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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 40/2020
Goiás
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//
a ICMS - Parcelamento de
IOB Setorial débitos
Estadual
Saúde - ICMS - Isenção do imposto nas operações com artigos e
aparelhos ortopédicos e para fraturas e outros que especifica. . . . . . 20
// IOB Comenta
Federal
IPI - Apuração e recolhimento - Aspectos gerais . . . . . . . . . . . . . . . 21
ICMS/GO
Base de cálculo - Transferência de mercadorias . . . . . . . . . . . . . . . . 22
ISS/Goiânia
Isenção - Cadastro de contribuintes. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
© 2020 by IOB
Capa:
Marketing IOB
0800-724-7900 SAC
ISBN 978-65-5769-060-4
20-44139 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
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Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI 5.
6.
Manutenção do crédito fiscal
Nota fiscal
7. Drawback integrado
Drawback - Tratamento tributário 8. Drawback integrado isenção
SUMÁRIO
1. Quadro sinótico 1. Quadro sinótico
2. Considerações iniciais
3. Suspensão do IPI Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
4. Não exportação ou exportação fora do prazo tópicos deste texto:
Tópicos Descrição
Conceito O drawback é o regime aduaneiro especial de incentivo à exportação que permite a importação de produtos des-
tinados à industrialização, no País, de produto já exportado ou a exportar, com suspensão, isenção ou restituição
de tributos.
Denomina-se “drawback verde-amarelo” a aquisição interna de insumos que, após a sua industrialização, sejam
exportados pelo próprio adquirente ou por intermédio de empresas comerciais exportadoras.
As compras internas com fim exclusivamente de exportação serão comparadas e observarão o mesmo regime e
tratamento fiscal que as importações desoneradas com fim exclusivamente de exportação feitas sob o regime de
drawback.
Drawback integrado O regime aduaneiro especial de drawback pode ser aplicado nas seguintes modalidades, no âmbito da Secretaria
de Comércio Exterior (Secex):
a) drawback integrado suspensão - aquisição no mercado interno ou importação, de forma combinada ou não, de
mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado, com suspensão dos tributos
exigíveis na importação e na aquisição no mercado interno na forma do art. 12 da Lei nº 11.945/2009, do art. 17 da
Lei nº 12.058/2009 e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010; e
b) drawback integrado isenção - aquisição no mercado interno ou importação, de forma combinada ou não, de
mercadoria equivalente à empregada ou à consumida na industrialização de produto exportado, com isenção do
Imposto de Importação (II), e com redução a zero do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep, da Contribuição para
o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), da contribuição para o PIS/Pasep-Importação e da Cofins-Impor-
tação, na forma do art. 31 da Lei nº 12.350/2010 e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010.
O regime de drawback integrado suspensão aplica-se também:
a) à aquisição no mercado interno ou à importação de mercadorias para emprego em reparo, criação, cultivo ou
atividade extrativista de produto a ser exportado; e
b) às aquisições no mercado interno ou importações de empresas denominadas “fabricantes intermediários”, para
industrialização de produto intermediário a ser diretamente fornecido a empresas industriais exportadoras, para
emprego ou consumo na industrialização de produto final a ser exportado (drawback intermediário).
O regime de drawback integrado isenção aplica-se também à aquisição, no mercado interno, ou à importação, de
mercadoria equivalente à empregada:
a) em reparo, criação, cultivo ou atividade extrativista de produto já exportado; e
b) na industrialização de produto intermediário fornecido diretamente a empresa industrial exportadora e emprega-
do ou consumido na industrialização de produto final já exportado.
O beneficiário de drawback integrado isenção poderá optar pela importação, ou pela aquisição no mercado inter-
no, da mercadoria equivalente, de forma combinada ou não, considerada a quantidade total adquirida ou impor-
tada com pagamento de tributos.
As empresas amparadas pelo regime de drawback integrado deverão informar, durante o prazo de validade do Ato
Concessório (AC), as notas fiscais de compra no mercado interno por meio da opção “Cadastrar NF” do módulo
específico do Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex).
Exportação Não exportação ou exportação fora do prazo:
No caso de inadimplemento dos requisitos que condicionam a saída com suspensão do IPI, como a não efetivação
da exportação pelo adquirente ou a sua exportação fora do prazo, o imposto e a penalidade cabíveis serão exigi-
dos da pessoa jurídica responsável pelo fato, como se a suspensão não existisse.
Tópicos Descrição
Manutenção do É permitida a manutenção do crédito do IPI relativo aos insumos adquiridos para emprego na industrialização de
crédito fiscal produtos saídos com suspensão do imposto e que posteriormente são destinados à exportação.
Nota Fiscal Eletrôni- A comprovação das aquisições de mercadoria nacional sob o amparo do regime de drawback integrado terá por
ca (NF-e) base a NF-e emitida pelo fornecedor, que deverá ser registrada no Siscomex pelo titular do AC.
As NF-e registradas deverão representar somente operações de venda de mercadorias empregadas ou consumi-
das na industrialização de produtos a serem exportados, devendo constar do documento:
a) a descrição e os respectivos códigos da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM);
b) o número do AC; e
c) a indicação da saída e venda da mercadoria com suspensão do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep e da Cofins.
Suspensão do IPI A legislação permite a saída com suspensão do lançamento do IPI, nas seguintes hipóteses:
a) produtos industrializados que contenham matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e material de em-
balagem (ME), importados sob o regime aduaneiro especial de drawback, com suspensão ou isenção de tributos,
quando remetidos diretamente a empresas industriais exportadoras para emprego na produção de mercadoria
destinada a exportação direta, ou por intermédio de empresa comercial exportadora;
b) MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos a:
b.1) estabelecimento industrial, para industrialização de produtos destinados à exportação; ou
b.2) estabelecimento comercial, para industrialização, em outro estabelecimento da mesma empresa ou de ter-
ceiro, de produto destinado à exportação; e
c) produtos para emprego ou consumo na industrialização ou elaboração de produto a ser exportado, adquiridos
no mercado interno ou importados.
Também poderão ser realizadas com suspensão do IPI a aquisição no mercado interno e a importação, de forma
combinada ou não, de mercadoria para emprego ou consumo na industrialização de produto a ser exportado. Essa
modalidade de tributação é denominada de “drawback integrado”.
b) MP, PI e ME, de fabricação nacional, vendidos b) nos incisos III a IX do art. 3º da Lei
a (drawback verde-amarelo): nº 10.833/2003;
b.1) estabelecimento industrial, para indus- Nota
trialização de produtos destinados à ex- Os incisos III a IX do art. 3º da Lei nº 10.833/2003 dispõem:
portação; ou
“Art. 3º - Do valor apurado na forma do art. 2º a pessoa jurídica poderá
b.2) estabelecimento comercial, para indus- descontar créditos calculados em relação a:
trialização em outro estabelecimento da [...]
mesma empresa ou de terceiro, de pro-
III - energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor,
duto destinado à exportação; e consumidas nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
c) produtos para emprego ou consumo na indus- IV - aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa
jurídica, utilizados nas atividades da empresa;
trialização ou elaboração de produto a ser ex-
portado, adquiridos no mercado interno ou im- V - valor das contraprestações de operações de arrendamento mer-
cantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Sistema Integrado de Paga-
portados. mento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de
Pequeno Porte - Simples;
Notas
VI - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imo-
(1) Com a efetivação da exportação dos produtos industrializados é bilizado, adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização
implementada a condição a que se subordina a suspensão, resolvendo-se, na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços;
dessa forma, a obrigação tributária suspensa (RIPI, art. 41). A partir da ex-
portação, não será exigido nenhum valor do IPI que tenha sido enquadrado VII - edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, uti-
no regime da suspensão. lizados nas atividades da empresa;
VIII - bens recebidos em devolução cuja receita de venda tenha integra-
(2) A Solução de Divergência Cosit nº 1/2020, da Coordenação-Geral
do faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada conforme o disposto
do Sistema de Tributação, dispõe que as mercadorias nacionalizadas são
nesta Lei;
admitidas no regime de drawback, fazendo jus à suspensão do IPI e da con-
tribuição para o PIS e da Cofins, incidentes na aquisição, no mercado interno, IX - armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos
de MP, PI e ME, a serem empregados no processo produtivo de produto a casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor.”
ser exportado.
c) nos incisos III a V do art. 15 da Lei
Também poderão ser realizadas com suspensão nº 10.865/2004.
do IPI a aquisição no mercado interno ou a importa-
Nota
ção, de forma combinada ou não, de mercadoria para
Os incisos III a V do art. 15 da Lei nº 10.865/2004 dispõem:
emprego ou consumo na industrialização de produto
a ser exportado. “Art. 15 - As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da contribuição para
o PIS/Pasep e da Cofins, nos termos dos arts. 2º e 3º das Leis nºs 10.637, de
30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão
A suspensão do IPI não se aplica às hipóteses descontar crédito, para fins de determinação dessas contribuições, em rela-
ção às importações sujeitas ao pagamento das contribuições de que trata o
previstas: art. 1º desta Lei, nas seguintes hipóteses:
Por outro lado, a Portaria Secex nº 44/2020 tam- para exportação por esta, nos termos da legislação
bém dispõe sobre o regime especial de drawback. pertinente.
(Lei nº 10.637/2002, art. 3º, IV a IX; Lei nº 10.833/2003, (Portaria Secex nº 44/2020, art. 4º)
art. 3º, III a IX; Lei nº 10.865/2004, art. 15, III a V; Lei
nº 11.945/2009, art. 12; Decreto nº 6.759/2009, art. 310;
RIPI/2010, arts. 35, II, 41, 43, caput, IV, XIV e XV, §§ 2º e 4º; Por- 4. Não exportação ou exportação fora do
taria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010, art. 1º, §§ 1º a 3º; Porta- prazo
ria Secex nº 44/2020; Solução de Divergência Cosit nº 1/2020)
No caso de inadimplemento dos requisitos que
condicionam a saída com suspensão do IPI, como a
3.1 Requisitos não efetivação da exportação pelo adquirente ou a sua
Para aplicação da suspensão do IPI descrita exportação fora do prazo, o imposto e a penalidade
nas letras “b.1” e “b.2” do item anterior, deverão ser cabíveis serão exigidos da pessoa jurídica responsá-
observados os seguintes requisitos: vel pelo fato como se a suspensão não existisse.
a) a aplicação da suspensão depende de prévia (RIPI/2010, arts. 25, caput, VI, 42 e 182, I, “r”)
aprovação da Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB), de plano de exporta- 5. Manutenção do crédito fiscal
ção, elaborado pela empresa exportadora que
É permitida a manutenção do crédito do IPI
irá adquirir os insumos objeto da suspensão; e
relativo aos insumos adquiridos para emprego na
b) a exportação dos produtos pela empresa ad- industrialização de produtos saídos com suspensão
quirente dos insumos fornecidos com suspen- do imposto e que posteriormente são destinados à
são do IPI deverá ser efetivada no prazo de exportação.
até 1 ano contado da aprovação do plano de
exportação, podendo ser prorrogado uma vez, (RIPI/2010, art. 238; Instrução Normativa DRF nº 84/1992,
art. 1º, § 2º)
por idêntico período, admitidas novas prorro-
gações, até o prazo máximo de 5 anos, quan-
do se tratar de exportação de bens de capital 6. Nota fiscal
de longo ciclo de produção. Nas notas fiscais relativas às saídas com suspen-
Notas são do IPI, deverá constar a expressão “Saída com
(1) A Instrução Normativa DRF nº 84/1992 divulga instruções comple-
Suspensão do IPI”, com a indicação do dispositivo
mentares para a aplicação do regime de suspensão do IPI, nas operações legal ou regulamentar concessivo.
com insumos destinados à industrialização de produtos objeto de posterior
exportação. (RIPI/2010, arts. 43, caput, IV, XIV e XV, e 415, III)
(2) A Instrução Normativa RFB nº 845/2008 disciplina as aquisições de
MP, PI e ME, no mercado interno, por beneficiário do regime aduaneiro espe-
cial de drawback, com suspensão dos tributos.
7. Drawback integrado
(3) Para efeitos de adimplemento do compromisso de exportação nos O regime aduaneiro especial de drawback pode
regimes aduaneiros suspensivos, destinados à industrialização para expor- ser aplicado nas seguintes modalidades, no âmbito
tação, os produtos importados ou adquiridos no mercado interno com sus-
pensão do pagamento dos tributos incidentes podem ser substituídos por da Secex:
outros produtos, nacionais ou importados, da mesma espécie, qualidade e
quantidade, importados ou adquiridos no mercado interno, sem suspensão a) drawback integrado suspensão - aquisição
do pagamento dos tributos incidentes, nos termos, limites e condições esta- no mercado interno, ou importação, de forma
belecidos pelo Poder Executivo (Lei nº 11.774/2008, art. 17).
combinada ou não, de mercadoria para em-
(Lei nº 11.774/2008, art. 17; Lei nº 12.350/2010, art. 32; prego ou consumo na industrialização de pro-
RIPI/2010, art. 43, § 2º; Instrução Normativa DRF nº 84/1992; duto a ser exportado, com suspensão dos tri-
Instrução Normativa RFB nº 845/2008)
butos exigíveis na importação e na aquisição
no mercado interno, na forma do art. 12 da Lei
3.2 Industrialização por encomenda nº 11.945/2009, do art. 17 da Lei nº 12.058/2009
É admitida a industrialização sob encomenda, na e da Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010;
qual a empresa industrial ou comercial beneficiária e
do regime remete as mercadorias importadas ou b) drawback integrado isenção - aquisição no
adquiridas no mercado interno ao amparo do ato con- mercado interno, ou importação, de forma
cessório para industrialização por terceiros, devendo combinada ou não, de mercadoria equivalen-
o produto industrializado ser devolvido à beneficiária te à empregada ou à consumida na industriali-
zação de produto exportado, com isenção do tidade, importadas ou adquiridas no mercado interno,
Imposto de Importação (II), e com redução a sem suspensão dos tributos incidentes, observando-
zero do IPI, da contribuição para o PIS-Pasep, -se que:
da Cofins, da contribuição para o PIS/Pasep-
-Importação e da Cofins-Importação, na forma a) não alcança a hipótese de empréstimo de
do art. 31 da Lei nº 12.350/2010 e da Portaria mercadoria com suspensão dos tributos inci-
Conjunta RFB/Secex nº 3/2010. dentes, entre pessoas jurídicas distintas;
b) admite-se, também, nos casos de sucessão
O regime de drawback integrado suspensão legal, nos termos da legislação pertinente;
aplica-se também:
c) poderá ocorrer, total ou parcialmente, até o li-
a) à aquisição, no mercado interno, ou à impor- mite da quantidade admitida sob o amparo do
tação de mercadorias para emprego em repa- regime, apurada de acordo com a unidade de
ro, criação, cultivo ou atividade extrativista de medida estatística da NCM prevista para cada
produto a ser exportado; e mercadoria.
b) às aquisições, no mercado interno, ou impor-
tações, de empresas denominadas “fabrican- Poderão ser reconhecidas como equivalentes, em
tes intermediários”, para industrialização de espécie e qualidade, as mercadorias que, cumulati-
produto intermediário a ser diretamente for- vamente:
necido a empresas industriais exportadoras, a) sejam classificáveis no mesmo código da
para emprego ou consumo na industrialização NCM;
de produto final a ser exportado (drawback in-
termediário). b) realizem as mesmas funções;
c) sejam obtidas a partir dos mesmos materiais;
O regime de drawback integrado isenção aplica-
d) sejam comercializadas a preços equivalen-
-se também à aquisição, no mercado interno, ou à
tes, exceto quanto às mercadorias idênticas,
importação, de mercadoria equivalente à empregada:
assim consideradas aquelas iguais em tudo,
a) em reparo, criação, cultivo ou atividade extrati- inclusive nas características físicas, qualidade
vista de produto já exportado; e e reputação comercial, admitidas pequenas
b) na industrialização de produto intermediário diferenças na aparência; e
fornecido diretamente a empresa industrial ex- e) possuam as mesmas especificações (dimen-
portadora e empregado ou consumido na in- sões, características e propriedades físicas,
dustrialização de produto final já exportado. entre outras), que as tornem aptas ao empre-
O beneficiário de drawback integrado isenção go ou consumo na industrialização de produto
poderá optar pela importação ou pela aquisição, no final exportado informado.
mercado interno, de mercadoria equivalente, de forma
Ficam dispensados, para fins de verificação de
combinada ou não, considerada a quantidade total
adimplemento do compromisso de exportação, os
adquirida ou importada com pagamento de tributos.
controles segregados de estoque de mercadorias fun-
gíveis, sem prejuízo dos controles contábeis previstos
As empresas amparadas pelo regime de drawback
integrado deverão informar, durante o prazo de vali- na legislação.
dade do AC, as notas fiscais de compras no mercado
interno por meio da opção “Cadastrar NF” do módulo A apuração da equivalência de preços será efe-
específico do Siscomex. tuada descontando-se a variação cambial, podendo
ainda ser acatadas alterações no preço da merca-
Segundo o disposto nos arts. 5º-A e 6º-A da doria de até 5% em relação ao valor das mercadorias
Portaria Conjunta RFB/Secex nº 467/2010, para fins originalmente adquiridas no mercado interno ou
de adimplemento do compromisso de exportação importadas.
no regime de drawback integrado, as mercadorias
importadas ou adquiridas no mercado interno com Não será considerada a equivalência de mer-
suspensão dos tributos incidentes podem ser substi- cadorias nas operações em que for constatada a
tuídas por outras, idênticas ou equivalentes, nacionais ocorrência de fraude ou prática de preços artificiais,
ou importadas, da mesma espécie, qualidade e quan- sem prejuízo da aplicação das penalidades cabíveis.
A habilitação deverá ser requerida por meio de O deferimento da habilitação ao drawback inte-
formulário, no modelo e padrão especificados em ato grado isenção compete à Secex, para o qual levará
da Secex. Para esse efeito, o requerente informará: em conta:
apresentadas pela empresa beneficiária, observadas c) a cláusula “Saída da mercadoria com redu-
as demais normas do regime. ção a zero do Imposto sobre Produtos In-
dustrializados - IPI, da contribuição para o
Entende-se por mercadoria idêntica aquela que é PIS-Pasep e da Contribuição para Financia-
igual em tudo à mercadoria a ser adquirida para sua mento da Seguridade Social - Cofins, nos ter-
reposição, inclusive em suas características físicas e mos do drawback integrado isenção previsto
qualidades, admitidas pequenas diferenças na apa- no art. 7º da Medida Provisória nº 497/2010”.
rência.
Nota
O art. 7º da Medida Provisória nº 497/2010 corresponde ao art. 31 da
A mercadoria adquirida mediante o regime do Lei nº 12.350/2010.
drawback integrado isenção não poderá ser destinada
à complementação de processo industrial de produto As modificações das condições negociadas ou
já amparado por regime de drawback isenção, conce- realizadas ficarão sujeitas a pedido de alteração do
dido anteriormente. AC, apresentado dentro do prazo de validade deste,
por meio de formulário próprio.
Para fins de habilitação ao regime, somente
poderá ser utilizada DI ou nota fiscal (NF) com data Aplicam-se ao regime especial de drawback
de registro ou emissão, conforme o caso, não anterior integrado isenção, no que forem compatíveis, as
a 2 anos da data de apresentação do respectivo disposições estabelecidas para o drawback isenção.
requerimento de habilitação.
Será encaminhada à unidade da RFB que jurisdi-
O prazo de validade do AC será de até 1 ano, ciona o domicílio fiscal da matriz da pessoa jurídica
contado da data de sua emissão. beneficiária do drawback integrado isenção, para
acompanhamento e fiscalização, por meio eletrônico:
O beneficiário do regime, em casos justificados, a) uma via de cada formulário do AC deferido,
poderá solicitar a prorrogação do prazo estabelecido, até 30 dias após a sua emissão; e
uma única vez, respeitado o limite de 2 anos da data
de emissão do AC. b) uma via do formulário referente ao controle de
utilização do regime, até 30 dias após o tér-
A aquisição de mercadoria nacional para repo- mino da vigência do prazo de validade do AC
sição daquela utilizada na fabricação de produto já ou 30 dias depois de completada a reposição
exportado será objeto de comprovação por meio de prevista no AC, o que ocorrer primeiro.
nota fiscal emitida pelo fornecedor, na qual deverá (Lei nº 10.637/2002, art. 3º, IV a IX; Lei nº 10.833/2003,
constar: art. 3º, III a IX; Lei nº 10.865/2004, art. 15, III a V; Medida Provi-
sória nº 497/2010, art. 7º; Lei nº 12.350/2010, art. 31; Decreto-lei
a) a descrição e os respectivos códigos da NCM; nº 1.248/1972; Portaria Conjunta RFB/Secex nº 3/2010)
b) o número do AC; e N
a Estadual
ICMS 6. Apropriação do crédito
7. Alienação
8. Transferência
Ativo Imobilizado 9. Outras remessas
SUMÁRIO 10. Benefícios fiscais
1. Quadro sinótico 11. Código Fiscal de Operações e Prestações
2. Fato gerador 12. Exemplo
3. Base de cálculo 13. Escrituração - Principais reflexos na EFD
4. Diferencial de alíquotas 14. Penalidades
5. Direito ao crédito 15. Jurisprudência
Quadro sinótico
Conceito Consideram-se Ativo Imobilizado “os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das
atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações
que transfiram à companhia os benefícios, riscos e controle desses bens” - Lei nº 6.404/1976, art. 179, IV (Lei das
Sociedades Anônimas).
Diferencial de alí- Na entrada, no estabelecimento de contribuinte, de mercadoria ou bem oriundo de outro Estado e destinado à in-
quotas tegração ao Ativo Imobilizado, deve ser recolhido o ICMS equivalente à diferença entre a alíquota interna utilizada
neste Estado e a interestadual aplicável no Estado de origem.
Apropriação do A apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao Ativo Imobilizado é feita à razão de 1/48 por
crédito mês, proporcionalmente aumentada ou diminuída pro rata die, se o período de apuração for superior ou inferior a 1
mês, observando-se o seguinte:
a) a apropriação do crédito é o resultado da multiplicação da razão de 1/48 pelo resultado da divisão entre o valor
das operações e prestações tributadas e o valor total das operações e prestações ocorridas no mesmo período,
observando-se, ainda, que:
a.1) as saídas e as prestações com destino ao exterior consideram-se como tributadas;
a.2) não são computados no total das operações os valores correspondentes às devoluções e às saídas de merca-
dorias, desde que retornem ao estabelecimento, tais como remessa para armazém-geral, depósito fechado, indus-
trialização, exposição, feira e conserto;
b) a apropriação deve ocorrer a partir do mês de entrada do bem no estabelecimento;
c) o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado quando:
c.1) ocorrer o final do 48º mês, contado da data da entrada do bem no estabelecimento;
c.2) houver a alienação, a transferência ou, na hipótese de arrendamento mercantil, a restituição do bem antes de
completado o 48º mês.
Arrendamento mer- O crédito correspondente ao imposto pago na aquisição do bem pode ser apropriado pelo estabelecimento arren-
cantil datário, desde que seja observado o seguinte:
a) a empresa arrendadora deve ter inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado (CCE), por meio da qual deve
ser feita a aquisição do bem;
b) a empresa arrendatária deve ser signatária de termo de acordo de regime especial para tal operação;
c) na nota fiscal de aquisição do bem, por parte da empresa arrendadora, deve constar a identificação do estabe-
lecimento arrendatário.
Alienação Nas operações internas e interestaduais, a alienação de bens desincorporados do Ativo Permanente está amparada
pela não incidência do ICMS. Observe que o amparo da não incidência está restrito às alienações, não se aplicando
o mesmo benefício em caso de operação diversa.
Transferência As saídas de bens do Ativo Permanente, a título de transferência, são tributadas normalmente pelo ICMS.
Outras remessas São amparadas pela isenção do ICMS as saídas interestaduais de mercadorias remetidas para conserto, reparo ou
industrialização, bem como para fornecimento de serviço fora do estabelecimento ou com destino a outro estabele-
cimento inscrito como contribuinte, para serem utilizadas na elaboração de produto encomendado pelo remetente.
Esse benefício está condicionado ao devido retorno, no prazo de 180 ou 360 dias, conforme o caso.
CFOP 1.124/2.124 - Industrialização efetuada por outra empresa - Classificam-se neste código as entradas de mercadorias
industrializadas por terceiros, compreendendo os valores referentes aos serviços prestados e os das mercadorias
de propriedade do industrializador empregadas no processo industrial.
Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de mercadorias para uso ou consumo
do estabelecimento encomendante, a entrada deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o
Ativo Imobilizado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.125/2.125 - Industrialização efetuada por outra empresa quando a mercadoria remetida para utilização no proces-
so de industrialização não transitou pelo estabelecimento adquirente da mercadoria - Classificam-se neste código as
entradas de mercadorias industrializadas por outras empresas, em que as mercadorias remetidas para utilização no
processo de industrialização não transitaram pelo estabelecimento do adquirente das mercadorias, compreendendo
os valores referentes aos serviços prestados e os das mercadorias de propriedade do industrializador empregadas
no processo industrial.
Quando a industrialização efetuada se referir a bens do Ativo Imobilizado ou de mercadorias para uso ou consumo
do estabelecimento encomendante, a entrada deverá ser classificada nos códigos “1.551 - Compra de bem para o
Ativo Imobilizado” ou “1.556 - Compra de material para uso ou consumo”.
1.406/2406 - Compra de bem para o Ativo Imobilizado cuja mercadoria está sujeita ao regime de substituição tribu-
tária - Classificam-se neste código as compras de bens destinados ao Ativo Imobilizado do estabelecimento, em
operações com mercadorias sujeitas ao regime de substituição tributária.
1.551/2.551/3.551 - Compra de bem para o Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as compras de bens
destinados ao Ativo Imobilizado do estabelecimento.
1.552/2.552 - Transferência de bem do Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as entradas de bens destina-
dos ao Ativo Imobilizado, recebidos em transferência de outro estabelecimento da mesma empresa.
1.553/2.553/3.553 - Devolução de venda de bem do Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código as devoluções
de vendas de bens do Ativo Imobilizado, cujas saídas tenham sido classificadas no código “5.551 - Venda de bem
do ativo imobilizado”.
1.554/2.554 - Retorno de bem do Ativo Imobilizado remetido para uso fora do estabelecimento - Classificam-se
neste código as entradas por retorno de bens do Ativo Imobilizado remetidos para uso fora do estabelecimento,
cujas saídas tenham sido classificadas no código “5.554 - Remessa de bem do Ativo Imobilizado para uso fora do
estabelecimento”.
1.555/2.555 - Entrada de bem do Ativo Imobilizado de terceiro, remetido para uso no estabelecimento - Classificam-
-se neste código as entradas de bens do Ativo Imobilizado de terceiros, remetidos para uso no estabelecimento.
1.604 - Lançamento de crédito relativo à compra de bem para o Ativo Imobilizado - Classificam-se neste código os
lançamentos destinados ao registro da apropriação de crédito de bens do Ativo Imobilizado.
(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 1º, II, e § 2º, II, “a”, c/c art. 6º, II,
e art. 7º, I) 5. Direito ao crédito
2.2 Descaracterização É assegurado ao sujeito passivo, na legislação
goiana, o direito de creditar-se do imposto anterior-
Não se consideram bem do Ativo Imobilizado o mente cobrado em operações ou prestações resul-
reprodutor, a matriz e os demais animais, inclusive tantes de entrada de mercadoria, real ou simbólica,
ave, de cria ou de trabalho na atividade agrícola. no seu estabelecimento, inclusive a destinada ao seu
(RCTE-GO/1997, art. 4º, § 4º) Ativo Imobilizado.
mento de crédito, em face de vedação constante na parcela, o contribuinte tenha tido suas saídas e pres-
legislação vigente na época, quando ocorrer a saída tações de serviços totalmente tributadas pelo ICMS.
com débito do imposto em proporção equivalente à Então, teremos:
quantidade saída.
1ª parcela
(RCTE-GO/1997, art. 46, I, IV e V)
Período de apuração Outubro/2014
6. Apropriação do crédito Valor do bem R$ 5.647,06
A apropriação do crédito decorrente da entrada ICMS destacado na nota fiscal (alíquota de 17%) R$ 960,00
de bem destinado ao Ativo Imobilizado é feita à razão Valor da parcela de crédito (1/48 x R$ 960,00) R$ 20,00
Portanto, deverá calcular a parcela do crédito do deverá ser igual ao valor da aquisição, multiplicado
ICMS proporcionalmente às saídas e às prestações pelo tempo que faltar para completar o quadriênio, na
tributadas, considerando também aquelas realizadas razão de 1/48 por mês ou fração, para o bem cuja
para o exterior. entrada no estabelecimento tenha ocorrido a contar
de 1º.01.2001.
Nos meses subsequentes, até completar as 48
parcelas referentes ao crédito do ICMS e desde que No entanto, devemos observar que, na legislação,
utilize o bem do Ativo Permanente na finalidade para há dispositivo que possibilita o crédito do imposto
a qual o adquiriu, o contribuinte, a cada período de resultante da aplicação da alíquota interna sobre a
apuração, deverá proceder conforme mencionado base de cálculo, multiplicado pelo tempo que falta
nos exemplos anteriores. para completar o quadriênio, na razão de 1/48 por
mês ou fração, relativamente à transferência de Ativo
6.2 Arrendamento mercantil (leasing) Permanente cuja entrada no estabelecimento tenha
ocorrido a contar de 1º.01.2001. Assim, a tributação é
Em se tratando de operação de arrendamento compensada por esse crédito e o contribuinte acaba
mercantil, o crédito correspondente ao imposto pago não tendo ônus na operação. Nos casos de aquisição
na aquisição do bem pode ser apropriado pelo esta- interestadual amparada por isenção do diferencial
belecimento arrendatário, desde que seja observado de alíquotas, deve-se aplicar a alíquota interestadual
o seguinte: utilizada na operação de aquisição.
a) a empresa arrendadora deve possuir inscri-
(RCTE-GO/1997, art. 11, § 2º, e art. 47, VII)
ção no Cadastro de Contribuintes do Estado
(CCE), por meio da qual deve ser feita a aqui-
sição do bem; 9. Outras remessas
b) a empresa arrendatária deve ser signatária de São amparadas pela isenção do ICMS as saídas
termo de acordo de regime especial para tal interestaduais de mercadorias remetidas para con-
operação; serto, reparo ou industrialização, bem como para
c) na nota fiscal de aquisição do bem, por parte fornecimento de serviço fora do estabelecimento ou
da empresa arrendadora, deve constar a iden- com destino a outro estabelecimento inscrito como
tificação do estabelecimento arrendatário. contribuinte, para serem utilizadas na elaboração de
produto encomendado pelo remetente. Esse benefício
(RCTE-GO/1997, art. 46, § 5º)
está condicionado ao devido retorno no prazo de 180
ou 360 dias, conforme o caso.
6.3 Mercadoria de substituição tributária
(RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 6º, IV e XXXII)
O imposto retido constitui crédito na ocorrência
de destinação, ao Ativo Imobilizado, de mercadoria já
10. Benefícios fiscais
alcançada pela substituição tributária.
(RCTE-GO/1997, Anexo VIII, art. 45, IV)
10.1 Isenção
O RCTE-GO/1997 prevê várias hipóteses de isen-
7. Alienação ção do ICMS relativas a bens do Ativo Imobilizado,
dentre as quais destacamos:
Nas operações internas e interestaduais, a alie-
nação de bens desincorporados do Ativo Permanente a) a entrada de máquina de limpeza e seleção de
está amparada pela não incidência do ICMS. Observe frutas, classificada nos códigos 8433.60.10 e
que o amparo da não incidência está restrito às alie- 8433.60.90 da Nomenclatura Brasileira de Mer-
nações, não se aplicando o mesmo benefício em caso cadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH),
de operação diversa. sem similar produzido no País, quando impor-
tada diretamente do exterior para integração
(RCTE-GO/1997, art. 79, I, “m”)
ao Ativo Imobilizado do contribuinte e uso ex-
clusivo na atividade do seu estabelecimento
8. Transferência (Convênio ICMS nº 93/1991);
As saídas de bens do Ativo Permanente, a título de b) o recebimento, por órgão da administração
transferência, são tributadas normalmente pelo ICMS. pública direta, autarquia ou fundação do Es-
Para efeito de base de cálculo, nas operações de tado de Goiás, para integrar o seu Ativo Imo-
transferência interna, a legislação estabelece que esta bilizado, para uso ou consumo, de mercado-
40-12 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
ria importada do exterior, sem similar produ- e) relativamente à aplicação do diferencial de alí-
zida no País, ficando dispensada a compro- quotas, a aquisição interestadual de bem, ex-
vação da ausência de similaridade quando a ceto veículo automotor de transporte de pas-
mercadoria importada for beneficiada com a sageiro ou de carga e de passeio, inclusive
isenção prevista na Lei federal nº 8.010, de motocicleta, destinados ao Ativo Imobilizado
29.03.1990 (Convênio ICMS nº 48/1993, cláu- de estabelecimento industrial, exceto gerador
sula primeira); de energia elétrica, e agropecuário, vedada
c) a entrada de trator agrícola de 4 rodas e de sua utilização, dentro de 24 meses, contados
colheitadeira mecânica de algodão, classifica- a partir da data de aquisição do bem, em ativi-
dos, respectivamente, nos códigos 8701.90.00 dades alheias à do estabelecimento, inclusive
e 8433.59.1 da NBM/SH, sem similares produ- locação, empréstimo ou alienação, a qualquer
zidos no País, adquiridos do exterior para in- título (Lei nº 13.453/1999, art. 2º, IV);
tegrar o Ativo Imobilizado do importador, para f) a importação de máquinas, aparelhos e equi-
uso exclusivo na sua atividade agrícola, desde pamentos industriais, bem como de suas par-
que contemplados com isenção ou alíquota tes e peças, relacionados no RCTE-GO/1997,
reduzida a zero dos Impostos de Importação Anexo IX, Apêndice XXVIII, desde que não
e sobre Produtos Industrializados (Convênio exista similar produzido no País, destinados a
ICMS nº 77/1993); integrar o Ativo Imobilizado de indústria grá-
d) as seguintes operações com máquina, equi- fica para uso exclusivo na atividade produti-
pamento, aparelho, instrumento e material, va realizada pelo estabelecimento importador
ou seu respectivo acessório, sobressalente (Lei nº 13.453/1999, art. 2º, VII, “a”);
e ferramenta, amparadas por programa es- g) relativamente ao diferencial de alíquotas, a
pecial de exportação (Befiex), aprovado até aquisição interestadual de bem para integrar
31.12.1989, efetuadas por empresa industrial o Ativo Imobilizado de estabelecimento indus-
que destine a mercadoria ou o bem a integrar trial de empresa que implantar, no Estado de
o seu Ativo Imobilizado para uso exclusivo Goiás, projeto industrial relacionado à extra-
na sua atividade produtiva (Convênio ICMS ção, à industrialização e à circulação de miné-
nº 130/1994): rio de níquel, cobre e seus derivados, observa-
d.1) de entrada de mercadoria ou bem impor- do o seguinte (Lei nº 15.719/2006, art. 4º):
tado do exterior no estabelecimento do g.1) o benefício aplica-se, inclusive:
importador, desde que haja isenção do g.1.1) para empresa já instalada no Es-
Imposto de Importação (Convênio ICMS tado de Goiás que implementar
nº 130/1994, cláusula primeira, I); projeto de expansão, desde que
d.2) de aquisição no mercado interno, ob- represente aumento de, pelo me-
servado o seguinte (Convênio ICMS nos, 30% em sua capacidade de
nº 130/1994, cláusula primeira, II): produção;
d.2.1) a isenção somente é aplicável g.1.2) durante a fase pré-operacional da
quando for impossível a aquisição empresa;
com a redução da base de cál- g.2) a isenção está condicionada à celebra-
culo prevista no RCTE-GO/1997, ção de termo de acordo de regime espe-
Anexo IX, art. 8º, VI (Convênio cial com a Secretaria da Fazenda para tal
ICMS nº 130/1994, cláusula pri- fim;
meira, § 2º, 1); h) a aquisição interestadual, pela Empresa Brasi-
d.2.2) o fornecedor deve manter com- leira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de
provação de que o adquirente bem do Ativo Imobilizado e de uso ou consu-
está amparado por programa es- mo, relativamente ao diferencial de alíquotas
pecial de exportação (Programa (benefício concedido por prazo determinado
Befiex, aprovado até 31.12.1989 - até 31.05.2015; Convênio ICMS nº 47/1998);
Convênio ICMS nº 130/1994, cláu- i) a importação de máquinas, aparelhos e equi-
sula primeira, § 2º, 2); pamentos industriais, bem como suas partes
d.2.3) fica mantido o crédito (Convênio e peças, relacionados no RCTE-GO, Anexo
ICMS nº 130/1994, cláusula pri- IX, Apêndice XXIX, desde que não exista si-
meira, § 3º); milar produzido no País, destinados a integrar
CFOP
12. Exemplo
A título meramente ilustrativo, apresentamos um modelo de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) relativa à aquisição
do bem:
13. E
scrituração - Principais reflexos na Nº Campo Valor Obrigatoriedade
EFD 26 VL_PIS OC
Este registro tem o objetivo de prestar informa- A representação deste registro no arquivo TXT da
ções sobre o Controle de Crédito de ICMS do Ativo EFD, considerando as informações deste exemplo,
Permanente (Ciap). Para a ocasião exemplificada, será:
teríamos o preenchimento da seguinte forma:
| G125|150|011020XX|IM|960,00|0,00|0,00|0,00|
Registro G110 1|20,00|
00064/20 ICMS. Obrigação Principal. Utilização indevida de 00328/20 ICMS: Obrigação principal. Omissão de débito
isenção. Artigo 6º, inciso XCII, Anexo IX do RCTE. Proce- do imposto em livro próprio de valor correspondente ao
dência. 1. A isenção prevista no artigo 6º, inciso XCII, Anexo diferencial de alíquotas. Operação de aquisição de mer-
IX do RCTE pressupõe a destinação do veículo ao ativo imo- cadorias de outra unidade da federação destinada a ativo
bilizado de estabelecimento industrial e agropecuário, não imobilizado. Improcedência. 1. Provado no Pedido de Revi-
sendo permitida sua utilização em atividades alheias à do são Extraordinária que o sujeito passivo teve convalidada
estabelecimento; 2. É correta a exigência por meio de auto por decreto, a isenção fiscal do ICMS relativo ao diferencial
de infração do imposto não recolhido em razão da utilização de alíquotas sobre as aquisições de semirreboques no
indevida de benefício fiscal. 3. Auto de infração procedente. período de ocorrência do fato gerador, improcedente deve
ser considerado o auto de infração; 2. É facultativo à admi-
00138/20 ICMS. Transporte de mercadoria em situação fis-
nistração pública, dentro dos limites de seu poder discri-
cal irregular, por falta de documentação fiscal. Mercadorias
cionário, converter o Pedido de Revisão Extraordinária em
integrantes do ativo imobilizado da empresa. Improcedên-
Pedido de Restituição de impostos quando inexistir quais-
cia. Decisão unânime. As contraprovas instrutórias da tese
quer óbices ou impedimentos legais a este procedimento e
impugnatória, consideradas hábeis e idôneas pelo relator do
desde que o seu direito à restituição estejam comprovados.
processo, produzem efeitos modificadores no lançamento
do crédito tributário e resguardam a autoridade julgadora
na declaração da improcedência do auto de infração. N
a IOB Setorial
Estadual a.1) sem mecanismo de propulsão,
8713.10.00;
Saúde - ICMS - Isenção do imposto a.2) outros, 8713.90.00;
nas operações com artigos e aparelhos b) partes e acessórios destinados exclusivamen-
ortopédicos e para fraturas e outros que te a aplicação em cadeira de rodas ou em ou-
tro veículo para inválido, 8714.20.00;
especifica
c) prótese articular e outros aparelhos de ortope-
O Governo de Goiás concede benefício fiscal de dia ou para fratura:
isenção do ICMS nas operações com determinadas
c.1) prótese articular:
órteses, próteses e materiais especiais, os chamados
“OPME”. A isenção é um benefício que dispensa o c.1.1) femural, 9021.31.10;
contribuinte do pagamento do imposto devido na ope- c.1.2) mioelétrica, 9021.31.20;
ração. Apesar de ocorrer o fato gerador e o imposto c.1.3) outras, 9021.31.90;
ser devido, a lei dispensa o seu pagamento. Contudo, c.2) artigos e aparelhos ortopédicos,
a fruição desse benefício implica ao contribuinte o 9021.10.10;
atendimento de condições estabelecidas na legisla-
c.3) artigo e aparelho para fratura, 9021.10.20;
ção que o concede; caso contrário, o imposto deverá
ser recolhido como se a isenção não existisse. d) partes e acessórios de artigo e aparelho de or-
topedia, articulado, 9021.10.91;
As isenções são concedidas mediante celebra-
ção de convênios entre os Estados, nos termos da e) outras partes e acessórios e outro aparelho de
Lei Complementar nº 24/1975, podem ser por prazo ortopedia ou para fratura, 9021.10.99;
determinado ou indeterminado, razão pela qual o f) parte de prótese modular que substitui mem-
contribuinte deve estar sempre atento às alterações bro superior ou inferior, 9021.39.91;
na legislação relativas às condições e aos prazos de g) outras partes e acessórios de outros artigos e
aplicação do benefício. aparelho de prótese, 9021.39.99;
Em decorrência da assinatura do Convênio ICMS h) aparelho para facilitar a audição do surdo, ex-
nº 126/2010, o Estado de Goiás regulamentou o be- ceto partes e acessórios, 9021.40.00;
nefício, concedendo isenção por prazo indeterminado i) partes e acessórios de aparelho para facilitar a
para as operações com equipamentos ou acessórios audição do surdo, 9021.90.92;
a seguir, relacionados com os respectivos códigos
j) barra de apoio para portador de deficiência fí-
da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema
sica, 7615.20.00;
Harmonizado (NBM/SH), ficando mantido o crédito:
k) implantes cocleares, 9021.90.19.
a) cadeira de rodas e outros veículos para inválido,
mesmo com motor ou outro mecanismo de pro- (RCTE-GO/1997, art. 6º, LXVIII)
pulsão: N
40-20 GO Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Comenta
Federal A importância do IPI a recolher será:
a) na importação, a resultante do cálculo do im-
IPI - Apuração e recolhimento - posto constante do registro da declaração de
Aspectos gerais importação (DI) no Sistema Integrado de Co-
O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) é mércio Exterior (Siscomex);
alicerçado, entre outros, nos princípios da não cumu- b) no depósito para fins comerciais, na venda ou
latividade e da seletividade. na exposição à venda de produtos trazidos do
Tais princípios têm por escopo a compensação exterior e desembaraçados com a qualificação
do valor devido em cada operação com o montante de bagagem, o valor integral do imposto dis-
cobrado nas operações anteriores e a tributação pensado, no caso de desembaraço com isen-
seletiva em razão da essencialidade dos produtos, ção ou o que incidir sobre a diferença apura-
ou seja, quanto maior a necessidade de consumo da entre o valor que serviu de base de cálculo
(produtos primários), menor a alíquota, e, quanto do imposto pago na importação e o preço de
menor essa necessidade (produtos supérfluos), maior venda, no caso de produtos desembaraçados
a carga tributária. com o tratamento de importação comum, nas
Os créditos do IPI escriturados pelos estabeleci- condições previstas na legislação aduaneira;
mentos industriais, ou equiparados a industrial, serão c) nas operações realizadas por empresas ou
utilizados mediante dedução do imposto devido pelas pessoas não sujeitas habitualmente ao paga-
saídas de produtos dos mesmos estabelecimentos. mento do imposto, a diferença entre o tributo
Do confronto de débitos e créditos em determi- devido e o consignado no documento fiscal de
nado período de apuração, se resultar saldo credor, aquisição do produto; e
este será transferido para o período seguinte. Caso d) nos demais casos, a resultante do cálculo do
contrário, se resultar saldo devedor, a respectiva imposto relativo ao período de apuração a que
quantia deverá ser recolhida aos cofres públicos na se referir o recolhimento, deduzidos os crédi-
forma definida pela legislação. tos do mesmo período.
O período de apuração do imposto incidente na O IPI deverá ser recolhido de acordo com o
saída de produtos do estabelecimento industrial, ou respectivo código de receita a ser inserido no Do-
equiparado a industrial, é mensal, exceto em relação cumento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf),
ao IPI incidente no desembaraço aduaneiro de produ- observadas as instruções contidas no quadro a seguir
tos importados (importação). reproduzido:
Código de Período de
Produto Prazo para recolhimento
receita apuração
Até o 10º dia do mês subsequente ao
Cigarros do código 2402.20.00 da TIPI 1020 Mensal
de ocorrência dos fatos geradores
Bebidas do Capítulo 22 da TIPI 0668
Cigarros do código 2402.90.00 da TIPI 5110
Veículos das posições 87.03 e 87.06 da TIPI 0676
Produtos das posições 84.29, 84.32, 84.33, 87.01, 87.02, 87.04,
1097
87.05 e 87.11 da TIPI Até o 25º dia do mês subsequente ao
Mensal
de ocorrência dos fatos geradores
Todos os produtos, com exceção de bebidas (Capítulo 22), de cigar-
ros (códigos 2402.20.00 e 2402.90.00) e dos produtos das posições 5123
84.29, 84.32, 84.33, 87.01 a 87.06 e 87.11 da TIPI
Regime especial de tributação - Cervejas 0821
Regime especial de tributação - Demais bebidas 0838
Vale observar que, se o vencimento para o recolhimento do IPI não for considerado dia útil, o prazo para o
recolhimento antecipa-se para o 1º dia útil que o anteceder.
(RIPI/2010, arts. 256, caput, § 1º, 259, caput, § 1º, 260 e 262)
N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Out/2020 - Fascículo 40 GO40-21
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros