Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 18/2019

Maranhão
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// Federal Veja nos Próximos

IPI Fascículos
Amazônia Ocidental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

// Estadual a ITR - Cafir - Considerações

gerais
ICMS
Fusão, cisão e incorporação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04

// IOB Setorial
Estadual/Municipal
Serviços - Incidência do ICMS ou do ISS nos serviços de instalação. 07

// IOB Comenta
Federal
ICMS - Diferencial de alíquotas - Consumidor final localizado em
outra Unidade da Federação - Recolhimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

// IOB Perguntas e Respostas

ITR
Imóvel rural - Alterações - Comunicação ao Fisco . . . . . . . . . . . . . . 09
Imóvel rural - Condomínio - Área confrontante. . . . . . . . . . . . . . . . 09

ICMS/MA
Base de cálculo - Procedimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Importação - Comprovação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
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0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : Amazônia Ocidental :

ICMS : diferencial de alíquotas : consumidor
final localizado em outra Unidade da Federação :
recolhimento. -- 15. ed. -- São Paulo : Sage -
IOB, 2019. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3407-4

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e

Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos
Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil
I. Série.

19-25546 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias

e Serviços : ICMS : Direito tributário
34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados :
IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Maria Paula C. Riyuzo - Bibliotecária - CRB-8/7639

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI 5.
6.
Produtos importados
Crédito fiscal
7. Internamento dos produtos
Amazônia Ocidental 8. Considerações sobre o ICMS

SUMÁRIO 1. Quadro sinótico

1. Quadro sinótico
2. Vigência Veja, a seguir, quadro sinótico com detalhes sobre
3. Isenção os principais aspectos que envolvem a matéria sob
4. Suspensão exame:

Quadro sinótico
Ocorrências Descrição
Localização A Amazônia Ocidental se localiza no centro geográfico da Amazônia Continental (Amazônia Sul-Ameri-
cana), ocupando uma área de 2.194.599 km²
Isenção do ICMS Áreas de Livre Comércio de Bonfim e Boa Vista - Convênio ICMS nº 52/1992
Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim - Convênio ICMS nº 52/1992
Área de Livre Comércio de Tabatinga - Convênio ICMS nº 52/1992
Áreas de Livre Comércio de Cruzeiro do Sul e Brasileia - Convênio ICMS nº 52/1992
Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo (Zona Franca de Manaus) - Convênio ICM nº 65/1988
e Convênio ICMS nº 49/1994
Isenção do IPI RIPI/2010, art. 95, caput, § 2º
Suspensão do IPI RIPI/2010, art. 42, caput, § 1º, e art. 96
Transformação de veículos Perda da isenção do IPI - RIPI/2010, art. 95, § 1º
Crédito fiscal Aquisição de insumos - Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF nº 33/1999
Aquisição de produtos industrializados - RIPI/2010, art. 237
Internamento dos produtos O processo de internamento de mercadorias nacionais na Amazônia Ocidental é sujeito ao controle e à
fiscalização da Suframa, observada a disciplina estabelecida pela Portaria Suframa nº 529/2006, sendo
composto por duas fases distintas:
a) o ingresso físico da mercadoria nas áreas incentivadas; e
b) a formalização do internamento.

2. Vigência 1º.01.2024 os benefícios fiscais pertinentes à

Com o objetivo de promover o desenvolvimento
de áreas pioneiras e zonas de fronteira, a legislação
concede benefícios fiscais às empresas instaladas
na Amazônia Ocidental, que é constituída pela área
que abrange os Estados do Amazonas, Rondônia,
Roraima e Acre. Estes benefícios têm validade até
31.12.2023.
Nesse sentido, dispõe o art. 77, § 2º, da Lei
nº 9.532/1997, que serão extintos a partir de
Amazônia Ocidental.
A Amazônia Ocidental se localiza no centro
geográfico da Amazônia Continental (Amazônia
Sul-Americana), ocupando uma área de 2.194.599 km².
Essa área corresponde a 25,7% do território
brasileiro, tendo sido instituída pelo Decreto-lei
nº 356/1968.
Confira a seguinte ilustração:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 MA18-01


Neste texto, examinaremos os benefícios fiscais
previstos na legislação do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI) na remessa de produtos para a
área incentivada naquela região.
(Lei nº 9.532/1977, art. 77, § 2º; Decreto-lei nº 356/1968,
art. 1º, § 1º; RIPI/2010, art. 98)
3. Isenção
São isentos do IPI:
a) os produtos nacionais consumidos ou utiliza-
dos na Amazônia Ocidental, desde que sejam
ali industrializados por estabelecimentos com
projetos aprovados pelo Conselho de Adminis-
tração da Superintendência da Zona Franca
de Manaus (Suframa) ou adquiridos por inter-
médio da Zona Franca de Manaus (ZFM) ou de
seus entrepostos na referida região, excluídos
os seguintes produtos e a respectiva classifi-
cação fiscal constante da Tabela de Incidência
do IPI (TIPI):
a.1) armas e munições (Capítulo 93);
a.2) perfumes (Capítulo 33);
a.3) fumo (Capítulo 24);
a.4) automóveis de passageiros (posição
NCM 87.03);
a.5) bebidas alcoólicas (posições NCM
22.03 a 22.06 e códigos 2208.20.00 a
2208.70.00 e 2208.90.00, exceto o Ex
01);
b) os seguintes produtos de procedência estran-
geira, oriundos da ZFM, que derem entrada na
Amazônia Ocidental para ali serem consumi-
dos ou utilizados:
18-02 MA
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ICMS - IPI e Outros
b.1) motores marítimos de centro e de popa,
seus acessórios e pertences, assim
como outros utensílios empregados na
atividade pesqueira, exceto explosivos e
produtos utilizados em sua fabricação;
b.2) máquinas, implementos e insumos utili-
zados na agricultura, na pecuária e em
atividades afins;
b.3) máquinas para construção rodoviária;
b.4) máquinas, motores e acessórios para
instalação industrial;
b.5) materiais de construção;
b.6) produtos alimentares;
b.7) medicamentos;
c) os produtos elaborados por estabelecimentos
industriais localizados na Amazônia Ociden-
tal, cujos projetos tenham sido aprovados pelo
Conselho de Administração da Suframa, com
matérias-primas agrícolas e extrativas vege-
tais de produção regional, excluídas as de ori-
gem pecuária, exceto:
c.1) fumo (Capítulo 24); e
c.2) bebidas alcoólicas das posições NCM
22.03 a 22.06 e dos códigos 2208.20.00 a
2208.70.00 e 2208.90.00 (exceto o Ex 01)
da TIPI.
Notas
(1) Serão fixados periodicamente, por meio de portaria interministerial,
a pauta das mercadorias a serem comercializadas com a isenção descrita na
letra “b”, levando em conta a capacidade de produção das unidades indus-
triais localizadas na Amazônia Ocidental (RIPI/2010, art. 95, § 2º).
(2) O Parecer Normativo CST nº 406/1970 afirma que embora o dispo-
sitivo legal faça menção nominal a determinados produtos, o que prevalece
é o código numérico relativo aos capítulos e às posições da TIPI indicados.
Assim, apesar de não terem sido citados expressamente, o Fisco federal en-
tende que também estão excluídos do benefício descrito na letra “a.2” os
cosméticos, uma vez que estão classificados no Capítulo 33 da TIPI.
(3) A Instrução Normativa SRF nº 300/2003 disciplina a saída temporá-
ria, para o restante do território aduaneiro, de bens ingressados nas Áreas
de Livre Comércio (ALC), com os benefícios fiscais previstos na legislação
específica.
(RIPI/2010, art. 95, caput, § 2º; TIPI - Decreto nº 8.950/2016;
Instrução Normativa SRF nº 300/2003; Parecer Normativo CST
nº 406/1970)
3.1 Transformação de veículos
Os veículos nacionais beneficiados com a isenção
citada na letra “a” do item 3, caso sejam transforma-
dos em automóveis de passageiros dentro de 3 anos
de sua fabricação, perderão o benefício da isenção,
sujeitando o seu proprietário ao recolhimento do IPI
que deixou de ser pago, independentemente da apli-
cação das penalidades cabíveis.
(RIPI/2010, art. 95, § 1º)
Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 - Boletim IOB
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ICMS - IPI e Outros
4. Suspensão
As saídas dos produtos destinados à Amazônia
Ocidental serão realizadas com a suspensão do IPI,
a qual será convertida na isenção mencionada na
letra “a” do item 3 quando os produtos ingressarem
naquela região por intermédio da ZFM ou de seus
entrepostos.
É importante observar que nos termos do caput
do art. 42 do RIPI, quando não forem satisfeitos os
requisitos que condicionam a suspensão, o imposto
se torna imediatamente exigível, como se a suspen-
são não existisse.
Da mesma forma, se a suspensão estiver condi-
cionada à destinação do produto e a este for dado
destino diverso do previsto, estará o responsável pelo
fato sujeito ao pagamento do imposto e da penalidade
cabível, como se a suspensão não existisse.
Portanto, na hipótese de não comprovação do
internamento da mercadoria na Amazônia Ocidental,
o imposto suspenso será exigido na forma do dis-
positivo citado, acrescido dos respectivos encargos
legais.
(RIPI/2010, arts. 42, caput, § 1º, e 96)
5. Produtos importados
A remessa de produtos de origem nacional para
empresas localizadas na Amazônia Ocidental é efe-
tuada com a suspensão do IPI, que será convertida
em isenção quando da sua efetiva entrada naquela
área incentivada.
Já os produtos de origem estrangeira não estão
abrangidos pela suspensão/isenção nas remessas
para a Amazônia Ocidental, ou seja, deverão ser
normalmente tributados.
Contudo, a Secretaria da Receita Federal do Brasil
(RFB) tem entendido que a suspensão/isenção poderá
ser aplicada às remessas para a Amazônia Ocidental
de produtos importados de países em relação aos
quais, por meio de acordo ou convenção internacional
firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade
de tratamento entre o produto importado e o nacional,
como, por exemplo, as importações de países inte-
grantes do Mercosul e do Acordo Geral sobre Tarifas
e Comércio (GATT, do inglês General Agreement on
Tariffs and Trade, atualmente Organização Mundial
do Comércio - OMC).
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18
Assim, reproduzimos, entre outras manifestações
no mesmo sentido, a Solução de Consulta nº 6/2008,
da RFB:
MINISTÉRIO DA FAZENDA
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 6 de 05 de Junho de 2008
ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
EMENTA: ISENÇÕES. ZONA FRANCA DE MANAUS E
AMAZÔNIA OCIDENTAL. PRODUTOS NACIONALIZADOS.
As isenções do IPI previstas nos arts. 69, inciso III, e 82
do Decreto nº 4.544, de 2002, Ripi em vigor, estende-se
aos produtos estrangeiros, nacionalizados e revendidos
para destinatários situados naquela região, quando impor-
tados de países em relação aos quais, através de acordo
ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha-se
garantido igualdade de tratamento para o produto impor-
tado, originário do país em questão, e o nacional.
(Solução de Consulta RFB nº 6/2008)
6. Crédito fiscal
6.1 Aquisição de insumos aplicados nos produtos
remetidos para a Amazônia Ocidental
Nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779/1999 e da
Instrução Normativa SRF nº 33/1999, poderá ser man-
tido, na escrita fiscal do contribuinte, o valor do IPI in-
cidente nas aquisições de insumos (matérias-primas,
produtos intermediários e material de embalagem)
destinados à fabricação de produtos cujas saídas do
estabelecimento industrial sejam isentas do IPI.
(Lei nº 9.779/1999, art. 11; Instrução Normativa SRF
nº 33/1999)
6.2 Aquisição de produtos industrializados na
Amazônia Ocidental
Os estabelecimentos industriais poderão creditar-
-se do valor do IPI, como se devido fosse, em relação
aos produtos elaborados por estabelecimentos indus-
triais localizados na Amazônia Ocidental, adquiridos
com a isenção do imposto mencionada na letra “c”
do item 3, quando empregados como matéria-prima,
produto intermediário ou material de embalagem na
industrialização de produtos tributados.
(RIPI/2010, art. 237)
7. Internamento dos produtos
O processo de internamento de mercadorias
nacionais na Amazônia Ocidental é sujeito ao controle
e à fiscalização da Suframa, observada a disciplina
MA18-03
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ICMS - IPI e Outros

estabelecida pela Portaria Suframa nº 529/2006,
sendo composto por duas fases distintas:
a) o ingresso físico da mercadoria nas áreas in-
centivadas; e
b) a formalização do internamento.
(Portaria Suframa nº 529/2006, art. 1º, § 2º)
8. Considerações sobre o ICMS
Nos termos da Lei Complementar nº 24/1975,
os benefícios fiscais pertinentes ao ICMS somente
poderão ser concedidos ou revogados por meio de
convênios celebrados pelos Estados e pelo Distrito
Federal.
Entretanto, não há previsão legal (convênio) que
conceda benefício fiscal do ICMS para as remessas
de produtos destinados à Amazônia Ocidental.
Contudo, caso a remessa seja efetuada para
os municípios a seguir relacionados (ALC e ZFM),
localizados no território dos Estados que compõem
a Amazônia Ocidental, haverá isenção do referido
imposto:

Município Fundamento legal

Bonfim e Boa Vista (Roraima) - Áreas de Livre Comércio de Bonfim e Boa Vista Convênio ICMS nº 52/1992
Guajará-Mirim (Rondônia) - Área de Livre Comércio de Guajará-Mirim Convênio ICMS nº 52/1992
Tabatinga (Amazonas) - Área de Livre Comércio de Tabatinga Convênio ICMS nº 52/1992
Cruzeiro do Sul e Brasileia (Acre) - Áreas de Livre Comércio de Cruzeiro do Sul e Brasileia Convênio ICMS nº 52/1992
Convênio ICM nº 65/1988 e
Manaus, Rio Preto da Eva e Presidente Figueiredo (Zona Franca de Manaus)
Convênio ICMS nº 49/1994

Nas operações interestaduais destinadas às Áreas de Livre Comércio beneficiadas com isenção do
ICMS, caberá ao remetente indicar no documento fiscal o fundamento legal previsto na legislação da
Unidade da Federação (UF) de sua localização.
(Lei Complementar nº 24/1975; Convênio ICM nº 65/1988; Convênio ICMS nº 52/1992; Convênio ICMS nº 49/1994)

a Estadual
ICMS 1. Quadro sinótico
As fusões, incorporações e associações de
Fusão, cisão e incorporação empresas visam expandir a economia de escala e
angariar uma fatia maior do mercado consumidor do
SUMÁRIO bem ou do serviço oferecido pelos estabelecimentos
1. Quadro sinótico fusionados, incorporados ou associados.
2. Conceitos
3. Tributação A legislação do ICMS trata dessas operações com
4. Reflexos nas obrigações acessórias sobre o ICMS o intuito de certificar sua veracidade e desonerá-las,
5. Penalidades tendo em vista sua natureza.

18-04 MA Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 - Boletim IOB

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ICMS - IPI e Outros

Fusão, cisão e incorporação de empresas

Fusão É a operação pela qual se unem 2 ou mais sociedades para formar uma nova.
Incorporação É a absorção de 1 ou mais sociedades por outra.
É transferida uma parcela de seu patrimônio para 1 ou mais sociedades, constituídas para esse fim ou já exis-
Cisão tentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu patrimônio, ou dividindo-se o seu
capital, se parcial a versão.
- caso haja saída de mercadorias para a empresa resultante do processo de fusão, incorporação ou cisão,
haverá a incidência do ICMS;
Procedimentos tributários - caso haja a transferência da titularidade do estabelecimento como um todo, não haverá a incidência do
ICMS, como também as transferências das mercadorias em decorrência de incorporação ou cisão, desde que
a operação seja em território maranhense.
Prazo de comunicação da
Deverão ser comunicados à Secretaria da Fazenda até 30 dias contado da data de sua ocorrência.
alteração

2. Conceitos
Vejamos, a seguir, o conceito de fusão, incorporação e cisão, de acordo com a Lei nº 6.404/1976, que
dispõe sobre as sociedades por ações.

2.1 Fusão
Fusão é a operação pela qual se unem 2 ou mais sociedades para formar uma nova, que lhes sucederá em
todos os direitos e obrigações.

Fusão

(Lei nº 6.404/1976, art. 228)

2.2 Incorporação
Incorporação é a operação pela qual 1 ou mais sociedades são absorvidas por outra, que lhes sucede em
todos os direitos e obrigações.

Incorporação

(Lei nº 6.404/1976, art. 227)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 MA18-05


2.3 Cisão
Cisão é a operação pela qual a companhia transfere parcela de seu patrimônio para 1 ou mais sociedades,
constituídas para esse fim ou já existentes, extinguindo-se a companhia cindida, se houver versão de todo o seu
patrimônio, ou dividindo-se o seu capital, se parcial a versão.
Cisão
(Lei nº 6.404/1976, art. 229)
3. Tributação
O incentivo dado pelo Poder Público consiste
em dispensar as empresas interessadas em
fundir-se, fusionar-se ou incorporar-se a outras
empresas do pagamento dos impostos incidentes
na transferência do patrimônio, conforme veremos
a seguir.
3.1 Incidência
O ICMS incide sobre as operações relativas à
circulação de mercadorias e sobre as prestações de
serviços de transporte, interestadual e intermunicipal
e de comunicação, considerando-se ocorrido o fato
gerador do imposto na saída de mercadoria do esta-
belecimento de contribuinte.
Destacamos que ocorre o fato gerador na trans-
missão da propriedade de mercadorias ou de título
que a represente, quando esta não transitar pelo
estabelecimento do transmitente. Há incidência na
data em que ocorrer encerramento de atividades de
contribuinte, quanto à mercadoria constante no esto-
que final.
Em resumo, caso haja saída de mercadorias para
a empresa resultante do processo de fusão, cisão ou
incorporação, haverá a incidência do ICMS.
(RICMS-MA/2003, arts. 1º, I, 2º, II, e 5º, IV)
18-06 MA
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
3.2 Não incidência do ICMS
No Estado do Maranhão, nas operações de
qualquer natureza que decorra a transferência de titu-
laridade como a propriedade industrial, comercial ou
de qualquer outra espécie não há incidência do ICMS.
A não incidência alcança as transferências de mer-
cadorias em decorrência de incorporação ou cisão,
desde que a operação seja em território maranhense.
(RICMS-MA/2003, art. 4º, VI, § 2º)
4. Reflexos nas obrigações acessórias
sobre o ICMS
Nos casos de fusão, incorporação, transformação
ou cisão, o novo titular do estabelecimento deve
transferir para seu nome, por intermédio da Unidade
Regional de Tributação de seu domicílio fiscal, no
prazo de 30 dias da ocorrência, os livros fiscais em
uso, assumindo a responsabilidade pela sua guarda,
conservação e exibição ao Fisco.
Vale lembrar que, com o advento da Escrituração
Fiscal Digital (EFD), todos os contribuintes de ICMS,
desde 2011, para alguns contribuintes, e 2013 para
todos os contribuintes, substituíram os livros fiscais
de entrada, saída, apuração, inventário e controle de
produção em estoque, pelo envio mensal do arquivo
digital. Assim, restará ao novo titular assumir a res-
ponsabilidade pela guarda, conservação e exibição
Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 - Boletim IOB
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
ao Fisco dos livros fiscais já encerrados pertencentes
ao estabelecimento.
Quanto às alterações cadastrais, estas devem
ser solicitadas pelo contribuinte no prazo de 30 dias,
contado da data de sua ocorrência.
A entrega da Declaração de Substituição Tributária,
Diferencial de Alíquotas e Antecipação (DeSTDA) é
obrigatória aos contribuintes do Simples Nacional,
exceto aos microempreendedores individuais (MEI),
desde 1º.01.2017. No caso de fusão, incorporação ou
cisão, a obrigatoriedade se estende à empresa incor-
poradora, cindida ou resultante da cisão ou fusão.
(RICMS-MA/2003, arts. 116, parágrafo único, 118, pará-
grafo único, 321-D, § 4º, e 321-R, § 6º)
a IOB Setorial
Estadual/Municipal
Serviços - Incidência do ICMS ou do
ISS nos serviços de instalação
Uma questão que costuma gerar dúvida é se há
incidência do ICMS ou do ISS na prestação de servi-
ços de instalação.
A Constituição Federal de 1988, ao distribuir a
competência para os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios instituírem, entre outros impostos, o ICMS
e o ISS, delimitou o seu campo de incidência.
Assim, os Estados e o Distrito Federal poderão
instituir o ICMS, que incidirá sobre:
a) as operações relativas à circulação de merca-
dorias;
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18
5. Penalidades
O contribuinte que não cumpre corretamente as
obrigações, na forma e no prazo determinados na
legislação do ICMS, está sujeito às penalidades, cuja
capitulação é feita pelo agente fiscal, lavradas por meio
de Auto de Infração. Assim, uma mesma operação
poderá ser enquadrada em mais de uma penalidade.
Lembramos que, para as infrações em que não
haja penalidade específica capitulada na legislação
maranhense, será aplicada a penalidade genérica no
valor de R$ 375,00.
(Lei nº 7.799/2002, art. 81)
N
b) as prestações de serviços de transporte inte-
restadual e intermunicipal;
c) os serviços de comunicação.
Além disso, a Constituição Federal também auto-
riza a incidência do ICMS sobre o valor total da ope-
ração quando houver o fornecimento de mercadorias
com serviços que não estiverem compreendidos na
competência tributária dos municípios.
Por sua vez, os municípios poderão instituir o
ISS, que incidirá sobre a prestação dos serviços de
qualquer natureza definidos em lei complementar.
A Lei Complementar nº 116/2003 trouxe anexa a
lista de serviços tributáveis pelo ISS. Entre os serviços
sujeitos ao ISS estão a instalação e a montagem de
MA18-07

aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive a
montagem industrial, que são serviços prestados ao
usuário final exclusivamente com material por ele
fornecido (item 14.06 da referida lista).
Dessa forma, podemos concluir que os serviços
de instalação:
a) serão sujeitos ao ICMS, tributado pelo valor to-
tal cobrado (mercadoria + serviços), quando
houver operação de venda de mercadoria com
a IOB Comenta
Federal
ICMS - Diferencial de alíquotas -
Consumidor final localizado em outra
Unidade da Federação - Recolhimento
O recolhimento do imposto relativo ao diferencial
de alíquotas de que trata o Convênio ICMS nº 93/2015,
o qual dispõe sobre os procedimentos a serem obser-
vados nas operações e prestações que destinem
bens e serviços a consumidor final não contribuinte
do ICMS, localizado em outra Unidade da Federação
(UF), deve ser efetuado por meio da Guia Nacional
de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE) ou
outro documento de arrecadação, de acordo com a
legislação da UF de destino, por ocasião da saída do
bem ou do início da prestação de serviço, em relação
a cada operação ou prestação.
O documento de arrecadação deve mencionar o
número do respectivo documento fiscal e acompanhar
o trânsito do bem ou a prestação do serviço.
O recolhimento do imposto correspondente ao
adicional de até 2% destinado ao financiamento dos
fundos estaduais e distrital de combate à pobreza
deve ser feito em documento de arrecadação ou
GNRE distintos.
18-08 MA
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
instalação (seja esta realizada pelo próprio
vendedor ou por terceiro por ele contratado);
b) serão sujeitos ao ISS quando forem contrata-
dos pelo usuário final, que deverá fornecer o
material para instalação.
Saliente-se que ao Distrito Federal caberão tam-
bém os impostos municipais.
(Constituição Federal de 1988, arts. 147, 155, II, § 2º, IX,
“b”, e 156, III; Lei Complementar nº 87/1996, art. 2º, IV)
N
As UF de destino do bem ou do serviço podem,
contudo, na forma de sua legislação, disponibilizar
aplicativo que calcule o imposto relativo ao diferencial
de alíquotas, que deverá ser recolhido até o 15º dia
do mês subsequente à saída do bem ou ao início da
prestação de serviço.
Para fins de tal recolhimento, o Ajuste Sinief
nº 11/2015 acrescentou as alíneas “n”, “o”, “p” e “q” ao
inciso I do § 1º do art. 88-A do Convênio Sinief nº 6/1989,
cujo dispositivo instituiu a GNRE online, modelo 28, a
ser utilizada para recolhimento de tributos devidos a
UF diversa daquela do domicílio do contribuinte.
A emissão da GNRE online obedecerá às tabe-
las inseridas no referido inciso I do § 1º do citado
Convênio, das quais destacamos a seguinte:
Especificações Códigos de Receita
ICMS Consumidor Final não contribuinte 10010-2
outra UF por Operação
ICMS Consumidor Final não contribuinte 10011-0
outra UF por Apuração
ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobre- 10012-9
za por Operação
ICMS Fundo Estadual de Combate à Pobre- 10013-7
za por Apuração
(Ajuste Sinief nº 11/2015; Convênio Sinief nº 6/1989,
art. 88-A, § 1º, I; Convênio ICMS nº 93/2015, cláusula primeira,
cláusulas segunda, caput, I, “c”, e II, “c”, § 5º, II, quarta e quin-
ta, § 2º)
N
Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18 - Boletim IOB
 Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Perguntas e Respostas
ITR
Imóvel rural - Alterações - Comunicação ao Fisco
1) Quais as alterações ocorridas em relação ao
imóvel rural devem ser comunicadas ao Fisco?
O contribuinte ou responsável deve comunicar
à Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil
(RFB), por meio do Documento de Informação e
Atualização Cadastral do ITR (Diac), as seguintes
alterações ocorridas em relação ao imóvel rural:
a) desmembramento;
b) anexação;
c) transmissão, a qualquer título, por alienação
da propriedade ou dos direitos a ela inerentes;
d) cessão de direitos;
e) constituição de reservas ou usufruto;
f) sucessão causa mortis;
g) desapropriação ou imissão prévia na posse do
imóvel rural por pessoa jurídica de direito pú-
blico ou pessoa jurídica de direito privado de-
legatária ou concessionária de serviço público;
h) retificação ou alteração de área, inclusive
quando parte do imóvel passa a integrar zona
urbana do município;
i) constituição, alteração ou extinção de condo-
mínio ou composse;
j) alteração na condição de imunidade ou isenção;
k) alteração de endereço de intimação e de en-
dereço de localização, inclusive nos casos de
criação, fusão, desmembramento, alteração
de limites e extinção de municípios; ou
l) alteração de outros dados constantes do Ca-
dastro de Imóveis Rurais (Cafir).
(Instrução Normativa RFB nº 1.467/2014, art. 22)
Imóvel rural - Condomínio - Área confrontante
2) Na hipótese de imóvel rural em condomínio, se
alguns condôminos adquirirem área confrontante com
este, a área adquirida deve ser considerada anexada
ao imóvel rural em condomínio?
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2019 - Fascículo 18
Não. A área confrontante somente deve ser consi-
derada anexada ao imóvel rural em condomínio se for
adquirida por todos os condôminos. Caso contrário, o
imóvel rural em condomínio e a área adquirida deve-
rão ser considerados como imóveis distintos.
(Perguntas e Respostas nº 58 - ITR/2018)
ICMS/MA
Base de cálculo - Procedimento
3) Qual o procedimento a ser utilizado na impossi-
bilidade de determinação da base de cálculo?
Quando não for possível determinar o valor da
base de cálculo nas operações com mercadorias ou
nas prestações de serviços sem preço determinado,
o imposto a recolher será calculado sobre o valor
corrente da mercadoria ou do serviço na praça e na
época em que ocorrer o fato gerador.
Ressalta-se que esta determinação é utilizada
para base de cálculo na regra geral, arbitrada e para
os casos de presunção de ocorrência de fato gerador
por omissão de receitas.
(Lei nº 7.799/2002, art. 19; RICMS-MA/2003, arts. 20 e 26)
Importação - Comprovação
4) Há alguma comprovação a ser feita no ato do
desembaraço aduaneiro das mercadorias importadas
do exterior?
Sim. Após o desembaraço aduaneiro, a entrega,
pelo depositário, de mercadoria ou bem importados
do exterior deverá ser autorizada pelo órgão respon-
sável por seu desembaraço, que somente se fará
mediante a exibição do comprovante de pagamento
do imposto incidente no ato do despacho aduaneiro,
salvo disposição em contrário.
(RICMS-MA/2003, art. 5º, IX, § 3º)
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MA18-09