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O CRCMG e seus parceiros sabem dos desafios

impostos diariamente aos Profissionais da


Contabilidade e, por isso, há uma preocupação
permanente em levar a esse profissional,
cursos de atualização e aprimoramento para
que todos juntos possam enfrentar os desafios
e promover a valorização da profissão
contábil.
Em razão disso, a atual gestão não medirá
esforços para oferecer a maior quantidade
possível de cursos, nas mais diversas
especialidades da profissão contábil.

Acessem o Portal do CRCMG


www.crcmg.org.br e estejam sempre bem
informados, acerca da fiscalização, do registro
profissional e principalmente das ações de
Educação Continuada!

Em nome da diretoria do CRCMG e demais


parceiros, desejo a todos um ótimo curso.

Rogério Marques Noé


Presidente do CRCMG.
Escrituração Contábil para Entidades do Terceiro Setor

Belo Horizonte, dia 25/11 (08:30 às 17:30


horas)
INSTRUTOR: Régis Monteiro Ferreira
• Short Bio
▫ Diretor das empresas:
 R&R AUDITORIA E CONSULTORIA LTDA (auditoria)
 VALUE GESTÃO DE NEGÓCIOS LTDA (consultoria)
 VALUE GESTÃO CONTÁBIL LTDA (contabilidade)
▫ Técnico de Contabilidade - IMACO
▫ Contador – UFMG
▫ Pós graduado em Finanças – IBMEC
▫ Mestrado em Contabilidade – UFMG
▫ Prof. De graduação e pós graduação da FBMG
▫ Gestor do curso de Contabilidade e Gestão para o Terceiro
regis@rrauditoria.com.br (31) 3324-3800
Setor da FBMG
REFLEXÃO
“ Os projetos sociais afetam realidades,
altera cenários, desperta esperanças e
sonhos em diversas esferas.

Apresentar-se nesse palco e sair antes


do espetáculo terminar talvez seja
uma das consequências mais
perversas da atuação social
descompromissada” Michelle Queiroz
Coelho (CEPEAD – UFMG - 2004)
Parte I – Introdução

Caracterização das Entidades


Aspectos Legais (legislação aplicada)
Integração entre Estado e
Mercado: Sistema S: SESI,
SENAI, SEBRAE, SENAC, SESC
e Partidos Políticos.

1º Setor

Terceiro Setor:
Associações, Fundações,
2º Setor 3º Setor Cooperativas Sociais,
Organizações Sociais e OSCIP
´s.

Integração entre Mercado e


Terceiro Setor: Sindicatos,
Associações Profissionais,
Cooperativas, Clubes.
SALAMON e ANHEIER (1992)
características do terceiro setor
1. Entidades estruturadas que possuem certo nível de
formalização de regras e procedimentos, ou algum grau de
organização permanente;

2. Entidades privadas;

3. Sem fins lucrativos;

4. Autônomas, ou seja, devem controlar sua própria gestão;

5. Entidades que envolvem um grau significativo de participação


voluntária.
SUSTENTABILIDADE

– Informações contábeis
– Gestão empresarial
– Prestação de contas
– Profissionalização da Gestão
– Existência de Conselhos (Fiscal e de
Administração)
ATIVIDADES DO TERCEIRO SETOR
• Saúde: hospital, maternidades, clinica, laboratórios, planos de saúde;
• Educação: ensino superior, escolas regulares, escolas
profissionalizantes, cursos pré-vestibulares, escolas de idiomas;
• Serviço Social: asilo, orfanato, creche, clinica de reabilitação de
dependentes químicos, clinica de reabilitação física e de psicológicos;
• Defesa do Meio Ambiente: defesa ambiental, desenvolvimento
regional e de turismo, pesquisas ambientais;
• Defesa de Interesses Coletivos: associações de bairros, clubes,
associações sindicais, associações de funcionários;
• Promoção Cultural e Científica: museus, casas da cultura, teatros,
associações literárias e científicas, estações de rádio, emissoras de
televisão;
(art. 44 do CC)
PJ DE DIREITO PRIVADO

I - as associações;
III - as fundações.
IV - as organizações religiosas. (Incluído pela Lei nº
10.825, de 22.12.2003)
V - os partidos políticos. (Incluído pela Lei nº 10.825, de
22.12.2003)
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE ASSOCIAÇÃO X FUNDAÇÃO
Associação Fundação
Constituída por pessoas. Constituída por patrimônio, aprovado
previamente pelo Ministério Público.
Pode (ou não) ter patrimônio inicial. O patrimônio é condição para sua criação.

A finalidade é definida pelos associados. A finalidade deve ser religiosa, moral, cultural
ou de assistência, definida pelo instituidor.

Os associados deliberam livremente. A finalidade é perene.


Registro e administração são mais simples. As regras para deliberações são definidas pelo
instituidor e fiscalizadas pelo Ministério
Público.
Registro e Administração são mais
burocráticos.
Regida pelos artigos 44 a 61 do Código Regida pelos artigos 62 a 69 do Código Civil.
Civil. Criada por intermédio de escritura pública ou
testamento.

Criada por intermédio de decisão em Todos os atos de criação, inclusive o estatuto,


assembléia, com transcrição em ata e ficam condicionados à prévia aprovação do
elaboração de um estatuto. Ministério Público.
ORGANIZAÇÕES DO TS
• OS (Organização Social): O título é outorgado pelo Poder Público mediante
procedimento prévio de certificação, quando se enquadrarem nas exigências
da lei federal (Lei no. 9.637/98) e das leis estaduais e municipais que
disponham sobre a matéria (em caráter complementar).
• OSC (Organizações da Sociedade Civil): é considerada toda e qualquer
entidade que desenvolva projetos sociais com finalidade pública, sem
finalidade de lucros.
• ONG (Organização Não Governamental): Apesar de serem comumente
utilizadas as expressões “entidade”, “ONG”, “instituição”, “instituto” dentre
outras, essas denominações servem apenas para designar uma associação ou
fundação.
• OSCIP (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público): é a entidade
que possui essa qualificação especial, outorgada pelo Poder Público,
especificamente pelo Ministério da Justiça, apenas quando se enquadram nas
exigências e restrições da lei federal (Lei no. 9790/99). As OSCIP's firmam
parcerias com o Poder Público nos termos da Lei 9.790/99.
Prestar Contas – “Accountability”

•Obrigação de representantes de prestar contas a seus representados.


(responsabilização ).

•Significa que quem desempenha funções de importância na sociedade


deve regularmente explicar o que anda a fazer, como faz, por que faz,
quanto gasta e o que vai fazer a seguir.

Não se trata apenas de prestar contas em termos


quantitativos! Se trata de auto-avaliar a obra feita, de dar a
conhecer o que se conseguiu e de justificar aquilo em que
se falhou.
CONTABILIDADE
Ciência do Controle e Avaliação dos
recursos alocados pela Sociedade às
Entidades
Qualidade da Informação Contábil

•Credibilidade e transparência são essenciais para reduzir custos e atrair


investimentos, principalmente para entidades que executam políticas
públicas.

•A qualidade da informação contábil é o ponto de partida para esta


credibilidade e transparência.

•Empresas auditadas e sem ressalvas


saem na frente neste quesito.
Evolução da Contabilidade
– A promulgação da Lei 11.638 que atualizou a 6.404-76
– Harmonização das Normas Brasileiras de Contabilidade com
as Normas Internacionais de Contabilidade - IFRS
– Com a valorização das Notas Explicativas e do Relatório de
Administração na apresentação dos Relatórios Financeiros
– A Auditoria e harmonização das normas de auditoria com as
normas internacionais
– “a partir de 21/9/2012, o Conselho Federal de Contabilidade,
visando consolidar e integrar as resoluções e normas que
tratavam das entidades de interesse social, aprovou a
Interpretação Técnica ITG 2002”
Destaques importantes
Divulgada em 21 de setembro de 2012
Aplica-se à Entidades sem finalidade de lucros
Revoga:
Resolução CFC
Resolução CFC 837/99 1.409/12
Resolução CFC 838/99 ITG 2002 (R1)
Resolução CFC 852/99
Resolução CFC 877/00
Resolução CFC 926/01
Resolução CFC 966/03
Estabelece critérios para avaliação e reconhecimentos das transações e
variações patrimoniais
Aplica-se a partir de 1° de janeiro de 2012
A ITG 2002 foi alterada e consolidada em 21.08.2015 como ITG 2002
(R1).
Demonstrações Contábeis
Meio de Comunicação e Prestação de Contas

Balanço Patrimonial (BP) Resolução CFC


1.409/12

Demonstração do Resultado do Período (DRP)

Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido (DMPL)

Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) IFRS (Normas


Internacionais)

Notas Explicativas (NE) ou NBC TG 1000


Destaques importantes

• Reconhecimento de Doações e Subvenções

Resolução CFC
• Antes 1.409/12
• Custeio – Receita ITG 2002 (R1)
• Patrimoniais – Patrimônio Social

• A partir de agora
• Custeio e Investimento (Patrimoniais) – Receita
• Investimentos (Patrimoniais) – Patrimônio Social somente na
constituição da entidade
Destaques importantes
• Imunidades Tributárias

• Antes
• Reconhecimento contábil no resultado
• A partir de agora Resolução CFC
1.409/12
• Apenas divulgação em Notas Explicativas ITG 2002 (R1)

• Trabalho Voluntário

• Antes
• Não reconhecia contabilmente
• A partir de agora
• Reconhecimento contábil pelo Valor Justo
Segregação e Gratuidade

•Os registros contábeis devem evidenciar as contas de receitas e despesas


• com e sem gratuidade,
• superávit ou déficit,
• de forma segregada,
• identificáveis por tipo de atividade

•As receitas e despesas (doação e outros), devem ser registradas em contas


próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das demais contas da
entidade.

•O benefício concedido como gratuidade por meio da prestação de


serviços deve ser reconhecido pelo valor efetivamente praticado.
Aplicabilidade de outras normas

Receitas
IFRS (Normas
Impairment Internacionais)

ou NBC TG 1000
Imobilizado

Ativo Intangível

Ajuste a Valor Presente

Provisões, Passivos e Ativos Contingentes


O que é o Controle Interno?

É o plano da organização
com os métodos e medidas adotadas na empresa
para salvaguardar seus ativos,
verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis,
desenvolver a eficiência nas operações e
estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas.
(AICPA 1984)
Objetivos dos controles internos

•Verificar e assegurar os cumprimentos às políticas e normas;


•Obter informações adequadas, confiáveis, de qualidade e tempestivas;
•Veracidade dos relatórios contábeis, financeiros e operacionais;
•Proteger os ativos da entidade;
•Prevenir erros e fraudes;
•Ferramenta para localização de erros;
•Registrar adequadamente as diversas operações;
•Estimular a eficiência do pessoal;
•Assegurar a legitimidade dos passivos da empresa;
•Assegurar o processamento correto das transações da empresa;
•Permitir a observância e estrito cumprimento da legislação em vigor.
Parte II – Aspectos Contábeis
ITG 2000
Plano de Contas Segregado por Atividades
Classificação Contábil das Receitas e Despesas
Escrituração das Gratuidades
Subvenções Governamentais
Doações de Bens
Lançamentos Contábeis Obrigatórios
Contabilização de Serviços de Voluntários
Controle Patrimonial
Demonstrações Contábeis
Auditoria Independente
Resolução 1330 de 2011 NBC ITG 2000 R1
Escrituração Contábil
• Estabelece critérios e procedimentos a serem adotados pela
entidade para:
– a escrituração contábil;
– a guarda e a manutenção da documentação e dos
arquivos contábeis
– a responsabilidade do profissional da contabilidade.
• Deve ser adotada por todas as entidades, independente da
natureza e do porte, na elaboração da escrituração contábil,
observadas as exigências da legislação e de outras normas
aplicáveis, se houver.
26
Formalidades da escrituração contábil

• A escrituração contábil deve ser realizada com observância aos


Princípios de Contabilidade (????).
• O nível de detalhamento da escrituração contábil deve estar
alinhado às necessidades de informação de seus usuários.
• O detalhamento dos registros contábeis é diretamente
proporcional à:
• complexidade das operações da entidade e dos requisitos
de informação a ela aplicáveis e,
• não devem necessariamente observar um padrão pré-
definido, exceto nos casos em que uma autoridade
reguladora assim o requeira
27
A escrituração contábil deve ser executada:

– em idioma e em moeda corrente nacionais;


– em forma contábil;
– em ordem cronológica de dia, mês e ano;
– com ausência de espaços em branco, entrelinhas,
borrões, rasuras ou emendas; e
– com base em documentos de origem externa ou
interna ou, na sua falta, em elementos que
comprovem ou evidenciem fatos contábeis.

28
A escrituração em forma contábil deve
conter, no mínimo:
– data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato
contábil ocorreu;
– conta devedora;
– conta credora;
– histórico que represente a essência econômica da transação
ou o código de histórico padronizado, neste caso baseado
em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;
– valor do registro contábil;
– informação que permita identificar, de forma unívoca, todos
os registros que integram um mesmo lançamento contábil.

29
Registro Contábil
• O registro contábil deve conter o número de identificação do lançamento
em ordem seqüencial relacionado ao respectivo documento de origem
externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou
evidenciem fatos contábeis.

• A terminologia utilizada no registro contábil deve expressar a essência


econômica da transação.

• Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos


lançamentos, desde que permanentes e uniformes, devendo constar o
significado dos códigos e/ou abreviaturas no Livro Diário ou em registro
especial revestido das formalidades extrínsecas
30
Formalidades dos Livros Contábeis
Não Digital
– serem encadernados;
– terem suas folhas numeradas sequencialmente;
– conterem termo de abertura e de encerramento assinados
pelo titular ou representante legal da entidade e pelo
profissional da contabilidade regularmente habilitado no
Conselho Regional de Contabilidade.
– no caso da entidade adotar processo eletrônico ou
mecanizado para a sua escrituração contábil, os formulários
de folhas soltas, devem ser numerados mecânica ou
tipograficamente e encadernados em forma de livro.

31
Formalidades dos Livros Contábeis Digital
– serem assinados digitalmente pela entidade e pelo
profissional da contabilidade regularmente habilitado;
– quando exigível por legislação específica, serem
autenticados no registro público ou entidade competente.
(Alterada pela ITG 2000 (R1))
– em caso de escrituração contábil em forma digital, não há
necessidade de impressão e encadernação em forma de
livro, porém o arquivo magnético autenticado pelo registro
público competente deve ser mantido pela entidade.

32
Demonstrações Contábeis
• A escrituração contábil e a emissão de relatórios,
peças, análises, demonstrativos e demonstrações
contábeis são de atribuição e de responsabilidade
exclusivas do profissional da contabilidade legalmente
habilitado.

• As demonstrações contábeis devem ser transcritas no


Livro Diário, completando-se com as assinaturas do
titular ou de representante legal da entidade e do
profissional da contabilidade legalmente habilitado.
33
Livro Diário e Livro Razão
• No Livro Diário devem ser lançadas, em ordem cronológica, com
individualização, clareza e referência ao documento probante, todas as
operações ocorridas, e quaisquer outros fatos que provoquem
variações patrimoniais.
• Quando o Livro Diário e o Livro Razão forem gerados por processo que
utilize fichas ou folhas soltas, deve ser adotado o registro “Balancetes
Diários e Balanços”.
• Os registros auxiliares, quando adotados, devem obedecer aos
preceitos gerais da escrituração contábil.
• A entidade é responsável pelo registro público de livros contábeis em
órgão competente e por averbações exigidas pela legislação de
recuperação judicial, sendo atribuição do profissional de contabilidade
a comunicação formal dessas exigências à entidade.
34
Escrituração contábil de filial
• A entidade que tiver unidade operacional ou de negócios, quer como filial,
agência, sucursal ou assemelhada, e que optar por sistema de escrituração
descentralizado, deve ter registros contábeis que permitam a identificação
das transações de cada uma dessas unidades.
• A escrituração de todas as unidades deve integrar um único sistema contábil.
• A opção por escrituração descentralizada fica a critério da entidade.
• Na escrituração descentralizada, deve ser observado o mesmo grau de
detalhamento dos registros contábeis da matriz.
• As contas recíprocas relativas às transações entre matriz e unidades, bem
como entre estas, devem ser eliminadas quando da elaboração das
demonstrações contábeis da entidade.
• As despesas e as receitas que não possam ser atribuídas às unidades devem
ser registradas na matriz e distribuídas para as unidades de acordo com
critérios da administração da entidade. 35
Documentação contábil
• Documentação contábil é aquela que comprova os fatos que
originam lançamentos na escrituração da entidade e compreende
todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, de
origem interna ou externa, que apoiam ou componham a
escrituração.
• A documentação contábil é hábil quando revestida das características
intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na
técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”.
• Os documentos em papel podem ser digitalizados e armazenados em
meio magnético, desde que assinados pelo responsável pela entidade
e pelo profissional da contabilidade regularmente habilitado,
devendo ser submetidos ao registro público competente.
36
Contas de compensação
• Contas de compensação constituem sistema próprio para
controle e registro dos fatos relevantes que resultam em
assunção de direitos e obrigações da entidade cujos efeitos
materializar-se-ão no futuro e que possam se traduzir em
modificações no patrimônio da entidade.
• Exceto quando de uso mandatório por ato de órgão
regulador, a escrituração das contas de compensação não é
obrigatória. Nos casos em que não forem utilizadas, a
entidade deve assegurar-se que possui outros mecanismos
que permitam acumular as informações que de outra
maneira estariam controladas nas contas de compensação
37
Retificação de lançamento contábil
• Retificação de lançamento é o processo técnico de
correção de registro realizado com erro na
escrituração contábil da entidade e pode ser feito por
meio de:
– estorno;
– transferência; e
– complementação.
• Em qualquer das formas citadas no item 31, o histórico
do lançamento deve precisar o motivo da retificação, a
data e a localização do lançamento de origem.
38
Estorno, Transferência e Complementação
• O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito
erroneamente, anulando-o totalmente.
• Lançamento de transferência é aquele que promove a
regularização de conta indevidamente debitada ou creditada,
por meio da transposição do registro para a conta adequada.
• Lançamento de complementação é aquele que vem
posteriormente complementar, aumentando ou reduzindo o
valor anteriormente registrado.
• Os lançamentos realizados fora da época devida devem
consignar, nos seus históricos, as datas efetivas das ocorrências e
a razão do registro extemporâneo
39
NBC TG 22 de 2011 (Informações por
segmento)
a entidade deve divulgar informações que permitam
aos usuários das demonstrações contábeis avaliarem a
natureza e os efeitos financeiros das atividades de
negócio nos quais está envolvida e os ambientes
econômicos em que opera (separar as informações
por segmento).
Plano de Contas Segregado por Atividades

Segregação é o processo de dissociação mediante o


qual as informações são agrupadas de acordo com
características comuns, com objetivo de controlar e
demonstrar de forma individualizada clara e
transparente os resultados e operações de cada
atividade desenvolvida na entidade.
Segmento operacional é:
(item 5 da NBC TG 22)

• o que desenvolve atividades de negócio das quais


pode obter receitas e incorrer em despesas;
• cujos resultados operacionais são regularmente
revistos pelo principal gestor das operações da
entidade para a tomada de decisões sobre recursos a
serem alocados ao segmento e para a avaliação do seu
desempenho; e
• para o qual haja informação financeira individualizada
disponível.
Itens 10 a 13 da ITG 2002
• (10) Os registros contábeis devem evidenciar as contas de
receitas e despesas, com e sem gratuidade, superávit ou déficit,
de forma segregada, identificáveis por tipo de atividade, tais
como educação, saúde, assistência social e demais atividades.

• (11) Enquanto não atendidos os requisitos para reconhecimento


no resultado, a contrapartida da subvenção, de contribuição
para custeio e investimento, bem como de isenção e incentivo
fiscal registrados no ativo, deve ser em conta específica do
passivo.
Itens 10 a 13 da ITG 2002 (continuação)
• (12) As receitas decorrentes de doação, contribuição,
convênio, parceria, auxílio e subvenção por meio de convênio,
editais, contratos, termos de parceira e outros instrumentos,
para aplicação específica, mediante constituição, ou não, de
fundos, e as respectivas despesas devem ser registradas em
contas próprias, inclusive as patrimoniais, segregadas das
demais contas da entidade.

• (13) Os benefícios concedidos pela entidade sem finalidade de


lucros a título de gratuidade devem ser reconhecidos de forma
segregada, destacando-se aqueles que devem ser utilizados em
prestações de contas nos órgãos governamentais.
Notas Explicativas (Segregação) ITG 2002
• Divulgar segregadamente os atendimentos com recursos
próprios dos demais atendimentos da entidade
• Relacionar ainda todas as gratuidades segregadamente
• Inclusive segregar de acordo com a necessidade de
prestação de contas de órgãos públicos, destacando:
– valores dos benefícios,
– número de atendidos,
– número de atendimentos,
– número de bolsistas com valores e percentuais representativos.
Classificação Contábil das Receitas e
Despesas
• O resultado obtido nas empresas pelo confronto das
receitas e despesas está relacionado a um dos
principais e essenciais objetivos empresariais que é o
Lucro (superavit), que impacta diretamente no
patrimônio das entidades.
Evolução no Período
• A análise das receitas e despesas nas informações
contábeis demonstra o desempenho das organizações
no tempo e são fundamentais para entendimento das
operações da entidade, representando um dos
principais pilares da informação para os usuários da
contabilidade para tomada de decisões, devendo
sempre ser precedidas de fundamentação técnica e
uma base conceitual sólida.
Reconhecimento
• As definições de Receita e de Despesas tem se fixado,
via de regra, mais nos aspectos de quando reconhecer
a receita e em que montante do que na sua
caracterização de sua natureza

Quando x Valor
NBC TG 00 – Estrutura Conceitual
Conceitos de Receitas
4.29. A definição de receita abrange tanto receitas
propriamente ditas quanto ganhos. A receita surge no curso
das atividades usuais da entidade e é designada por uma
variedade de nomes, tais como vendas, honorários, juros,
dividendos, royalties, aluguéis.

4.30.Ganhos representam outros itens que se enquadram na


definição de receita e podem ou não surgir no curso das
atividades usuais da entidade, representando aumentos nos
benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza,
das receitas. Consequentemente, não são considerados como
elemento separado nesta Estrutura Conceitual.
NBC TG 00 – Estrutura Conceitual
Conceitos de Despesas
4.33. A definição de despesas abrange tanto as perdas quanto as
despesas propriamente ditas que surgem no curso das atividades
usuais da entidade. As despesas que surgem no curso das
atividades usuais da entidade incluem, por exemplo, o custo das
vendas, salários e depreciação. Geralmente, tomam a forma de
desembolso ou redução de ativos como caixa e equivalentes de
caixa, estoques e ativo imobilizado.

4.34. Perdas representam outros itens que se enquadram na


definição de despesas e podem ou não surgir no curso das
atividades usuais da entidade, representando decréscimos nos
benefícios econômicos e, como tais, não diferem, em natureza, das
demais despesas. Consequentemente, não são consideradas como
elemento separado nesta Estrutura Conceitual.
Item 4.38 da NBC TG 00
Reconhecimento Receitas
• for provável que algum benefício econômico futuro
associado ao item flua para a entidade ou flua da
entidade; e

• o item tiver custo ou valor que possa ser mensurado com


confiabilidade (*).

(*) A informação é confiável quando ela é completa,


neutra e livre de erro.
Quando é o Reconhecimento RECEITA
• O item 4.47 diz que é no momento:

– em que resultar em aumento nos benefícios


econômicos futuros relacionado com aumento de ativo
ou com diminuição de passivo,
– puder ser mensurado com confiabilidade.
Quando é o Reconhecimento DESPESA
• O item 4.49 diz que o no momento em que:

– resultarem em decréscimo nos benefícios econômicos


futuros, relacionado com o decréscimo de um ativo ou
o aumento de um passivo,
– puder ser mensurado com confiabilidade.
Receitas x Despesas (simultâneas)
• O item 4.50 diz que:
– as receitas e despesas devem ser contabilizadas e reconhecidas
de forma associada,
– confrontando as Receitas com suas respectivas despesas (regime
de competência),
– envolve o reconhecimento simultâneo ou combinado das
receitas e despesas que resultem diretamente ou
conjuntamente das mesmas transações ou outros eventos.
Outros momentos de Reconhecimento da
Despesa
• Quando se espera que os benefícios econômicos sejam gerados ao
longo de vários períodos contábeis e a associação com a
correspondente receita somente possa ser feita de modo geral e
indireto, as despesas devem ser reconhecidas na demonstração do
resultado com base em procedimentos de alocação sistemática e
racional.
• Muitas vezes isso é necessário ao reconhecer despesas associadas
com o uso ou o consumo de ativos, tais como itens do imobilizado,
ágio pela expectativa de rentabilidade futura (goodwill), marcas e
patentes.
• Em tais casos, a despesa é designada como depreciação ou
amortização.
• Esses procedimentos de alocação destinam-se a reconhecer despesas
nos períodos contábeis em que os benefícios econômicos associados
Bases de Mensuração - item 4.55
• Custo Histórico
• Custo corrente
• Valor realizável
• Valor presente
Custo histórico

• Os ativos são registrados pelos montantes pagos em caixa


ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos
entregues para adquiri-los na data da aquisição.

• Os passivos são registrados pelos montantes dos recursos


recebidos em troca da obrigação ou, em algumas
circunstâncias (como, por exemplo, imposto de renda),
pelos montantes em caixa ou equivalentes de caixa se
espera serão necessários para liquidar o passivo no curso
normal das operações.
Custo Corrente

• Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou


equivalentes de caixa que teriam de ser pagos se esses
mesmos ativos ou ativos equivalentes fossem adquiridos
na data do balanço.

• Os passivos são reconhecidos pelos montantes em caixa


ou equivalentes de caixa, não descontados, que se espera
seriam necessários para liquidar a obrigação na data do
balanço.
Valor Realizável

• Os ativos são mantidos pelos montantes em caixa ou


equivalentes de caixa que poderiam ser obtidos pela sua
venda em forma ordenada.

• Os passivos são mantidos pelos seus montantes de


liquidação, isto é, pelos montantes em caixa ou
equivalentes de caixa, não descontados, que se espera
serão pagos para liquidar as correspondentes obrigações
no curso normal das operações.
Valor Presente

• Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado,


dos fluxos futuros de entradas líquidas de caixa que se
espera seja gerado pelo item no curso normal das
operações.

• Os passivos são mantidos pelo valor presente, descontado,


dos fluxos futuros de saídas líquidas de caixa que se espera
serão necessários para liquidar o passivo no curso normal
das operações.
A NBC TG 30 trata das Receitas

• Definição:
– é o ingresso bruto de benefícios econômicos durante o
período observado no curso das atividades ordinárias
da entidade
– que resultam no aumento do seu patrimônio líquido,
– exceto os aumentos de patrimônio líquido relacionados
às contribuições dos proprietários.
Reconhecimento de Receita de Vendas
• a entidade tenha transferido para o comprador os riscos e
benefícios mais significativos inerentes à;
• a entidade não mantenha envolvimento continuado na
gestão dos bens vendidos em grau normalmente associado à
propriedade e tampouco efetivo controle sobre tais bens;
• o valor da receita possa ser mensurado com confiabilidade;
• for provável que os benefícios econômicos associados à
transação fluirão para a entidade; e
• as despesas incorridas ou a serem incorridas, referentes à
transação, possam ser mensuradas com confiabilidade.
Reconhecimento de Receita de Serviços
• o valor da receita puder ser mensurado com confiabilidade;
• for provável que os benefícios econômicos associados à
transação fluirão para a entidade;
• o estágio de execução (stage of completion) da transação ao
término do período de reporte puder ser mensurado com
confiabilidade; e
• as despesas incorridas com a transação assim como as
despesas para concluí-la puderem ser mensuradas com
confiabilidade.
ITG 2002
• as informações de Receitas e Despesas (conforme as NBCs),
resume que: as receitas e as despesas devem ser
reconhecidas, respeitando-se o princípio da Competência.

• As doações e as subvenções recebidas para custeio e


investimento devem ser reconhecidas DR.
ITG 2002 Divulgação em Notas Explicativas:
– os critérios de apuração da receita e da despesa,
especialmente com:
• gratuidade,
• serviços voluntários obtidos,
• doação,
• subvenção,
• contribuição e aplicação de recursos
– as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação
dos recursos e as responsabilidades, por tipo de
atividade.
Escrituração das Gratuidades

• A gratuidade está normalmente relacionada aos esforços


das entidades do terceiro setor, especialmente aqueles
prestados de forma gratuita ou parcialmente gratuita,
conforme definido na sua missão e estatuto social, na
prestação serviços essenciais para comunidade nas áreas
de saúde, educação e assistência social.

• Normalmente a concessão de gratuidade está relacionada


aos programas e projetos sociais das entidades de forma
beneficente, objetivando a promoção social humana.
Gratuidade na Contabilidade
• A contabilidade precisa expressar e evidenciar de modo
claro, preciso e transparente toda ação econômica,
financeira e patrimonial voltada ao atendimento de ações
prestadas com gratuidade, sejam elas simplesmente de:
– filantropia,
– de assistência social
– ou qualquer outra que esteja voltada a ação social
• devendo ser corretamente identificada,
• qualificada de forma clara e objetiva e
• evidenciada com transparência.
Item 13 ITG 2002

• Os benefícios concedidos pela entidade sem finalidade de


lucros a título de gratuidade devem ser reconhecidos de
forma segregada, destacando-se aqueles que devem ser
utilizados em prestações de contas nos órgãos
governamentais.
Item 16 da ITG 2002
Reconhecimento
• O benefício concedido como gratuidade por meio da
prestação de serviços deve ser reconhecido pelo valor
efetivamente praticado.
Notas Explicativas Gratuidades

• apresentadas e evidenciadas todas as gratuidades,


• de forma segregada,
• destacas de acordo com as necessidades de prestação de
contas a órgãos públicos,
• apresentando dados quantitativos, como:
– valores dos benefícios,
– número de atendidos,
– número de atendimentos,
– número de bolsistas com valores e percentuais
representativos
Subvenções Governamentais NBC TG 07

• As subvenções tem suporte na Lei nº 4.320, 1964, que se


refere à transferências de capital (dotações para
investimentos ou inversões financeiras) que outras pessoas
de direito público ou privado devam realizar,
independentemente de contraprestação direta em bens ou
serviços (art. 12, parágrafos 3º e 6º).
• Subvenção é uma destinação de recursos públicos a entes
privados com o objetivo de suportar gastos ou
investimentos que originalmente lhes caberiam, dado
determinado interesse público no desenvolvimento dessa
atividade privada.
Base Contábil

• somente a partir da Lei das SAs (6404-76), as subvenções


passaram a ter registros contábeis e evidenciados nas
demonstrações das entidades beneficiadas, em contas de
patrimônio líquido.

• Em 2010 emitiu a NBC que fala sobre Subvenções do


Governo, é NBC TG 07 – SUBVENÇÃO E ASSISTÊNCIA
GOVERNAMENTAIS, que deve ser aplicada no caso da
contabilização e da divulgação de subvenção governamental
e na divulgação de outras formas de assistência
governamental.
Assistência governamental

• é a ação de um governo destinada a fornecer benefício


econômico específico a uma entidade ou a um grupo de
entidades que atendam a critérios estabelecidos.
Subvenção governamental

• é uma assistência governamental


• geralmente na forma de contribuição de natureza
pecuniária, mas não só restrita a ela, concedida a uma
entidade normalmente em troca do cumprimento
passado ou futuro de certas condições relacionadas às
atividades operacionais da entidade.
Exemplos de Subvenção

• Isenções
• Empréstimos subsidiados,
• Doações
• Prêmios
• pacotes de incentivos fiscais do governo
– ICMS (regimes especiais)
– IRPJ (leis de incentivos)
Subvenção de Tributos

• Isenção tributária é a dispensa legal do pagamento de


tributo sob quaisquer formas jurídicas (isenção,
imunidade, etc.).
• Redução, por sua vez, exclui somente parte do passivo
tributário, restando, ainda, parcela de imposto a pagar.
• A Redução ou a isenção pode se processar,
eventualmente, por meio de devolução do imposto
recolhido mediante determinadas condições.
Reconhecimento Contábil

• Reconhecimento contábil da redução ou isenção


tributária como subvenção para investimento:

– é efetuado registrando-se o imposto total no resultado


como se devido fosse,

– em contrapartida à receita de subvenção equivalente, a


serem demonstrados um deduzido do outro.
Empréstimo subsidiado
• é aquele em que o credor renuncia ao recebimento total ou
parcial do empréstimo e/ou dos juros, mediante o
cumprimento de determinadas condições.
• De maneira geral, é concedido direta ou indiretamente pelo
Governo, com ou sem a intermediação de um banco; está
vinculado a um tributo; e
• caracteriza-se pela utilização de taxas de juros visivelmente
abaixo do mercado e/ou pela postergação parcial ou total do
pagamento do referido tributo sem ônus ou com ônus
visivelmente abaixo do normalmente praticado pelo mercado.
• Subsídio: é a parcela do empréstimo ou do juro renunciado e
a diferença entre o juro ou ônus de mercado e o juro ou o
ônus praticado.
Reconhecimento Subsídio em Empréstimo

• Subsídio em empréstimo é reconhecido como


subvenção quando existir segurança de que a
entidade cumprirá os compromissos assumidos
Tópicos Subvenção Governamental

• Não deve ser reconhecida até que exista uma razoável


segurança de que a entidade cumprirá todas as
condições estabelecidas e relacionadas à subvenção e
de que ela será recebida.
• Deve ser reconhecida como receita ao longo do
período e confrontada com as despesas que pretende
compensar, em base sistemática.
• O reconhecimento como receita deve então
acompanhar a apropriação das despesas necessárias
ao cumprimento das obrigações.
Continua ...

• Não pode ser creditada diretamente no patrimônio


líquido.
• Raramente é gratuita
• Subvenção relacionada a ativo não depreciável pode
requerer o cumprimento de certas obrigações.
• A subvenção é algumas vezes apresentada como crédito
na demonstração do resultado, quer separadamente sob
um título geral tal como:
– ”outras receitas“ , ou
– dedução da despesa relacionada.
Subvenção de Ativos (inclusive a valor justo)
• Deve ser apresentada no balanço patrimonial em conta de passivo,
como receita diferida, ou deduzindo o valor contábil do ativo
relacionado.
– Um dos métodos reconhece a subvenção como receita diferida no
passivo, sendo reconhecida como receita em base sistemática e
racional durante a vida útil do ativo.
– O outro método deduz a subvenção do valor contábil do ativo
relacionado com a subvenção para se chegar ao valor escriturado
líquido do ativo, que pode ser nulo.
• A subvenção deve ser reconhecida como receita durante a
vida do ativo depreciável por meio de crédito à depreciação
registrada como despesa no resultado.
NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável
de Ativos
• O ativo da subvenção pode sofrer perda de valor, nos
termos da NBC TG 01 – Redução ao Valor Recuperável de
Ativos, e deve ser ajustado neste caso.
Tópicos Assistência Governamental

• Certas formas de assistência governamental que não possam


ter seu valor razoavelmente atribuído devem ser excluídas da
definição de subvenção governamental
• As transações com o Governo que não possam ser
distinguidas das operações comerciais normais da entidade
devem ser excluídas da definição de subvenção
governamental
• a assistência governamental não inclui o fornecimento de
infraestruturas por meio da melhoria da rede de transportes
e de comunicações gerais e o fornecimento de recursos
desenvolvidos
Doações

• As Doações constituem uma das formas de Receitas de


instituições sem fins lucrativos e são utilizadas para
financiamento de suas atividades

• Como a doação é uma Receita, a sua definição obedece


também a contida sobre na NBC TG ESTRUTURA
CONCEITUAL, como sendo: “aumento nos benefícios
econômicos durante o período contábil sob a forma de
entrada de recursos ou aumento de ativos ou diminuição de
passivos que resultam em aumentos do patrimônio líquido
(patrimônio social) da entidade”.
Doações ITG 2002 – item 13

• Deve ser registrado de forma separada:


– as doações vinculadas a projetos e
– as doações recebidas sem vinculação
• Inclusive as contas patrimoniais referentes devem ser
segregadas das demais contas da entidade (doações).
• As informações sobre as doações devem constar em NE
com divulgação dos critérios de apuração tanto das
receitas quanto das despesas.
• Na DFC, as doações dos associados devem ser classificadas
nos fluxos das atividades operacionais
Doações ITG 2002 – item 13

• A doação de Governos é considerada uma Subvenção Governamental .


• A receita com doação deve ser mensurada pelo valor Justo.
• O reconhecimento da doação deve ser no momento em que a entidade:
– Puder mensurar de forma confiavelmente a Receita com doação e as
suas respectivas despesas;
– Tenha a posse e a gestão do ativo;
– Tenha de fato os benefícios mais significativos inerentes à
propriedade do ativo; e
– For provável que os benefícios econômicos associados ao ativo
fluirão para a entidade.
Contabilização de Serviços de Voluntários

• As entidades do Terceiro Setor que tem como


características a utilização de trabalhos de voluntário de
especialistas que assumem o compromisso de
compartilhar seus conhecimentos e tempo para ajudarem
às instituições sem fins lucrativos.

• O serviço voluntário é uma atividade não remunerada, e


deve ser contratado entre pessoas físicas e entidades
públicas e privadas, conforme nos termos da Lei n.º
9.608/98.
Lei 9608 de 1998 - Voluntariado

• Art. 1o Considera-se serviço voluntário, para os fins desta


Lei, a atividade não remunerada prestada por pessoa física
a entidade pública de qualquer natureza ou a instituição
privada de fins não lucrativos que tenha objetivos cívicos,
culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de
assistência à pessoa. (Redação dada pela Lei nº 13.297, de
2016)
Lei 9608 de 1998 - CONTRATO
• Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a
celebração de termo de adesão entre a entidade, pública
ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele
devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.
Lei 9608 de 1998 - REEMBOLSO

• Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser


ressarcido pelas despesas que comprovadamente realizar
no desempenho das atividades voluntárias. Parágrafo
único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar
expressamente autorizadas pela entidade a que for
prestada o serviço voluntário.
Contabilização do Trabalho Voluntário
• deve ser reconhecido pelo valor justo da prestação do
serviço como se tivesse ocorrido o desembolso financeiro.
• Normalmente a melhor referência para controle e
identificação dos trabalhos é através do controle de horas
gastas pelo profissional para execução de suas atividades
• deve ser demonstrado por atividades ou programas
• deve ser evidenciado em notas explicativas.
Valor Justo
• É o valor de mercado que a entidade pagaria ao profissional no
caso de contratação dos trabalhos.
• Para determinação do valor justo dos trabalhos a entidade pode:
• Fazer uma cotação de mercado
• Pedir o orçamento dos trabalhos para o voluntário
• Solicitar referências a outras entidades de porte e
complexidade similares
• Deve ser registrado em contas segregadas tanto na conta de
Receita quanto na conta de Despesa, no momento em que
efetivamente ocorreram, obedecendo ao regime de
competência
Controle Patrimonial
• O controle das contas do ativo e do passivo é obrigatório
conforme determina o art. 1.188 da Lei n.º 10.406, de 2002
(novo Código Civil): “O balanço deverá exprimir, com fidelidade e
clareza, a situação patrimonial e financeira da organização”.
• Na contabilidade, para expressão correta do valor do ativo
imobilizado, o grupo de imobilizado deve necessariamente
expressar o valor contábil, conforme estabelecido pelas Normas
Brasileiras de Contabilidade, que indicam que o valor contábil do
ativo imobilizado é: “o valor pelo qual um ativo é reconhecido
após a dedução da depreciação e da perda por redução ao valor
recuperável acumuladas”.
Aspectos contábeis dos Controles de
Patrimônio
• devem ser realizado a partir das seguintes considerações
da norma brasileira de contabilidade:

– o reconhecimento dos ativos, normalmente pelo seu


custo,

– os valores de Depreciação e o Valor Depreciável

– as perdas por desvalorização


Demonstrações Contábeis - NBC TG 26

• Representação estruturada da posição patrimonial e


financeira e do desempenho da entidade
• com objetivo de proporcionar informação acerca da:
– posição patrimonial e financeira,
– do desempenho e
– dos fluxos de caixa da entidade
• que seja útil a um grande número de usuários em suas
avaliações e tomada de decisões econômicas.
• As DCs também objetivam apresentar o resultado da
gestão (obrigações e responsabilidades)
ITG 2002 – Demonstrações Contábeis
• balanço patrimonial ao final do período;
• demonstração do resultado do período;
• demonstração das mutações do patrimônio líquido do
período;
• demonstração dos fluxos de caixa do período;
• notas explicativas, compreendendo as políticas
contábeis significativas e outras informações
elucidativas;
• informações comparativas com o período anterior
Peculiaridades da ITG 2002

• Ressalta-se que segundo a ITG 2002 No Balanço


Patrimonial, a denominação da conta Capital deve ser
substituída por Patrimônio Social, integrante do grupo
Patrimônio Líquido.
• No Balanço Patrimonial e nas Demonstrações do
Resultado do Período, das Mutações do Patrimônio
Líquido e dos Fluxos de Caixa, as palavras lucro ou
prejuízo devem ser substituídas por superávit ou
déficit do período.
Apresentação das DCs

• Em conformidade com as práticas contábeis brasileiras


• Representação fidedigna dos efeitos das transações, outros
eventos e condições de acordo com as definições e critérios
de reconhecimento para ativos, passivos, receitas e
despesas como estabelecidos na NBC TG 00.
• A entidade não deve afirmar que suas demonstrações
contábeis estão de acordo com essas normas,
interpretações e comunicados técnicos a menos que
cumpra todos os seus requisitos.
Destaques apresentação DCs – NBC TG 26

• Pressuposto de Continuidade
• Regime de Competência
• Materialidade
• Não Compensação de Contas - Ativos e passivos ou receitas e
despesas
• Frequência: devem ser apresentado pelo menos anualmente.
• Informação Comparativa
• Consistência de apresentação nos períodos e dos critérios e
políticas
Destaques apresentação DCs – ITG 2002
• Na Demonstração do Resultado do Período, devem ser
destacadas as informações de gratuidade concedidas e
serviços voluntários obtidos por tipo de atividade
• Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, as doações
devem ser classificadas nos fluxos das atividades
operacionais.
• A entidade pode controlar em conta de compensação
transações referentes a isenções, gratuidades e outras
informações para a melhor evidenciação contábil.
Notas Explicativas – ITG 2002
• contexto operacional da entidade, incluindo a natureza
social e econômica e os objetivos sociais;
• os critérios de apuração da receita e da despesa,
especialmente com gratuidade, doação, subvenção,
contribuição e aplicação de recursos;
• relação dos tributos objeto de renúncia fiscal; (Alterada
pela ITG 2002 (R1)
• as subvenções recebidas pela entidade, a aplicação dos
recursos e as responsabilidades decorrentes dessas
subvenções;
Notas Explicativas – ITG 2002
• os recursos de aplicação restrita e as responsabilidades
decorrentes ;
• os recursos sujeitos a restrição ou vinculação por parte do doador;
• a entidade educacional de ensino superior deve evidenciar a
adequação da receita com a despesa de pessoal, segundo
parâmetros estabelecidos pela Lei das Diretrizes e Bases da
Educação e sua regulamentação;
• os critérios e procedimentos do registro contábil de depreciação,
amortização e exaustão do ativo imobilizado, devendo ser
observado a obrigatoriedade do reconhecimento com base em
estimativa de sua vida útil;
• segregar os atendimentos com recursos próprios dos demais
atendimentos realizados pela entidade;
Notas Explicativas – ITG 2002
• todas as gratuidades praticadas devem ser registradas de
forma segregada, destacando aquelas que devem ser
utilizadas na prestação de contas nos órgãos
governamentais, apresentando dados quantitativos, ou
seja, valores dos benefícios, número de atendidos, número
de atendimentos, número de bolsistas com valores e
percentuais representativos;
• a entidade deve demonstrar, comparativamente, o custo e
o valor reconhecido quando este valor não cobrir os custos
dos serviços prestados.
AUDITORIA

Obrigatoriedade
requer apresentação das demonstrações contábeis e financeiras
devidamente auditadas por auditor independente legalmente habilitado
nos Conselhos Regionais de Contabilidade quando a receita bruta anual
auferida for superior a R$ 3,6 milhões.
Lei n° 12.101/09. Art.29 § VIII
Termos de Parceria - OSCIPs

A Organização da Sociedade Civil de Interesse Público deverá realizar


auditoria independente da aplicação dos recursos objeto do Termo de
Parceria nos casos em que o montante de recursos for maior ou igual a
R$600.000,00 (seiscentos mil reais).

Art. 19 do Decreto Lei 3100 de 1999


Alínea “c”, inciso VII, do Art. 4º da Lei n.º 9.790, de 1999
Marco Regulatório (artigo 86)
A prestação de contas do Termo de Parceria refere-se à correta aplicação
dos recursos, mediante a apresentação dos seguintes documentos:

I - Relatório Anual de Atividades;


II – Extratos
III a VIII – Demonstração Contábil Completa
IX - parecer e relatório de auditoria, se for o caso.
Principais Benefícios

Obtenção, manutenção e renovação de certificações


Melhoria dos controles internos
CONFIABILIDADE

Facilidade na captação de recursos


Credibilidade da gestão da Entidade

Interna

Externa TRANSPARÊNCIA
Contabilização Cebas

• O artigo 33 estabelece as condições para entidades


que atuam e mais de uma das áreas, obrigando a
segregação das atividades na contabilidade em
conformidade com a ITG 2002, de modo a evidenciar o
patrimônio, as receitas, os custos e as despesas de
cada atividade desempenhada.
• Neste contexto mais uma vez podemos testificar da
importância da contabilidade de acordo com as
Normas Brasileiras.
Exemplos:
• Projeto com Recursos Externos (reabilitação) : Valor R$
50.000
• Assistência Social: Atendimento de Drogados
• Custos:
– Pessoal: R$ 25.000
– Estrutura: R$ 25.000
• Recebimento do Recurso em janeiro de 2016: R$50.000
• Execução dos projeto Reabilitação no mês de fevereiro
de 2016
Contabilização

• Recebimento do Recurso em janeiro de 2016:


R$50.000
D - Banco
C – Recursos do Projeto de Reabilitação (passivo)
• Poderia ser registrado a conta de compensação: R$
50.000
D – Obrigações Vinculadas Projeto de Reabilitação (ativo)
C – Obrigações Vinculadas a Cumprir Projeto de Reabilitação
(Passivo)
Execução

• Pagamento das despesas no mês de fevereiro de 2016


D – Custo c. programa assistencial = R$ 25000
Projeto Reabilitação
Pessoal
D – Custo c. programa assistencial = R$ 25000
Projeto Reabilitação
Estrutura
C – BANCO
Pela realização da Receita
• Receita com projeto Reabilitação no mês de fevereiro
de 2016
D – Recursos do Projeto de Reabilitação (passivo)= R$ 50.000
C – Receita com Restrição
Atividade Assistencial
Projeto Reabilitação
• Contas de compensação ser for o caso R$ 50.000
D – Obrigações Vinculadas a Cumprir Projeto de Reabilitação
(Passivo)
C – Obrigações Vinculadas Projeto de Reabilitação (ativo)
Exercício

• Projeto com Recursos Externos (inclusão digital) : Valor R$


100.000
• Assistência Social: Educação Infantil
• Custos:
– Pessoal: R$ 50.000
– Aluguel: R$ 25.000
– Administrativo: R$ 25.000
• Recebimento do Recurso em janeiro de 2016: R$100.000
• Execução dos projeto Reabilitação no mês de fevereiro de
2016
Exemplo Doação

• Recebimento de Doação Condicional ao cumprimento de


obrigações, no valor de R$ 50.000, para custeio de
pessoal da atividade de educação projeto educar, em
janeiro de 2016
• Janeiro de 2016 - Recebimento: R$ 50.000
D – BANCO
C - Doação recebida para o projeto educar (passivo) = R$ 50.000)
• Poderia ser registrado a conta de compensação: R$
50.000
D – Obrigações Vinculadas Projeto de Educar (ativo)
C – Obrigações Vinculadas a Cumprir Projeto Educar (Passivo)
Execução

• Pagamento das despesas no mês de fevereiro de 2016


D – Custo c. programa educação = R$ 50000
Inclusão social
Pessoal
C – BANCO
Pela realização da Doação Receita
• Receita com projeto Educar no mês de fevereiro de 2016
D – Doação recebida para o projeto educar (passivo) = R$ 50.000
C – Receita com Restrição
Doação
Atividade de Educação
Projeto Educar
• Contas de compensação ser for o caso R$ 50.000
D – Obrigações Vinculadas a Cumprir Projeto de Educar (Passivo)
C – Obrigações Vinculadas Projeto Educar (ativo)
Exercício

• Recebimento de Doação Incondicional ao


cumprimento de obrigações, no valor de R$ 10.000,
para custeio, em janeiro de 2016
Exemplo Gratuidade

• Mensalidade de Curso área de educação: 2000,00


• Bolsa de 80%
• Reconhecimento do mês de julho de 2016 da receita
de R$ 2000
D – Mensalidades a Receber 400
C - Receita com Mensalidades (educação) = 400
e
D – Gratuidades a Conceder (ativo) 1600
C - Receita com Gratuidade (bolsas) = 1600
Recebimento da Parcela

• Recebimento
D – BANCO – 400
C – Mensalidades a Receber
e
D – Custos Operacionais com Gratuidades - Mensalidades -
Educação– 1600
C – Gratuidades a Conceder (ativo)
Exemplo Subvenção

• Recebimento de Subvenção, no valor de R$ 50.000,


para custeio de pessoal da atividade de educação, em
janeiro de 2016, para pagamento de pessoal em
janeiro de 2016
• Janeiro de 2016 - Recebimento: R$ 50.000
D – BANCO
C - Receita sem restrição Subvenção Governamental

D – CUSTO DE PESSOAL
ATVIDADE DE EDUCAÇÃO
C - BANCO
Exemplo Voluntário

• Serviço Voluntário de Psicólogo em Creche


• O valor justo dos trabalhos é de 10,00 por consulta
• No mês de janeiro foram realizadas 40 consultas
• O Valor justos dos trabalhos seria de R$ 400
Pela obrigação
D – Serviços de Psicólogo = 400
C – Psicólogo a Pagar

Pela Lei do Voluntariado 9608-1998


D – Serviços de Psicólogo = 400
C – Receita sem restrição – trabalho Voluntário
Exemplo Isenção tributária específica para
entidade
• Regime Especial concedido para a Instituição
• ICMS s. vendas no período: Valor do tributo: 400
• Regime Especial Redução de 75%
Pela obrigação de R$ 400
D - ICMS s. vendas (dedução da Receita)
C – ICMS a recolher
Pela contabilização do Regime Especial Específico
(subvenção) – R$ 300
D- ICMS a recolher
C – Receita com Isenções/Restrições/Subvenção ICMS
Prazos na contabilidade
• Prazo de Guarda de Documentos.pdf
Muito obrigado!

regis@rrauditoria.com.br

31 – 3324 - 3800
31 – 98835-6232

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