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Alimentos S.A.
Confidencial
23 de março de 2015
Este material não deverá ser utilizado ou servir de base para quaisquer propósitos que não os especificados em acordo expresso
com o Credit Suisse AG, ou uma de suas afiliadas (“Credit Suisse”).
Avisos Importantes
O Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Credit Suisse”) foi contratado pela FB Participações S.A. (“FB”) para preparar e entregar um
laudo de avaliação do valor econômico das ações de emissão da Vigor Alimentos S.A. (“Vigor”), no âmbito da OPA (conforme abaixo definido) (“Laudo
de Avaliação”).
“OPA” significa a oferta pública a ser lançada pela FB para fins de saída da Vigor do Novo Mercado da BM&FBovespa S.A. – Bolsa de Valores,
Mercadorias e Futuros (“Novo Mercado”), conforme descrita no fato relevante divulgado pela Vigor em 14 de novembro de 2014 (“Fato Relevante”).
“Pessoa” significa qualquer pessoa física, pessoa jurídica, fundo de investimento ou qualquer outra espécie de veículo ou universalidade de direitos.
“Afiliadas” significa, com relação a uma Pessoa, as Pessoas que, direta ou indiretamente, (i) controlam, administram ou gerem tal Pessoa; (ii) são
controladas, administradas ou geridas por tal Pessoa; ou (iii) estão sob controle, administração ou gestão comum de tal Pessoa ou Pessoas de seu
grupo econômico.
1. Este Laudo de Avaliação foi preparado para o uso dos participantes da OPA nos termos da Instrução CVM nº 361 de 05 de março de 2002,
conforme alterada (“Instrução CVM 361”) e do Regulamento de Listagem do Novo Mercado, não devendo ser utilizado por quem quer que seja para
quaisquer outras finalidades, incluindo, mas não se limitando, para os fins do artigo 8º da Lei das Sociedades por Ações. Este Laudo de Avaliação foi
preparado exclusivamente em português e caso venha a ser traduzido para outro idioma, a versão em português deverá prevalecer para todos os
efeitos. Nos termos da Instrução CVM 361, os termos grafados em idioma estrangeiro ao longo deste Laudo de Avaliação encontram-se devidamente
traduzidos em sua seção “Glossário”.
2. Este Laudo de Avaliação, incluindo suas análises e conclusões, não constitui uma recomendação para a FB, qualquer acionista ou membro da
administração da Vigor, da FB ou quaisquer de suas Afiliadas sobre como votar ou agir em qualquer assunto relacionado à OPA. Este Laudo de
Avaliação e as análises dele constantes não poderão ser utilizados para justificar o voto de qualquer pessoa em relação a qualquer aspecto da OPA.
3. Para chegar às conclusões apresentadas neste Laudo de Avaliação, entre outras coisas: (i) analisamos as demonstrações financeiras individuais e
consolidadas da Vigor referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2012, 2013 e 2014, auditadas pela KPMG Auditores
Independentes (“KPMG”); (ii) revisamos e discutimos com a administração da Vigor as projeções financeiras e operacionais da Vigor e das Pessoas
controladas pela Vigor até o ano 2024, fornecidas pela administração da Vigor (“Plano de Negócios”); (iii) conduzimos discussões com membros
integrantes da administração da Vigor sobre os negócios e perspectivas da Vigor e das Pessoas controladas pela Vigor; e (iv) levamos em consideração
outras informações, estudos financeiros, análises, pesquisas e critérios financeiros, econômicos e de mercado que consideramos relevantes (em
conjunto, as “Informações”).
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4. No âmbito da nossa revisão não assumimos qualquer responsabilidade por investigações independentes ou obrigação de indenizar relacionadas à
exatidão, veracidade, integridade, consistência, suficiência, razoabilidade e precisão de nenhuma das Informações, as quais são de única e exclusiva
responsabilidade da Vigor, e confiamos que tais Informações estavam completas e precisas em todos os seus aspectos relevantes. Além disso, não
fomos solicitados a realizar, e não realizamos, uma verificação independente de tais Informações, ou uma verificação independente ou avaliação de
quaisquer ativos ou passivos (contingentes ou não) da Vigor ou das Pessoas controladas pela Vigor; não nos foi entregue qualquer avaliação a esse
respeito e não avaliamos a solvência da Vigor ou das Pessoas controladas pela Vigor considerando as leis relativas a qualquer assunto, inclusive a
falência, insolvência ou questões similares.
5. Ao Credit Suisse foi declarado pela Vigor: (i) que todas as Informações são completas, corretas e suficientes, (ii) que todas as Informações foram
preparadas de forma razoável e que refletem as melhores estimativas e avaliações na época em que foram disponibilizadas e o melhor juízo por parte
da administração da Vigor quanto ao seu desempenho financeiro futuro e (iii) que, desde a data da entrega das Informações até o presente
momento, a Vigor não tem ciência de qualquer informação ou evento que impacte ou possa impactar de forma relevante o negócio, a situação
financeira, os ativos, os passivos, as perspectivas de negócio, as transações comerciais ou o número de ações emitidas pela Vigor, assim como não
têm ciência de qualquer outro fato significativo que pudesse alterar o seu desempenho futuro ou as Informações tornando-as incorretas ou
imprecisas em quaisquer aspectos materialmente relevantes ou que poderia causar um efeito materialmente relevante nos resultados e análises
contidos neste Laudo de Avaliação.
6. Não fazemos, nem faremos, expressa ou implicitamente, qualquer declaração em relação a qualquer Informação (incluindo projeções financeiras e
operacionais da Vigor ou das Pessoas controladas pela Vigor ou presunções e estimativas nas quais tais projeções se basearam) utilizada para
elaboração do Laudo de Avaliação. Além disto, não assumimos nenhuma obrigação de conduzir, e não conduzimos, nenhuma inspeção física das
propriedades ou instalações da Vigor ou das Pessoas controladas pela Vigor. Não somos um escritório de contabilidade e não prestamos serviços
de contabilidade ou auditoria em relação a este Laudo de Avaliação ou à OPA. Não somos um escritório de advocacia e não prestamos serviços
legais, regulatórios, tributários ou fiscais em relação a este Laudo de Avaliação ou à OPA.
7. O Credit Suisse não realizou processo de auditoria ou diligência (due diligence) contábil, financeira, legal, fiscal ou de qualquer espécie na Vigor,
em qualquer de suas Afiliadas ou em quaisquer outros terceiros. Os resultados de tais procedimentos, caso realizados, poderiam alterar as análises
e conclusões deste Laudo de Avaliação.
8. Nenhuma declaração ou garantia, expressa ou tácita, é feita pelo Credit Suisse no tocante à precisão, completitude, veracidade ou suficiência das
Informações contidas neste Laudo de Avaliação ou nas quais ele foi baseado. Nada contido neste Laudo de Avaliação será interpretado ou
entendido como sendo uma declaração do Credit Suisse quanto ao presente, ao passado ou ao futuro.
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9. As projeções operacionais e financeiras da Vigor e das Pessoas controladas pela Vigor contidas neste Laudo de Avaliação foram baseadas em
Informações obtidas junto à administração da Vigor, bem como em Informações públicas. Assumimos, sem investigação independente, que tais
projeções foram preparadas de modo razoável em bases que refletem as melhores estimativas atualmente disponíveis e o melhor julgamento da
administração da Vigor com relação à futura performance financeira da Vigor. Caso essa premissa não seja verdadeira, as análises e conclusões
deste Laudo de Avaliação podem se alterar de forma significativa.
10. Projeções relacionadas à demanda e ao crescimento do mercado foram baseadas em fontes públicas corroboradas pela Vigor e em projeções
disponibilizadas pela administração da Vigor. Assumimos, sem investigação independente, que tais projeções foram preparadas de modo razoável
em bases que refletem as melhores estimativas atualmente disponíveis à administração da Vigor, assim como seu melhor julgamento com relação a
esses assuntos. Caso essa premissa não seja verdadeira, as análises e conclusões deste Laudo de Avaliação podem se alterar de forma
significativa.
11. Este Laudo de Avaliação não é (i) uma opinião sobre a adequação (fairness opinion) ou preço justo da OPA; (ii) uma recomendação, explícita ou
implícita, a respeito de quaisquer aspectos da OPA; e/ou (iii) um “laudo” ou “laudo de avaliação” emitido para os fins e de acordo com quaisquer
dispositivos regulatórios que não a Instrução CVM 361 e o Regulamento de Listagem do Novo Mercado.
12. Este Laudo de Avaliação não expressa qualquer opinião sobre quaisquer efeitos benéficos ou maléficos que eventualmente possam impactar a
Vigor, as suas Afiliadas e/ou os destinatários da OPA como consequência de sua realização, bem como não cria para o Credit Suisse qualquer
responsabilidade em relação ao resultado da OPA. Este Laudo de Avaliação não representa nem deve ser interpretado como uma recomendação
para qualquer membro do Conselho de Administração ou acionista da Vigor ou para a própria Vigor, tampouco para quaisquer de suas Afiliadas,
sobre como deliberar ou agir em relação a qualquer tema relacionado à OPA, não podendo ser utilizado para justificar o voto ou o exercício de
qualquer direito por qualquer terceiro, interessado ou não na OPA, sobre qualquer assunto, especialmente os acionistas da Vigor.
13. Na metodologia de fluxo de caixa descontado, presumimos um cenário macroeconômico divulgado pelo Banco Central do Brasil em seu
Relatório Focus, o qual reflete a média das expectativas do mercado, assim como os cenários macroeconômicos para a economia mundial
divulgados pela Economist Intelligence Unit, em seu relatório de análise macroeconômica, os quais podem se revelar substancialmente diferente dos
resultados futuros efetivos. Dado que a análise e os valores são baseados em previsões de resultados futuros, eles não necessariamente indicam a
realização de resultados financeiros reais e futuros para a Vigor e/ou para as Pessoas controladas pela Vigor, os quais podem ser significativamente
mais ou menos favoráveis do que os sugeridos pela nossa análise. Além disso, tendo em vista que essas análises são intrinsecamente sujeitas a
incertezas, sendo baseadas em diversos eventos e fatores que estão fora do nosso controle e do controle da Vigor e de suas Afiliadas, não seremos
responsáveis de qualquer forma caso os resultados futuros da Vigor difiram substancialmente dos resultados apresentados neste Laudo de
Avaliação. Não há nenhuma garantia de que os resultados futuros da Vigor corresponderão às projeções financeiras utilizadas como base para
nossa análise. As diferenças entre referidas projeções e os resultados financeiros da Vigor poderão ser relevantes. Os resultados futuros da Vigor
também podem ser afetados pelas condições econômicas e de mercado.
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14. A preparação de uma análise financeira é um processo complexo que envolve várias definições a respeito dos métodos de análise financeira
mais apropriados e relevantes, bem como da aplicação de tais métodos. Para chegar às conclusões apresentadas neste Laudo de Avaliação,
realizamos um raciocínio qualitativo a respeito das análises e fatores considerados. Chegamos a uma conclusão final com base nos resultados de
toda a análise realizada, considerada como um todo, e não chegamos a conclusões baseadas em, ou relacionadas a, qualquer dos fatores ou
métodos de nossa análise isoladamente. Desse modo, acreditamos que nossa análise deve ser considerada como um todo e que a seleção de
partes da nossa análise e fatores específicos, sem considerar toda a nossa análise e conclusões, pode resultar em um entendimento incompleto e
incorreto dos processos utilizados para nossas análises e conclusões.
15. Avaliações de outras empresas e outros setores elaborados pelo Credit Suisse em outras operações de natureza semelhante à OPA, ou não,
poderão tratar as premissas de mercado aqui utilizadas de forma diferente da abordagem contida neste Laudo de Avaliação, de forma que quaisquer
áreas, pessoas, ou executivos do Credit Suisse e de quaisquer de suas Afiliadas podem utilizar em suas análises, relatórios, documentos e/ou
publicações, quaisquer estimativas, projeções e metodologias diferentes das que foram utilizadas no presente Laudo de Avaliação, podendo tais
análises, relatórios, documentos e/ou publicações chegar a conclusões diversas das expressas neste Laudo de Avaliação.
16. Este Laudo de Avaliação versa somente sobre o valor econômico das ações de emissão da Vigor e não avalia qualquer outro aspecto ou
implicação da OPA ou qualquer contrato, acordo ou entendimento firmado com relação à OPA. Não expressamos qualquer opinião a respeito de
qual será o valor pelo qual as ações da Vigor serão ou poderiam ser negociadas no mercado de valores mobiliários a qualquer tempo. Este Laudo
de Avaliação não trata dos méritos da OPA se comparada a outras estratégias que podem estar disponíveis para a Vigor e para a FB, nem trata da
sua eventual decisão no sentido de realizar a OPA. Os resultados apresentados neste Laudo referem-se exclusivamente à OPA e não se aplicam a
qualquer outra questão ou operação, presente ou futura, relativa à Vigor, ao seu grupo econômico ou ao setor em que atua.
17. Na confecção deste Laudo de Avaliação não foram consideradas quaisquer avaliações prévias da Vigor ou de quaisquer valores mobiliários de
sua emissão efetuadas pelo Credit Suisse ou por qualquer terceiro no contexto de quaisquer outras operações, ofertas ou negociações passadas
das quais a Vigor ou qualquer das Pessoas controladas pela Vigor tenha participado ativa ou passivamente.
18. A data base utilizada neste Laudo de Avaliação é 18 de março de 2015 e ele é necessariamente baseado em Informações que nos foram
disponibilizadas até 16 de março de 2015. Muito embora eventos futuros e outros desdobramentos possam afetar as conclusões apresentadas
neste Laudo de Avaliação, não temos qualquer obrigação de atualizar, revisar, retificar ou revogar este Laudo de Avaliação, no todo ou em parte, em
decorrência de qualquer desdobramento posterior ou por qualquer outra razão.
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19. A FB concordou em reembolsar o Credit Suisse e suas Afiliadas pelas despesas incorridas em conexão com a OPA, assim como a indenizá-los
por conta das responsabilidades e despesas que possam surgir em decorrência de sua contratação. O Credit Suisse receberá da FB uma
comissão relativa à preparação e entrega deste Laudo de Avaliação, independentemente das conclusões dele constantes e/ou da liquidação da
OPA.
20. Prestamos, de tempos em tempos, no passado, serviços de investment banking e outros serviços financeiros para a FB, para a Vigor e/ou suas
Afiliadas, pelos quais fomos remunerados, e poderemos, no futuro, prestar tais serviços à FB, à Vigor e/ou a quaisquer de suas Afiliadas, pelos
quais esperamos ser remunerados. Somos uma instituição financeira que presta uma variedade de serviços financeiros e outros relacionados a
valores mobiliários, corretagem e investment banking. No curso normal de nossas atividades, podemos adquirir, deter ou vender, por nossa conta ou
por conta e ordem de nossos clientes, ações, instrumentos de dívida e outros valores mobiliários e instrumentos financeiros (incluindo empréstimos
bancários e outras obrigações) da FB, da Vigor, de quaisquer Afiliadas destas e de quaisquer outras companhias que estejam envolvidas na OPA,
bem como fornecer serviços de investment banking e outros serviços financeiros para tais Pessoas, suas Afiliadas e seus administradores. Além
disto, os profissionais de nossos departamentos de análise de valores mobiliários (research) e de outros departamentos podem basear suas análises
e publicações em diferentes premissas operacionais e de mercado e em diferentes metodologias de análise quando comparadas com aquelas
empregadas na preparação deste Laudo de Avaliação, de forma que os relatórios de pesquisa e outras publicações preparados por eles podem
conter resultados e conclusões diferentes daqueles aqui apresentados. Adotamos políticas e procedimentos para preservar a independência dos
nossos analistas de valores mobiliários, os quais podem ter visões diferentes daquelas do nosso departamento de Investment Banking. Também
adotamos políticas e procedimentos para preservar a independência entre o Investment Banking e demais áreas e departamentos do Credit Suisse,
incluindo, mas não se limitando, ao asset management, mesa proprietária de negociação de ações, instrumentos de dívida, outros valores mobiliários
e demais instrumentos financeiros.
21. Este Laudo de Avaliação é de propriedade intelectual do Credit Suisse e não deve ser utilizado para qualquer outra finalidade que não no
contexto da OPA, não podendo ser divulgado ou encaminhado a terceiros, ou distribuído, reproduzido, resumido ou citado em quaisquer
documentos públicos ou privados, sem a prévia e expressa autorização, por escrito, do Credit Suisse, exceto quando tratar-se da divulgação do
Laudo de Avaliação aos acionistas da Vigor, da disponibilização da versão impressa do Laudo de Avaliação na sede da Companhia e da
disponibilização da versão eletrônica do Laudo de Avaliação para a Comissão de Valores Mobiliários – CVM, para BM&Fbovespa e no website da
Companhia, em qualquer caso, conforme expressamente requerido nos termos da legislação e regulamentação aplicáveis. Na divulgação deste
Laudo de Avaliação, nos termos da lei e da regulamentação aplicáveis, deverá ser observado o seguinte: o Laudo de Avaliação somente pode ser
divulgado na íntegra, e qualquer descrição ou referência ao Credit Suisse em razão de tal divulgação deverá ser expressamente aceita e autorizada
pelo Credit Suisse.
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22. Os cálculos financeiros contidos neste Laudo de Avaliação podem não resultar sempre em soma precisa em razão de arredondamento.
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Índice
1. Sumário executivo 08
Glossário 43
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1. Sumário Executivo
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Resumo da Transação
Contexto da Transação
O Banco de Investimentos Credit Suisse (Brasil) S.A. (“Credit Suisse” ou “CS”) foi contratado pela FB Participações S.A. (“FB”) para
preparar e entregar um laudo de avaliação do valor econômico das ações de emissão da Vigor Alimentos S.A. (“Vigor” ou “Companhia”),
no âmbito da OPA (conforme abaixo definido) (“Laudo de Avaliação”)
“OPA” significa a oferta pública a ser lançada pela FB para fins de saída da Vigor do Novo Mercado da BM&FBovespa S.A. – Bolsa de
Valores, Mercadorias e Futuros (“Novo Mercado”), conforme descrita no fato relevante divulgado pela Vigor em 14 de novembro de 2014
(“Fato Relevante”)
Os principais eventos relacionados à OPA e à preparação deste Laudo de Avaliação são:
A Vigor comunicou, em 11 de agosto de 2014, que a BM&FBovespa concedeu prazo adicional para a recomposição do Percentual
Mínimo de Ações em Circulação (conforme definido no Regulamento do Novo Mercado), sendo que a Companhia deveria, até 14 de
novembro de 2014:
− realizar pedido de registro de oferta pública de distribuição de ações de sua emissão perante a CVM, cujo aviso ao mercado deveria
ser publicado até 31 de março de 2015; ou
− apresentar à BM&FBovespa instrumento particular, ou documento análogo, que resultasse em recomposição do Percentual Mínimo
de Ações em Circulação, sendo que referido instrumento deveria ser celebrado com investidor que não integrasse o bloco de
controle da Companhia ou fosse vinculado ao acionista controlador da Companhia.
Em 14 de novembro de 2014, a Vigor publicou o Fato Relevante comunicando que, apesar dos esforços contínuos e intensos para
atingir o Percentual Mínimo de Ações em Circulação, a condição adversa do mercado de capitais inviabilizou que a Companhia
atendesse às exigências da BM&FBovespa. Neste sentido, a Vigor anunciou que retiraria as ações do Novo Mercado, iniciando com a
aprovação pelos membros de seu Conselho de Administração, em reunião realizada em 28 de novembro de 2014, da lista tríplice de
instituições para elaborar o laudo de avaliação das ações da Companhia para apresentação à Assembléia Geral de Acionistas
Em 22 de dezembro de 2014, na Assembléia Geral de Acionistas, foi dedicido que a empresa que realizaria a avaliação seria o Credit
Suisse, sendo esse, então, o contexto do Laudo de Avaliação
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Sumário da avaliação
Metodologia escolhida
Método de avaliação Valor econômico das ações (R$ por ação) Comentários
O CS considerou a metodologia de fluxo de caixa descontado como a mais adequada para apurar o intervalo de valor para
o preço das ações da Vigor. Na nossa opinião, essa metodologia consegue capturar de forma melhor as mudanças no
setor e no desempenho da Companhia no curto, médio e longo prazo através do impacto desses fatores nos fluxos de
caixa projetados, ao contrário das outras metodologias que são mais focadas na performance de curto prazo e/ou não
conseguem capturar tão bem as especificidades da Companhia
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Metodologias de avaliação
Metodologia escolhida
Múltiplos de Múltiplo de valor da firma por EBITDA de 2015 e 2016 com Reflete o valor da Companhia baseando-se em avaliação de
base na mediana dos múltiplos de negociação de empresas empresas comparáveis, sem levar em consideração
mercado comparáveis no Brasil e no exterior (vide seção 3.3) especificidades da Companhia
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2. Informações sobre o avaliador
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Qualificações do avaliador
O Credit Suisse atuou como assessor financeiro em importantes transações de fusões e aquisições recentes no mercado
brasileiro
Exemplos selecionados de consultoria em operações de fusões e aquisições nos últimos anos
Harald (2015): Venda do controle da Harald para a Fuji Oil Equatorial Energia (2012): Aquisição de participação na Celpa pela
Equatorial Energia
GVT (2014): Venda da GVT para a Telefónica
Folhamatic (2012): Aquisição da Folhamatic pelo Sage Group
Intermédica (2014): Venda da Intermédica para a Bain Capital
Trip (2012): Fusão entre Trip e Azul Linhas Aéreas
Montana (2014): Venda da Montana para o Grupo Kuhn
Vale (2012): Venda dos ativos de carvão da Vale na Colombia para a CNR
OTP e Changi (2013): Aquisição de 51% de participação no Aeroporto
Intercional do Galeão pela OTP e Changi Camil (2012): Aquisição da Cosan Alimentos pela Camil
MMX (2013): Venda de participação da MMX no Porto Sudeste para EBX (2012): Venda de 5,63% da EBX para a Mubadala
Mubadala e Impala
PortX (2012): Aquisição da PortX pela MMX
Embraer (2013): Aquisição da Atech Negócios em Tecnologias para a
Usiminas (2011): Venda de participação para o Grupo Ternium
Embraer Defesa e Segurança
Mabel (2011): Venda da Mabel para a Pepsico
DbTrans (2013): Venda da DbTrans para a FleetCor
Klabin (2011): Aquisição da Florestal do Vale do Corisco pela Klabin
Kroton (2013): Fusão da Kroton com Anhanguera Educacional
Big Ben (2011): Venda da Big Ben para a Brazil Pharma
UAB Motors (2013): Venda da UAB Motors para a Group 1 Automotive
Embraer Defesa (2011): Aquisição de 25% da AEL pela Embraer Defesa e
Bunge (2012): Venda do negócio de fertilizantes da Bunge no Brasil para a
formação da Harpia Sistemas S.A.
Yara International
Brasil Ecodiesel (2011): Aquisição da Vanguarda pela Brasil Ecodiesel
Amil (2012): Venda de 90% das ações da Amil para UnitedHealth Group
Embraer Defesa (2011): Aquisição da Orbisat pela Embraer Defesa
Lenovo (2012): Aquisição da CCE pela Lenovo
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Qualificações do avaliador (cont.)
Fábio Mourão
Responsável pelo departamento de Investment Banking no Brasil
Fábio Mourão é Managing Director e responsável pelo departamento de Investment Banking. Ingressou no Credit Suisse em 2004 no departamento de Investment
Banking, em São Paulo. Tem mais de 15 anos de experiência em Investment Banking. Anteriormente, trabalhou em uma butique de Investment Banking, no Brasil
e na Suíça (Indosuez), e no JP Morgan e no Goldman Sachs, em Nova York. Tem ampla experiência em outros setores e trabalhou como consultor (na McKinsey,
na Alemanha, Itália e Portugal) e como engenheiro, nos segmentos de mineração, refratários e siderurgia (na Magnesita, no Brasil e Japão)
É formado em engenharia metalúrgica pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e possui MBA pela Stanford University
Participou recentemente de várias operações, entre as quais: venda de 100% da Global Village Telecom (GVT) para a Telefónica por € 7,45 bilhões, venda da
Amil Par para UnitedHealth, venda da Intermédica para a Bain; venda do negócio de fertilizantes da Bunge para a Yara, venda de 30% da Serasa para a Experian,
fechamento de capital da Redecard, fusão entre a Trip e a Azul, venda da rede de drogarias Big Ben para a BR Pharma, venda da Mabel para a PepsiCo; venda
da participação da Caixa de Empregados na Usiminas para a Ternium, fusão entre a BM&F e a Bovespa, fusão entre a Submarino e a Americanas.com, fusão
entre a Satipel e a Duratex e a venda do Banco Ibi para o Bradesco, entre outras
Leonardo Cabral
M&A e Private Placement Brasil
Leonardo Cabral é Director e responsável por M&A e Private Placement no Brasil. Ingressou no Credit Suisse em 2004 e desde maio de 2005 é parte do time de
Investment Banking
Antes de juntar-se ao Credit Suisse, Leonardo trabalhou como consultor na Gradus Management Consultants. Leonardo já trabalhou em diversas operações de
ofertas públicas de ações e de títulos de dívida nos mercados brasileiro e internacional
Atualmente, Leonardo é Director responsável pela área de Private Placement no Brasil, tendo atuado em operações de diferentes setores, dentre as quais se
destacam a colocação privada de debêntures conversíveis na Klabin, a venda de 65% da MMX Porto Sudeste para a Trafigura e Mubadala a venda de 30% da
Serasa para a Experian, compra da CCE pela Lenovo, o laudo de avaliação da Redecard, a venda da empresa de Software Folhamatic para o Sage Group, a
venda do Hospital Santa Lucia para a Rede d’Or, aquisição de 5,63% da EBX para Mubadala, aquisição da Port X pela MMX, OPA para aquisição da Vivo pela
Telefônica, compra de participação na MMX pela SK Networks, a aquisição da Inco pela Vale, venda da MB Engenharia para a Brascan, venda do controle
acionário da InPar para um investidor financeiro, venda dos ativos de fertilizantes da Bunge para a Vale e venda de 22% do capital da MMX para a Wuhan Steel e
a fusão entre Satipel e a Duratex
Leonardo é graduado em engenharia de comunicações pelo Instituto Militar de Engenharia – IME no Rio de Janeiro
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Qualificações do avaliador (cont.)
Diego Saito
Cobertura do setor de Varejo e Consumo
Diego Saito é Vice President na área de Investment Banking do Credit Suisse e é responsável pela cobertura do setor de Varejo e Consumo. Diego Saito juntou-
se ao Credit Suisse em agosto de 2009
Diego trabalhou em diversas operações de M&A – laudo de avaliação da Redecard, fusão da Azul e da Trip Linhas Aéreas, fusão da Abyara, Agra e Klabin Segall,
compra da participação no consórcio Biovale pela Vale, venda da Amil, venda da Dbtrans, compra da Mantecorp pela Hypermarcas, compra da Atech, Orbisat e
AEL pela Embraer Defesa, incorporação da Standard Logística pela Brado Logística e compra da Simpar Concessionárias pela JSL S.A. – e de mercado de
capitais – IPO da Multiplus, IPO da Julio Simões Logística, Follow-on da Petrobras, Follow-on da Estácio Participações, Block trade da Hypermarcas, IPO da
IMC Holdings, emissão de bonds para OGX
Diego é graduado em engenharia Aeronáutica pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica – ITA em São José dos Campos
Gustavo Falciano
Cobertura do setor de Varejo e Consumo
Gustavo Falciano é Associate na área de Investment Banking do Credit Suisse e é corresponsável pela cobertura do setor de Varejo e Consumo. Gustavo
Falciano juntou-se ao Credit Suisse em agosto de 2009
Gustavo trabalhou em diversas operações de M&A – venda da Intermédica para Bain Capital, venda de ativos da Hypermarcas para a Bunge Alimentos e Química
Amparo, venda da Mabel Alimentos para a Pepsico, compra da Atech, Orbisat e AEL pela Embraer Defesa – e de mercado de capitais – IPO da Adecoagro, IPO
da Arezzo, IPO da Sonae Sierra, IPO da Autometal, IPO da Technos, IPO da Abril Educação, follow-on da Magnesita, follow-on da Rossi, emissão de bonds para
Vale e Virgolino de Oliveira
Gustavo é graduado em administração de empresas pela Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EAESP-FGV)
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Qualificações do avaliador (cont.)
Heitor Fior
Investment Banking Brasil
Heitor Fior é Analista e ingressou no Credit Suisse em dezembro de 2013 para integrar o time de execução do departamento de Investment Banking
Sua experiência inclui assessoria em operações de M&A e de mercado de capitais
Heitor é graduado em economia pela Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (EESP – FGV)
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Declarações do avaliador
1. Em 16 de março de 2015, o Credit Suisse não possuía valores mobiliários de emissão da companhia objeto ou derivativos neles referenciados
2. O Credit Suisse declara que não possui relações comerciais e creditícias de qualquer natureza com a Vigor que possam impactar o Laudo de
Avaliação
3. O Credit Suisse declara que não tem conflito de interesses que lhe diminua a independência necessária ao desempenho de suas funções
4. O custo para a preparação deste Laudo de Avaliação será de R$525 mil (sem qualquer parcela variável na remuneração do avaliador), a ser pago na
data de sua entrega, independentemente das conclusões dele constantes ou da liquidação da OPA
5. A Credit Suisse (Brasil) S.A. Corretora de Títulos e Valores Mobiliários foi contratada pela FB como instituição intermediadora da OPA e receberá
uma comissão equivalente a 0,14% do volume financeiro apurado na data de sua liquidação
6. Exceto pelas comissões mencionadas nos itens 4 e 5 acima, o Credit Suisse não recebeu nenhuma comissão da Vigor ou da FB por serviços de
consultoria, avaliação, auditoria e assemelhados nos 12 meses anteriores ao pedido de registro da OPA
7. O processo interno de aprovação do Laudo de Avaliação pelo Credit Suisse envolve as seguintes etapas:
i. Discussão sobre as metodologias e premissas a serem adotadas no Laudo de Avaliação, envolvendo a equipe do departamento de Investment
Banking responsável por sua preparação;
ii. Preparação e revisão do Laudo de Avaliação pela equipe responsável do departamento de Investment Banking;
iii. Submissão do Laudo de Avaliação para análise do comitê local de Investment Banking do Credit Suisse;
iv. Discussão e implementação das exigências aplicáveis solicitadas pelo comitê interno, caso haja, a fim de obter sua aprovação final.
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3. Avaliação da Vigor Alimentos S.A.
3.1. Destaques da companhia e do setor
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Visão geral da Vigor
Portfólio de marcas
Mercado de Queijos Especiais no
Brasil
Top 1 1º em Queijo Parmesão
1º em Requeijão
Inovação de Produtos
Introdução do Iogurte Grego
Top 1 57 novos produtos lançados em 2014
73 produtos relançados em 2014
Margens mais
Lácteos elevadas 35,2%
Marcas líderes
Penetração elevada
15,1%
nos lares
Spreads
Diversificação da
matriz de custo
Diversificação do 2,3%
Outros portfólio compondo
a mercearia seca
Leite
719 milhões de toneladas
2,7% CAGR 00’-10’
Manteiga
9 milhões de toneladas
Queijo
20 milhões de toneladas
116,9 ~2,1 2,1~0,4 0,4~0,0
87 2º
4,2% 3,9%
3,4% 3,3% 3,3% 2,7%
41 1,4%
35 32 31 30
24 0,4% 0,3%
14 14 12
-0,3% -0,6%
China Brazil India Latin Turk ey Pakistan World United Germany Poland United France
India United China Pakistan Russian Brazil Germany France Turkey United Poland América
America States of Kingdom
States of Federation Kingdom Latina
and thee Mundo America
America Caribe
Caribbean
Fonte: FAO Statistical Year Book 2013 (FAOSTAT) para valores relativos ao ano de 2010
Confidencial
21
Informações financeiras consolidadas da Vigor
2.693
1.217
1.334 743
397
8,1%
355
2,7%
4,8% 5,1% 2,3%
1,0%
137
120
65
31 26
Fonte: Companhia
Nota: Consolidação da Itambé a partir do 3T13, portanto, o ano de 2013 inclui apenas os resultados do segundo semestre da Itambé
Os resultados de 2014 refletem a consolidação de 100% dos resultados da Itambé Alimentos S.A. do ano inteiro
Confidencial
22
Informações financeiras consolidadas da Vigor
(cont.)
Balanço patrimonial consolidado - Ativo Balanço patrimonial consolidado – Passivo
R$ milhões 2012 2013 2014 R$ milhões 2012 2013 2014
Caixa e equivalentes de caixa 93,0 288,9 264,2 Fornecedores 134,2 310,9 376,7
Contas a receber de clientes 182,3 474,3 495,6 Empréstimos e financiamentos 105,9 365,2 359,2
Impostos a recuperar 129,5 153,4 162,4 Obrigações ficais, trabalhistas e sociais 54,3 100,1 116,6
Total do ativo 1.907,6 3.506,2 3.624,7 Total do passivo e patrimônio líquido 1.907,6 3.506,2 3.624,7
Fonte: Companhia
Confidencial
23
3. Avaliação da Vigor
3.2. Avaliação por fluxo de caixa
descontado
Confidencial
24
Avaliação por fluxo de caixa descontado
Metodologia
Método de fluxo de caixa descontado
Projeção dos fluxos de caixa desalavancados
Os fluxos são descontados pelo custo médio ponderado do capital (WACC) para o cálculo do seu valor
presente
Projeções
O Credit Suisse utilizou, para o propósito da avaliação, projeções operacionais e financeiras fornecidas,
discutidas e validadas pela administração da Vigor, em R$ nominais
Moeda
Projeções em R$ nominais
O fluxo de caixa desalavancado é convertido ano a ano para US$ para ser descontado
Fluxo de caixa descontado
Data base: 18 de março de 2015
Horizonte de projeção: períodos anuais de 2015 a 2024
Assume que os fluxos são gerados ao longo do ano (“mid-year convention”)
Fluxo de caixa descontado em US$ nominais
25
Principais premissas
Todas as premissas que levaram ao fluxo de caixa foram fornecidas e validadas pela Companhia
Macroeconômicas Cenário macroeconômico do Relatório Focus do Banco Central datado de 13 de março de 2015 (inflação no Brasil, taxa de câmbio R$
/ US$ e Selic) e Economist Intelligence Unit datado de 12 de fevereiro de 2015 (inflação nos EUA)
Receita líquida com Com base nas projeções de volumes e preços fornecidas pela Companhia, a receita líquida com produtos vendidos cresce a uma taxa
produtos vendidos média anual (CAGR) de 10,2% entre 2015 e 2019, levando em consideração a expansão estimada do mercado de lácteos nos
próximos anos, o plano de expansão geográfica da Vigor para novos mercados, bem como a mudança no portfólio de produtos com
foco em valor agregado e reposicionamento das marcas. A partir de 2019, o crescimento da receita líquida se estabiliza em 8,1%, até o
término da projeção
Custo dos produtos Custos dos produtos vendidos são projetados como percentual da receita líquida conforme Plano de Negócios da Companhia e reflete
vendidos um ganho de margem bruta devido ao aumento de eficiência operacional e à mudança no portfólio de produtos da Companhia, com
aumento da participação de produtos com maior valor agregado e com melhores margens, principalmente lácteos
Despesas Despesas operacionais crescem com base no Plano de Negócios da Companhia e refletem uma diluição das despesas operacionais
operacionais fixas advindas do maior crescimento da receita líquida e ganhos de escala
Investimentos e Investimentos em manutenção e expansão da capacidade produtiva e da estrutura logística, conforme Plano de Negócios da Companhia
depreciação − Investimentos para expansão de R$145 milhões em 2015, R$95 milhões em 2016, R$75 milhões em 2017 e R$60 milhões em
2018
− Investimento em manutenção em linha com a depreciação dos ativos existentes e novos ao longo do período de projeção
Depreciação projetada com base na depreciação de ativo fixo existente e na depreciação do investimento realizado a partir de 2015
(inclusive)
Confidencial
26
Principais premissas (cont.)
Todas as premissas que levaram ao fluxo de caixa foram fornecidas e validadas pela Companhia
Capital de giro Contas a receber projetada com base em dias de receita líquida, atingindo 48 dias em 2024 (melhoria de 4 dias comparado ao patamar
de 2015)
Estoque projetado com base em dias de custo com produtos vendidos, atingindo 39 dias em 2024 (melhoria de 2 dias comparado ao
nível 2015)
Contas a pagar projetada com base em dias de receita líquida, atingindo 28 dias em 2024 (melhoria de 2 dias comparado ao nível de
2015)
Obrigações trabalhistas e sociais projetada com base em dias de receita líquida constante em 5 dias ao longo do período de projeção
Impostos a recuperar projetados conforme expectativa da Companhia de geração e compensação de créditos fiscais ao longo do
horizonte de projeção
Endividamento Custo médio do financiamento da Companhia de CDI + 2,0% (custo all in) para as linhas de crédito atuais e CDI + 2,7% para as
debêntures
Impostos e Alíquotas efetivas de IR e CSLL projetadas considerando as taxas aplicáveis e despesas redutoras da base de cálculo de tais tributos
contribuição social
Ágio O Plano de Negócios da Companhia considera ágio de R$876 milhões, contabilizados no balanço patrimonial de 31.12.2014 e a
utilização da amortização do ágio segue a Instrução Normativa SRF nº 011, de 10.02.1999
Valor terminal Assume uma taxa de crescimento de 1,9% em termos nominais, em dólares, na perpetuidade
Taxa de desconto Taxa de desconto calculada com base em: (i) taxa de retorno sem risco, (ii) prêmio de risco de mercado, (iii) beta alavancado do setor e
e data base (iv) risco país (vide Apêndice A)
Confidencial
27
Principais premissas (cont.)
Premissas macroeconômicas
As premissas macroeconômicas detalhadas abaixo representam as estimativas do Relatório Focus do
Banco Central, de 13 de março de 2015, e do Economist Intelligence Unit, de 12 de fevereiro de 2015
2015E 2016E 2017E 2018E 2019E 2020E 2021E 2022E 2023E 2024E
Índice de inflação
(1)
Brasil (IPCA) 7,9% 5,6% 5,2% 5,0% 4,7% 4,7% 4,7% 4,7% 4,7% 4,7%
EUA (CPI ) 0,4% 2,2% 2,3% 2,5% 2,0% 2,0% 2,0% 1,9% 1,9% 1,9%
Taxa de câmbio
(2)
R$ / US$ (média do período) 3,03 3,06 3,06 3,14 3,20 3,25 3,34 3,43 3,52 3,62
Taxa de juros
SELIC (média) 12,9% 11,7% 10,8% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0% 10,0%
Notas: (1) Devido à ausência de projeções para inflação a partir de 2019, consideraram-se valores constantes para IPCA a partir de 2020 (inclusive)
(2) Como as projeções do Relatório Focus terminam em 2019, a partir de 2020 (inclusive) as projeções de taxa de câmbio refletem a Confidencial
manutenção da paridade do poder de compra entre as moedas dos EUA e do Brasil
28
Principais premissas (cont.)
Considera 100% da Itambé
Demonstrativo de resultado consolidado
(R$ milhões) 2014A 2015E 2016E 2017E 2018E 2019E 2020E 2021E 2022E 2023E 2024E
Receita Líquida 4.394,6 4.971,4 5.508,3 6.090,6 6.713,5 7.337,6 7.969,7 8.642,7 9.372,3 10.078,0 10.836,7
Custos dos Serviços Prestados (3.178,0) (3.593,9) (3.968,8) (4.376,1) (4.812,8) (5.251,0) (5.694,8) (6.167,5) (6.679,5) (7.178,6) (7.711,3)
Lucro Bruto 1.216,6 1.377,5 1.539,4 1.714,5 1.900,6 2.086,7 2.274,9 2.475,1 2.692,7 2.899,4 3.125,4
Margem Bruta 27,7% 27,7% 27,9% 28,1% 28,3% 28,4% 28,5% 28,6% 28,7% 28,8% 28,8%
Despesas administrativas e gerais (181,9) (204,7) (225,7) (247,6) (268,4) (289,2) (310,8) (332,0) (354,6) (378,3) (401,7)
Despesas de vendas (767,9) (868,6) (961,2) (1.061,2) (1.165,9) (1.274,5) (1.384,3) (1.500,0) (1.625,5) (1.747,7) (1.878,7)
Outras receitas (despesas) 33,2 31,3 34,4 37,6 41,2 44,9 48,6 52,6 57,0 61,2 65,7
Lucro operacional 300,0 335,6 387,0 443,3 507,6 567,8 628,4 695,7 769,5 834,6 910,6
Margem operacional 6,8% 6,7% 7,0% 7,3% 7,6% 7,7% 7,9% 8,0% 8,2% 8,3% 8,4%
Depreciação e Amortização 54,9 66,2 73,0 79,2 85,6 90,6 94,5 98,4 101,9 106,8 106,5
EBITDA 354,9 401,7 460,0 522,5 593,2 658,4 722,9 794,1 871,4 941,3 1.017,1
Margem EBITDA 8,1% 8,1% 8,4% 8,6% 8,8% 9,0% 9,1% 9,2% 9,3% 9,3% 9,4%
Resultado Financeiro Líquido (130,3) (144,0) (143,8) (145,8) (139,7) (129,1) (118,1) (115,5) (114,4) (116,7) (119,4)
EBT 169,7 191,6 243,2 297,4 367,9 438,7 510,3 580,2 655,1 717,8 791,3
IRPJ/CSLL (49,6) (56,0) (64,3) (74,3) (85,8) (98,3) (109,9) (121,2) (131,8) (231,1) (256,6)
Lucro Líquido 120,0 135,6 178,8 223,2 282,0 340,4 400,4 459,0 523,3 486,7 534,7
Margem Líquida 2,7% 2,7% 3,2% 3,7% 4,2% 4,6% 5,0% 5,3% 5,6% 4,8% 4,9%
Confidencial
29
Fluxo de caixa descontado
Considera 50% da Itambé
Cálculo do fluxo de caixa livre para a firma
(2)
R$ milhões, exceto quando indicado 2015E 2016E 2017E 2018E 2019E 2020E 2021E 2022E 2023E 2024E Perp.
EBIT 237,5 272,7 312,0 357,4 401,1 444,7 493,4 547,2 593,0 651,7 651,7
(-) Imposto marginal 34% (80,8) (92,7) (106,1) (121,5) (136,4) (151,2) (167,8) (186,0) (201,6) (221,6) (221,6)
NOPAT 156,8 180,0 205,9 235,9 264,7 293,5 325,7 361,1 391,4 430,1 430,1
(+) Depreciação e amortização 49,4 59,1 67,9 76,8 83,7 89,7 95,8 101,7 109,1 108,0 108,0
(+/-) Variação no capital de giro (21,4) (54,7) (61,3) (70,1) (73,0) (73,1) (79,0) (87,0) (87,4) (95,4) (95,4)
(-) Capex (159,6) (130,6) (124,2) (121,5) (79,4) (85,3) (91,8) (98,7) (106,1) (110,6) (108,0)
(+) Amortização do ágio 9,2 16,4 23,1 33,8 44,1 55,5 66,5 49,1 - - -
Caixa livre para a firma (FCFF) R$ mi 34,4 70,2 111,4 154,9 240,2 280,3 317,2 326,2 306,9 332,2 334,7
FCFF US$ mi 11,3 22,9 36,4 49,3 75,1 86,2 95,0 95,1 87,1 91,8 92,5
Valor Presente do FCFF US$ mi 11,1 20,6 30,1 37,5 52,5 55,5 56,3 51,9 43,7 42,3 590,3
O valor econômico por ação da Vigor, calculado utilizando-se o método de fluxo de caixa
descontado, situa-se entre R$ 11,59 e R$ 12,75
Notas: (1) O cálculo da dívida líquida considera o valor do parcelamento fiscal (REFIS), as provisões para contigências e depósitos judiciais
Considera 50% da dívida líquida da Itambé Alimentos S.A. Confidencial
(2) Fluxo normalizado para cálculo do valor terminal da Companhia 30
(3) Taxa de câmbio BRL/USD média fornecida pelo Banco Central do Brasil dos 30 dias anteriores a 13 de março de 2015
3. Avaliação da Vigor
3.3. Avaliação por múltiplos de mercado
Confidencial
31
Tabela de múltiplos de mercado
Dada a falta de comparáveis diretos no mercado brasileiro de lácteos, incluímos empresas comparáveis nos EUA, Canadá e
Europa como parâmetro adicional. Entretanto, reiteramos que o fluxo de caixa descontado é, na nossa opinião, a
metodologia mais adequada para apurar o intervalo de valor para a Vigor
(milhões de US$, com exceção do preço por ação)
Preço Valor da Valor de EV/EBITDA
Companhia
País ação firma mercado 2015E 2016E
Comparáveis
Dairy Crest Group plc Reino Unido £ 4,62 $1.245 $931 8,0x 7,7x
2015 E 2016 E
Confidencial
34
Avaliação por preço de mercado
Preço médio ponderado pelo volume de negociação
Preço e volume das ações da Vigor (VIGR3) negociadas na BM&FBOVESPA
(R$/ação) Volume (milhões de ações / dia)
7,00 5,0
R$ 7,01
4,0
6,00
3,0
2,0
5,00
1,0
4,00 0,0
jan-14
ago-14
jan-15
fev-14
mar-14
abr-14
jun-14
jul-14
fev-15
mai-14
out-14
nov-13
dez-13
set-14
nov-14
dez-14
O valor médio das ações da Vigor calculado no ano anterior ao Fato Relevante é de R$8,22,
enquanto o preço médio desde o fato relevante até 13 de março de 2015 é de R$7,53
Fonte: Factset, em 13 de março de 2015
Confidencial
35
3. Avaliação da Vigor
3.5. Avaliação por patrimônio líquido
Confidencial
36
Valor patrimonial das ações
(1)
Aumento de capital R$ milhões 156,6
(2)
Número de ações milhões 162,8
O valor patrimonial por ação da Vigor em 31 de dezembro de 2014, ajustado pelo aumento de
capital divulgado em 20 de fevereiro de 2015, é de R$ 8,76
Confidencial
38
Cálculo da taxa de desconto (WACC)
(1)
9,4%
Beta
Custo do equity (Ke , em US$ nominais)
Beta alavancado: Beta desalavancado do setor * Fator de
Custo da dívida (US$ nominais) 9,0% alavancagem. Fonte: Barra, Inc.
Confidencial
40
Fluxo de caixa descontado para a firma (“FCD”)
VP do Fluxo de Caixa
Desalavancado
VP do valor terminal
Valor econômico
Perpetuidade do Fluxo de das Ações
Caixa Desalavancado (Valor das ações)
Confidencial
41
Cálculo do WACC
O WACC foi calculado pela combinação do custo do capital próprio (Ke) e do custo da dívida (Kd)
estimado, considerando-se uma estrutura alvo de capital
O Ke foi estimado pelo avaliador a partir do modelo CAPM - Capital Asset Pricing Model, ajustado para o
risco-país
O Kd foi estimado pelo avaliador considerando-se o risco de crédito e a situação do mercado de dívida
WACC
Prêmio de Risco
Taxa Livre de Prêmio de
Esperado do
Risco dos EUA Beta (ß) Risco
Mercado
(Rf) País (CRP)
Acionário (PRm)
Confidencial
42
Glossário
Confidencial
43
Glossário
Beta: índice que mede o risco não diversificável de uma ação. É um índice que mede a relação entre o retorno da
ação e o retorno do mercado. Desta forma, o prêmio por risco será sempre multiplicado por este coeficiente,
exigindo um prêmio maior por risco quanto maior a variação da ação em relação à carteira de mercado
EBITDA: do inglês, Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, significa, com relação um
período, a soma do lucro operacional antes das despesas e receitas financeiras, impostos, depreciação e
amortização
Mid-year convention: convenção na qual se assume que os fluxos de caixa de uma companhia concentram-se
na metade de cada período
VWAP: do inglês, Volume Weighted Average Price, significa preço médio ponderado pelo volume de negociação
Confidencial
44
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\\csao11p20012a\depto\Invest\_M&A\Vigor\Laudo (Dez. 2014)\Laudo\Laudo de Avaliação - Vigor Alimentos S.A. 23.03.2015_V4.pptx
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Confidencial
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