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Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 40/2020

Goiás
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// Federal Veja nos Próximos


Fascículos
IPI
Drawback - Tratamento tributário. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

// Estadual a IPI - Artesanato


a ICMS - Comércio de
ICMS máquinas, veículos e
Ativo Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08 equipamentos usados

//
a ICMS - Parcelamento de
IOB Setorial débitos

Estadual
Saúde - ICMS - Isenção do imposto nas operações com artigos e
aparelhos ortopédicos e para fraturas e outros que especifica. . . . . . 20

// IOB Comenta
Federal
IPI - Apuração e recolhimento - Aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . 21

// IOB Perguntas e Respostas


IPI
Base de cálculo - Doação de mercadorias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Simples Nacional - Contribuintes optantes pelo regime simplificado
- Crédito fiscal - Impossibilidade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22

ICMS/GO
Base de cálculo - Transferência de mercadorias . . . . . . . . . . . . . . . . 22

ISS/Goiânia
Isenção - Cadastro de contribuintes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
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Capa:
Marketing IOB

Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : drawback : tratamento


tributário. -- 16. ed. -- São Paulo : IOB,
2020. -- (Coleção manual de procedimentos ; 40)

ISBN 978-65-5769-060-4

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e


Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos
Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil
I. Série.

20-44139 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias


e Serviços : ICMS : Direito tributário
34:336.223(81)

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI 5.
6.
Manutenção do crédito fiscal
Nota fiscal
7. Drawback integrado
Drawback - Tratamento tributário 8. Drawback integrado isenção
SUMÁRIO
1. Quadro sinótico 1. Quadro sinótico
2. Considerações iniciais
3. Suspensão do IPI Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
4. Não exportação ou exportação fora do prazo tópicos deste texto:
Tópicos Descrição
Conceito O drawback é o regime aduaneiro especial de incentivo à exportação que permite a importação de produtos des-
tinados à industrialização, no País, de produto já exportado ou a exportar, com suspensão, isenção ou restituição
de tributos.
Denomina-se “drawback verde-amarelo” a aquisição interna de insumos que, após a sua industrialização, sejam
exportados pelo próprio adquirente ou por intermédio de empresas comerciais exportadoras.
As compras internas com fim exclusivamente de exportação serão comparadas e observarão o mesmo regime e
tratamento fiscal que as importações desoneradas com fim exclusivamente de exportação feitas sob o regime de
drawback.
Drawback integrado O regime aduaneiro especial de drawback pode ser aplicado nas seguintes modalidades, no âmbito da Secretaria
de Comércio Exterior (Secex):
a) drawback integrado suspensão - aquisição no mercado interno ou importação, de forma combinada ou não, de
mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado, com suspensão dos tributos
exigíveis na importação e na aquisição no mercado interno na forma do art. 12 da Lei nº 11.945/2009, do art. 17 da
Lei nº 12.058/2009 e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010; e
b) drawback integrado isenção - aquisição no mercado interno ou importação, de forma combinada ou não, de
mercadoria equivalente à empregada ou à consumida na industrialização de produto exportado, com isenção do
Imposto de Importação (II), e com redução a zero do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep, da Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Impor-
tação, na forma do art. 31 da Lei nº 12.350/2010 e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010.
O regime de drawback integrado suspensão aplica-se também:
a) à aquisição no mercado interno ou à importação de mercadorias para emprego em reparo, criação, cultivo ou
atividade extrativista de produto a ser exportado; e
b) às aquisições no mercado interno ou importações de empresas denominadas “fabricantes intermediários”, para
industrialização de produto intermediário a ser diretamente fornecido a empresas industriais exportadoras, para
emprego ou consumo na industrialização de produto final a ser exportado (drawback intermediário).
O regime de drawback integrado isenção aplica-se também à aquisição, no mercado interno, ou à importação, de
mercadoria equivalente à empregada:
a) em reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto já exportado; e
b) na industrialização de produto intermediário fornecido diretamente a empresa industrial exportadora e emprega-
do ou consumido na industrialização de produto final já exportado.
O beneficiário de drawback integrado isenção poderá optar pela importação, ou pela aquisição no mercado inter-
no, da mercadoria equivalente, de forma combinada ou não, considerada a quantidade total adquirida ou impor-
tada com pagamento de tributos.
As empresas amparadas pelo regime de drawback integrado deverão informar, durante o prazo de validade do Ato
Concessório (AC), as notas fiscais de compra no mercado interno por meio da opção “Cadastrar NF” do módulo
específico do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Exportação Não exportação ou exportação fora do prazo:
No caso de inadimplemento dos requisitos que condicionam a saída com suspensão do IPI, como a não efetivação
da exportação pelo adquirente ou a sua exportação fora do prazo, o imposto e a penalidade cabíveis serão exigi-
dos da pessoa jurídica responsável pelo fato, como se a suspensão não existisse.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-01


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ICMS - IPI e Outros

Tópicos Descrição
Manutenção do É permitida a manutenção do crédito do IPI relativo aos insumos adquiridos para emprego na industrialização de
crédito fiscal produtos saídos com suspensão do imposto e que posteriormente são destinados à exportação.
Nota Fiscal Eletrôni- A comprovação das aquisições de mercadoria nacional sob o amparo do regime de drawback integrado terá por
ca (NF-e) base a NF-e emitida pelo fornecedor, que deverá ser registrada no Siscomex pelo titular do AC.
As NF-e registradas deverão representar somente operações de venda de mercadorias empregadas ou consumi-
das na industrialização de produtos a serem exportados, devendo constar do documento:
a) a descrição e os respectivos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM);
b) o número do AC; e
c) a indicação da saída e venda da mercadoria com suspensão do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.
Suspensão do IPI A legislação permite a saída com suspensão do lançamento do IPI, nas seguintes hipóteses:
a) produtos industrializados que contenham matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material de em-
balagem (ME), importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, com suspensão ou isenção de tributos,
quando remetidos diretamente a empresas industriais exportadoras para emprego na produção de mercadoria
destinada a exportação direta, ou por intermédio de empresa comercial exportadora;
b) MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos a:
b.1) estabelecimento industrial, para industrialização de produtos destinados à exportação; ou
b.2) estabelecimento comercial, para industrialização, em outro estabelecimento da mesma empresa ou de ter-
ceiro, de produto destinado à exportação; e
c) produtos para emprego ou consumo na industrialização ou elaboração de produto a ser exportado, adquiridos
no mercado interno ou importados.
Também poderão ser realizadas com suspensão do IPI a aquisição no mercado interno e a importação, de forma
combinada ou não, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado. Essa
modalidade de tributação é denominada de “drawback integrado”.

2. Considerações iniciais Examinaremos, nos itens seguintes, o tratamento


fiscal previsto na legislação do Imposto sobre Produ-
O drawback é o regime aduaneiro especial de
tos Industrializados (IPI) para as operações denomi-
incentivo à exportação que permite a importação de
nadas “drawback”, com fundamento no Regulamento
produtos destinados à industrialização, no País, de
do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010,
produto já exportado ou a exportar, com suspensão,
no Regulamento Aduaneiro - Decreto nº 6.759/2009, e
isenção ou restituição de tributos.
em outros atos que serão mencionados no transcorrer
Denomina-se “drawback verde-amarelo” a aquisi- do texto.
ção interna de insumos que, após a sua industrializa- (RIPI/2010; Regulamento Aduaneiro - RA - Decreto
ção, sejam exportados pelo próprio adquirente ou por nº 6.759/2009, art. 383; Lei nº 8.402/1992, art. 3º, caput; Lei
intermédio de empresas comerciais exportadoras. nº 11.945/2009, art. 12; Lei nº 10.893/2004, art. 14, V, “c”; Lei
nº 12.350/2010, art. 31; Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010;
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010; Portaria Secex
As compras internas com fim exclusivamente de nº 44/2020)
exportação serão comparadas e observarão o mesmo
regime e tratamento fiscal que as importações deso-
3. Suspensão do IPI
neradas com fim exclusivamente de exportação feitas
sob o regime de drawback. Ocorre o fato gerador do IPI, em regra, na saída
de produto do estabelecimento que o industrializa
As disposições relativas às operações de comér- (fabricante) ou na saída do produto do estabeleci-
cio exterior, relacionadas ao drawback, constam, mento equiparado a industrial.
entre outros atos legais, da Portaria Secex nº 44/2020.
Contudo, a legislação permite a saída com sus-
Esta Portaria regulamenta a concessão e a ges- pensão do lançamento do IPI nas seguintes hipóteses:
tão, pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), dos
a) produtos industrializados que contenham
seguintes regimes aduaneiros especiais:
matérias-primas (MP), produtos intermediá-
a) drawback suspensão, estabelecido pelo rios (PI) e material de embalagem (ME), im-
art. 12 da Lei nº 11.945/2009 e pelo art. 14, portados sob o regime aduaneiro especial de
V, “c”, da Lei nº 10.893/2004 e regulamentado drawback com suspensão ou isenção de tribu-
pela Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010; tos, quando remetidos diretamente a empre-
e sas industriais exportadoras para emprego na
b) drawback isenção, estabelecido pelo art. 31 produção de mercadoria destinada à exporta-
da Lei nº 12.350/2010 e regulamentado pela ção direta, ou por intermédio de empresa co-
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010. mercial exportadora;

40-02 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

b) MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos b) nos incisos III a IX do art. 3º da Lei
a (drawback verde-amarelo): nº 10.833/2003;
b.1) estabelecimento industrial, para indus- Nota
trialização de produtos destinados à ex- Os incisos III a IX do art. 3º da Lei nº 10.833/2003 dispõem:
portação; ou
“Art. 3º - Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá
b.2) estabelecimento comercial, para indus- descontar créditos calculados em relação a:
trialização em outro estabelecimento da [...]
mesma empresa ou de terceiro, de pro-
III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
duto destinado à exportação; e consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
c) produtos para emprego ou consumo na indus- IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
trialização ou elaboração de produto a ser ex-
portado, adquiridos no mercado interno ou im- V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mer-
cantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Paga-
portados. mento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte - Simples;
Notas
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imo-
(1) Com a efetivação da exportação dos produtos industrializados é bilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização
implementada a condição a que se subordina a suspensão, resolvendo-se, na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
dessa forma, a obrigação tributária suspensa (RIPI, art. 41). A partir da ex-
portação, não será exigido nenhum valor do IPI que tenha sido enquadrado VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, uti-
no regime da suspensão. lizados nas atividades da empresa;
VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integra-
(2) A Solução de Divergência Cosit nº 1/2020, da Coordenação-Geral
do faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto
do Sistema de Tributação, dispõe que as mercadorias nacionalizadas são
nesta Lei;
admitidas no regime de drawback, fazendo jus à suspensão do IPI e da con-
tribuição para o PIS e da Cofins, incidentes na aquisição, no mercado interno, IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos
de MP, PI e ME, a serem empregados no processo produtivo de produto a casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.”
ser exportado.
c) nos incisos III a V do art. 15 da Lei
Também poderão ser realizadas com suspensão nº 10.865/2004.
do IPI a aquisição no mercado interno ou a importa-
Nota
ção, de forma combinada ou não, de mercadoria para
Os incisos III a V do art. 15 da Lei nº 10.865/2004 dispõem:
emprego ou consumo na industrialização de produto
a ser exportado. “Art. 15 - As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins, nos termos dos arts. 2º e 3º das Leis nºs 10.637, de
30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão
A suspensão do IPI não se aplica às hipóteses descontar crédito, para fins de determinação dessas contribuições, em rela-
ção às importações sujeitas ao pagamento das contribuições de que trata o
previstas: art. 1º desta Lei, nas seguintes hipóteses:

a) nos incisos IV a IX do art. 3º da Lei [...]


nº 10.637/2002; III - energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurí-
dica;
Nota
IV - aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de prédios,
Os incisos IV a IX do art. 3º da Lei nº 10.637/2002 dispõem: máquinas e equipamentos, embarcações e aeronaves, utilizados na ativida-
de da empresa;
“Art. 3º - Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá V - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imo-
descontar créditos calculados em relação a: bilizado, adquiridos para locação a terceiros ou para utilização na produção
de bens destinados à venda ou na prestação de serviços.”
[...]
IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
Apenas a pessoa jurídica habilitada pela Secex
poderá efetuar aquisições ou importações com a
V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mer-
cantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Paga- suspensão do IPI.
mento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte - Simples;
Cabe observar que é permitida a transferência
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imo-
bilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros ou para utilização de mercadoria do regime de drawback para outros
na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços; regimes aduaneiros especiais, nos termos do art. 310
VII - edificações e benfeitorias em imóveis de terceiros, quando o custo, do Decreto nº 6.759/2009 (RA), desde que realizada a
inclusive de mão-de-obra, tenha sido suportado pela locatária; baixa do primeiro regime.
VIII - bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha inte-
grado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o dis-
posto nesta Lei; A Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010 disci-
IX - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
plina o regime especial de drawback integrado, o qual
consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica.” suspende, entre outros tributos, o pagamento do IPI.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-03


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Por outro lado, a Portaria Secex nº 44/2020 tam- para exportação por esta, nos termos da legislação
bém dispõe sobre o regime especial de drawback. pertinente.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, IV a IX; Lei nº 10.833/2003, (Portaria Secex nº 44/2020, art. 4º)
art. 3º, III a IX; Lei nº 10.865/2004, art. 15, III a V; Lei
nº 11.945/2009, art. 12; Decreto nº 6.759/2009, art. 310;
RIPI/2010, arts. 35, II, 41, 43, caput, IV, XIV e XV, §§ 2º e 4º; Por- 4. Não exportação ou exportação fora do
taria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010, art. 1º, §§ 1º a 3º; Porta- prazo
ria Secex nº 44/2020; Solução de Divergência Cosit nº 1/2020)
No caso de inadimplemento dos requisitos que
condicionam a saída com suspensão do IPI, como a
3.1 Requisitos não efetivação da exportação pelo adquirente ou a sua
Para aplicação da suspensão do IPI descrita exportação fora do prazo, o imposto e a penalidade
nas letras “b.1” e “b.2” do item anterior, deverão ser cabíveis serão exigidos da pessoa jurídica responsá-
observados os seguintes requisitos: vel pelo fato como se a suspensão não existisse.
a) a aplicação da suspensão depende de prévia (RIPI/2010, arts. 25, caput, VI, 42 e 182, I, “r”)
aprovação da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB), de plano de exporta- 5. Manutenção do crédito fiscal
ção, elaborado pela empresa exportadora que
É permitida a manutenção do crédito do IPI
irá adquirir os insumos objeto da suspensão; e
relativo aos insumos adquiridos para emprego na
b) a exportação dos produtos pela empresa ad- industrialização de produtos saídos com suspensão
quirente dos insumos fornecidos com suspen- do imposto e que posteriormente são destinados à
são do IPI deverá ser efetivada no prazo de exportação.
até 1 ano contado da aprovação do plano de
exportação, podendo ser prorrogado uma vez, (RIPI/2010, art. 238; Instrução Normativa DRF nº 84/1992,
art. 1º, § 2º)
por idêntico período, admitidas novas prorro-
gações, até o prazo máximo de 5 anos, quan-
do se tratar de exportação de bens de capital 6. Nota fiscal
de longo ciclo de produção. Nas notas fiscais relativas às saídas com suspen-
Notas são do IPI, deverá constar a expressão “Saída com
(1) A Instrução Normativa DRF nº 84/1992 divulga instruções comple-
Suspensão do IPI”, com a indicação do dispositivo
mentares para a aplicação do regime de suspensão do IPI, nas operações legal ou regulamentar concessivo.
com insumos destinados à industrialização de produtos objeto de posterior
exportação. (RIPI/2010, arts. 43, caput, IV, XIV e XV, e 415, III)
(2) A Instrução Normativa RFB nº 845/2008 disciplina as aquisições de
MP, PI e ME, no mercado interno, por beneficiário do regime aduaneiro espe-
cial de drawback, com suspensão dos tributos.
7. Drawback integrado
(3) Para efeitos de adimplemento do compromisso de exportação nos O regime aduaneiro especial de drawback pode
regimes aduaneiros suspensivos, destinados à industrialização para expor- ser aplicado nas seguintes modalidades, no âmbito
tação, os produtos importados ou adquiridos no mercado interno com sus-
pensão do pagamento dos tributos incidentes podem ser substituídos por da Secex:
outros produtos, nacionais ou importados, da mesma espécie, qualidade e
quantidade, importados ou adquiridos no mercado interno, sem suspensão a) drawback integrado suspensão - aquisição
do pagamento dos tributos incidentes, nos termos, limites e condições esta- no mercado interno, ou importação, de forma
belecidos pelo Poder Executivo (Lei nº 11.774/2008, art. 17).
combinada ou não, de mercadoria para em-
(Lei nº 11.774/2008, art. 17; Lei nº 12.350/2010, art. 32; prego ou consumo na industrialização de pro-
RIPI/2010, art. 43, § 2º; Instrução Normativa DRF nº 84/1992; duto a ser exportado, com suspensão dos tri-
Instrução Normativa RFB nº 845/2008)
butos exigíveis na importação e na aquisição
no mercado interno, na forma do art. 12 da Lei
3.2 Industrialização por encomenda nº 11.945/2009, do art. 17 da Lei nº 12.058/2009
É admitida a industrialização sob encomenda, na e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010;
qual a empresa industrial ou comercial beneficiária e
do regime remete as mercadorias importadas ou b) drawback integrado isenção - aquisição no
adquiridas no mercado interno ao amparo do ato con- mercado interno, ou importação, de forma
cessório para industrialização por terceiros, devendo combinada ou não, de mercadoria equivalen-
o produto industrializado ser devolvido à beneficiária te à empregada ou à consumida na industriali-

40-04 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

zação de produto exportado, com isenção do tidade, importadas ou adquiridas no mercado interno,
Imposto de Importação (II), e com redução a sem suspensão dos tributos incidentes, observando-
zero do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep, -se que:
da Cofins, da contribuição para o PIS/Pasep-
-Importação e da Cofins-Importação, na forma a) não alcança a hipótese de empréstimo de
do art. 31 da Lei nº 12.350/2010 e da Portaria mercadoria com suspensão dos tributos inci-
Conjunta RFB/Secex nº 3/2010. dentes, entre pessoas jurídicas distintas;
b) admite-se, também, nos casos de sucessão
O regime de drawback integrado suspensão legal, nos termos da legislação pertinente;
aplica-se também:
c) poderá ocorrer, total ou parcialmente, até o li-
a) à aquisição, no mercado interno, ou à impor- mite da quantidade admitida sob o amparo do
tação de mercadorias para emprego em repa- regime, apurada de acordo com a unidade de
ro, criação, cultivo ou atividade extrativista de medida estatística da NCM prevista para cada
produto a ser exportado; e mercadoria.
b) às aquisições, no mercado interno, ou impor-
tações, de empresas denominadas “fabrican- Poderão ser reconhecidas como equivalentes, em
tes intermediários”, para industrialização de espécie e qualidade, as mercadorias que, cumulati-
produto intermediário a ser diretamente for- vamente:
necido a empresas industriais exportadoras, a) sejam classificáveis no mesmo código da
para emprego ou consumo na industrialização NCM;
de produto final a ser exportado (drawback in-
termediário). b) realizem as mesmas funções;
c) sejam obtidas a partir dos mesmos materiais;
O regime de drawback integrado isenção aplica-
d) sejam comercializadas a preços equivalen-
-se também à aquisição, no mercado interno, ou à
tes, exceto quanto às mercadorias idênticas,
importação, de mercadoria equivalente à empregada:
assim consideradas aquelas iguais em tudo,
a) em reparo, criação, cultivo ou atividade extrati- inclusive nas características físicas, qualidade
vista de produto já exportado; e e reputação comercial, admitidas pequenas
b) na industrialização de produto intermediário diferenças na aparência; e
fornecido diretamente a empresa industrial ex- e) possuam as mesmas especificações (dimen-
portadora e empregado ou consumido na in- sões, características e propriedades físicas,
dustrialização de produto final já exportado. entre outras), que as tornem aptas ao empre-
O beneficiário de drawback integrado isenção go ou consumo na industrialização de produto
poderá optar pela importação ou pela aquisição, no final exportado informado.
mercado interno, de mercadoria equivalente, de forma
Ficam dispensados, para fins de verificação de
combinada ou não, considerada a quantidade total
adimplemento do compromisso de exportação, os
adquirida ou importada com pagamento de tributos.
controles segregados de estoque de mercadorias fun-
gíveis, sem prejuízo dos controles contábeis previstos
As empresas amparadas pelo regime de drawback
integrado deverão informar, durante o prazo de vali- na legislação.
dade do AC, as notas fiscais de compras no mercado
interno por meio da opção “Cadastrar NF” do módulo A apuração da equivalência de preços será efe-
específico do Siscomex. tuada descontando-se a variação cambial, podendo
ainda ser acatadas alterações no preço da merca-
Segundo o disposto nos arts. 5º-A e 6º-A da doria de até 5% em relação ao valor das mercadorias
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010, para fins originalmente adquiridas no mercado interno ou
de adimplemento do compromisso de exportação importadas.
no regime de drawback integrado, as mercadorias
importadas ou adquiridas no mercado interno com Não será considerada a equivalência de mer-
suspensão dos tributos incidentes podem ser substi- cadorias nas operações em que for constatada a
tuídas por outras, idênticas ou equivalentes, nacionais ocorrência de fraude ou prática de preços artificiais,
ou importadas, da mesma espécie, qualidade e quan- sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-05


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ICMS - IPI e Outros

Para fins de fiscalização do cumprimento do nual do Siscomex Drawback Isenção, disponível no


compromisso de exportação, a RFB levará em consi- site www.siscomex.gov.br.
deração as operações cursadas ao amparo do regime
segundo o critério contábil de ordem primeiro que Assim, mediante o citado regime, a aquisição no
entra, primeiro que sai (PEPS). E, ainda, o beneficiário mercado interno, ou a importação, de forma combi-
do regime deverá prestar, na forma e nos prazos esta- nada ou não, de mercadoria equivalente à empregada
belecidos pela RFB, informações adicionais relativas ou à consumida na industrialização de produto expor-
às operações conduzidas ao amparo da Portaria tado, poderá ser realizada com isenção do II, e com
Conjunta RFB/Secex nº 467/2010. redução a zero da alíquota do IPI, da contribuição
para o PIS-Pasep, da Cofins, da contribuição para o
É importante destacar que deverão ser observa- PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Importação.
das as instruções operacionais presentes no Manual
do Siscomex Drawback Suspensão, disponível na O regime especial com o benefício da isenção é
página eletrônica “siscomex.gov.br” e o disposto na denominado “drawback integrado isenção”.
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010.
Esse regime não alcança as hipóteses previstas
O prazo de vigência do regime de drawback nos incisos IV a IX do art. 3º da Lei nº 10.637/2002, nos
suspensão será de 1 ano, admitida uma única pror- incisos III a IX do art. 3º da Lei nº 10.833/2003 e nos
rogação, por igual período, mediante solicitação no incisos III a V do art. 15 da Lei nº 10.865/2004.
Siscomex, apresentada até o último dia do prazo
Nota
original.
Veja a transcrição desses dispositivos no item 3.
(Lei nº 11.945/2009, art. 12; Lei nº 12.350/2010, art. 31;
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010; Portaria Conjunta A isenção também se aplica ao regime deno-
RFB/Secex nº 467/2010, arts. 5º-A e 6º-A; Portaria Secex minado de “drawback intermediário isenção”, que
nº 44/2020, art. 19)
consiste na aquisição, no mercado interno, ou na
importação de mercadoria equivalente à empregada:
7.1 NF-e
a) em reparo, criação, cultivo ou atividade extrati-
A comprovação das aquisições de mercadoria vista de produto já exportado; e
nacional sob o amparo do regime de drawback inte- b) na industrialização de produto intermediário
grado terá por base a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) fornecido diretamente à empresa industrial ex-
emitida pelo fornecedor, que deverá ser registrada no portadora e empregado ou consumido na in-
Siscomex pelo titular do AC. dustrialização de produto final já exportado.
As NF-e registradas deverão representar somente O beneficiário poderá optar pela importação, ou
operações de venda de mercadorias empregadas ou pela aquisição no mercado interno, da mercadoria
consumidas na industrialização de produtos a serem equivalente, de forma combinada ou não, conside-
exportados, devendo constar do documento: rada a quantidade total adquirida ou importada com
pagamento de tributos.
a) a descrição e os respectivos códigos da NCM;
b) o número do AC; e Considera-se como equivalente à empregada ou
c) a indicação da saída e venda da mercadoria à consumida na industrialização de produto expor-
com suspensão do IPI, da contribuição para o tado a mercadoria nacional ou estrangeira da mesma
PIS-Pasep e da Cofins. espécie, qualidade e quantidade daquela anterior-
(Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010, art. 5º) mente adquirida no mercado interno ou importada
sem a fruição da isenção.
8. Drawback integrado isenção
Admite-se, também, como equivalente a merca-
O regime especial de drawback isenção está dis- doria adquirida no mercado interno ou importada com
ciplinado pela Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010. fruição do benefício fiscal, desde que se constitua
em reposição em uma sucessão em que a primeira
Na importação vinculada ao regime, a beneficiária aquisição ou importação dessa mercadoria não tenha
deverá observar os procedimentos previstos no Ma- sido realizada com a isenção.

40-06 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Poderão ser reconhecidas como equivalentes, em Na solicitação de habilitação, depois de gerado


espécie e qualidade, as mercadorias: o número de protocolo eletrônico do processo de AC,
este deverá ser informado nos RE que embasarão
a) classificáveis no mesmo código da NCM;
o pedido, mediante alteração dos RE averbados no
b) que realizem as mesmas funções; Siscomex Exportação Web-Novoex.
c) obtidas a partir dos mesmos materiais; e
d) cujos modelos ou versões sejam de tecnologia Para a conversão dos valores constantes nos
similar, observada a evolução tecnológica. documentos referidos nas letras “a” a “f”, em moeda
distinta de dólares dos Estados Unidos da América,
A pessoa jurídica será habilitada ao regime de será considerada a taxa de câmbio para venda Ptax
drawback integrado isenção por meio de AC, con- vigente no penúltimo dia útil anterior à data de emis-
forme estabelecido em ato específico a ser expedido são da nota fiscal, de registro da DI, ou de embarque
pela Secex. da mercadoria exportada a que se refere o RE.

A habilitação deverá ser requerida por meio de O deferimento da habilitação ao drawback inte-
formulário, no modelo e padrão especificados em ato grado isenção compete à Secex, para o qual levará
da Secex. Para esse efeito, o requerente informará: em conta:

a) o valor em reais, a quantidade na unidade de a) a agregação de valor; e


medida estatística, a descrição, o código da b) o resultado da operação.
NCM, os números de inscrição no CNPJ do
Considera-se resultado da operação a compara-
emissor e do comprador e o número e a data
ção, em dólares dos Estados Unidos da América, do
da emissão da nota fiscal correspondente às
valor das importações, aí incluídos o preço da merca-
mercadorias adquiridas no mercado interno,
doria no local de embarque no exterior e as parcelas
que foram empregadas ou consumidas na in-
estimadas de seguro e frete, adicionado do valor das
dustrialização do produto exportado;
aquisições no mercado interno, quando houver, com o
b) os números das adições constantes das De- valor líquido das exportações, ou seja, o valor no local
clarações de Importação (DI) das mercadorias de embarque deduzido das parcelas de comissão de
originalmente importadas; agente, eventuais descontos e outras deduções.
c) os números dos registros de exportações (RE);
d) o valor em reais, a quantidade na unidade de A concessão do regime será efetuada:
medida estatística, o código da NCM, o CNPJ a) com base no fluxo físico, por meio de compa-
do emissor e do comprador, o número e a data ração entre os volumes de importação e de
da emissão constantes da nota fiscal corres- aquisição no mercado interno, em relação ao
pondente às vendas no mercado interno, com volume exportado; e
o fim específico de exportação e a empresa de b) em relação à agregação de valor, consideran-
fins comerciais habilitada a operar em comér- do-se, ainda, a variação cambial das moedas
cio exterior, quando for o caso; de negociação e a oscilação dos preços dos
e) o valor em reais, a quantidade na unidade produtos importados e exportados.
de medida estatística, o código da NCM, os
Poderão ser acatadas alterações, para mais, no
números de inscrição no CNPJ do emissor e
preço da mercadoria a ser adquirida no mercado
do comprador, o número e a data da emissão
interno, ou importada, de até 5% em relação ao valor
constantes da nota fiscal de venda à empresa
das mercadorias originalmente adquiridas no mercado
comercial exportadora constituída na forma do
interno, ou importadas, sem prejuízo da reposição
Decreto-lei nº 1.248/1972, quando for o caso; e
integral da quantidade dessas mercadorias.
f) o valor em reais, a quantidade na unidade de
medida estatística, o código da NCM, o CNPJ As alterações superiores a 5%, no preço da
do emissor e do comprador, o número e a data mercadoria a ser adquirida no mercado interno,
da emissão constantes da nota fiscal de venda ou importada, ficam sujeitas a exame por parte da
à empresa industrial exportadora, na hipótese Secex, para efeito de reposição da quantidade inte-
de drawback intermediário. gral da mercadoria idêntica, diante das justificativas

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-07


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

apresentadas pela empresa beneficiária, observadas c) a cláusula “Saída da mercadoria com redu-
as demais normas do regime. ção a zero do Imposto sobre Produtos In-
dustrializados - IPI, da contribuição para o
Entende-se por mercadoria idêntica aquela que é PIS-Pasep e da Contribuição para Financia-
igual em tudo à mercadoria a ser adquirida para sua mento da Seguridade Social - Cofins, nos ter-
reposição, inclusive em suas características físicas e mos do drawback integrado isenção previsto
qualidades, admitidas pequenas diferenças na apa- no art. 7º da Medida Provisória nº 497/2010”.
rência.
Nota
O art. 7º da Medida Provisória nº 497/2010 corresponde ao art. 31 da
A mercadoria adquirida mediante o regime do Lei nº 12.350/2010.
drawback integrado isenção não poderá ser destinada
à complementação de processo industrial de produto As modificações das condições negociadas ou
já amparado por regime de drawback isenção, conce- realizadas ficarão sujeitas a pedido de alteração do
dido anteriormente. AC, apresentado dentro do prazo de validade deste,
por meio de formulário próprio.
Para fins de habilitação ao regime, somente
poderá ser utilizada DI ou nota fiscal (NF) com data Aplicam-se ao regime especial de drawback
de registro ou emissão, conforme o caso, não anterior integrado isenção, no que forem compatíveis, as
a 2 anos da data de apresentação do respectivo disposições estabelecidas para o drawback isenção.
requerimento de habilitação.
Será encaminhada à unidade da RFB que jurisdi-
O prazo de validade do AC será de até 1 ano, ciona o domicílio fiscal da matriz da pessoa jurídica
contado da data de sua emissão. beneficiária do drawback integrado isenção, para
acompanhamento e fiscalização, por meio eletrônico:
O beneficiário do regime, em casos justificados, a) uma via de cada formulário do AC deferido,
poderá solicitar a prorrogação do prazo estabelecido, até 30 dias após a sua emissão; e
uma única vez, respeitado o limite de 2 anos da data
de emissão do AC. b) uma via do formulário referente ao controle de
utilização do regime, até 30 dias após o tér-
A aquisição de mercadoria nacional para repo- mino da vigência do prazo de validade do AC
sição daquela utilizada na fabricação de produto já ou 30 dias depois de completada a reposição
exportado será objeto de comprovação por meio de prevista no AC, o que ocorrer primeiro.
nota fiscal emitida pelo fornecedor, na qual deverá (Lei nº 10.637/2002, art. 3º, IV a IX; Lei nº 10.833/2003,
constar: art. 3º, III a IX; Lei nº 10.865/2004, art. 15, III a V; Medida Provi-
sória nº 497/2010, art. 7º; Lei nº 12.350/2010, art. 31; Decreto-lei
a) a descrição e os respectivos códigos da NCM; nº 1.248/1972; Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010)

b) o número do AC; e N

a Estadual
ICMS 6. Apropriação do crédito
7. Alienação
8. Transferência
Ativo Imobilizado 9. Outras remessas
SUMÁRIO 10. Benefícios fiscais
1. Quadro sinótico 11. Código Fiscal de Operações e Prestações
2. Fato gerador 12. Exemplo
3. Base de cálculo 13. Escrituração - Principais reflexos na EFD
4. Diferencial de alíquotas 14. Penalidades
5. Direito ao crédito 15. Jurisprudência

40-08 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

1. Quadro sinótico gerador a circulação de bens que não pudessem ser


Nota
considerados como mercadorias, tais como os bens
pertencentes ao Ativo Permanente da empresa.
Foi publicado, com efeitos a partir de 1º.10.2020, o Ajuste Sinief
nº 15/2020, que dispõe sobre os procedimentos relativos às operações in-
ternas e interestaduais, com bens do Ativo Imobilizado e, ainda, com bens, No entanto, para a legislação tributária, a questão
peças e materiais usados ou fornecidos na prestação de serviços de assis-
tência técnica, manutenção, reparo ou conserto. não é assim definida, de modo que o simples fato
de o bem estar integrado ao Ativo Permanente não
Nos termos do art. 179, IV, da Lei nº 6.404/1976 o descaracteriza como mercadoria. Por esse motivo,
(Lei das Sociedades Anônimas), consideram-se Ativo é necessário que eventuais benefícios de não inci-
Imobilizado “os direitos que tenham por objeto bens dência, isenção e redução de base de cálculo este-
corpóreos destinados à manutenção das atividades jam expressamente previstos na legislação. O bem de
da companhia ou da empresa ou exercidos com essa uso do contribuinte, definido como Ativo da empresa,
finalidade, inclusive os decorrentes de operações recebe tratamento diferenciado relativamente ao
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e ICMS em Goiás, uma vez que não se trata de merca-
controle desses bens”. doria propriamente dita, e, sim, de objeto utilizado na
atividade da empresa.
O ICMS tem por fato gerador a circulação de
mercadorias ou prestações de serviços de transporte Neste texto, abordaremos o tratamento tributário
intermunicipal e interestadual e de comunicação. aplicado em Goiás para as operações com bens do
Uma análise literal do texto da lei excluiria do fato Ativo Permanente.

Quadro sinótico
Conceito Consideram-se Ativo Imobilizado “os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens” - Lei nº 6.404/1976, art. 179, IV (Lei das
Sociedades Anônimas).
Diferencial de alí- Na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem oriundo de outro Estado e destinado à in-
quotas tegração ao Ativo Imobilizado, deve ser recolhido o ICMS equivalente à diferença entre a alíquota interna utilizada
neste Estado e a interestadual aplicável no Estado de origem.
Apropriação do A apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao Ativo Imobilizado é feita à razão de 1/48 por
crédito mês, proporcionalmente aumentada ou diminuída pro rata die, se o período de apuração for superior ou inferior a 1
mês, observando-se o seguinte:
a) a apropriação do crédito é o resultado da multiplicação da razão de 1/48 pelo resultado da divisão entre o valor
das operações e prestações tributadas e o valor total das operações e prestações ocorridas no mesmo período,
observando-se, ainda, que:
a.1) as saídas e as prestações com destino ao exterior consideram-se como tributadas;
a.2) não são computados no total das operações os valores correspondentes às devoluções e às saídas de merca-
dorias, desde que retornem ao estabelecimento, tais como remessa para armazém-geral, depósito fechado, indus-
trialização, exposição, feira e conserto;
b) a apropriação deve ocorrer a partir do mês de entrada do bem no estabelecimento;
c) o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado quando:
c.1) ocorrer o final do 48º mês, contado da data da entrada do bem no estabelecimento;
c.2) houver a alienação, a transferência ou, na hipótese de arrendamento mercantil, a restituição do bem antes de
completado o 48º mês.
Arrendamento mer- O crédito correspondente ao imposto pago na aquisição do bem pode ser apropriado pelo estabelecimento arren-
cantil datário, desde que seja observado o seguinte:
a) a empresa arrendadora deve ter inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado (CCE), por meio da qual deve
ser feita a aquisição do bem;
b) a empresa arrendatária deve ser signatária de termo de acordo de regime especial para tal operação;
c) na nota fiscal de aquisição do bem, por parte da empresa arrendadora, deve constar a identificação do estabe-
lecimento arrendatário.
Alienação Nas operações internas e interestaduais, a alienação de bens desincorporados do Ativo Permanente está amparada
pela não incidência do ICMS. Observe que o amparo da não incidência está restrito às alienações, não se aplicando
o mesmo benefício em caso de operação diversa.
Transferência As saídas de bens do Ativo Permanente, a título de transferência, são tributadas normalmente pelo ICMS.
Outras remessas São amparadas pela isenção do ICMS as saídas interestaduais de mercadorias remetidas para conserto, reparo ou
industrialização, bem como para fornecimento de serviço fora do estabelecimento ou com destino a outro estabele-
cimento inscrito como contribuinte, para serem utilizadas na elaboração de produto encomendado pelo remetente.
Esse benefício está condicionado ao devido retorno, no prazo de 180 ou 360 dias, conforme o caso.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-09


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

CFOP 1.124/2.124 - Industrialização efetuada por outra empresa - Classificam-se neste código as entradas de mercadorias
industrializadas por terceiros, compreendendo os valores referentes aos serviços prestados e os das mercadorias
de propriedade do industrializador empregadas no processo industrial.
Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de mercadorias para uso ou consumo
do estabelecimento encomendante, a entrada deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o
Ativo Imobilizado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.125/2.125 - Industrialização efetuada por outra empresa quando a mercadoria remetida para utilização no proces-
so de industrialização não transitou pelo estabelecimento adquirente da mercadoria - Classificam-se neste código as
entradas de mercadorias industrializadas por outras empresas, em que as mercadorias remetidas para utilização no
processo de industrialização não transitaram pelo estabelecimento do adquirente das mercadorias, compreendendo
os valores referentes aos serviços prestados e os das mercadorias de propriedade do industrializador empregadas
no processo industrial.
Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de mercadorias para uso ou consumo
do estabelecimento encomendante, a entrada deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o
Ativo Imobilizado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.406/2406 - Compra de bem para o Ativo Imobilizado cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tribu-
tária - Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao Ativo Imobilizado do estabelecimento, em
operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
1.551/2.551/3.551 - Compra de bem para o Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as compras de bens
destinados ao Ativo Imobilizado do estabelecimento.
1.552/2.552 - Transferência de bem do Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as entradas de bens destina-
dos ao Ativo Imobilizado, recebidos em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa.
1.553/2.553/3.553 - Devolução de venda de bem do Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as devoluções
de vendas de bens do Ativo Imobilizado, cujas saídas tenham sido classificadas no código “5.551 - Venda de bem
do ativo imobilizado”.
1.554/2.554 - Retorno de bem do Ativo Imobilizado remetido para uso fora do estabelecimento - Classificam-se
neste código as entradas por retorno de bens do Ativo Imobilizado remetidos para uso fora do estabelecimento,
cujas saídas tenham sido classificadas no código “5.554 - Remessa de bem do Ativo Imobilizado para uso fora do
estabelecimento”.
1.555/2.555 - Entrada de bem do Ativo Imobilizado de terceiro, remetido para uso no estabelecimento - Classificam-
-se neste código as entradas de bens do Ativo Imobilizado de terceiros, remetidos para uso no estabelecimento.
1.604 - Lançamento de crédito relativo à compra de bem para o Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código os
lançamentos destinados ao registro da apropriação de crédito de bens do Ativo Imobilizado.

2. Fato gerador bem destinado à integração ao Ativo Imobilizado


do estabelecimento é o valor da operação de aqui-
2.1 Aplicação ao Ativo Imobilizado sição acrescido do valor do Imposto sobre Produtos
Para fins de Ativo Permanente das empresas, Industrializados (IPI).
considera-se fato gerador do ICMS a entrada, no terri-
(RCTE-GO/1997, art. 12, IV, “a”, e art. 13, IV, “a”)
tório goiano, de mercadoria ou bens oriundos de outra
Unidade da Federação, adquiridos por contribuinte
e destinados a uso, consumo final ou integração ao 4. Diferencial de alíquotas
Ativo Imobilizado do estabelecimento, ainda que o Na entrada, no estabelecimento de contribuinte,
imposto não tenha sido cobrado na origem. de mercadoria ou bem oriundo de outro Estado e
destinado à integração ao Ativo Imobilizado, deve ser
Relativamente à mercadoria produzida pelo
recolhido o ICMS equivalente à diferença entre a alí-
próprio estabelecimento ou adquirida inicialmente
quota interna utilizada neste Estado e a interestadual
para comercialização ou industrialização, para fins de
aplicável no Estado de origem.
recolhimento do imposto, equiparam-se à saída o uso,
o consumo final ou a integração ao Ativo Imobilizado. (RCTE-GO/1997, art. 20, § 1º, IV, “a”, item 1)

(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 1º, II, e § 2º, II, “a”, c/c art. 6º, II,
e art. 7º, I) 5. Direito ao crédito
2.2 Descaracterização É assegurado ao sujeito passivo, na legislação
goiana, o direito de creditar-se do imposto anterior-
Não se consideram bem do Ativo Imobilizado o mente cobrado em operações ou prestações resul-
reprodutor, a matriz e os demais animais, inclusive tantes de entrada de mercadoria, real ou simbólica,
ave, de cria ou de trabalho na atividade agrícola. no seu estabelecimento, inclusive a destinada ao seu
(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 4º) Ativo Imobilizado.

O RCTE-GO/1997 assegura o direito ao crédito


3. Base de cálculo
mesmo que este seja referente à entrada de merca-
A base de cálculo do ICMS na entrada, decor- doria, real ou simbólica, no seu estabelecimento, des-
rente de operação interestadual, de mercadoria ou tinada ao Ativo Imobilizado e realizada sem aproveita-
40-10 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB
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ICMS - IPI e Outros

mento de crédito, em face de vedação constante na parcela, o contribuinte tenha tido suas saídas e pres-
legislação vigente na época, quando ocorrer a saída tações de serviços totalmente tributadas pelo ICMS.
com débito do imposto em proporção equivalente à Então, teremos:
quantidade saída.
1ª parcela
(RCTE-GO/1997, art. 46, I, IV e V)
Período de apuração Outubro/2014
6. Apropriação do crédito Valor do bem R$ 5.647,06
A apropriação do crédito decorrente da entrada ICMS destacado na nota fiscal (alíquota de 17%) R$ 960,00
de bem destinado ao Ativo Imobilizado é feita à razão Valor da parcela de crédito (1/48 x R$ 960,00) R$ 20,00

de 1/48 por mês, proporcionalmente aumentada ou


Suponhamos que, no mês seguinte,
diminuída pro rata die, se o período de apuração for
novembro/20XX, esse contribuinte tenha tido um total
superior ou inferior a 1 mês, observando-se o seguinte:
de saídas e prestações de R$ 120.000,00, mas apenas
a) a apropriação do crédito é o resultado da mul- R$ 108.000,00 correspondem a saídas tributadas pelo
tiplicação da razão de 1/48 pelo resultado da ICMS ou exportações. Nesse caso, ele terá direito ao
divisão entre o valor das operações e presta- crédito do imposto referente à 2ª parcela, conforme
ções tributadas e o valor total das operações segue:
e prestações ocorridas no mesmo período, ob-
servando-se, ainda, que: 2ª parcela
a.1) as saídas e as prestações com destino ao
Período de apuração Novembro/2014
exterior consideram-se como tributadas;
ICMS destacado na nota fiscal R$ 960,00
a.2) não são computados no total das ope-
Valor total das saídas e prestações R$ 120.000,00
rações os valores correspondentes às
Valor das saídas e prestações tributadas e
devoluções e às saídas de mercadorias, exportações R$ 108.000,00
desde que retornem ao estabelecimento,
tais como remessa para armazém-geral, Para chegarmos ao fator igual a 1/48 da relação
depósito fechado, industrialização, expo- entre o valor das operações de saídas e prestações
sição, feira e conserto; tributadas e o do total das operações de saídas e
b) a apropriação deve ocorrer a partir do mês de prestações do período, podemos utilizar a seguinte
entrada do bem no estabelecimento; fórmula:
c) o saldo remanescente do crédito passível de
Fator = 1/48 x (total das saídas e serviços tributa-
apropriação deve ser cancelado quando:
dos + exportações)/total de saídas;
c.1) ocorrer o final do 48º mês, contado da
data da entrada do bem no estabeleci- Fator = 1/48 x 108.000,00/120.000,00 = 1/48 x
mento; 0,90 = 0,01875;
c.2) houver a alienação, a transferência ou,
na hipótese de arrendamento mercantil, Valor da parcela a creditar: 0,01875 x R$ 960,00
a restituição do bem antes de completa- = R$ 18,00.
do o 48º mês.
(RCTE-GO/1997, art. 46, § 4º) Podemos concluir, por meio dos exemplos men-
cionados, que o contribuinte terá direito ao crédito
integral correspondente a 1/48 do valor do imposto
6.1 Exemplo prático
destacado no documento fiscal no mês de outu-
Para melhor visualização do mencionado no bro/2014, uma vez que, nesse período de apuração,
tópico 6, demonstramos o seguinte: um estabeleci- todas as suas saídas e prestações de serviços foram
mento adquiriu uma máquina para utilizar no processo tributadas pelo ICMS.
produtivo de mercadorias normalmente tributadas em
1º.10.20XX, no valor de R$ 5.647,06, e com débito de Entretanto, no segundo exemplo, o crédito não
ICMS no documento fiscal de aquisição no valor de poderá ser feito pelo valor integral correspondente a
R$ 960,00. 1/48 do valor do ICMS destacado no documento fiscal,
já que, no período de apuração de novembro/2014,
Vamos considerar que, no mês de outubro, pe- o contribuinte realizou saídas e prestações isentas
ríodo de apuração em que efetuará o crédito da 1ª e não tributadas que não geram direito ao crédito.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-11


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Portanto, deverá calcular a parcela do crédito do deverá ser igual ao valor da aquisição, multiplicado
ICMS proporcionalmente às saídas e às prestações pelo tempo que faltar para completar o quadriênio, na
tributadas, considerando também aquelas realizadas razão de 1/48 por mês ou fração, para o bem cuja
para o exterior. entrada no estabelecimento tenha ocorrido a contar
de 1º.01.2001.
Nos meses subsequentes, até completar as 48
parcelas referentes ao crédito do ICMS e desde que No entanto, devemos observar que, na legislação,
utilize o bem do Ativo Permanente na finalidade para há dispositivo que possibilita o crédito do imposto
a qual o adquiriu, o contribuinte, a cada período de resultante da aplicação da alíquota interna sobre a
apuração, deverá proceder conforme mencionado base de cálculo, multiplicado pelo tempo que falta
nos exemplos anteriores. para completar o quadriênio, na razão de 1/48 por
mês ou fração, relativamente à transferência de Ativo
6.2 Arrendamento mercantil (leasing) Permanente cuja entrada no estabelecimento tenha
ocorrido a contar de 1º.01.2001. Assim, a tributação é
Em se tratando de operação de arrendamento compensada por esse crédito e o contribuinte acaba
mercantil, o crédito correspondente ao imposto pago não tendo ônus na operação. Nos casos de aquisição
na aquisição do bem pode ser apropriado pelo esta- interestadual amparada por isenção do diferencial
belecimento arrendatário, desde que seja observado de alíquotas, deve-se aplicar a alíquota interestadual
o seguinte: utilizada na operação de aquisição.
a) a empresa arrendadora deve possuir inscri-
(RCTE-GO/1997, art. 11, § 2º, e art. 47, VII)
ção no Cadastro de Contribuintes do Estado
(CCE), por meio da qual deve ser feita a aqui-
sição do bem; 9. Outras remessas
b) a empresa arrendatária deve ser signatária de São amparadas pela isenção do ICMS as saídas
termo de acordo de regime especial para tal interestaduais de mercadorias remetidas para con-
operação; serto, reparo ou industrialização, bem como para
c) na nota fiscal de aquisição do bem, por parte fornecimento de serviço fora do estabelecimento ou
da empresa arrendadora, deve constar a iden- com destino a outro estabelecimento inscrito como
tificação do estabelecimento arrendatário. contribuinte, para serem utilizadas na elaboração de
produto encomendado pelo remetente. Esse benefício
(RCTE-GO/1997, art. 46, § 5º)
está condicionado ao devido retorno no prazo de 180
ou 360 dias, conforme o caso.
6.3 Mercadoria de substituição tributária
(RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 6º, IV e XXXII)
O imposto retido constitui crédito na ocorrência
de destinação, ao Ativo Imobilizado, de mercadoria já
10. Benefícios fiscais
alcançada pela substituição tributária.
(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 45, IV)
10.1 Isenção
O RCTE-GO/1997 prevê várias hipóteses de isen-
7. Alienação ção do ICMS relativas a bens do Ativo Imobilizado,
dentre as quais destacamos:
Nas operações internas e interestaduais, a alie-
nação de bens desincorporados do Ativo Permanente a) a entrada de máquina de limpeza e seleção de
está amparada pela não incidência do ICMS. Observe frutas, classificada nos códigos 8433.60.10 e
que o amparo da não incidência está restrito às alie- 8433.60.90 da Nomenclatura Brasileira de Mer-
nações, não se aplicando o mesmo benefício em caso cadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH),
de operação diversa. sem similar produzido no País, quando impor-
tada diretamente do exterior para integração
(RCTE-GO/1997, art. 79, I, “m”)
ao Ativo Imobilizado do contribuinte e uso ex-
clusivo na atividade do seu estabelecimento
8. Transferência (Convênio ICMS nº 93/1991);
As saídas de bens do Ativo Permanente, a título de b) o recebimento, por órgão da administração
transferência, são tributadas normalmente pelo ICMS. pública direta, autarquia ou fundação do Es-
Para efeito de base de cálculo, nas operações de tado de Goiás, para integrar o seu Ativo Imo-
transferência interna, a legislação estabelece que esta bilizado, para uso ou consumo, de mercado-
40-12 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB
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ICMS - IPI e Outros

ria importada do exterior, sem similar produ- e) relativamente à aplicação do diferencial de alí-
zida no País, ficando dispensada a compro- quotas, a aquisição interestadual de bem, ex-
vação da ausência de similaridade quando a ceto veículo automotor de transporte de pas-
mercadoria importada for beneficiada com a sageiro ou de carga e de passeio, inclusive
isenção prevista na Lei federal nº 8.010, de motocicleta, destinados ao Ativo Imobilizado
29.03.1990 (Convênio ICMS nº 48/1993, cláu- de estabelecimento industrial, exceto gerador
sula primeira); de energia elétrica, e agropecuário, vedada
c) a entrada de trator agrícola de 4 rodas e de sua utilização, dentro de 24 meses, contados
colheitadeira mecânica de algodão, classifica- a partir da data de aquisição do bem, em ativi-
dos, respectivamente, nos códigos 8701.90.00 dades alheias à do estabelecimento, inclusive
e 8433.59.1 da NBM/SH, sem similares produ- locação, empréstimo ou alienação, a qualquer
zidos no País, adquiridos do exterior para in- título (Lei nº 13.453/1999, art. 2º, IV);
tegrar o Ativo Imobilizado do importador, para f) a importação de máquinas, aparelhos e equi-
uso exclusivo na sua atividade agrícola, desde pamentos industriais, bem como de suas par-
que contemplados com isenção ou alíquota tes e peças, relacionados no RCTE-GO/1997,
reduzida a zero dos Impostos de Importação Anexo IX, Apêndice XXVIII, desde que não
e sobre Produtos Industrializados (Convênio exista similar produzido no País, destinados a
ICMS nº 77/1993); integrar o Ativo Imobilizado de indústria grá-
d) as seguintes operações com máquina, equi- fica para uso exclusivo na atividade produti-
pamento, aparelho, instrumento e material, va realizada pelo estabelecimento importador
ou seu respectivo acessório, sobressalente (Lei nº 13.453/1999, art. 2º, VII, “a”);
e ferramenta, amparadas por programa es- g) relativamente ao diferencial de alíquotas, a
pecial de exportação (Befiex), aprovado até aquisição interestadual de bem para integrar
31.12.1989, efetuadas por empresa industrial o Ativo Imobilizado de estabelecimento indus-
que destine a mercadoria ou o bem a integrar trial de empresa que implantar, no Estado de
o seu Ativo Imobilizado para uso exclusivo Goiás, projeto industrial relacionado à extra-
na sua atividade produtiva (Convênio ICMS ção, à industrialização e à circulação de miné-
nº 130/1994): rio de níquel, cobre e seus derivados, observa-
d.1) de entrada de mercadoria ou bem impor- do o seguinte (Lei nº 15.719/2006, art. 4º):
tado do exterior no estabelecimento do g.1) o benefício aplica-se, inclusive:
importador, desde que haja isenção do g.1.1) para empresa já instalada no Es-
Imposto de Importação (Convênio ICMS tado de Goiás que implementar
nº 130/1994, cláusula primeira, I); projeto de expansão, desde que
d.2) de aquisição no mercado interno, ob- represente aumento de, pelo me-
servado o seguinte (Convênio ICMS nos, 30% em sua capacidade de
nº 130/1994, cláusula primeira, II): produção;
d.2.1) a isenção somente é aplicável g.1.2) durante a fase pré-operacional da
quando for impossível a aquisição empresa;
com a redução da base de cál- g.2) a isenção está condicionada à celebra-
culo prevista no RCTE-GO/1997, ção de termo de acordo de regime espe-
Anexo IX, art. 8º, VI (Convênio cial com a Secretaria da Fazenda para tal
ICMS nº 130/1994, cláusula pri- fim;
meira, § 2º, 1); h) a aquisição interestadual, pela Empresa Brasi-
d.2.2) o fornecedor deve manter com- leira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de
provação de que o adquirente bem do Ativo Imobilizado e de uso ou consu-
está amparado por programa es- mo, relativamente ao diferencial de alíquotas
pecial de exportação (Programa (benefício concedido por prazo determinado
Befiex, aprovado até 31.12.1989 - até 31.05.2015; Convênio ICMS nº 47/1998);
Convênio ICMS nº 130/1994, cláu- i) a importação de máquinas, aparelhos e equi-
sula primeira, § 2º, 2); pamentos industriais, bem como suas partes
d.2.3) fica mantido o crédito (Convênio e peças, relacionados no RCTE-GO, Anexo
ICMS nº 130/1994, cláusula pri- IX, Apêndice XXIX, desde que não exista si-
meira, § 3º); milar produzido no País, destinados a integrar

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-13


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ICMS - IPI e Outros

o Ativo Imobilizado do Serviço Nacional de tenimento, inclusive em parques aquáticos e


Aprendizagem Industrial (Senai), do Serviço temáticos (Lei nº 13.453/1999, art. 2º, XVI).
Nacional de Aprendizagem Nacional (Senac) (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 6º, XXXVIII, XLV, XLVII, LI,
e do Serviço Nacional de Aprendizagem Ru- XCII, CVIII, CXIII, art. 7º, XXX, “b”, L)
ral (Senar), para uso nas atividades de pes-
quisa, ensino e aprendizagem, realizadas no 10.2 Redução de base de cálculo
Estado de Goiás por essas entidades, deven-
do a isenção do ICMS ser concedida caso a A base de cálculo do ICMS deverá ser reduzida
caso, mediante despacho do Secretário da de forma que seja proporcional à redução da base
Fazenda em requerimento do interessado (be- de cálculo do Imposto de Importação na entrada
nefício concedido por prazo determinado até de máquina, equipamento, aparelho, instrumento e
31.05.2015; Convênio ICMS nº 133/2006); material, ou de seus respectivos acessórios, sobres-
salentes e ferramentas, importados do exterior e
j) a importação do exterior, desde que não exis-
destinados a integrar o Ativo Imobilizado de empresa
ta similar produzido no País, de bens para
industrial, quando a operação for amparada pelo
integrar o ativo imobilizado de empresa que
Programa Befiex, aprovado até 31.12.1989 (Convênio
desempenha a atividade de hotelaria conjun-
ICMS nº 130/1994, cláusula primeira, III e § 1º).
tamente com a atividade de turismo, para se-
rem empregados em áreas de lazer e entre- (RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 8º, VI)

11. Código Fiscal de Operações e Prestações


Nas operações de entrada de bens do Ativo Imobilizado, são utilizados os seguintes códigos:

CFOP

Código Descrição Classificação


1.124/2.124 Industrialização efetuada por ou- Classificam-se neste código as entradas de mercadorias industrializadas por ter-
tra empresa ceiros, compreendendo os valores referentes aos serviços prestados e os das mer-
cadorias de propriedade do industrializador empregadas no processo industrial.
Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de
mercadorias para uso ou consumo do estabelecimento encomendante, a entrada
deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o Ativo Imobili-
zado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.125/2.125 Industrialização efetuada por Classificam-se neste código as entradas de mercadorias industrializadas por ou-
outra empresa quando a merca- tras empresas, em que as mercadorias remetidas para utilização no processo de
doria remetida para utilização no industrialização não transitaram pelo estabelecimento do adquirente das mercado-
processo de industrialização não rias, compreendendo os valores referentes aos serviços prestados e os das mer-
transitou pelo estabelecimento cadorias de propriedade do industrializador empregadas no processo industrial.
adquirente da mercadoria Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de
mercadorias para uso ou consumo do estabelecimento encomendante, a entrada
deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o Ativo Imobili-
zado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.406/2406 Compra de bem para o Ativo Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao Ativo Imobilizado
Imobilizado cuja mercadoria está do estabelecimento, em operações com mercadorias sujeitas ao regime de subs-
sujeita ao regime de substituição tituição tributária.
tributária
1.551/2.551/3.551 Compra de bem para o Ativo Imo- Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao Ativo Imobilizado
bilizado do estabelecimento.
1.552/2.552 Transferência de bem do Ativo Classificam-se neste código as entradas de bens destinados ao Ativo Imobilizado
Imobilizado recebidos em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa.
1.553/2.553/3.553 Devolução de venda de bem do Classificam-se neste código as devoluções de vendas de bens do Ativo Imobiliza-
Ativo Imobilizado do, cujas saídas tenham sido classificadas no código “5.551 - Venda de bem do
ativo imobilizado”.
1.554/2.554 Retorno de bem do Ativo Imobi- Classificam-se neste código as entradas por retorno de bens do Ativo Imobilizado
lizado remetido para uso fora do remetidos para uso fora do estabelecimento, cujas saídas tenham sido classifica-
estabelecimento das no código “5.554 - Remessa de bem do Ativo Imobilizado para uso fora do
estabelecimento”.
1.555/2.555 Entrada de bem do Ativo Imobi- Classificam-se neste código as entradas de bens do Ativo Imobilizado de terceiros,
lizado de terceiro, remetido para remetidos para uso no estabelecimento.
uso no estabelecimento
1.604 Lançamento de crédito relativo Classificam-se neste código os lançamentos destinados ao registro da apropria-
à compra de bem para o Ativo ção de crédito de bens do Ativo Imobilizado.
Imobilizado

40-14 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


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12. Exemplo
A título meramente ilustrativo, apresentamos um modelo de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) relativa à aquisição
do bem:

Danfe - Aquisição de bem

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-15


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ICMS - IPI e Outros

13. E
 scrituração - Principais reflexos na Nº Campo Valor Obrigatoriedade
EFD 26 VL_PIS OC

Ao contribuinte que estiver obrigado à apresen- 27 VL_COFINS OC


tação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para o 28 VL_PIS_ST OC
lançamento fiscal da NF-e apresentada no item 12, 29 VL_COFINS_ST OC
a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o
preenchimento dos principais registros/campos, con- Nota
siderando o período de apuração outubro/2014. Considerando que os valores referentes ao PIS e à Cofins dependem do
tipo de apuração adotado pelo contribuinte, optamos, preventivamente, por
não os apresentar neste texto.
Salientamos que, para a efetiva geração da EFD,
outros registros deverão ser apresentados, devendo A representação deste registro no arquivo TXT da
o contribuinte observar as disposições do Ato EFD, considerando as informações deste exemplo, será:
Cotepe/ICMS nº 44/2018 e posteriores alterações,
bem como o Guia Prático da Escrituração Fiscal | C100|1|1|999|55|00|1|000.000.160|5214 1177 7757
Digital - EFD-ICMS/IPI. 8733 5700 5500 1000 0001 6010 0196 0935|011
13.1 Registro C100 020XX|011020XX|5.647,06|0|||5.647,06|0|||||960,00||
||||||
Este registro destina-se ao lançamento dos totais
de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e 13.2 Registro C170
exemplificada, teríamos o preenchimento da seguinte Este registro destina-se a detalhar os itens do
forma: documento fiscal escriturado, sendo que se necessita
do lançamento de um Registro C170 para cada item
Registro C100 constante no documento fiscal. Para a NF-e exempli-
ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:
Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG C100 O
Registro C170
2 IND_OPER 1 O Nº Campo Valor Obrigatoriedade
3 IND_EMIT 1 O 1 REG C170 O
4 COD_PART 999 O 2 NUM_ITEM 1 O
5 COD_MOD 55 O 3 COD_ITEM 150 O
6 COD_SIT 00 O
4 DESCR_COMPL OC
7 SER 1 OC
5 QTD 1 O
8 NUM_DOC 000.000.160 O
6 UNID UN O
5214 1177 7757 8733
9 CHV_NFE 5700 5500 1000 0001 O 7 VL_ITEM 5.647,06 O
6010 0196 0935 8 VL_DESC OC
10 DT_DOC 011020XX O 9 IND_MOV 0 O
11 DT_E_S 011020XX OC 10 CST_ICMS 090 O
12 VL_DOC 5.647,06 O 11 CFOP 1551 O
13 IND_PGTO 0 O 12 COD_NAT 1551 OC
14 VL_DESC OC 13 VL_BC_ICMS OC
15 VL_ABAT_NT OC 14 ALIQ_ICMS OC
16 VL_MERC 5.647,06 OC 15 VL_ICMS OC
17 IND_FRT 0 O
16 VL_BC_ICMS_ST OC
18 VL_FRT OC
17 ALIQ_ST OC
19 VL_SEG OC
18 VL_ICMS_ST OC
20 VL_OUT_DA OC
19 IND_APUR OC
21 VL_BC_ICMS OC
20 CST_IPI OC
22 VL_ICMS 960,00 OC
21 COD_ENQ OC
VL_BC_ICMS_
23 OC 22 VL_BC_IPI OC
ST
24 VL_ICMS_ST OC 23 ALIQ_IPI OC
25 VL_IPI OC 24 VL_IPI OC

40-16 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Nº Campo Valor Obrigatoriedade A representação deste registro no arquivo TXT da


25 CST_PIS OC EFD, considerando as informações deste exemplo,
26 VL_BC_PIS OC será:
27 ALIQ_PIS OC
28 QUANT_BC_PIS OC
|C190|90|1551|0,00|5.647,06|0,00|0,00|0,00|0,00|
0,00|0,00||
29 ALIQ_PIS OC
30 VL_PIS OC
13.4 Registro E110
31 CST_COFINS OC
32 VL_BC_COFINS OC Este registro tem por objetivo informar os valores
33 ALIQ_COFINS OC
relativos à apuração do ICMS referentes às operações
próprias. Para a ocasião exemplificada, teríamos o
34 QUANT_BC_COFINS OC
preenchimento da seguinte forma:
35 ALIQ_COFINS OC
36 VL_COFINS OC Registro E110
37 COD_CTA OC
38 VL_ABAT_NT OC Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG E110 O
Nota 2 VL_TOT_DEBITOS 17.000,00 O
Uma vez que, na aquisição de bem do ativo, o crédito do imposto não 3 VL_AJ_DEBITOS 0,00 O
se dá no lançamento da NF-e de aquisição, mas apenas em 48 parcelas,
conforme dispõe a legislação, sugerimos a utilização do CST “90-Outras”, 4 VL_TOT_AJ_DEBITOS 0,00 O
tanto no Registro C170 como no Registro C190 correspondente. 5 VL_ESTORNOS_CRED 0,00 O
6 VL_TOT_CREDITOS 0,00 O
A representação deste registro no arquivo TXT da 7 VL_AJ_CREDITOS 0,00 O
EFD, considerando as informações deste exemplo, 8 VL_TOT_AJ_CREDITOS 20,00 O
será: 9 VL_ESTORNOS_DEB 0,00 O
10 VL_SLD_CREDOR_ANT 0,00 O
|C170|1|150||1|UN|5.647,06||0|090|1551|1551|||||
11 VL_SLD_APURADO 16980,00 O
|||||||||||||||||||||
12 VL_TOT_DED 0,00 O
13 VL_ICMS_RECOLHER 16.980,00 O
13.3 Registro C190 VL_SLD_CREDOR_
14 0,00 O
TRANSPORTAR
Registro analítico de documento fiscal. Este
registro tem por objetivo representar a escrituração 15 DEB_ESP 0,00 O
dos documentos fiscais totalizados por Código de Nota
Situação Tributária (CST), CFOP e alíquota de ICMS. A título exemplificativo, apresentamos o valor de R$ 17.000,00 no cam-
Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte po 2, simbolizando que, no período, ocorreu débito do referido valor. Na prá-
preenchimento: tica, o contribuinte deverá apresentar no campo 2 o valor do ICMS destacado
nas saídas tributadas.

Registro C190 A representação deste registro no arquivo TXT da


EFD, considerando as informações deste exemplo,
Nº Campo Valor Obrigatoriedade
será:
1 REG C190 O
2 CST_ICMS 90 O |E110|17.000,00|0,00|0,00|0,00|0,00|0,00|20,00|0,
3 CFOP 1551 O 00|0,00|16.980,00|0,00|16.980,00|0,00|0,00|
4 ALIQ_ICMS 0,00 OC
5 VL_OPR 5.647,06 O 13.5 Registro E111
6 VL_BC_ICMS 0,00 O
7 VL_ICMS 0,00 O Este registro tem por objetivo discriminar todos os
8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O ajustes lançados nos campos VL_TOT_AJ_DEBITOS,
9 VL_ICMS_ST 0,00 O VL_ESTORNOS_CRED, VL_TOT_AJ_CREDITOS,
10 VL_RED_BC 0,00 O VL_ESTORNOS_DEB, VL_TOT_DED e DEB_ESP,
11 VL_IPI 0,00 O todos do Registro E110. Para a ocasião exemplificada,
12 COD_OBS OC
teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-17


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Registro E111 Registro G125

Nº Campo Valor Obrigatoriedade


Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG E111 O
1 REG G125 O
2 COD_AJ_APUR GO020079 O
2 COD_IND_BEM 150 O
3 DESCR_COMPL_AJ 1ª Parcela OC
3 DT_MOV 011020XX O
4 VL_AJ_APUR 20,00 O
4 TIPO_MOV IM O
5 VL_IMOB_ICMS_OP 960,00 OC
A representação deste registro no arquivo TXT da
EFD, considerando as informações deste exemplo, 6 VL_IMOB_ICMS_ST 0,00 OC
será: 7 VL_IMOB_ICMS_FRT 0,00 OC
8 VL_IMOB_ICMS_DIF 0,00 OC
|E111|GO020079|1ª Parcela|20,00| 9 NUM_PARC 1 OC

13.6 Registro G110 10 VL_PARC_PASS 20,00 OC

Este registro tem o objetivo de prestar informa- A representação deste registro no arquivo TXT da
ções sobre o Controle de Crédito de ICMS do Ativo EFD, considerando as informações deste exemplo,
Permanente (Ciap). Para a ocasião exemplificada, será:
teríamos o preenchimento da seguinte forma:
| G125|150|011020XX|IM|960,00|0,00|0,00|0,00|
Registro G110 1|20,00|

13.8 Registro G130


Nº Campo Valor Obrigatoriedade
1 REG G110 O Este registro tem o objetivo de identificar o do-
2 DT_INI 011020XX O cumento fiscal que acobertou a entrada ou a saída do
3 DT_FIN 311020XX O bem ou componente do Ciap. Para a ocasião exempli-
4 SALDO_IN_ICMS 0,00 O ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:
5 SOM_PARC 20,00 O
Registro G130
6 VL_TRIB_EXP 100.000,00 O
7 VL_TOTAL 100.000,00 O Nº Campo Valor Obrigatoriedade
8 IND_PER_SAI 1 O 1 REG G130 O
9 ICMS_APROP 20,00 O 2 IND_EMIT 1 O
10 SOM_ICMS_OC 0,00 O 3 COD_PART 999 O
Nota 4 COD_MOD 55 O
A título exemplificativo, apresentamos o valor de R$ 100.000,00 nos 5 SERIE 1 OC
campos 6 e 7 propositalmente para coincidir 100% das saídas tributadas. 6 NUM_DOC 160 O
Na prática, o contribuinte deverá apresentar, no campo 6, o valor das saídas
5214 1077 7757 8733
tributadas, dentre elas as exportações no período, e, no campo 7, o valor total
7 CHV_NFE_CTE 5700 5500 1000 0001 OC
das saídas no período.
6010 0196 0931
8 DT_DOC 011020XX O
A representação deste registro no arquivo TXT da
EFD, considerando as informações deste exemplo,
A representação deste registro no arquivo TXT da
será: EFD, considerando as informações deste exemplo,
|G110|01102014|31102014|0,00|20,00|100.000,00 será:
|100.000,00|1|20,00|0,00|
|G130|1|999|55|1|160|5214 1077 7757 8733 5700
13.7 Registro G125 5500 1000 0001 6010 0196 0931|011020XX|

Este registro tem o objetivo de informar as movi- 13.9 Registro G140


mentações de bens ou componentes no Ciap e a Este registro tem o objetivo de identificar o item do
apropriação de parcelas de créditos de ICMS do Ativo documento fiscal informado no Registro G130. Para a
Imobilizado. Para a ocasião exemplificada, teríamos o ocasião exemplificada, teríamos o preenchimento da
preenchimento da seguinte forma: seguinte forma:

40-18 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Registro G140 ponsabilidade do sujeito passivo, especialmente, quando a


autoridade fiscal lançadora tenha efetuado intimação reque-
Nº Campo Valor Obrigatoriedade rendo o suprimento da falta. 2. Com efeito, a configuração
a decadência, segundo a regra prevista no § 4º do art. 150
1 REG G140 O do CTN, requer o transcurso do lapso quinquenal a partir
2 NUM_ITEM 1 O da ocorrência do fato gerador, o que não aconteceu no pre-
3 COD_ITEM 150 O sente caso. 3, A falta de comprovação da origem dos cré-
ditos relativos à aquisição e manutenção de bens do ativo
A representação deste registro no arquivo TXT da imobilizado autorizam a glosa fiscal mediante lançamento
EFD, considerando as informações deste exemplo, de ofício. 4. Auto de infração julgado procedente.
será: 00469/20 ICMS. OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA ACESSÓRIA.
ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL – EFD. IRREGULARIDADE
NA APRESENTAÇÃO DA EFD POR FALTA DE REGISTRO DE
|G140|1|150|
NOTAS FISCAIS DE ENTRADAS. PROCEDÊNCIA DO LAN-
ÇAMENTO COM A ADEQUAÇÃO DA PENALIDADE PARA
14. Penalidades A PREVISTA NO INC. XXIII, ALÍNEA “A” C/C O § 7º-B DO
ART. 71 DA LEI Nº 11.651/91. 1. A entrada de mercadoria, a
Ao infrator da legislação tributária do ICMS, são
qualquer título, no estabelecimento de contribuinte do ICMS
cominadas as seguintes penas: deve ser registrada no livro Registro de Entradas, inclusive
aquelas destinadas ao ativo imobilizado e ao uso e consumo
a) multa; do estabelecimento (RCTE, art. 308, inciso I e § 1º). 2. A EFD
b) proibição de transacionar com os órgãos da é obrigatória para o contribuinte do Imposto sobre Operações
administração pública estadual; Relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de
Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de
c) sujeição a sistemas ou regimes especiais de Comunicação - ICMS e a falta de entrega ou a apresentação
controle, fiscalização e pagamento do imposto. com irregularidade implica aplicação das penalidades previs-
tas em lei consoante a regra prevista no § 7º-B do art. 71 do
Dentre as penalidades aplicadas, destacamos a CTE; 3. Aplica-se a multa relativa a irregularidades apresenta-
das em documentos ou livros fiscais impressos, nas hipóteses
previsão das seguintes multas:
de incorreções relativas à alíquota ou aos valores da operação
a) de 60% do valor do imposto, pela omissão do ou da prestação, da base de cálculo, do crédito ou do débito
do imposto; nas demais hipóteses, aplica-se a multa relativa à
seu pagamento quando este tenha sido regu- falta de remessa ou de entrega de arquivo magnético, à omis-
larmente registrado e apurado em livro próprio são de registro ou a informação incorreta ou incompleta refe-
ou declarado em documento de informação e rente a qualquer campo de registro, conforme o caso. (CTE,
apuração do imposto, inclusive o relativo à en- art. 71, § 7º-B, incisos I e II); 4. O sujeito passivo submete-se à
penalidade estabelecida no art. 71, XXIII, “a”, “b” ou “c” do CTE
trada de produto importado e ao diferencial de em decorrência da apresentação de arquivo magnético com
alíquotas; omissão de registro ou com informação incorreta ou incom-
b) de 25% do valor da operação ou da prestação pleta referente a qualquer campo de registro, inclusive aquele
que apresente valor de operação ou prestação divergente com
pela falta de registro ou pelo registro com valor in- o valor da operação ou prestação realizada pelo contribuinte.
correto de documento relativo a entrada, aquisição 5. A infração correspondente à omissão de registro de do-
ou utilização de mercadorias, bens e serviços; cumento fiscal na Escrituração Fiscal Digital – EFD, praticada
em período anterior à entrada em vigor da Lei nº 19.965/2018,
c) de 13% calculado sobre o valor da operação subsume-se à penalidade tipificada no art. 71, inc. XXIII, da Lei
ou da prestação, pela falta de registro ou pelo nº 11.651/91, em face do disposto no § 7º-B, inc. II, do referido
registro com valor a menor, em livro próprio, de preceito normativo (Súmula nº 02/2018 do CAT).
documento fiscal regularmente emitido. 00631/20 ICMS. Obrigação principal. Aproveitamento
indevido de crédito de ICMS decorrente de entradas de
(RCTE-GO/1997, arts. 370 e 371, I, “a”, VII, “c”, X, “a”)
pneus como peça de reposição. Procedência. Maioria.
Exclusão de Solidário. Rejeitada. Maioria. 1. no âmbito
15. Jurisprudência do ICMS, o bem integrado ao ativo imobilizado é aquele
que permanece existindo como coisa móvel e de existên-
Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos cia autônoma, durante e após essa integração, tal como
administrativos relacionados ao tema, extraídos do entrou no estabelecimento e que, em tal condição, pode
site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja utiliza- ser objeto de nova saída, qualquer que seja a forma; 2. é
ção pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do destinado ao uso ou consumo o bem que, embora adentre
ao estabelecimento como coisa móvel, perde essa condi-
texto original publicado em Diário Oficial.
ção quando de sua utilização, seja por reposição de parte
00710/20 ICMS. Obrigação Principal. Alegação de insegu- de um outro bem, seja para obra civil, seja por destruição
rança na determinação da infração. Rejeitada. Alegação de física não vinculada direta e proporcionalmente à atividade
decadência. Rejeitada. Crédito do ativo imobilizado. Falta de industrial; 3. quando estiverem presentes os elementos que
comprovação da origem. Procedência do auto de infração. ensejam a solidariedade de que trata o art. 45, XII do CTE,
1. O vício da insegurança na determinação da infração não art. 124, I, e 135 do CTN, o sócio administrador deve ser
resta configurado diante de omissão de informação de res- mantido no polo passivo da lide.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-19


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

00064/20 ICMS. Obrigação Principal. Utilização indevida de 00328/20 ICMS: Obrigação principal. Omissão de débito
isenção. Artigo 6º, inciso XCII, Anexo IX do RCTE. Proce- do imposto em livro próprio de valor correspondente ao
dência. 1. A isenção prevista no artigo 6º, inciso XCII, Anexo diferencial de alíquotas. Operação de aquisição de mer-
IX do RCTE pressupõe a destinação do veículo ao ativo imo- cadorias de outra unidade da federação destinada a ativo
bilizado de estabelecimento industrial e agropecuário, não imobilizado. Improcedência. 1. Provado no Pedido de Revi-
sendo permitida sua utilização em atividades alheias à do são Extraordinária que o sujeito passivo teve convalidada
estabelecimento; 2. É correta a exigência por meio de auto por decreto, a isenção fiscal do ICMS relativo ao diferencial
de infração do imposto não recolhido em razão da utilização de alíquotas sobre as aquisições de semirreboques no
indevida de benefício fiscal. 3. Auto de infração procedente. período de ocorrência do fato gerador, improcedente deve
ser considerado o auto de infração; 2. É facultativo à admi-
00138/20 ICMS. Transporte de mercadoria em situação fis-
nistração pública, dentro dos limites de seu poder discri-
cal irregular, por falta de documentação fiscal. Mercadorias
cionário, converter o Pedido de Revisão Extraordinária em
integrantes do ativo imobilizado da empresa. Improcedên-
Pedido de Restituição de impostos quando inexistir quais-
cia. Decisão unânime. As contraprovas instrutórias da tese
quer óbices ou impedimentos legais a este procedimento e
impugnatória, consideradas hábeis e idôneas pelo relator do
desde que o seu direito à restituição estejam comprovados.
processo, produzem efeitos modificadores no lançamento
do crédito tributário e resguardam a autoridade julgadora
na declaração da improcedência do auto de infração. N

a IOB Setorial
Estadual a.1) sem mecanismo de propulsão,
8713.10.00;
Saúde - ICMS - Isenção do imposto a.2) outros, 8713.90.00;
nas operações com artigos e aparelhos b) partes e acessórios destinados exclusivamen-
ortopédicos e para fraturas e outros que te a aplicação em cadeira de rodas ou em ou-
tro veículo para inválido, 8714.20.00;
especifica
c) prótese articular e outros aparelhos de ortope-
O Governo de Goiás concede benefício fiscal de dia ou para fratura:
isenção do ICMS nas operações com determinadas
c.1) prótese articular:
órteses, próteses e materiais especiais, os chamados
“OPME”. A isenção é um benefício que dispensa o c.1.1) femural, 9021.31.10;
contribuinte do pagamento do imposto devido na ope- c.1.2) mioelétrica, 9021.31.20;
ração. Apesar de ocorrer o fato gerador e o imposto c.1.3) outras, 9021.31.90;
ser devido, a lei dispensa o seu pagamento. Contudo, c.2) artigos e aparelhos ortopédicos,
a fruição desse benefício implica ao contribuinte o 9021.10.10;
atendimento de condições estabelecidas na legisla-
c.3) artigo e aparelho para fratura, 9021.10.20;
ção que o concede; caso contrário, o imposto deverá
ser recolhido como se a isenção não existisse. d) partes e acessórios de artigo e aparelho de or-
topedia, articulado, 9021.10.91;
As isenções são concedidas mediante celebra-
ção de convênios entre os Estados, nos termos da e) outras partes e acessórios e outro aparelho de
Lei Complementar nº 24/1975, podem ser por prazo ortopedia ou para fratura, 9021.10.99;
determinado ou indeterminado, razão pela qual o f) parte de prótese modular que substitui mem-
contribuinte deve estar sempre atento às alterações bro superior ou inferior, 9021.39.91;
na legislação relativas às condições e aos prazos de g) outras partes e acessórios de outros artigos e
aplicação do benefício. aparelho de prótese, 9021.39.99;
Em decorrência da assinatura do Convênio ICMS h) aparelho para facilitar a audição do surdo, ex-
nº 126/2010, o Estado de Goiás regulamentou o be- ceto partes e acessórios, 9021.40.00;
nefício, concedendo isenção por prazo indeterminado i) partes e acessórios de aparelho para facilitar a
para as operações com equipamentos ou acessórios audição do surdo, 9021.90.92;
a seguir, relacionados com os respectivos códigos
j) barra de apoio para portador de deficiência fí-
da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema
sica, 7615.20.00;
Harmonizado (NBM/SH), ficando mantido o crédito:
k) implantes cocleares, 9021.90.19.
a) cadeira de rodas e outros veículos para inválido,
mesmo com motor ou outro mecanismo de pro- (RCTE-GO/1997, art. 6º, LXVIII)
pulsão: N
40-20 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a IOB Comenta
Federal A importância do IPI a recolher será:
a) na importação, a resultante do cálculo do im-
IPI - Apuração e recolhimento - posto constante do registro da declaração de
Aspectos gerais importação (DI) no Sistema Integrado de Co-
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é mércio Exterior (Siscomex);
alicerçado, entre outros, nos princípios da não cumu- b) no depósito para fins comerciais, na venda ou
latividade e da seletividade. na exposição à venda de produtos trazidos do
Tais princípios têm por escopo a compensação exterior e desembaraçados com a qualificação
do valor devido em cada operação com o montante de bagagem, o valor integral do imposto dis-
cobrado nas operações anteriores e a tributação pensado, no caso de desembaraço com isen-
seletiva em razão da essencialidade dos produtos, ção ou o que incidir sobre a diferença apura-
ou seja, quanto maior a necessidade de consumo da entre o valor que serviu de base de cálculo
(produtos primários), menor a alíquota, e, quanto do imposto pago na importação e o preço de
menor essa necessidade (produtos supérfluos), maior venda, no caso de produtos desembaraçados
a carga tributária. com o tratamento de importação comum, nas
Os créditos do IPI escriturados pelos estabeleci- condições previstas na legislação aduaneira;
mentos industriais, ou equiparados a industrial, serão c) nas operações realizadas por empresas ou
utilizados mediante dedução do imposto devido pelas pessoas não sujeitas habitualmente ao paga-
saídas de produtos dos mesmos estabelecimentos. mento do imposto, a diferença entre o tributo
Do confronto de débitos e créditos em determi- devido e o consignado no documento fiscal de
nado período de apuração, se resultar saldo credor, aquisição do produto; e
este será transferido para o período seguinte. Caso d) nos demais casos, a resultante do cálculo do
contrário, se resultar saldo devedor, a respectiva imposto relativo ao período de apuração a que
quantia deverá ser recolhida aos cofres públicos na se referir o recolhimento, deduzidos os crédi-
forma definida pela legislação. tos do mesmo período.
O período de apuração do imposto incidente na O IPI deverá ser recolhido de acordo com o
saída de produtos do estabelecimento industrial, ou respectivo código de receita a ser inserido no Do-
equiparado a industrial, é mensal, exceto em relação cumento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf),
ao IPI incidente no desembaraço aduaneiro de produ- observadas as instruções contidas no quadro a seguir
tos importados (importação). reproduzido:

Código de Período de
Produto Prazo para recolhimento
receita apuração
Até o 10º dia do mês subsequente ao
Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI 1020 Mensal
de ocorrência dos fatos geradores
Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668
Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110
Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676
Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04,
1097
87.05 e 87.11 da TIPI Até o 25º dia do mês subsequente ao
Mensal
de ocorrência dos fatos geradores
Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigar-
ros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 5123
84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI
Regime especial de tributação - Cervejas 0821
Regime especial de tributação - Demais bebidas 0838

Vale observar que, se o vencimento para o recolhimento do IPI não for considerado dia útil, o prazo para o
recolhimento antecipa-se para o 1º dia útil que o anteceder.

(RIPI/2010, arts. 256, caput, § 1º, 259, caput, § 1º, 260 e 262)

N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-21
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas


IPI Na saída de mercadoria para estabelecimento
localizado neste ou em outro Estado, pertencente à
Base de cálculo - Doação de mercadorias mesma pessoa natural ou jurídica, a base de cálculo
do imposto é:
1) Poderá ser abatido da base de cálculo o valor
das mercadorias remetidas a clientes a título de doa-
a) o valor correspondente à entrada mais recente
ção ou bonificação?
da referida espécie da mercadoria;
Não. O Imposto sobre Produtos Industrializados
(IPI) é devido sejam quais forem as finalidades a que b) o custo de produção da mercadoria;
se destine o produto ou o título jurídico sob o qual c) o preço corrente da mercadoria, no merca-
decorra a saída do estabelecimento industrial ou do atacadista do estabelecimento remetente,
equiparado a industrial. quando se tratar de mercadoria não industria-
lizada.
Assim, na saída das mercadorias do estabeleci-
mento, a base de cálculo compreenderá também o O estabelecimento que tiver controle permanente
valor daquelas remetidas aos clientes a título gratuito, de estoque poderá, em substituição ao valor cor-
em operação de doação ou bonificação. respondente à entrada mais recente da mercadoria,
(RIPI/2010, arts. 35, 39 e 190) utilizar o valor do custo médio ponderado, com a
reintrodução do valor do ICMS quando este tiver sido
Simples Nacional - Contribuintes optantes pelo regime excluído, calculado pela alíquota efetiva de entrada
simplificado - Crédito fiscal - Impossibilidade ou alíquota efetiva média das entradas.

2) Os contribuintes optantes pelo Simples Nacional (RCTE-GO/1997, art. 11, I a III)


poderão se creditar do Imposto sobre Produtos Indus-
trializados (IPI) destacado nas notas fiscais de aquisi-
ção de insumos industriais?
ISS/Goiânia
As microempresas (ME) e as empresas de
pequeno porte (EPP), optantes pelo Simples Nacional,
Isenção - Cadastro de contribuintes
não fazem jus à apropriação, nem transferirão créditos
relativos a impostos ou contribuições abrangidos pelo 4) A pessoa cuja atividade esteja beneficiada com
regime, dentre os quais o IPI. a isenção do ISS deve se inscrever no Cadastro de
Contribuintes do Município de Goiânia?
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 23, caput)
Sim. A pessoa física ou jurídica cuja atividade
ICMS/GO esteja sujeita ao imposto, ainda que isenta ou imune,
deverá se inscrever no cadastro próprio da Secretaria
Base de cálculo - Transferência de mercadorias de Finanças antes de iniciar quaisquer atividades.
3) Qual será a base de cálculo no caso de transfe- (RCTM-Goiânia/2015, art. 179)
rência de mercadorias entre estabelecimentos da mes-
ma empresa? ◙

40-22 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB

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