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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 06/2020
São Paulo
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// IOB Setorial
Estadual
Bebidas - ICMS - Crédito presumido na saída de malte para fabrica-
ção de cerveja ou chope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
// IOB Comenta
Federal
ICMS - Substituição tributária - Base de cálculo - Considerações
gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
Capa:
Marketing SAGE | IOB
0800-724-7900 SAC
ISBN 978-85-379-3567-5
19-32284 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI/ICMS/ISS 7.
8.
Diferencial de alíquotas
Considerações sobre o ISS
9. Créditos fiscais
Simples Nacional 10. Benefícios fiscais
11. Substituição tributária
SUMÁRIO 12. Obrigações acessórias
1. Quadro sinótico
2. Introdução
3. Receita bruta - IPI/ICMS/ISS 1. Quadro sinótico
4. Sublimites
5. Hipóteses específicas de recolhimento Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
6. Devolução tópicos deste texto:
Quadro sinótico
Tópicos Descrição
Benefícios fiscais Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução específica para as
microempresas (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), em relação ao ICMS ou ao ISS, será realizada a redução
proporcional, relativamente à receita do estabelecimento localizado no ente federado que concedeu a isenção ou
a redução, da seguinte forma:
a) sobre a parcela das receitas beneficiadas por isenção, serão desconsiderados os percentuais do ICMS ou do
ISS, conforme o caso; e
b) sobre a parcela das receitas beneficiadas por redução, será realizada a redução proporcional dos percentuais
do ICMS ou do ISS, conforme o caso.
Créditos fiscais A ME ou a EPP, optantes pelo Simples Nacional, não fará jus à apropriação nem poderá transferir créditos relativos
a impostos ou contribuições abrangidos pelo regime. As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela
legislação tributária, não optantes pelo Simples Nacional, terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente
sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP, optantes pelo regime, desde que destinadas à comercia-
lização ou à industrialização.
O crédito, nesse caso, tem como limite o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional, em
relação às mencionadas aquisições. Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal,
poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas, pela legislação tributária, não optantes
pelo Simples Nacional, crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias
adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor
do crédito em razão da procedência dessas mercadorias.
Declaração Eletrônica A ME ou a EPP ficam obrigadas à entrega da DES, quando exigida pelo Município ou pelo Distrito Federal, que
de Serviços (DES) servirá para a escrituração mensal de todos os documentos fiscais emitidos e documentos recebidos referentes
aos serviços prestados, tomados ou intermediados de terceiros, observado o disposto no inciso II do § 4º do
art. 64 da Resolução CGSN nº 140/2018.
A DES substitui os livros referidos nos incisos IV e V do art. 63 (registro de serviços prestados e serviços tomados)
e será apresentada ao Município ou ao Distrito Federal pelo prestador, pelo tomador, ou por ambos, observado o
disposto na legislação de sua circunscrição fiscal.
Tópicos Descrição
Receita bruta - IPI/ Consideram-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
ICMS/ISS serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
concedidos incondicionalmente.
A receita bruta também abrange:
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado no do-
cumento fiscal;
b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
c) os royalties, aluguéis e as demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou gozo; e
d) as verbas de patrocínio.
Por outro lado, não compõem a receita bruta:
a) a venda de bens do Ativo Imobilizado, como tais considerados os ativos tangíveis:
a.1) que sejam disponibilizados para uso na produção ou no fornecimento de bens ou serviços, ou para locação
por outros, para investimento, ou para fins administrativos;
a.2) cuja desincorporação ocorra a partir do 13º mês contado da respectiva entrada;
b) os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento
de operações ou prestações;
c) a remessa de mercadoria a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja incondicional e não haja
contraprestação por parte do destinatário;
d) a remessa de amostra grátis;
e) os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não corresponda à
parte executada do contrato;
f) os valores repassados ao profissional-parceiro pelo salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592/2012, desde que
o referido profissional esteja devidamente inscrito no CNPJ; e
g) os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.
Sublimites Ficarão sujeitos às normas gerais de incidência do ICMS e do ISS, conforme o caso:
a) os que excederem o sublimite de R$ 1.800.000,00, previsto no caput do art. 9º da Resolução CGSN nº 140/2018,
para os estabelecimentos localizados nas Unidades da Federação (UF) que o adotarem; e
b) os que excederem o sublimite de R$ 3.600.000,00, previsto no § 1º do art. 9º da Resolução CGSN nº 140/2018,
independentemente da localização do contribuinte.
A Resolução CGSN nº 149/2019 dispõe sobre os sublimites de receita bruta acumulada auferida, para efeito de
recolhimento do ICMS e do ISS, pelo Simples Nacional, no ano-calendário de 2020.
Foi divulgada a opção pelos Estados do Acre e do Amapá, no ano-calendário de 2020, de sublimite de receita bru-
ta acumulada auferida de R$ 1.800.000,00, para efeito do recolhimento do ICMS devido pelos estabelecimentos
neles localizados, sob o regime do Simples Nacional.
Nos demais Estados e no Distrito Federal, vigorará o sublimite de R$ 3.600.000,00.
Aplicam-se os sublimites vigentes nos Estados e no Distrito Federal para o recolhimento do ISS devido por estabe-
lecimentos localizados nos respectivos Municípios e no Distrito Federal.
Microempreendedor O Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) é
individual (MEI) a forma pela qual o MEI pagará, por meio do Documento de Arrecadação (DAS), independentemente da receita
bruta por ele auferida no mês, observado o limite de enquadramento, o valor das parcelas a ele devidas, das quais
destacamos:
a) R$ 1,00, a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto;
b) R$ 5,00, a título de ISS, caso seja contribuinte desse imposto.
O DAS será gerado exclusivamente para o MEI, por meio do Programa Gerador do DAS para o MEI (PGMEI).
O DAS gerado para o MEI poderá ser:
a) enviado por via postal para o domicílio do contribuinte, caso em que poderá conter, em uma mesma folha de
impressão, guias para pagamento de mais de uma competência, com identificação dos respectivos vencimentos
e do valor devido em cada mês;
b) emitido em terminais de autoatendimento disponibilizados por parceiros institucionais e pelo Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e
c) emitido por meio de aplicativo para dispositivos móveis, disponibilizado pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB).
Cabe ressaltar que, durante a vigência da opção pelo Simei, não se aplicam ao MEI, entre outras hipóteses, as
atribuições da qualidade de substituto tributário.
Por outro lado, segundo o art. 119 da Resolução CGSN nº 140/2018, aplicam-se subsidiariamente ao MEI as de-
mais regras previstas para o Simples Nacional.
A concessão dos benefícios citados nas letras “a” a) para a ME que, no ano-calendário anterior tenha
e “b” poderá ser realizada: auferido receita bruta de até R$ 180.000,00:
a) mediante deliberação exclusiva e unilateral do a.1) R$ 108,00, no caso de ICMS;
Estado, do Distrito Federal, ou do Município a.2) R$ 162,75, no caso de ISS;
concedente; e b) para a ME que, no ano-calendário anterior te-
b) de modo diferenciado para cada ramo de ativi- nha auferido receita bruta entre R$ 180.000,00
dade. e R$ 360.000,00:
Quando o Estado, o Distrito Federal ou o Município b.1) 295,50, no caso de ICMS; e
conceder isenção ou redução do ICMS ou do ISS, o b.2) 427,50, no caso de ISS.
benefício deverá ser concedido na forma de redução
do percentual efetivo do ICMS ou do ISS, decorrente Fica impedida de adotar os valores fixos mensais
da aplicação das tabelas constantes dos Anexos I a V a ME que:
da Resolução CGSN nº 140/2018. a) possua mais de um estabelecimento;
b) esteja no ano-calendário de início de atividade;
Caso o Estado, o Distrito Federal ou o Município
optarem por aplicar percentuais de redução diferen- c) exerça mais de um ramo de atividade:
ciados para cada faixa de receita bruta, estes deverão c.1) com valores fixos distintos, para o mes-
constar da respectiva legislação de forma a facilitar o mo imposto, estabelecidos pelo respec-
processo de geração do DAS. tivo ente federado; ou
c.2) quando pelo menos um dos ramos de ati-
Deverão constar da legislação veiculadora da vidade exercido não esteja sujeito a valor
isenção ou da redução da base de cálculo todas as fixo para o mesmo imposto, estabelecido
condições a serem observadas pela ME ou EPP, inclu- pelo respectivo ente federado.
sive o percentual de redução aplicável a cada faixa de
receita bruta anual ou a todas as faixas. O limite de R$ 360.000,00 deverá ser propor-
cionalizado na hipótese de a ME ter iniciado suas
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, atividades no ano-calendário anterior, utilizando-se
no âmbito de suas respectivas competências, inde- a média aritmética da receita bruta total dos meses
pendentemente da receita bruta auferida no mês pelo desse ano-calendário multiplicada por 12.
contribuinte, poderão adotar valores fixos mensais,
inclusive por meio de regime de estimativa fiscal O valor fixo será devido ainda que tenha ocorrido
ou arbitramento, para o recolhimento do ICMS e do retenção ou substituição tributária do ICMS ou do ISS,
ISS devido por ME que tenha auferido receita bruta observado o disposto no inciso IV do caput do art. 27
total acumulada nos mercados interno e externo, da Resolução CGSN nº 140/2018, o qual estabelece
conjuntamente, no ano-calendário anterior de até que na hipótese de a ME ou a EPP estar sujeita à tribu-
R$ 360.000,00. tação do ISS pelo Simples Nacional em valores fixos
mensais não caberá a retenção do referido tributo,
Os valores fixos estabelecidos pelos Estados, pelo
salvo quando o ISS for devido a outro município.
Distrito Federal e pelos Municípios, em determinado
ano-calendário:
Na hipótese em que o ISS for devido a outro
a) só serão aplicados a partir do ano-calendário município, o imposto deverá ser recolhido nos termos
seguinte; dos arts. 21 a 26 e 148 da citada Resolução CGSN,
b) deverão abranger todas as empresas ou ape- sem prejuízo do recolhimento do valor fixo devido
nas aquelas que se localizem em determinado ao município de localização do estabelecimento. O
ramo de atividade que tenham, em qualquer valor fixo deverá ser incluído no valor devido pela ME
caso, auferido receita bruta no ano-calendário relativamente ao Simples Nacional.
anterior, até o limite fixado; e
c) deverão ser estabelecidos, obrigatória e indivi- A empresa sujeita ao valor fixo de R$ 108,00, para
dualmente, para cada faixa de receita a seguir o ICMS, e de R$ 162,75, para o ISS, que no ano-calen-
especificada. dário auferir receita bruta acima de R$ 180.000,00
continuará a recolher os valores fixos mencionados,
Os valores fixos mensais não poderão exceder a: tanto para o ICMS, quanto para o ISS.
A empresa que no ano-calendário exceder o limite Foi divulgada a opção pelos Estados do Acre e do
de receita bruta fica impedida de recolher o ICMS ou Amapá, no ano-calendário de 2020, de sublimite de
o ISS pela sistemática de valor fixo a partir do mês receita bruta acumulada auferida de R$ 1.800.000,00
subsequente à ocorrência do excesso, sujeitando-se para efeito do recolhimento do ICMS devido pelos
à apuração desses tributos pela sistemática aplicável estabelecimentos neles localizados, sob o regime do
às demais empresas, optantes pelo Simples Nacional. Simples Nacional.
Os escritórios de serviços contábeis recolherão o Nos demais Estados e no Distrito Federal, vigorará
ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal. o sublimite de R$ 3.600.000,00.
Caso o escritório de serviços contábeis não esteja
autorizado pela legislação municipal a efetuar o Aplicam-se os sublimites vigentes nos Estados e
recolhimento do ISS em valor fixo diretamente ao mu- no Distrito Federal para o recolhimento do ISS devido
nicípio, o imposto deverá ser recolhido pelo Simples por estabelecimentos localizados nos respectivos
Nacional. Municípios e no Distrito Federal.
(Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 9º a 12; Resolução
Na hipótese em que o Estado, o Município ou CGSN nº 149/2019)
o Distrito Federal concedam isenção ou redução
específica para as ME ou EPP em relação ao ICMS 5. Hipóteses específicas de recolhimento
ou ao ISS, será realizada a redução proporcional rela-
O recolhimento unificado de tributos pelo Simples
tivamente à receita do estabelecimento localizado no
Nacional se aplica também ao IPI, ao ICMS e ao
ente federado que concedeu a isenção ou a redução,
ISS, exceto nas hipóteses relacionadas nos subitens
da seguinte forma:
seguintes, caso em que esses tributos deverão ser
a) sobre a parcela das receitas beneficiadas pela recolhidos de acordo com as regras de incidência
isenção, serão desconsiderados os percen- aplicadas às demais pessoas jurídicas.
tuais do ICMS ou do ISS, conforme o caso;
b) sobre a parcela das receitas beneficiadas pela 5.1 IPI
redução, será realizada a redução proporcio- Está excluído do recolhimento pelo Simples
nal dos percentuais do ICMS ou do ISS, con- Nacional o IPI incidente na importação de bens e
forme o caso. serviços.
(Lei Complementar nº 116/2003, Lista de Serviços, subi-
tens 7.02, 7.05 e 16.01; Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 21, A venda de mercadoria industrializada pelo
22, 23, 24, 25, §§ 10 e 11, 26, 27, caput, IV, 30 a 35 e 148, contribuinte será tributada na forma do Anexo II da
Anexos I a V) Resolução CGSN nº 140/2018.
5.3 Escala industrial não relevante (Resolução CGSN nº 140/2018, art. 17)
porventura devido, devem ser indicados nos cam- Quando o escritório de serviços contábeis não
pos próprios conforme estabelecido no Manual de estiver autorizado pela legislação municipal a promo-
Orientação do Contribuinte (MOC), baixado no Portal ver o recolhimento do ISS em valor fixo diretamente
da NF-e, nos termos do Ajuste Sinief nº 7/2005. ao município, o imposto deverá ser recolhido pelo
Simples Nacional na forma do inciso III do § 1º do
(Ajuste Sinief nº 7/2005; Resolução CGSN nº 140/2018,
art. 25 da Resolução CGSN nº 140/2018, ou seja, na
art. 59, §§ 7º e 9º)
forma descrita no parágrafo anterior.
c) das mercadorias produzidas pelo prestador 12, na hipótese de a empresa ter iniciado
dos serviços fora do local da prestação dos suas atividades há menos de 13 meses
serviços, que será tributado de acordo com o da prestação;
Anexo II. b) na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser
prestado no mês de início de atividade da ME
Veja, a seguir, a transcrição dos itens 7.02 e 7.05
ou da EPP, a alíquota aplicável será de 2%;
da Lista de Serviços mencionada:
c) no caso da letra “b”, constatando-se que hou-
a) 7.02 - execução, por administração, empreita- ve diferença entre a alíquota utilizada e a efe-
da ou subempreitada, de obras de construção tivamente apurada, caberá à ME ou à EPP,
civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras prestadoras dos serviços, efetuar o recolhi-
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração mento dessa diferença no mês subsequente
de poços, escavação, drenagem e irrigação, ao do início de atividade em guia própria do
terraplanagem, pavimentação, concretagem e município;
a instalação e montagem de produtos, peças e
d) se a ME ou a EPP estiverem sujeitas à tributa-
equipamentos (exceto o fornecimento de mer-
ção do ISS, pelo Simples Nacional, por valores
cadorias produzidas pelo prestador de servi-
fixos mensais, não caberá a retenção, salvo
ços fora do local da prestação dos serviços,
quando o ISS for devido a outro município;
que fica sujeito ao ICMS); e
e) se a ME ou a EPP não informarem, no do-
b) 7.05 - reparação, conservação e reforma de
cumento fiscal, a alíquota de que tratam as le-
edifícios, estradas, pontes, portos e congê-
tras “a” e “b”, será aplicada a alíquota de 5%;
neres (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador dos serviços, fora f) não será eximida a responsabilidade do pres-
do local da prestação dos serviços, que fica tador de serviço quando a alíquota do ISS in-
sujeito ao ICMS). formada no documento fiscal for inferior à de-
vida, hipótese em que o recolhimento dessa
(Lei Complementar nº 116/2003, art. 7º, § 2º, Lista de Servi-
ços; Resolução CGSN nº 140/2018, art. 25, § 17) diferença será realizado em guia própria do
município; e
8.3 Retenção na fonte g) o valor retido, devidamente recolhido, será de-
finitivo, não sendo objeto de partilha com os
A retenção na fonte do ISS da ME ou da EPP, optan- municípios, e sobre a receita de prestação de
tes pelo Simples Nacional, somente será permitida nas serviços que sofreu a retenção não haverá in-
hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar cidência do ISS a ser recolhido pelo Simples
nº 116/2003, observado, cumulativamente, o seguinte: Nacional.
Nota Caso a prestadora de serviços esteja beneficiada
O art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 dispõe que o serviço consi- por isenção ou redução do ISS em face de legislação
dera-se prestado, e o imposto devido, no local do estabelecimento prestador
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto municipal ou distrital que tenha instituído benefícios à
nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, do mencionado dispositivo, hi- ME ou à EPP, caberá às mesmas informar no documento
pótese em que o imposto será devido no local indicado naqueles incisos.
fiscal a alíquota aplicável na retenção na fonte, bem
a) a alíquota aplicável na retenção na fonte deve- como a legislação concessiva do respectivo benefício.
rá ser informada no documento fiscal e corres-
ponderá ao percentual efetivo do ISS decor- Vale observar que o Município ou o Distrito
rente da aplicação das tabelas dos Anexos III, Federal poderão estabelecer critérios de informação
IV ou V da Resolução CGSN nº 140/2018 para da alíquota efetiva do ISS a constar no documento
a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP fiscal, de acordo com a respectiva legislação. Nos
estiverem sujeitas no mês anterior ao da pres- casos de que tratam as letras “a” e “b”, a falsidade na
tação, assim consideradas: prestação das informações sujeitará o responsável, o
a.1) a receita bruta acumulada nos 12 meses titular, os sócios, ou os administradores da ME ou da
que antecederem o mês anterior ao da EPP, juntamente com as demais pessoas que concor-
prestação; ou rerem para a sua prática, às penalidades previstas na
a.2) a média aritmética da receita bruta total legislação criminal e tributária.
dos meses que antecederem o mês an- (Lei Complementar nº 116/2003, art. 3º; Resolução CGSN
terior ao da prestação, multiplicada por nº 140/2018, art. 27, Anexos III, IV e V)
O contribuinte deverá utilizar a DeSTDA para O contribuinte que possuir mais de um estabeleci-
declarar o imposto apurado referente ao ICMS: mento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica
ou outro qualquer, deverá prestar as informações
a) retido como substituto tributário (operações an-
relativas à DeSTDA em arquivo digital individualizado
tecedentes, concomitantes e subsequentes);
por estabelecimento, exceto quanto aos estabele-
b) devido em operações com bens ou merca- cimentos localizados na mesma UF quando houver
dorias sujeitas ao regime de antecipação do disposição em convênio, protocolo ou ajuste, que
recolhimento do imposto, nas aquisições em preveja escrituração fiscal centralizada.
outros Estados e no Distrito Federal;
c) devido em aquisições em outros Estados e no O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado à
Distrito Federal de bens ou mercadorias, não UF destinatária, até o dia 28 do mês subsequente ao
sujeitas ao regime de antecipação do recolhi- encerramento do período de apuração, ou quando for
mento do imposto, relativo à diferença entre as o caso, até o 1º dia útil imediatamente seguinte. Cabe
alíquotas interna e a interestadual; e observar que os contribuintes obrigados à apresenta-
d) devido nas operações e prestações interesta- ção da DeSTDA não estarão sujeitos à apresentação
duais que destinem bens e serviços a consu- da Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS
midor final não contribuinte do imposto. - Substituição Tributária (GIA-ST) prevista no Ajuste
Sinief nº 4/1993 ou obrigação equivalente.
O aplicativo para geração e transmissão da
DeSTDA estará disponível para download, gratuita- (Lei Complementar nº 123/2006, arts. 13, § 1º, XIII, “a”, “g”
mente, em sistema específico, no Portal do Simples e “h”, e 20, § 1º; Ajuste Sinief nº 4/1993; Ajuste Sinief nº 12/2015;
Convênio ICMS nº 93/2015, cláusula quinta)
Nacional. É vedado ao contribuinte obrigado à
DeSTDA declarar os impostos mencionados nas letras
“a” a “d”, em discordância com o disposto no Ajuste 11.2 Escala industrial não relevante
Sinief em referência. O regime de substituição tributária não se aplica
às operações interestaduais com bens e mercado-
A DeSTDA deverá ser apresentada pelos contri-
rias produzidas em escala industrial não relevante,
buintes optantes pelo Simples Nacional, exceto para:
nos termos do § 8º do art. 13 da Lei Complementar
a) o MEI; e nº 123/2006.
A exigência de prestação de dados por meio de fiscais emitidos e documentos recebidos referentes
EFD, em qualquer modalidade que não atenda às regras aos serviços prestados, tomados ou intermediados de
previstas para essa finalidade, não poderá ter caráter terceiros, observado o disposto no inciso II do § 4º do
obrigatório para a ME ou a EPP, optantes pelo Simples art. 64 da Resolução CGSN nº 140/2018.
Nacional, exceto quando ultrapassado o sublimite de
receita bruta vigente no Estado ou no Distrito Federal. A DES substitui os livros referidos nos incisos IV e
V do art. 63 (registro de serviços prestados e serviços
(Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 65 e 79) tomados) e será apresentada ao Município ou ao
Distrito Federal pelo prestador, pelo tomador, ou por
12.3 DES ambos, observado o disposto na legislação de sua
circunscrição fiscal.
A ME ou a EPP ficam obrigadas à entrega da
Declaração Eletrônica de Serviços (DES), quando exi- (Lei Complementar nº 123/2006, art. 26, § 5º; Resolução
CGSN nº 140/2018, arts. 63, caput, IV e V, 64, § 4º, II, 74 e 75)
gida pelo Município ou pelo Distrito Federal, que servirá
para a escrituração mensal de todos os documentos N
a Estadual
ICMS 8. Substituto tributário - Alterações cadastrais
9. Penalidades
CADASTRO DE CONTRIBUINTES
Contribuinte do imposto Pessoa natural ou jurídica que, de modo habitual ou em volume que caracterize intuito comercial, realiza ope-
rações relativas à circulação de mercadorias, bem como a de prestação de serviço de transporte interestadual
e intermunicipal e serviço de comunicação.
Obrigados à inscrição a) o industrial, o comerciante, o produtor e o gerador;
b) o prestador de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação;
c) a cooperativa;
d) a instituição financeira e a seguradora;
e) a sociedade simples de fim econômico;
f) a sociedade simples de fim não econômico que explorar estabelecimento de extração de substância mineral
ou fóssil, de produção agropecuária, industrial, ou que comercializar mercadoria que, para esse fim, adquirir
ou produzir;
g) os órgãos da administração pública, as entidades da administração indireta e as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, que praticarem operações ou prestações de serviço relacionadas com a explo-
ração de atividade econômica regida pelas normas a que estiverem sujeitos os empreendimentos privados, ou
em que houver contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas;
h) a concessionária ou a permissionária de serviço público de transporte interestadual ou intermunicipal, de
comunicação ou de energia elétrica;
i) o prestador de serviço não compreendido na competência tributária do município, quando envolver forneci-
mento de mercadoria;
j) o prestador de serviço compreendido na competência tributária do município, quando envolver fornecimento
de mercadoria com incidência do imposto estadual ressalvada em lei complementar;
k) o fornecedor de alimentação, bebida ou outra mercadoria;
l) os partidos políticos e suas fundações, os templos de qualquer culto, as entidades sindicais de trabalhado-
res, as instituições de educação ou de assistência social sem fins lucrativos;
m) o representante comercial ou o mandatário mercantil;
n) aquele que, em propriedade alheia, produzir mercadoria e promover saída em seu próprio nome;
o) aquele que prestar, mediante utilização de bem pertencente a terceiro, serviço de transporte interestadual
ou intermunicipal ou de comunicação;
p) o detentor de site ou a plataforma eletrônica que realize a venda, a disponibilização, a oferta ou a entrega
de bens e mercadorias digitais mediante transferência eletrônica de dados, ainda que por intermédio de pa-
gamento periódico e mesmo que em razão de contrato firmado com o comercializador;
q) as demais pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado que praticarem, habitualmente, em
nome próprio ou de terceiro, operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviço de
transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação;
r) a empresa de armazém-geral, de armazém frigorífico, de silo ou de outro armazém de depósito de merca-
dorias;
s) o prestador de serviço de transporte de carga intramunicipal ou internacional;
t) os estabelecimentos de contribuintes que exercem a atividade de exploração ou produção de petróleo ou
gás natural em mar confrontante com o território deste Estado, nos termos da legislação federal específica.
Dispensados da inscrição Como regra são dispensados da inscrição:
a) o profissional ou o trabalhador autônomo ou avulso que executar pessoalmente operação integrante de
processo de industrialização, por conta de terceiro regularmente inscrito neste Estado, de produto destinado a
posterior comercialização ou industrialização;
b) o prestador autônomo de serviço de transporte de carga que o executar pessoalmente;
c) o representante ou mandatário que se limitar a angariar pedidos de mercadorias a serem remetidas direta-
mente do estabelecimento fornecedor aos respectivos adquirentes;
d) o veículo utilizado para venda ambulante;
e) a pessoa física ou jurídica que, nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, não
praticar com habitualidade operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
f) o detentor de site ou a plataforma eletrônica que realize exclusivamente operações com mercadorias digitais
isentas ou não tributadas.
Cassação ou suspensão A eficácia da inscrição poderá ser cassada ou suspensa de ofício, nas seguintes hipóteses:
da eficácia da inscrição a) inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição;
b) prática de atos ilícitos que tenham repercussão no âmbito fiscal;
c) indicação incorreta ou não indicação dos dados de identificação dos controladores ou dos beneficiários de
empresas de investimento sediadas no exterior, os quais figurem no quadro societário ou acionário de empresa
envolvida em ilícitos fiscais;
d) inadimplência fraudulenta;
e) práticas sonegatórias que levem ao desequilíbrio concorrencial;
f) falta de prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias, quando exigida pela legislação;
g) falta de comunicação de reativação das atividades ou de apresentação de pedido de baixa de inscrição,
depois de decorridos 12 meses contados da data da comunicação da interrupção temporária das atividades;
h) falta de solicitação de renovação da inscrição no prazo estabelecido ou indeferimento do pedido de reno-
vação da inscrição;
i) indeferimento do pedido de alteração de dados cadastrais, nos casos expressamente previstos na legislação;
j) cancelamento ou não obtenção de registro, autorização ou licença necessária para o exercício da atividade,
nos termos da legislação pertinente.
Nulidade da inscrição A inscrição será nula, a partir da data de sua concessão ou de sua alteração, nas situações em que, através
de processo administrativo, for constatada a:
a) simulação de existência do estabelecimento ou da empresa;
b) simulação do quadro societário da empresa;
c) inexistência do estabelecimento para o qual foi concedida a inscrição;
d) indicação incorreta da localização do estabelecimento;
e) indicação de outros dados cadastrais falsos.
Alterações cadastrais A transferência do estabelecimento, a mudança de endereço, a alteração de sócios, a suspensão ou o encer-
ramento das atividades, bem como qualquer outra alteração dos dados anteriormente declarados:
a) deverão ser comunicadas à Secretaria da Fazenda, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrên-
cia, pelo contribuinte;
b) poderão ser promovidas de ofício pela Secretaria da Fazenda, no interesse da administração tributária.
a) o campo “nome fantasia” deverá conter o pela Rede Nacional para a Simplificação do Registro
termo “consórcio”, o nome do(s) bloco(s) e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim),
correspondente(s) e o nome fantasia das con- devendo ser utilizados, no processo de inscrição,
sorciadas, acompanhado do percentual de apenas os seguintes eventos:
participação de cada uma delas no consórcio,
1. inscrição de primeiro estabelecimento;
assim como a indicação de qual a empresa
líder (exemplo: “Consórcio BM-S-9: Gaspetro 2. inscrição de demais estabelecimentos;
50% (líder)/Ouro Negro 50%”); 3. inscrição no Estado (para estabelecimento já
b) o campo “referência” deverá ser preenchido inscrito na RFB).
com o número do contrato de concessão, par-
Considerando que se trata de um estabeleci-
tilha de produção ou cessão onerosa e as co- mento virtual, o endereço deverá ser preenchido com
ordenadas geodésicas do(s) bloco(s); as seguintes informações: “Praça da Sé, s/n, CEP:
c) caso o consórcio esteja inscrito no Cadastro 01001-000, São Paulo, SP” e o endereço de corre-
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), nos ter- spondência deverá ser obrigatoriamente preenchido
mos do inc. III do art. 4º da Instrução Norma- com os dados do contribuinte.
tiva RFB nº 1.863/2018:
c.1) com endereço no Estado de São Paulo, O contribuinte que for detentor de mais de um
deverá ser utilizado o número do CNPJ e site ou plataforma eletrônica poderá ter uma única
o endereço do consórcio; inscrição no Cadesp para cumprir as obrigações
c.2) com endereço em outra Unidade da Fe- tributárias relativas a todas as suas operações com
deração, deverá ser utilizado o número bens e mercadorias digitais destinadas a pessoa
do CNPJ de uma filial da empresa líder domiciliada ou estabelecida neste Estado.
que representará o consórcio, sendo
que, no campo “endereço”, deverá ser O descrito neste subitem se aplica também aos
informado o endereço do escritório ad- sites e plataformas eletrônicas que comercializem
ministrativo localizado neste Estado res- bens e mercadorias digitais isentas ou não tributadas
ponsável pelo cumprimento das obriga- diretamente para os consumidores finais.
ções acessórias do consórcio. (Portaria CAT nº 92/1998, art. 19-C)
(Portaria CAT nº 20/2018)
4. Número de inscrição
3.6 Operações com bens e mercadorias digitais Concedida a inscrição, será atribuído o número a
realizadas por meio de transferência eletrônica ela correspondente, observando-se que esse número
de dados destinadas a consumidor final deverá constar em todos os documentos fiscais que o
domiciliado ou estabelecido no Estado de contribuinte utilizar.
São Paulo
Desde 1º.04.2018, os sites e plataformas ele- O contribuinte, por si ou seus prepostos, sempre
trônicas que realizem a venda ou a disponibilização, que ajustar a realização de operação ou prestação
ainda que por intermédio de pagamento periódico, de com outro contribuinte, fica obrigado a comprovar a
bens e mercadorias digitais mediante transferência sua regularidade perante o Fisco, isto é, que à data
eletrônica de dados, de que trata o inc. IV do art. da operação ou da prestação esteja inscrito na repar-
16 do RICMS-SP/2000, deverão ter uma inscrição tição fiscal competente, se encontre em atividade no
no Cadesp específica para realizar operações com local indicado e possibilite a comprovação da auten-
bens e mercadorias digitais destinadas a pessoa ticidade dos demais dados cadastrais, e, também, a
domiciliada ou estabelecida neste Estado, indepen- exigir o mesmo procedimento da outra parte, quer esta
dentemente da existência de outros estabelecimentos figure como remetente da mercadoria ou prestador do
aqui inscritos. serviço, quer como destinatário ou tomador.
(RICMS-SP/2000, arts. 27 e 28)
O estabelecimento deverá atuar exclusivamente
na comercialização de bens e mercadorias digitais.
5. Código de Atividade Econômica
A inscrição estadual do estabelecimento deverá A atividade econômica do estabelecimento
ser realizada através do “Coletor Nacional” oferecido será identificada por meio de código atribuído em
mento, e, quando contiverem escrituração relativa a operações ou presta- Essa disposição aplica-se igualmente à socie-
ções objeto de processo pendente, até a sua decisão definitiva, ainda que
esta seja proferida após aquele prazo. dade em comum de produtor rural, assim considerada
a sociedade que, cumulativamente:
É de responsabilidade do contribuinte, previa-
a) tenha como sócios apenas pessoas naturais;
mente à transmissão do pedido de baixa, cumprir as
obrigações acessórias a que estiver obrigado e provi- b) não seja inscrita no Registro Público de
Empresas Mercantis;
denciar a cessação de uso de equipamento Emissor
de Cupom Fiscal (ECF). c) realize profissionalmente atividade agropecu-
ária, de extração e/ou exploração vegetal ou
Não será deferida a baixa se o contribuinte estiver animal, de pesca ou de armador de pesca.
omisso da apresentação de informações econômico-
As disposições relacionadas à inscrição do
fiscais a que estiver obrigado. produtor rural estão disciplinadas pelos arts. 7º a 10
do Anexo III da Portaria CAT nº 92/1998.
O Fisco poderá exigir a apresentação, antes ou
após o deferimento do pedido de baixa, dos livros e Nos termos do Comunicado CAT nº 45/2008,
documentos fiscais utilizados e em branco. a obtenção do número de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) em razão do
A data da baixa de inscrição no Cadastro de cadastro sincronizado (Sefaz/Receita Federal) não
Contribuinte do ICMS corresponderá: descaracteriza a condição de “pessoa física” do
a) à data de extinção do estabelecimento ou da produtor rural ou da sociedade em comum de produ-
empresa no órgão de registro; tor rural não inscrita no Registro Público de Empresas
Mercantis (Junta Comercial), exceto se exercer a
b) na hipótese de encerramento unicamente das faculdade prevista no art. 971 do Código Civil, cujo
atividades sujeitas ao ICMS, à data declarada dispositivo dispõe que o empresário, cuja atividade
pelo contribuinte. rural constitua sua principal profissão, pode, obser-
vadas as formalidades legais, requerer inscrição no
Na hipótese de o estabelecimento não encerrar
registro público da respectiva sede, caso em que,
suas atividades, prosseguindo com aquelas não
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os
sujeitas ao ICMS, a solicitação de baixa da inscrição
efeitos, ao empresário sujeito a registro.
no Cadastro de Contribuintes do ICMS, correspon-
dente ao evento “604” no programa “PGD”, não será O produtor rural deverá informar na Nota Fiscal
deferida caso permaneçam, nos atos constitutivos ou de Produtor o número de sua inscrição no CNPJ em
nos dados cadastrais do estabelecimento, informa- campo próprio e, facultativamente, poderá inserir o
ções de que nele são praticadas atividades sujeitas seu número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física
ao ICMS, exceto na hipótese de regime especial que (CPF) ou outro número ou código de seu interesse,
dispense a inscrição de estabelecimento no Cadastro como informação complementar.
de Contribuintes do ICMS.
(RICMS-SP/2000, art. 32; Portaria CAT nº 92/1998, Anexo
(Portaria CAT nº 92/1998, Anexo III, art. 6º) III, arts. 7º a 10; Comunicado CAT nº 45/2008)
b) não varejista e receba mercadorias cujas ope- A Secretaria da Fazenda, visando simplificar
rações estejam sujeitas à substituição tribu- procedimentos, efetuará, de ofício, a alteração de
tária nas hipóteses previstas no inciso III do dados cadastrais dos contribuintes aos quais tenham
art. 264 ou no item 3 do § 6º do art. 426-A, sido atribuídos os códigos da CNAE relacionados no
ambos do Regulamento do ICMS. Anexo Único da Portaria CAT nº 86/2008.
Nota
O inciso III do art. 264 dispõe sobre a não aplicação do regime de subs-
O contribuinte que entender ser indevida a
tituição tributária em caso de mercadoria destinada a outro estabelecimento alteração efetuada de ofício pela Secretaria da
do mesmo titular, desde que não varejista, e o § 6º do art. 426-A especifica
as hipóteses de dispensa do recolhimento antecipado a que se refere o men- Fazenda deverá, por intermédio de seu representante
cionado dispositivo. legal, dirigir-se ao posto fiscal de sua vinculação e
solicitar, mediante justificativa, o restabelecimento
Para a alteração de dados cadastrais, o contri-
de sua situação cadastral anterior, devendo anexar
buinte deverá utilizar o PGD e informar o código de
ao requerimento os arquivos digitais gerados em
evento 613 - “Alteração da Condição de Substituto
conformidade com as disposições da Portaria CAT
Tributário”, e, como data do evento, a data de início da
vigência do regime jurídico da substituição tributária nº 32/1996, relativos às operações praticadas nos 3
nas operações com as mercadorias pelas quais lhe é meses anteriores ao da solicitação.
atribuída a condição de sujeito passivo por substi- (RICMS-SP/2000, art. 264, III, arts. 313-A a 313-Z, art. 426-A,
tuição tributária. § 6º, item 3; Portaria CAT nº 32/1996; Portaria CAT nº 86/2008)
Infrações Penalidades
a) falta de inscrição no cadastro de contribuintes multa equivalente ao valor de 70 Ufesp por mês de atividade ou
fração, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas
b) falta de comunicação de suspensão de atividade do estabeleci- multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
mento
c) falta de comunicação de encerramento de atividade do estabe- multa equivalente a 5% do valor da mercadoria existente em esto-
lecimento que na data da ocorrência do fato não comunicado, nunca inferior
ao valor de 70 Ufesp; inexistindo estoque de mercadoria ou em se
tratando de estabelecimento prestador de serviço - multa no valor
de 70 Ufesp
d) falta de comunicação de mudança de estabelecimento para outro multa equivalente a 3% do valor das mercadorias remetidas do anti-
endereço go para o novo endereço, nunca inferior ao valor correspondente a
70 Ufesp; inexistindo remessa de mercadoria ou em se tratando de
estabelecimento prestador de serviço - multa equivalente ao valor
de 70 Ufesp
e) falta de informação necessária à alteração do código de atividade multa equivalente ao valor de 70 Ufesp; caso dessa omissão resulte
econômica do estabelecimento falta ou atraso no recolhimento do imposto, a multa deve ser equiva-
lente ao valor de 140 Ufesp, sem prejuízo de exigência da correção
monetária incidente sobre o imposto e dos demais acréscimos le-
gais, inclusive multa
f) falta de comunicação de qualquer modificação ocorrida relativa- multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
mente aos dados constantes no formulário de inscrição
g) não prestação de informação solicitada pela fiscalização multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
h) falta de indicação ou indicação incorreta, inexata ou incompleta, multa equivalente a 1.000 Ufesp
conforme dispuser o regulamento do imposto, de dados cadastrais
relativos à identificação do contribuinte que realize operações ou
prestações em ambiente virtual
N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-25
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Setorial
Estadual Saliente-se que a legislação exclui do benefício
ao crédito outorgado:
Bebidas - ICMS - Crédito presumido a) as transferências de mercadorias;
na saída de malte para fabricação de b) as saídas em que as mercadorias sejam objeto
cerveja ou chope de posterior retorno, real ou simbólico, ao esta-
belecimento fabricante; e
Com o objetivo de resguardar a competitividade
c) as saídas que, por qualquer motivo, não se su-
da economia paulista diante de políticas tributárias
jeitem à incidência do ICMS.
implementadas por outros Estados, por meio de
incentivo à aquisição de cevada cervejeira produzida A fruição do benefício fiscal condiciona-se a que
no Estado de São Paulo, a legislação concede ao a importação de matéria-prima para a produção de
estabelecimento fabricante de malte para fabrica- malte seja realizada diretamente pelo estabelecimento
ção de cerveja ou chope, classificado nos códigos industrializador e que o desembarque e desembaraço
1107.10.10 ou 1107.20.10 da Nomenclatura Brasileira ocorram em território paulista.
de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), o
benefício do crédito outorgado do ICMS. Sem prejuízo do crédito presumido referido, o
estabelecimento fabricante de malte poderá se cre-
Assim, na saída de malte destinado à fermentação ditar de importância equivalente à aplicação de 12%
alcoólica em indústria de cerveja ou chope, promovida sobre o valor das aquisições de cevada cervejeira
pelo estabelecimento fabricante, este é autorizado a produzida no Estado de São Paulo e utilizada na sua
creditar-se de importância equivalente à aplicação produção de malte.
dos seguintes percentuais:
a) 6,5%, sobre o valor de sua saída interna; e (RICMS-SP/2000, Anexo III, art. 15)
a IOB Comenta
Federal operações subsequentes estão disciplinados pelo
Convênio ICMS nº 142/2018.
ICMS - Substituição tributária - Base O regime de substituição tributária de que trata o
de cálculo - Considerações gerais mencionado Convênio também se aplica ao imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna da
O regime de substituição tributária e o de anteci- Unidade da Federação (UF) de destino e a alíquota
pação de recolhimento do ICMS com encerramento interestadual incidente sobre as operações interesta-
de tributação relativos ao imposto devido pelas duais com bens e mercadorias destinados a uso, con-
sumo ou ativo imobilizado do destinatário contribuinte dos valores de frete, seguro e outros encargos serem
do imposto. desconhecidos pelo substituto tributário.
Outro aspecto a salientar é que as referências Tratando-se de operação interestadual com bens
feitas ao regime de substituição tributária também se e mercadorias submetidos ao regime de substituição
aplicam ao regime de antecipação do recolhimento tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobi-
do ICMS com encerramento de tributação. lizado do adquirente, a base de cálculo do imposto
devido será o valor da operação interestadual adicio-
Note-se, ainda, que a adoção do regime de substi- nado do imposto correspondente à diferença entre a
tuição tributária nas operações interestaduais dependerá alíquota interna a consumidor final estabelecida na UF
de acordo específico celebrado pelas UF interessadas. de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota
interestadual.
No que se refere à base de cálculo do ICMS-
-Substituição Tributária (ICMS-ST), deverão ser O imposto a recolher por substituição tributária
consideradas algumas regras específicas que disci- será, em relação às operações subsequentes, o valor
plinam o respectivo cálculo. da diferença entre o imposto calculado mediante apli-
cação da alíquota estabelecida para as operações
Desse modo, a base de cálculo para fins de internas na UF de destino sobre a base de cálculo
substituição tributária em relação às operações definida para a substituição e o devido pela operação
subsequentes será o valor correspondente ao preço própria do contribuinte remetente.
final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão
público competente, nos termos do § 2º do art. 8º da Na hipótese em que o remetente for optante
Lei Complementar nº 87/1996. pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título
de ICMS da operação própria, o resultado da apli-
Na falta desse preço, a base de cálculo corres- cação da alíquota interestadual estabelecida pelo
ponderá, conforme definido pela legislação da UF de Senado Federal, nos termos do § 5º do art. 13 da Lei
destino, ao: Complementar nº 123/2006.
a) preço médio ponderado a consumidor final
(PMPF); Esse dispositivo estabelece que a diferença entre
a alíquota interna e a interestadual, nas hipóteses a
b) preço final a consumidor sugerido pelo fabri-
seguir especificadas, será calculada tomando-se
cante ou importador; e
por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas
c) preço praticado pelo remetente acrescido dos não optantes pelo Simples Nacional. Ou seja, o ICMS
valores correspondentes a frete, seguro, im- devido:
postos, contribuições e outros encargos trans-
feríveis ou cobrados do destinatário, adiciona- a) nas operações com bens ou mercadorias su-
do da parcela resultante da aplicação sobre jeitas ao regime de antecipação do recolhi-
o referido montante do percentual de margem mento do imposto, nas aquisições em outros
de valor agregado (MVA) estabelecido na UF Estados e no Distrito Federal:
de destino ou prevista em convênio ou proto- a.1) com encerramento da tributação;
colo, para a mercadoria submetida ao regime a.2) sem encerramento da tributação, hipó-
de substituição tributária. tese em que será cobrada a diferença
Quando o remetente for contribuinte optante pelo entre a alíquota interna e a interestadual,
Simples Nacional, será aplicada a MVA prevista para sendo vedada a agregação de qualquer
as operações internas na legislação da UF de destino valor; e
ou em convênio ou protocolo. b) nas aquisições em outros Estados e no Distrito
Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas
Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, ao regime de antecipação do recolhimento do
seguro ou outro encargo na composição da base de imposto, relativo à diferença entre a alíquota
cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a interna e a interestadual.
essas parcelas será efetuado pelo estabelecimento
(Lei Complementar nº 87/1996, art. 8º, § 2º; Lei Comple-
destinatário, acrescido dos percentuais de MVA. mentar nº 123/2006, art. 13, § 5º; Convênio ICMS nº 142/2018,
cláusulas primeira, segunda e décima a décima terceira)
Essa regra não se aplica, entretanto, quando a UF
de destino estabelecer MVA específica, na hipótese N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-27
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Quanto aos produtos com preço final a consu- Substituição tributária - Produtos de perfumaria -
midor sugerido pelo fabricante ou importador, esse Relação de produtos
valor será utilizado como base de cálculo do ICMS 5) Quais são os produtos de perfumaria que estão
retido. sujeitos ao regime de substituição tributária nas opera-
ções internas?
Caso não seja fixado valor pelo fabricante ou Os produtos de Perfumaria sujeitos ao regime de
importador, o percentual de margem de lucro (valor substituição tributária nas operações internas estão
agregado) fixado pela legislação é de 50%. relacionados no Anexo XI da Portaria CAT nº 68/2019.
(RICMS-SP/2000, art. 313-E; Portaria CAT nº 68/2019, Anexo XI)
(RICMS-SP/2000, arts. 41 e 43; Portaria CAT nº 68/2019,
Anexo I; Portaria CAT nº 70/2019) ◙