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ESTUDO DE CASO
A queda da inflação (do nível geral de preços) para manter a estabilidade da economia é uma das
metas mais importantes e pode ser alcançada em curto prazo a partir de vários instrumentos. O
importante é que se diminua a quantidade de moeda em circulação (quantidade de dinheiro que as
pessoas têm para consumir e investir) mediante a redução de créditos e outros meios, de modo que
reduza a demanda agregada.
A meta de crescimento da produção nacional e o aumento do emprego (que podem vir juntos) são
também muito importantes para a economia. Para alcançar essas metas em curto prazo, deve-se
aumentar a quantidade de moeda em circulação, para que as pessoas tenham mais dinheiro para
consumir e investir e, assim, aumente-se a produção, o emprego e, consequentemente, a renda. A
distribuição de renda socialmente justa e o desenvolvimento econômico são metas de longo prazo e
que podem ser alcançadas com políticas de rendas como imposto de renda progressivo, subsídios
governamentais e incentivos ao desenvolvimento de setores fundamentais da economia (como saúde,
educação e infraestrutura).
No entanto, o problema é que os objetivos macroeconômicos, por vezes, não conversam entre si: é
recorrente que, em curto prazo, o governo tenha que escolher um ou dois objetivos para alcançar. E o
que é pior: muitas vezes, os objetivos escolhidos vão piorar outro objetivo econômico – e é normal que
isso ocorra. Em curto prazo, deve-se escolher o que alcançar, seguindo a premissa de qual objetivo é
mais importante e trará mais benefícios a sociedade. Isso é fácil? De modo nenhum! O setor público
tem que lidar com questões políticas, administrativas e constitucionais o tempo todo para conseguir
implementar instrumentos macroeconômicos para alcançar o (s) objetivo (s) proposto (s).
O crescimento da produção nacional, por exemplo, pode facilitar a solução de problemas relacionados à
pobreza, ao permitir que as pessoas de classes mais baixas tenham trabalho e consigam auferir renda.
Nesse caso, a maior renda do pobre não diminui a renda do rico. Contudo, se consideramos países
como o Brasil (em desenvolvimento), o crescimento econômico poderá gerar mais distorções na
distribuição de renda, na medida em que os cargos que exigem uma educação mais elevada ficam,
geralmente, com os mais ricos, e os mais pobres ficam com cargos de baixa remuneração por causa do
fator educação (VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
Veja que, nesse caso, o crescimento da produção nacional tirou muita gente da pobreza, mas não
reduziu o abismo da distribuição de renda nos países em desenvolvimento, justamente pela falta de
objetivo conjunto de longo prazo que reduzisse o déficit educacional e melhorasse a infraestrutura do
país. Outro conflito constante se dá quando o governo decide diminuir a inflação para manter a
economia estável e dentro das metas delimitadas, o que abala o objetivo de redução do desemprego.
Isso ocorre porque, ao utilizar instrumentos de política macroeconômica para reduzir a quantidade de
moeda em circulação, tende a diminuir a quantidade de moeda disponível para investimento em
produção e, portanto, o emprego acaba reduzido. Essa tendência de relação inversa entre objetivos de
inflação e desemprego é chamada, na literatura econômica, de trade-off, ou seja, o governo pode
chegar ao ponto de ter que sacrificar empregos para controlar a inflação (faz a escolha)
(VASCONCELLOS; GARCIA, 2014).
Até agora, falamos de objetivos, mas quais instrumentos macroeconômicos utilizamos para alcançar
estes objetivos? Como, por exemplo, fazemos com que haja mais moeda em circulação para aumentar
o emprego? Como tiraremos dinheiro da economia para reduzir a inflação? Como criar condições para
uma economia com desenvolvimento sustentável?
Por meio dos chamados instrumentos de política macroeconômica, os governos podem fazer com que
os objetivos sejam atingidos ou mesmo tenham uma melhora significativa. Obviamente, numa economia
grande, na qual fatores não calculáveis, subjetivos, são recorrentes, nem tudo irá funcionar exatamente
como se pretendia, mas esse desvio já é esperado.
Em macroeconomia, trabalhamos com estimativas e indicadores, e não com valores absolutos (até
porque a economia informal, não mensurável, é substancialmente grande em países como o Brasil). Os
instrumentos de políticas macroeconômicas utilizados pelos governos irão atuar sobre a capacidade
produtiva e de consumo do país e, dessa maneira, tentam equilibrar os objetivos macroeconômicos.
Referências bibliográficas
O´SULLIVAN, A. Introdução à economia: princípios e ferramentas. São Paulo: Pearson Prentice Hall.
CARTA DE CONJUNTURA: https://www.ipea.gov.br/cartadeconjuntura/index.php/tag/previsoes-
macroeconomicas/#:~:text=Diante%20disso%2C%20a%20economia%20deve,ind%C3%BAstria
%20devem%20mostrar%20relativa%20estabilidade.
A) Em geral, as políticas macroeconômicas são constituídas por uma parte real e uma parte monetária,
divididas em quatro mercados: o mercado de bens e serviços, o mercado de trabalho, o mercado
financeiro (monetário e de títulos) e o mercado cambial (VASCONCELLOS, 2009). Logo, o objetivo
do governo é — por meio das políticas macroeconômicas — atuar sobre o comportamento dos
agregados econômicos, reais e monetários, produzidos pelos quatro mercados. Apresente
as políticas macroeconômicas brasileiras e seus instrumentos.
Referências:
ROSSETTI, Raony. Sobre as Políticas Macroeconômicas. BM&CNEWS, 2023. Disponível em:
<https://bmcnews.com.br/2023/04/25/sobre-as-politicas-macroeconomicas/>. Acesso em: 09 de ago. de
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<https://www.suno.com.br/artigos/politica-monetaria/#:~:text=A%20pol%C3%ADtica%20monet%C3%A1ria
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JEHNIFFER, Jaíne. Política fiscal: o que é, como funciona e efeitos na economia. Isardinha, 2022.
Disponível em: < https://investidorsardinha.r7.com/aprender/politica-fiscal-o-que-e/#:~:text=A%20pol
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Política cambial: importância, tipos e impactos na economia. FIA Business School, 2022. Disponível em:
<https://fia.com.br/blog/politica-cambial-importancia-tipos-e-impactos-na-economia/#:~:text=Pol
%C3%ADtica%20cambial%20%C3%A9%20um%20grupo,as%20moedas%20de%20outras
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STUMPF, Kleber. O que são política de rendas, objetivos, como funciona e exemplos. TOPINVEST, 2022.
Disponível em: < https://www.topinvest.com.br/o-que-e-politica-de-rendas-conheca-um-dos-instrumentos-
da-economia-do pais/#:~:text=Basicamente%2C%20a%20pol%C3%ADtica%20de%20rendas,equidade
%20e%20justa%20para%20todos.>. Acesso em: 09 de ago. de 2023.
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