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Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 06/2020

São Paulo
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// Federal Veja nos Próximos


IPI/ICMS/ISS Fascículos
Simples Nacional. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

// Estadual a IPI - Contribuintes e


responsáveis
ICMS
Cadastro de contribuintes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15 a ICMS - Diferimento

// IOB Setorial
Estadual
Bebidas - ICMS - Crédito presumido na saída de malte para fabrica-
ção de cerveja ou chope . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

// IOB Comenta
Federal
ICMS - Substituição tributária - Base de cálculo - Considerações
gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26

// IOB Perguntas e Respostas


IPI
Devolução - Entrega de mercadoria a destinatário diverso - Possibili-
dade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Incentivos fiscais - Retaero - EFD-ICMS/IPI - Obrigatoriedade. . . . . 28
ICMS/SP
NF-e - Cancelamento da Nota Fiscal Eletrônica. . . . . . . . . . . . . . . . 28
Substituição tributária - Fumos e sucedâneos - Margem de lucro. . . 28
Substituição tributária - Produtos de perfumaria - Relação de produ-
tos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
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Capa:
Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial SAGE | IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS : IPI e outros : IPI/ICMS/ISS : simples


nacional. -- 16. ed. -- São Paulo : Sage - IOB,
2020. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3567-5

1. Imposto sobre Produto Industrializados - Brasil


2. Tributos - Brasil I. Série.

19-32284 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados :


IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
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Impresso no Brasil
Printed in Brazil
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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI/ICMS/ISS 7.
8.
Diferencial de alíquotas
Considerações sobre o ISS
9. Créditos fiscais
Simples Nacional 10. Benefícios fiscais
11. Substituição tributária
SUMÁRIO 12. Obrigações acessórias
1. Quadro sinótico
2. Introdução
3. Receita bruta - IPI/ICMS/ISS 1. Quadro sinótico
4. Sublimites
5. Hipóteses específicas de recolhimento Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais
6. Devolução tópicos deste texto:

Quadro sinótico
Tópicos Descrição
Benefícios fiscais Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isenção ou redução específica para as
microempresas (ME) ou empresa de pequeno porte (EPP), em relação ao ICMS ou ao ISS, será realizada a redução
proporcional, relativamente à receita do estabelecimento localizado no ente federado que concedeu a isenção ou
a redução, da seguinte forma:
a) sobre a parcela das receitas beneficiadas por isenção, serão desconsiderados os percentuais do ICMS ou do
ISS, conforme o caso; e
b) sobre a parcela das receitas beneficiadas por redução, será realizada a redução proporcional dos percentuais
do ICMS ou do ISS, conforme o caso.
Créditos fiscais A ME ou a EPP, optantes pelo Simples Nacional, não fará jus à apropriação nem poderá transferir créditos relativos
a impostos ou contribuições abrangidos pelo regime. As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas pela
legislação tributária, não optantes pelo Simples Nacional, terão direito a crédito correspondente ao ICMS incidente
sobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP, optantes pelo regime, desde que destinadas à comercia-
lização ou à industrialização.
O crédito, nesse caso, tem como limite o ICMS efetivamente devido pelas optantes pelo Simples Nacional, em
relação às mencionadas aquisições. Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos Estados e do Distrito Federal,
poderá ser concedido às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas, pela legislação tributária, não optantes
pelo Simples Nacional, crédito correspondente ao ICMS incidente sobre os insumos utilizados nas mercadorias
adquiridas de indústria optante pelo Simples Nacional, sendo vedado o estabelecimento de diferenciação no valor
do crédito em razão da procedência dessas mercadorias.
Declaração Eletrônica A ME ou a EPP ficam obrigadas à entrega da DES, quando exigida pelo Município ou pelo Distrito Federal, que
de Serviços (DES) servirá para a escrituração mensal de todos os documentos fiscais emitidos e documentos recebidos referentes
aos serviços prestados, tomados ou intermediados de terceiros, observado o disposto no inciso II do § 4º do
art. 64 da Resolução CGSN nº 140/2018.
A DES substitui os livros referidos nos incisos IV e V do art. 63 (registro de serviços prestados e serviços tomados)
e será apresentada ao Município ou ao Distrito Federal pelo prestador, pelo tomador, ou por ambos, observado o
disposto na legislação de sua circunscrição fiscal.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-01


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Tópicos Descrição
Receita bruta - IPI/ Consideram-se receita bruta o produto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço dos
ICMS/ISS serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, excluídas as vendas canceladas e os descontos
concedidos incondicionalmente.
A receita bruta também abrange:
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou serviços ou destacado no do-
cumento fiscal;
b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
c) os royalties, aluguéis e as demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou gozo; e
d) as verbas de patrocínio.
Por outro lado, não compõem a receita bruta:
a) a venda de bens do Ativo Imobilizado, como tais considerados os ativos tangíveis:
a.1) que sejam disponibilizados para uso na produção ou no fornecimento de bens ou serviços, ou para locação
por outros, para investimento, ou para fins administrativos;
a.2) cuja desincorporação ocorra a partir do 13º mês contado da respectiva entrada;
b) os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em decorrência do atraso no pagamento
de operações ou prestações;
c) a remessa de mercadoria a título de bonificação, doação ou brinde, desde que seja incondicional e não haja
contraprestação por parte do destinatário;
d) a remessa de amostra grátis;
e) os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que não corresponda à
parte executada do contrato;
f) os valores repassados ao profissional-parceiro pelo salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592/2012, desde que
o referido profissional esteja devidamente inscrito no CNPJ; e
g) os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em aplicações de renda fixa ou variável.
Sublimites Ficarão sujeitos às normas gerais de incidência do ICMS e do ISS, conforme o caso:
a) os que excederem o sublimite de R$ 1.800.000,00, previsto no caput do art. 9º da Resolução CGSN nº 140/2018,
para os estabelecimentos localizados nas Unidades da Federação (UF) que o adotarem; e
b) os que excederem o sublimite de R$ 3.600.000,00, previsto no § 1º do art. 9º da Resolução CGSN nº 140/2018,
independentemente da localização do contribuinte.
A Resolução CGSN nº 149/2019 dispõe sobre os sublimites de receita bruta acumulada auferida, para efeito de
recolhimento do ICMS e do ISS, pelo Simples Nacional, no ano-calendário de 2020.
Foi divulgada a opção pelos Estados do Acre e do Amapá, no ano-calendário de 2020, de sublimite de receita bru-
ta acumulada auferida de R$ 1.800.000,00, para efeito do recolhimento do ICMS devido pelos estabelecimentos
neles localizados, sob o regime do Simples Nacional.
Nos demais Estados e no Distrito Federal, vigorará o sublimite de R$ 3.600.000,00.
Aplicam-se os sublimites vigentes nos Estados e no Distrito Federal para o recolhimento do ISS devido por estabe-
lecimentos localizados nos respectivos Municípios e no Distrito Federal.
Microempreendedor O Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei) é
individual (MEI) a forma pela qual o MEI pagará, por meio do Documento de Arrecadação (DAS), independentemente da receita
bruta por ele auferida no mês, observado o limite de enquadramento, o valor das parcelas a ele devidas, das quais
destacamos:
a) R$ 1,00, a título de ICMS, caso seja contribuinte desse imposto;
b) R$ 5,00, a título de ISS, caso seja contribuinte desse imposto.
O DAS será gerado exclusivamente para o MEI, por meio do Programa Gerador do DAS para o MEI (PGMEI).
O DAS gerado para o MEI poderá ser:
a) enviado por via postal para o domicílio do contribuinte, caso em que poderá conter, em uma mesma folha de
impressão, guias para pagamento de mais de uma competência, com identificação dos respectivos vencimentos
e do valor devido em cada mês;
b) emitido em terminais de autoatendimento disponibilizados por parceiros institucionais e pelo Serviço Brasileiro
de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae); e
c) emitido por meio de aplicativo para dispositivos móveis, disponibilizado pela Secretaria Especial da Receita
Federal do Brasil (RFB).
Cabe ressaltar que, durante a vigência da opção pelo Simei, não se aplicam ao MEI, entre outras hipóteses, as
atribuições da qualidade de substituto tributário.
Por outro lado, segundo o art. 119 da Resolução CGSN nº 140/2018, aplicam-se subsidiariamente ao MEI as de-
mais regras previstas para o Simples Nacional.

2. Introdução Abordaremos, nos itens seguintes, exclusiva-


O tratamento diferenciado e favorecido dispensado mente os aspectos relacionados aos tributos ICMS,
às microempresas (ME) e às empresas de pequeno IPI e ISS.
porte (EPP) está normatizado pela Lei Complementar
nº 123/2006 e disciplinado pela Resolução CGSN (Lei Complementar nº 123/2006; Resolução CGSN
nº 140/2018. nº 140/2018)

06-02 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

3. Receita bruta - IPI/ICMS/ISS O adimplemento de obrigações comerciais por


meio de troca de mercadorias, prestação de serviços,
Para efeito de aplicação das regras sobre os
compensação de créditos ou qualquer outra forma de
tributos em referência, consideram-se receita bruta o
contraprestação é considerado receita bruta para as
produto da venda de bens e serviços nas operações
partes envolvidas.
de conta própria, o preço dos serviços prestados e o
resultado nas operações em conta alheia, excluídas As receitas decorrentes da venda de bens ou
as vendas canceladas e os descontos concedidos direitos ou da prestação de serviços devem ser reco-
incondicionalmente. nhecidas por ocasião do faturamento, da entrega do
bem ou do direito, ou à proporção em que os serviços
A receita bruta também abrange: forem efetivamente prestados, o que primeiro ocorrer.
a) o custo do financiamento nas vendas a prazo Essa regra também se aplica na hipótese de valores
contido no valor dos bens ou serviços ou des- recebidos adiantadamente, ainda que no regime de
tacado no documento fiscal; caixa, e às vendas para entrega futura.
b) as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não; (Resolução CGSN nº 140/2018, art. 2º, caput, II, §§ 4º a 9º)
c) os royalties, aluguéis, e as demais receitas de-
correntes de cessão de direito de uso ou gozo; 3.1 IPI e ICMS-ST
e
Não compõem a receita bruta do ano-calendário
d) as verbas de patrocínio. imediatamente anterior ao da opção pelo Simples
Nacional, para os efeitos da vedação ao recolhimento
Por outro lado, não compõem a receita bruta:
dos tributos na forma do mencionado regime, prevista
a) a venda de bens do Ativo Imobilizado, como no inciso I do caput do art. 15 da Resolução CGSN
tais considerados os ativos tangíveis: nº 140/2018, os valores:
a.1) que sejam disponibilizados para uso na a) destacados a título de IPI;
produção ou no fornecimento de bens
b) devolvidos a título de ICMS retido por substitui-
ou serviços ou para locação por outros,
ção tributária, pelo contribuinte que se encon-
para investimento, ou para fins adminis- tra na condição de substituto tributário.
trativos;
(Resolução CGSN nº 140/2018, art. 15, caput, I, § 6º)
a.2) cuja desincorporação ocorra a partir do
13º mês contado da respectiva entrada;
3.2 Segregação de receitas
b) os juros moratórios, as multas, e quaisquer
outros encargos auferidos em decorrência do 3.2.1 Exportação
atraso no pagamento de operações ou pres-
A ME ou a EPP deverão segregar as receitas
tações;
decorrentes de exportação para o exterior, inclusive
c) a remessa de mercadoria a título de bonifica- as vendas realizadas por meio de comercial expor-
ção, doação, ou brinde, desde que seja incon- tadora ou sociedade de propósito específico, obser-
dicional e não haja contraprestação por parte vado o disposto no § 7º do art. 18 e no art. 56 da
do destinatário; Lei Complementar nº 123/2006, quando, então, serão
d) a remessa de amostra grátis; desconsiderados no cálculo do Simples Nacional,
e) os valores recebidos a título de multa ou de in- conforme o caso, os percentuais relativos à Cofins, à
denização por rescisão contratual, desde que contribuição para o PIS-Pasep, ao IPI, ao ICMS e ao
não corresponda à parte executada do con- ISS, constantes dos Anexos I a V da Resolução CGSN
nº 140/2018.
trato;
f) os valores repassados ao profissional-par- Considera-se exportação de serviços para o
ceiro pelo salão-parceiro de que trata a Lei exterior a prestação de serviços para pessoa física
nº 12.592/2012, desde que o referido profissio- ou jurídica residente ou domiciliada no exterior cujo
nal esteja devidamente inscrito no CNPJ; e pagamento represente ingresso de divisas, exceto
g) os rendimentos ou ganhos líquidos auferidos quanto aos serviços desenvolvidos no Brasil e o resul-
em aplicações de renda fixa ou variável. tado aqui se verifique.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-03


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ICMS - IPI e Outros

Notas de valor agregado (MVA) estabelecido na UF


(1) A sociedade de propósito específico de que trata o art. 56 da Lei de destino ou prevista em convênio ou proto-
Complementar nº 123/2006 que houver adquirido mercadoria de ME ou EPP
que seja sua sócia, bem como a empresa comercial exportadora que houver colo, para a mercadoria submetida ao regime
adquirido mercadoria ou serviço de empresa optante pelo Simples Nacional, de substituição tributária.
com o fim específico de exportação para o exterior, que, no prazo de 180 dias
contados da data de emissão da nota fiscal pela vendedora, não comprovar
o seu embarque para o exterior, ficarão sujeitas ao pagamento de todos os Nas hipóteses em que o contribuinte remetente for
impostos e contribuições que deixaram de ser pagos pela empresa vende- optante pelo Simples Nacional, será aplicada a MVA
dora, acrescidos de juros de mora e multa, de mora ou de ofício, calculados
na forma da legislação relativa à cobrança do tributo não pago, aplicável à prevista para as operações internas na legislação da
sociedade de propósito específico ou à própria comercial exportadora.
UF de destino ou em convênio ou protocolo.
Para efeito de aplicação dessa regra, considera-se vencido o prazo
para o pagamento na data em que a empresa vendedora deveria fazê-lo, (Resolução CGSN nº 140/2018, art. 25, § 8º, II; Convênio
caso a venda fosse realizada para o mercado interno. A sociedade de propó- ICMS nº 142/2018, cláusulas décima e décima primeira, caput)
sito específico ou a empresa comercial exportadora não poderão deduzir do
montante devido qualquer valor a título de crédito do IPI, do PIS-Pasep e da
Cofins decorrente da aquisição de mercadoria e de serviço objetos da inci-
dência. Caso a mercadoria tenha sido alienada no mercado interno ou tenha
3.2.3 ICMS-ST - Substituído tributário
sido utilizada, a sociedade de propósito específico ou a empresa comercial
exportadora deverão pagar também os impostos e as contribuições devidos O substituído tributário, assim entendido o con-
nas vendas para o mercado interno (Lei Complementar nº 123/2006, art. 18, tribuinte que teve o imposto retido, e o contribuinte
§§ 7º, 8º, 10 e 11).
obrigado à antecipação com o encerramento de
(2) O Decreto nº 6.451/2008 regulamenta o art. 56 da Lei Complementar tributação deverão segregar a receita correspondente
nº 123/2006, que dispõe sobre a constituição do Consórcio Simples por ME e
EPP optantes pelo Simples Nacional. como “sujeita à substituição tributária ou ao recolhi-
mento antecipado do ICMS”, hipótese em que será
(Lei Complementar nº 123/2006, arts. 18, §§ 7º, 8º, 10 e
11, e 56; Decreto nº 6.451/2008; Resolução CGSN nº 140/2018, desconsiderado, no cálculo do Simples Nacional, o
art. 25, §§ 3º e 4º) percentual do ICMS.
(Resolução CGSN nº 140/2018, art. 25, § 8º, I)
3.2.2 ICMS-ST - Substituto tributário
O substituto tributário deverá: 3.2.4 Imunidade, isenção, redução ou valor fixo
a) recolher o imposto sobre a operação própria, Com relação às segregações de receitas sujeitas,
na forma do Simples Nacional, e segregar a ou com ocorrência de imunidade, isenção, redução,
receita correspondente como “não sujeita à ou valor fixo do ICMS ou do ISS, deverá ser observado
substituição tributária e não sujeita ao recolhi- o disposto nos arts. 30 a 35 da Resolução CGSN
mento antecipado do ICMS”; e nº 140/2018 que tratam da repercussão na apuração
b) recolher o imposto sobre a substituição tributá- dos tributos da concessão de imunidade, isenção,
ria, retido do substituído tributário. redução ou valor fixo do ICMS e do ISS e dos benefí-
cios e incentivos fiscais.
A base de cálculo do imposto para fins de
substituição tributária em relação às operações Assim, na apuração de valores devidos pelo
subsequentes será o valor correspondente ao preço Simples Nacional a imunidade constitucional sobre
final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão alguns tributos não afeta a incidência quanto aos de-
público competente. mais, caso em que a alíquota aplicável corresponderá
à soma dos percentuais dos tributos não alcançados
Na falta desse valor, a base de cálculo corres- pela imunidade.
ponderá, conforme definido na legislação da UF de
destino, ao: O Estado, o Distrito Federal ou o Município têm
a) preço médio ponderado a consumidor final competência para, com relação à ME ou à EPP optan-
(PMPF); tes pelo Simples Nacional:
b) preço final a consumidor sugerido pelo fabri- a) conceder isenção ou redução do ICMS ou do
cante ou importador; ISS; e
c) preço praticado pelo remetente acrescido dos b) estabelecer valores fixos para o recolhimento
valores correspondentes a frete, seguro, im- do ICMS ou do ISS.
postos, contribuições e outros encargos trans-
Nota
feríveis ou cobrados do destinatário, adiciona-
Quanto ao ISS, esses benefícios não poderão resultar percentual menor
do da parcela resultante da aplicação sobre que 2%, exceto para os serviços a que se referem os subitens 7.02, 7.05 e
o referido montante do percentual de margem 16.01 da Lista de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003.

06-04 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

A concessão dos benefícios citados nas letras “a” a) para a ME que, no ano-calendário anterior tenha
e “b” poderá ser realizada: auferido receita bruta de até R$ 180.000,00:
a) mediante deliberação exclusiva e unilateral do a.1) R$ 108,00, no caso de ICMS;
Estado, do Distrito Federal, ou do Município a.2) R$ 162,75, no caso de ISS;
concedente; e b) para a ME que, no ano-calendário anterior te-
b) de modo diferenciado para cada ramo de ativi- nha auferido receita bruta entre R$ 180.000,00
dade. e R$ 360.000,00:
Quando o Estado, o Distrito Federal ou o Município b.1) 295,50, no caso de ICMS; e
conceder isenção ou redução do ICMS ou do ISS, o b.2) 427,50, no caso de ISS.
benefício deverá ser concedido na forma de redução
do percentual efetivo do ICMS ou do ISS, decorrente Fica impedida de adotar os valores fixos mensais
da aplicação das tabelas constantes dos Anexos I a V a ME que:
da Resolução CGSN nº 140/2018. a) possua mais de um estabelecimento;
b) esteja no ano-calendário de início de atividade;
Caso o Estado, o Distrito Federal ou o Município
optarem por aplicar percentuais de redução diferen- c) exerça mais de um ramo de atividade:
ciados para cada faixa de receita bruta, estes deverão c.1) com valores fixos distintos, para o mes-
constar da respectiva legislação de forma a facilitar o mo imposto, estabelecidos pelo respec-
processo de geração do DAS. tivo ente federado; ou
c.2) quando pelo menos um dos ramos de ati-
Deverão constar da legislação veiculadora da vidade exercido não esteja sujeito a valor
isenção ou da redução da base de cálculo todas as fixo para o mesmo imposto, estabelecido
condições a serem observadas pela ME ou EPP, inclu- pelo respectivo ente federado.
sive o percentual de redução aplicável a cada faixa de
receita bruta anual ou a todas as faixas. O limite de R$ 360.000,00 deverá ser propor-
cionalizado na hipótese de a ME ter iniciado suas
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, atividades no ano-calendário anterior, utilizando-se
no âmbito de suas respectivas competências, inde- a média aritmética da receita bruta total dos meses
pendentemente da receita bruta auferida no mês pelo desse ano-calendário multiplicada por 12.
contribuinte, poderão adotar valores fixos mensais,
inclusive por meio de regime de estimativa fiscal O valor fixo será devido ainda que tenha ocorrido
ou arbitramento, para o recolhimento do ICMS e do retenção ou substituição tributária do ICMS ou do ISS,
ISS devido por ME que tenha auferido receita bruta observado o disposto no inciso IV do caput do art. 27
total acumulada nos mercados interno e externo, da Resolução CGSN nº 140/2018, o qual estabelece
conjuntamente, no ano-calendário anterior de até que na hipótese de a ME ou a EPP estar sujeita à tribu-
R$ 360.000,00. tação do ISS pelo Simples Nacional em valores fixos
mensais não caberá a retenção do referido tributo,
Os valores fixos estabelecidos pelos Estados, pelo
salvo quando o ISS for devido a outro município.
Distrito Federal e pelos Municípios, em determinado
ano-calendário:
Na hipótese em que o ISS for devido a outro
a) só serão aplicados a partir do ano-calendário município, o imposto deverá ser recolhido nos termos
seguinte; dos arts. 21 a 26 e 148 da citada Resolução CGSN,
b) deverão abranger todas as empresas ou ape- sem prejuízo do recolhimento do valor fixo devido
nas aquelas que se localizem em determinado ao município de localização do estabelecimento. O
ramo de atividade que tenham, em qualquer valor fixo deverá ser incluído no valor devido pela ME
caso, auferido receita bruta no ano-calendário relativamente ao Simples Nacional.
anterior, até o limite fixado; e
c) deverão ser estabelecidos, obrigatória e indivi- A empresa sujeita ao valor fixo de R$ 108,00, para
dualmente, para cada faixa de receita a seguir o ICMS, e de R$ 162,75, para o ISS, que no ano-calen-
especificada. dário auferir receita bruta acima de R$ 180.000,00
continuará a recolher os valores fixos mencionados,
Os valores fixos mensais não poderão exceder a: tanto para o ICMS, quanto para o ISS.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-05


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ICMS - IPI e Outros

A empresa que no ano-calendário exceder o limite Foi divulgada a opção pelos Estados do Acre e do
de receita bruta fica impedida de recolher o ICMS ou Amapá, no ano-calendário de 2020, de sublimite de
o ISS pela sistemática de valor fixo a partir do mês receita bruta acumulada auferida de R$ 1.800.000,00
subsequente à ocorrência do excesso, sujeitando-se para efeito do recolhimento do ICMS devido pelos
à apuração desses tributos pela sistemática aplicável estabelecimentos neles localizados, sob o regime do
às demais empresas, optantes pelo Simples Nacional. Simples Nacional.

Os escritórios de serviços contábeis recolherão o Nos demais Estados e no Distrito Federal, vigorará
ISS em valor fixo, na forma da legislação municipal. o sublimite de R$ 3.600.000,00.
Caso o escritório de serviços contábeis não esteja
autorizado pela legislação municipal a efetuar o Aplicam-se os sublimites vigentes nos Estados e
recolhimento do ISS em valor fixo diretamente ao mu- no Distrito Federal para o recolhimento do ISS devido
nicípio, o imposto deverá ser recolhido pelo Simples por estabelecimentos localizados nos respectivos
Nacional. Municípios e no Distrito Federal.
(Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 9º a 12; Resolução
Na hipótese em que o Estado, o Município ou CGSN nº 149/2019)
o Distrito Federal concedam isenção ou redução
específica para as ME ou EPP em relação ao ICMS 5. Hipóteses específicas de recolhimento
ou ao ISS, será realizada a redução proporcional rela-
O recolhimento unificado de tributos pelo Simples
tivamente à receita do estabelecimento localizado no
Nacional se aplica também ao IPI, ao ICMS e ao
ente federado que concedeu a isenção ou a redução,
ISS, exceto nas hipóteses relacionadas nos subitens
da seguinte forma:
seguintes, caso em que esses tributos deverão ser
a) sobre a parcela das receitas beneficiadas pela recolhidos de acordo com as regras de incidência
isenção, serão desconsiderados os percen- aplicadas às demais pessoas jurídicas.
tuais do ICMS ou do ISS, conforme o caso;
b) sobre a parcela das receitas beneficiadas pela 5.1 IPI
redução, será realizada a redução proporcio- Está excluído do recolhimento pelo Simples
nal dos percentuais do ICMS ou do ISS, con- Nacional o IPI incidente na importação de bens e
forme o caso. serviços.
(Lei Complementar nº 116/2003, Lista de Serviços, subi-
tens 7.02, 7.05 e 16.01; Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 21, A venda de mercadoria industrializada pelo
22, 23, 24, 25, §§ 10 e 11, 26, 27, caput, IV, 30 a 35 e 148, contribuinte será tributada na forma do Anexo II da
Anexos I a V) Resolução CGSN nº 140/2018.

A atividade com incidência simultânea do IPI e


4. Sublimites
do ISS será tributada na forma do Anexo II, deduzida
Ficarão sujeitos às normas gerais de incidência a parcela correspondente ao ICMS e acrescida a
do ICMS e do ISS, conforme o caso: parcela correspondente ao ISS, prevista no Anexo III.
a) os que excederem o sublimite de Nota
R$ 1.800.000,00, previsto no caput do art. 9º O Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 1/2018 esclarece que a pessoa
da Resolução CGSN nº 140/2018, para os es- jurídica optante pelo Simples Nacional que possuir estabelecimento comer-
cial importador e que der saída a mercadorias de procedência estrangeira
tabelecimentos localizados nas UF que o ado- ficará equiparada a industrial pela legislação do IPI e que a receita de vendas
tarem; e dessas mercadorias será tributada conforme o Anexo II da Lei Complementar
nº 123/2006.
b) os que excederem o sublimite de
R$ 3.600.000,00, previsto no § 1º do art. 9º da Cabe observar que as disposições sobre o
Resolução CGSN nº 140/2018, independente- Simples Nacional constam dos arts. 177 a 180 do
mente da localização do contribuinte. Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto
nº 7.212/2010.
A Resolução CGSN nº 149/2019 dispõe sobre os
sublimites de receita bruta acumulada auferida, para (Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, XII, Anexo II;
RIPI - Decreto nº 7.212/2010, arts. 177 a 180; Resolução CGSN
efeito de recolhimento do ICMS e do ISS, pelo Simples nº 140/2018, arts. 5º, caput, IX, 25, § 1º, II e VII, Anexos II e III;
Nacional, no ano-calendário de 2020. Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 1/2018)

06-06 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

5.2 ICMS a.29) produtos cerâmicos;


Está excluído do recolhimento, pelo Simples Na- a.30) vidros;
cional, o ICMS devido: a.31)obras de metal e plástico para cons-
trução;
a) nas operações sob o regime de substituição
tributária, tributação concentrada em uma úni- a.32) telhas e caixas d’água;
ca etapa (monofásica) e sujeitas ao regime de a.33) tintas e vernizes;
antecipação do recolhimento do imposto, com a.34) produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e
encerramento de tributação, envolvendo: eletrodomésticos;
a.1) combustíveis e lubrificantes; a.35) fios;
a.2) energia elétrica; a.36) cabos e outros condutores;
a.3) cigarros e outros produtos derivados do a.37) transformadores elétricos e reatores;
fumo;
a.38) disjuntores;
a.4) bebidas;
a.39) interruptores e tomadas;
a.5) óleos e azeites vegetais comestíveis;
a.40) isoladores;
a.6) farinha de trigo e misturas de farinha de
a.41) para-raios e lâmpadas;
trigo;
a.42) máquinas e aparelhos de ar-condicio-
a.7) massas alimentícias;
nado;
a.8) açúcares;
a.43) centrifugadores de uso doméstico;
a.9) produtos lácteos;
a.44) aparelhos e instrumentos de pesagem de
a.10) carnes e suas preparações; uso doméstico;
a.11) preparações à base de cereais; a.45) extintores;
a.12) chocolates; a.46) aparelhos ou máquinas de barbear;
a.13) produtos de padaria e da indústria de bo- a.47)máquinas de cortar o cabelo ou de
lachas e biscoitos; tosquiar;
a.14) sorvetes e preparados para fabricação a.48) aparelhos de depilar, com motor elétrico
de sorvetes em máquinas; incorporado;
a.15) cafés e mates, seus extratos, essências e a.49) aquecedores elétricos de água para uso
concentrados; doméstico e termômetros;
a.16) preparações para molhos e molhos pre- a.50) ferramentas;
parados;
a.51) álcool etílico;
a.17) preparações de produtos vegetais;
a.52) sabões em pó e líquidos para roupas;
a.18) rações para animais domésticos;
a.53) detergentes;
a.19) veículos automotivos e automotores, suas
peças, componentes e acessórios; a.54) alvejantes;
a.20) pneumáticos; câmaras de ar e protetores a.55) esponjas;
de borracha; a.56) palhas de aço e amaciantes de roupas;
a.21) medicamentos e outros produtos farma- a.57) venda de mercadoria pelo sistema porta
cêuticos para uso humano ou veterinário; a porta;
a.22) cosméticos; b) nas operações sujeitas ao regime de substitui-
a.23) produtos de perfumaria e de higiene ção tributária pelas operações anteriores;
pessoal; c) nas prestações de serviços sujeitas aos regi-
a.24) papéis; mes de substituição tributária e de antecipa-
ção de recolhimento do imposto com encerra-
a.25) plásticos;
mento de tributação;
a.26) canetas e malas;
d) por terceiro, a que o contribuinte se ache obri-
a.27) cimentos; gado por força da legislação estadual ou dis-
a.28) cal e argamassas; trital vigente;

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-07


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ICMS - IPI e Outros

e) na entrada, no território do Estado ou do Distri- 5.4 ISS


to Federal, de petróleo, inclusive lubrificantes
Está excluído do recolhimento pelo Simples
e combustíveis líquidos e gasosos dele deri-
Nacional o ISS devido em relação aos serviços sujeitos
vados, bem como de energia elétrica, quando
à substituição tributária ou à retenção na fonte, na
não destinados à comercialização ou à indus-
importação de serviços, em valor fixo pelos escritórios
trialização;
de serviços contábeis, quando previsto em legislação
f) por ocasião do desembaraço aduaneiro; municipal e nas hipóteses de impedimento da EPP,
g) na aquisição ou na manutenção em estoque pelo recolhimento do ISS por excesso dos subli-
de mercadoria sem o documento fiscal corres- mites a que se refere o art. 12 da Resolução CGSN
pondente; nº 140/2018.
h) na operação ou na prestação realizada sem (Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 1º, XIV; Resolu-
emissão do documento fiscal correspondente; ção CGSN nº 140/2018, arts. 5º, caput, XIII, e 12)
i) nas operações com bens ou mercadorias su-
jeitas ao regime de antecipação do recolhi- 6. Devolução
mento do imposto, nas aquisições em outros
Estados ou no Distrito Federal sem encerra- 6.1 Venda de mercadoria por ME ou EPP
mento da tributação, hipótese em que será co- Na devolução de mercadoria vendida por ME ou
brada a diferença entre a alíquota interna e a EPP, optantes pelo Simples Nacional, em período de
interestadual e ficará vedada a agregação de apuração posterior ao da venda, deverá ser obser-
qualquer valor; vado o seguinte:
j) nas aquisições realizadas em outros Estados
a) o valor da mercadoria devolvida deverá ser
ou no Distrito Federal de bens ou mercadorias
deduzido da receita bruta total, no período de
não sujeitas ao regime de antecipação do re-
apuração do mês da devolução, segregada
colhimento do imposto, relativo à diferença en-
pelas regras vigentes no Simples Nacional,
tre a alíquota interna e a interestadual; e
nesse mês;
k) nas hipóteses de impedimento da EPP, pelo
b) caso o valor da mercadoria devolvida for su-
recolhimento do ICMS e do ISS, na forma do
perior ao da receita bruta total, ou das receitas
regime do Simples Nacional, por excesso dos
segregadas relativas ao mês da devolução, o
sublimites a que se refere o art. 12 da Resolu-
saldo remanescente deverá ser deduzido nos
ção CGSN nº 140/2018.
meses subsequentes até ser integralmente de-
Nota duzido.
A diferença entre a alíquota interna e a interestadual, descrita nas le-
tras “i” e “j”, será calculada tomando-se por base as alíquotas aplicáveis às Para as ME ou EPP, optantes pelo Simples
pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional (Lei Complementar
nº 123/2006, art. 13, § 5º).
Nacional, tributadas com base no critério de apura-
ção de receitas pelo regime de Caixa, o valor a ser
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, §§ 1º, XIII, 5º e 8º; deduzido será limitado ao efetivamente devolvido ao
Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 5º, caput, XII, § 1º, e 12)
adquirente.

5.3 Escala industrial não relevante (Resolução CGSN nº 140/2018, art. 17)

Nas operações com bebidas não alcoólicas,


6.2 Devolução de mercadoria por ME ou EPP
massas alimentícias, produtos lácteos, carnes e suas
preparações, preparações à base de cereais, choco- Na operação de devolução de mercadoria a não
lates, produtos de padaria e da indústria de bolachas optante pelo Simples Nacional, a ME ou a EPP fará
e biscoitos, preparações para molhos e molhos pre- indicação no campo “Informações Complementares”
parados, preparações de produtos vegetais, telhas e ou no corpo da Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, ou
outros produtos cerâmicos para construção, e deter- Avulsa, da base de cálculo do imposto destacado e
gentes, aplica-se a substituição tributária prevista na do número da nota fiscal de compra da mercadoria
alínea “a” do inciso XII do art. 5º da Resolução CGSN devolvida.
nº 140/2018, relativamente aos produtos fabricados
em escala industrial relevante em cada segmento, Porém, quando se tratar de Nota Fiscal Eletrônica
observado o disposto em convênio celebrado pelos (NF-e), modelo 55, não se aplicará a regra descrita
Estados e pelo Distrito Federal. no parágrafo anterior e a base de cálculo e o ICMS,

06-08 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

porventura devido, devem ser indicados nos cam- Quando o escritório de serviços contábeis não
pos próprios conforme estabelecido no Manual de estiver autorizado pela legislação municipal a promo-
Orientação do Contribuinte (MOC), baixado no Portal ver o recolhimento do ISS em valor fixo diretamente
da NF-e, nos termos do Ajuste Sinief nº 7/2005. ao município, o imposto deverá ser recolhido pelo
Simples Nacional na forma do inciso III do § 1º do
(Ajuste Sinief nº 7/2005; Resolução CGSN nº 140/2018,
art. 25 da Resolução CGSN nº 140/2018, ou seja, na
art. 59, §§ 7º e 9º)
forma descrita no parágrafo anterior.

7. Diferencial de alíquotas A opção pelo Simples Nacional por escritórios de


7.1 Operações interestaduais destinadas a não serviços contábeis implica em que, individualmente
ou por meio de suas entidades representativas de
contribuinte
classe, devam:
O Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu
a) promover atendimento gratuito relativo à inscri-
medida cautelar ad referendum do Plenário suspen-
ção, à opção pelo Simei e à primeira declara-
dendo a eficácia da cláusula nona do Convênio ICMS
ção anual simplificada do MEI, podendo, para
nº 93/2015 até o julgamento final da ADI nº 5.464. As
tanto, por meio de suas entidades represen-
empresas optantes pelo Simples Nacional não estão
tativas de classe firmar convênios e acordos
sujeitas, portanto, ao recolhimento do diferencial
com a União, os Estados, o Distrito Federal e
de alíquotas instituído pela Emenda Constitucional os Municípios, por intermédio de seus órgãos
nº 87/2015, em face dessa determinação judicial. vinculados;
Assim, foi republicado o Convênio ICMS nº 93/2015,
b) fornecer, por solicitação do Comitê Gestor do
que passa, em sua cláusula nona, a fazer menção ao
Simples Nacional (CGSN), resultados de pes-
Despacho SE/Confaz nº 35/2016.
quisas quantitativas e qualitativas relativas às
(Emenda Constitucional nº 87/2015; Convênio ICMS ME e às EPP, optantes pelo Simples Nacional,
nº 93/2015, cláusula nona; ADI nº 5.464; Despacho SE/Confaz por eles atendidas ou por entidade represen-
nº 35/2016) tativa de classe; e
c) promover eventos de orientação fiscal, contá-
7.2 Entradas de mercadorias de outros Estados bil e tributária, para as ME e EPP, optantes pelo
O contribuinte enquadrado no regime do Simples Simples Nacional, atendidas pelo escritório ou
Nacional fica obrigado ao recolhimento do diferencial por entidade representativa de classe.
de alíquotas nas aquisições de mercadorias des- (Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 6º, § 8º, 25, § 1º, III, e
tinadas a uso, consumo ou Ativo Imobilizado, nos XI, e 34, Anexo III)
termos do art. 155, § 2º, VII e VIII, da Constituição
Federal/1988. 8.2 Construção civil
(Constituição Federal/1988, art. 155, § 2º, VII e VIII) O ISS relativo à prestação de serviços de cons-
trução civil, prevista nos itens 7.02 e 7.05 da Lista
8. Considerações sobre o ISS de Serviços anexa à Lei Complementar nº 116/2003,
incidirá sobre o valor:
8.1 Escritórios de serviços contábeis
a) dos serviços, que será tributado de acordo
Os escritórios de serviços contábeis estão su- com o Anexo III ou o Anexo IV da Resolução
jeitos ao recolhimento do ISS em valor fixo, na forma CGSN nº 140/2018, conforme o caso, permi-
da legislação municipal. tida a dedução na base de cálculo do ISS do
valor dos materiais fornecidos pelo prestador
A prestação de serviços contábeis será tribu- do serviço, observando-se a legislação do res-
tada na forma do Anexo III da Resolução CGSN pectivo ente federado;
nº 140/2018, desconsiderando-se o percentual rela- b) dos materiais produzidos pelo prestador dos
tivo ao ISS, quando o imposto for fixado pela legisla- serviços no local da prestação de serviços,
ção municipal e recolhido diretamente ao município que será tributado de acordo com o Anexo III
em valor fixo, nos termos do art. 34 da mencionada ou Anexo IV, daquela Resolução, conforme o
Resolução. caso; e

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-09


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ICMS - IPI e Outros

c) das mercadorias produzidas pelo prestador 12, na hipótese de a empresa ter iniciado
dos serviços fora do local da prestação dos suas atividades há menos de 13 meses
serviços, que será tributado de acordo com o da prestação;
Anexo II. b) na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser
prestado no mês de início de atividade da ME
Veja, a seguir, a transcrição dos itens 7.02 e 7.05
ou da EPP, a alíquota aplicável será de 2%;
da Lista de Serviços mencionada:
c) no caso da letra “b”, constatando-se que hou-
a) 7.02 - execução, por administração, empreita- ve diferença entre a alíquota utilizada e a efe-
da ou subempreitada, de obras de construção tivamente apurada, caberá à ME ou à EPP,
civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras prestadoras dos serviços, efetuar o recolhi-
semelhantes, inclusive sondagem, perfuração mento dessa diferença no mês subsequente
de poços, escavação, drenagem e irrigação, ao do início de atividade em guia própria do
terraplanagem, pavimentação, concretagem e município;
a instalação e montagem de produtos, peças e
d) se a ME ou a EPP estiverem sujeitas à tributa-
equipamentos (exceto o fornecimento de mer-
ção do ISS, pelo Simples Nacional, por valores
cadorias produzidas pelo prestador de servi-
fixos mensais, não caberá a retenção, salvo
ços fora do local da prestação dos serviços,
quando o ISS for devido a outro município;
que fica sujeito ao ICMS); e
e) se a ME ou a EPP não informarem, no do-
b) 7.05 - reparação, conservação e reforma de
cumento fiscal, a alíquota de que tratam as le-
edifícios, estradas, pontes, portos e congê-
tras “a” e “b”, será aplicada a alíquota de 5%;
neres (exceto o fornecimento de mercadorias
produzidas pelo prestador dos serviços, fora f) não será eximida a responsabilidade do pres-
do local da prestação dos serviços, que fica tador de serviço quando a alíquota do ISS in-
sujeito ao ICMS). formada no documento fiscal for inferior à de-
vida, hipótese em que o recolhimento dessa
(Lei Complementar nº 116/2003, art. 7º, § 2º, Lista de Servi-
ços; Resolução CGSN nº 140/2018, art. 25, § 17) diferença será realizado em guia própria do
município; e
8.3 Retenção na fonte g) o valor retido, devidamente recolhido, será de-
finitivo, não sendo objeto de partilha com os
A retenção na fonte do ISS da ME ou da EPP, optan- municípios, e sobre a receita de prestação de
tes pelo Simples Nacional, somente será permitida nas serviços que sofreu a retenção não haverá in-
hipóteses previstas no art. 3º da Lei Complementar cidência do ISS a ser recolhido pelo Simples
nº 116/2003, observado, cumulativamente, o seguinte: Nacional.
Nota Caso a prestadora de serviços esteja beneficiada
O art. 3º da Lei Complementar nº 116/2003 dispõe que o serviço consi- por isenção ou redução do ISS em face de legislação
dera-se prestado, e o imposto devido, no local do estabelecimento prestador
ou, na falta do estabelecimento, no local do domicílio do prestador, exceto municipal ou distrital que tenha instituído benefícios à
nas hipóteses previstas nos incisos I a XXV, do mencionado dispositivo, hi- ME ou à EPP, caberá às mesmas informar no documento
pótese em que o imposto será devido no local indicado naqueles incisos.
fiscal a alíquota aplicável na retenção na fonte, bem
a) a alíquota aplicável na retenção na fonte deve- como a legislação concessiva do respectivo benefício.
rá ser informada no documento fiscal e corres-
ponderá ao percentual efetivo do ISS decor- Vale observar que o Município ou o Distrito
rente da aplicação das tabelas dos Anexos III, Federal poderão estabelecer critérios de informação
IV ou V da Resolução CGSN nº 140/2018 para da alíquota efetiva do ISS a constar no documento
a faixa de receita bruta a que a ME ou a EPP fiscal, de acordo com a respectiva legislação. Nos
estiverem sujeitas no mês anterior ao da pres- casos de que tratam as letras “a” e “b”, a falsidade na
tação, assim consideradas: prestação das informações sujeitará o responsável, o
a.1) a receita bruta acumulada nos 12 meses titular, os sócios, ou os administradores da ME ou da
que antecederem o mês anterior ao da EPP, juntamente com as demais pessoas que concor-
prestação; ou rerem para a sua prática, às penalidades previstas na
a.2) a média aritmética da receita bruta total legislação criminal e tributária.
dos meses que antecederem o mês an- (Lei Complementar nº 116/2003, art. 3º; Resolução CGSN
terior ao da prestação, multiplicada por nº 140/2018, art. 27, Anexos III, IV e V)

06-10 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

9. Créditos fiscais 10. Benefícios fiscais


A ME ou a EPP, optantes pelo Simples Nacional, Na hipótese em que o Estado, o Município ou
não fará jus à apropriação nem poderá transferir cré- o Distrito Federal concedam isenção ou redução
ditos relativos a impostos ou contribuições abrangidos específica para as ME ou EPP, em relação ao ICMS
pelo regime. ou ao ISS, será realizada a redução proporcional, rela-
tivamente à receita do estabelecimento localizado no
As pessoas jurídicas e aquelas a elas equiparadas ente federado que concedeu a isenção ou a redução,
pela legislação tributária, não optantes pelo Simples
da seguinte forma:
Nacional, terão direito a crédito correspondente ao
ICMS incidente sobre as suas aquisições de mercado- a) sobre a parcela das receitas beneficiadas por
rias de ME ou EPP, optantes pelo regime, desde que isenção, serão desconsiderados os percen-
destinadas à comercialização ou à industrialização. tuais do ICMS ou do ISS, conforme o caso; e
b) sobre a parcela das receitas beneficiadas por
O crédito, nesse caso, tem como limite o ICMS
redução, será realizada a redução proporcio-
efetivamente devido pelas optantes pelo Simples
nal dos percentuais do ICMS ou do ISS, con-
Nacional, em relação às mencionadas aquisições.
forme o caso.
Mediante deliberação exclusiva e unilateral dos
Estados e do Distrito Federal, poderá ser concedido (Resolução CGSN nº 140/2018, art. 35)
às pessoas jurídicas e àquelas a elas equiparadas,
pela legislação tributária, não optantes pelo Simples 11. Substituição tributária
Nacional, crédito correspondente ao ICMS incidente
sobre os insumos utilizados nas mercadorias adqui- Os Estados e o Distrito Federal deverão observar
ridas de indústria optante pelo Simples Nacional, o prazo mínimo de 60 dias contados a partir do 1º dia
sendo vedado o estabelecimento de diferenciação do mês do fato gerador da obrigação tributária para
no valor do crédito em razão da procedência dessas estabelecer a data de vencimento do ICMS devido
mercadorias. por substituição tributária, por tributação concentrada
em uma única etapa (monofásica) e por antecipação
A ME ou a EPP, optantes pelo Simples Nacional, tributária com ou sem encerramento de tributação,
não poderão consignar no documento fiscal a infor- nas hipóteses em que a responsabilidade recair sobre
mação sobre o direito ao crédito estabelecido no § 1º operações ou prestações subsequentes.
do art. 58 da Resolução CGSN nº 140/2018 quando:
a) estiverem sujeitas à tributação do ICMS, pelo Essa regra:
Simples Nacional, por valores fixos mensais; a) aplica-se quando a ME ou a EPP, optantes, es-
b) tratar-se de operação de venda ou revenda de tiverem obrigadas ao recolhimento do imposto
mercadoria em que o ICMS não é devido na diretamente ao Estado ou ao Distrito Federal,
forma do Simples Nacional; na forma da respectiva legislação, observado
c) houver isenção estabelecida pelo Estado ou o disposto no inciso V do art. 103 da Resolu-
pelo Distrito Federal, que abranja a faixa de ção CGSN nº 140/2018, o qual excepciona do
receita bruta a que a ME ou a EPP estiverem Simei as atribuições da qualidade de substitu-
sujeitas no mês da operação; to tributário ao MEI;
d) a operação for imune ao ICMS; b) não se aplica:
e) considerarem, por opção, que a base de cál- b.1) no caso em que a ME ou a EPP estiverem
culo sobre a qual serão calculados os valores impedidas de recolher o ICMS no âmbi-
devidos pelo Simples Nacional será represen-
to do Simples Nacional, nos termos do
tada pela receita recebida no mês (regime de
art. 12 da Resolução CGSN em referên-
caixa); ou
cia; e
f) tratar-se de prestação de serviço de comuni-
cação, de transporte interestadual ou de trans- b.2) quando a optante se encontrar em situa-
porte intermunicipal. ção irregular, conforme definido na legis-
lação da respectiva UF.
(Lei Complementar nº 123/2006, arts. 23 e 24; Resolução
CGSN nº 140/2018, arts. 58, caput, §§ 1º e 2º, e 61) (Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 12, 29 e 103, caput, V)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-11


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

11.1 DeSTDA b) os estabelecimentos impedidos de recolher o


ICMS, pelo Simples Nacional, em decorrência
A Declaração de Substituição Tributária, Diferencial
de a empresa ter ultrapassado o sublimite es-
de Alíquota e Antecipação (DeSTDA), instituída pelo
tadual, nos termos do § 1º do art. 20 da Lei
Ajuste Sinief nº 12/2015, compõe-se de informações
em meio digital dos resultados da apuração do ICMS Complementar nº 123/2006.
de que tratam as alíneas “a”, “g” e “h” do inciso XIII do Essa obrigatoriedade se aplica a todos os esta-
§ 1º do art. 13 da Lei Complementar nº 123/2006, de belecimentos do contribuinte, para a UF de origem e
interesse das administrações tributárias das UF.
para cada UF em que o contribuinte possua inscrição
como substituto tributário (IE Substituta), ou obtida
Para garantir a autenticidade, a integridade e a
na forma da cláusula quinta do Convênio ICMS
validade jurídica da DeSTDA, as informações serão
nº 93/2015. No caso de fusão, incorporação ou cisão,
prestadas em arquivo digital com assinatura digital do
a obrigatoriedade se estende à empresa incorpora-
contribuinte ou seu representante legal, certificada por
dora, cindida ou resultante da cisão ou fusão.
entidade credenciada pela Infraestrutura de Chaves
Públicas Brasileira (ICP-Brasil).
Mediante legislação específica, os Estados e o
O contribuinte que não estiver obrigado à emis- Distrito Federal poderão dispensar seus contribuin-
são de documentos fiscais eletrônicos poderá, em tes ou postergar a exigência da DeSTDA referente
substituição ao procedimento citado, gerar sem assi- à declaração de seu interesse, permanecendo a
natura digital e transmitir a DeSTDA, sem exigência obrigação de transmissão às demais UF. A dispensa
de certificação digital, mediante utilização de código concedida poderá ser revogada a qualquer tempo por
de acesso e senha, podendo, a critério da UF, ser ato administrativo da UF em que o estabelecimento
dispensado, também, do código de acesso e senha. estiver inscrito.

O contribuinte deverá utilizar a DeSTDA para O contribuinte que possuir mais de um estabeleci-
declarar o imposto apurado referente ao ICMS: mento, seja filial, sucursal, agência, depósito, fábrica
ou outro qualquer, deverá prestar as informações
a) retido como substituto tributário (operações an-
relativas à DeSTDA em arquivo digital individualizado
tecedentes, concomitantes e subsequentes);
por estabelecimento, exceto quanto aos estabele-
b) devido em operações com bens ou merca- cimentos localizados na mesma UF quando houver
dorias sujeitas ao regime de antecipação do disposição em convênio, protocolo ou ajuste, que
recolhimento do imposto, nas aquisições em preveja escrituração fiscal centralizada.
outros Estados e no Distrito Federal;
c) devido em aquisições em outros Estados e no O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado à
Distrito Federal de bens ou mercadorias, não UF destinatária, até o dia 28 do mês subsequente ao
sujeitas ao regime de antecipação do recolhi- encerramento do período de apuração, ou quando for
mento do imposto, relativo à diferença entre as o caso, até o 1º dia útil imediatamente seguinte. Cabe
alíquotas interna e a interestadual; e observar que os contribuintes obrigados à apresenta-
d) devido nas operações e prestações interesta- ção da DeSTDA não estarão sujeitos à apresentação
duais que destinem bens e serviços a consu- da Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS
midor final não contribuinte do imposto. - Substituição Tributária (GIA-ST) prevista no Ajuste
Sinief nº 4/1993 ou obrigação equivalente.
O aplicativo para geração e transmissão da
DeSTDA estará disponível para download, gratuita- (Lei Complementar nº 123/2006, arts. 13, § 1º, XIII, “a”, “g”
mente, em sistema específico, no Portal do Simples e “h”, e 20, § 1º; Ajuste Sinief nº 4/1993; Ajuste Sinief nº 12/2015;
Convênio ICMS nº 93/2015, cláusula quinta)
Nacional. É vedado ao contribuinte obrigado à
DeSTDA declarar os impostos mencionados nas letras
“a” a “d”, em discordância com o disposto no Ajuste 11.2 Escala industrial não relevante
Sinief em referência. O regime de substituição tributária não se aplica
às operações interestaduais com bens e mercado-
A DeSTDA deverá ser apresentada pelos contri-
rias produzidas em escala industrial não relevante,
buintes optantes pelo Simples Nacional, exceto para:
nos termos do § 8º do art. 13 da Lei Complementar
a) o MEI; e nº 123/2006.

06-12 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Os bens e mercadorias relacionados no Anexo A administração tributária de qualquer UF que


XXVII do Convênio ICMS nº 142/2018 serão conside- constatar indícios de descumprimento das condições
rados fabricados em escala industrial não relevante estabelecidas no convênio por contribuinte relacio-
quando produzidos por contribuinte que atender, nado como fabricante de bens e mercadorias em
cumulativamente, às seguintes condições: escala industrial não relevante deverá encaminhar as
informações sobre o fato à administração tributária
a) ser optante pelo Simples Nacional;
de localização do estabelecimento, bem como à UF
b) auferir, no exercício anterior, receita bruta igual em que ele estiver credenciado, para verificação da
ou inferior a R$ 180.000,00; regularidade e adoção das providências cabíveis.
c) possuir estabelecimento único; e
d) ser credenciado pela administração tributária O documento fiscal que acobertar qualquer
da UF de destino dos bens e das mercadorias, operação com bens e mercadorias fabricados em
quando assim exigido. escala industrial não relevante deverá conter, no
campo “Informações Complementares”, a decla-
Se o contribuinte não tiver funcionado por todo o ração: “Bem/Mercadoria do Cód./Produto _____
exercício anterior, inclusive no caso de início de suas fabricado em escala industrial não relevante pelo
atividades no decorrer do exercício, considerar-se-á a contribuinte_______, CNPJ______”.
receita bruta auferida proporcionalmente aos meses
(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 8º; Resolução SF
de efetivo funcionamento. nº 13/2012; Convênio ICMS nº 142/2018, cláusulas vigésima,
caput, III, “a”, e vigésima segunda, Anexos XXVII, XXVIII e XXIX)
Não se consideram fabricados em escala indus-
trial não relevante os bens e mercadorias importados 11.3 MEI
do exterior ou que possuam conteúdo de importa-
ção superior a 40%, nos termos da Resolução SF O Simei é a forma pela qual o MEI pagará, por
nº 13/2012. meio do DAS, independentemente da receita bruta
por ele auferida no mês, observado o limite de enqua-
O contribuinte que atender às condições des- dramento, o valor das parcelas a ele devidas, das
critas nas letras “a” a “c” e desejar que os bens e quais destacamos:
mercadorias que fabrica, devidamente listados no a) R$ 1,00, a título de ICMS, caso seja contri-
Anexo XXVII, não se subsumam ao regime de substi- buinte desse imposto;
tuição tributária, deverá solicitar seu credenciamento
à administração tributária da UF de destino dos b) R$ 5,00, a título de ISS, caso seja contribuinte
desse imposto.
bens e das mercadorias, mediante a protocolização
do formulário previsto no Anexo XXVIII do convênio O DAS será gerado exclusivamente para o MEI,
em referência, devidamente preenchido, quando for por meio do PGMEI.
exigido o credenciamento.
O DAS gerado para o MEI poderá ser:
A relação dos contribuintes credenciados, bem
como as informações especificadas no Anexo XXIX a) enviado por via postal para o domicílio do con-
serão disponibilizadas pelas respectivas administra- tribuinte, caso em que poderá conter, em uma
ções tributárias em seus sites na Internet e no site do mesma folha de impressão, guias para pa-
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz). gamento de mais de uma competência, com
identificação dos respectivos vencimentos e
O contribuinte que deixar de atender às condi- do valor devido em cada mês;
ções exigidas deverá comunicar o fato imediatamente b) emitido em terminais de autoatendimento dis-
à administração tributária em que estiver localizado, ponibilizados por parceiros institucionais e
bem como à UF em que estiver credenciado, a qual pelo Sebrae; e
promoverá sua exclusão da relação de credenciados. c) emitido por meio de aplicativo para dispositi-
vos móveis, disponibilizado pela RFB.
O credenciamento do contribuinte, bem como a
sua exclusão, se for o caso, produzirão efeitos a partir Cabe ressaltar que, durante a vigência da opção
do 1º dia do mês subsequente ao da disponibilização pelo Simei, não se aplicam ao MEI, entre outras
no site da administração tributária relativa à UF em hipóteses, as atribuições da qualidade de substituto
que estiver credenciado. tributário.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-13


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Por outro lado, segundo o art. 119 da Resolução 12.2 EFD-ICMS/IPI


CGSN nº 140/2018, aplicam-se subsidiariamente
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
ao MEI as demais regras previstas para o Simples
poderão exigir a Escrituração Fiscal Digital
Nacional.
(EFD-ICMS/IPI) ou obrigação equivalente para a ME
(Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 42, caput, I, § 3º, 101, ou a EPP, optantes pelo Simples Nacional, desde que:
caput, II e III, e 103, caput, V, e 119)
a) as informações eletrônicas sejam pré-escritu-
radas pelo ente federado, a fim de que o con-
12. Obrigações acessórias
tribuinte complemente a escrituração com as
12.1 Vedação seguintes informações:
a.1) relativas a documentos fiscais não eletrô-
A RFB, os Estados, o Distrito Federal e os
nicos;
Municípios não poderão instituir obrigações tributárias
acessórias ou estabelecer exigências adicionais e a.2) sobre classificação fiscal de documentos
unilaterais, relativamente à prestação de informações fiscais eletrônicos de entrada;
e à apresentação de declarações referentes aos tri- a.3) que configurem os serviços tomados;
butos apurados na forma do Simples Nacional, além b) a obrigação seja cumprida:
das estipuladas ou previstas na Resolução CGSN
b.1) mediante aplicativo gratuito, com link dis-
nº 140/2018 e atendidas por meio do Portal do Simples
ponível no Portal do Simples Nacional; e
Nacional.
b.2) com dispensa do uso de certificação di-
(Resolução CGSN nº 140/2018, art. 64, caput) gital, salvo nas hipóteses do art. 79 da
Resolução CGSN nº 140/2018, o qual es-
12.1.1 Exceções pecifica os casos em que poderá ser exi-
gido (emissão de documento fiscal ele-
A vedação descrita no subitem 12.1 não se aplica
trônico, prestação de informações sobre
às obrigações e às exigências decorrentes de:
o ICMS, etc.).
a) programas de cidadania fiscal;
A exigência da EFD-ICMS/IPI não se aplica às
b) norma publicada até 31.03.2014, que tenha
informações relativas a documentos fiscais:
veiculado exigência vigente até aquela data;
c) procedimento administrativo fiscal, tais como a) não eletrônicos, cujos dados sejam transmiti-
a exibição de livros, documentos ou arqui- dos à administração tributária do ente federa-
vos eletrônicos e o fornecimento de informa- do de localização do emitente em face de pro-
ções fiscais, econômicas ou financeiras, pre- gramas de cidadania fiscal;
vistos ou autorizados pela Resolução CGSN b) de entrada e de serviços tomados, quando a
nº 140/2018, bem como aqueles necessários à classificação ou a confirmação a que se refe-
fundamentação dos atos administrativos oriun- rem as letras “a.2” e “a.3” forem efetuadas em
dos do procedimento; sistema que possibilite a recepção eletrônica
d) informações apresentadas por meio do Siste- do documento na forma estabelecida pela ad-
ma de Captação e Auditoria dos Anexos de ministração tributária do ente federado de lo-
Combustíveis (Scanc), aprovado pelo Confaz; calização do adquirente ou do tomador.
ou A carga ou a confirmação de documentos fiscais
e) informações relativas ao Fundo de Combate à eletrônicos de saída ou de prestação de serviços não
Pobreza (FCP), constante do § 1º do art. 82 do poderá ser solicitada, salvo em caráter facultativo. A
Ato das Disposições Constitucionais Transitó- obrigatoriedade a que nos referimos abrange qualquer
rias (ADCT) - Constituição Federal/1988. modalidade de EFD, livros eletrônicos de entrada e de
(Constituição Federal/1988 - ADCT, art. 82, § 1º; Resolução saída, bem como declaração eletrônica de prestação
CGSN nº 140/2018, art. 64, § 1º) ou tomada de serviços.

06-14 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

A exigência de prestação de dados por meio de fiscais emitidos e documentos recebidos referentes
EFD, em qualquer modalidade que não atenda às regras aos serviços prestados, tomados ou intermediados de
previstas para essa finalidade, não poderá ter caráter terceiros, observado o disposto no inciso II do § 4º do
obrigatório para a ME ou a EPP, optantes pelo Simples art. 64 da Resolução CGSN nº 140/2018.
Nacional, exceto quando ultrapassado o sublimite de
receita bruta vigente no Estado ou no Distrito Federal. A DES substitui os livros referidos nos incisos IV e
V do art. 63 (registro de serviços prestados e serviços
(Resolução CGSN nº 140/2018, arts. 65 e 79) tomados) e será apresentada ao Município ou ao
Distrito Federal pelo prestador, pelo tomador, ou por
12.3 DES ambos, observado o disposto na legislação de sua
circunscrição fiscal.
A ME ou a EPP ficam obrigadas à entrega da
Declaração Eletrônica de Serviços (DES), quando exi- (Lei Complementar nº 123/2006, art. 26, § 5º; Resolução
CGSN nº 140/2018, arts. 63, caput, IV e V, 64, § 4º, II, 74 e 75)
gida pelo Município ou pelo Distrito Federal, que servirá
para a escrituração mensal de todos os documentos N

a Estadual
ICMS 8. Substituto tributário - Alterações cadastrais
9. Penalidades

Cadastro de contribuintes 1. Quadro sinótico


SUMÁRIO O cadastro de contribuintes tem como finalidade
1. Quadro sinótico principal manter o registro dos contribuintes cujas ati-
2. Contribuinte vidades envolvam operações de circulação de merca-
3. Inscrição
dorias ou prestação de serviços alcançados pelo ICMS.
4. Número de inscrição
5. Código de Atividade Econômica
6. Situação cadastral Sintetizamos no quadro a seguir as principais
7. Produtor rural não equiparado a comerciante ou informações sobre a inscrição no Cadastro de
industrial Contribuintes do ICMS:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-15


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

CADASTRO DE CONTRIBUINTES
Contribuinte do imposto Pessoa natural ou jurídica que, de modo habitual ou em volume que caracterize intuito comercial, realiza ope-
rações relativas à circulação de mercadorias, bem como a de prestação de serviço de transporte interestadual
e intermunicipal e serviço de comunicação.
Obrigados à inscrição a) o industrial, o comerciante, o produtor e o gerador;
b) o prestador de serviço de transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação;
c) a cooperativa;
d) a instituição financeira e a seguradora;
e) a sociedade simples de fim econômico;
f) a sociedade simples de fim não econômico que explorar estabelecimento de extração de substância mineral
ou fóssil, de produção agropecuária, industrial, ou que comercializar mercadoria que, para esse fim, adquirir
ou produzir;
g) os órgãos da administração pública, as entidades da administração indireta e as fundações instituídas e
mantidas pelo Poder Público, que praticarem operações ou prestações de serviço relacionadas com a explo-
ração de atividade econômica regida pelas normas a que estiverem sujeitos os empreendimentos privados, ou
em que houver contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas;
h) a concessionária ou a permissionária de serviço público de transporte interestadual ou intermunicipal, de
comunicação ou de energia elétrica;
i) o prestador de serviço não compreendido na competência tributária do município, quando envolver forneci-
mento de mercadoria;
j) o prestador de serviço compreendido na competência tributária do município, quando envolver fornecimento
de mercadoria com incidência do imposto estadual ressalvada em lei complementar;
k) o fornecedor de alimentação, bebida ou outra mercadoria;
l) os partidos políticos e suas fundações, os templos de qualquer culto, as entidades sindicais de trabalhado-
res, as instituições de educação ou de assistência social sem fins lucrativos;
m) o representante comercial ou o mandatário mercantil;
n) aquele que, em propriedade alheia, produzir mercadoria e promover saída em seu próprio nome;
o) aquele que prestar, mediante utilização de bem pertencente a terceiro, serviço de transporte interestadual
ou intermunicipal ou de comunicação;
p) o detentor de site ou a plataforma eletrônica que realize a venda, a disponibilização, a oferta ou a entrega
de bens e mercadorias digitais mediante transferência eletrônica de dados, ainda que por intermédio de pa-
gamento periódico e mesmo que em razão de contrato firmado com o comercializador;
q) as demais pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado que praticarem, habitualmente, em
nome próprio ou de terceiro, operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviço de
transporte interestadual ou intermunicipal ou de comunicação;
r) a empresa de armazém-geral, de armazém frigorífico, de silo ou de outro armazém de depósito de merca-
dorias;
s) o prestador de serviço de transporte de carga intramunicipal ou internacional;
t) os estabelecimentos de contribuintes que exercem a atividade de exploração ou produção de petróleo ou
gás natural em mar confrontante com o território deste Estado, nos termos da legislação federal específica.
Dispensados da inscrição Como regra são dispensados da inscrição:
a) o profissional ou o trabalhador autônomo ou avulso que executar pessoalmente operação integrante de
processo de industrialização, por conta de terceiro regularmente inscrito neste Estado, de produto destinado a
posterior comercialização ou industrialização;
b) o prestador autônomo de serviço de transporte de carga que o executar pessoalmente;
c) o representante ou mandatário que se limitar a angariar pedidos de mercadorias a serem remetidas direta-
mente do estabelecimento fornecedor aos respectivos adquirentes;
d) o veículo utilizado para venda ambulante;
e) a pessoa física ou jurídica que, nos termos de disciplina estabelecida pela Secretaria da Fazenda, não
praticar com habitualidade operações relativas à circulação de mercadoria ou prestações de serviços de
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;
f) o detentor de site ou a plataforma eletrônica que realize exclusivamente operações com mercadorias digitais
isentas ou não tributadas.
Cassação ou suspensão A eficácia da inscrição poderá ser cassada ou suspensa de ofício, nas seguintes hipóteses:
da eficácia da inscrição a) inatividade do estabelecimento para o qual foi obtida a inscrição;
b) prática de atos ilícitos que tenham repercussão no âmbito fiscal;
c) indicação incorreta ou não indicação dos dados de identificação dos controladores ou dos beneficiários de
empresas de investimento sediadas no exterior, os quais figurem no quadro societário ou acionário de empresa
envolvida em ilícitos fiscais;
d) inadimplência fraudulenta;
e) práticas sonegatórias que levem ao desequilíbrio concorrencial;
f) falta de prestação de garantia ao cumprimento das obrigações tributárias, quando exigida pela legislação;
g) falta de comunicação de reativação das atividades ou de apresentação de pedido de baixa de inscrição,
depois de decorridos 12 meses contados da data da comunicação da interrupção temporária das atividades;
h) falta de solicitação de renovação da inscrição no prazo estabelecido ou indeferimento do pedido de reno-
vação da inscrição;
i) indeferimento do pedido de alteração de dados cadastrais, nos casos expressamente previstos na legislação;
j) cancelamento ou não obtenção de registro, autorização ou licença necessária para o exercício da atividade,
nos termos da legislação pertinente.

06-16 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Nulidade da inscrição A inscrição será nula, a partir da data de sua concessão ou de sua alteração, nas situações em que, através
de processo administrativo, for constatada a:
a) simulação de existência do estabelecimento ou da empresa;
b) simulação do quadro societário da empresa;
c) inexistência do estabelecimento para o qual foi concedida a inscrição;
d) indicação incorreta da localização do estabelecimento;
e) indicação de outros dados cadastrais falsos.
Alterações cadastrais A transferência do estabelecimento, a mudança de endereço, a alteração de sócios, a suspensão ou o encer-
ramento das atividades, bem como qualquer outra alteração dos dados anteriormente declarados:
a) deverão ser comunicadas à Secretaria da Fazenda, até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrên-
cia, pelo contribuinte;
b) poderão ser promovidas de ofício pela Secretaria da Fazenda, no interesse da administração tributária.

2. Contribuinte de Documentos - PGD do CNPJ (CNPJ versão Web)


disponível no site da Secretaria da Receita Federal.
Contribuinte é a pessoa natural ou jurídica que, de
modo habitual ou em volume que caracterize intuito
O aplicativo será utilizado, ainda, pelo contribuinte
comercial, realiza operações relativas à circulação de
para comunicar ao Fisco alterações nos seus dados
mercadorias, bem como a de prestação de serviço de
cadastrais, bem como para solicitar suspensão ou
transporte interestadual e intermunicipal e serviço de
baixa de inscrição cadastral de estabelecimento.
comunicação. São exemplos de contribuinte:
a) indústria; A Secretaria da Fazenda poderá, no interesse
b) comércio; da administração tributária, promover a inscrição de
c) transportadora; ofício de estabelecimento não inscrito no Cadastro
de Contribuintes do ICMS, caso em que o estabe-
d) vendedor ambulante;
lecimento inscrito será enquadrado como “suspenso”
e) produtor rural. e considerado em situação irregular até que a sua
inscrição seja regularizada pelo interessado.
É também contribuinte a pessoa natural ou jurídica
que, mesmo sem habitualidade ou intuito comercial: (RICMS-SP/2000, arts. 9º e 10; Portaria CAT nº 92/1998,
Anexo III, art. 1º)
a) importe mercadoria ou bem do exterior, qual-
quer que seja a sua finalidade;
3. Inscrição
b) seja destinatária de serviço prestado no exte-
rior ou cuja prestação se tenha iniciado no ex- 3.1 Obrigatoriedade de inscrição
terior;
Ficam obrigados a inscrever-se no cadastro de
c) adquira, em licitação, mercadoria ou bem contribuintes mantido pela Secretaria da Fazenda,
importado do exterior e apreendidos ou aban- antes do início de suas atividades:
donados;
d) adquira energia elétrica ou petróleo, inclusive a) o industrial, o comerciante, o produtor e o
lubrificantes e combustíveis líquidos ou gaso- gerador;
sos dele derivados, oriundos de outro Estado, b) o prestador de serviço de transporte interesta-
quando não destinados à comercialização ou dual ou intermunicipal ou de comunicação;
industrialização; c) a cooperativa;
e) administre ou seja sócia de fato de socie- d) a instituição financeira e a seguradora;
dade empresarial constituída por interpostas e) a sociedade simples de fim econômico;
pessoas.
f) a sociedade simples de fim não econômico
Os contribuintes obrigados a efetuarem inscrição que explorar estabelecimento de extração
no cadastro poderão fazê-la por meio eletrônico. de substância mineral ou fóssil, de produção
agropecuária, industrial, ou que comerciali-
O pedido de inscrição será efetuado mediante o zar mercadoria que, para esse fim, adquirir ou
uso do aplicativo Coleta Online - Programa Gerador produzir;

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-17


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

g) os órgãos da administração pública, as entida- interestadual ou intermunicipal ou de comuni-


des da administração indireta e as fundações cação;
instituídas e mantidas pelo Poder Público, que r) a empresa de armazém-geral, de armazém fri-
praticarem operações ou prestações de servi- gorífico, de silo ou de outro armazém de depó-
ço relacionadas com a exploração de ativida- sito de mercadorias;
de econômica regida pelas normas a que esti-
s) o prestador de serviço de transporte de carga
verem sujeitos os empreendimentos privados,
intramunicipal ou internacional;
ou em que houver contraprestação ou paga-
mento de preços ou tarifas; t) os estabelecimentos de contribuintes que
exercem a atividade de exploração ou produ-
h) a concessionária ou a permissionária de ser- ção de petróleo ou gás natural em mar con-
viço público de transporte interestadual ou in- frontante com o território deste Estado, nos ter-
termunicipal, de comunicação ou de energia mos da legislação federal específica.
elétrica;
i) o prestador de serviço não compreendido na Qualquer pessoa mencionada anteriormente
competência tributária do município, quando que mantiver mais de um estabelecimento, seja filial,
envolver fornecimento de mercadoria; sucursal, agência, depósito, fábrica ou outro, inclusive
escritório meramente administrativo, fará a inscrição
j) o prestador de serviço compreendido na com- em relação a cada um dos estabelecimentos.
petência tributária do município, quando en-
volver fornecimento de mercadoria com inci- A revenda de combustíveis e demais derivados
dência do imposto estadual ressalvada em lei de petróleo, conforme definida na legislação federal,
complementar; deverá ser inscrita de forma específica e individual-
k) o fornecedor de alimentação, bebida ou outra izada, quando realizada como atividade secundária.
mercadoria; (RICMS-SP/2000, art. 19 e Anexo II, art. 1º)
l) os partidos políticos e suas fundações, os tem-
plos de qualquer culto, as entidades sindicais 3.2 Concessão e recusa
de trabalhadores, as instituições de educação
A inscrição no cadastro de contribuintes:
ou de assistência social sem fins lucrativos;
m) o representante comercial ou o mandatário a) deverá ser solicitada mediante declaração
mercantil; prestada pelo requerente;
n) aquele que, em propriedade alheia, produzir b) poderá ser efetuada de ofício, no interesse da
mercadoria e promover saída em seu próprio administração tributária;
nome; c) poderá ser concedida por prazo certo ou inde-
o) aquele que prestar, mediante utilização de terminado;
bem pertencente a terceiro, serviço de trans- d) poderá ter sua situação cadastral alterada de
porte interestadual ou intermunicipal ou de co- ofício, a qualquer tempo; e
municação;
e) poderá ter a sua renovação exigida a qual-
p) o detentor de site ou a plataforma eletrônica
quer tempo, quando se fizer necessário aferir
que realize a venda, a disponibilização, a ofer-
a regularidade dos dados cadastrais anterior-
ta ou a entrega de bens e mercadorias digitais
mente declarados ao Fisco e, especialmente,
mediante transferência eletrônica de dados,
quando for constatada a ocorrência de débito
ainda que por intermédio de pagamento perió-
fiscal ou a participação do contribuinte em ilí-
dico e mesmo que em razão de contrato firma-
citos com repercussão na esfera tributária.
do com o comercializador;
Notas
q) as demais pessoas naturais ou jurídicas de
(1) A Portaria CAT nº 92/1998 disciplina em seu Anexo III o Cadastro
direito público ou privado que praticarem, ha- Eletrônico do Contribuinte.
bitualmente, em nome próprio ou de terceiro,
(2) A Portaria CAT nº 2/2011 disciplina a concessão, alteração, reno-
operações relativas à circulação de merca- vação e cassação de inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS de
doria ou prestações de serviço de transporte estabelecimento do setor de combustíveis.

06-18 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

Antes de deferir o pedido de inscrição ou de sua Nota


renovação, a Secretaria da Fazenda poderá exigir: A Portaria CAT nº 122/2013 disciplinou a prestação de garantia ao cum-
primento de obrigações tributárias mencionada neste subitem.
a) o preenchimento de requisitos específicos, (RICMS-SP/2000, arts. 20 e 21; Portaria CAT nº 92/1998,
conforme o tipo societário adotado, a ativida- Anexo III; Portaria CAT nº 122/2013; Resolução Conjunta
de econômica a ser desenvolvida, o porte eco- SF/SMA nº 1/2009)
nômico do negócio ou o regime de tributação;
b) a apresentação dos documentos a seguir indi- 3.2.1 Licença de instalação da Cetesb
cados, além de outros previstos na legislação, A Secretaria da Fazenda exigirá o número da
conforme a atividade econômica a ser pratica- licença de instalação do estabelecimento que solicitar
da, os quais permitam a comprovação da: inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS ou
b.1) localização do estabelecimento; comunicar alteração de atividade ou de endereço.
b.2) identidade e da residência dos sócios ou
dos diretores; A Resolução Conjunta SF/SMA nº 1/2009 esta-
belece que ficam obrigados a obter a licença de
b.3) capacidade econômico-financeira do
instalação, antes de solicitarem inscrição no Cadastro
contribuinte e dos sócios ou dos dire-
de Contribuintes do ICMS ou a alteração de seu
tores para o exercício da atividade pre-
endereço ou atividade, os estabelecimentos cuja
tendida;
atividade esteja enquadrada:
c) a apresentação dos documentos submetidos
ao Registro Público de Empresas Mercantis ou a) no Anexo 1 da mencionada Resolução; e
ao Registro Civil de Pessoas Jurídicas; b) no Anexo 2, desde que respondam positi-
d) o número da licença de instalação do esta- vamente aos quesitos constantes no citado
belecimento da Companhia de Tecnologia de Anexo.
Saneamento Ambiental (Cetesb); e
Independentemente da atividade exercida, a
e) a prestação, por qualquer meio, de informa-
licença de instalação será sempre obrigatória para
ções julgadas necessárias à apreciação do
posto de abastecimento de combustível existente no
pedido.
estabelecimento, conforme disposto na Resolução
A Secretaria da Fazenda poderá, ainda, exigir a Conama nº 273/2000.
prestação de garantia ao cumprimento das obriga-
ções tributárias em razão: Os estabelecimentos que exercem as atividades
de extração de recursos minerais relacionadas no
a) de antecedentes fiscais que desabonem as Anexo 3 e que estiverem sujeitos à obtenção de
pessoas físicas ou jurídicas interessadas em licença junto ao Departamento Nacional de Produção
realizar a inscrição, assim como suas coliga- Mineral (DNPM) deverão solicitar inscrição no CNPJ e
das, controladas ou, ainda, seus sócios; no Cadastro de Contribuintes do ICMS, por meio do
b) da existência de débito fiscal definitivamente PGD do Cadastro Sincronizado, antes de solicitarem
constituído em nome da empresa, de suas co- a licença na Cetesb.
ligadas, controladas ou de seus sócios; (Resolução Conjunta SF/SMA nº 1/2009)
c) do tipo de atividade econômica desenvolvida
pelo estabelecimento. 3.3 Dispensa de inscrição
Após a concessão da inscrição ou da sua renova- A Secretaria da Fazenda poderá conceder
ção, ocorrendo qualquer dos fatos a que se refere o inscrição que não seja obrigatória, dispensar, bem
§ 1º do art. 21 do RICMS-SP/2000 (antecedentes fis- como determiná-la a pessoa ou estabelecimento
cais desabonadores, existência de débito fiscal etc.), indicado como não obrigado à inscrição no cadastro
poderá ser exigida a garantia nos termos dos §§ 2º e de contribuintes.
4º do citado dispositivo, sujeitando-se o contribuinte à
suspensão ou cassação da eficácia de sua inscrição Salvo exigência da Secretaria da Fazenda, ficam
caso não a ofereça no prazo fixado. dispensados da inscrição:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-19


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a) o profissional ou o trabalhador autônomo ou f) falta de prestação de garantia ao cumprimen-


avulso que executar pessoalmente operação to das obrigações tributárias, quando exigida
integrante de processo de industrialização, pela legislação;
por conta de terceiro regularmente inscrito
g) falta de comunicação de reativação das ativi-
neste Estado, de produto destinado a poste-
dades ou de apresentação de pedido de baixa
rior comercialização ou industrialização;
de inscrição, depois de decorridos 12 meses
b) o prestador autônomo de serviço de transporte contados da data da comunicação da inter-
de carga que o executar pessoalmente; rupção temporária das atividades;
c) o representante ou mandatário que se limitar
h) falta de solicitação de renovação da inscrição
a angariar pedidos de mercadorias a serem
no prazo estabelecido ou indeferimento do pe-
remetidas diretamente do estabelecimento for-
dido de renovação da inscrição;
necedor aos respectivos adquirentes;
d) o veículo utilizado para venda ambulante; i) indeferimento do pedido de alteração de da-
dos cadastrais, nos casos expressamente pre-
e) a pessoa física ou jurídica que, nos termos
vistos na legislação; e
de disciplina estabelecida pela Secretaria da
Fazenda, não praticar com habitualidade ope- j) cancelamento ou não obtenção de registro,
rações relativas à circulação de mercadoria ou autorização ou licença necessária para o exer-
prestações de serviços de transporte interes- cício da atividade, nos termos da legislação
tadual e intermunicipal e de comunicação; pertinente.
f) o detentor de site ou a plataforma eletrônica
que realize exclusivamente operações com A eficácia da inscrição poderá também ser cas-
mercadorias digitais isentas ou não tributadas. sada, de ofício, nos termos de disciplina estabelecida
pela Secretaria da Fazenda, observados o contra-
(RICMS-SP/2000, arts. 22 e 23)
ditório e a ampla defesa, na hipótese de ocorrência
de ilícito não indicado anteriormente e que não tenha
3.4 Eficácia da inscrição - Cassação ou suspensão repercussão direta no âmbito tributário, desde que
A eficácia da inscrição poderá ser cassada ou haja expressa previsão legal.
suspensa de ofício, nas seguintes hipóteses:
O procedimento administrativo de cassação da
a) inatividade do estabelecimento para o qual foi
eficácia da inscrição estadual somente será iniciado
obtida a inscrição;
após ter sido proferida contra o contribuinte decisão
Notas judicial condenatória, transitada em julgado ou pro-
(1) A inatividade do estabelecimento será constatada, se comprovada ferida por órgão colegiado, relativa ao ilícito.
pelo Fisco, ou presumida, se decorrente da falta de entrega de informações
econômico-fiscais pelo contribuinte.
Excepcionalmente, em casos específicos
(2) A inatividade poderá ser constatada, entre outros meios, mediante
análise de informações relativas ao estabelecimento ou às operações e pres- autorizados por lei, o procedimento de cassação da
tações, sem prejuízo de a autoridade fiscal, caso entenda necessário, realize eficácia da inscrição estadual poderá ser iniciado a
procedimentos para a obtenção de dados complementares no local do es-
tabelecimento. partir de decisão administrativa sancionatória, contra
a qual não caiba mais recurso, proferida por autori-
b) prática de atos ilícitos que tenham repercus- dade competente para fiscalizar e apurar o ilícito, em
são no âmbito fiscal; procedimento no qual tenham sido observados os
c) indicação incorreta ou não indicação dos da- princípios do contraditório e da ampla defesa.
dos de identificação dos controladores ou dos
beneficiários de empresas de investimento se- Em se tratando de ilícito que configurar, em tese,
diadas no exterior, os quais figurem no quadro crime ou contravenção penal, também poderá ser
societário ou acionário de empresa envolvida iniciado o procedimento administrativo de cassação
em ilícitos fiscais; da eficácia da inscrição estadual, desde que tenha
havido decisão judicial condenatória, transitada em
d) inadimplência fraudulenta;
julgado ou proferida por órgão colegiado, e esteja
e) práticas sonegatórias que levem ao desequilí- comprovada a responsabilidade do contribuinte em
brio concorrencial; decorrência de sua vinculação com a conduta.

06-20 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

Notas d) a receptação de mercadoria roubada ou fur-


(1) A Lei nº 12.540/2007 dispõe sobre a cassação da eficácia da ins- tada;
crição no Cadastro de Contribuintes do ICMS de bares, hotéis, restaurantes
e similares que venderem bebidas alcoólicas a menores de idade ou forem e) a produção, a aquisição, a entrega, o recebi-
flagrados consentindo ou comercializando drogas.
mento, a exposição, a comercialização, a re-
(2) A Portaria CAT nº 95/2006 dispõe sobre a suspensão, cassação e messa, o transporte, a estocagem ou o depó-
nulidade da eficácia da inscrição no cadastro de contribuintes.
sito de mercadoria falsificada ou adulterada;
(3) A Lei nº 14.946/2013 dispõe sobre a cassação da inscrição no f) a utilização como insumo, comercialização ou
Cadastro de Contribuintes do ICMS, de qualquer empresa que faça uso
direto ou indireto de trabalho escravo ou em condições análogas. estocagem de mercadoria objeto de contra-
bando ou descaminho;
(4) A Lei nº 16.416/2017 dispõe sobre a cassação da inscrição no Ca-
dastro de Contribuintes do ICMS por fraude metrológica, pelo posto revende- g) a simulação da realização de operação com
dor de combustíveis que utilizar qualquer dispositivo mecânico ou eletrônico,
acionado por controle remoto ou não, que acarrete o fornecimento ao consu- combustíveis ou solventes, assim considerada
midor de volume de combustível diverso do indicado na bomba medidora ou aquela em que o respectivo documento fiscal:
qualquer dispositivo que acarrete, na totalização do valor cobrado ao consu-
midor, preço diverso do indicado na bomba medidora. g.1) indique como destinatário estabeleci-
(5) A Portaria CAT nº 102/2017 atribuiu ao Instituto de Pesos e Medidas
mento em situação irregular perante o
do Estado de São Paulo (Ipem-SP), por delegação, a apuração e comprova- Fisco ou que não tenha encomendado,
ção das infrações relativas a volume e preço, praticadas por posto revende- adquirido ou recebido o produto;
dor de combustíveis, assim como o julgamento administrativo de defesa ou
recurso. g.2) contiver declaração falsa quanto ao local
(Lei nº 12.540/2007; Lei nº 14.946/2013; RICMS-SP/2000, de saída do produto;
art. 31, caput, e art. 31-A; Portaria CAT nº 95/2006) g.3) não corresponder a uma efetiva saída do
estabelecimento do emitente.
3.4.1 Atos ilícitos que implicam na cassação da (RICMS-SP/2000, art. 31, § 2º)
inscrição
Incluem-se entre a prática de atos ilícitos que 3.5 Blocos e campos de exploração ou produção
tenham repercussão no âmbito fiscal: de petróleo e gás natural em mar e respectivos
consórcios
a) a participação em organização ou associação
constituída para a prática de fraude fiscal es- Desde 1º.04.2018, na inscrição, no Cadastro
truturada, assim entendida aquela decorrente de Contribuintes do ICMS dos blocos e campos de
da implementação de esquema de evasão fis- exploração ou produção de petróleo e gás natural
cal mediante artifícios envolvendo simulação em mar, referidos nos itens 1 e 2 do §1º do art. 1º do
ou dissimulação de atos, negócios ou pes- Anexo XXII do RICMS-SP/2000:
soas, e com potencial de lesividade ao Erário; a) o campo “nome fantasia” deverá conter, além
b) o embaraço à fiscalização, como tal entendida do nome fantasia do contribuinte, o nome do
a falta injustificada de apresentação de livros, bloco ou do campo e o termo “consorciada”,
documentos e arquivos digitais a que estiver caso a atividade de exploração e produção de
obrigado o contribuinte, bem como o não for- petróleo seja exercida por meio de um consór-
necimento ou o fornecimento de informações cio (exemplos: “Gaspetro - BM-S-9 - consor-
incorretas relativamente a mercadorias e servi- ciada” e “Gaspetro - Sapinhoá - consorciada”);
ços, bens, negócios ou atividades, próprias ou b) o campo “referência” deverá ser preenchi-
de terceiros que tenham interesse comum em do com o número do contrato de concessão,
situação que dê origem à obrigação tributária; partilha de produção ou cessão onerosa e
c) a resistência à fiscalização, como tal entendida as coordenadas geográficas do bloco ou do
a restrição ou a negativa de acesso da autori- campo;
dade fiscal ao estabelecimento ou a qualquer c) no campo “endereço”, deverá ser informado o
de suas dependências, ao domicílio fiscal ou a endereço do escritório administrativo localiza-
qualquer outro local onde o contribuinte exer- do neste Estado responsável pelo cumprimen-
ça sua atividade ou onde se encontrem merca- to das obrigações acessórias do estabeleci-
dorias, bens, documentos ou arquivos digitais mento em mar.
de sua posse ou propriedade, relacionados
com situações que deem origem à obrigação Na inscrição no Cadesp do consórcio nos termos
tributária; do inc. I do art. 2º do Anexo XXII do RICMS-SP/2000:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-21


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ICMS - IPI e Outros

a) o campo “nome fantasia” deverá conter o pela Rede Nacional para a Simplificação do Registro
termo “consórcio”, o nome do(s) bloco(s) e da Legalização de Empresas e Negócios (Redesim),
correspondente(s) e o nome fantasia das con- devendo ser utilizados, no processo de inscrição,
sorciadas, acompanhado do percentual de apenas os seguintes eventos:
participação de cada uma delas no consórcio,
1. inscrição de primeiro estabelecimento;
assim como a indicação de qual a empresa
líder (exemplo: “Consórcio BM-S-9: Gaspetro 2. inscrição de demais estabelecimentos;
50% (líder)/Ouro Negro 50%”); 3. inscrição no Estado (para estabelecimento já
b) o campo “referência” deverá ser preenchido inscrito na RFB).
com o número do contrato de concessão, par-
Considerando que se trata de um estabeleci-
tilha de produção ou cessão onerosa e as co- mento virtual, o endereço deverá ser preenchido com
ordenadas geodésicas do(s) bloco(s); as seguintes informações: “Praça da Sé, s/n, CEP:
c) caso o consórcio esteja inscrito no Cadastro 01001-000, São Paulo, SP” e o endereço de corre-
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ), nos ter- spondência deverá ser obrigatoriamente preenchido
mos do inc. III do art. 4º da Instrução Norma- com os dados do contribuinte.
tiva RFB nº 1.863/2018:
c.1) com endereço no Estado de São Paulo, O contribuinte que for detentor de mais de um
deverá ser utilizado o número do CNPJ e site ou plataforma eletrônica poderá ter uma única
o endereço do consórcio; inscrição no Cadesp para cumprir as obrigações
c.2) com endereço em outra Unidade da Fe- tributárias relativas a todas as suas operações com
deração, deverá ser utilizado o número bens e mercadorias digitais destinadas a pessoa
do CNPJ de uma filial da empresa líder domiciliada ou estabelecida neste Estado.
que representará o consórcio, sendo
que, no campo “endereço”, deverá ser O descrito neste subitem se aplica também aos
informado o endereço do escritório ad- sites e plataformas eletrônicas que comercializem
ministrativo localizado neste Estado res- bens e mercadorias digitais isentas ou não tributadas
ponsável pelo cumprimento das obriga- diretamente para os consumidores finais.
ções acessórias do consórcio. (Portaria CAT nº 92/1998, art. 19-C)
(Portaria CAT nº 20/2018)
4. Número de inscrição
3.6 Operações com bens e mercadorias digitais Concedida a inscrição, será atribuído o número a
realizadas por meio de transferência eletrônica ela correspondente, observando-se que esse número
de dados destinadas a consumidor final deverá constar em todos os documentos fiscais que o
domiciliado ou estabelecido no Estado de contribuinte utilizar.
São Paulo
Desde 1º.04.2018, os sites e plataformas ele- O contribuinte, por si ou seus prepostos, sempre
trônicas que realizem a venda ou a disponibilização, que ajustar a realização de operação ou prestação
ainda que por intermédio de pagamento periódico, de com outro contribuinte, fica obrigado a comprovar a
bens e mercadorias digitais mediante transferência sua regularidade perante o Fisco, isto é, que à data
eletrônica de dados, de que trata o inc. IV do art. da operação ou da prestação esteja inscrito na repar-
16 do RICMS-SP/2000, deverão ter uma inscrição tição fiscal competente, se encontre em atividade no
no Cadesp específica para realizar operações com local indicado e possibilite a comprovação da auten-
bens e mercadorias digitais destinadas a pessoa ticidade dos demais dados cadastrais, e, também, a
domiciliada ou estabelecida neste Estado, indepen- exigir o mesmo procedimento da outra parte, quer esta
dentemente da existência de outros estabelecimentos figure como remetente da mercadoria ou prestador do
aqui inscritos. serviço, quer como destinatário ou tomador.
(RICMS-SP/2000, arts. 27 e 28)
O estabelecimento deverá atuar exclusivamente
na comercialização de bens e mercadorias digitais.
5. Código de Atividade Econômica
A inscrição estadual do estabelecimento deverá A atividade econômica do estabelecimento
ser realizada através do “Coletor Nacional” oferecido será identificada por meio de código atribuído em

06-22 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

conformidade com a relação de códigos da Classi- b) relativamente ao quadro societário, quando


ficação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE), a sociedade ou a entidade, que for compos-
aprovada pela Fundação Instituto Brasileiro de Geo- ta por pessoa interposta, assim entendidos os
grafia e Estatística (IBGE), de acordo com a atividade sócios, diretores ou administradores que não
econômica principal do estabelecimento. sejam localizados nos endereços informados
como de sua residência ou domicílio, não dis-
O código de atividade será atribuído na forma ponha de capacidade econômica compatível
prevista pela Secretaria da Fazenda, com base em com as funções a ela atribuídas e seja cons-
declaração do contribuinte, quando: tatada pelo Fisco evidência da qualidade de
pessoa interposta.
a) da inscrição inicial;
(RICMS-SP/2000, art. 30)
b) ocorrerem alterações em sua atividade econô-
mica; 6.1 Alteração de dados
c) exigido pela Secretaria da Fazenda.
A transferência do estabelecimento a qualquer
Na hipótese de ocorrerem alterações na atividade título, a mudança de endereço, a alteração de sócios,
econômica do contribuinte, estas deverão ser efetua- a suspensão ou o encerramento das atividades do
das até o último dia útil do mês subsequente ao da estabelecimento, bem como qualquer outra alteração
ocorrência do fato. dos dados anteriormente declarados:
a) deverão ser comunicadas à Secretaria da Fa-
A Secretaria da Fazenda, sem prejuízo da aplica- zenda, até o último dia útil do mês subsequen-
ção de eventual penalidade (quando prevista), poderá te ao da ocorrência, pelo contribuinte;
alterar de ofício o código de atividade econômica do b) poderão ser promovidas de ofício pela Secre-
estabelecimento quando constatar divergência entre taria da Fazenda, no interesse da administra-
o código declarado e a atividade econômica prepon- ção tributária, nos termos de disciplina estabe-
derante exercida pelo estabelecimento. lecida pela Secretaria da Fazenda.
(RICMS-SP/2000, art. 29)
A transferência de titularidade do estabelecimento
será comunicada tanto pelo transmitente quanto pelo
6. Situação cadastral adquirente.
A inscrição no Cadastro de Contribuintes do ICMS
será nula, a partir da data de sua concessão ou de sua Os dados cadastrais são de exclusiva respon-
sabilidade do declarante, e a inscrição não implicará
alteração, nas situações em que, através de processo
reconhecimento da eficácia do ato nem da existência
administrativo, for constatada a:
legal da pessoa inscrita.
a) simulação de existência do estabelecimento
(RICMS-SP/2000, arts. 25 e 26)
ou da empresa;
b) simulação do quadro societário da empresa;
6.2 Suspensão de atividades e baixa de inscrição
c) inexistência do estabelecimento para o qual foi estadual
concedida a inscrição;
Na hipótese de comunicação de suspensão de
d) indicação incorreta da localização do estabe- atividade ou de solicitação de baixa de inscrição de
lecimento; estabelecimento no Cadastro de Contribuintes do
e) indicação de outros dados cadastrais falsos. ICMS, o contribuinte ficará responsável pela guarda
dos livros e documentos fiscais utilizados pelo prazo
A simulação poderá ser constatada: previsto no artigo 230 do Regulamento do ICMS, e
a) pela existência do estabelecimento ou da em- pelo preenchimento e guarda, pelo referido prazo, da
presa quando a atividade relativa a seu obje- declaração relativa à suspensão ou baixa de inscrição
to social, segundo declaração do contribuinte, no cadastro de contribuintes do ICMS, disponível na
não tiver sido ali efetivamente exercida e não área de download do site da Secretaria da Fazenda.
tiverem ocorrido as operações e as prestações Nota
de serviços declaradas nos respectivos regis- O art. 230, caput, do RICMS-SP/2000, dispõe que os livros fiscais serão
tros contábeis e fiscais; conservados, no mínimo, pelo prazo de 5 anos, contados do seu encerra-

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-23


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

mento, e, quando contiverem escrituração relativa a operações ou presta- Essa disposição aplica-se igualmente à socie-
ções objeto de processo pendente, até a sua decisão definitiva, ainda que
esta seja proferida após aquele prazo. dade em comum de produtor rural, assim considerada
a sociedade que, cumulativamente:
É de responsabilidade do contribuinte, previa-
a) tenha como sócios apenas pessoas naturais;
mente à transmissão do pedido de baixa, cumprir as
obrigações acessórias a que estiver obrigado e provi- b) não seja inscrita no Registro Público de
Empresas Mercantis;
denciar a cessação de uso de equipamento Emissor
de Cupom Fiscal (ECF). c) realize profissionalmente atividade agropecu-
ária, de extração e/ou exploração vegetal ou
Não será deferida a baixa se o contribuinte estiver animal, de pesca ou de armador de pesca.
omisso da apresentação de informações econômico-
As disposições relacionadas à inscrição do
fiscais a que estiver obrigado. produtor rural estão disciplinadas pelos arts. 7º a 10
do Anexo III da Portaria CAT nº 92/1998.
O Fisco poderá exigir a apresentação, antes ou
após o deferimento do pedido de baixa, dos livros e Nos termos do Comunicado CAT nº 45/2008,
documentos fiscais utilizados e em branco. a obtenção do número de inscrição no Cadastro
Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) em razão do
A data da baixa de inscrição no Cadastro de cadastro sincronizado (Sefaz/Receita Federal) não
Contribuinte do ICMS corresponderá: descaracteriza a condição de “pessoa física” do
a) à data de extinção do estabelecimento ou da produtor rural ou da sociedade em comum de produ-
empresa no órgão de registro; tor rural não inscrita no Registro Público de Empresas
Mercantis (Junta Comercial), exceto se exercer a
b) na hipótese de encerramento unicamente das faculdade prevista no art. 971 do Código Civil, cujo
atividades sujeitas ao ICMS, à data declarada dispositivo dispõe que o empresário, cuja atividade
pelo contribuinte. rural constitua sua principal profissão, pode, obser-
vadas as formalidades legais, requerer inscrição no
Na hipótese de o estabelecimento não encerrar
registro público da respectiva sede, caso em que,
suas atividades, prosseguindo com aquelas não
depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os
sujeitas ao ICMS, a solicitação de baixa da inscrição
efeitos, ao empresário sujeito a registro.
no Cadastro de Contribuintes do ICMS, correspon-
dente ao evento “604” no programa “PGD”, não será O produtor rural deverá informar na Nota Fiscal
deferida caso permaneçam, nos atos constitutivos ou de Produtor o número de sua inscrição no CNPJ em
nos dados cadastrais do estabelecimento, informa- campo próprio e, facultativamente, poderá inserir o
ções de que nele são praticadas atividades sujeitas seu número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física
ao ICMS, exceto na hipótese de regime especial que (CPF) ou outro número ou código de seu interesse,
dispense a inscrição de estabelecimento no Cadastro como informação complementar.
de Contribuintes do ICMS.
(RICMS-SP/2000, art. 32; Portaria CAT nº 92/1998, Anexo
(Portaria CAT nº 92/1998, Anexo III, art. 6º) III, arts. 7º a 10; Comunicado CAT nº 45/2008)

7. Produtor rural não equiparado a 8. Substituto tributário - Alterações


comerciante ou industrial cadastrais
O produtor, pessoa natural dedicada à atividade O contribuinte sujeito passivo por substituição
agropecuária, que realize operações de circulação de tributária deverá solicitar alteração de seus dados
mercadorias, deverá inscrever seu estabelecimento cadastrais a fim de informar essa condição ao Fisco,
rural no Cadastro de Contribuintes do ICMS antes do ressalvada a hipótese de enquadramento de ofício
início de suas atividades. realizada pela Secretaria da Fazenda. Essa obriga-
toriedade aplica-se ao contribuinte enquadrado no
Considera-se produtor rural o empresário rural, Regime Periódico de Apuração (RPA) ou sujeito às
pessoa natural, não equiparado a comerciante ou normas do Simples Nacional que seja:
industrial, que realize profissionalmente atividade a) fabricante ou importador de mercadorias cujas
agropecuária, de extração e exploração vegetal ou operações estejam sujeitas à substituição
animal, de pesca ou de armador de pesca. tributária;

06-24 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

b) não varejista e receba mercadorias cujas ope- A Secretaria da Fazenda, visando simplificar
rações estejam sujeitas à substituição tribu- procedimentos, efetuará, de ofício, a alteração de
tária nas hipóteses previstas no inciso III do dados cadastrais dos contribuintes aos quais tenham
art. 264 ou no item 3 do § 6º do art. 426-A, sido atribuídos os códigos da CNAE relacionados no
ambos do Regulamento do ICMS. Anexo Único da Portaria CAT nº 86/2008.
Nota
O inciso III do art. 264 dispõe sobre a não aplicação do regime de subs-
O contribuinte que entender ser indevida a
tituição tributária em caso de mercadoria destinada a outro estabelecimento alteração efetuada de ofício pela Secretaria da
do mesmo titular, desde que não varejista, e o § 6º do art. 426-A especifica
as hipóteses de dispensa do recolhimento antecipado a que se refere o men- Fazenda deverá, por intermédio de seu representante
cionado dispositivo. legal, dirigir-se ao posto fiscal de sua vinculação e
solicitar, mediante justificativa, o restabelecimento
Para a alteração de dados cadastrais, o contri-
de sua situação cadastral anterior, devendo anexar
buinte deverá utilizar o PGD e informar o código de
ao requerimento os arquivos digitais gerados em
evento 613 - “Alteração da Condição de Substituto
conformidade com as disposições da Portaria CAT
Tributário”, e, como data do evento, a data de início da
vigência do regime jurídico da substituição tributária nº 32/1996, relativos às operações praticadas nos 3
nas operações com as mercadorias pelas quais lhe é meses anteriores ao da solicitação.
atribuída a condição de sujeito passivo por substi- (RICMS-SP/2000, art. 264, III, arts. 313-A a 313-Z, art. 426-A,
tuição tributária. § 6º, item 3; Portaria CAT nº 32/1996; Portaria CAT nº 86/2008)

A alteração de dados cadastrais produzirá 9. Penalidades


efeitos desde a data de início da vigência do regime
jurídico da substituição tributária nas operações com Transcrevemos, a seguir, quadro sinótico com
as mercadorias referidas nos arts. 313-A a 313-Z do algumas infrações e respectivas penalidades relacio-
Regulamento do ICMS. nadas ao cadastro de contribuintes.

Infrações Penalidades
a) falta de inscrição no cadastro de contribuintes multa equivalente ao valor de 70 Ufesp por mês de atividade ou
fração, sem prejuízo da aplicação das demais penalidades previstas
b) falta de comunicação de suspensão de atividade do estabeleci- multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
mento
c) falta de comunicação de encerramento de atividade do estabe- multa equivalente a 5% do valor da mercadoria existente em esto-
lecimento que na data da ocorrência do fato não comunicado, nunca inferior
ao valor de 70 Ufesp; inexistindo estoque de mercadoria ou em se
tratando de estabelecimento prestador de serviço - multa no valor
de 70 Ufesp
d) falta de comunicação de mudança de estabelecimento para outro multa equivalente a 3% do valor das mercadorias remetidas do anti-
endereço go para o novo endereço, nunca inferior ao valor correspondente a
70 Ufesp; inexistindo remessa de mercadoria ou em se tratando de
estabelecimento prestador de serviço - multa equivalente ao valor
de 70 Ufesp
e) falta de informação necessária à alteração do código de atividade multa equivalente ao valor de 70 Ufesp; caso dessa omissão resulte
econômica do estabelecimento falta ou atraso no recolhimento do imposto, a multa deve ser equiva-
lente ao valor de 140 Ufesp, sem prejuízo de exigência da correção
monetária incidente sobre o imposto e dos demais acréscimos le-
gais, inclusive multa
f) falta de comunicação de qualquer modificação ocorrida relativa- multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
mente aos dados constantes no formulário de inscrição
g) não prestação de informação solicitada pela fiscalização multa equivalente ao valor de 70 Ufesp
h) falta de indicação ou indicação incorreta, inexata ou incompleta, multa equivalente a 1.000 Ufesp
conforme dispuser o regulamento do imposto, de dados cadastrais
relativos à identificação do contribuinte que realize operações ou
prestações em ambiente virtual

(Lei nº 6.374/1989, art. 85, VI, “a” a “g” e “i”)

N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-25
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a IOB Setorial
Estadual Saliente-se que a legislação exclui do benefício
ao crédito outorgado:
Bebidas - ICMS - Crédito presumido a) as transferências de mercadorias;
na saída de malte para fabricação de b) as saídas em que as mercadorias sejam objeto
cerveja ou chope de posterior retorno, real ou simbólico, ao esta-
belecimento fabricante; e
Com o objetivo de resguardar a competitividade
c) as saídas que, por qualquer motivo, não se su-
da economia paulista diante de políticas tributárias
jeitem à incidência do ICMS.
implementadas por outros Estados, por meio de
incentivo à aquisição de cevada cervejeira produzida A fruição do benefício fiscal condiciona-se a que
no Estado de São Paulo, a legislação concede ao a importação de matéria-prima para a produção de
estabelecimento fabricante de malte para fabrica- malte seja realizada diretamente pelo estabelecimento
ção de cerveja ou chope, classificado nos códigos industrializador e que o desembarque e desembaraço
1107.10.10 ou 1107.20.10 da Nomenclatura Brasileira ocorram em território paulista.
de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH), o
benefício do crédito outorgado do ICMS. Sem prejuízo do crédito presumido referido, o
estabelecimento fabricante de malte poderá se cre-
Assim, na saída de malte destinado à fermentação ditar de importância equivalente à aplicação de 12%
alcoólica em indústria de cerveja ou chope, promovida sobre o valor das aquisições de cevada cervejeira
pelo estabelecimento fabricante, este é autorizado a produzida no Estado de São Paulo e utilizada na sua
creditar-se de importância equivalente à aplicação produção de malte.
dos seguintes percentuais:
a) 6,5%, sobre o valor de sua saída interna; e (RICMS-SP/2000, Anexo III, art. 15)

b) 2,9%, sobre o valor de sua saída interestadual. N

a IOB Comenta
Federal operações subsequentes estão disciplinados pelo
Convênio ICMS nº 142/2018.
ICMS - Substituição tributária - Base O regime de substituição tributária de que trata o
de cálculo - Considerações gerais mencionado Convênio também se aplica ao imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna da
O regime de substituição tributária e o de anteci- Unidade da Federação (UF) de destino e a alíquota
pação de recolhimento do ICMS com encerramento interestadual incidente sobre as operações interesta-
de tributação relativos ao imposto devido pelas duais com bens e mercadorias destinados a uso, con-

06-26 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

sumo ou ativo imobilizado do destinatário contribuinte dos valores de frete, seguro e outros encargos serem
do imposto. desconhecidos pelo substituto tributário.

Outro aspecto a salientar é que as referências Tratando-se de operação interestadual com bens
feitas ao regime de substituição tributária também se e mercadorias submetidos ao regime de substituição
aplicam ao regime de antecipação do recolhimento tributária, destinados a uso, consumo ou ativo imobi-
do ICMS com encerramento de tributação. lizado do adquirente, a base de cálculo do imposto
devido será o valor da operação interestadual adicio-
Note-se, ainda, que a adoção do regime de substi- nado do imposto correspondente à diferença entre a
tuição tributária nas operações interestaduais dependerá alíquota interna a consumidor final estabelecida na UF
de acordo específico celebrado pelas UF interessadas. de destino para o bem ou a mercadoria e a alíquota
interestadual.
No que se refere à base de cálculo do ICMS-
-Substituição Tributária (ICMS-ST), deverão ser O imposto a recolher por substituição tributária
consideradas algumas regras específicas que disci- será, em relação às operações subsequentes, o valor
plinam o respectivo cálculo. da diferença entre o imposto calculado mediante apli-
cação da alíquota estabelecida para as operações
Desse modo, a base de cálculo para fins de internas na UF de destino sobre a base de cálculo
substituição tributária em relação às operações definida para a substituição e o devido pela operação
subsequentes será o valor correspondente ao preço própria do contribuinte remetente.
final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão
público competente, nos termos do § 2º do art. 8º da Na hipótese em que o remetente for optante
Lei Complementar nº 87/1996. pelo Simples Nacional, deverá ser deduzido, a título
de ICMS da operação própria, o resultado da apli-
Na falta desse preço, a base de cálculo corres- cação da alíquota interestadual estabelecida pelo
ponderá, conforme definido pela legislação da UF de Senado Federal, nos termos do § 5º do art. 13 da Lei
destino, ao: Complementar nº 123/2006.
a) preço médio ponderado a consumidor final
(PMPF); Esse dispositivo estabelece que a diferença entre
a alíquota interna e a interestadual, nas hipóteses a
b) preço final a consumidor sugerido pelo fabri-
seguir especificadas, será calculada tomando-se
cante ou importador; e
por base as alíquotas aplicáveis às pessoas jurídicas
c) preço praticado pelo remetente acrescido dos não optantes pelo Simples Nacional. Ou seja, o ICMS
valores correspondentes a frete, seguro, im- devido:
postos, contribuições e outros encargos trans-
feríveis ou cobrados do destinatário, adiciona- a) nas operações com bens ou mercadorias su-
do da parcela resultante da aplicação sobre jeitas ao regime de antecipação do recolhi-
o referido montante do percentual de margem mento do imposto, nas aquisições em outros
de valor agregado (MVA) estabelecido na UF Estados e no Distrito Federal:
de destino ou prevista em convênio ou proto- a.1) com encerramento da tributação;
colo, para a mercadoria submetida ao regime a.2) sem encerramento da tributação, hipó-
de substituição tributária. tese em que será cobrada a diferença
Quando o remetente for contribuinte optante pelo entre a alíquota interna e a interestadual,
Simples Nacional, será aplicada a MVA prevista para sendo vedada a agregação de qualquer
as operações internas na legislação da UF de destino valor; e
ou em convênio ou protocolo. b) nas aquisições em outros Estados e no Distrito
Federal de bens ou mercadorias, não sujeitas
Na impossibilidade de inclusão do valor do frete, ao regime de antecipação do recolhimento do
seguro ou outro encargo na composição da base de imposto, relativo à diferença entre a alíquota
cálculo, o recolhimento do imposto correspondente a interna e a interestadual.
essas parcelas será efetuado pelo estabelecimento
(Lei Complementar nº 87/1996, art. 8º, § 2º; Lei Comple-
destinatário, acrescido dos percentuais de MVA. mentar nº 123/2006, art. 13, § 5º; Convênio ICMS nº 142/2018,
cláusulas primeira, segunda e décima a décima terceira)
Essa regra não se aplica, entretanto, quando a UF
de destino estabelecer MVA específica, na hipótese N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-27
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas


IPI ICMS/SP
Devolução - Entrega de mercadoria a destinatário NF-e - Cancelamento da Nota Fiscal Eletrônica
diverso - Possibilidade
3) O pedido de cancelamento da Nota Fiscal Ele-
1) Os produtos que, por qualquer motivo, não fo- trônica (NF-e) após 24 horas contadas da concessão
rem entregues ao destinatário podem ser enviados a da autorização de uso sujeita o contribuinte paulista a
terceiro diverso do que consta na nota fiscal? penalidades?
Sim. Desde que o remetente emita nota fiscal Sim. O pedido de cancelamento da NF-e após o
de entrada simbólica do produto para creditar-se do prazo de 24 horas e até 480 horas contadas da con-
imposto, com indicação do número e da data da emis- cessão da autorização de uso sujeita o emitente às
são da nota fiscal originária e do valor do imposto nela seguintes penalidades:
destacado, a qual será escriturada nos livros Registro
de Entradas e Registro de Controle da Produção e do a) falta de solicitação de cancelamento de do-
Estoque ou em sistema equivalente. cumento fiscal eletrônico, quando exigido pela
legislação, ou solicitação de cancelamento
Deve ser emitida nota fiscal com destaque do desses documentos após transcurso do pra-
imposto em nome do novo destinatário e com citação zo regulamentar - multa equivalente a 10% do
do local de onde os produtos devem sair. valor da operação ou prestação constante do
documento, nunca inferior a 15 Ufesp, por do-
cumento ou impresso;
Ressaltamos que o contribuinte deve observar
a legislação do ICMS dos Estados envolvidos sobre b) solicitação após transcurso do prazo regu-
a permissão para realização dessa operação, bem lamentar, multa equivalente a 1% do valor
como os respectivos procedimentos. da operação ou prestação constante do do-
cumento, nunca inferior a 6 Ufesp, por do-
(RIPI/2010, art. 235) cumento ou impresso.

Ressalte-se que o cancelamento somente poderá


Incentivos fiscais - Retaero - EFD-ICMS/IPI -
ser solicitado se não tiver ocorrido a operação de
Obrigatoriedade
circulação de mercadoria, e que à solicitação de can-
celamento fora do prazo regulamentar não se aplica o
2) As pessoas jurídicas que pretendam habilitar-se
instituto da denúncia espontânea.
ao Regime Especial para a Indústria Aeronáutica Bra-
sileira (Retaero) estão obrigadas à Escrituração Fiscal (RICMS-SP/2000, art. 527, IV, “z1”; Portaria CAT nº 162/2008,
Digital - ICMS/IPI (EFD-ICMS/IPI)? art. 18, I, “b” e § 2º; Decisão Normativa CAT nº 5/2019)

Sim. A habilitação ao Retaero somente será con-


cedida à pessoa jurídica que comprovar a entrega de Substituição tributária - Fumos e sucedâneos -
EFD-ICMS/IPI, nos termos do disposto no Ajuste Sinief Margem de lucro
nº 2/2009.
4) Qual o percentual de margem de lucro (valor
(Ajuste Sinief nº 2/2009; Instrução Normativa RFB agregado) a ser aplicado nas operações internas com
nº 1.186/2011, art. 5º, § 6º) cigarros (fumos e seus sucedâneos)?

06-28 SP Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

Quanto aos produtos com preço final a consu- Substituição tributária - Produtos de perfumaria -
midor sugerido pelo fabricante ou importador, esse Relação de produtos
valor será utilizado como base de cálculo do ICMS 5) Quais são os produtos de perfumaria que estão
retido. sujeitos ao regime de substituição tributária nas opera-
ções internas?
Caso não seja fixado valor pelo fabricante ou Os produtos de Perfumaria sujeitos ao regime de
importador, o percentual de margem de lucro (valor substituição tributária nas operações internas estão
agregado) fixado pela legislação é de 50%. relacionados no Anexo XI da Portaria CAT nº 68/2019.
(RICMS-SP/2000, art. 313-E; Portaria CAT nº 68/2019, Anexo XI)
(RICMS-SP/2000, arts. 41 e 43; Portaria CAT nº 68/2019,
Anexo I; Portaria CAT nº 70/2019) ◙

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Fev/2020 - Fascículo 06 SP06-29

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