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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE ANGOLA

FACULDADE DE ECONOMIA E GESTÃO

TRABALHO DE INTRODUÇÃO À MACROECONOMIA

TEMA: ANGOLA VS DOENÇA HOLANDESA

Sala: S201

Turma: B

Grupo: 8

LUANDA,2023
INTEGRANTES DO GRUPO

 Chicélia Miguel A. Cassule


 Delma Capusso Dos Santos
 Francisco C. Alberto
 Gemima Mateus


Índice

Introdução.........................................................................................................................4

Historial sobre a Doença Holandesa.................................................................................5

Doença Holandesa: Visão macroeconómica de Angola face à crise económica e a


diversificação da economia...............................................................................................7

Panorama Económico........................................................................................................8

Desafios Sociais e de Desenvolvimento..........................................................................10

Formas de Mitigar a Petrodependência...........................................................................11

Conclusão........................................................................................................................12

Referência Bibliográfica..................................................................................................13
Introdução

Angola é um dos países com maior potencial de recursos no continente africano e em


particular na África Subsariana. Possui diversos recursos naturais tais como: grandes
capacidades hidroelétricas e minerais, grandes extensões de terra cultiváveis, relevantes
áreas florestais, recursos na área da pecuária e zonas ricas de pesca. No entanto, a
economia angolana continua a ser bastante dependente das receitas de um único recurso
- “petróleo”.

Geralmente, os países em que a maior parte das despesas públicas são sustentadas pelas
receitas de venda de petróleo, podem apresentar uma forte instabilidade económica
durante as crises de preços ou de ofertas sofridas no setor. Nos últimos anos, Angola
tem verificado enormes condicionamentos nos níveis de crescimento económico,
provocados pela queda do preço do mesmo no mercado internacional, que se agravou
aquando da pandemia da Covid-19, levando assim a economia angolana a um estado de
alerta.

Este tipo de relação, caracterizado por um fenómeno ligado ao câmbio do país,


ocorrendo com o aumento das receitas vindas de exportações de matérias-primas que
acaba por desvalorizar a moeda local, gerando prejuízos a exportação de outros bens
manufaturados, fazendo com que a indústria entre em declínio, uma vez que o sector de
manufaturação perde competitividade externa, ou seja, torna-se mais barato importar do
que exportar, chamamos de doença holandesa.
Objectivo geral

Avaliar o fenómeno estudado, no caso “a doença holandesa” e o seu impacto na


economia angolana.

Objectivos específicos

 Conceituar a doença holandesa;


 Entender como a maldição dos recursos naturais funciona;
 Expor algumas medidas que o país deveria adoptar para mitigar a
petrodependência.
Historial sobre a Doença Holandesa

O termo surgiu pela primeira vez em 1977 na revista The Economist (The Economist,
1977). A expressão pretende caracterizar os presumíveis efeitos negativos na indústria
holandesa provocados pelas descobertas de gás natural no Mar do Norte, em 1956,
nomeadamente através do seu impacto na taxa de câmbio real, pois, isso levou a um
aumento nas exportações desse recurso e, então, o valor da Florim – a moeda do país na
época – disparou. Além de uma moeda demasiado forte, o artigo aponta para os custos
industriais elevados e para o uso desadequado das receitas provenientes do gás natural
como as principais causas do aumento do desemprego e do forte declínio no sector
industrial.

No entanto, a teoria da doença foi desenvolvida por W.Max Corden e J. Peter Neary em
1982, no artigo “Booming Sector and De-industrialization in a Small Open Economy”.

As suas teorias baseavam-se no pressuposto de uma economia com três setores, dois
deles relacionados a bens comercializáveis (o setor de recursos naturais “booming”
(florescente) e o setor manufatureiro “lagging” (atrasado) e um terceiro setor constituído
de bens não comercializáveis. (Corden & Neary, 1982)

Como a Doença Holandesa funciona?

Vamos supor que um país descobre uma grande jazida de um certo minério. Então, ele
começa a explorar esse minério e exportá-lo para vários outros países. Até aqui, tudo vai
bem.

Depois de algum tempo, como consequência económica desse cenário, a sua moeda
passa por uma valorização.

Acontece que, com a moeda valorizada, esse país perde competitividade no mercado
externo, porque seus preços ficam menos atrativos para os outros países. É importante
lembrar que, para as exportações, ter uma moeda desvalorizada é uma vantagem.

Ao mesmo tempo, a valorização da moeda significa que as importações ficam mais


baratas, o que é ruim para o mercado interno (afinal, torna-se vantajoso para os
consumidores comprar produtos de fora do país). Assim, as indústrias nacionais
começam a sofrer, e pode haver desemprego, redução no ritmo de produção, entre
outros problemas econômicos de médio e longo prazo.
Causas da doença:

 Aumento na extração de matérias-primas naturais e sua exportação;


 Diminuição no volume de produção industrial no país.

Consequências da doença:

 O desenvolvimento da economia nacional é dificultado, com apenas a indústria


de mineração que abastece o mercado mundial se desenvolvendo;
 O influxo de renda leva a um aumento no custo da moeda nacional, o que
estimula o barateamento das importações e um aumento no seu volume;
 Bens estrangeiros começam a expulsar os produtos domésticos;
 A exploração e exportação dessas reservas levaram a um aumento da inflação e
do desemprego, além de um declinio em outras áreas de produção.

Sintomas da doença:

 Sobrevalorização da taxa de câmbio;


 Baixo crescimento do sector manufactureiro, da agricultura e do agronegócio;
 Rápido aumento do sector de serviços;
 Altos salários médios do sector extrativo, em contraste com os outros sectores;
 Aumento da exclusão económica e social;
 Aumento da informalização da economia, o subemprego e o desemprego
endémico.
Doença Holandesa: Visão macroeconómica de Angola face à crise económica e a
diversificação da economia

A recuperação económica de qualquer país e independentemente das razões por detrás


da quebra da produção de bens e serviços, passa pela definição de políticas adequadas e
transparentes que impulsionem o crescimento económico, que se adequem à nossa
realidade e que sejam compatíveis com recursos disponíveis realistas.

Evidentemente, Angola sofre da chamada doença holandesa, pois a petrodependência do


nosso Pais é uma realidade que vem desde a sua independência em 1975, sendo o
petróleo um recurso natural que domina 94,9% das exportações.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que a diversificação da economia de


Angola, ainda muito dependente das receitas do petróleo, é a principal prioridade e é
determinante para garantir um crescimento económico sustentável e inclusivo.

“Implementar ações políticas para fomentar a diversificação económica é imperativo


para alcançar um crescimento sustentável e inclusivo em Angola”, lê-se numa análise ao
País, feita como informação de contexto no âmbito da última revisão do programa de
ajustamento financeiro que terminou no final de dezembro, e que foi esta semana
colocado no site do Fundo.

“A economia de Angola é demasiada dependente do setor petrolífero, deixando a


economia vulnerável a flutuações nos preços globais do petróleo; isto engloba os
sintomas da doença holandesa, que pode erodir a competitividade e atrasar o
desenvolvimento de outros sectores”.

Por isso, acrescenta-se, “o desenvolvimento dos setores não petrolíferos é ainda mais
crítico para alcançar um crescimento sustentável, tendo em conta as incertezas
relativamente às perspetivas de longo prazo para a produção petrolífera local e as
tendências mundiais rumo à neutralidade das emissões de carbono”.

Ainda, aos 9 de agosto de 2023, o Conselho de Administração do Fundo Monetário


Internacional (FMI) concluiu que o crescimento da economia de Angola em 2023 será
de 0,9 por cento e não de 3,4 por cento como tinha previsto, esta acentuada queda na
previsão, segundo o Conselho Executivo do FMI, deve-se à queda da produção de
petróleo.
O alerta é dado para o aumento da inflação que deverá subir temporariamente em
2023/24 devido ao aumento dos preços da energia relacionados com a reforma dos
subsídios aos combustíveis.

Panorama Económico

A evolução económica de Angola tem estado ligada à procura mundial de petróleo, o


que provocou um crescimento volátil e deixou o país com elevados níveis de pobreza e
desigualdade. Nos últimos cinco anos, as reformas melhoraram a gestão
macroeconómica e a governação do sector público. A estabilidade macroeconómica foi
reforçada através de um regime de taxas de câmbio mais flexível, da autonomia do
banco central, de uma política monetária sólida e da consolidação orçamental. Foram
introduzidas leis que permitem uma maior participação do sector privado na economia,
aumentando a estabilidade do sector financeiro.

O crescimento acelerou em 2022 para 3% (de 1,2% em 2021) graças à expansão nos
sectores não petrolíferos e a uma pequena recuperação na produção de petróleo. O
aumento dos preços do petróleo permitiu a expansão orçamental, especialmente nos
investimentos públicos, e a apreciação da moeda nacional, sustentando o reforço da
procura interna e gerando um crescimento de 7% no consumo privado.

O sector petrolífero contribuiu para esta recuperação com um crescimento de 0,5%, a


primeira expansão desde 2015. A produção não petrolífera acelerou, com a agricultura e
as pescas a crescerem quase 4% e o sector dos serviços a recuperar para os níveis
anteriores à COVID-19. A atividade da construção aumentou 5,5%, beneficiando de um
maior investimento público no contexto de melhores condições financeiras e de um ano
eleitoral.

No primeiro trimestre de 2023, a economia registou uma expansão anual de 0,3%, uma
vez que o crescimento dos serviços (4,1%) foi compensado por um declínio na produção
de petróleo (-8,0%). Com o aumento dos preços do petróleo, a moeda registou uma
apreciação de 26,2% em 2022, embora as pressões de apreciação tenham diminuído no
segundo semestre do ano, quando os preços do petróleo começaram a cair. Entre
meados de maio e o final de junho de 2023, o kwanza desvalorizou-se cerca de 40% em
relação ao dólar norte-americano, devido à menor oferta de moeda estrangeira por parte
do governo, resultante de receitas petrolíferas mais baixas e de um maior serviço da
dívida externa, à medida que os acordos de alívio da dívida expiraram.
O excedente da balança corrente diminuiu para 0,4% do PIB no segundo trimestre de
2023, devido à redução das receitas petrolíferas. As reservas internacionais permanecem
estáveis em cerca de 13 mil milhões de dólares, ou seja, cerca de sete meses de
importações. A inflação continuou a cair rapidamente de um pico de 27,7% em janeiro
de 2022 para 10,6% em abril de 2023. No entanto, a remoção parcial dos subsídios à
gasolina e a desvalorização do kwanza inverteram a tendência de descida da inflação. A
reforma aumentou os preços da gasolina de 160 para 300 kwanzas por litro em junho e
as medidas de mitigação foram insuficientes para proteger os consumidores mais
pobres.

Com o ressurgimento das pressões inflacionistas, o Banco Central decidiu manter a taxa
de referência em 17%. Estima-se que o crescimento para 2023 seja de 1,3%, uma vez
que tanto o sector petrolífero como o não petrolífero deverão ter um desempenho
inferior. Apesar da recente recuperação da produção de petróleo, a média em 2023
situar-se-á muito provavelmente perto do nível de 2022. Os sectores não petrolíferos
serão afectados por cortes nos investimentos públicos e por uma recente depreciação
acentuada da moeda, que está a prejudicar o consumo privado e a produção em sectores
que dependem de factores de produção importados. O abrandamento do crescimento e o
aumento dos preços dos alimentos deverão resultar num crescimento negativo do
consumo privado per capita e num aumento da pobreza de 2,15 dólares por dia (PPC
2017) de 32,4 para 32,8% em 2023, com um total de 11,8 milhões de angolanos a viver
na pobreza.

Embora ainda haja muito a fazer para alcançar esta transformação, as reformas dos
últimos anos melhoraram a gestão macroeconómica e a governação do sector público. A
transformação do modelo económico liderado pelo Estado e financiado pelo petróleo
num modelo de crescimento sustentável, inclusivo e liderado pelo sector privado exige
um compromisso político de alto nível, uma forte coordenação e instituições sólidas.

Desafios Sociais e de Desenvolvimento

A elevada pobreza está ligada à falta de empregos de boa qualidade: 80% dos empregos
são informais e metade são no sector primário (frequentemente trabalho de
subsistência). O desemprego continua elevado, excedendo 38% e 50%, respetivamente.
A diversificação económica continua a ser difícil de alcançar, enquanto a produção de
petróleo está a diminuir e a descarbonização global se aproxima a médio prazo. Angola
precisa investir urgentemente na remoção das barreiras ao investimento do sector
privado para alcançar a diversificação económica e apoiar o crescimento, a criação de
emprego e a redução da pobreza. Com terras agrícolas e aráveis abundantes e condições
climáticas favoráveis, a agricultura é o sector com maior potencial para impulsionar esta
diversificação. No entanto, Angola terá de desenvolver a resiliência climática, uma vez
que a sua exposição a fenómenos climáticos extremos deverá aumentar a escassez de
água, aumentar as temperaturas e prolongar as estações secas, prejudicando a
produtividade agrícola.

Tendo em conta o desafio do emprego, a elevada pobreza, o investimento no capital


humano e na redução da pobreza é uma prioridade máxima. A prestação inadequada de
cuidados de saúde e de educação reduz a produtividade potencial de uma criança
nascida em Angola para 36% do que poderia ser. Os recentes investimentos na educação
e na saúde foram complementados com o lançamento de um registo social e do
programa de transferências monetárias Kwenda em 2020, com cerca de 750 000
agregados familiares rurais a receberem pagamentos em agosto de 2023. Uma rede de
segurança social mais alargada com apoio ao rendimento adaptável poderia reduzir
substancialmente a pobreza extrema, mitigar o impacto dos choques nas famílias e
apoiar os investimentos em capital humano. Os investimentos em capital humano
exigirão um aumento sustentável das despesas e a melhoria da gestão e da
responsabilização para garantir resultados.

Formas de Mitigar a Petrodependência

Vários métodos foram propostos e implementados para a mitigação da doença


holandesa, dentres os quais:

 Impostos sobre a exportação de matérias-primas. Um dos métodos para


neutralizar a doença holandesa seria a adopção de impostos sobre a exportação
de matérias-primas. Isso pode ajudar a equilibrar a economia, desencorajando a
dependência excessiva de um único recurso.
 Gestão da taxa de câmbio. Segundo Luiz C. Bresser Pereira, a doença
holandesa se caracteriza quando um país passa a ter uma “taxa de câmbio de
equilibrio corrente” (taxa de câmbio que permite o equilibrio da balança de
pagamentos) em nivel muito mais apreciado do que a “taxa de câmbio de
equilibrio industrial” que é a taxa que viabiliza o equilibrio entre importação.
Portanto a gestão cuidadosa da taxa de câmbio pode ser uma estratégia eficaz.
 Diversificação económica. Outra abordagem é promover a diversifição
económica para reduzir a dependência de um único recurso. Isso pode envolver
o investimento em outros sectores da economia, como manufactura e serviços.

Cada país pode precisar de uma combinação dessas estratégias, dependendo de suas
circunstâncias económicas especificas.
Conclusão

Após pesquisas feitas, e aos objectivos traçados, concluímos que nem sempre a
abundância de recursos naturais tem os reflexos desejados na economia, fazendo com
que os países que beneficiam destes não consigam tirar o máximo partido dos mesmos,
e em certos casos terem até efeitos prejudiciais na economia. A este subaproveitamento
dos recursos naturais que se reflecte no crescimento económico, dá-se o nome de
Doença Holandesa, ou seja, a doença holandesa é um fenómeno económico resultante
do câmbio de uma dada nação, estagnando o desenvolvimento económico e social da
mesma.

Verificamos que devemos combatê-la de modo a impulsionar os diversos sectores


essencialmente o sector industria de Angola, estimulando a geração de novos postos de
trabalho e a efectivação no processo de diversificação económica. E sem esquecer do
facto de que é arriscado acomodar-se num produto cujo preço não depende de nós pois
qualquer mudança no meercado suficientemente desequilibra as contas públicas.
Referências Bibliográficas

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consolidation. Oxford Economic Papers-New Series, 36(3), 359-380.

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https://www.jornaldeangola.ao/ao/noticias/combustivel-e-o-principal-produto-de-
exportacao-em-angola/

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https://www.imf.org/pt/News/Articles/2023/09/05/pr23303-angola-imf-executive-
board-concludes-first-post-financing-discussion-with-angola

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