Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 45/2019

Minas Gerais
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// Federal Veja nos Próximos

IPI Fascículos
Embalagens suscetíveis de utilização repetida - Tratamento fiscal . . 01

// Estadual a IPI - Nota fiscal - Incorreções

- Formas de regularização
ICMS
Substituição de partes e peças de veículos em virtude de garantia. . 02

// IOB Setorial
Federal
Transporte - IPI - Responsabilidade dos transportadores. . . . . . . . . . 08

// IOB Comenta
Estadual
ICMS - Incidência do imposto nas diferentes modalidades de em-
préstimo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

// IOB Perguntas e Respostas

IPI
Construção civil - Remessa para industrialização - Procedimento fis-
cal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Importação - Quebra de estoque - Diferença apurada - Critério. . . . 10
ICMS/MG
Crédito presumido - Serviço - Opção. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Responsabilidade - Transportador - Operações com mercadorias. . . . 10
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Capa:
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Editoração Eletrônica e Revisão:

Editorial SAGE | IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : embalagens suscetíveis

de utilização repetida : tratamento fiscal :
transporte : IPI : responsabilidade dos
transportadores. -- 15. ed. -- São Paulo : Sage -
IOB, 2019. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3519-4

1. Imposto sobre Produtos Industrializados -

Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

19-30828 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados :

IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

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meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil

a Federal
IPI
Embalagens suscetíveis de utilização
repetida - Tratamento fiscal
SUMÁRIO
1. Introdução
2. Base de cálculo
3. Embalagens suscetíveis de utilização repetida
4. Embalagem para transporte
5. Decisão administrativa
1. Introdução
O tratamento fiscal a ser aplicado nas saídas de
materiais de embalagem de uso do estabelecimento
industrial ou equiparado a industrial, quando acom-
panharem produtos tributados, está expresso no
Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto
nº 7.212/2010, e em outros atos que serão citados no
transcorrer deste texto.
(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)
2. Base de cálculo
Constitui base de cálculo do Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) o valor total da ope-
ração de que decorrer a saída do produto do estabe-
lecimento industrial ou a ele equiparado.
Esse valor compreende o preço do produto
acrescido do valor do frete e das demais despesas
acessórias cobradas ou debitadas pelo contribuinte
ao comprador ou destinatário.
Assim, de forma geral, devem ser incluídas no valor
da operação as parcelas relacionadas a embalagens
destinadas ao acondicionamento de produtos tribu-
tados, ou seja, esses valores (ainda que cobrados des-
tacadamente na nota fiscal) ficarão sujeitos à incidência
do IPI pela alíquota a que estiver sujeito o produto.
(RIPI/2010, art. 190, caput, II)
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
3. Embalagens suscetíveis de utilização
repetida
Conforme as Regras Gerais para Interpretação
do Sistema Harmonizado, item 5, “b”, constante na
Tabela de Incidência do IPI (TIPI), aprovada pelo
Decreto nº 8.950/2016:
... as embalagens contendo mercadorias classificam-se
com estas últimas quando sejam do tipo normalmente
utilizado para o seu acondicionamento. Todavia, esta dis-
posição não é obrigatória quando as embalagens sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida.
Portanto, uma vez atendida a citada regra, o
contribuinte não está obrigado a considerar as emba-
lagens segundo a classificação fiscal do produto final
(poderá, entretanto, fazê-lo se julgar conveniente).
Note-se que a principal condição para a adoção
da regra em causa é que as embalagens sejam
claramente suscetíveis de utilização repetida, como
ocorre, por exemplo, com tambores metálicos, carre-
téis e semelhantes.
Uma vez definido que a embalagem é claramente
suscetível de utilização repetida, o contribuinte
poderá, em síntese, adotar o seguinte procedimento:
a) o produto final será tributado de acordo com a
alíquota a ele correspondente;
b) todos os dados pertinentes à embalagem se-
rão indicados separadamente na nota fiscal,
enquanto o valor do IPI será calculado de
acordo com a classificação fiscal da própria
embalagem.
Cumpre assinalar que o critério apontado é
aplicável nos casos em que o valor da embalagem é
normalmente cobrado do destinatário, isto é, compõe
o preço final da operação.
(RIPI/2010, art. 190, caput, II, § 1º; TIPI - Decreto
nº 8.950/2016)
MG45-01
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ICMS - IPI e Outros

4. Embalagem para transporte 5. Decisão administrativa

Não há incidência do IPI nas saídas de embalagens
para transporte, incorporadas ao Ativo Imobilizado ou
para uso ou consumo do estabelecimento industrial ou
a ele equiparado, quando destinadas tão somente a
acondicionar os produtos saídos e que retornam pos-
teriormente ao remetente, sem a respectiva cobrança
de valor do destinatário.
Isso porque não se considera industrialização
o acondicionamento ou o reacondicionamento de
produtos em embalagem meramente destinada ao
transporte do produto até o adquirente, retornando
posteriormente ao remetente, sem que ocorra a trans-
missão de sua propriedade e respectiva cobrança na
nota fiscal relativa à saída.
Nessa hipótese, não ocorre o fato gerador do IPI
nas saídas das embalagens, não sendo estas pas-
síveis de débito do imposto nas sucessivas saídas,
nem de crédito nas posteriores entradas no estabele-
cimento remetente.
Transcrevemos, a seguir, solução de consulta da
Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), que
trata do assunto:
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 256 de 14 de Outubro de
2011
ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
EMENTA: EMBALAGENS. TRIBUTAÇÃO. Embalagens con-
tendo produtos seguem o regime de tributação do produto
que acondicionam quando forem do tipo normalmente utili-
zado em seu acondicionamento. Tal não se aplica, porém,
às embalagens suscetíveis de utilização repetida, as quais
seguem seu regime de tributação próprio, consoante sua
respectiva classificação fiscal na Tipi, sendo irrelevante o
fato de acondicionarem produto tributado ou não-tributado
pelo IPI. A norma se aplica tanto no desembaraço adua-
neiro quanto nas saídas para o mercado interno.
(Solução de Consulta RFB nº 256/2011)

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 226, I) N

a Estadual
ICMS dispõe sobre o Imposto Sobre Serviços (ISS), de com-
petência dos municípios e do Distrito Federal. Desse
modo, a prestação de serviços sob essa modalidade
Substituição de partes e peças de
está sujeita exclusivamente à incidência do ISS. No
veículos em virtude de garantia entanto, quando a prestação do serviço envolver a
SUMÁRIO substituição de partes e peças defeituosas, caso em
1. Quadro sinótico que haverá a necessidade da circulação de mercado-
2. Aplicabilidade da substituição
rias, o prestador do serviço deverá observar também
3. Procedimento para emissão de notas fiscais
4. Ressarcimento algumas regras pertinentes à legislação do ICMS, de
5. Inutilização da parte ou da peça defeituosa competência estadual.
6. Modelos
No Estado de Minas Gerais, a matéria é tratada no
1. Quadro sinótico RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, arts. 436 a 440,
A prestação de serviços de assistência técnica e engloba as operações com partes e peças de uma
está prevista no subitem 14.02 da lista de serviços forma geral inclusive as de veículo automotivo, cujas
anexa à Lei Complementar nº 116/2003, cujo diploma principais informações sintetizamos no quadro a seguir:
SUBSTITUIÇÃO DE PARTES E PEÇAS DE VEÍCULOS EM VIRTUDE DE GARANTIA
Aplicabilidade da O responsável pela reparação ou substituição do produto defeituoso poderá autorizar que outro estabelecimento,
substituição inclusive o de concessionário de veículos, ou oficina, promova a substituição de parte ou peça em virtude de garantia.
Prazos de garantia Garantia legal é o prazo que o consumidor dispõe para reclamar dos vícios (defeitos) constatados em produtos ad-
quiridos ou na contratação/realização de serviços.
Procedimentos Procedimento para emissão de notas fiscais - Tópico 3.
Ressarcimento O ressarcimento do valor da peça ou da parte nova retirada do estoque do estabelecimento, concessionária ou da
oficina autorizada será realizado pelo fabricante.
(Lei Complementar nº 116/2003, lista de serviços, subitem 14.02)

45-02 MG Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros
2. Aplicabilidade da substituição
O fabricante, o produtor, o construtor, nacional
ou estrangeiro, e o importador respondem, indepen-
dentemente da existência de culpa, pela reparação
dos danos causados aos consumidores por defeitos
decorrentes de projeto, fabricação, construção,
montagem, apresentação ou acondicionamento de
seus produtos, constituindo um direito básico do
consumidor a efetiva reparação. O responsável pela
reparação ou substituição do produto defeituoso
poderá autorizar que outro estabelecimento, inclu-
sive o de concessionário de veículos, ou oficina,
promova a substituição de parte ou peça em virtude
de garantia.
Nota
Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza pro-
duto ou serviço como destinatário final.
(Lei nº 8.078/1990, arts. 12 e 18; RICMS-MG/2002,
Anexo IX, Parte 1, art. 436)
2.1 Prazos de garantia
Garantia legal é o prazo que o consumidor dispõe
para reclamar dos vícios (defeitos) constatados em
produtos adquiridos ou na contratação/realização de
serviços.
Os prazos estão fixados no art. 26 do Código de
Defesa do Consumidor nos seguintes termos:
O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil
constatação caduca em:
I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de
produtos não-duráveis;
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e
de produtos duráveis.
Os prazos de garantia durante o qual o bem pode
ser consertado sem qualquer ônus para o consumidor
constam no certificado emitido pelo fabricante. É
importante frisar que o fornecedor poderá conceder
prazo de garantia superior ao mínimo estabelecido
pela legislação.
(Lei nº 8.078/1990, art. 26)
3. Procedimento para emissão de notas
fiscais
A emissão de notas fiscais referentes à operação
de substituição de partes e peças em garantia deve
ser feita de acordo com o procedimento descrito a
seguir.
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45
3.1 Emissão de nota fiscal na entrada da peça
defeituosa
O estabelecimento ou a oficina autorizada a rece-
ber o bem (veículo, máquina, equipamento, etc.) para
ser consertado durante o período de garantia deverá
emitir nota fiscal na qual relacione somente os dados
das partes e das peças defeituosas sem destacar o
imposto. Essa nota conterá, além dos demais requisi-
tos, as seguintes indicações:
a) a discriminação da parte ou da peça defeituosa;
b) o valor atribuído à parte ou à peça defeituosa,
que será correspondente a 10% do preço de
venda da peça nova praticado pelo conces-
sionário ou pela oficina autorizada;
c) o número da ordem de serviço;
d) o número, a data da expedição do certificado
de garantia e o termo final de sua validade;
e) no campo “Informações Complementares”, a
expressão “Troca de parte ou peça em virtude
de garantia do fabricante”.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 437)
3.1.1 Emissão de nota fiscal no fim do período de
apuração
O contribuinte poderá emitir a nota fiscal no último
dia de apuração do imposto para englobar todas as
entradas de peças defeituosas recebidas durante
esse período, desde que sejam atendidos os seguin-
tes requisitos:
a) na ordem de serviço, deve constar:
a.1) discriminação da parte ou da peça defei-
tuosa substituída;
a.2) número do chassi e outros elementos ne-
cessários à identificação do veículo auto-
propulsado, se for o caso;
a.3) número, data da expedição do certificado
de garantia e termo final de sua validade;
b) a remessa das peças defeituosas substituídas
para o fabricante deve ser realizada após o
encerramento do período de apuração do im-
posto.
Ressaltamos que o contribuinte fica dispensado
de indicar, nessa nota fiscal, os dados relacionados
nas letras “a” a “d” do subitem 3.1.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 437, §§ 1º e 2º)
MG45-03

3.2 Emissão de nota fiscal na remessa de peça
defeituosa ao fabricante
O estabelecimento ou a oficina autorizada deverá
emitir nota fiscal para acobertar o transporte das
partes e das peças defeituosas para o fabricante, na
qual deverá constar, além dos requisitos normalmente
exigidos, a indicação do valor atribuído à peça defei-
tuosa, que deve corresponder a 10% do preço de
venda da peça nova.
Observa-se que, na hipótese de aplicação da
isenção prevista no RICMS-MG/2002, Anexo I, item
156, o imposto não será destacado nessa nota fiscal
e nela deve-se indicar o referido fundamento legal, no
campo “Informações Complementares”.
Nota
Anexo I, item 156, dispõe:
“Saída, em operação interna ou interestadual, em virtude de garantia,
de parte ou peça defeituosa destinada ao estabelecimento fabricante, desde
que a remessa ocorra até 30 dias após o prazo de vencimento da garantia”.
(RICMS-MG/2002, Anexo I, Parte 1, item 156, e Anexo IX,
Parte 1, art. 438)
3.3 Emissão de nota fiscal na saída da peça nova
Na saída de parte ou peça nova em substituição à
defeituosa, o estabelecimento ou a oficina autorizada
deverá emitir nota fiscal na qual indique como desti-
natário o proprietário do bem e contenha:
a) o destaque do imposto, se devido, calculado
mediante aplicação da alíquota prevista para
as operações internas sobre a base de cálculo
formada pelo preço cobrado do fabricante
pela parte ou pela peça nova;
b) no campo “Informações Complementares”, a
expressão “Saída de parte ou peça em virtude
de garantia dada pelo fabricante” e o número
da ordem de serviço, conforme descrito no su-
bitem 3.1.1.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 439, I)
4. Ressarcimento
O ressarcimento do valor da peça ou da parte
nova retirada do estoque do estabelecimento, con-
cessionária ou da oficina autorizada será realizado
pelo fabricante.
45-04 MG
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Para isso, o estabelecimento responsável pela
substituição da parte ou peça defeituosa deverá
emitir documento fiscal, indicando como des-
tinatário o fabricante do bem, a título de simples
faturamento e sem destaque de imposto, contendo
ainda:
a) como valor da operação, o preço cobrado do
fabricante pela parte ou pela peça;
b) no campo “Informações Complementares”, o
número e a data da nota fiscal emitida para o
destinatário (consumidor), bem como o núme-
ro da ordem de serviço correspondente.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 439, II)
5. Inutilização da parte ou da peça
defeituosa
Nas situações em que exista parte ou peça
defeituosa retirada do bem a ser inutilizado, o esta-
belecimento ou a oficina autorizada deverá emitir nota
fiscal em seu próprio nome, sem destaque do ICMS,
da qual conste:
a) como valor da operação, o equivalente a 10%
do preço de venda da parte ou da peça nova
praticado pela concessionária ou pela oficina
autorizada;
b) no campo “Informações Complementares”, a
expressão “Parte ou peça inservível substituí-
da em virtude de garantia e inutilizada”.
Caso seja realizada a venda, para terceiros,
dessas partes ou peças inutilizadas, estas serão
caracterizadas como sucata, devendo ser obser-
vados os procedimentos específicos previstos no
RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, arts. 218 a 224.
(RICMS-MG/2002, Anexo IX, Parte 1, art. 440)
6. Modelos
A seguir, ilustramos, com base em dados hipoté-
ticos, a forma de emissão dos Documentos Auxiliares
de Nota Fiscal Eletrônica (Danfe).
Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 - Boletim IOB
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

6.1 Danfe referente à entrada da peça defeituosa

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 MG45-05

 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

6.2 Danfe de remessa da peça defeituosa ao fabricante

45-06 MG Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 - Boletim IOB

 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

6.3 Danfe de retorno da peça substituída

N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 MG45-07

a IOB Setorial
Federal
Transporte - IPI - Responsabilidade dos
transportadores
A responsabilidade atribuída aos transportadores
está expressamente definida pelo Regulamento do IPI
(RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.
Sob esse aspecto, os transportadores não
poderão aceitar despachos ou realizar o transporte
de produtos que não estejam acompanhados dos
documentos fiscais exigidos pela legislação tributária.
Essa proibição se estende aos casos de manifesto
desacordo dos volumes com a sua discriminação nos
documentos, de falta de discriminação ou de des-
crição incompleta dos volumes que impossibilite ou
dificulte a sua identificação e de falta de indicação do
nome e do endereço do remetente e do destinatário.
Os transportadores são pessoalmente responsá-
veis pelo extravio de documentos que lhes tenham
sido entregues pelos remetentes dos produtos.
Na hipótese de suspeita de existência de irregula-
ridade quanto a mercadorias a serem transportadas,
a empresa transportadora deverá:
a) tomar as medidas necessárias à retenção das
mercadorias no local de destino;
a IOB Comenta
Estadual
ICMS - Incidência do imposto nas
diferentes modalidades de empréstimo
Existem 2 modalidades de empréstimos previstas
no Código Civil Brasileiro, o comodato e o mútuo.
45-08 MG
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
b) comunicar o fato à unidade da Secretaria Es-
pecial da Receita Federal do Brasil (RFB) do
destino; e
c) aguardar, durante 5 dias, as providências da
unidade da RFB. Cabe destacar que idêntico
procedimento será adotado pela transportado-
ra, se a suspeita somente ocorrer na descarga
da mercadoria.
A RFB, por sua vez, poderá adotar normas sobre
o prévio exame da regularidade dos produtos de
procedência estrangeira e dos nacionais.
Outro aspecto a salientar é que o despachante
aduaneiro, o transportador, o agente de carga, o
depositário e os demais intervenientes em operação
de comércio exterior ficam obrigados a manter em
boa guarda e ordem, bem como a apresentar à fisca-
lização aduaneira, quando exigidos, os documentos e
registros relativos às transações em que intervierem,
ou outros definidos em ato normativo da RFB, na forma
e nos prazos por ela estabelecidos.
Quanto à penalidade, entre outras previstas na
legislação, incorrerá na multa de 50% do valor comer-
cial da mercadoria o transportador que conduzir
produto de procedência estrangeira que saiba, ou
deva presumir pelas circunstâncias do caso, ter sido
introduzido clandestinamente no País, ou importado
irregular ou fraudulentamente.
(RIPI/2010, arts. 323 a 326, 544 e 574)
N
O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não
fungíveis, onde o comodatário é obrigado a conservar,
como se sua própria fora, a coisa emprestada, não
podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou
a natureza dela, sob pena de responder por perdas e
danos, devendo restituir a coisa emprestada no prazo
previsto no contrato.
Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 - Boletim IOB
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
O mútuo é o empréstimo de coisas fungíveis, nesta
modalidade de empréstimo o mutuário é obrigado a
restituir ao mutuante o que dele recebeu em coisa do
mesmo gênero, qualidade e quantidade.
O Supremo Tribunal Federal já se pronunciou a
respeito da não incidência do ICMS nas operações de
comodato, com entendimento que o ICMS não incide
nessas operações, matéria objeto da Súmula nº 573:
Não constitui fato gerador do imposto de circulação de
mercadorias a saída física de máquinas, utensílios e imple-
mentos a título de comodato.
Assim, sendo as operações de empréstimos
firmadas por meio de contrato na modalidade como-
dato, não serão tributadas pelo ICMS e devem ser
realizadas com os seguintes códigos:
a) Código Fiscal de Operações e Prestações
(CFOP):
a.1) CFOP 5.908/6.908 - Remessa de bem
por conta de contrato de comodato.
Classificam-se neste código as remessas
de bens para o cumprimento de contrato
de comodato;
a.2) CFOP 5.909/6.909 - Retorno de bem re-
cebido por conta de contrato de como-
a IOB Perguntas e Respostas
IPI
Construção civil - Remessa para industrialização -
Procedimento fiscal
1) Qual é o procedimento fiscal a ser adotado na
remessa para industrialização efetuada por empresa
de construção civil?
A remessa para industrialização será realizada
por meio de emissão de nota fiscal pela empresa
construtora com a indicação do IPI no quadro “Dados
Adicionais”, campo “Informações Complementares”,
na hipótese de a empresa construtora ter adquirido as
mercadorias com destaque do IPI.
O industrializador poderá efetuar o crédito do
imposto indicado na nota fiscal, nos termos do
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45
dato. Classificam-se neste código as
remessas de bens em devolução após
cumprido o contrato de comodato;
b) CST 041 - não tributada.
No entanto, quando a operação de empréstimo se
enquadrar na modalidade de mútuo, ocorrerá a inci-
dência do ICMS, uma vez que se trata de circulação
de mercadoria, sendo irrelevante, para a caracteriza-
ção da incidência:
a) a natureza jurídica da operação relativa à cir-
culação da mercadoria e prestação relativa ao
serviço de transporte interestadual ou intermu-
nicipal e de comunicação;
b) o título jurídico pelo qual o sujeito passivo se
encontre na posse da mercadoria que efetiva-
mente tenha saído do seu estabelecimento;
c) o fato de uma mesma pessoa atuar simulta-
neamente, com estabelecimentos de natureza
diversa, ainda que se trate de atividades inte-
gradas;
d) o fato de a operação realizar-se entre estabe-
lecimentos do mesmo titular.
(Código Civil, arts. 579 e 586)
N
art. 226, III, do Regulamento do Imposto sobre
Produtos Industrializados (RIPI).
No retorno do estabelecimento industrializador
para o autor da encomenda, haverá o destaque do
IPI.
Vale notar que o contribuinte obrigado à emissão
de Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), nos termos do Ajuste
Sinief nº 7/2005, deverá observar as instruções conti-
das no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC),
em especial, no que se refere ao preenchimento dos
diversos campos que compõem esse documento
fiscal, dos quais destacamos o que se refere o Anexo
I, item “Z” - Informações Adicionais da NF-e, campo
401 - Informações Complementares de Interesse do
MG45-09

Contribuinte, no qual serão indicados os dados a que
nos referimos anteriormente.
(RIPI/2010, arts. 226, III, e 414; Ajuste Sinief nº 7/2005)
Importação - Quebra de estoque - Diferença apurada
- Critério
2) Quando ocorrida a perda de mercadoria que te-
nha sido importada a granel, durante o processo de
importação, o imposto será exigido do importador em
qualquer situação?
As diferenças percentuais de mercadorias impor-
tadas a granel, apuradas em conferência física nos
despachos aduaneiros, não serão consideradas para
efeitos de exigência do imposto incidente, até o limite
de 1%, conforme dispuser o Poder Executivo.
Observa-se que o despacho aduaneiro de mer-
cadorias na importação é o procedimento mediante
o qual é verificada a exatidão dos dados declarados
pelo importador em relação às mercadorias impor-
tadas, aos documentos apresentados e à legislação
específica, com vistas ao seu desembaraço adua-
neiro.
Toda mercadoria procedente do exterior, impor-
tada a título definitivo ou não, deve ser submetida a
despacho de importação, que é realizado com base
em declaração apresentada à unidade aduaneira sob
cujo controle estiver a mercadoria.
(Lei nº 10.833/2003, art. 66; RIPI/2010, art. 524)
ICMS/MG
Crédito presumido - Serviço - Opção
3) O prestador do serviço de transporte rodoviá-
rio de cargas que não optar pelo crédito presumido do
ICMS poderá apurar o imposto pelo sistema normal de
débito e crédito?
Sim. Desde que autorizado pelo diretor da
Superintendência de Tributação (Sutri), após manifes-
tação da Superintendência de Fiscalização (Sufis). O
regime especial estabelecerá obrigações acessórias
que assegurem o controle da apuração do imposto,
45-10 MG
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
especialmente no que se refere à vedação ou ao
estorno do crédito relativo às prestações isentas ou
não tributadas. Até a formalização do regime espe-
cial, o titular da Delegacia Fiscal a que o contribuinte
estiver circunscrito poderá autorizá-lo a adotar o
sistema de débito e crédito, desde que protocolizado
o regime.
((RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 75, XXIX, § 12)
Responsabilidade - Transportador - Operações com
mercadorias
4) Em quais hipóteses o transportador ficará
responsável pelo recolhimento do ICMS em relação à
circulação de mercadorias?
O RICMS-MG/2002 estipula várias circunstâncias
em que o transportador será responsabilizado pelo
recolhimento do ICMS referente à mercadoria que
esteja transportando. Por exemplo, há indícios de
irregularidades quando a mercadoria:
a) for entregue a destinatário diverso do indicado
na documentação fiscal;
b) for negociada em território mineiro durante o
transporte;
c) for transportada sem documento fiscal ou com
nota fiscal com prazo de validade vencido;
d) for transportada com documentação fiscal fal-
sa, ideologicamente falsa ou inidônea;
e) for transportada com documento fiscal desa-
companhado do comprovante de recolhimen-
to do imposto, sem destaque do imposto retido
ou com destaque a menor do imposto devido a
título de substituição tributária;
f) em trânsito neste Estado, for transportada sem
registro no controle interestadual de mercado-
rias em trânsito, comprovado pela ausência
de carimbo do posto de fiscalização no do-
cumento fiscal;
g) for comercializada em território mineiro, na
hipótese prevista no inciso VIII do art. 3º do
Regulamento.
(RICMS-MG/2002, Parte Geral, art. 56, II)
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Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 45 - Boletim IOB