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Boletim j

Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 47/2019

São Paulo
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// Federal Veja nos Próximos


IPI/ICMS Fascículos
Sped - NF-e - CRT e CSOSN . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

// Estadual a ICMS - Alíquotas - Consumidor


final localizado em outra
ICMS Unidade da Federação
Manutenção de crédito fiscal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04 a ICMS - Mostruário

// IOB Setorial
Federal
Rural - ITR - Pagamento com TDA - Procedimento. . . . . . . . . . . . . 06

// IOB Comenta
Estadual
ICMS - Cálculo do ICMS incidente na importação . . . . . . . . . . . . . . 07

// IOB Perguntas e Respostas


IPI
Demonstração - Devolução - Indicação do IPI na nota fiscal. . . . . . 08
Soluções de consultas - Efeito vinculante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

ISS/São Paulo
Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) - Alterações ou encer-
ramento de atividade. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) - Prestador de serviço
de outro município. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
CCM - Não efetivação da inscrição . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
© 2019 by SAGE | IOB

Capa:
Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão:


Editorial SAGE | IOB

0800-724-7900 SAC

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros: IPI/ICMS : NF-e : CTR e CSOSN :


ITR : pagamento com TDA : procedimento... -- 15. ed.
-- São Paulo : SAGE - IOB, 2019. -- (Coleção manual
de procedimentos)

ISBN 978-85-379-3527-9

1. Imposto sobre Produtos Industrializados -


Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

19-31086 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados :


IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Boletim IOB

Impresso no Brasil
Printed in Brazil
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ICMS - IPI e Outros

a Federal
IPI/ICMS b) a numeração será sequencial de 1 a
999.999.999, por estabelecimento, e por série,
devendo ser reiniciada quando atingido esse
Sped - NF-e - CRT e CSOSN limite;

1. Introdução c) deverá conter um código numérico gerado


pelo emitente, que comporá a chave de aces-
A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) a ser utilizada so de identificação da NF-e, juntamente com
em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, o número de seu Cadastro Nacional da Pes-
pelos contribuintes do IPI e do ICMS é o documento soa Jurídica (CNPJ), número e série desse do-
emitido e armazenado eletronicamente, de existência cumento fiscal;
apenas digital, com o intuito de documentar opera- d) deverá ser assinada pelo emitente, com assi-
ções e prestações, cuja validade jurídica é garantida natura digital certificada por entidade creden-
pela assinatura digital do emitente e autorização ciada pela Infraestrutura de Chaves Públicas
de uso pela administração tributária da Unidade da Brasileira (ICP-Brasil), contendo o número do
Federação (UF) do contribuinte, antes da ocorrência CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do
do fato gerador. contribuinte, a fim de garantir a autoria do do-
cumento digital;
Para a emissão desse documento fiscal, devem
e) a identificação das mercadorias comercializa-
ser observadas, entre outras normas, as do Ajuste
das com a utilização da NF-e deverá conter,
Sinief nº 7/2005, que o instituiu, bem como as
também, o seu correspondente código na No-
instruções contidas no Manual de Orientação do menclatura Comum do Mercosul (NCM);
Contribuinte (MOC), versão 6.0, aprovada pelo Ato
Cotepe/ICMS nº 51/2015, disponível na página do f) deverá conter o Código Especificador da
Substituição Tributária (Cest), numérico e de
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz),
7 dígitos de preenchimento obrigatório no do-
www.confaz.fazenda.gov.br.
cumento fiscal que acobertar operação com
(Ajuste Sinief nº 7/2005; Ato Cotepe/ICMS nº 51/2015) as mercadorias listadas em convênio especí-
fico, independentemente de a operação estar
2. Formalidades sujeita aos regimes de substituição tributária
pelas operações subsequentes ou de anteci-
A NF-e deverá ser emitida com base em leiaute pação do recolhimento do ICMS com encerra-
estabelecido no MOC, por meio de software desenvol- mento de tributação;
vido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado
g) os GTIN informados na NF-e serão validados
pela administração tributária, observadas as seguin-
a partir das informações contidas no Cadas-
tes formalidades:
tro Centralizado de GTIN, que está baseado
a) o arquivo digital da NF-e deverá ser elaborado na Sefaz Virtual do Rio Grande do Sul (SVRS),
no padrão XML (Extended Markup Language); acessível por meio de consulta posta à dispo-

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 SP47-01


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ICMS - IPI e Outros

sição dos contribuintes, e é composto das se- A NF-e deverá conter o Código de Regime
guintes informações: Tributário (CRT) e, quando for o caso, o Código de
g.1) Numeração Global de Item Comercial Situação da Operação no Simples Nacional (CSOSN),
(GTIN); conforme definidos no Anexo I do Ajuste Sinief nº
7/2005.
g.2) marca;
g.3) tipo GTIN (8, 12, 13 ou 14 posições); Nota
g.4) descrição do produto; O Ajuste Sinief nº 14/2019 deu nova redação ao § 5º da cláusula ter-
ceira do Ajuste Sinief nº 7/2005, com efeitos a partir de 1º.01.2022, a seguir
g.5) dados da classificação do produto (seg- transcrito:
mento, família, classe e subclasse/bloco); “§ 5º A NF-e deverá conter o Código de Regime Tributário - CRT - de
g.6) país - principal mercado de destino; que trata o Anexo III do Convênio s/nº, de 15 de dezembro de 1970.”

g.7) Cest (quando existir); É obrigatório o preenchimento dos campos cEAN


g.8) NCM; e cEANTrib da NF-e, com as informações a seguir
g.9) peso bruto; indicadas, quando o produto comercializado possuir
g.10) unidade de medida do peso bruto; código de barras com GTIN:
g.11) GTIN de nível inferior, também denomi- a) cEAN: código de barras GTIN do produto que
nado “GTIN contido/item comercial con- está sendo comercializado na NF-e, podendo
tido”; ser referente à unidade de logística do produto;
g.12) quantidade de itens contidos;
b) cEANTrib: código de barras GTIN do produto
h) os proprietários das marcas dos produtos que tributável, ou seja, a unidade de venda no va-
possuem GTIN devem disponibilizar para a rejo, devendo, quando aplicável, referenciar a
administração tributária de sua UF, por meio menor unidade identificável por código GTIN;
da SVRS, as informações de seus produtos,
necessárias para a alimentação do Cadastro c) qCom: quantidade comercial, ou seja, a quan-
Centralizado de GTIN, que serão validadas, tidade de produto na unidade de comercializa-
conforme especificado em Nota Técnica pu- ção na NF-e;
blicada no Portal Nacional da NF-e; d) uCom: unidade de medida para comercializa-
i) para o cumprimento da exigência descrita na ção do produto na NF-e;
letra “h”, os proprietários das marcas devem
e) vUnCom: valor unitário de comercialização do
autorizar a organização legalmente responsá-
produto na NF-e;
vel pelo licenciamento dos GTIN utilizados a
repassar, mediante convênio, as informações f) qTrib: conversão da quantidade comercial à
necessárias diretamente para a SVRS; unidade de medida da apresentação do item
j) nos casos em que o local de entrega ou reti- para comercialização no varejo, devendo,
rada seja diverso do endereço do destinatá- quando aplicável, referenciar a menor unidade
rio, devem ser preenchidas as informações no identificável por código GTIN;
respectivo grupo específico na NF-e, deven- g) uTrib: unidade de medida da apresentação do
do também constar no Documento Auxiliar da item para comercialização no varejo, devendo,
Nota Fiscal Eletrônica (Danfe). quando aplicável, referenciar a menor unidade
identificável por código GTIN;
As séries serão designadas por algarismos arábi-
cos, em ordem crescente, podendo o Fisco restringir h) vUnTrib: conversão do valor unitário comer-
a quantidade de séries, observando-se que: cial à unidade de medida da apresentação do
item para comercialização no varejo, devendo,
a) a utilização de série única será representada
quando aplicável, referenciar a menor unidade
pelo número zero;
identificável por código GTIN; e
b) é vedada a utilização de subséries.
i) os valores obtidos pela multiplicação entre os
Para efeito de geração do código numérico, na campos indicados nas letras “c” e “e” e nas
hipótese de a NF-e não possuir série, o campo corres- letras “f” e “g” devem produzir o mesmo resul-
pondente deverá ser preenchido com zeros. tado.

47-02 SP Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB


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ICMS - IPI e Outros

Os detentores de códigos de barras deverão Tabela B - Código de Situação da Operação


manter atualizados os dados cadastrais de seus no Simples Nacional (CSOSN)
produtos junto à organização legalmente responsável
pelo licenciamento do respectivo código de barras, 101 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito
de forma a manter atualizado o Cadastro Centralizado - Classificam-se neste código as operações que permitem a indi-
cação da alíquota do ICMS devido no Simples Nacional e o valor
de GTIN. do crédito correspondente.
102 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito
Os sistemas de autorização da NF-e deverão - Classificam-se neste código as operações que não permitem a
indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e
validar as informações descritas nos campos cEAN do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos
e cEANTrib, junto ao Cadastro Centralizado de GTIN códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900.
da organização legalmente responsável pelo licencia- 103 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita
mento do respectivo código de barras, devendo ser bruta
rejeitadas as NF-e em casos de não conformidade - Classificam-se neste código as operações praticadas por op-
tantes pelo Simples Nacional contemplados com isenção conce-
das informações contidas no Cadastro Centralizado dida para faixa de receita bruta nos termos da Lei Complementar
de GTIN. nº 123, de 2006.
201 - Tributada pelo Simples Nacional com permissão de crédito e
com cobrança do ICMS por substituição tributária
Além das formalidades mencionadas, deverão
- Classificam-se neste código as operações que permitem a indi-
ser indicados na NF-e o CRT e, quando for o caso, cação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e do va-
o CSOSN, conforme definidos no Anexo I do Ajuste lor do crédito, e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
Sinief nº 7/2005. 202 - Tributada pelo Simples Nacional sem permissão de crédito e
com cobrança do ICMS por substituição tributária
(Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusulas terceira e sexta, §§ 4º e - Classificam-se neste código as operações que não permitem a
5º, Anexo I) indicação da alíquota do ICMS devido pelo Simples Nacional e
do valor do crédito, e não estejam abrangidas nas hipóteses dos
códigos 103, 203, 300, 400, 500 e 900, e com cobrança do ICMS
3. Código de Regime Tributário (CRT) e por substituição tributária.
203 - Isenção do ICMS no Simples Nacional para faixa de receita
Código de Situação da Operação no bruta e com cobrança do ICMS por substituição tributária
Simples Nacional (CSOSN) - Classificam-se neste código as operações praticadas por optan-
tes pelo Simples Nacional contemplados com isenção para faixa
Nota de receita bruta nos termos da Lei Complementar nº 123, de 2006,
e com cobrança do ICMS por substituição tributária.
Nos termos da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 14/2019, fica revoga-
do, com efeitos a partir de 1º.01.2022, o Anexo I - Códigos de Detalhamento 300 - Imune
do Regime e da Situação, do Ajuste Sinief nº 7/2005. - Classificam-se neste código as operações praticadas por op-
tantes pelo Simples Nacional contempladas com imunidade do
Reproduzimos, a seguir, as Tabelas “A” e “B” do ICMS.
Anexo I do Ajuste Sinief nº 7/2005, com os respectivos 400 - Não tributada pelo Simples Nacional
códigos a serem inseridos na NF-e: - Classificam-se neste código as operações praticadas por op-
tantes pelo Simples Nacional não sujeitas à tributação pelo ICMS
dentro do Simples Nacional.
Tabela A - Código de Regime 500 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária
(substituído) ou por antecipação
Tributário (CRT)
- Classificam-se neste código as operações sujeitas exclusiva-
mente ao regime de substituição tributária na condição de substi-
1 - Simples Nacional tuído tributário ou no caso de antecipações.
2 - Simples Nacional - Excesso de sublimite da receita bruta 900 - Outros
3 - Regime Normal - Classificam-se neste código as demais operações que não se
enquadrem nos códigos 101, 102, 103, 201, 202, 203, 300, 400
Notas Explicativas: e 500.
O código 1 será preenchido pelo contribuinte quando for optante Nota Explicativa:
pelo Simples Nacional. O CSOSN será usado na NF-e exclusivamente quando o CRT for
O código 2 será preenchido pelo contribuinte optante pelo Simples igual a “1”, e substituirá os códigos da Tabela B - Tributação pelo
Nacional, mas que tiver ultrapassado o sublimite de receita bruta ICMS do Anexo Código de Situação Tributária (CST) do Convênio
fixado pelo Estado/DF e estiver impedido de recolher o ICMS/ISS Sinief s/nº de 15.12.1970.
por esse regime, conforme os arts. 19 e 20 da Lei Complementar
nº 123/2006. (Ajuste Sinief nº 7/2005, cláusula terceira; Convênio Sinief
O código 3 será preenchido pelo contribuinte que não estiver nas s/nº de 15.12.1970)
situações 1 ou 2.
N
Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 SP47-03
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ICMS - IPI e Outros

a Estadual
ICMS e mercadorias. O art. 21, § 2º, da Lei Complementar
nº 87/1996, dispõe que não se estornam créditos
referentes a mercadorias e serviços que venham a
Manutenção de crédito fiscal
ser objeto de operações ou prestações destinadas
SUMÁRIO ao exterior ou de operações com o papel destinado à
1. Quadro sinótico
2. Manutenção de crédito fiscal impressão de livros, jornais e periódicos.
3. Exportação
4. Saída de mercadoria com o fim específico de No que se refere à exportação, a Carta Magna
exportação estabelece que o ICMS não incide sobre operações
5. Embarcação ou aeronave de bandeira estrangeira que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre
6. Energia elétrica
7. Papel utilizado na impressão de livros, jornais e serviços prestados a destinatários no exterior, assegu-
periódicos rada a manutenção e o aproveitamento do montante
8. Outras hipóteses previstas na legislação do imposto cobrado nas operações e prestações
anteriores.
1. Quadro sinótico
A Constituição Federal de 1988 (CF/1988) dis- Examinaremos, neste texto, as disposições con-
põe que cabe à lei complementar prever casos de tidas na legislação paulista sobre a manutenção de
manutenção de crédito, relativamente à remessa para créditos fiscais, cujas informações sintetizamos no
outro Estado e exportação para o exterior, de serviços quadro a seguir:

Manutenção de crédito fiscal


Direito ao crédito É assegurado ao contribuinte o direito de creditar-se do imposto anteriormente co-
brado relativamente à mercadoria entrada, real ou simbolicamente, em seu esta-
belecimento, ou a serviço a ele prestado, em razão de operações ou prestações
regulares e tributadas.
Exportação Não é exigido o estorno do crédito do imposto em relação às operações não tributa-
das destinadas ao exterior (exportação direta e indireta).
Uso ou consumo em embarcação ou aeronave de Não é exigido o estorno do crédito na saída de produto industrializado de origem
bandeira estrangeira nacional para uso ou consumo em embarcação ou aeronave de bandeira estrangei-
ra, aportada no País.
Energia elétrica - Saída interestadual É permitida a manutenção do crédito na saída de energia elétrica com destino a
outro Estado.
Papel destinado à impressão de livros, jornais ou Não é exigido o estorno do crédito fiscal em relação à operação com papel destina-
periódicos do à impressão de livros, jornais ou periódicos.
Saídas beneficiadas com isenção ou redução da Nas hipóteses em que a legislação prevê benefícios fiscais, tais como isenção ou
base de cálculo redução da base de cálculo, como regra o crédito deverá ser estornado, salvo se a
manutenção do crédito for expressamente prevista na legislação.

(Constituição Federal/1988, art. 155, § 2º, X, “a”, XII, “f”; Lei Complementar nº 87/1996, art. 21, § 2º)

2. Manutenção de crédito fiscal mente cobrado relativamente à mercadoria entrada,


real ou simbolicamente, em seu estabelecimento, ou
O ICMS é não cumulativo, compensando-se o
que for devido em cada operação ou prestação com a serviço a ele prestado, em razão de operações ou
o anteriormente cobrado por este ou outro Estado, prestações regulares e tributadas.
relativamente à mercadoria entrada ou à prestação de
serviço recebida, acompanhada de documento fiscal A isenção ou a não incidência, salvo determinação
hábil, emitido por contribuinte em situação regular em contrário da legislação, não implicará crédito para
perante o Fisco. compensação com o valor devido nas operações ou
prestações seguintes e, também, acarretará a anula-
Para a compensação, é assegurado ao contri- ção do crédito relativo às operações ou às prestações
buinte o direito de creditar-se do imposto anterior- anteriores, cuja regra aplica-se ainda à operação ou

47-04 SP Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

à prestação beneficiadas por redução da base de a ocorrência, dentro do prazo de 15 dias, ser comu-
cálculo, proporcionalmente à parcela correspondente nicada à repartição fiscal a que estiver vinculado o
à redução. estabelecimento depositante:
a) pelo entreposto aduaneiro, se localizado em
No entanto, a legislação prevê hipóteses em que
território paulista;
não é exigido o estorno do crédito, isto é, o crédito fis-
cal escriturado por ocasião da entrada da mercadoria b) pelo estabelecimento depositante, se o entre-
ou da utilização do serviço é mantido na escrituração posto aduaneiro situar-se em outro Estado.
fiscal do contribuinte, conforme examinaremos nos (RICMS-SP/2000, art. 7º, V, § 1º, item 1, “b”, § 3º, art. 68, I,
itens seguintes. e arts. 439 a 450)

(RICMS-SP/2000, art. 59, caput, art. 60 e art. 61, caput) 5. Embarcação ou aeronave de bandeira
estrangeira
3. Exportação O estorno do crédito não se aplica, ainda, à saída
Não é exigido o estorno do crédito do imposto de produto industrializado de origem nacional para
em relação às operações não tributadas previstas no uso ou consumo em embarcação ou aeronave de
inciso V e no § 1º do art. 7º do Regulamento do ICMS, bandeira estrangeira, aportada no País, desde que
aprovado pelo Decreto nº 45.490/2000. cumulativamente:
a) a operação seja acobertada por comprovante
O inciso V do mencionado dispositivo dispõe de exportação, na forma estabelecida pelo ór-
sobre a não incidência do imposto na saída de mer- gão competente, devendo constar na nota fis-
cadoria ou prestação de serviço que se destinem ao cal, como natureza da operação, a indicação
exterior. “Fornecimento para uso ou consumo em embar-
(RICMS-SP/2000, art. 7º, V, § 1º, e art. 68, I) cação ou aeronave de bandeira estrangeira”;
b) o adquirente esteja sediado no exterior;
4. Saída de mercadoria com o fim c) o pagamento seja efetuado em moeda estran-
específico de exportação geira conversível, mediante fechamento de
O estorno do crédito também não é exigido em câmbio em banco devidamente autorizado, ou
relação à saída de mercadoria com o fim específico mediante débito em conta de custeio mantida pelo
de exportação, com destino a: agente ou representante do armador adquirente;
d) o embarque seja comprovado por documento
a) empresa comercial exportadora, inclusive hábil.
trading;
(RICMS-SP/2000, art. 7º, V, § 1º, item 2, e art. 68, I)
b) armazém alfandegado ou entreposto adua-
neiro; 6. Energia elétrica
c) outro estabelecimento da mesma empresa.
É permitida a manutenção do crédito na saída de
Notas energia elétrica com destino a outro Estado.
(1) Entende-se por empresa comercial exportadora a que estiver inscri-
ta como tal no órgão federal competente. (RICMS-SP/2000, art. 68, III)
(2) Nas saídas de mercadorias com o fim específico de exportação,
deverão ser observadas, além de outras normas específicas, as disposições 7. Papel utilizado na impressão de livros,
dos arts. 439 a 450 do RICMS-SP/2000.
jornais e periódicos
(RICMS-SP/2000, art. 7º, V, § 1º, item 1, § 3º, art. 68, I, e
arts. 439 a 450) Não é exigido o estorno do crédito fiscal em rela-
ção à operação com papel destinado à impressão de
livros, jornais ou periódicos.
4.1 Remessa de mercadoria de um para outro
entreposto aduaneiro (RICMS-SP/2000, art. 68, IV)

O benefício a que se refere a letra “b” do item 4


8. Outras hipóteses previstas na
será também aplicado na hipótese de remessa de
legislação
mercadoria de um para outro entreposto aduaneiro,
mesmo quando situado em outro Estado, mantida a Nas hipóteses em que a legislação prevê bene-
exigência do fim específico de exportação, devendo fícios fiscais, tais como isenção ou redução da base

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 SP47-05


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ICMS - IPI e Outros

de cálculo, em determinados casos, esses benefícios da base de cálculo na forma do art. 8º do Anexo II do
são cumulados com a manutenção do crédito fiscal. RICMS-SP/2000.
Veja, por exemplo, o § 1º do art. 1º do Anexo I do
RICMS-SP/2000, que dispõe sobre a não exigência Observe-se que a dispensa do estorno deve
do estorno do crédito relativo à aquisição efetuada estar expressamente prevista no dispositivo legal ou
pelo Estado, por meio de adjudicação, de mercadoria regulamentar que prevê o benefício fiscal relativo à
oferecida à penhora. operação ou à prestação correspondentes.

Outro exemplo é a dispensa do estorno propor- (RICMS-SP/2000, Anexo I, art. 1º, § 1º, e Anexo II, art. 8º,
parágrafo único)
cional do crédito na saída interna de gás liquefeito de
petróleo e de gás natural, beneficiada pela redução N

a IOB Setorial
Federal representante da instituição financeira custo-
diante dos títulos;
Rural - ITR - Pagamento com TDA - b) documentos comprobatórios do preço e das
características dos TDA obtidos em sistema in-
Procedimento formatizado da Central de Custódia e de Liqui-
dação Financeira de Títulos (Cetip S.A. - Mer-
A Instrução Normativa Conjunta RFB/STN
cados Organizados); e
nº 1.506/2014 dispõe sobre o pagamento de até 50%
do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) c) cópia da nota fiscal ou do documento que
com Títulos da Dívida Agrária (TDA). comprova a aquisição dos TDA.

A Cetip dará ciência ao titular da unidade da RFB


Somente serão aceitos TDA escriturais, sendo
solicitante acerca da efetiva transferência de titulari-
vedado o seu fracionamento.
dade dos TDA para fins de confirmação do pagamento
da parcela do ITR e cientificação do requerente.
O requerimento para o pagamento do ITR, me-
diante utilização de TDA escritural, deverá ser dirigido
A declaração de impossibilidade de transferência
à autoridade fiscal da jurisdição do imóvel.
dos títulos aos beneficiários pela Cetip configura
inexistência de pagamento da parcela do imposto.
À opção do contribuinte, o requerimento poderá
Nessa hipótese, o pagamento do saldo do imposto
ser dirigido à autoridade competente da unidade da
deverá ser efetuado com todos os acréscimos legais,
Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB)
incidentes desde a data de seu vencimento.
de seu domicílio fiscal.
Os TDA escriturais dados em pagamento do ITR
Para a solicitação de pagamento do imposto
serão recebidos pelo valor nominal acrescido dos
com TDA, deverão ser utilizados o requerimento para
juros, inclusive o pro rata.
pagamento do ITR com TDA escriturais e a autoriza-
ção à instituição financeira custodiante para realizar a
O valor nominal dos TDA é aquele publicado
transferência dos títulos aos respectivos beneficiários,
mensalmente por portaria da Secretaria do Tesouro
conforme modelo constante do Anexo I da Instrução
Nacional (STN) e disponibilizado pela Cetip.
Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014.
A data da liquidação será aquela em que for pro-
O requerimento será instruído com os seguintes
tocolizado o requerimento que trata do pagamento do
documentos:
imposto com TDA.
a) documento de transferência (DOC), confor-
(Instrução Normativa Conjunta RFB/STN nº 1.506/2014)
me modelo constante do Anexo II da referida
Instrução Normativa Conjunta, assinado pelo N
47-06 SP Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB
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ICMS - IPI e Outros

a IOB Comenta
Estadual Base de cálculo = R$ 15.244,00

Valor do ICMS = BC x alíquota-ICMS


ICMS - Cálculo do ICMS incidente na
importação R$ 15.244,00 x 18%
Valor do ICMS = R$ 2.743,90
Dentre as diversas hipóteses de ocorrência do
fato gerador do ICMS, destacamos a importação de Com relação a forma de pagamento este será
mercadorias do exterior, cujo fato gerador se dará recolhido mediante guia de recolhimentos especiais.
no desembaraço aduaneiro da mercadoria impor-
tada. Assim, o ICMS na importação deve ser recolhido
através de GARE ou GNRE a favor do Estado de São
Paulo:
Nesse cenário, é importante observar que
mesmo que a importação não seja habitual ou ainda a) quando a mercadoria ou bem entrar fisicamen-
que o importador não tenha a intenção de comer- te em estabelecimento paulista, inscrito ou não
cializar o produto importado, haverá a incidência do no Cadastro de contribuintes deste Estado,
ICMS. após o desembaraço aduaneiro da mercadoria
b) quando o bem for importado por pessoa física
Com relação a base de cálculo do imposto, será residente neste estado
o valor constante do documento de importação,
c) até a ocorrência do fato gerador (desembara-
acrescido do valor dos Impostos de Importação,
ço aduaneiro)
sobre Produtos Industrializados e sobre Operações
de Câmbio, bem como de quaisquer outros impos- A GARE código 120-0 é utilizada quando o impor-
tos, taxas, contribuições e despesas aduaneiras. tador efetua o desembaraço aduaneiro no Estado
Devendo observar ainda que o montante do imposto, de São Paulo, realizando o recolhimento para este
integra sua própria base de cálculo, constituindo o Estado.
respectivo destaque mera indicação para fins de
controle. A GNRE código 10005-6 é utilizada quando o
recolhimento é a favor do Estado de São Paulo, porém
Para melhor ilustrar, vejamos um exemplo, onde: o desembaraço aduaneiro ocorre em outro Estado.

Valor CIF da mercadoria (*) = R$ 10.000,00 Caso não seja devido o imposto até o momento
do desembaraço aduaneiro, deverá ser emitida Guia
Imposto de Importação = R$ 1.000,00
para Liberação de mercadoria estrangeira devida-
IPI = R$ 500,00 mente fundamentada.
PIS = R$ 165,00
(*) CIF é a sigla para Cost, Insurance and Freight,
Cofins = R$ 760,00 que em português, significa “Custo, Seguros e Frete”.
Outras despesas = R$ 75,00 Neste tipo de frete, o fornecedor é responsável por
todos os custos e riscos com a entrega da mercadoria,
Base de Cálculo do ICMS: BC = (CIF + II + IPI incluindo o seguro marítimo e frete. Esta responsabi-
+ PIS + Cofins + Demais Despesas) ÷ (1 - alíquota- lidade finda quando a mercadoria chega ao porto de
-ICMS) destino designado pelo comprador.
Base de Cálculo = (10.000,00 + 1.000,00 + 500,00 (RICMS-SP/2000, art. 2º, IV, art. 10; Portaria CAT nº 59/2007,
+ 165,00 + 760,00 + 75,00) ÷ (1 - 0,18) art. 115, caput)

Base de cálculo = R$ 12.500,00 ÷ (0,82) N


Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 SP47-07
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

a IOB Perguntas e Respostas


IPI vinculante no âmbito da RFB, respaldam o sujeito
passivo que as aplicar, independentemente de ser o
Demonstração - Devolução - Indicação do IPI na nota consulente, desde que se enquadre nas hipóteses por
fiscal elas abrangidas, sem prejuízo de que a autoridade
fiscal, em procedimento de fiscalização, verifique seu
1) Na devolução de mercadoria recebida em de-
efetivo enquadramento.
monstração, de estabelecimento industrial, deve ser
destacado o Imposto sobre Produtos Industrializados (Instrução Normativa RFB nº 1.396/2013, art. 9º)
(IPI) na nota fiscal?
Não. A nota fiscal deverá ser emitida sem o des-
taque do IPI. Contudo, o valor do imposto deverá ser
ISS/São Paulo
indicado no campo “Informações Complementares”. Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) -
Alterações ou encerramento de atividade
Nesse mesmo campo deverá ser mencionado o
número, a série e a data de emissão da nota fiscal por 3) O contribuinte deve comunicar à prefeitura a al-
meio da qual a mercadoria foi recebida. teração ou o encerramento de sua atividade?
Sim. Sempre que ocorrer alteração nos dados
A legislação do IPI só permite o destaque do valor cadastrais, o contribuinte deve providenciar a comu-
incidente sobre a operação, quando, efetivamente, nicação à prefeitura.
ocorrer o fato gerador deste tributo.
Da mesma forma, em caso de encerramento da
Logo, em se tratando de Nota Fiscal Eletrônica atividade, o contribuinte deve comunicar ao Fisco
(NF-e), na operação de devolução, o campo “Valor do municipal.
IPI” não deverá ser preenchido, em face ao disposto
nos arts. 231, I, e 416, XIV, do Regulamento do IPI Em qualquer caso, essa comunicação deverá ser
(RIPI), que dispõem sobre as indicações que deverão feita no prazo de 30 dias, contados da data em que
constar do campo “Informações Complementares” ocorrerem alterações ou da data do encerramento da
do quadro “Dados Adicionais” do documento fiscal, atividade.
inclusive, quanto à indicação do valor do imposto
(Decreto nº 53.151/2012, arts. 63 e 64)
incidente na operação realizada pelo fornecedor, para
que este possa se apropriar do respectivo valor por
ocasião da entrada do produto em devolução, no seu Cadastro de Contribuintes Mobiliários (CCM) -
estabelecimento. Prestador de serviço de outro município
4) O contribuinte prestador de serviço de outro mu-
(RIPI/2010, arts. 231, I, e 416, XIV; Ajuste Sinief nº 2/2009;
Manual de Orientação do Contribuinte, versão 6.0, Anexo I, item nicípio deve inscrever-se no Cadastro de Contribuintes
246) do Município de São Paulo?
Sim. O prestador de serviços que emitir nota fiscal
Soluções de consultas - Efeito vinculante ou outro documento fiscal equivalente autorizado por
2) A interpretação dada pela Secretaria Especial outro município ou pelo Distrito Federal, para tomador
da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de so- estabelecido no Município de São Paulo, referente aos
lução de consulta da Coordenação-Geral do Sistema serviços descritos nos itens 1, 2, 3 (exceto o subitem
de Tributação (Cosit) ou solução de divergência, pode 3.04), 4 (exceto os subitens 4.22 e 4.23), 5 (exceto o
subitem 5.09) e 6, 8 a 10 (exceto o subitem 10.04), 13
ser aplicada por qualquer contribuinte ou somente por
a 15 (exceto os subitens 15.01 e 15.09), 17 (exceto os
quem impetrou a consulta?
subitens 17.05 e 17.09), 18, 19 e 21 a 40, bem como
A solução de consulta Cosit e a solução de diver- nos subitens 7.01, 7.03, 7.06, 7.07, 7.08, 7.13, 7.18,
gência, a partir da data de sua publicação, têm efeito 7.19, 7.20, 11.03 e 12.13, todos constantes da lista do

47-08 SP Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 - Boletim IOB


Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros

caput do art. 1º da Lei nº 13.701/2003, fica obrigado CCM - Não efetivação da inscrição
a proceder à sua inscrição em cadastro da Secretaria
Municipal da Fazenda do Município de São Paulo. 5) Há hipótese de a inscrição não ser validada no
ato da apresentação dos documentos juntamente com
Excetuam-se do referido cadastro os serviços o protocolo de inscrição no Cadastro de Contribuintes
provenientes do exterior do País ou cuja prestação Mobiliários (CCM)?
tenha se iniciado no exterior do País.
Sim. A inscrição do contribuinte no CCM não será
Observa-se que a inscrição não implica ao con- efetivada se ocorrer duplicidade de CPF ou CNPJ,
tribuinte qualquer ônus, especialmente em relação hipótese em que o requerimento de inscrição será
à cobrança de taxas e preços públicos, e deve ser analisado pela unidade competente da Secretaria
feita exclusivamente pela Internet. Os contribuintes Municipal de Finanças e Desenvolvimento Econômico,
devem observar a regulamentação da citada Lei, pelo
que terá o prazo de 10 dias úteis, contados da data de
Decreto nº 53.151/2012 e Portaria SF nº 101/2005,
alterada pela Portaria SF nº 118/2005. entrega do protocolo.

(Lei nº 13.701/2003, arts. 9º-A, caput, e 9º-B, caput; Lei nº (Instrução Normativa SF/Surem nº 2/2013, art. 5º)


14.042/2005, art. 2º; Decreto nº 53.151/2012, art. 69; Portaria
SF nº 101/2005)

Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Nov/2019 - Fascículo 47 SP47-09

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