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Discutir os sectores e a

proporção dos mesmos na


economia portuguesa
Para esta discussão sobre os sectores de atividade e sua distribuição em Portugal, decidimos
debruçarmo-nos sobre os dados da PORDATA.
(https://www.pordata.pt/Portugal/Popula%c3%a7%c3%a3o+empregada+total+e+por+grandes+
sectores+de+actividade+econ%c3%b3mica-32-2742)
Para além disso decidimos investigar também o que significa economia, já que no nosso ponto
de vista sabermos este conceito é importante para esta análise.

Economia
A Economia é uma ciência que tem como objeto adequar recursos escassos a necessidades
ilimitadas.
O problema fundamental da Economia é, pois, a escassez.
A Economia é uma ciência interdisciplinar. A interdisciplinaridade pode ser externa quando há
ligações biunívocas entre a Economia e outras ciências (tais como a Matemática, a Estatística,
a História, o Direito, a Filosofia, a Sociologia e a Psicologia) e entre estas e a Economia. A
interdisciplinaridade interna implica que existe o mesmo tipo de ligação biunívoca entre diversas
grandezas económicas.

A Ciência Económica procura dar resposta a três perguntas:


• O que produzir?
• Para quem?
• Como produzir?

As respostas são encontradas através do desenvolvimento das três vertentes da Ciência


Económica:
• Doutrina, a Doutrina Económica é um conjunto de reflexões, do passado e do presente,
sobre a forma de alcançar o objeto da Economia, procurando responder às três
perguntas acima referidas.
• Teoria, uma teoria é um conjunto de leis científicas. Para que exista uma teoria é
necessário que determinada proposição seja validada pelo método científico
experimental, isto é, que seja possível demonstrar que determinadas condições se
verificam sempre e em todos os casos experimentados, provando a lei científica. Para a
Economia o método experimental chama-se Análise Económica. A Análise Económica é
um conjunto de modelos matemáticos, estatísticos e gráficos, que permitem provar a
Teoria Económica.
• Política, a Política Económica, baseando-se na Doutrina e na Teoria, propõe através de
medidas concretas a resolução de problemas económicos e sociais, também concretos,
em determinado espaço de tempo e lugar e subdivide-se em:
• Política monetária, através de medidas de controlo da massa monetária, via oferta,
influencia o rendimento produzido, distribuído e despendido em cada economia, num
determinado período de tempo.
• Política cambial, o aumento ou diminuição da taxa de cambio, isto é, o preço de uma
moeda estrangeira expresso em moeda nacional, é a medida reguladora desta política.
Se a moeda nacional valer menos que outra moeda estrangeira as nossas mercadorias
e serviços ficam mais baratas e exportaremos mais. O contrário se passará com as
nossas importações.
• Política orçamental, as medidas resumem-se ao aumento ou diminuição de receitas e
das despesas do Estado.
As receitas são os impostos e contribuições para a reforma e segurança social. As
despesas são os investimentos e as despesas correntes do Estado e os vencimentos
dos funcionários públicos e as despesas correntes, bem como os subsídios e
transferências sociais.
A diferença entre receitas e despesas é o deficit ou o superavit. No caso português há
deficit, mas este não deve ultrapassar 3% do PIB, segundo o critério europeu que somos
obrigados a respeitar.
• Política fiscal, diz respeito aos impostos a cobrar pelo Estado.
O Estado pode diminuí-los concedendo em certos casos benefícios fiscais.
A política fiscal e a orçamental estão, evidentemente, interligadas.
Portugal economia
Portugal registou, ao longo das últimas décadas, um processo gradual e estrutural de
transformação social e económica. Este trajeto, possibilitado pela democratização iniciada em
1974, impulsionado pela participação no processo de integração europeia e concretizado através
de sucessivos e cumulativos ciclos de investimento enquadrados pelas políticas públicas,
contribuiu para que hoje seja possível observar, em Portugal, progressos muito significativos na
qualificação dos recursos humanos, na transformação do tecido económico, na disponibilidade
e no acesso a infraestruturas e equipamentos coletivos, na sustentabilidade ambiental e,
globalmente, na melhoria da qualidade de vida dos portugueses. Para estes resultados, salienta-
se a importância dos fundos europeus, com destaque para os fundos da Política de Coesão, quer
por via dos recursos financeiros canalizados para essas prioridades, quer pela melhoria induzida
em todo o ciclo de programação, execução e avaliação das políticas públicas no nosso país.
Mais recentemente, e de forma grave e inesperada, o ano 2020 foi marcado pelo surgimento de
um elemento com efeitos disruptivos à escala global: a crise sanitária causada pela pandemia
da doença COVID-19. Depois de um difícil processo de recuperação de uma crise com graves
consequências sociais, o período entre 2015 e 2019 catalisou o processo de viragem e ficará
reconhecido como um período de crescimento económico, de criação de emprego, de
recuperação de rendimentos e de afirmação de bem-estar social. Este processo foi, no entanto,
subitamente interrompido por efeito da pandemia. Neste sentido, importa sinalizar que, apesar
dos efeitos gerados se terem feito sentir a uma escala global, a intensidade dos impactes
produzidos relevou-se assimétrica, variando em função da severidade da disseminação do foco
infecioso, e da consequente e necessária resposta sanitária de contenção, tendo sido, também
determinada pela estrutura económica dos países, regiões ou locais afetados, ou influenciada
pelas suas condições socioeconómicas e institucionais de base.
Em Portugal, não obstante a adoção de rápidas medidas de contingência sanitária e de mitigação
imediata dos efeitos sociais e económicos, as quais beneficiaram da resposta europeia para a
emergência e estabilização (e.g. pacotes CRII/CRII+ e REACT-EU), assistiu-se à deterioração
dos principais indicadores macroeconómicos, com as previsões económicas a apontarem para
uma das piores crises económicas e sociais conhecidas.
A pandemia teve um impacto fortíssimo e veio igualmente revelar e/ou acentuar um conjunto de
fragilidades e de desafios, à escala nacional e global, a que urge dar resposta. Neste processo,
importa reforçar a resiliência da economia e sociedade portuguesas a choques como aquele que
foi provocado pela doença COVID-19, evitando, desde logo, que algumas consequências
imediatas tivessem enfraquecido os pilares fundamentais dos nossos sistemas sociais,
económicos e políticos.
A resposta aos bloqueios, aos novos desafios e aos impactos da pandemia global exige assim
um novo ciclo de políticas estruturais, com uma ambição renovada, que promova a dupla
transição – climática e digital – e, ao mesmo tempo, reforce a resiliência, a coesão e a
competitividade da nossa economia, sociedade e território, e responda ao desafio demográfico,
visando garantir a transformação estrutural necessária e a convergência dos níveis de vida dos
cidadãos portugueses com os níveis médios verificados na União Europeia. A preparação deste
ciclo de políticas estruturais tem sido construída com base num processo de amplo debate com
a sociedade civil, que contempla quer a análise sobre resultados da avaliação das políticas
públicas implementadas com o apoio dos fundos, bem como a reflexão sobre os objetivos para
o desenvolvimento socioeconómico do país ao longo da década.
Este é um momento único para o processo transformativo do país, um processo que se quer
alicerçado na qualificação, na capacitação, na modernização, na transformação digital e na
transição climática. Uma transição que deverá estar assente numa lógica transformativa, mas
que assegure o combate às desigualdades e que promova a justiça, a inclusão social e a coesão
territorial, garantindo uma transição justa, onde ninguém nem nenhum território fica para trás.
Portugal e as metas da Estratégia
A evolução do contexto socioeconómico de Portugal tem sido positiva ao longo dos últimos anos,
o que permitiu uma performance globalmente positiva do país nos indicadores da Estratégia
Europa 2020 (EE2020) face aos objetivos definidos, com destaque para os domínios da
educação, da inclusão social e em matéria de ambiente.
No caso da educação, destaca-se a grande evolução da taxa de abandono precoce de educação
e formação (para a população com idade entre os 18 e os 24 anos), que se fixa em 8,9% (quando
era de 28,3% em 2010), abaixo da meta identificada de 10%. No caso da percentagem de
diplomados com ensino superior ou equivalente, com idades entre os 30 e os 34 anos, assinala-
se o cumprimento genérico da meta (39,6% vs. 40%).
No que se refere à inclusão social, destaca-se a evolução significativa na redução do número
de pessoas em risco de pobreza ou exclusão social (- 721 mil pessoas), o que significa que o
objetivo global para a década foi largamente ultrapassado. No que se refere à taxa de emprego,
o valor observado em 2020 encontra-se em linha com a meta prevista (74,7% vs. 75%), tendo
sido já influenciado pelas consequências sociais e económicas da crise pandémica.
Em matéria de ambiente, assinalam-se os resultados alcançados até 2019 relativamente às
emissões de gases com efeito de estufa, que nesse ano satisfizeram a meta estabelecida em
mais de 15 p.p., não obstante o crescimento da atividade económica

Alinhamento do Acordo de Parceria com a Estratégia


Portugal 2030 e complementaridade com outros
instrumentos
A estratégia de desenvolvimento que serve de fundamento mais relevante ao Acordo de Parceria
é a Estratégia Portugal 2030, aprovada pela Resolução do Conselho de Ministros n.o. 98/2020,
de 13 de novembro, que enuncia como visão:
«Recuperar a economia e proteger o emprego, e fazer da próxima década um período de
recuperação e convergência de Portugal com a UE, assegurando maior resiliência e coesão,
social e territorial» e organiza-se em torno de quatro agendas temáticas centrais para o
desenvolvimento da economia, da sociedade e do território de Portugal no horizonte de 2030.»
Atendendo ao seu caracter intrínseco, que decorre de se posicionar como uma estratégia de
desenvolvimento de longo prazo, a Estratégia Portugal 2030 permite assegurar uma perspetiva
global, possibilitando, por esta via, o planeamento estratégico e integrado da programação que
conduzirá à prossecução dos seus objetivos. Desta forma, assumindo-se como o referencial para
a definição e implementação das políticas públicas estruturais, designadamente das que
decorrem dos fundos europeus, como as que constam neste Acordo de Parceria, a Estratégia
Portugal 2030 já́ serviu de enquadramento estratégico ao Plano de Recuperação e Resiliência
(PRR) e, nos termos da Resolução do Conselho de Ministros que a aprovou, enforma igualmente
todos os documentos de planeamento estratégico transversais, territoriais ou setoriais,
designadamente o Programa Nacional de Reformas e as Grandes Opções, bem como a
programação dos instrumentos de apoio ao desenvolvimento económico e social,
designadamente os financiados pelos fundos europeus.
Neste contexto, o Acordo de Parceria, também designado de Portugal 2030, assume esse
alinhamento estratégico, desenvolvendo-se a partir da visão da Estratégia Portugal 2030, e em
linha com os cinco objetivos estratégicos (OP) da União Europeia, a saber:
• uma Europa mais competitiva e mais inteligente (OP1), investindo na inovação, na
digitalização, na competitividade das empresas, nas competências para a especialização
inteligente, transição industrial e empreendedorismo;
• uma Europa mais verde (OP2), que aplique o Acordo de Paris e invista na transição
energética, nas energias renováveis e na luta contra as alterações climáticas;
• uma Europa mais conectada (OP3), com redes de transportes e digitais estratégicas;
• uma Europa mais social e inclusiva (OP4), na senda do Pilar Europeu dos Direitos
Sociais, apoiando o emprego de qualidade, a educação, as competências, a inclusão
social e a igualdade de acesso aos cuidados de saúde;
• uma Europa mais próxima dos cidadãos (OP5), através do apoio a estratégias de
desenvolvimento a nível local e ao desenvolvimento urbano sustentável na UE.
O Portugal 2030 integra programas que mobilizarão a totalidade dos recursos
disponíveis, de forma articulada e coerente, no respeito pelos princípios da simplificação,
da transparência, da parceria, da eficácia, da eficiência e da orientação para resultados

Quadro 1: Alinhamento entre a Estratégia Portugal 2030 e o Acordo de Parceria


Financiamento por Objetivo Estratégico (Acordo de Parceria) e por Agenda Temática
(Estratégia Portugal 2030)

Nota: * Estas percentagens não refletem a totalidade do contributo do Portugal 2030 e PRR associado às concentrações
temáticas relativas às alterações climáticas (37% no PRR e 37% no FC e 30% no FEDER, no Portugal 2030). Estas
concentrações são cumpridas com o contributo adicional das outras agendas temáticas da Estratégia Portugal 2030.
A agenda temática 1 - As Pessoas Primeiro: Um melhor equilíbrio demográfico, maior
inclusão, menos desigualdade coloca as pessoas no centro das preocupações e pretende
promover uma sociedade mais inclusiva e menos desigual respondendo, ainda, aos desafios da
transição demográfica e do envelhecimento. No quadro dos fundos europeus, os objetivos
inscritos nesta agenda são prosseguidos principalmente por via das elegibilidades previstas no
OP4 – Portugal + Social, e a sua concretização será́ levada a cabo, no quadro do Acordo de
Parceria Portugal 2030 através do Programa Demografia, Qualificações e Inclusão e dos
programas regionais. Prevê̂-se, assim, enquadrar no Portugal 2030 intervenções nos domínios
do apoio ao emprego e da inclusão e do combate à pobreza e às desigualdades. Esta agenda
absorve 3,9 mil milhões de euros do Acordo de Parceria, que corresponde,
aproximadamente, a 17% do total dos fundos de coesão.
A agenda temática 2 - Digitalização, Inovação e Qualificações como Motores do
Desenvolvimento centra-se no reforço das qualificações e da competitividade, potenciando a
transformação estrutural do tecido produtivo e respondendo também aos novos desafios
tecnológicos e societais associados à transição digital. Esta agenda tem resposta no OP1 –
Portugal + Competitivo, através de operações desenvolvidas no quadro do Programa
Inovação e Transição Digital e dos programas regionais, e no OP4
– Portugal + Social, no âmbito do Programa Demografia, Qualificações e Inclusão, em
intervenções ao nível da qualificação inicial, do pré́ -escolar ao superior, bem como da
aprendizagem pessoas ao longo da vida, dos programas regionais e do Programa Inovação
e Transição Digital, no que se refere à formação de ativos empregados. Esta agenda absorve
8,3 mil milhões de euros do Acordo de Parceria, ou seja, 36% do total dos fundos de
coesão.
A agenda temática 3 - Transição Climática e Sustentabilidade dos Recursos está focada na
transição climática e na sustentabilidade e uso eficiente de recursos. Para este efeito, promove
a economia circular, fomenta a resiliência do território e procura dar resposta ao desafio da
transição energética – enquanto elemento essencial para atingir os objetivos nacionais de
alcançar a neutralidade carbónica em 2050. As temáticas a desenvolver abarcam a transição
energética (via descarbonização, eficiência energética e mobilidade sustentável), a gestão
hídrica e o ciclo urbano da água, a economia circular, a proteção da natureza e biodiversidade e
a gestão de riscos. Considerando os seus objetivos, a mesma alinha-se com o OP2 – Portugal
+ Verde. A sua materialização no Portugal 2030 realizar-se-á́ no Programa para a Ação Climática
e Sustentabilidade, no Programa Inovação e Transição Digital, nos programas regionais e no
Programa Mar. Esta agenda absorve 4,8 mil milhões de euros do Acordo de Parceria,
aproximadamente 21% do total dos fundos de coesão.
Por último, a agenda temática 4 - Um País Competitivo Externamente e Coeso Internamente
assenta no reforço da coesão territorial, contribuindo para um desenvolvimento harmonioso do
conjunto do território e, em especial, para a redução da disparidade entre os níveis de
desenvolvimento das diversas regiões, em particular das regiões mais desfavorecidas. Esta
agenda encontra-se fortemente alinhada com o OP 5 – Portugal + Próximo e com o OP 3 –
Portugal + Conectado. Inserem-se nesta agenda as intervenções que permitam implementar a
abordagem territorial que norteia o Portugal 2030, nomeadamente os seus instrumentos
territoriais. Adicionalmente, sobretudo em matéria ligadas aos eixos da competitividade das
redes urbanas, da projeção da faixa atlântica e da inserção territorial no mercado ibérico, poder-
se-á́ destacar o enquadramento de intervenções no domínio da ferrovia, bem como nas
infraestruturas portuárias do Continente e das Regiões Autónomas. Esta agenda absorve 5,3
mil milhões de euros do Acordo de Parceria, ou seja, 23% do total dos fundos de coesão.
Em linha com a Resolução de Conselho de Ministros n.o 97/2020, de 13 de novembro, que
estabelece os princípios orientadores e a estrutura operacional do período de programação de
fundos europeus da política de coesão relativo a 2021-2027, a programação do Acordo de
Parceria promove sinergias e complementaridades com outras fontes de financiamento europeu,
salvaguardando o risco de duplo financiamento.
Constituindo o PRR o principal instrumento adicional ao Acordo de Parceria no atual período de
programação, apresentam-se, na figura seguinte, as complementaridades do Portugal 2030 e,
em concreto, das suas opções de política, com as componentes do Plano de Recuperação e
Resiliência português. A mobilização conjugada dos financiamentos previstos no Portugal 2030
e no PRR permite uma capacidade reforçada de transformar a economia, a sociedade e o
território de Portugal.
Setor primário
Este setor é focado na produção de comida e extração de matérias primas.
O setor primário em Portugal era até aos anos 60 o mais importante, sendo que nesta década a
população a trabalhar na agricultura desceu rapidamente continuando esta queda até aos dias
de hoje.
Exemplos: agricultura, pecuária, pesca, caça.

Setor secundário
É o setor focado na produção e transformação de bens materiais. Existe a necessidade de
reindustrializar o país, de devolver à indústria o papel de motor da economia e de gerador de
emprego.
Nos anos 80 com a chegada das multinacionais estrangeiras e o aumento da taxa de emprego
vimos uma massiva industrialização do pais e reestruturação das empresas fazendo com que
melhorasse o nível de vida e o poder de compra.
A região Norte Litoral e região Minho do país continua até aos dias de hoje a ser a responsável
pela continuidade do maior número de zonas e parques industriais, com uma taxa de emprego
elevada em relação a outras zonas do país e dos maiores índices e níveis de exportações.
A indústria transformadora domina claramente o sector industrial, seguida pela construção, que
lhe foi ganhando peso ao longo do século. Registe-se que a construção continuou a ganhar peso
em termos de população activa, mas perdeu em produção, a partir de meados dos anos 70 e até
ao início dos 90. Será de notar, ainda, 16 o peso negligenciável da indústria extractiva,
principalmente a partir dos anos 60, e a progressiva transformação do sector da electricidade,
gás e água, cada vez menos trabalho-intensivo: os assinaláveis ganhos de peso na produção a
partir dos anos 80 não são acompanhados de aumentos substanciais da população activa
empregue no sector.
Exemplos: construção, petróleo, gás, automóveis, barcos.

Setor terciário
Este sector é focado na produção de bens não-materiais.
O setor terciário foi o que mais teve expansão desde os anos 60. Neste destaca-se o turismo,
que é um dos grandes setores que faz crescer a economia portuguesa.
O setor terciário é o setor de atividade com maior peso nos concelhos da Região Oeste
Exemplos: turismo, comércio, comunicação, finanças.

Setor quaternário
Este setor é o setor da robótica, cibernética, informática. O domínio da informação vem
crescendo de importância a cada dia sendo prioritário para as grandes potências.
O setor quaternário é a expansão do conceito da Hipótese dos Três Setores da Economia e
abrange as atividades intelectuais da tecnologia, como geração e troca de informação, educação,
pesquisa e desenvolvimento e a alta tecnologia em si, anteriormente incluídas no setor
terciário como serviços.
Exemplos: educação, consultoria, investigação, design.

Análise e considerações sobre as alterações ao longo do


tempo
Sendo assim, analisámos primeiramente a população ativa em Portugal.
Dessa análise destacamos que a população ativa desde 1974 até 2020 teve um aumento na
ordem dos 30% (mais de 1,120 milhões).
De seguida fizemos a análise de cada sector de atividade, sendo que no primeiro sector segundo
os dados analisados houve uma redução de aproximadamente 80% na população empregada
neste sector, ou seja, menos 1 milhão de habitantes.
Este decréscimo apenas foi contrariado no início do século com ligeiras subidas e variações
residuais, para que nesta época volta-se a diminuir de forma persistente.
No sector secundário, a variação é bastante diferente do que a que analisámos no primeiro
sector, já que a variação em termos de população empregada no segundo sector quando
comparamos 1974 com 2020 apenas decresceu aproximadamente 4,3% (53 mil pessoas).
Podemos neste caso dizer que a população neste sector teve o seu pico no final do século XX e
princípio do XXI, com mais de 1,7 milhões de pessoas. Já o valor mais baixo aconteceu no 2013.
Em grupo considerámos importante destacar que esta altura foi um período em que Portugal foi
intervencionado pela Troika (FMI, BCE, Comissão Europeia) e sem que estes dados sejam o
comprovativo direto, toda a economia foi claramente influenciada por este acontecimento.
Desde então, têm existido variações que consideramos marginais, mas em que a maioria dessas
variações são positivas.
No terceiro e último sector (tendo em conta que estes dados apenas assumem os três sectores
de atividade) é dos três o que mais se alterou.
Se compararmos entre 1974 e 2020 a diferença entre estes dois anos é de 2,2 milhões de
pessoas, isto significa que se em 1974 havia cerca 1,15 milhões de pessoas no sector dos
serviços, já em 2020 eram 3,36 milhões de pessoas. O que significa um crescimento de 190%.
Depois, analisando este crescimento ano a ano o seu crescimento é sustentado em grande parte
dos anos de estudo, mas aqui destacamos o ano de 1983, pois é o ano em que o crescimento é
maior (quase 22%) e em sentido contrário destacamos o ano de 2012, já que neste ano foi o ano
em que o sector perdeu mais elementos (71 mil – 2,39%).
Aqui também discutimos que a crise bancária do subprime nos Estados Unidos poderá ter tido
alguma influência nestes factos.
Depois quisemos comparar alguns anos que achámos essências para entender as alterações
que foram acontecendo no país ao longo dos anos.
Nos anos 70 no século passado, o sector primário era o sector que tinha a maior percentagem
de população ativa agregada a ele. Podemos até dizer, através das diferenças residuais entre
os três que cada sector dava ocupação a 1/3 da população cativa.
Em 1977, altura em que Portugal assina o acordo de pré-adesão à CEE (Comunidade Económica
Europeia) estes valores mantinham-se semelhantes em comparação dos valores do Ano da
Revolução de Abril, mas já com uma ligeira superioridade do sector dos serviços, de destacar
também que neste ano dá-se a primeira intervenção do FMI em Portugal.
Na segunda intervenção por parte do FMI em 1983, as diferenças entre sectores já eram maiores,
sendo que no sector primário teve um recuo que fazia menos de ¼ da população ativa trabalhava
neste sector, já no sector terciário a população cativa era já superior a 40%.
Três anos depois, Portugal torna-se membro da CEE e a partir desde momento dá-se uma
transformação em termos económicos, pois Portugal passa a receber fundos estruturais que
visam a diminuir as desigualdades entre Portugal e os outros estados-membros. As alterações
do tecido produtivo mantinham-se idênticas, quando comparadas com as de 1983, mesmo nas
tendências de diminuição do sector primário e crescimento do terciário, enquanto o sector das
indústrias se mantinha com 1/3 da população ativa.
No ano de 92 é assinado o Tratado de Maastritch, e aqui já o sector terciário empregava mais
de metade da população ativa em Portugal. 1/3 da população estava no sector secundário,
enquanto apenas pouco mais de 10% da população estava no primário.
Passados dez anos, já no século XXI, Portugal entra na zona Euro e o escudo é substituído pelo
Euro, nesta época a população ativa está dividida da seguinte forma: o sector primário tem 13%,
o secundário 34% e o terciário 54%.
Em 2011, aquando da 3ª intervenção financeira em Portugal, a população ativa estava
maioritariamente no sector terciário (quase 2/3 da população), mas este crescimento não era
tanto ligado com o decréscimo do sector primário, mas sim com decréscimo do sector secundário
que tinha valores estáveis até 98.
Passados nove anos sobre a terceira intervenção (2020) apenas 5% da população ativa
trabalhava no sector primário, enquanto ¼ da população no secundário, já no terciário 70% da
população ativa pertence a este sector.
Acontecimentos Ano Total Dif. Var(%) Primário Dif. Var(%) Secundário Dif. Var(%) Terciário Dif. Var(%)

Revolução 25 de Abril 1974 3694,0 0,0 0,00% 1290,5 0,0 0,00% 1246,0 0,0 0,00% 1159,0 0,0 0,00%

1975 3724,0 30,0 0,81% 1263,5 -27,0 -2,09% 1259,5 13,5 1,08% 1201,0 42,0 3,62%

1976 3789,0 65,0 1,75% 1284,5 21,0 1,66% 1273,5 14,0 1,11% 1230,0 29,0 2,41%

Acordo Pré-Adesão CEE 1977 3784,0 -5,0 -0,13% 1246,5 -38,0 -2,96% 1253,0 -20,5 -1,61% 1284,5 54,5 4,43%

1978 3772,0 -12,0 -0,32% 1179,5 -67,0 -5,38% 1315,5 62,5 4,99% 1276,5 -8,0 -0,62%

1979 3853,0 81,0 2,15% 1177,5 -2,0 -0,17% 1347,5 32,0 2,43% 1327,5 51,0 4,00%

1980 3924,5 71,5 1,86% 1121,0 -56,5 -4,80% 1415,0 67,5 5,01% 1388,0 60,5 4,56%

1981 3969,0 44,5 1,13% 1059,5 -61,5 -5,49% 1449,0 34,0 2,40% 1460,0 72,0 5,19%

1982 3958,5 -10,5 -0,26% 1024,5 -35,0 -3,30% 1468,5 19,5 1,35% 1465,0 5,0 0,34%

2ª Intervenção FMI 1983 4352,5 394,0 9,95% 1024,4 -0,1 -0,01% 1541,5 73,0 4,97% 1784,1 319,1 21,78%

1984 4288,1 -64,4 -1,48% 1018,8 -5,6 -0,55% 1449,6 -91,9 -5,96% 1818,6 34,5 1,93%

1985 4269,5 -18,6 -0,43% 1015,9 -2,9 -0,28% 1481,6 32,0 2,21% 1771,0 -47,6 -2,62%

Entrada na CEE 1986 4289,1 19,6 0,46% 940,5 -75,4 -7,42% 1446,7 -34,9 -2,36% 1901,0 130,0 7,34%

1987 4405,8 116,7 2,72% 976,2 35,7 3,80% 1521,3 74,6 5,16% 1907,9 6,9 0,36%

1988 4512,8 107,0 2,43% 942,1 -34,1 -3,49% 1561,6 40,3 2,65% 2007,8 99,9 5,24%

1989 4613,1 100,3 2,22% 876,6 -65,5 -6,95% 1611,8 50,2 3,21% 2124,3 116,5 5,80%

1990 4717,5 104,4 2,26% 845,6 -31,0 -3,54% 1624,6 12,8 0,79% 2245,2 120,9 5,69%

1991 4857,4 139,9 2,97% 847,9 2,3 0,27% 1629,5 4,9 0,30% 2378,6 133,4 5,94%

-
Tratado de Maastritch 1992 4543,1 -314,3 -6,47% 522,3 -325,6 -38,40% 1499,5 -7,98% 2521,3 142,7 6,00%
130,0

1993 4457,7 -85,4 -1,88% 515,6 -6,7 -1,28% 1459,7 -39,8 -2,65% 2482,3 -39,0 -1,55%

1994 4449,2 -8,5 -0,19% 523,1 7,5 1,45% 1451,6 -8,1 -0,55% 2474,4 -7,9 -0,32%

1995 4415,9 -33,3 -0,75% 508,9 -14,2 -2,71% 1415,3 -36,3 -2,50% 2491,7 17,3 0,70%

1996 4444,9 29,0 0,66% 545,9 37,0 7,27% 1385,5 -29,8 -2,11% 2513,5 21,8 0,87%

1997 4530,4 85,5 1,92% 617,0 71,1 13,02% 1419,2 33,7 2,43% 2494,2 -19,3 -0,77%

Expo 98 1998 4848,4 318,0 7,02% 659,9 42,9 6,95% 1706,2 287,0 20,22% 2482,3 -11,9 -0,48%

1999 4925,7 77,3 1,59% 632,2 -27,7 -4,20% 1697,1 -9,1 -0,53% 2596,4 114,1 4,60%

2000 5041,3 115,6 2,35% 645,2 13,0 2,06% 1741,7 44,6 2,63% 2654,4 58,0 2,23%

2001 5128,2 86,9 1,72% 659,3 14,1 2,19% 1734,7 -7,0 -0,40% 2734,2 79,8 3,01%

Zona Euro 2002 5143,8 15,6 0,30% 643,4 -15,9 -2,41% 1726,6 -8,1 -0,47% 2773,9 39,7 1,45%

2003 5093,4 -50,4 -0,98% 645,9 2,5 0,39% 1639,2 -87,4 -5,06% 2808,3 34,4 1,24%

2004 5062,3 -31,1 -0,61% 621,8 -24,1 -3,73% 1568,5 -70,7 -4,31% 2872,0 63,7 2,27%

2005 5047,3 -15,0 -0,30% 608,3 -13,5 -2,17% 1533,7 -34,8 -2,22% 2905,3 33,3 1,16%

2006 5079,0 31,7 0,63% 604,8 -3,5 -0,58% 1539,4 5,7 0,37% 2934,8 29,5 1,02%

2007 5092,5 13,5 0,27% 603,0 -1,8 -0,30% 1540,0 0,6 0,04% 2949,4 14,6 0,50%

2008 5116,6 24,1 0,47% 585,3 -17,7 -2,94% 1483,4 -56,6 -3,68% 3047,9 98,5 3,34%

-
2009 4968,6 -148,0 -2,89% 568,8 -16,5 -2,82% 1381,5 -6,87% 3018,4 -29,5 -0,97%
101,9

2010 4898,4 -70,2 -1,41% 548,5 -20,3 -3,57% 1335,1 -46,4 -3,36% 3014,8 -3,6 -0,12%

3ª Intervenção 2011 4740,1 -158,3 -3,23% 483,9 -64,6 -11,78% 1272,9 -62,2 -4,66% 2983,2 -31,6 -1,05%

-
2012 4546,9 -193,2 -4,08% 491,4 7,5 1,55% 1143,5 -10,17% 2912,0 -71,2 -2,39%
129,4

2013 4429,4 -117,5 -2,58% 453,1 -38,3 -7,79% 1049,7 -93,8 -8,20% 2926,6 14,6 0,50%

2014 4499,5 70,1 1,58% 389,1 -64,0 -14,12% 1073,5 23,8 2,27% 3036,9 110,3 3,77%

2015 4548,7 49,2 1,09% 342,5 -46,6 -11,98% 1107,6 34,1 3,18% 3098,6 61,7 2,03%

2016 4605,2 56,5 1,24% 318,4 -24,1 -7,04% 1128,3 20,7 1,87% 3158,6 60,0 1,94%

2017 4756,6 151,4 3,29% 304,4 -14,0 -4,40% 1176,8 48,5 4,30% 3275,4 116,8 3,70%

2018 4866,7 110,1 2,31% 294,2 -10,2 -3,35% 1209,2 32,4 2,75% 3363,3 87,9 2,68%

2019 4913,1 46,4 0,95% 270,1 -24,1 -8,19% 1212,4 3,2 0,26% 3430,6 67,3 2,00%

2020 4814,1 -99,0 -2,02% 258,7 -11,4 -4,22% 1192,6 -19,8 -1,63% 3362,8 -67,8 -1,98%

Dif. 1120,1 30,3% Dif. -1031,80 -79,95% Dif. -53,4 -4,29% Dif. 2203,8 190,15%
Ano Primário Secundário Terciário
1974 35% 34% 31%
1975 34% 34% 32%
1976 34% 34% 32%
1977 33% 33% 34%
1978 31% 35% 34%
1979 31% 35% 34%
1980 29% 36% 35%
1981 27% 37% 37%
1982 26% 37% 37%
1983 24% 35% 41%
1984 24% 34% 42%
1985 24% 35% 41%
1986 22% 34% 44%
1987 22% 35% 43%
1988 21% 35% 44%
1989 19% 35% 46%
1990 18% 34% 48%
1991 17% 34% 49%
1992 11% 33% 55%
1993 12% 33% 56%
1994 12% 33% 56%
1995 12% 32% 56%
1996 12% 31% 57%
1997 14% 31% 55%
1998 14% 35% 51%
1999 13% 34% 53%
2000 13% 35% 53%
2001 13% 34% 53%
2002 13% 34% 54%
2003 13% 32% 55%
2004 12% 31% 57%
2005 12% 30% 58%
2006 12% 30% 58%
2007 12% 30% 58%
2008 11% 29% 60%
2009 11% 28% 61%
2010 11% 27% 62%
2011 10% 27% 63%
2012 11% 25% 64%
2013 10% 24% 66%
2014 9% 24% 67%
2015 8% 24% 68%
2016 7% 25% 69%
2017 6% 25% 69%
2018 6% 25% 69%
2019 5% 25% 70%
2020 5% 25% 70%
SETOR SECUNDÁRIO
No setor secundário da economia a partir dos anos 50 e principalmente 60 houve uma forte
expansão de mudança na sociedade portuguesa pela abertura económica.
Com a entrada na EFTA em 1960, a atividade económica consiste no conjunto dos atos
realizados pelo homem que tem como objetivo a satisfação das necessidades, desejos e
interesses do homem através do consumo, mediante a produção, a distribuição e o intercambio
de bens ou serviços. o setor secundário é aquele que engloba as atividades transformadoras, a
construção a produção de energia. Este setor veio a desenvolver muito desde que me conheço
na área da indústria. no inicio de careira foi-me apresentando maquinas de costura ainda sem
motor, tudo manualmente.na década de 80 veio a industria do têxtil para a minha área e com
isso muito trabalho principalmente para as mulheres e houve uma revolução muito significativa
nas maquinas industriais, com motor hoje em dia já muito mais sofisticadas com programas
eletrónicos.

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