) apresenta-
vam a seguinte distribuição entre partici-
e) Benefícios Sociais pantes e beneficiários.

A SECIL acredita que a satisfação dos


seus colaboradores contribui em grande
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 187

03
Sector Cimento Sector Betões

8%
34%

66% 92%

PCD PCD
PBD PBD

Sector Cimento Sector Betões

800 300
Nº PARTICIPANTES/BENEFICIÁRIOS

Nº PARTICIPANTES/BENEFICIÁRIOS

600
200

400
640 283
100
200 18
379
7

O 83 O
PBD PCD PBD PCD

REFORMADOS/PENSIONISTAS REFORMADOS/PENSIONISTAS
ATIVOS ATIVOS
03
Os Planos de Pensões são financiados de Contribuição Definida e (ii) manter su-
por um único Fundo de Pensões: o Fundo ficientemente financiadas as responsabili-
de Pensões do Grupo Secil. As Empresas dades assumidas com os Planos de Pen-
têm a responsabilidade de (i) efetuar con- sões de Benefício Definido.
tribuições mensais para os sub-fundos
O valor do Fundo de Pensões do Grupo Secil
(Dinâmico, Conservador e Ultra-conserva-
ascende a cerca de 38 milhões de euros,
dor) que financiam os Planos de Pensões
assim repartido pelos planos que financia:

Valor do Fundo de Pensões Perfil de Investimento do Plano


do Grupo Secil a 31.12.2105 de Pensões CD

9%
37% 31%

63% 60%

PLANO DE PENSÕES BD SUB-FUNDO CONSERVADOR


PLANO DE PENSÕES CD SUB-FUNDO DINÂMICO
SUB-FUNDO ULTRACONSERVADOR

Em 2015, o nível de financiamento dos Pla-


nos de Pensões de Benefício Definido da Se-
cil situava-se em 118%, o da CMP em 105%
e o da Unibetão em 123%.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 189

03
Saúde seu Plano de Saúde e/ou do seu agrega-
do familiar.

A Secil e a CMP atribuíram aos seus co-


laboradores e reformados um Plano de Outros benefícios sociais
Saúde extensível aos seus respetivos
agregados familiares. Este Plano encon-
tra-se harmonizado entre as empresas Para além dos mencionados, várias em-
do Grupo em Portugal. presas do Grupo atribuem outros bene-
fícios sociais, nomeadamente: (i) sub-
A Cimentos Madeira oferece o mesmo sídios de reforma e morte, aquando da
plano de saúde aos seus colaboradores saída do colaborador por reforma ou em
no ativo. caso de morte no ativo; (ii) seguro de aci-
As empresas do sector do Betão, a Secil dentes pessoais e/ou vida, protegendo
Britas, a Argibetão, a Secil Martingança os colaboradores em caso de morte e/
e a IRP atribuem o Plano de Saúde do ou invalidez permanente; (iii) seguros de
Grupo aos seus colaboradores no ativo. viagem, cobrindo quase todo o mundo,
No caso das empresas do sector do Be- para proteção dos colaboradores que se
tão, Secil Britas e Argibetão, o Plano de deslocam ao serviço das empresas; e (iv)
Saúde abrange o agregado familiar com prémios de antiguidade, que premeiam o
uma pequena comparticipação por parte tempo de serviço dos colaboradores.
do colaborador. Na Secil Martingança, o Em 2015, os benefícios sociais ofereci-
Plano de Saúde pode ser extensível ao dos pela SECIL aos seus colaboradores
agregado familiar, sendo o custo adicio- representam um passivo consolidado de
nal suportado pelo colaborador. aproximadamente 3 milhões de Euros e
O benefício de saúde para todas as em- correspondem a um custo de cerca de 1
presas acima mencionadas é financiado milhão de Euros, ou seja 1,4% dos custos
por um seguro de saúde em sistema de com pessoal.
rede convencionada e reembolso.
De forma a melhor ajustar o Plano de
Saúde às necessidades de cada pessoa,
a Secil negociou UpGrades ao seguro de
saúde, permitindo que mediante um cus-
to adicional a suportar pelo colaborador
ou reformado, estes tenham a possibili-
dade de aumentar os capitais anuais do
Operações
internacionais
03
a) Ambiente de trabalho Em 2015, registou-se um decréscimo, em
termos absolutos, do número de aciden-
tes totais com e sem dias de trabalho per-
Brasil didos. Contudo o número de acidentes
com dias de trabalho perdidos aumentou
em 81,25%, com impacto nas taxas de
As empresas do grupo que operam no frequência, conforme se mostra nos grá-
Brasil (“Grupo Supremo”) têm desenvol- ficos seguintes:
vido um plano de ação com vista à adap-
tação e implementação das diretivas de
segurança existente no Grupo Secil, com
destaque para as seguintes práticas:
• Boas Práticas de Segurança da CSI
(Cement Sustainability Initiative);
• Identificação sistemática de riscos,
análise e o seu controlo ao longo de to-
das as tarefas executadas nas instala-
ções sob responsabilidade da Supremo;
• Auditorias e inspeções de segurança
planeadas e documentadas, aliadas à
execução de planos de ações de imple-
mentação de medidas corretivas e pre-
ventivas;
• Simulações de situações de emergência;
• Investigação e comunicação de todos
os incidentes (acidentes de trabalho,
quase acidentes e situações perigosas
detetadas).
A Segurança e Saúde do Trabalho legal
tem sido realizada principalmente no to-
cante às monitorizações do ambiente de
trabalho, nomeadamente, ruído, vibra-
ções, iluminação, e qualidade do ar.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 191

Número de Acidentes

35

30
33
29 03
25
22
20 18
15 16
15 14 12
11
10 9
5
5 3
3 2
O
0 0
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

ACIDENTES COM AFASTAMENTO - CAF


ACIDENTES SEM AFASTAMENTO - SAF
FATALIDADES

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ACIDENTES COM E SEM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS E FATALIDADES (2014-2015).

Número de Acidentes com Dias Perdidos

35

29
30

25

20
16
15 14 12
10 9
5
5 3
2
O
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

ACIDENTES COM AFASTAMENTO - CAF


ACIDENTES SEM AFASTAMENTO - SAF
FATALIDADES

EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE ACIDENTES COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS E FATALIDADES (2014-2015)


03
Taxa de Frequência Total (Acidentes com Afastamento e sem Afastamento)

50 49,3

40

30 28,9

20
15,6
12,9
10,5 9,9
10 7,9
6,6

O
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

EVOLUÇÃO DA TAXA DE FREQUENCIA TOTAL COM E SEM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2014-2015).

Taxa de Frequência com Afastamento

25
21,9
20

15

9,9 9,7
10 9,0
6,5 6,6
5 4,2
3,1

O
2014 2015 2014 2015 2014 2015 2014 2015
ADRIANÓPOLIS POMERODE CONCRETO TOTAL

EVOLUÇÃO DA TAXA DE FREQUENCIA COM DIAS DE TRABALHO PERDIDOS (2014-2015).


Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 193

03
Em 2015 não se verificaram fatalidades
no trabalho com colaboradores diretos,
prestadores de serviços ou visitantes.

Comunicação interna

A comunicação interna é fundamental


para aproximar todos os colaboradores.
Os principais veículos de comunicação
utilizados são:
• O Jornal editado com uma periodici-
dade bimensal produzido por um comitê
editorial composto com representantes
de todas as fábricas, centrais de betão e
centros de distribuição.
03
•Campanhas internas são realizadas
mensalmente sempre sobre um tema di-
ferente, para comunicar algo institucional
e para mobilizar e sensibilizar as nossas
pessoas, melhorando o clima organiza-
cional.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 195

03
Acolhimento/integração de novos Em destaque, o processo seletivo reali-
colaboradores zado para a contratação de profissionais
para Adrianópolis/PR alcançou o objetivo
A integração novos colaboradores se-
a que se propôs, que foi cumprir o crono-
gue um programa que visa transmitir
grama, conforme o planeado, com a con-
um conjunto de deveres e obrigações,
tratação de bons e experientes profissio-
bem como o histórico da empresa, o seu
nais. O grande desafio está em conseguir
meio ambiente e medidas de segurança
que os nossos colaboradores tenham
no trabalho. Neste programa também se
condições para criar vínculos com a ci-
transmitem conceitos que passam pela
dade de Adrianópolis, no Paraná, o que
identidade organizacional (Visão, Missão
nem sempre será fácil porque atualmen-
e Valores) e o modelo de governo. Esta
te ainda existem poucas opções de lazer
forma de integração é comum a todos,
e de comércio devido ao seu tamanho e
porém, de acordo com a natureza do car-
localização.
go, o conteúdo poderá ser mais específico.

Eventos organizados pela Empresa


Retenção de colaboradores

No dia 17 de Dezembro de 2015, regis-


O cenário económico e financeiro atual
tou-se a inauguração oficial da nossa uni-
do Brasil desincentiva as pessoas a troca-
dade fabril de Adrianópolis/PR no estado
rem de emprego e tem contribuído para
do Paraná. Compareceram cerca de 200
um baixo turnover, principalmente nas
convidados, entre autoridades públicas,
nossas unidades fabris de Pomerode/SC
executivos da Semapa, Secil e Supremo,
e de Adrianópolis/PR. O maior turnover
clientes, fornecedores e comunidade. O
regista-se nas nossas Centrais de Betão,
evento foi um marco, para esta que é a
justificada pela natureza do negócio, per-
cimenteira mais moderna do Brasil.
fil dos profissionais e também pela carac-
terística da região onde atuamos. Tem
sido feito um esforço de implementar
determinadas medidas com o objetivo de
contrariar estes números, o objetivo é re-
ter as suas pessoas através de processos
de seleção rigorosos que visam recrutar a
“pessoa certa para o lugar certo” e desta
forma reduzir os problemas de turnover.
03
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 197

03
As empresas sediadas no Brasil possuem • Aniversário das fábricas de Adrianópo-
algumas datas importantes que são cele- lis/PR e de Pomerode/SC;
bradas com todos os colaboradores que
• Campanhas de Segurança e Saúde
visam trazer o que acontece no quotidia-
Ocupacional;
no para dentro da organização, uma vez
que esta faz parte da sociedade e da co- • Páscoa;
munidade. As datas que são normalmen- • Dia Internacional da Mulher;
te festejadas são:
• Dia dos Pais;
• Aniversariante do mês;
• Dia das Mães.
• Dia do Trabalho;
• Natal;

 
03
Líbano país. Além destes dois ataques terroris-
tas contra turistas, ocorreram durante
Na Ciment Sibline, os procedimentos e
todo o ano de 2015 vários ataques contra
políticas de segurança seguem as nor-
forças policiais e militares. Estes aconte-
mas do Grupo. No âmbito do programa
cimentos tiveram como consequência
de acolhimento de novos colaboradores,
uma destabilização económica, tendo-se
é feita uma sensibilização relativa à se-
verificado um crescimento anémico de
gurança.
0,8% e o aumento do défice. Com este
A Empresa assegura transporte a todos enquadramento, o clima de instabilidade
os colaboradores. sentiu-se também nas empresas através de
A comunicação é assegurada essencial- crescentes reivindicações na área laboral.
mente através de painéis e do envio de A empresa mantém a sua aposta numa
e-mails aos colaboradores. política de combate ao absentismo e aos
acidentes de trabalho pela via da for-
mação contínua aos trabalhadores, de
Cabo Verde modo a enquadrar as taxas de gravidade
As empresas do grupo sediadas em Cabo e de frequência de acidentes de trabalho
Verde fomentam a segurança no trabalho dentro dos objetivos estabelecidos pelo
através de campanhas de informação e Grupo.
também pela atribuição de um prémio No âmbito do desenvolvimento técnico e
pecuniário, distribuído em função dos ob- de difusão da cultura do nosso Grupo, vá-
jetivos atingidos na área da segurança. rios técnicos Portugueses têm trabalha-
As empresas garantem aos seus colabo- do em conjunto com os técnicos da SCG
radores um serviço de refeitório e trans- em Gabès.
porte.

Angola
Tunísia Na Secil Lobito implementaram-se várias
O ano de 2015 ficou marcado por ata- ações com vista ao melhoramento das
ques terroristas contra alvos civis que vi- condições de trabalho, das quais se des-
saram especialmente turistas estrangei- tacam: (i) pavimentação do Edifício admi-
ros. Após estes acontecimentos, toda a nistrativo; (ii) instalação de equipamento
importante atividade turística da Tunísia de ar condicionado em vários gabinetes;
ficou paralisada tendo originado o fecho (iii) melhorias no filtro de despoeiramen-
de várias dezenas de hotéis por todo o to da instalação de enchimento de Big
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 199

03
Bags, que reduziu substancialmente a • Programas de responsabilidade am-
emissão de poeiras na zona e (iv) aquisi- biental desenvolvidos pela empresa e
ção de uma minicarregadora para apoio dirigidos aos novos colaboradores (42
à limpeza fabril. horas de formação);
• Formação especial para operadores
de painel sobre emissões de NOX e suas
b) Formação
consequências, bem como, o conheci-
mento da legislação aplicável e seguida
Brasil pelo estado do Paraná;

Em 2015 foram realizadas mais de 9300 • Treino específico desenvolvido para os


horas de formação, em diversas áreas, motoristas que efetuam o transporte de
com ênfase em Segurança do Trabalho, calcário entre a fábrica e a mina. Este
Meio Ambiente, Formação Técnica e Ope- treino visa desenvolver alguns conhe-
racional e participação em Seminários. cimentos a nível ambiental e regras de
De salientar ações de formação, relacio- circulação que têm como principal foco o
nadas com o ambiente: contacto com a comunidade local.
03

Tunísia Líbano
A SCG tem como objetivo principal nesta A Ciments de Sibline oferece formação
área a valorização profissional e a trans- aos seus colaboradores em áreas técni-
missão de um modo assertivo dos valo- cas, de gestão e administrativa, manu-
res da segurança no trabalho. Em 2015, tenção, tecnologias de informação e lín-
a formação desenvolveu-se na área da guas. Em 2015, participaram em ações
segurança, não só dos trabalhadores da de formação 192 colaboradores, num
S.C.G. mas também com trabalhadores total de 2 595 horas.
externos.
Neste ano, realizaram-se 4 797 horas de
Cabo Verde
formação o que corresponde a 16,83 h /
trabalhador. Ainda que a oferta local seja reduzida, foi
ministrada formação na área da fiscalidade.
Na área da segurança no trabalho foram
realizadas 1 956 horas de formação.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 201

03
Angola
A Secil Lobito registou 619 horas de for-
mação, essencialmente dirigidas às che-
fias diretivas dos vários sectores.

c) Carreira e mobilidade De realçar o apoio de colaboradores de dife-


rentes áreas da Secil / Centro Técnico e da
unidade fabril de Pomerode/SC. De Portu-
Brasil gal, recebemos 10 profissionais que ajuda-
ram a cumprir o cronograma estabelecido
A prioridade em 2015 foi o startup da
pela Administração. Atualmente, trabalham
nova fábrica de Adrianópolis/PR. Com
a full time 2 colegas Portugueses nas uni-
isso, todo o esforço foi direcionado para a
dades fabris situadas no Brasil. Para o êxito
contratação de profissionais com as qua-
da nova unidade fabril de Adrianópolis/PR
lificações necessárias e dentro do prazo
saliente-se também a contribuição efetiva
pretendido.
de aproximadamente 12 colaboradores do
corporativo da Supremo.
03
A pouca mobilidade deve-se ao facto da Adicionalmente, este sistema pretende
Supremo ser uma empresa muito jovem, também identificar necessidades de for-
que procura consolidar o seu quadro de mação e potenciais promoções/progres-
pessoal em cada uma das Empresas. sões dos colaboradores.

Tunísia e) Benefícios sociais


A SCG tem a preocupação da renovação
do seu quadro de pessoal, proporcionan-
Brasil
do após o recrutamento uma integração
e formação adequada. Para além disso, As empresas sediadas no Brasil dispo-
é promovido também o recrutamento nibilizam aos seus colaboradores, côn-
interno. Em 2015, foram recrutados 40 juges e filhos até 24 anos, um Plano de
trabalhadores. Saúde que prevê a comparticipação de
20% em consultas e exames. Em caso
de internamento, não existe custo algum
Angola para os colaboradores e seus dependen-
tes. Este plano é financiado por Seguros
A Secil Lobito iniciou, em 2015, a elabo-
de Saúde.
ração de um regulamento que pretende
implementar um conjunto de procedi- A Supremo oferece aos seus colaborado-
mentos que visam, entre outras medidas, res, sem nenhum custo, um Seguro de
regulamentar as carreiras profissionais Vida com as coberturas de morte natural
existentes na empresa. ou acidental, assistência funeral e invali-
dez total e parcial.

d) Gestão de desempenho
Tunísia
e incentivos
Durante o ano, a SCG atribuiu aos seus
colaboradores vários subsídios e facilida-
Brasil des de crédito pessoal para construção
No final de 2015 iniciou-se a implemen- e recuperação de habitação. A Empresa
tação do Sistema de Gestão e Avaliação concede aos seus colaboradores um se-
de Desempenho adotado pelo Grupo, guro de acidentes pessoais e um plano
contudo as avaliações efetivas só terão o de ajuda na assistência à doença, exten-
seu início em 2016. sível aos familiares.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 203

03
Para além destes benefícios, os filhos dos Líbano
colaboradores podem usufruir de benefí-
A Ciments de Sibline atribui aos seus
cios atribuídos pela empresa, tal como:
colaboradores benefícios no plano da
• Comparticipação pecuniária para aqui- saúde, educação e outros. O plano de
sição de material escolar; saúde cobre colaboradores e familiares
• Incentivo pecuniário aos filhos dos co- num total de 1 522 pessoas. Para além
laboradores que se distinguiram com me- disso, podem contar com a assistência
lhores notas escolares; médica prestada por dois médicos e uma
enfermeira nas instalações da própria Em-
• Frequência da colónia de férias até aos presa.
14 anos.
Ao nível da educação, são atribuídas
A Sud-Béton atribui também aos seus co- anualmente bolsas de estudo aos filhos
laboradores vários benefícios sociais e re- dos colaboradores da Ciments de Sibline.
ligiosos no período da Aid Kébir e Aid Sghir. O valor do benefício é estipulado em fun-
Todos os trabalhadores estão cobertos por ção do nível de ensino e, no ano 2015, as
um plano de saúde e beneficiam de um bolsas escolares pagas totalizaram 649
desconto de 20% na compra de betão. Os milhões de libras libanesas, conforme o
filhos dos trabalhadores em idade escolar quadro seguinte:
beneficiam de um apoio anual.

BOLSAS ESCOLARES 2015 (Libras Libanesas)

SETOR NÍVEL VALOR

Setor Privado Universitário 142 662,015


Elementar 243 252,500
Técnico 14 495,000
Outros níveis 176 562,500

Setor Privado Universitário 33 190,000


Elementar 7 51,250
Técnico 15 130,000
Outros níveis 16 862,500

TOTAL 649 165,765


03
A Empresa dispõe de uma Cooperativa cias, situadas na cidade do Lobito, de
sem fins lucrativos que é gerida pelos forma que todos os colaboradores e res-
próprios trabalhadores e comercializa petivo agregado familiar beneficiem de
bens alimentares. Os colaboradores têm cuidados de saúde a custo zero.
acesso à Cooperativa e recebem uma
contribuição anual de 800 mil libras liba-
nesas para despesas.
Os colaboradores no Líbano beneficiam
ainda de facilidades financeiras, quer na
aquisição de cimento, quer na obtenção
de financiamentos:
• Aquisição de cimento até 40t/ano com
desconto de 3 USD sobre o preço de venda;
• Financiamento até 3 milhões de libras
libanesas, sem juros e reembolsável a 12
meses.
Na Ciments de Sibline, a relação entre o
salário mínimo praticado pela Empresa e
o salário mínimo local representa um rá-
cio de 1,4.

Angola
Os colaboradores da Secil Lobito e respe-
tivo agregado familiar beneficiam dos cui-
dados de saúde prestados por dois mé-
dicos e três enfermeiros nas instalações
da empresa, sendo que um dos médicos
tem a especialidade de Pediatria. Esta
iniciativa teve inicio há seis anos e permi-
tiu reduzir drasticamente a mortalidade
infantil entre os filhos dos colaboradores.
A Empresa tem protocolos de assistência
médica com duas clínicas e duas farmá-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 205

O Grupo Secil
e a Comunidade Exterior
1. PORTUGAL 03
a) Educação, Ciência e Tecnologia “Reabilitação Urbana, Desafios e Oportu-
nidades”, organizada pela Secção Regio-
nal da Madeira da Ordem dos Engenhei-
Prémios Secil de Arquitetura ros, Delegação da Madeira da Ordem
e de Engenharia Civil e Prémio Secil dos Arquitetos e ASSICOM (Associação
Universidades da Indústria e Associação da Construção
da RAM). Estas Empresas do Grupo tam-
bém organizaram uma sessão técnica: “A
O Prémio Secil visa promover e incentivar Reabilitação das Construções, Desempe-
os autores de obras que incorporam os nho e Durabilidade que teve uma adesão
produtos que resultam da atividade da significativa de técnicos de engenharia e
Secil. arquitetura e contou com o apoio institu-
Os Prémios Secil têm uma periodicidade cional da Câmara Municipal do Funchal,
bienal em anos pares, alternadamente da Ordem dos Engenheiros e da Ordem
para Arquitetura e Secil Engenharia. O dos Arquitetos. Para além destas iniciati-
Prémio Secil Universidades, atribuído a vas, a secção da Madeira da Ordem dos
estudantes de Arquitetura e Engenharia Engenheiros promoveu uma visita técni-
Civil, tem uma periodicidade anual. ca às instalações fabris e laboratoriais da
Cimentos Madeira.

A Secil e a comunidade científica


Protocolos com instituições
de ensino
A Secil procura de uma forma ativa
apoiar a comunidade científica através Para apoiar as actividades de recruta-
da promoção de eventos e patrocínios de mento e de Investigação e Desenvol-
iniciativas que contribuam para a difusão vimento do Grupo, a Secil tem vindo a
do conhecimento e inovação. estreitar o seu relacionamento com ins-
A Secil patrocinou a edição da monogra- tituições de ensino superior especializa-
fia “Cassiano Branco - Vida e obra” da das nas áreas de Engenharia Civil, Quími-
autoria do Prof. Arq. Paulo Tormenta Pin- ca e dos Materiais, estabelecendo bases
to, publicada pela Editora Caleidoscópio, de colaboração académica, científica e
especializiada em Arquitetura. tecnológica. A Secil colabora em vários
projetos educativos, nomeadamente, as
A Cimentos Madeira e a Secil Martin- visitas às Fábrias Secil Outão e Maceira
gança patrocinaram a conferência sobre Liz (“Dias de Portas Abertas”) organiza-
03
das geralmente para grupos de estudan- mação de um aluno da Escola Básica e
tes ou profissionais, o apoio à Eco-Escola Secundária de Machico, com duração de
D. Manuel Martins e integrando os conse- 420h.
lhos gerais dos Agrupamentos de Escolas
de Azeitão, Lima de Freitas e de Bocage
de Setúbal, a atribuição de uma bolsa a Cultura e desporto
um estudante do Curso de Estudos Avan-
çados em Arquitectura Digital realizado
pelo ISCTE-IUL e a FAUP. A SECIL assumiu o compromisso do de-
senvolvimento sustentável das atividades
A Fábrica Secil-Outão organizou, como culturais, desportivas e de inclusão social
habitualmente, a sua iniciativa “Portas das localidades onde desenvolve a sua
Abertas”, em 2 dias, acolhendo 24 pessoas. atividade, no seguimento da política de
O Laboratório da Cimentos Madeira responsabilidade social do Grupo. Mais
(“LCM”) mantém a sua colaboração com de 80 Associações do distrito de Setúbal
a Universidade da Madeira, Laboratório recebem fundos para apoiar as suas ati-
Regional de Engenharia Civil e Instituto vidades, conforme se representa grafica-
Profissional de Transportes e Logística mente.
(“IPTL”). Em 2015, apoiou um estágio
curricular na área de sistemas de infor-

26%

49%

25%
ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS
INCLUSÃO SOCIAL
CULTURAIS
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 207

03
Apoiou ainda outras iniciativas de onde nho Luiz Saldanha, (iv) a dinamização
se destacam: das Comissões Ambientais de Setúbal
e Maceira e v) o apoio ao Clube da Arrá-
• As comemorações do Dia do Mar, que
bida na recuperação ambiental da Praia
tiveram lugar em Setúbal, o que envolveu
do Creiro, junto ao Portinho da Arrábida,
a Marinha Portuguesa, a Câmara Munici-
através da reposição do areal arrastado
pal de Setúbal e a APSS - Administração
pelo mar durante o inverno, o que voltou
dos Portos de Setúbal e Sesimbra;
a permitir a realização de atividades des-
• A renovação pelo décimo segundo ano portivas de praia naquele local.
consecutivo, do patrocínio ao Concurso
A SECIL possui um Museu nas instala-
literário Bocage, promovido pela LASA -
ções da Fábrica Maceira-Liz, criado em
Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão;
22 de Abril de 1991, e remodelado em
• Festival de Música de Leiria. Maio de 2011, designado por Museu do
A Secil desenvolve, desde 2006, acções Cimento da Fábrica Maceira-Liz.
de sensibilização ambiental, com desta- Este Museu documenta a longa história
que para: (i) o apoio ao Congresso Inter- desta fábrica e, através de um circuito
nacional OIKOS Ambiente, (iii) protocolo, museológico em contraponto com a fá-
pelo 5º ano consecutivo, de colaboração brica moderna em laboração, obteve o
e financiamento plurianual estabelecido estatuto de “museu de sítio” e integra o
entre a Secil, o ICNF - Instituto de Con- Roteiro Geológico e Mineiro de Portugal.
servação da Natureza e Florestas, o ISPA
Em 2015, o Museu recebeu cerca de 900
- Instituto Superior de Psicologia Aplicada
visitantes, como se mostra no quadro se-
e a Universidade do Algarve em matéria
guinte:
de estudo e protecção do Parque Mari-

VISITAS MUSEU 2015

Pré-escolar 45
1º ao 12º 561
Superior 60
Outros 233

TOTAL 899
03
No âmbito do Centro de Documentação dos Amigos do Parque Ecológico do Fun-
e Informação do Museu, foi desenvolvido, chal e a AREAM - Agência Regional de
ao longo do ano de 2015, um extenso tra- Energia e Ambiente da Madeira.
balho de inventariação e catalogação de
arquivos e espólio documental existente
na fábrica, com vista à sua valorização e c) Solidariedade social
futura divulgação, no âmbito da História e
Arqueologia Industrial.
A SECIL através da sua influência nas zo-
No plano do Desporto, a Secil apoiou nas onde desenvolve as suas operações
diversas coletividades e iniciativas, no- contribui de forma significativa no apoio a
meadamente a corrida a Palmela Rune, entidades de Inclusão Social.
o Concurso Internacional de Hipismo de
Lisboa. Em 2015, a Secil apoiou através do for-
necimento de cimento várias instituições,
O Grupo Cimentos Madeira apoia as ativi- nomeadamente, o Vitória Futebol Clube,
dades culturais e desportivas da região, a Comissão da Nossa Senhora do Rosário
de onde se destacaram os seguintes de Troia, o Estabelecimento Prisional de
apoios: Leiria, o Agrupamento Vertical de Esco-
• XV grande prémio de Atletismo da Ma- las Luisa Todi, entre outros.
deira no âmbito do aniversário dos Bom- Na época balnear, a Fábrica Secil - Outão
beiros Municipais do Funchal; disponibilizou um parque de estaciona-
• Torneio de Golfe realizado no campo do mento com segurança, no antigo hangar
Santo da Serra, ilha da Madeira, integra- de carvão. O parque foi utilizado durante
do no Campeonato Nacional de Golf Por- 80 dias por cerca de 32 700 pessoas e
tugal 2015; 13 500 viaturas. Esta iniciativa granjeia
crescente popularidade entre a popula-
• “Reid’s Auto Classic Show”, exposição
ção setubalense, por constituir a única al-
de veículos motorizados;
ternativa significativa de estacionamento
• Edição do livro “o Primeiro Automóvel para acesso à zona balnear da Praia da
na Madeira” com a aquisição de alguns Figueirinha.
exemplares.
Em 2015, a Secil prosseguiu a estratégia
O Grupo Cimentos Madeira mantém o seu de redução considerável das ofertas de
estatuto de sócio em associações regio- Natal, tendo utilizado os fundos normal-
nais que desenvolvem ações de carácter mente destinados à sua aquisição, para
ambiental, nomeadamente a Associação apoiar entidades de solidariedade social.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 209

03
Em 2015, a Secil apoiou o projeto da Cimentos Madeira, que culminou com a
Fundação do Gil com o IPO, relacionado entrega de um lanche a cada criança;
com o apoio domiciliário a crianças com
• Capela de Nossa Senhora da Vitória
necessidades especiais de assistência e
com apoio à festa anual da padroeira.
a Comunidade Vida e Paz, num programa
Trata-se de um templo adjacente aos ter-
de apoio a famílias carenciadas.
renos da Cimentos Madeira nos Socorri-
A Secil é membro desde 2010 da Associa- dos;
ção GRACE - Grupo de Reflexão e Apoio à
• Bombeiros Voluntários Madeirenses;
Cidadania Empresarial - que procura de-
senvolver ações de colaboração entre as • Liga Portuguesa Contra o Cancro.
comunidades locais e organizações de
solidariedade social. No âmbito desta co-
laboração, a Secil integra desde 2011 o
Conselho Fiscal da associação e este ano
participou como oradora na conferência
Compromisso Crescimento Verde.
Ao nível institucional, a Secil apoiou ain-
da a Secção Regional Norte da Ordem
dos Arquitetos, através do Mecenato
plurianual da programação cultural do
novo edifício sede, designado Norte 41º.
O Grupo Cimentos Madeira apoia diver-
sas instituições, de onde se destaca:
• Delegação Regional da Associação Por-
tuguesa das Pessoas com Necessidades
Especiais - Associação sem Limites atra-
vés de um donativo de cimento para me-
lhoramento da rampa de acesso às suas
instalações;
• Paróquia de Santa Rita através do
apoio à festa de Natal das crianças com
a encenação de um Auto de Natal e de
uma peça teatral, ambos organizados e
realizados por colaboradores do Grupo
03 2. Operações internacionais
a) Educação, Ciência e Tecnologia

Brasil
O Grupo Supremo realizou uma confe- com a participação do Prof. Doutor José
rência sobre Psicologia Ambiental e Per- Manuel Palma, consultor ambiental da
ceção de Risco, dirigida aos Professores Secil. Esta palestra teve como foco a
e Diretores das escolas de Adrianópolis, sensibilização dos participantes para as
questões relacionadas com o ambiente.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 211

03
Na semana do dia 08/06 a 12/06 de gerados e como é importante a separa-
2015, realizou-se uma ação chamada de ção correta dos mesmos.
SIPATMA (Semana Interna de Prevenção
de Acidentes do Trabalho e Meio Ambien-
te) onde se desenvolveram campanhas
relacionadas com a Segurança do Traba-
lho e Meio Ambiente:
• Blitz Ambiental: Atividade desenvolvida
com perguntas e respostas envolvendo
temas ambientais, com o apoio do Grupo
de Escuteiros do Paranaí de Adrianópolis
durante toda a semana. Os escuteiros
visitaram o local de trabalho dos funcio-
nários para desenvolverem atividades
relativas à aprendizagem sobre o meio
ambiente de uma forma descontraída.

• Oficina de modelagem de peças ce-


râmicas: A Empresa que desenvolveu
o estudo de Arqueologia da Fábrica de
Adrianópolis desenvolveu atividades com
• Palestra sobre a Gestão de Resíduos os colaboradores da Supremo que englo-
realizada pela empresa HMS. Esta em- baram a apresentação do Património Ar-
presa é responsável pela recolha e trans- queológico de Adrianópolis e uma oficina
porte dos resíduos gerados na Fábrica de de modelagem de peças cerâmicas, mos-
Adrianópolis. A palestra teve como obje- trando aos colaboradores um pouco da
tivo sensibilizar os colaboradores para a história arqueológica da região do Vale
forma como é feita a gestão dos resíduos da Ribeira.
03

• Concurso de desenho para filhos de co- premo Adrianópolis com o meio ambiente
laboradores: O desenho deveria ser feito e a comunidade. São exemplo disso:
abrangendo ações positivas relacionadas
• Reunião com a comunidade que con-
com o Meio Ambiente e Segurança. Os
siste em reuniões mensais abertas. Esta
desenhos ficaram expostos e receberam
atividade desenvolvida pela empresa nas
votos. A criança que recebeu mais votos
áreas socio-ambientais tem como intuito
teve como prémio uma bicicleta.
apresentar as atividades desenvolvidas
• Foram 5 dias de atividades envolvendo no âmbito da minimização dos impactos
as duas áreas que totalizaram 10 horas causados pela construção do empreendi-
de atividades voltadas para o meio am- mento no município de Adrianópolis. Em
biente. 2015, foram realizadas 7 reuniões que
totalizaram 14 horas.
As empresas que operam no Brasil têm
desenvolvido ações que visam minimizar
os impactos das atividades fabris da Su-
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 213

03

•CAA - A Comissão de Acompanhamento


Ambiental é um fórum de análise e dis-
cussão sobre os impactos das atividades
fabris da Supremo Adrianópolis no meio
ambiente e na comunidade. Os objetivos
deste fórum são manter as estruturas da
sociedade civil perto das ações da empre-
sa e trocar impressões e perceções que
contribuam para uma melhoria efetiva do
desempenho ambiental. As reuniões são
realizadas a cada 3 meses e possuem
membros da comunidade de Adrianópolis
e Ribeira. Em 2015, foram realizadas 2
reuniões, totalizando 5 horas.
03
Tunísia Líbano
A Société des Ciments de Gabès desen- A Ciments de Sibline aceita pedidos de
volve várias iniciativas em estreita cola- visita por parte de estabelecimentos de
boração com escolas e universidades de ensino. Em 2015, recebeu alunos oriun-
Gabès tendo em 2015 dado os seguintes dos dos seguintes estabelecimentos:
apoios aos alunos na realização dos se-
• Rafik Hariri University (RHU)
guintes estágios:
• Lebanese University
•24 Estágios de inverno em colaboração
com ISET - Instituto Superior de Estudos • American University of Beirut (AUB)
Tecnológicos; • Saida Technical Institute
•51 Estágios de verão em colaboração A Empresa promove cursos de formação
com as escolas e institutos superiores de com períodos máximos de 3 meses para
Gabès, Sfax, Sousse e Tunis; recém licenciados. Em 2015, frequenta-
•70 Estágios de fim de curso em colabo- ram este curso 19 pessoas.
ração com escolas de ensino superior de
Engenharia.
Angola
A SCG tem uma estreita ligação com a Es-
cola Nacional de Engenheiros de Gabès, A Secil Lobito estabeleceu protocolos com
que já elaborou vários trabalhos de pes- escolas do ensino médio, através dos
quisa no domínio do cimento. quais os alunos realizaram estágios pro-
fissionais nas instalações da Secil Lobito,
em diversas áreas profissionais. Durante
2015, a Empresa recebeu 15 formandos.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 215

03
b) Cultura e desporto Angola
A Secil Lobito patrocinou algumas inicia-
tivas de carácter cultural e desportivo,
Tunísia
nomeadamente a UNAC-União Nacional
A SCG patrocina várias associações dos Artistas e Compositores Angolanos;
culturais, recreativas e desportivas locais, a Festa de Carnaval que tem uma forte
direta, e indiretamente, através do fundo tradição no Município do Lobito e no qual
colocado à disposição do Governador de participa, com o patrocínio direto ao gru-
Gabès. Além deste fundo monetário, a po do Bairro do Golfe, a Rádio Lobito e
SCG atribui anualmente até 500 tonela- as festividades comemorativas dos 102
das de cimento para apoio das diversas Anos da Cidade do Lobito.
entidades municipais, culturais e religiosas.
Recentemente, um grupo de trabalhado-
res criou o Grupo Desportivo Secil Lobito
que conta já com inúmeras actividades e
Líbano
é apoiado financeiramente pela Empresa.
A Ciments de Sibline efetuou vários pa-
trocínios a associações culturais e des-
portivas, nomeadamente:
• Kamal Joumblatt Cultural Center - Sibline
• Sports Club Dalhoun
• Biblioteca Nacional em Baakline
• Festival de Arte em Beitedine
03
c) Solidariedade social

Brasil
Nesta área, as empresas do Brasil parti-
ciparam no programa “Páscoa Solidária
2015” que consistiu na entrega de cai-
xas de chocolates a alunos das escolas
de Adrianópolis e Ribeira. A atividade de-
senvolveu-se durante 1 semana e foram
distribuídas 2 000 caixas de chocolates.
Relatório do Conselho de Administração 2015 · RELATÓRIO DE RESPONSABILIDADE SOCIAL · 217

03
03
Líbano Cabo Verde
A Ciments de Sibline apoia a comunida- Em Cabo Verde promove-se o relacio-
de local através de várias iniciativas, com namento e a inclusão social com as co-
principal destaque para o apoio social, a munidades locais através de apoios de
doação aos municípios e o patrocínio a atividades importantes nas áreas da
instituições religiosas, nomeadamente: educação, da cultura e da religião. Estes
apoios podem ser feitos através de doa-
• Associação Aley Traders
ções pecuniárias, materiais ou mesmo a
• Convento St. Georges disponibilização de meios. Um exemplo
• Escuteiros Islâmicos Al Risalah deste apoio é a empresa ICV - Inertes
Cabo Verde - ser a “madrinha” de Aldeias
• Associação de Caridade Al Wafaa SOS, uma instituição que apoia crianças
• Instituto Libanês para os cegos órfãs e abandonadas, contribuindo com
um donativo mensal de 1 500 ECV.
• Fundação W. Joumblat para os Estudos
Universitários Em 2015, receberam apoio diversas insti-
tuições, tal como o Jardim Infantil de João
• Fundação Druze para o Bem Estar Social Varela, a Paróquia do Santíssimo Nome
• Igreja de Santo António - Rmeileh de Jesus e a a Associação “Os Varelen-
ses”.

Angola
A Secil Lobito apoia várias instituições
tais como, a Administração Municipal do
Lobito, Escolas, Organizações Religiosas
e Hospitais. Destaca-se: a construção da
Igreja do Bairro do Golf; a construção da
Igreja Tocoísta do Alto Liro; e os melho-
ramentos efetuados na Escola de Ensino
Primário do Bairro do Liro.
ORGANIGRAMA
PORTUGAL
CONTINENTE MADEIRA

CIMENTOS Secil Cimentos Madeira


CMP (100%) (57,14%)

BETÕES E INERTES Uniconcreto (100%) Betomadeira (57,14%)


Unibetão (100%) Brimade (57,14%)
Britobetão (91%) Pedra Regional (57,14%)
Secil Britas (100%) Madebritas (29,14%)
Lusoinertes (100%) JMHenriques (28,57%)

ARGAMASSAS E MATERIAIS Secil Martingança (100%)


IRP (75%)

PRÉ-FABRICADOS Secil Prebetão (39,80%) Promadeira (57,14%)


Argibetão (90,96%)

AMBIENTE E ENERGIA Prescor (100%)


AVE (35%)

TRANSPORTES E SERVIÇOS Grupo Setefrete (25%)


CCV (100%)
Secilpar (100%)

SOCIEDADES FINANCEIRAS E Ciminpart (100%) Hewbol (100%)


OUTRAS Serife (100%) Florimar (100%)
Secil Betões e Inertes (100%)
Secil Unicon (50%)
Relatório do Conselho de Administração 2015 · ORGANIGRAMA · 221

INTERNACIONAL
TUNíSIA LÍBANO ANGOLA CABO VERDE BRASIL OUTROS

Société Ciments Ciments de Sibline Secil Lobito Secil Cabo Supremo (100%) Secil Algérie
de Gabès (98,72%) (51,05%) (51%) Verde Margem (100%) (Argélia) (97,9%)
(100%) Nacional (100%)

Sudbéton (98,72%) SOIME (51,05%) Inertes de Cabo


Verde (62,50%)

Zarzis Béton
(98,52%)

Silonor
(França) (100%)
Somera
(Panamá) (100%)

MC (49,36% Secil Angola NSOSPE (100%) Sociedade


(100%) I3P (100%) de Inertes
(Moçambique) (100%)
Seciment
(Holanda) (100%)

Você também pode gostar