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Boletim j

Manual de Procedimentos
Imposto de Renda
e Legislação Societária
Fascículo No 05/2020

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Aviso Importante
Este fascículo contém folha extra do Calendário Mensal de Obrigações e Veja nos Próximos
Tabelas Práticas IOB referente ao mês de Janeiro/2020.
Fascículos

// Tributos e Contribuições Federais a CSL/Cofins/PIS-Pasep -


IRRF
Comprovante Anual de
Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a
Renda Retido na Fonte e Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Retenção de CSL, Cofins e
Serviços Médicos e de Saúde. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 PIS-Pasep

//
a IRPF e Fonte - Desconto do
S/A imposto sobre rendimentos
Livros sociais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 pagos a pessoas físicas no

// IOB Comenta
ano-calendário de 2020
a IRRF - Comprovante Anual
IRPJ/CSL/Contabilidade de Rendimentos Pagos ou
Tratamento fiscal e contábil das demolições de bens do Ativo Imobi- Creditados a Pessoa Jurídica
lizado. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09 e de Retenção do Imposto de

// IOB Perguntas e Respostas


Renda na Fonte

Dmed
Apresentação em atraso ou com omissões e incorreções - Penalida-
des. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
Clínicas de vacinação imunização humanas - Obrigatoriedade de
apresentação - Hipótese . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Dirf
Cofins/PIS-Pasep - Retenções na fonte sobre aquisição de autopeças
- Informação na declaração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
CSL/Cofins/PIS-Pasep - Retenções na fonte sobre pagamentos efetu-
ados por pessoas jurídicas a outras pessoas jurídicas - Informação na
declaração. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Rendimentos não sujeitos à retenção do IRRF - Informação na decla-
ração . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
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Capa:
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Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial SAGE | IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

Imposto de renda e legislação societária : IRRF :


comprovante eletrônico de rendimentos pagos.... --
16. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2020. --
(Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3564-4

1. Imposto de renda - Leis e legislação - Brasil


I. Série.

19-32247 CDU-34:336.215(81)
Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto de renda : Direito tributário


34:336.215(81)

Cibele Maria Dias - Bibliotecária - CRB-8/9427

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário EXTRA
Tributário
Mantenha esta folha encartada no
Calendário Tributário Federal para Janeiro/2020

Indicadores Econômicos e Fiscais


Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Federal
para fevereiro/2020, foram divulgados os seguintes índices que o complementam:

a) TR de janeiro/2020: 0,0000%;
b) Selic de dezembro/2019: 0,37%;
c) TJLP (1º trimestre/2020): 0,4242%;
d) valor que teria o BTN atualizado pela TR (dezembro/2019): R$ 1,6548.

Também foram divulgados os índices de inflação do mês de dezembro/2019, conforme a seguinte


tabela:

ÍNDICES DE INFLAÇÃO - PRINCIPAIS ÍNDICES

ICV (DIEESE) IPC (FIPE) INPC (IBGE) IPCA (IBGE)


VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO VARIAÇÃO
MÊS/ANO
NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO NO MÊS NO ANO
% % % % % % % %
DEZEMBRO/2018 (-) 0,21 3,87 0,09 3,33 0,14 3,43 0,15 3,75
JANEIRO/2019 0,43 0,43 0,58 0,58 0,36 0,36 0,32 0,32
FEVEREIRO/2019 0,35 0,78 0,54 1,12 0,54 0,90 0,43 0,75
MARÇO/2019 0,54 1,32 0,51 1,64 0,77 1,68 0,75 1,51
ABRIL/2019 0,32 1,64 0,29 1,93 0,60 2,29 0,57 2,09

MAIO/2019 0,20 1,84 (-) 0,02 1,91 0,15 2,44 0,13 2,22
JUNHO/2019 (-) 0,21 1,63 0,15 2,06 0,01 2,45 0,01 2,23
JULHO/2019 0,17 1,81 0,14 2,20 0,10 2,55 0,19 2,42
AGOSTO/2019 0,07 1,88 0,33 2,54 0,12 2,67 0,11 2,53
SETEMBRO/2019 (-) 0,11 1,77 0,00 2,54 (-) 0,05 2,62 (-) 0,04 2,49
OUTUBRO/2019 (-) 0,04 1,73 0,16 2,70 0,04 2,66 0,10 2,59
NOVEMBRO/2019 0,46 2,20 0,68 3,40 0,54 3,21 0,51 3,11
DEZEMBRO/2019 0,87 3,09 0,94 4,37 1,22 4,47 1,15 4,30

Nota
Os índices de inflação acumulados podem variar de acordo com a fonte consultada. Nosso critério de arredondamento é o mesmo utilizado na
regra aritmética: o resultado final do algarismo igual ou acima de 5 é arredondado para cima.

Posteriormente ao envio do Calendário Mensal de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário Federal


para fevereiro/2020, foi publicada no DOU 1 de 10.01.2020, a Instrução Normativa RFB nº 1.921/2020,
alterando a Instrução Normativa RFB nº 1.701/2017, que dispõe sobre a apresentação da Escrituração
Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf).

Anexo à Edição nº 05/2020 FE I


Calendário de Obrigações e Tabelas Práticas - Tributário

Em função disso, solicitamos aos Srs. Assinantes alterarem no calendário a seguinte obrigação:

14.02 - EFD-Reinf - No histórico, excluir a letra “c”, e alterar a fundamentação legal, conforme
indicado a seguir:

Onde se lê:
(Instrução Normativa RFB nº 1.701/2017, art. 2º, § 1º, incisos I e II, e art. 3º, ambos com as redações dadas pelas
Instruções Normativas RFB nºs 1.767/2017, 1.842/2017 e 1.900/2019)

Leia-se:
(Instrução Normativa RFB nº 1.701/2017, art. 2º, § 1º, incisos I e II, e art. 3º, ambos com as redações dadas pelas
Instruções Normativas RFB nºs 1.767/2017, 1.842/2017, 1.900/2019 e 1.921/2020)

II FE Anexo à Edição nº 05/2020


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Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária

a Tributos e Contribuições Federais


IRRF 3. Comprovante eletrônico de rendimentos pagos e de
Imposto de Renda Retido na Fonte
4. Comprovante eletrônico de pagamentos de serviços
Comprovante Eletrônico de médicos e de saúde
5. Prazo e forma de entrega
Rendimentos Pagos e de Imposto 6. Preenchimento dos comprovantes
sobre a Renda Retido na Fonte e 7. Penalidades
8. Obrigatoriedade de entrega dos demais comprovantes
Comprovante Eletrônico de Pagamentos de rendimentos
de Serviços Médicos e de Saúde 1. QUADRO SINÓTICO
SUMÁRIO
1. Quadro sinótico Relacionamos, no quadro a seguir, os principais
2. Introdução aspectos a serem observados em relação ao assunto:

Comprovante Eletrô- A fonte pagadora, pessoa física ou jurídica, que houver pago a pessoa física rendimentos com retenção do IRRF
nico de Rendimentos durante o ano-calendário, ainda que em um único mês, poderá lhe fornecer o Comprovante Eletrônico de Rendi-
Pagos e de Imposto de mentos Pagos e de Imposto sobre a Renda Retido na Fonte.
Renda Retido na Fonte A fonte pagadora deverá emitir, por meio de processamento eletrônico de dados, o comprovante cujo leiaute
deverá conter todas as informações nele previstas, dispensada a assinatura eletrônica.
Comprovante eletrôni- A pessoa jurídica ou equiparada nos termos da legislação do Imposto de Renda que houver recebido de pes-
co de pagamentos de soa física pagamentos decorrentes de serviços de saúde e planos privados de assistência à saúde durante o
serviços médicos e de ano-calendário, ainda que em um único mês, poderá lhe fornecer o Comprovante Eletrônico de Pagamentos
saúde de Serviços Médicos e de Saúde, o qual deverá ser emitido por meio de processamento eletrônico de dados,
observando-se, ainda, que o comprovante deverá conter todas as informações nele previstas, dispensada a
assinatura eletrônica.
Prazo e forma de en- Os comprovantes deverão ser encaminhados ao endereço eletrônico do beneficiário, por meio da Internet, até o
trega último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao do:
a) pagamento dos rendimentos, na hipótese do tópico 3; ou
b) recebimento do pagamento pelos serviços de saúde e planos privados de assistência à saúde, na hipótese
do tópico 4.
Ressalta-se que será facultada, mediante acesso restrito, a disponibilização do comprovante ao beneficiário no
endereço eletrônico da fonte pagadora dos rendimentos e da pessoa jurídica ou equiparada recebedora dos
pagamentos.
Penalidades À fonte pagadora dos rendimentos que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou valor
do IRRF, bem como à pessoa jurídica ou equiparada recebedora dos pagamentos que prestar informação falsa
sobre pagamentos recebidos, será aplicada a multa de 300% sobre o montante que for indevidamente utilizado
para reduzir o imposto a pagar ou aumentar o imposto a restituir ou a compensar, independentemente de outras
penalidades administrativas ou criminais. Na mesma penalidade incorrerá aquele que se beneficiar da informa-
ção, sabendo ou devendo saber ser falsa.

2. INTRODUÇÃO e do montante do pagamento, das deduções e do


IRRF no ano anterior. Entretanto, tratando-se de ren-
As pessoas físicas ou jurídicas que efetuarem
pagamentos com retenção do Imposto de Renda na dimentos pagos por pessoas jurídicas, quando não
Fonte (IRRF) devem fornecer à pessoa física bene- houver a retenção do IRRF, o comprovante deverá ser
ficiária, até o último dia útil de fevereiro, documento fornecido no mesmo prazo ao contribuinte que o tiver
comprobatório, em 2 vias, com indicação da natureza solicitado até o dia 15 de janeiro do ano subsequente.

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-01


Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária

A Lei nº 9.779/1997, art. 16, atribuiu à Secretaria 3.1 Rendimentos decorrentes de decisões da
da Receita Federal do Brasil (RFB) a competência Justiça Federal ou do Trabalho
para dispor sobre as obrigações acessórias relativas
A instituição financeira que houver pago à pessoa
aos impostos e contribuições por ela administrados, física rendimentos em cumprimento de decisões da
estabelecendo, inclusive, forma, prazo e condições Justiça Federal ou do Trabalho também poderá lhe
para o seu cumprimento e o respectivo responsável. fornecer o comprovante previsto no tópico 3.
Nesse sentido, além da obrigatoriedade de entrega
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 2º, § 2º)
dos comprovantes de rendimentos já existentes (pes-
soa física, pessoa jurídica e comprovante de rendi-
mentos financeiros), foram instituídos o comprovante 3.1.1 Justiça Federal
eletrônico de rendimentos pagos e de imposto sobre O IRRF incidente sobre os rendimentos pagos,
a renda retido na fonte e o comprovante eletrônico em cumprimento de decisão da Justiça Federal,
de pagamentos de serviços médicos e de saúde, os mediante precatório ou requisição de pequeno valor,
quais serão abordados a seguir. deve ser retido na fonte pela instituição financeira
responsável pelo pagamento, e incidirá à alíquota de
Nota 3% sobre o montante pago, sem quaisquer deduções,
A Coordenação-Geral de Tecnologia da Informação (Cotec) poderá al- no momento do pagamento ao beneficiário ou seu
terar os modelos do Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte e do Comprovante Eletrônico de
representante legal.
Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde, constantes dos anexos da Ins-
trução Normativa RFB nº 1.416/2013, por meio de Ato Declaratório Executivo Ficará dispensada a retenção do imposto quando
a ser publicado no site da RFB na Internet (http://receita.economia.gov.br/).
o beneficiário declarar à instituição financeira respon-
(Lei nº 8.383/1991, art. 19, § 1º; Lei nº 8.981/1995, art. 86; sável pelo pagamento que os rendimentos recebidos
Lei nº 9.779/1999, art. 16; Instrução Normativa SRF nº 119/2000; são isentos ou não tributáveis ou que, em se tratando
Instrução Normativa SRF nº 698/2006; Instrução Normativa RFB de pessoa jurídica, esteja inscrita no Simples Nacional.
nº 1.215/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.546/2015, art. 1º;
Ato Declaratório Executivo Cotec nº 1/2016)
Observa-se que o IRRF será:

3. COMPROVANTE ELETRÔNICO DE RENDIMENTOS a) considerado antecipação do imposto apurado


PAGOS E DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA na Declaração de Ajuste Anual das pessoas
FONTE físicas; ou
b) deduzido do apurado no encerramento do pe-
A fonte pagadora, pessoa física ou jurídica, que ríodo de apuração ou na data da extinção, no
houver pago a pessoa física rendimentos com reten- caso de beneficiário pessoa jurídica.
ção do IRRF durante o ano-calendário, ainda que em
um único mês, poderá lhe fornecer o Comprovante A instituição financeira deverá, na forma, no prazo
Eletrônico de Rendimentos Pagos e de Imposto e nas condições estabelecidas pela RFB, fornecer à
sobre a Renda Retido na Fonte. A fonte pagadora pessoa física ou jurídica beneficiária o Comprovante
deverá emitir, por meio de processamento eletrônico de Rendimentos Pagos e de Retenção do Imposto de
de dados, o comprovante cujo leiaute deverá conter Renda na Fonte, bem como apresentar à RFB declara-
todas as informações nele previstas, dispensada a ção contendo informações sobre:
assinatura eletrônica. a) os pagamentos efetuados à pessoa física ou
jurídica beneficiária e o respectivo IRRF;
Nota
b) os honorários pagos a perito e o respectivo
Em relação ao Comprovante Eletrônico de Rendimentos Pagos e de
Imposto sobre a Renda Retido na Fonte, deve ser observado que:
IRRF;
a) o leiaute consta do Anexo I da Instrução Normativa nº 1.416/2013; c) a indicação do advogado da pessoa física ou
b) deve ser fornecido com a discriminação da natureza e dos valo- jurídica beneficiária.
res totais, expressos em reais, dos rendimentos, das deduções e
do IRRF, relativamente ao respectivo ano-calendário, bem como de Ressalta-se que o disposto nesse subtópico não
informações complementares, observadas as instruções constantes
do Anexo IV da norma mencionada na letra “a”.
se aplica aos depósitos efetuados pelos Tribunais
Regionais Federais antes de 1º.02.2004.
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, arts. 2º, caput e
§ 1º, 5º e 6º) (Lei nº 10.833/2003, art. 27; RIR/2018, arts. 739 e 777)

05-02 IR/LS Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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Imposto de Renda e Legislação Societária

3.1.2 Justiça do Trabalho a) o leiaute consta do Anexo II da Instrução Normativa RFB


nº 1.416/2013;
Cabe à fonte pagadora, no prazo de 15 dias da b) será fornecido com a discriminação da natureza e dos valores totais,
expressos em reais, dos pagamentos de serviços de saúde e planos
data da retenção de que trata o caput do art. 46 da Lei privados de assistência à saúde, relativamente ao respectivo ano-
nº 8.541/1992, comprovar, nos respectivos autos, o -calendário, bem como de informações complementares, observa-
recolhimento do IRRF incidente sobre os rendimentos das as instruções constantes do Anexo V da mencionada norma.

pagos em cumprimento de decisões da Justiça do (2) De acordo com a legislação do IR, equipara-se a pessoa jurídica
Trabalho. Na hipótese de omissão da fonte pagadora quando:

relativamente à comprovação mencionada e nos a) a pessoa física em nome individual, explore, habitual e profissional-
mente, qualquer atividade econômica de natureza civil ou comercial,
pagamentos de honorários periciais, competirá ao com o fim especulativo de lucro, mediante venda a terceiro de bens
Juízo do Trabalho calcular o IRRF e determinar o seu ou serviços, quer se encontrem, ou não, regularmente inscritas no
órgão do Registro de Comércio ou Registro Civil, exceto quanto às
recolhimento à instituição financeira depositária do profissões de que trata o art. 162, § 2º, do RIR/2018; ou
crédito. b) a pessoa física promova a incorporação de prédios em condomínio
ou loteamento de terrenos.
A não indicação pela fonte pagadora da natureza (RIR/2018, art. 162, § 1º, II e III; Instrução Normativa RFB
jurídica das parcelas objeto de acordo homologado nº 1.416/2013, arts. 3º, caput e § 1º, e 7º)
perante a Justiça do Trabalho acarretará a incidência
do IRRF sobre o valor total da avença.
4.1 Serviços de saúde
A instituição financeira deverá, na forma, no Para efeito do comprovante eletrônico de paga-
prazo e nas condições estabelecidas pela RFB, mentos, são considerados serviços de saúde:
fornecer à pessoa física beneficiária o Comprovante
de Rendimentos Pagos e de Retenção do Imposto de a) os prestados por psicólogos, fisioterapeutas,
Renda na Fonte, bem como apresentar à RFB decla- terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos,
ração contendo informações sobre: dentistas, hospitais, laboratórios e clínicas mé-
dicas de qualquer especialidade;
a) os pagamentos efetuados à reclamante e o
b) os serviços radiológicos, de próteses ortopé-
respectivo IRRF;
dicas e dentárias;
b) os honorários pagos a perito e o respectivo
IRRF; c) os prestados por estabelecimento geriátrico,
desde que classificado como hospital pelo Mi-
c) as importâncias pagas a título de honorários
nistério da Saúde; e
assistenciais de que trata o art. 16 da Lei
nº 5.584/1970; d) os prestados por entidades de ensino destina-
das à instrução de deficiente físico ou mental.
d) a indicação do advogado da reclamante.
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 3º, § 2º)
(Lei nº 10.833/2003, art. 28; RIR/2018, arts. 776 e 778)

4. COMPROVANTE ELETRÔNICO DE PAGAMENTOS 4.2 Planos privados de assistência à saúde


DE SERVIÇOS MÉDICOS E DE SAÚDE Para efeito do comprovante eletrônico de paga-
A pessoa jurídica ou equiparada nos termos da mentos, são planos privados de assistência à saúde
legislação do Imposto de Renda que houver recebido os operados por pessoas jurídicas de direito privado,
de pessoa física pagamentos decorrentes de serviços constituídas sob a modalidade de sociedade civil ou
de saúde e planos privados de assistência à saúde comercial, cooperativa, administradora de benefícios
durante o ano-calendário, ainda que em um único ou entidade de autogestão, desde que autorizadas
mês, poderá lhe fornecer o Comprovante Eletrônico pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)
de Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde, o a operarem esses planos.
qual deverá ser emitido por meio de processamento
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 3º, § 3º)
eletrônico de dados, observando-se, ainda, que o
comprovante, conforme o leiaute (veja nota 1), deverá
conter todas as informações nele previstas, dispen- 5. PRAZO E FORMA DE ENTREGA
sada a assinatura eletrônica. Os comprovantes deverão ser encaminhados
ao endereço eletrônico do beneficiário, por meio da
Notas
(1) Em relação ao Comprovante Eletrônico de Pagamentos de Serviços
Internet, até o último dia útil do mês de fevereiro do
Médicos e de Saúde de Pagamentos, deve ser observado que: ano subsequente ao do:

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-03


Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária

a) pagamento dos rendimentos, na hipótese do informação falsa sobre pagamentos recebidos, será
tópico 3; ou aplicada a multa de 300% sobre o montante que for
indevidamente utilizado para reduzir o imposto a
b) recebimento do pagamento pelos serviços
pagar ou aumentar o imposto a restituir ou a com-
de saúde e planos privados de assistência à
pensar, independentemente de outras penalidades
saúde, na hipótese do tópico 4.
administrativas ou criminais. Na mesma penalidade
incorrerá aquele que se beneficiar da informação,
Ressalta-se que será facultada, mediante acesso
sabendo ou devendo saber ser falsa.
restrito, a disponibilização do comprovante ao ben-
eficiário no endereço eletrônico da fonte pagadora (Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 8º)
dos rendimentos e da pessoa jurídica ou equiparada
recebedora dos pagamentos. 8. OBRIGATORIEDADE DE ENTREGA DOS DEMAIS
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 4º)
COMPROVANTES DE RENDIMENTOS
O fornecimento do Comprovante Eletrônico de
6. PREENCHIMENTO DOS COMPROVANTES Rendimentos Pagos e de Imposto sobre a Renda
Retido na Fonte ou do Comprovante Eletrônico de
Os leiautes mencionados nos tópicos 3 e 4 Pagamentos de Serviços Médicos e de Saúde não
obedecerão às definições de tipos de dados esta- desobriga a entrega:
belecidas no Anexo III da Instrução Normativa RFB
nº 1.416/2013. a) do Comprovante de Rendimentos Pagos ou
Creditados a Pessoas Físicas e Jurídicas De-
(Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013, art. 5º) correntes de Aplicações Financeiras; e
b) do Comprovante de Rendimentos Pagos e de
7. PENALIDADES Imposto sobre a Renda Retido na Fonte.
À fonte pagadora dos rendimentos que prestar (Instrução Normativa SRF nº 698/2006; Instrução Normati-
informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções va RFB nº 1.215/2011; Instrução Normativa RFB nº 1.416/2013,
ou valor do IRRF, bem como à pessoa jurídica ou art. 9º; Instrução Normativa RFB nº 1.682/2016)
equiparada recebedora dos pagamentos que prestar N

a S/A
Livros sociais 1. QUADRO SINÓTICO
SUMÁRIO A companhia deve ter, além dos livros contábeis
1. Quadro sinótico e fiscais obrigatórios para as pessoas jurídicas em
2. Livros sempre obrigatórios geral, os livros sociais previstos no art. 100 da Lei
3. Livros obrigatórios em alguns casos nº 6.404/1976 (Lei das S/A), com as alterações do art. 1º
4. Escrituração mecanizada ou por processamento da Lei nº 9.457/1997 e do art. 6º da Lei nº 12.431/2011,
eletrônico de dados conforme focalizado nos próximos tópicos.
5. Autenticação pelo órgão de registro do comércio
6. Livros de registros relativos a títulos e valores Relacionamos, no quadro a seguir, as principais
mobiliários emitidos pela companhia informações a serem observadas pelas Sociedades
7. Exibição dos livros a acionistas por ordem judicial Anônimas quanto à escrituração de livros sociais:

05-04 IR/LS Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
Imposto de Renda e Legislação Societária

Em qualquer caso, a companhia deve ter os seguintes livros:


I - Registro de Ações Nominativas, no qual devem ser feitas a inscrição, a anotação ou a averbação:
a) do nome do acionista e do número de suas ações;
b) das entradas ou prestações de capital realizado;
c) das conversões de ações, de uma em outra espécie ou classe;
d) do resgate, do reembolso e da amortização das ações ou de sua aquisição pela companhia;
e) das mutações operadas pela alienação ou transferência de ações;
f) do penhor, usufruto, fideicomisso, da alienação fiduciária em garantia ou de qualquer ônus que grave
as ações ou obste sua negociação;
II - Transferência de Ações Nominativas, destinado a lançamento dos termos de transferência, que de-
Livros sempre obrigatórios
verão ser assinados pelo cedente e pelo cessionário ou seus legítimos representantes;
III - Atas das Assembleias Gerais;
IV - Presença dos Acionistas;
V - Atas das Reuniões da Diretoria;
VI - Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
A companhia precisará ter também, se for o caso, os seguintes livros:
a) Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas se
houver emitido esses títulos, aplicando-se a esses livros, no que couber, as normas previstas para os
livros referidos nos números I e II anteriormente mencionados;
b) Atas das Reuniões do Conselho de Administração se houver esse órgão na companhia.
O § 2º do art. 100 da Lei nº 6.404/1976, com as alterações do art. 6º Lei nº 12.431/2011, dispõe que,
Escrituração mecanizada ou por nas companhias abertas, os livros Registro de Ações Nominativas, Transferência de Ações Nominativas,
processamento eletrônico de Atas das Assembleias Gerais, Presença dos Acionistas, Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e
dados Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas, podem ser substituídos por registros mecanizados
ou eletrônicos, observadas as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Conforme Instrução Normativa DREI nº 11/2013, lavrados os Termos de Abertura e de Encerramento,
os instrumentos de escrituração dos empresários e das sociedades empresárias, de caráter obrigató-
rio, salvo disposição especial de lei, deverão ser submetidos à autenticação pela Junta Comercial (Lei
Autenticação pelo órgão de re- nº 10.406/2002, art. 1.181, excepcionadas as impossibilidades técnicas):
gistro do comércio a) antes ou após efetuada a escrituração, quando se tratar de livros em papel, conjuntos de fichas ou
folhas contínuas;
b) após efetuada a escrituração, quando se tratar de microfichas geradas através de microfilmagem de
saída direta do computador (COM) e de livros digitais.
Livros de registros relativos a tí- Os livros de registros relativos aos valores mobiliários emitidos pela companhia (Registro de Ações
tulos e valores mobiliários emiti- Nominativas e Transferência de Ações Nominativas e Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e
dos pela companhia Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas), são dotados de caráter público.
A exibição por inteiro dos livros da companhia pode ser ordenada judicialmente sempre que, a requeri-
Exibição dos livros a acionistas mento de acionistas que representem pelo menos 5% do capital social, sejam apontados atos violadores
por ordem judicial da lei ou do estatuto, ou haja fundada suspeita de graves irregularidades praticadas por qualquer dos
órgãos da companhia (Lei nº 6.404/1976, art. 105).

2. LIVROS SEMPRE OBRIGATÓRIOS qualquer ônus que grave as ações ou obste


sua negociação;
Em qualquer caso, a companhia deve ter os
seguintes livros: II - Transferência de Ações Nominativas, destina-
do a lançamento dos termos de transferência,
I - Registro de Ações Nominativas, no qual de-
que deverão ser assinados pelo cedente e
vem ser feitas a inscrição, a anotação ou a
averbação: pelo cessionário ou seus legítimos represen-
tantes;
a) do nome do acionista e do número de suas
ações; III - Atas das Assembléias Gerais;
b) das entradas ou prestações de capital IV - Presença dos Acionistas;
realizado; V - Atas das Reuniões da Diretoria;
c) das conversões de ações, de uma em outra VI - Atas e Pareceres do Conselho Fiscal.
espécie ou classe;
d) do resgate, do reembolso e da amortização 3. LIVROS OBRIGATÓRIOS EM ALGUNS CASOS
das ações, ou de sua aquisição pela A companhia precisará ter também, se for o caso,
companhia; os seguintes livros:
e) das mutações operadas pela alienação ou a) Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e
transferência de ações; Transferência de Partes Beneficiárias Nomina-
f) 
do penhor, do usufruto, do fideicomisso, tivas, se houver emitido esses títulos, aplican-
da alienação fiduciária em garantia ou de do-se a esses livros, no que couber, as normas

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-05


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previstas para os livros referidos nos números I nº 10.406/2002, art. 1.181, parágrafo único). É dispen-
e II do tópico 2; sado das mencionadas exigências o pequeno empre-
b) Atas das Reuniões do Conselho de Adminis- sário a que se refere a Lei nº 10.406/2002, art. 970, que
tração se houver esse órgão na companhia. não está obrigado a seguir um sistema de contabilidade
com base na escrituração uniforme de seus livros, em
4. ESCRITURAÇÃO MECANIZADA OU POR correspondência com a documentação respectiva,
PROCESSAMENTO ELETRÔNICO DE DADOS nem a levantar anualmente o balanço patrimonial e o
O § 2º do art. 100 da Lei nº 6.404/1976, com as de resultado econômico (Lei nº 10.406/2002, art. 1.179,
alterações do art. 6º da Lei nº 12.431/2011, dispõe § 2º).
que, nas companhias abertas, os livros referidos
nos números I a IV do tópico 2 (Registro de Ações 6. LIVROS DE REGISTROS RELATIVOS A TÍTULOS
Nominativas, Transferência de Ações Nominativas, E VALORES MOBILIÁRIOS EMITIDOS PELA
Atas das Assembleias Gerais, e Presença dos COMPANHIA
Acionistas) e na letra “a” do subtópico 3 (Registro
de Partes Beneficiárias Nominativas e Transferência 6.1 Caráter público
de Partes Beneficiárias Nominativas) podem ser Os livros de registros relativos aos valores mobi-
substituídos por registros mecanizados ou eletrônicos, liários emitidos pela companhia (Registro de Ações
observadas as normas expedidas pela Comissão de Nominativas e Transferência de Ações Nominativas
Valores Mobiliários. e Registro de Partes Beneficiárias Nominativas e
Ao disciplinar os procedimentos de autenticação Transferência de Partes Beneficiárias Nominativas)
de livros e outros instrumentos de escrituração das são dotados de caráter público.
empresas mercantis, extensivos aos livros sociais
aqui referidos, a Instrução Normativa DREI nº 11/2013 Por esse motivo, a lei determina que a compa-
relaciona como instrumentos de escrituração dos nhia deve fornecer certidões dos assentamentos
empresários e das sociedades empresárias: deles constantes a qualquer pessoa que as solicitar,
a) livros, em papel; mesmo não sendo acionista, desde que se destinem
à defesa de direitos e esclarecimentos de situações
b) conjunto de fichas avulsas;
de interesse pessoal ou dos acionistas ou do mer-
c) conjunto de fichas ou folhas contínuas;
cado de valores mobiliários, observando-se que (Lei
d) livros em microfichas geradas através de mi- nº 6.404/1976, art. 100, § 1º, com a alteração da Lei
crofilmagem de saída direta do computador nº 9.457/1997, art. 1º):
(COM);
e) livros digitais. a) pelo fornecimento dessas certidões, a compa-
nhia poderá cobrar o custo do serviço;
5. AUTENTICAÇÃO PELO ÓRGÃO DE REGISTRO DO b) se a companhia indeferir o pedido de certidão,
COMÉRCIO caberá recurso à CVM.
Conforme a Instrução Normativa DREI nº 11/2013,
A lei assegura o acesso às informações sobre os
lavrados os Termos de Abertura e de Encerramento,
registros desses livros a pessoas estranhas ao corpo
os instrumentos de escrituração dos empresários e
acionário, porque os atos neles assentados podem
das sociedades empresárias, de caráter obrigatório, produzir efeitos em relação a terceiros não acionistas.
salvo disposição especial de lei, deverão ser sub- Por exemplo, ao adquirente de ações interessa ter
metidos à autenticação pela Junta Comercial (Lei conhecimento da existência de ônus constituídos
nº 10.406/2002, art. 1.181, excepcionadas as impossi- sobre ações nominativas (penhor, usufruto, alienação
bilidades técnicas): fiduciária em garantia, etc.) cuja averbação deve
a) antes ou depois de efetuada a escrituração, obrigatoriamente constar do livro Registro de Ações
quando se tratar de livros em papel, conjuntos Nominativas.
de fichas ou folhas contínuas;
b) depois a efetuada a escrituração, quando se tra- O Parecer de Orientação CVM nº 30/1996 versa
tar de microfichas geradas por meio de microfil- sobre o fornecimento dessas certidões pelas compa-
magem de saída direta do computador (COM) e nhias abertas ao tratar da permissão legal para cobrar
de livros digitais. o custo desse serviço, assim se manifestando:
Nem por isso a companhia poderá dificultar o acesso do
O empresário e a sociedade empresária pode- interessado às certidões, cobrando valores injustificáveis,
rão fazer autenticar livros não obrigatórios (Lei subentendendo-se que a cobrança há de ser compatível

05-06 IR/LS Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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com o custo do serviço, tomando-se como parâmetro o Conforme observa Modesto Carvalhosa, em
preço habitualmente cobrado por tarefas semelhantes “Comentários à Lei das Sociedades Anônimas”,
prestadas por órgãos dos Registros Públicos ou da Admi-
nistração Pública. Saraiva, vol. 2, p. 213), o fundamento legal da exigên-
cia de prestação de informações à sociedade está
Esse ato da CVM também aborda o fato de o em que a responsabilidade por erros ou irregulari-
prazo para a companhia fornecer essas certidões, da dades na escrituração é da própria companhia (Lei
incumbência do seu fornecimento no caso de ações nº 6.404/1976, art. 34). Deverá, portanto, ter acesso
escriturais e da responsabilidade pelo uso das infor- aos documentos relativos a tais ações, já que não
possui livros de registro de tais títulos, cabendo-lhe,
mações nelas contidas.
inclusive, com base na escrituração irregular, propor
ação regressiva contra a instituição financeira.
6.2 Escrituração pelo agente emissor de
certificados
6.4 Fiscalização dos registros
Quando a companhia tiver contratado a escritura-
A companhia deve verificar a regularidade das
ção e a guarda dos livros de registro e transferência
transferências e da constituição de direitos ônus
de ações e a emissão de certificados com instituição
sobre os valores mobiliários de sua emissão (Lei nº
financeira autorizada pela CVM a manter esse serviço
6.404/1976, art. 103). Na hipótese tratada no subtó-
(Lei nº 6.404/1976, art. 27), o agente emissor de cer-
pico 6.2, essa atribuição compete ao agente emissor
tificados pode substituir os livros de registro de títulos e, no caso de ações escriturais (subtópico 6.3), à
emitidos pela companhia pela sua própria escritura- instituição financeira depositária das ações.
ção (do agente emissor), conforme autorizado pelo
art. 101 da Lei nº 6.404/1976.
6.5 Competência para dirimir dúvidas levantadas
sobre registros
Nesse caso, o agente emissor deve manter,
mediante sistemas adequados, aprovados pela As dúvidas suscitadas entre o acionista, qualquer
CVM, os registros de propriedade das ações, partes interessado, e a companhia, o agente emissor de
beneficiárias, debêntures e bônus de subscrição, e, certificados ou a instituição financeira depositária das
uma vez por ano, preparar lista dos seus titulares, ações escriturais, a respeito averbações ordenadas
com o número dos títulos de cada um, a qual será pela Lei das S/A, ou sobre anotações, lançamentos ou
encadernada, autenticada no Registro do Comércio e transferências de ações, partes beneficiárias, debên-
arquivada na companhia. tures ou bônus de subscrição, nos livros de registro
ou transferência, serão dirimidas pelo juiz competente
Os §§ 1º e 2º do art. 101 da Lei nº 6.404/1976 para solucionar dúvidas levantadas pelos oficiais dos
estabelecem que: registros públicos, excetuadas as questões atinentes
à substância do Direito (Lei nº 6.404/1976, art. 103,
a) os termos de transferência de ações nominati- parágrafo único).
vas perante o agente emissor poderão ser la-
vrados em folhas soltas, à vista do certificado
6.6 Responsabilidade da companhia
da ação, no qual serão averbados a transferên-
cia e o nome e a qualificação do adquirente; A companhia é responsável pelos prejuízos que
b) os termos de transferência em folhas soltas se- causar aos interessados, por vícios ou irregularidades
rão encadernados em ordem cronológica, em verificadas nos livros de registro e de transferência
livros autenticados no Registro do Comércio e de títulos e valores mobiliários por ela emitidos (Lei
arquivados no agente emissor. nº 6.404/1976, art. 104).

6.3 Ações escriturais Conforme ressalta Modesto Carvalhosa (obra


citada, p. 217), “trata-se, no caso, de responsabilidade
A instituição financeira depositária de ações objetiva da companhia, decorrente de violação da lei,
escriturais deverá fornecer à companhia, ao menos em que não exige a prova da culpa ou dolo do agente
uma vez por ano, cópia dos extratos das contas (administrador), mas o simples nexo entre o prejuízo
de depósito das ações e a lista dos acionistas com causado e o ato infringente de obrigações legalmente
a quantidade das respectivas ações, que serão estabelecidas”.
encadernadas em livros autenticados no Registro do
Comércio e arquivados na instituição financeira (Lei Incumbe também à companhia o dever de dili-
nº 6.404/1976, art. 102). genciar para que os atos de emissão e substituição

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-07


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de certificados e de transferência e averbações b) ação cautelar de exibição, proposta como me-


nos livros sociais sejam praticados no menor prazo dida preparatória da ação principal, tendo por
possível, não excedente ao fixado pela CVM. A finalidade o levantamento e a comprovação de
companhia responde perante acionistas e terceiros dados que irão instruir a ação principal, previs-
pelos prejuízos decorrentes de atrasos culposos (Lei ta no novo CPC, arts. 294, 396, 397, 398, 399,
nº 6.404/1976, art. 104, parágrafo único). A companhia 400, 401, 402, 403 e 404.
ainda é responsável por perdas e danos causados
aos interessados decorrentes de erros ou irregularida- Esclarece, ainda, esse autor que (obra citada,
des no serviço de ações escriturais (subtópico 6.3), p. 224 e 225):
cabendo a esta, entretanto, direito de regresso contra a) o direito de pedir a exibição dos livros sociais
a instituição depositária (Lei nº 6.404/1976, art. 34, permanece, mesmo depois que o acionista se
§ 3º).
retira da sociedade, na parte dos livros relativa
ao tempo em que pertencia à sociedade;
7. EXIBIÇÃO DOS LIVROS A ACIONISTAS POR
b) embora o dispositivo legal limite-se a prever a
ORDEM JUDICIAL
exibição por inteiro apenas dos livros, poderá
7.1 Previsão legal a medida compreender também os documen-
tos do arquivo da sociedade, já que são esses
A exibição por inteiro dos livros da companhia que servem de base à sua escrituração.
pode ser ordenada judicialmente sempre que, a
requerimento de acionistas que representem pelo 7.2 Caso concreto
menos 5% do capital social, sejam apontados atos
violadores da lei ou do estatuto, ou haja fundada sus- A Sétima Câmara Civil do Tribunal de Justiça
peita de graves irregularidades praticadas por qual- do Estado de São Paulo, em julgamento de Agravo
quer dos órgãos da companhia (Lei nº 6.404/1976, de Instrumento contra decisão de 1ª instância que
art. 105). O percentual mencionado poderá ser determinara a exibição dos livros em causa, proferiu
reduzido pela Comissão de Valores Mobiliários o Acórdão adiante transcrito que mantém a decisão
(CVM), quando se tratar de companhia aberta (Lei agravada.
nº 6.404/1976, art. 291).
Nesse pronunciamento judicial ficou patente
A exibição por inteiro dos livros da companhia é que a formulação de tal pedido de exibição de livros
apontada por uma parcela da doutrina como medida não pode se dar por mera curiosidade ou interesse
radical, suscetível de substituição por outras mais particular. Deve estar embasada em indicação correta
eficazes. Segundo aqueles que perfilham esse enten- dos atos que teriam sido praticados ao arrepio da lei
dimento, a exibição por inteiro dos livros sociais, sob ou do estatuto cuja apreciação depende da exibição
o relevante propósito de proteger os interesses dos dos livros sociais.
acionistas minoritários, pode permitir que acionistas
que tenham interesses contrários à sociedade se No caso examinado, tais requisitos legais foram
utilizem dessa prerrogativa para imiscuir-se nos satisfeitos, uma vez que o autor afirmou, entre outras
pormenores da vida da companhia vindo a prejudicá- alegações, que, há 2 anos, a empresa não levantava
-la; para que seja ordenada judicialmente a exibição suas demonstrações financeiras e que seus diretores
dos livros sociais, não há necessidade de se provar estavam constantemente ausentes da sede social,
os atos violadores ou as irregularidades praticadas, o que foi comprovado pela certidão do Oficial de
bastando, para tal, a fundada suspeita. Justiça.

Alerta Modesto Carvalhosa (obra citada, p. 222) Acórdão de 08.05.85, da Sétima Câmara Civil do Tribunal
de Justiça do Estado de São Paulo - Boletim JUCESP
que o Código de Processo Civil prevê duas espécies nº 257, de 28.11.85.
de medidas que visam à exibição de livros:
Vistos, relatados e discutidos estes autos de agravo de
a) exibição incidental de documento ou coisa, de- instrumento nº 56.476-1, da comarca de São Paulo em que
terminada no curso do processo, como medi- é agravante X. S/A, sendo agravado P.A.:
da de instrução, prevista na Lei nº 13.105/2015 Acordam, em Sétima Câmara Civil do Tribunal de Justiça,
(Código de Processo Civil - CPC), arts. 396, adotado o relatório de fl. 142, por votação unânime, negar
397, 398, 399, 400, 401, 402, 403, 404, 420 e provimento ao agravo.
421; Custas pela agravante.

05-08 IR/LS Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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Merece subsistir, pelos próprios fundamentos e por aque- dade, pois o legislador se satisfaz com a indicação dos
les constantes do despacho-resposta, além dos que são a atos violadores da lei ou do estatuto (indicação verossímil,
seguir desenvolvidos, a r. decisão agravada. verossimilhança decorrente da própria narrativa e pela
existência de qualquer desmentido nos autos) ou senão a
Cuida-se, em verdade, de ação satisfativa processada
alegação de fundada suspeita de graves irregularidades
em forma sumária, pois visa à tutela de direito à exibição
praticadas por órgãos da sociedade (indicação das irre-
prevista em direito material (art. 105 da Lei de Sociedade
gularidades graves e enunciação de fatos e circunstâncias
Anônima). Isso, no tocante à exibição.
que tornam fundada a suspeita). A efetiva ocorrência, ou
Desponta, porém, a nota de cautelaridade na pretensão não, dos atos violadores ou das graves irregularidades,
cumulada, que é a de produção antecipada de prova somente com a exibição dos livros poderá ser apurada.
pericial.
No caso, tais requisitos estão satisfeitos, pois o autor afir-
O direito à exibição dos livros da sociedade é reconhecido, mou na inicial que a ré, ora apelante: “há dois anos não
por lei, ao acionista ou grupo de acionistas que represen- levanta as suas demonstrações financeiras, o negócio
tem, pelo menos, cinco por cento (5%) do capital social, social está sendo desativado, o principal investimento da
desde que haja indicação de atos violadores da lei ou do companhia é alienado a preço vil, os diretores, ausentes
estatuto ou que haja fundada suspeita de graves irregulari- da sede social, omitem-se, por inteiro, no exercício de suas
dades praticadas por órgãos da companhia (Darcy Arruda funções e nada é esclarecido, aos seus acionistas, quanto
Miranda Jr., Curso de Dir. Comercial, v. II, “Sociedades à ação de desapropriação em curso” (fl. 17).
Comerciais’, RT, 5ª ed., pág. 261).
E havia razão, bem como esclareceu o magistrado, para a
Não se permite a formulação do pedido de exibição de concessão da medida liminar. Um dos fatos apontados pelo
livros “para o fim de satisfazer mera curiosidade ou simples autor como autorizadores da tutela reclamada é ausência
interesse particular” advertem Egberto Lacerda Teixeira e constante dos diretores na sede social da empresa e tal
José Alexandre Tavares Guerreiro (“Das Sociedades Anô- afirmativa restou corroborada pela certidão do Oficial de
nimas no Direito Brasileiro”, vol. 2, pág. 502). “Exige-se a Justiça, que esclareceu não haver conseguido localizar os
indicação correta dos atos supostamente praticados ao representantes da ré que “encontram-se permanentemente
arrepio da lei ou do estatuto ou a indicação das razões que viajando” (fl. 78).
levaram o acionista a suspeitar fundadamente da existên-
cia dos órgãos da companhia. É o caso, por exemplo, de Pelo exposto, é improvido o agravo. O julgamento teve
irregularidades no balanço”, anotam os mesmos autores a participação dos Desembargadores Nelson Hanada e
(op. e loc. cits.). Godofredo Mauro, com votos vencedores.
A ação é sumária embora seja satisfativa a pretensão do São Paulo, 08 de maio de 1985.
autor (Ovídio Baptista da Silva, Comentários ao Código de
Kazuo Watanabe
Processo Civil, vol. XI, do Processo Cautelar, Lejur, 1985,
pág. 422). E a sumariedade é substancial no sentido de Presidente e Relator”
que a cognição não é completa e exauriente. Aliás, pelo
próprio direito material tutelando se extrai essa sumarie- N

a IOB Comenta
IRPJ/CSL/Contabilidade Assim, na demolição de edificações para cons-
trução de prédio novo, devem ser consideradas as
Tratamento fiscal e contábil das seguintes situações:

demolições de bens do Ativo Situação 1 - Aquisição de terreno com edifica-


Imobilizado ção já existente, com fim específico de demolição
desta e construção de novo prédio:
Visando ao crescimento de seu empreendimento,
muitos empresários decidem executar a demolição Nessa situação, deve-se observar o seguinte
de um bem a fim de promover uma nova construção (Parecer Normativo CST nº 72/1977):
no local, com instalações mais modernas, otimizando,
assim, o seu negócio e aumentando sua participação a) o valor total da operação (valor pago pelo imó-
no mercado. Nesse caso, é preciso determinar qual vel, não importando se, na escritura, constem
tratamento fiscal e contábil deve ser dispensado ao valores destacados tanto para o terreno, quan-
custo dessa demolição e às eventuais receitas origi- to para a edificação) deve ser contabilizado em
nárias da venda do material demolido. conta do imobilizado representativa do terreno;

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-09


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b) os gastos (custos) com a demolição devem Nesse caso, devemos considerar o seguinte
ser ativados como parcela integrante do custo (Parecer Normativo CST nº 72/1977):
da construção nova, pois estão vinculados à
construção do novo prédio; e a) o valor residual do prédio a ser demolido (en-
tendido como tal o valor registrado na escritura-
c) o valor da receita eventualmente originada ção, corrigido monetariamente até 31.12.1995
com a venda do material resultante da demoli- e, se for o caso, diminuído da depreciação acu-
ção poderá, opcionalmente: mulada) terá o tratamento de perda de capital
c.1) ser contabilizado como receita não ope- (prejuízo da empresa), dedutível do lucro real;
racional, tributável pelo Imposto de Ren- b) se não houver, na contabilidade, a separação
da Pessoa Jurídica (IRPJ) e pela Contri- destacada do valor da construção e do terre-
buição Social sobre o Lucro (CSL); no, a empresa deverá providenciar uma ava-
liação pericial, que determinará a parcela do
c.2) ser compensado com o custo da demoli-
valor contabilizado do imóvel, correspondente
ção; ou
à construção a ser demolida, podendo, assim,
c.3) ser deduzido do valor do terreno. levar o quantum respectivo a débito da conta
de resultados;
Nota
Conforme determina o item 16 do Pronunciamento Técnico CPC 27 - c) o custo da demolição para a construção de
Ativo Imobilizado (aprovado pela Resolução CFC nº 1.177/2009 - NBC TG outro prédio terá o mesmo tratamento mencio-
27 (R3) e pela Deliberação CVM nº 583/2009), o custo de um item do ativo
imobilizado compreende: nado na Situação 1, letra “b”, ou seja, deverá
a) seu preço de aquisição, acrescido de impostos de importação e im- ser ativado como parcela integrante do custo
postos não recuperáveis sobre a compra, depois de deduzidos os da construção nova; e
descontos comerciais e abatimentos;
b) quaisquer custos diretamente atribuíveis para colocar o ativo no lo- d) a receita eventualmente obtida com a venda
cal e condição necessárias para o mesmo ser capaz de funcionar da
forma pretendida pela administração;
do material demolido terá a mesma orientação
c) a estimativa inicial dos custos de desmontagem e remoção do item contida na Situação 1, letras “c.1” e “c.2”, ou
e de restauração do local (sítio) no qual este está localizado. Tais seja, poderá ser apropriado como receita ou,
custos representam a obrigação em que a entidade incorre quando
o item é adquirido ou como consequência de usá-lo durante deter-
opcionalmente, compensada com o custo da
minado período para finalidades diferentes da produção de estoque demolição.
durante esse período.

Com base no exposto, conclui-se que todos os custos essenciais à Para fins contábeis, o critério de reconhecimento
colocação do ativo nas condições operacionais pretendidas pela adminis-
tração deverão ser ativados, sendo classificados em conta representativa do
inicial do custo da construção do novo imobilizado irá
ativo denominada “Construções em andamento” até o início das operações, compreender os elementos citados nas letras “a” a “c”
quando serão reclassificados para as contas correspondentes de “Bens em da nota da Situação 1.
Operação”.

(Pronunciamento Técnico CPC 27, item 16 - Imobilizado;


Situação 2 - Existência de imóvel na empresa Resolução CFC nº 1.177/2009; Deliberação CVM nº 583/2009;
(já incorporado no ativo imobilizado), que será Parecer Normativo CST nº 72/1977)
demolido para fim de nova construção: N

a IOB Perguntas e Respostas


Dmed A não apresentação da DMED no prazo esta-
belecido ou a sua apresentação com incorreções
Apresentação em atraso ou com omissões e
ou omissões sujeitará a pessoa jurídica obrigada às
incorreções - Penalidades
seguintes multas:
1) Quais são as penalidades aplicáveis no caso
de apresentação em atraso da Declaração de Servi- a) por apresentação extemporânea:
ços Médicos e de Saúde (DMED) ou sua apresentação a.1) R$ 500,00 por mês-calendário ou fração,
com omissões ou incorreções? relativamente às pessoas jurídicas que,

05-10 IR/LS Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 - Boletim IOB


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na última declaração apresentada, te- mês, o somatório dos valores pagos e o total retido,
nham apurado lucro presumido; por contribuinte e por código de recolhimento.
a.2) R$ 1.500,00 por mês-calendário ou fração, (Instrução Normativa RFB nº 1.911/2019, art. 381, § 9º)
relativamente às pessoas jurídicas que, na
última declaração apresentada, tenham
apurado lucro real ou tenham optado pelo CSL/Cofins/PIS-Pasep - Retenções na fonte sobre
auto arbitramento; pagamentos efetuados por pessoas jurídicas a outras
pessoas jurídicas - Informação na declaração
b) por apresentar a declaração com informações
inexatas, incompletas ou omitidas: 0,2%, não 4) As retenções na fonte da Contribuição Social
inferior a R$ 100,00, sobre o faturamento do sobre o Lucro (CSL), da Cofins, da contribuição para
mês anterior ao da entrega da declaração o PIS-Pasep devem ser informadas na Declaração de
equivocada, assim entendido como a receita Imposto de Renda na Fonte (Dirf)?
decorrente das vendas de mercadorias e ser- Sim. Os valores retidos na fonte a título de CSL,
viços. Cofins e contribuição para o PIS-Pasep, sobre os
(Medida Provisória nº 2.158-35/2001, art. 57; Instrução pagamentos efetuados pelas pessoas jurídicas de
Normativa RFB nº 985/2009, art. 6º, alterada pela Instrução Nor- direito privado a outras pessoas jurídicas de direito
mativa RFB nº 1.535/2014, art. 1º) privado, pela prestação de serviços de limpeza,
conservação, manutenção, segurança, vigilância,
Clínicas de vacinação imunização humanas - transporte de valores e locação de mão de obra,
Obrigatoriedade de apresentação - Hipótese pela prestação de serviços de assessoria creditícia,
2) As clínicas de vacinação e imunização humanas mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos,
estão dispensadas de entregar a Declaração de Servi- administração de contas a pagar e a receber, bem
ços Médicos e de Saúde (DMED)? como pela remuneração de serviços profissionais,
devem ser informados na Dirf, discriminando-se,
As clínicas de vacinação e imunização humanas
mensalmente, o somatório dos valores pagos ou
que, além de aplicar vacinas, realizem consultas
creditados e o valor do imposto total retido, por con-
médicas devem apresentar a DMED. Nessa hipótese, tribuinte e por código de recolhimento.
apenas as informações referentes às consultas médi-
cas devem ser incluídas na referida declaração. Já (Instrução Normativa SRF nº 459/2004, art. 12, § 2º)
as clínicas de vacinação e imunização humanas que
se limitam a aplicar vacinas estão desobrigadas de Rendimentos não sujeitos à retenção do IRRF -
apresentar a DMED. Informação na declaração
(Lei nº 12.842/2013, art. 4º, § 5º, I; Instrução Normativa RFB 5) Os rendimentos pagos a pessoa física não su-
nº 985/2009, arts. 2º, 3º e 4º; Solução de Consulta nº 124/2014)
jeitos à retenção do Imposto de Renda Retido na Fonte
(IRRF) devem ser informados na Declaração do Im-
Dirf posto de Renda Retido na Fonte (Dirf)?
Cofins/PIS-Pasep - Retenções na fonte sobre
Sim. As pessoas obrigadas à entrega da Dirf
aquisição de autopeças - Informação na declaração
devem informar na declaração os rendimentos do
3) As retenções na fonte de Cofins e PIS-Pasep trabalho assalariado, quando o valor pago durante o
sobre a aquisição de autopeças devem ser informadas ano-calendário for igual ou superior a R$ 28.559,70 e
na Declaração de Imposto de Renda na Fonte (Dirf)? do trabalho sem vínculo empregatício, de aluguéis e
Sim. As retenções na fonte da Cofins e da de royalties, acima de R$ 6.000,00, pagos durante o
contribuição para o PIS-Pasep, decorrentes da ano-calendário, ainda que não tenham sofrido reten-
ção do IRRF.
aquisição de autopeças, nos termos do art. 3º,
§ 3º, da Lei nº 10.485/2002, art. 3º, § 3º, com redação (Instrução Normativa RFB nº 1.915/2019, art. 11, II e III)
dada pelo art. 42 da Lei nº 11.196/2005, devem ser
informadas na Dirf, nela discriminando-se, mês a ◙

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jan/2020 - Fascículo 05 IR/LS05-11

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