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Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 34/2014
Rio de Janeiro
// IOB Comenta
Federal
IPI - Sucessão - Possibilidade de transferência de incentivos ou be-
nefícios fiscais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Capa:
Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE
ISBN 978-85-379-2224-8
14-07997 CDU-34:336.223(81)
Índices para catálogo sistemático:
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito
tributário 34:336.223(81)
2. Brasil : Imposto sobre Produtos
Industrializados : IPI : Direito tributário
34:336.223(81)
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Boletim j
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a Federal
IPI 2. Suspensão do IPI
Poderão sair com suspensão do IPI os produtos
Transferência - Tratamento fiscal remetidos, para industrialização ou comércio, de um
SUMÁRIO para outro estabelecimento industrial ou equiparado a
1. Introdução industrial da mesma empresa.
2. Suspensão do IPI
3. Transferência para filial atacadista Note-se que a previsão da suspensão do lança-
4. Transferência para filial varejista mento do imposto é uma faculdade atribuída ao con-
5. Seção de varejo tribuinte, cabendo a este decidir sobre a conveniência
6. Determinação do preço corrente no mercado ou não de sua aplicação.
atacadista da praça do remetente
7. Média ponderada (RIPI/2010, art. 43, X)
8. Impossibilidade de determinação do preço corrente
inferior a 90% do preço de venda a consumidor nem A obrigação de lançar o tributo (sobre o valor total
inferior ao preço corrente do produto no mercado da operação), no caso sob análise, surge no momento
atacadista da praça do remetente. da realização da venda (saída da seção de varejo).
4.3 Venda por preço superior Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Vejamos, a seguir, o entendimento firmado pela Sob esse aspecto, o Ato Declaratório Normativo
Coordenação do Sistema de Tributação (CST) quanto CST nº 5/1982 finaliza afirmando que “do produto
à determinação do preço corrente do produto no assim caracterizado, para efeito de cálculo da média
mercado atacadista da praça do remetente. ponderada de que trata o § 5º do art. 46 do RIPI
de1979, que determinará o valor tributável mínimo
Para o referido órgão, “quando a determinação a que alude o art. 46, I, do mesmo Regulamento,
do valor tributável para efeito de cálculo do IPI for deverão ser consideradas as vendas efetuadas pelos
efetuada por meio de preços praticados no mercado remetentes e pelos interdependentes do remetente,
atacadista da praça do remetente, será considerado o no atacado, na mesma localidade, excluídos os valo-
universo das vendas realizadas naquela localidade”. res de frete e IPI”.
Mencionado entendimento consta do Parecer (RIPI/2010, art. 190, § 1º, art. 195, I e II, art. 196 e art. 413,
Normativo CST nº 44/1981, em cujos itens 6 e 7 foram IV, “b”; Parecer Normativo CST nº 44/1981; Ato Declaratório
consignadas as seguintes afirmativas: Normativo CST nº 5/1982)
a Estadual
ICMS O tratamento fiscal a ser obedecido pelos contribuin-
tes estabelecidos em todas as Unidades da Federação
foi instituído por meio do Ajuste Sinief nº 2/1993. No
Consignação mercantil Estado do Rio de Janeiro, será observado no que couber
SUMÁRIO as disposições do Livro VI do RICMS/RJ e as disposições
1. Introdução
2. Conceito da Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII.
3. Terminologia adotada
4. Procedimentos fiscais relativos às saídas em Veremos, neste texto, os procedimentos a serem
consignação observados na operação de remessa de mercadoria
5. Venda da mercadoria em consignação e na venda realizada.
6. Devolução
7. Reajuste de preço
8. Operação com mercadoria sujeita à substituição
2. Conceito
tributária Consignação mercantil é a operação em que
9. Operações com veículos usados
uma pessoa (consignante) envia mercadorias a outra
10. Infrações e penalidades
11. Posicionamento do Fisco (consignatário) para venda por preço e condições
12. Modelo de documento fiscal preestabelecidos.
ou seja, é o estabelecimento que recebe a 5.1 Venda efetuada pelo consignatário a terceiros
mercadoria (sem nenhum ônus) com o propó- Ocorrendo a venda da mercadoria recebida a
sito de venda. título de consignação mercantil, o estabelecimento
consignatário emitirá documento fiscal com a natu-
4. Procedimentos fiscais relativos às
reza da operação “Venda de mercadoria recebida em
saídas em consignação
consignação”, utilizando o CFOP 5.115, na operação
Neste item, abordamos os procedimentos adota- interna, ou 6.115, na operação interestadual.
dos pelo consignante e pelo consignatário, respectiva-
(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 57,
mente, na remessa e no recebimento de mercadorias I, “a”)
em consignação mercantil.
5.2 Venda efetuada pelo consignante ao
4.1 Remessa da mercadoria pelo estabelecimento consignatário
consignante Nessa operação, o consignante deverá emitir
Ao ajustar uma operação de consignação mer- documento fiscal, sem destaque do ICMS, com as
cantil e antes de realizar a remessa da mercadoria, seguintes indicações:
o estabelecimento consignante emitirá, em nome do a) natureza da operação: “Venda”;
consignatário, nota fiscal que, além dos demais requi-
b) CFOP: 5.113/6.113 ou 5.114/6.114, conforme o caso;
sitos previstos no Regulamento do ICMS, conterá:
c) valor da operação: correspondente ao preço
a) a natureza da operação: “Remessa em con- da mercadoria efetivamente vendida, nele in-
signação mercantil”; cluído, quando for o caso, o valor relativo ao
b) o Código Fiscal de Operações e de Presta- reajustamento de preço;
ções (CFOP): 5.917 ou 6.917, conforme a ope- d) no campo “Dados Adicionais”: a expressão
ração, se interna ou interestadual; “Simples faturamento de mercadoria em con-
c) o destaque do ICMS e do IPI, quando devidos. signação - NF nº ..., de .../.../... [e, se for o
(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 55, I, caso] reajuste de preço - NF nº ..., de .../.../...”.
“a” e “b”)
(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 57, II,
“a”, itens 1, 2, 3 e 4)
4.2 Escrituração fiscal
A nota fiscal de remessa em consignação será 5.3 Escrituração fiscal das notas fiscais de venda
escriturada pelo consignante no livro Registro de Saídas, emitida pelo consignante
modelo 2 ou 2-A, utilizando-se todas as colunas neces-
sárias, inclusive a de débito de ICMS e IPI, se incidentes, 5.3.1 Lançamento do consignante
ou as disposições da Escrituração Fiscal Digital (EFD) O consignante lançará, no livro Registro de Saídas,
(RICMS-RJ/2000, Livro VI, Anexo II, art. 2º, e Anexo III) a nota fiscal citada no subitem 5.2, preenchendo os
campos relativos a espécie, série e subsérie, número
4.3 Recebimento da mercadoria pelo e data do documento fiscal e o de identificação do
estabelecimento consignatário emitente, anotando-se, no registro destinado a do-
Quando ocorrer a efetiva entrada da mercadoria no cumento fiscal referenciado, o número, a série e a
estabelecimento do consignatário, este deverá registrar a data do documento fiscal por ele emitido por ocasião
nota fiscal emitida pelo consignante (na forma do subitem da remessa da mercadoria em consignação.
4.1 deste texto) no livro Registro de Entradas, creditando- (Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 57,
-se do imposto destacado, quando permitido, com a uti- II, “b”)
lização do CFOP 1.917 ou 2.917 (entrada de mercadoria 5.3.2 Lançamento do consignatário
recebida em consignação mercantil), conforme o caso.
A nota fiscal de faturamento emitida pelo consig-
(Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 55, II)
nante deverá ser escriturada pelo consignatário, no
5. Venda da mercadoria livro Registro de Entrada, preenchendo os campos
relativos a espécie, série e subsérie, número e data
Na operação de consignação mercantil existem do documento fiscal e o de identificação do emitente,
duas vendas: a efetuada pelo consignatário; e a do anotando-se, no registro destinado a documento fiscal
estabelecimento consignante, para formalizar a ope- referenciado, o número, a série e a data do documento
ração de venda da mercadoria remetida. fiscal emitido quando da remessa em consignação.
Veremos, a seguir, os procedimentos fiscais espe- (Resolução Sefaz nº 720/2014, Parte II, Anexo XIII, art. 57,
cíficos de cada uma. I, “c”)
b.2) Certificado de Registro e Licenciamento e.2) CRLV, com autorização para transferên-
do Veículo (CRLV), com autorização para cia do veículo;
transferência do veículo; e.3) contrato formal referente ao recebimento
b.3) contrato formal referente ao recebimen- do veículo em consignação, se for o caso.
to do veículo em consignação, se for o (RICMS-RJ/2000, Livro XIII, arts. 16 e 17)
caso.
Na nota fiscal emitida para acobertar a entrada do 10. Infrações e penalidades
veículo, a circunstância de consignação deverá ser O descumprimento de obrigações tributárias,
mencionada expressamente. principal ou acessórias, instituídas pela legislação do
(RICMS-RJ/2000, Livro XIII, art. 14) ICMS sujeita o infrator às penalidades relacionadas
nos arts. 60 a 66 da Lei nº 2.657/1996.
9.1 Dedução na base de cálculo
É importante, ainda, que o contribuinte conheça
Em se tratando de veículo recebido em consigna- as regras gerais para aplicação das penalidades
ção, será deduzido do valor da operação, para efeito abordadas nos arts. 67 a 67-D da referida Lei e a pos-
de base de cálculo do ICMS, o valor da comissão, sibilidade de se excluir da responsabilidade por infra-
quando paga ao consignatário diretamente pelo comi- ções por meio da denúncia espontânea da infração,
tente (proprietário-vendedor do veículo). antes de qualquer procedimento fiscal, desde que
(RICMS-RJ/2000, Livro XIII, art. 15) seja pago o tributo devido, com seu valor atualizado
monetariamente e os acréscimos moratórios.
9.2 Não inclusão na base de cálculo (Lei nº 2.657/1996, arts. 60 a 68)
Caso a comissão seja cobrada pelo consignatário
diretamente do comprador, a importância corres- 11. Posicionamento do Fisco
pondente não será incluída na formação da base de
cálculo do ICMS. O Estado do Rio de Janeiro não publica as con-
sultas de contribuintes, porém disponibiliza, no site da
O consignatário zelará pela guarda do recibo Sefaz/RJ, perguntas e respostas, denominadas como
referente à comissão auferida, para exibição à fiscali- “Dúvidas da Semana”.
zação, sempre que solicitado.
(RICMS-RJ/2000, Livro XIII, art. 15, §§ 1º e 2º)
Sobre esta matéria, foram divulgadas algumas
dúvidas transcritas a seguir, com a respectiva semana
de disponibilização.
9.3 Arbitramento do valor da operação
A exposição para venda de veículo automotor 03/06 a 07/06/02
usado implica a exigência antecipada do ICMS rela- CONSIGNAÇÃO - EXPORTAÇÃO - P. Quais os procedi-
tivo à negociação subsequente do veículo, mediante mentos na emissão de documentos fiscais em operação de
consignação mercantil para exportação, em que produto
arbitramento do valor da operação, sem prejuízo da será depositado em armazém alfandegado no exterior?
imposição das penalidades cabíveis, nas seguintes Qual o CFOP? Há isenção ou não-incidência em relação
situações: ao ICMS e IPI?
a) exposição em local ou estabelecimento não R.: O procedimento para remessa em consignação mer-
cantil, inclusive para o exterior, é o previsto no artigo 177,
inscrito no CADERJ; do Livro VI, do Regulamento do ICMS, aprovado pelo
b) exposição por quem não se encontre regular- Decreto nº 27427, de 17 de novembro de 2000.
mente estabelecido para o exercício do co- O CFOP referente a saída da mercadoria para o exterior
mércio nesse ramo; é 7.99 e o CFOP referente ao retorno da mercadoria do
c) exposição de veículo adquirido cuja entrada exterior é 3.99.
não esteja regularmente escriturada no livro De acordo com o inciso II, do artigo 40, da Lei nº 2657,
Registro de Entradas; de 26 de dezembro de 1996, o imposto não incide sobre
operação e prestação que destine ao exterior mercadoria
d) exposição de veículo sem autorização para ou serviço. No tocante ao IPI o interessado deve consultar
transferência de sua propriedade; o órgão próprio da Secretaria da Receita Federal.
e) falta de exibição imediata à fiscalização dos De acordo com a alínea “c”, da cláusula primeira do Con-
seguintes documentos: vênio ICMS 18/95, de 04 de abril de 1995, fica isenta do
ICMS a entrada de mercadoria, proveniente do exterior,
e.1) nota fiscal, emitida por ocasião da entra- que tenha sido remetida a título de consignação mercantil,
da do veículo, e talonários em uso; e não comercializada.
deverá reter o imposto devido por substituição tributária. Caso a) emitir Nota Fiscal para o varejista contendo, além dos
a venda não seja efetivada, observar-se-ão as normas de demais requisitos exigidos pela legislação:
devolução previstas no artigo 35, do Livro II, do RICMS/00.
•natureza da operação: “remessa em consignação”;
19/05 a 23/05/03 •destaque do ICMS e IPI (se houver) relativos à operação
própria;
CONSIGNAÇÃO MERCANTIL - SUBSTITUIÇÃO TRIBU-
TÁRIA - RETENÇÃO - P. No caso de remessa em consig- •indicação nos campos próprios do valor que serviu de
nação de mercadoria sujeita ao regime de substituição base de cálculo da retenção e o imposto retido por substi-
tributária, a retenção do ICMS deve ser feita no momento tuição tributária.
da remessa em consignação ou do faturamento? b) escriturar essa Nota Fiscal no livro Registro de Saídas de
R.: A retenção será feita no momento da remessa em con- acordo com o inciso II, do artigo 22, do Livro II, do Regula-
signação de mercadoria sujeita ao regime de substituição mento do ICMS, aprovado pelo Decreto nº 27427, de 17 de
tributária, devendo o consignante: novembro de 2000 (RICMS/00).
N
34-10 RJ Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Setorial
Estadual Observa-se que a empresa beneficiária do
diferimento na importação fica obrigada a importar
e desembaraçar a totalidade das mercadorias
Óptico - ICMS - Tratamento tributário adquiridas do exterior pelos portos e aeroportos
especial para estabelecimento fluminenses.
industrial ou importador
O contribuinte localizado no Estado do Rio de
O estabelecimento industrial ou importador de Janeiro que desejar usufruir desse tratamento tribu-
instrumentos, materiais e artefatos ópticos, incluindo tário deverá observar o descrito a seguir:
suas peças e acessórios, cuja sede esteja locali-
zada no Estado do Rio de Janeiro, pode usufruir do a) para empresa constituída a partir de
regime especial de benefícios fiscais de acordo com 30.10.2004, deve manifestar expressamente a
as normas e condições estabelecidas Decreto nº opção pelo regime tributário especial, no pra-
36.448/2004. zo de 30 dias a contar do início de suas ati-
vidades, por meio de petição protocolada no
O benefício fiscal concedido consiste em: órgão fazendário de sua circunscrição, acom-
panhada dos seguintes documentos:
a) redução de base de cálculo, na operação in-
terna de saída, de tal forma que a incidência a.1) contrato social registrado na Junta Comer-
do imposto resulte no percentual de 13%, sen- cial do Estado do Rio de Janeiro (Jucerja);
do que 1% será destinado ao Fundo Estadual a.2) compromisso de recolher ao Estado do
de Combate à Pobreza e às Desigualdades Rio de Janeiro um somatório anual do
Sociais (FECP); ICMS, expresso em Ufir-RJ, de valor igual
b) inexigibilidade de estorno de crédito relati- ou superior ao montante pago nos 12
vo à entrada de mercadoria, cuja operação meses imediatamente anteriores ao mês
de saída esteja beneficiada com redução de de início do gozo do benefício;
base de cálculo; b) para empresa constituída anteriormente à
c) diferimento, nas seguintes operações: 30.10.2014, deve submeter carta consulta à
c.1) importação de máquinas, equipamentos, Companhia de Desenvolvimento Industrial do
peças, parte e acessórios destinados a Estado do Rio de Janeiro (Codin), conforme
compor o ativo fixo das empresas; modelo a ser fornecido pela Codin, instruída
com os seguintes documentos:
c.2) aquisição interna de máquinas, equipa-
mentos, peças, parte e acessórios desti- b.1) Certidão de Regularidade Fiscal com a
nados a compor o ativo fixo das empresas; Fazenda Estadual, inclusive quanto aos
c.3) importação de insumos destinados ao parcelamentos em curso;
processamento industrial da adquirente b.2) Certidão Negativa de Débitos Inscritos em
ou para revenda. Dívida Ativa do Estado do Rio de Janeiro;
O imposto diferido na importação e na aquisição b.3) Licença de Operação (LO) e/ou de Insta-
interna de máquinas, equipamentos, peças, parte e lação (LI), se for o caso.
acessórios será de responsabilidade do adquirente
e deverá ser recolhido no momento da alienação ou O encerramento da vigência desse tratamento
eventual saída dos respectivos bens, tomando-se tributário especial estava previsto para 31.12.2014,
como base de cálculo o valor da alienação. O imposto no entanto foi prorrogado para 31.12.2024 por meio
diferido na importação de insumos será pago englo- do Decreto nº 44.884/2014.
badamente com o devido pela saída realizada pela
(Decreto nº 36.448/2004; Decreto nº 44.884/2014; Resolu-
empresa, conforme a alíquota de destino. Em ambos ção SER nº 350/2006)
os casos não se aplica o disposto no RICMS-RJ/2000,
Livro I, art. 39. N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Ago/2014 - Fascículo 34 RJ34-11
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a IOB Comenta
Federal da empresa incorporada nas mesmas Unidades da
Federação previstas nos atos de concessão dos refe-
IPI - Sucessão - Possibilidade de ridos incentivos ou benefícios e os níveis de produção
transferência de incentivos ou e emprego existentes no ano imediatamente anterior
ao da incorporação ou na data desta, o que for maior.
benefícios fiscais
Na hipótese do crédito presumido do IPI, de que
Os incentivos e benefícios fiscais concedidos por trata o art. 135 do RIPI/2010, é vedada a alteração do
prazo certo e em função de determinadas condições benefício inicialmente concedido a empresas montado-
à pessoa jurídica que vier a ser incorporada poderão ras e fabricantes para a produção de veículos automo-
ser transferidos, por sucessão, à pessoa jurídica tores terrestres de passageiros e de uso misto de duas
incorporadora, mediante requerimento desta, desde rodas ou mais e jipes, bem como de tratores, máquinas
que observados os limites e as condições fixados na rodoviárias e de escavação e empilhadeiras, para os
legislação que institui o incentivo ou o benefício, em produtos relacionados nos incisos VI a VIII do § 1º do
especial quanto aos aspectos vinculados: citado dispositivo (e vice-versa) a seguir enumerados:
a) ao tipo de atividade e de produto; a) carroçarias para veículos automotores em geral;
b) à localização geográfica do empreendimento; b) reboques e semirreboques utilizados para o
c) ao período de fruição; e transporte de mercadorias; e
d) às condições de concessão ou habilitação. c) partes, peças, componentes, conjuntos e sub-
É importante destacar que, nos termos do art. conjuntos - acabados e semiacabados - e pneu-
1.116 do Código Civil (Lei nº 10.406/2002), na incor- máticos, destinados aos produtos relacionados
poração uma ou várias sociedades são absorvidas nos incisos I a VIII do § 1º do art. 135 do RIPI/2010.
por outra, que lhes sucede em todos os direitos e Note-se, ainda, que nos termos do art. 11-A da Lei nº
obrigações, devendo todas aprová-la, na forma esta- 9.440/1997, acrescentado pela Lei nº 12.218/2010, é con-
belecida para os respectivos tipos societários. cedido crédito presumido do IPI, no período de 1º.01.2011
A transferência dos incentivos ou benefícios a 31.12.2015, às empresas instaladas ou que venham a
poderá ser concedida após o prazo original para se instalar nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste
habilitação, desde que dentro do período fixado para do País, e que sejam montadoras e fabricantes dos veí-
a sua fruição. culos, partes, peças e componentes, especificados no §
1º do art. 1º da referida Lei, observada a periodicidade
Na hipótese de alteração posterior dos limites e e os multiplicadores inseridos nos diversos incisos do
condições fixados na legislação que institui o incen- referido art. 11-A do diploma legal em referência.
tivo ou o benefício, prevalecerão aqueles vigentes à (Código Civil - Lei nº 10.406/2002, art. 1.116; Lei nº
época da incorporação. 9.440/1997, arts. 1º, § 1º, e 11-A; Lei nº 12.218/2010; RIPI/2010,
arts. 135, § 1º, e 176)
A pessoa jurídica incorporadora fica obrigada,
ainda, a manter, no mínimo, os estabelecimentos N
mulado para habilitação de pessoa jurídica re- ocasião da aquisição e da revenda do produto, e da
ferida no inciso II do parágrafo único do art. 4º margem de lucro normal nas operações de revenda.
da Instrução Normativa RFB nº 1.415/2013;
(RIPI/2010, art. 195, caput, III, § 2º)
c) prévia adesão ao Domicílio Tributário Eletrôni-
co (DTE), nos termos da Instrução Normativa
SRF nº 664/2006; ICMS/RJ
d) apresentação do requerimento de habilitação,
conforme modelo constante do Anexo II à Ins- Crédito básico - Escrituração em atraso
trução Normativa referida na letra “b”; 3) O contribuinte pode creditar-se do ICMS desta-
e) regularidade fiscal da matriz da pessoa jurídi- cado em documento fiscal que está sendo escriturado
ca quanto aos tributos administrados pela Se- em atraso?
cretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e à
O contribuinte do imposto somente poderá
Dívida Ativa da União administrada pela Procu-
creditar-se do ICMS destacado no documento fiscal
radoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); e
escriturado fora do prazo, mediante requerimento à
f) regularidade do recolhimento ao Fundo de Ga- repartição fiscal a de sua circunscrição.
rantia do Tempo de Serviço (FGTS).
O pedido deverá ser apresentado com:
O requisito indicado na letra “e” será compro-
vado mediante consulta, nos sistemas da RFB, pela a) identificação completa do requerente e habili-
autoridade administrativa responsável pela análise tação do signatário para postular em nome da
do pedido de habilitação, da existência de Certidão empresa;
Negativa de Débitos (CND) ou de Certidão Positiva b) comprovante do recolhimento da Taxa de Ser-
de Débito com Efeitos de Negativa (CPD-EN) válida, viços Estaduais referente ao pedido de apro-
nos termos do parágrafo único do art. 18 da Lei nº veitamento de crédito a destempo, prevista na
12.844/2013. tabela a que se refere o art. 107 do Decreto-lei
nº 5/1975;
O requisito mencionado na letra “f” será compro- c) cópia dos documentos fiscais relativos a opera-
vado mediante consulta, pela autoridade administra- ção ou prestação que gere o direito ao crédito;
tiva responsável pela análise do pedido de habilitação,
d) indicação do período de apuração em que o
ao sistema da Caixa Econômica Federal.
crédito deveria ter sido aproveitado.
(Resolução SEF nº 6.346/2001, arts. 1º e 2º; RICMS-
A habilitação ao Repetro é dispensada para a -RJ/2000, Livro I, art. 30, § 4º)
fabricante ou a empresa comercial exportadora refe-
rida no caput do art. 10 da Instrução Normativa RFB
nº 1.415/2013. Crédito básico - Estorno
4) Deverá ser estornado o crédito quando a mer-
(Lei nº 12.844/2013, art. 18, parágrafo único; Instru-
ção Normativa SRF nº 664/2006; Instrução Normativa RFB nº cadoria entrada no estabelecimento for objeto de saída
1.415/2013, art. 4º, parágrafo único, II, e art. 6º) não tributada ou isenta?
Sim. O contribuinte efetuará o estorno do cré-
Revendedor autônomo - Preço de revenda - Critério dito sempre que o serviço tomado ou a mercadoria
2) Qual é o valor do preço de revenda de mercado- entrada no seu estabelecimento for objeto de saída ou
ria industrializada pelo revendedor autônomo quando prestação de serviço não tributada ou isenta, sendo
adquirida do estabelecimento industrial? esta circunstância imprevisível na data de entrada da
mercadoria ou da utilização do serviço.
Caso o revendedor autônomo, ambulante ou não,
adquira mercadoria do estabelecimento industrial, Ressalva-se que o contribuinte poderá manter o
ou a ele equiparado, que tenha aplicado na saída o crédito caso a norma que haja concedido o benefício
disposto no art. 195, III, do Regulamento do Imposto expressamente autorize a manutenção do crédito do
sobre Produtos Industrializados (RIPI), o preço de imposto.
revenda do produto não poderá ser superior ao de
aquisição, acrescido dos tributos incidentes por (RICMS-RJ/2000, Livro I, art. 37, I)