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POLÍTICAS SOCIAIS E AS FINANÇAS

MODERNAS

9/19/2022 Financas Puublicas, A. M. 2019 A. Cuna, MBA 1


POLÍTICAS SOCIAIS E AS FINANÇAS MODERNAS
A política social é composta por um conjunto de programas e
acções do Estado, que visam atender às necessidades e aos
direitos sociais que afectam vários dos elementos
componentes das condições básicas de vida da população, até
mesmo daqueles que dizem respeito à pobreza e à
desigualdade.

Um sistema de protecção social apresenta complexos esquemas


de distribuição e redistribuição de renda, aplicando
significativas parcelas do PIB em acções e programas
sociais.
Mediante uma rede de tributos, transferências e provisão de
bens e serviços, recursos são distribuídos e redistribuídos em
múltiplos sentidos, entre ricos e pobres, entre jovens e idosos,
entre famílias com e sem crianças, entre saudáveis e doentes.
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No sentido mais amplo, com a política social pretende-se:
a) atender às demandas por maior igualdade; e
b) promover a solidariedade social mediante a garantia de segurança
ao indivíduo em determinadas situações de dependência, ou
vulnerabilidade, entre as quais se podem citar:
• incapacidade de ganhar a vida por conta própria;
• vulnerabilidade em virtude do ciclo vital do ser humano - crianças e
idosos, por exemplo; e
• situações de risco, como em caso de acidentes - invalidez por acidente
etc.

Para atender a tais demandas, o estado realiza actuações, empregando


recursos financeiros, actuando na disponibilização de bens e serviços
e fazendo transferências. previdência social; benefícios a servidores do
país; proteção ao trabalhador; organização agrária; habitação e
urbanismo; assistência social; alimentação e nutrição; saúde;
educação; cultura; e saneamento básico.
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As Finanças Modernas surgem precisamente para atender a
estas demandas, dai que assentam numa filosofia
intervencionista que fora preconizada por John Maynard
Keynes.

Para Keynes, qualquer despesa ou receita, deve ser avaliada


pelo efeito que produz na economia.

A política Orçamental do Governo, tanto as despesas como os


impostos bem como empréstimos, devem ser decididas tendo
em vista o seu impacto na economia.

A ideia básica é a de que a função do estado deve ser de


realizar despesas sobretudo na protecção os seus cidadãos
contra o desemprego, estabilidade dos preços e o
desenvolvimento económico.

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O instrumento para assegurar estes objectivos é o
Orçamento, pois ele vai influenciar nas despesas
públicas e também privadas no sentido positivo.

Portanto, o Estado deve tomar as Finanças Públicas como


um instrumento decisivo da política Macroeconómica.

Donde o Orçamento de Estado, deve incluir um volume


de recursos financeiros que de forma ajustada à procura e
oferta global que se verifique na economia.

Só dessa forma é possível manter a estabilidade de preços


(sem inflação e ter desemprego reduzido assumindo) que
o mecanismo de mercado precisa de ser ajudado.
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Sendo assim, notando-se uma flutuação que não garante a
igualdade entre a procura e a oferta global, o estado através
das Finanças Modernas deve eliminá-las, reconduzindo a
economia ao equilíbrio entre a procura e oferta global.

Caso se verifique uma recessão económica, o Estado através do


Orçamento deve promover o aumento da procura (aumento
dos gastos do Governo ou redução de impostos).

Em caso de Inflação, também deve se usar o Orçamento para


contrabalançar reduzindo a procura, (redução das despesas
públicas ou aumento de impostos).

Portanto, o que deve estar em equilíbrio é a economia e não o


Orçamento como defendiam as Finanças Clássicas. Sendo
assim, o equilíbrio orçamental deve ser visto como
instrumento que assegura o equilíbrio global da vida
económica.
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Portanto, a despesa do estado, deve ser vista como forma
normal e fácil de manter o bem-estar a que se deve
recorrer quando a sociedade está pobre no que tange ao
desemprego.
Por outro lado, os impostos devem ser vistos como um
meio de reduzir o rendimento e, por essa via reduzir as
despesas dos membros da sociedade.
As políticas devem ser aplicadas de acordo com
determinada lógica. Cada situação concreta da economia
pode se impor que se recorra a uma politica
contraccionista ou expansionista.
Portanto, o Estado deve efectivamente tomar o Leme da
economia com o fim de manter o equilíbrio de pleno
emprego (inflação reduzida e baixos níveis de
desemprego).
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Para efeito, há que tomar em conta que deve haver:
 Ajustamento da despesa total que é realizada pelo
conjunto dos agentes económicos, de, modo a eliminar
tanto o desemprego como a inflação; sendo assim, o
Orçamento deve ser deficitário quando a despesa total
é insuficiente e superavitário quando essa despesa é
excessiva;

 Ajustamento do valor global dos activos monetários e


dos títulos de divida pública, na posse dos agentes
económicos privados, através de recurso à contracção e
ao reembolso de empréstimos, de modo a conseguir a
taxa de juro consistente com o nível desejável de
investimentos.

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 Portanto, com as Finanças Modernas, as Finanças
Públicas são utilizadas para compensar as flutuações do
nível de actividade que acompanham o ciclo económico:

 Na fase baixa do ciclo económico, o Estado aumenta os


seus gastos (ex. lançando grandes obras Públicas) ou
reduzir a tributação (para promover o poder de
compra) para a retoma da economia;

 Na fase de alta do ciclo económico, reduz as despesas


ou aumenta os impostos para promover uma política de
austeridade económica e eliminar a possível tensão
inflacionista,

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A estas intervenções que visam o reestabelecimento do
equilíbrio Macroeconómico, juntam-se outras duas:
1. O intervencionismo corrector com o qual se
desenvolvem acções redistributivas para aproximar a
realidade dos padrões de justiça social vigentes, para se
manter os níveis desejados de coesão social como ( a
fixação de valores mínimos para salários e pensões,
bolsas de estudo para estudantes carenciados, etc.);
2. O intervencionismo harmonizador, que visa imprimir
a indispensável dose de harmonia no desenvolvimento
dos diversos sectores económicos e das diferentes
parcelas do território nacional, através do combate a
múltiplas assimetrias que tendem a estabelecer a esses
níveis.
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Bibliografia Utilizada
Santos, J. A. (2010). Finanças Públicas. Ina Editora. Oeiras.
Portugal.
Ribeiro, J. J. T. (1989). Lições de Finanças Públicas. (5ª
edição). Coimbra Editora. Portugal.

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