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FUNDAMENTOS

DE CUSTEIO
Eduardo Gondim

E-book 4
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO���������������������������������������������� 3
CUSTEIO POR ATIVIDADES (CUSTO
ABC)���������������������������������������������������������������� 4
COMO ESTABELECER O CUSTEIO
POR ATIVIDADES��������������������������������������� 5
REVISÃO DOS TIPOS DE CUSTO����������12
RELAÇÃO DE CUSTOS E
LUCRATIVIDADE DA BRUNA BOLOS��18
CONSIDERAÇÕES FINAIS���������������������� 33
SÍNTESE������������������������������������������������������� 35

2
INTRODUÇÃO
Existem duas maneiras de classificar os custos: po-
dem ser fixos ou variáveis e diretos ou indiretos. Para
os indiretos, há métricas de rateio que possibilitam
que esses custos sejam absorvidos pelos produtos
da empresa, de modo a tornar-se possível a apura-
ção do custo total de cada produto que a empresa
fabrica.

Por esse motivo, na primeira parte deste módulo,


vamos estudar a Metodologia ABC como um método
alternativo a fim de apurar os custos indiretos da
empresa. Vamos analisar e refletir sobre as vanta-
gens e as desvantagens de adotar esse método ou
de adotar o método de custeio por absorção.

Vamos estudar, ainda, a relação do custo do produto,


o qual compreende algumas das decisões mais im-
portantes da empresa. Por exemplo: produzir mais
ou aumentar o preço? O preço de venda permite que
minha empresa alcance a lucratividade esperada?

Para isso, seguiremos usando a Bruna Bolos como


nosso caso de estudo, com o objetivo de concluirmos
o curso aptos a aplicar os conceitos estudados.

3
CUSTEIO POR
ATIVIDADES (CUSTO ABC)
Com vistas a apurar a lucratividade dos produtos,
precisamos alocar todos os custos da empresa em
todos os produtos fabricados. Para isso, precisa-
mos classificar os custos dos produtos em diretos
e indiretos. Os custos diretos são automaticamente
associados aos produtos, na medida em que são uti-
lizados para a produção; já os indiretos são rateados
de acordo com os critérios de rateio.
Dessa forma, todos os produtos da empresa absor-
vem consigo seus custos diretos e parte dos custos
indiretos. Por isso, a metodologia que estabelece os
rateios dos custos indiretos é denominada custeio
por absorção.
Porém, essa metodologia é muitas vezes questionável.
A principal queixa dos gestores é que os rateios distor-
cem a realidade de custos dos produtos, ocasionando
erros nas apurações e comprometendo decisões como
preços de venda e continuidade dos produtos. Pensando
nisso, vamos estudar outra metodologia de custeio apli-
cada aos custos indiretos: o custeio por atividades.
É comum chamar essa metodologia por custeio ABC,
pois é uma sigla originada do inglês: Activity-based
Costing. Seu objetivo é apurar os custos de cada
atividade indireta e saber o consumo de cada uma
delas pelos produtos, sem a necessidade de um
rateio. Portanto, o Custeio por atividade (ABC) é a
metodologia que encontra o custo de cada atividade
que compõe os custos indiretos dos produtos.

4
COMO ESTABELECER
O CUSTEIO POR
ATIVIDADES
O primeiro passo para a utilização da metodologia
é a definição de todos os produtos e macroativida-
des da empresa. Vamos trabalhar com o seguinte
exemplo: uma editora de livros que tem dois tipos
de produtos. Um deles é o material didático e o outro
são os livros de literatura.

O segundo passo é identificar as macroatividades da


empresa, ou seja, quais são as etapas de um produto
da companhia, desde a chegada dos insumos até
sua entrega para a venda? No caso da editora que
estamos usando como exemplo, as macroatividades
estão na Tabela 1:

Macroatividades da editora
Recebimento dos manuscritos pelos autores

Produção

Acabamento

Embalagem

Transporte

Tabela 1: Macroatividades da editora de livros. Fonte: Elaboração


própria.

5
Depois, precisamos estabelecer os direcionadores de
custo. Direcionadores de custo são os indicadores de
cada atividade que vão orientar o custo da atividade
por produto. Por exemplo, o direcionador de custo da
macroatividade de transporte é a quantidade de livros
transportados. Se a empresa transportar 800 livros
didáticos e 200 de literatura, teremos uma proporção
de 80% para os livros didáticos. Portanto, 80% do
custo indireto dessa macroatividade será alocada
para os livros didáticos. Nesse momento, porém,
precisamos apenas encontrar os direcionadores de
custo para cada uma das macroatividades (Tabela 2):

Macroatividades da editora
Recebimento dos Quantidade de livros recebidos
livros pelos autores

Produção Quantidade de livros encaminhados para


acabamento

Acabamento Quantidade de livros encaminhados para


estoque

Embalagem Quantidade de livros pedidos pela


distribuidora

Transporte Quantidade de livros entregues

Tabela 2: Direcionadores de custo das macroatividades da editora.


Fonte: Elaboração própria.

A próxima etapa é elencar os custos indiretos e o


quanto de cada recurso que compõe esses custos
participa de macroatividade. Essa distribuição é
normalmente obtida por meio de entrevistas com
os envolvidos das próprias macroatividades. Por

6
exemplo, vamos considerar que o custo do departa-
mento de transportes seja um custo indireto e, por
meio das entrevistas feitas com as pessoas da área,
apura-se que 100% desse custo está associado à
macroatividade transporte. Já o custo indireto com
a manutenção de equipamentos tem peso igual nas
cinco macroatividades (Tabela 3):

Custos indiretos e alocação por macroatividade


Custos Custo Recebimento
Produção Acabamento Embalagem Transporte
indiretos mensal dos livros
Manutenção
R$
de 20% 20% 20% 20% 20%
10.000
equipamento
Depreciação
de R$ 6.000 10% 35% 35% 10% 10%
máquinas
Salário da
R$
equipe de 0% 50% 50% 0% 0%
14.400
revisão
Salário da
R$
equipe de 0% 0% 50% 50% 0%
12.300
encadernação
Transporte R$ 7.000 0% 0% 0% 0% 100%
Homologação R$ 2.200 0% 30% 40% 30% 0%

Tabela 3: Custos indiretos e alocação por macroatividades. Fonte:


Elaboração própria.

Agora, vamos alocar os custos indiretos com base


no direcionador de custo de cada atividade. A Tabela
4 mostra o resultado de cada direcionador de custo
por produto. Percebemos que, além de apurar os
direcionadores em números absolutos, estabelece-
mos a porcentagem (%) de cada uma das macroa-
tividades. Por exemplo, os 100 materiais didáticos

7
encaminhados ao acabamento representaram 43%
do direcionador total da macroatividade.

Com isso, ficamos sabendo os custos indiretos por


produto:

% de direcionadores X Peso da atividade no


custo indireto X Custo indireto

Por exemplo, quando observamos que a literatura alo-


cou R$ 1.090,60 do custo indireto Homologação, en-
tendemos com a tabela que o custo do item é de R$
2.200. A atividade de produção representa 30% desse
custo e, nessa atividade, o direcionador de literatura
representou 57% do total. A atividade de acabamen-
to, por sua vez, representou 40% do custo e, nessa
atividade, o direcionador de literatura representou
56% do total. A atividade de embalagem representou
30% do custo e, nessa atividade, o direcionador de
literatura representou 34%. Assim, o custo indireto
do produto literatura com homologação foi:

(R$ 2.200 X 30% X 57%) + (R$ 2.200 X 40% X


56%) + (R$ 2.200 X 30% X 34%) = R$ 1.090,60

Apurando o custo de todas as macroatividades, com


seus direcionadores por produto, chegaremos ao
custo indireto por produto. Observe:

8
Macroa- Re- Produ- Acaba- Emba- Trans- Totais
Custos indiretos
-tivida- cebi- ção mento lagem porte
des mento
dos
livros
pelos
auto-
res

Direcio- Quan- Quanti- Quanti- Quanti- Quantidade de


nadores tidade dade de dade de dade de livros entregues
de livros livros livros
livros encami- encami- pedidos
recebi- -nhados nhada pela
Direcionadores Totais

dos para para distri-


acaba- estoque buidora
-mento

Materiais 300 100 124 164 120


didáticos

Literatura 789 130 160 83 120

Materiais 28% 43% 44% 66% 50%


didáticos
(%)

Literatura 72% 57% 56% 34% 50%


(%)

R$ 10.000 20% 20% 20% 20% 20% 100%

Materiais R$ R$ R$ 873,24 R$ R$ R$
Manutenção do
equipamento

didáticos 550,96 869,57 1.327,94 1.000,00 4.621,70

Literatura R$ R$ R$ R$ 672,06 R$ R$
1.449,04 1.130,43 1.126,76 1.000,00 5.378,30

Total R$ R$ R$ R$ R$ R$
Manutenção 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 2.000,00 10.000,00
de equipa-
mento

R$ 6.000 10% 35% 35% 10% 10% 100%


Depreciação das

Materiais R$ R$ R$ 916,90 R$ 398,38 R$ 300,00 R$


didáticos 165,29 913,04 2.693,61
máquinas

Literatura R$ R$ R$ R$ 201,62 R$ 300,00 R$


434,71 1.186,96 1.183,10 3.306,39

Total R$ R$ R$ R$ 600,00 R$ 600,00 R$


Depreciação 2.100,00 2.100,00 6.000,00
das 600,00
máquinas

9
Macroa- Re- Produ- Acaba- Emba- Trans- Totais
Custos indiretos
-tivida- cebi- ção mento lagem porte
des mento
dos
livros
pelos
auto-
res

R$ 14.400 0% 50% 50% 0% 0% 100%


Salário da equipe de

Materiais R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$ 0,00 R$


didáticos 3.130,43 3.143,66 6.274,10
revisão

Literatura R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$ 0,00 R$


4.069,57 4.056,34 8.125,90

Total R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$ 0,00 R$


Equipe de 7.200,00 7.200,00 14.400,00
revisão

R$ 12.300 0% 0% 50% 50% 0% 100%


Salário da equipe de

Materiais R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$


encader-nação

didáticos 2.685,21 4.083,40 6.768,61

Literatura R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$


3.464,79 2.066,60 5.531,39

Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$ R$ 0,00 R$


Equipe de 6.150,00 6.150,00 12.300,00
encaderna-
ção

R$ 7.000 0% 0% 0% 0% 100% 100%

Materiais R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$


didáticos 3.500,00 3.500,00
Transporte

Literatura R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$


3.500,00 3.500,00

Total R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ 0,00 R$ R$


Equipe de 7.000,00 7.000,00
encaderna-
ção

R$ 2.200 0% 30% 40% 30% 0% 100%

Materiais R$ 0,00 R$ R$ 384,23 R$ 438,22 R$ 0,00 R$


didáticos 286,96 1.109,40
Homologação

Literatura R$ 0,00 R$ R$ 495,77 R$ 221,78 R$ 0,00 R$


373,04 1.090,60

Total R$ 0,00 R$ R$ 880,00 R$ 660,00 R$ 0,00 R$


Equipe de 660,00 2.200,00
encaderna-
ção

10
Macroa- Re- Produ- Acaba- Emba- Trans- Totais
Custos indiretos
-tivida- cebi- ção mento lagem porte
des mento
dos
livros
pelos
auto-
res

Materiais R$ R$ R$ R$ R$ R$
Totais custos indiretos

didáticos 716,25 5.200,00 8.003,24 6.247,94 4.800,00 24.967,43

Literatura R$ R$ R$ R$ R$ R$
1.883,75 6.760,00 10.326,76 3.162,06 4.800,00 26.932,57

Tabela 4: Apuração dos custos indiretos por cada produto. Fonte:


Elaboração própria.

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REVISÃO DOS TIPOS DE
CUSTO
Os custos das empresas estão sujeitos a dois tipos
de classificação: podem ser fixos ou variáveis e dire-
tos ou indiretos. Assim, é bom relembrar a definição
de alguns conceitos. Os custos fixos são aqueles
cujos valores não variam de acordo com a quanti-
dade produzida. Os custos variáveis são aqueles
cujos valores variam de acordo com a quantidade
produzida. Os custos diretos são aqueles que podem
ser atribuídos diretamente a um produto. Os custos
indiretos são aqueles que não podem ser apropria-
dos a um produto diretamente.

Assim, não podemos nos esquecer de que cada cus-


to está sujeito a duas classificações (fixo ou variável,
direto ou indireto). O custo pode ser fixo e direto,
fixo e indireto, variável e direto ou variável e indireto.
Vamos pensar em alguns exemplos.

Uma montadora de carros usa uma quantidade espe-


cífica de rodas para cada carro, portanto, a roda é um
custo variável, visto que a quantidade varia segundo
a quantidade de carros produzida. A roda é também
um custo direto; quando se produz um carro, sabe-se
exatamente a quantidade de rodas necessária para
sua produção. Essa matéria-prima é, então, um custo
variável e direto.

Vamos supor que essa mesma montadora produza


carros do tipo SUV em uma fábrica na cidade de São

12
José dos Campos (SP) e carros do tipo hatch em
Cuiabá (MT). Cada uma das fábricas tem colabora-
dores diretos. Como os valores de remuneração não
são alterados conforme o volume produzido, esses
custos são fixos. E como eles estão dedicados às
produções de carros diferentes, ou seja, de produtos
diferentes, são custos diretos. Nesse caso, a mão de
obra das fábricas é um custo fixo e direto.

Vamos imaginar, ainda, que essa montadora tenha


por padrão mandar todos os carros de todas as fá-
bricas para o departamento de acabamento, que fica
em Curitiba (PR). O custo com energia elétrica desse
departamento é um custo indireto, pois todos os pro-
dutos consomem energia elétrica; e é também um
custo fixo, já que a quantidade produzida não tem
influência no valor do custo. Desse modo, a energia
elétrica do departamento compartilhado é um custo
fixo e indireto.

Outro exemplo: uma gráfica imprime jornais, revistas


e livros diariamente. Ela contrata empresas de trans-
porte para entregar seus produtos nas distribuidoras
das cidades. Quanto maior a quantidade impressa,
maior o custo com o transporte. Logo, é um custo
variável. Contudo, esse transporte carrega os três
tipos de produto da gráfica, independentemente da
quantidade produzida por cada um, caracterizando
o custo também como indireto. Assim, esse custo
com transporte é variável e indireto.

Aprendemos também que existe uma relação entre


vendas e custos variáveis das empresas. Essa re-

13
lação é a margem de contribuição, que tem por fim
medir quanto que a empresa gera para pagar seus
custos fixos, despesas e investimentos. Com isso,
a margem de contribuição são as vendas menos os
custos variáveis:

Margem de contribuição = Vendas – Custos


variáveis

Conforme já estudamos, existe uma variação impor-


tante da margem de contribuição, que é a margem de
contribuição unitária, ou seja, quanto cada unidade de
cada produto contribui para o pagamento dos custos
fixos da empresa. Assim, a margem de contribuição
unitária são as vendas menos os custos variáveis
pela quantidade vendida:

Margem de contribuição unitária = (Vendas –


Custos variáveis) / quantidade vendida

Existe uma relação entre vendas e custos totais da


empresa. Essa relação se chama lucratividade, isto
é, quanto a operação da empresa gera para o paga-
mento das despesas e dos investimentos. Temos,
então, que a lucratividade são as vendas menos os
custos totais:

Lucratividade = Vendas – Custos totais

14
Existe também a lucratividade esperada, que é o
cálculo feito de forma contrária, ou seja, dado um
resultado esperado pelos proprietários das empresas,
somam-se os investimentos e as despesas. Essa
lucratividade esperada é quanto a empresa preci-
sa gerar em sua operação (a diferença de vendas
e custos) para alcançar tal resultado. Logo, a lucra-
tividade esperada é o resultado esperado mais os
investimentos mais as despesas:

Lucratividade esperada = resultado esperado +


investimentos + despesas

É possível enxergar os custos totais do produto


atribuindo os diretos e rateando ou apropriando os
indiretos. Sendo assim, é possível encontrar uma
variação da lucratividade, que é a lucratividade por
produto. Basta apurarmos as vendas do produto e
deduzirmos os custos do produto (diretos e indire-
tos). Em outras palavras, a lucratividade do produto
é igual às vendas do produto menos os custos totais
do produto:

Lucratividade do produto = Vendas do produto –


Custos totais do produto

Podemos trabalhar também com uma variação do


cálculo acima: a lucratividade unitária. Para isso,
precisamos deduzir das vendas todos os custos, nos
seus quatro desdobramentos: variável direto, variá-

15
vel indireto, fixos diretos e fixos indiretos. Após as
deduções, dividimos a lucratividade pela quantidade
produzida. Logo:

Lucratividade unitária do produto: (Vendas –


Custos variáveis diretos – Custos variáveis
indiretos – Custos fixos diretos – Custos fixos
indiretos) / quantidade produzida

Se considerarmos que podemos chamar de margem


de contribuição a diferença de vendas e de custos
variáveis, temos então outra maneira de apurar a
lucratividade unitária do produto. Para isso, a lucra-
tividade unitária do produto é igual à margem de
contribuição unitária do produto menos os custos
fixos diretos menos os custos fixos indiretos pela
quantidade produzida:

Lucratividade unitária do produto: (Margem de


contribuição unitária do produto – Custos fixos
diretos – Custos fixos indiretos) / Quantidade
produzida

Com essa revisão, percebemos que estudar os cus-


tos das empresas e saber identificar a que tipo de
produto cada custo pertence são atividades impor-
tantes para as tomadas de decisão, inclusive as de-
cisões comerciais.

Ao estudarmos o caso da Bruna Bolos, notamos que


o resultado da empresa (a diferença entre vendas,

16
custos, despesas e investimentos) é menor que zero.
Uma situação desconfortável, pois os gastos da em-
presa foram superiores às vendas. Com isso, apren-
demos que a administradora Bruna estabeleceu um
resultado esperado, melhor do que o apresentado.

Com base nisso, vamos ajudar Bruna a tomar as me-


lhores decisões a partir das análises de custo, mar-
gem de contribuição e lucratividade que aprendemos.

17
RELAÇÃO DE CUSTOS E
LUCRATIVIDADE DA BRUNA
BOLOS
Ao estudar a história de Bruna Bolos, deparamo-nos
com a seguinte situação (Tabela 5):

Indicador Item Média mensal


Vendas Bolo estudante R$ 21.000,00

Bolo pós R$ 22.200,00

Bebidas R$ 21.700,00

Total R$ 64.900,00

(-) Custos variáveis Matéria-prima R$ 10.361,53

Custo de materiais R$ 7.400,00


secundários

Impostos R$ 9.735,00

Total R$ 27.496,53

( -) Custos fixos Colaboradores R$ 13.600,00


(cozinheiros)

Energia elétrica R$ 1.000,00

Total R$ 14.600,00

(-) Despesas Colaboradores R$ 21.500,00


(administradora e
atendentes)

Aluguel da sede R$ 5.000,00

Despesas diversas R$ 1.200,00

Total R$ 27.700,00

Investimentos R$ 1.000,00

18
Resultado (Vendas – custos variáveis - cus- -R$ 5.896,53
tos fixos – despesas - investimentos)

Tabela 5: Atual situação da Bruna Bolos. Fonte: Elaboração própria.

Podemos observar também que Bruna estabeleceu


um resultado esperado de R$ 3.000,00/mês, ou seja,
a boleria precisaria reverter o resultado abaixo de
zero e gerar um resultado positivo de R$ 3.000,00,
representando um incremento de R$ 8.896,38 em
relação ao valor atual, já que R$ 3.000,00 – (- R$
5.896,53,38) = R$ 8.896,38. Somando os R$ 3.000,00
ao investimento e às despesas, chegaremos à lucra-
tividade esperada da boleria (Tabela 6):

Indicador Média mensal


Resultado esperado pelos donos R$ 3.000,00

(+) Despesas R$ 27.700,00

(+) Investimentos R$ 1.000,00

Lucratividade esperada R$ 31.700,00

Tabela 6: Lucratividade esperada. Fonte: Elaboração própria.

Em outras palavras, as vendas precisariam superar


todos os custos em R$ 31.700,00 para que a empre-
sa pague as despesas, os investimentos e alcance
a lucratividade esperada. Vamos, primeiramente,
compreender qual dos três produtos tem a menor
lucratividade em relação às suas vendas, analisando
a Tabela 7:

19
Lucratividade Bolo estudante
Vendas R$ 21.000,00

Custos diretos Matéria-prima R$ 4.992,39

Mão de obra direta R$ 5.100,00

Total R$ 10.092,39

Custos indiretos Impostos R$ 3.150,00


rateados
Energia elétrica R$ 360,94

Mão de obra indireta R$ 1.668,85

Total R$ 5.179,79

Total de custo do R$ 15.272,18


produto

Lucratividade do R$ 5.727,82
produto

Lucratividade Bolo pós


Vendas R$ 22.200,00

Custos diretos Matéria-prima R$ 5.369,13

Mão de obra direta R$ 5.100,00

Total R$ 10.469,13

Impostos R$ 3.330,00

Custos indiretos Energia elétrica R$ 374,41


rateados
Mão de obra indireta R$ 1.731,15

Total R$ 5.435,56

Total de custo do R$ 15.904,69


produto

Lucratividade do R$ 6.295,31
produto

20
Lucratividade bebidas
Vendas R$ 21.700,00

Custos diretos Custo de produtos secundários R$ 7.400,00

Mão de obra direta R$ 0,00

Total R$ 7.400,00

Custos indire- Impostos R$ 3.255,00


tos rateados
Energia elétrica R$ 264,65

Mão de obra indireta R$ 0,00

Total R$ 3.519,65

Total de custo R$ 10.919,65


do produto

Lucratividade R$ 10.780,35
do produto

Tabela 7: Lucratividade de cada produto. Fonte: Elaboração própria.

Percebe-se que as bebidas geram maior lucrativi-


dade para a Bruna Bolos. Podemos fazer a seguinte
simulação: se todos os produtos tivessem a mesma
lucratividade das bebidas, como ficaria a lucrativida-
de da boleria? Vamos, por simulação, assumir que
uma lucratividade hipotética de R$ 10.780,35 nos
três produtos: R$ 10.780,35 X 3 = R$ 32.341,05, ou
seja, maior do que a lucratividade esperada, que era
de R$ 31.700,00.

Para perseguir essa lucratividade, vamos estudar a


relação entre vendas e custos dos Bolos estudantes
e dos Bolos pós, que são os dois produtos que estão
abaixo da lucratividade esperada.

21
Sabemos que os custos fixos não têm relação com o
volume produzido. Desse modo, a empresa precisaria
melhorar sua margem de contribuição para cobrir os
custos fixos e gerar a lucratividade ideal em cada
produto. Mas quanto é que a empresa precisa ven-
der de cada produto para alcançar essa margem de
contribuição ideal? Para compreender essa resposta,
vamos analisar a Tabela 8 com o detalhamento da
lucratividade, começando pelo Bolo estudante:

Tipo Total Pedaços Valor


de bolo unitário
produzidos
Vendas R$ 21.000 3.500 R$ 6,00

Custos Matéria- R$ 4.992 R$ 1,43


variáveis prima
diretos

Custos Impostos R$ 3.150 R$ 0,90


variáveis
indiretos

Total custos R$ 8.142 R$ 2,33


variáveis

Margem de R$ 12.858 R$ 3,67


contribuição

Margem de 61% 61%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$ 5.100


diretos obra
direta

22
Custos fixos Mão de R$ 1.669
indiretos obra
indireta

Energia R$ 361
elétrica

Total custos R$ 7.130


fixos

Total de cus- R$ 15.272


tos (fixos +
variáveis)

Lucratividade R$ 5.728

Tabela 8: Detalhes da lucratividade. Fonte: Elaboração própria.

Essa informação sobre a margem de contribuição


% (a proporção dos custos variáveis em relação às
vendas) é importante por nos possibilitar entender
que, para cada R$ 1,00 vendido nesse produto, a em-
presa gera R$ 0,61 para pagar seus custos fixos, suas
despesas e seus investimentos.

Considerando que vamos perseguir uma lucratividade


de R$ 10.780,35 e que o produto tem uma margem
de contribuição de 61%, precisamos estabelecer uma
margem de contribuição esperada por meio da soma
da lucratividade esperada para o produto com seus
custos fixos, visto que eles não são impactados por
um aumento da produção.

Portanto, para alcançar a referida lucratividade de R$


10.780,35, vamos somar os custos fixos do produto
(R$ 7.130,00) e dividir pela margem de contribuição
% do produto: (R$ 10.780,35 + R$ 7.130,00) / 61% =
29.252,17.

23
Chegamos, então, ao volume de vendas (R$) espera-
do para o produto e, com isso, alcançamos a lucrati-
vidade ideal. Considerando a manutenção do preço
de venda (R$ 6,00), é possível também encontrar-
mos a quantidade a ser produzida e vendida para
alcançar tal volume de vendas, bastando dividir os
R$ 29.252,17 pelos R$ 6,00.

A Tabela 9 mostra como ficaria o cenário do Bolo


estudante com tais cálculos:

Tipo Total Pedaços Valor


de bolo unitário
produzidos
Vendas R$ 29.252 4.875 R$ 6,00

Custos variá- Matéria- R$ 6.954 R$ 1,43


veis diretos prima

Custos variá- Impostos R$ 4.388 R$ 0,90


veis indiretos

Total custos R$ 11.342 R$ 2,33


variáveis

Margem de R$ 17.910 R$ 3,67


contribuição

Margem de 61% 61%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$ 5.100


diretos obra
direta

Custos fixos Mão de R$ 1.669


indiretos obra
indireta

Energia R$ 361
elétrica

24
Total custos R$ 7.130
fixos

Total de R$ 18.472
custos (fixos
+ variáveis)

Lucratividade R$ 10.780

Tabela 9: Previsão de resultado com Bolo estudante. Fonte:


Elaboração própria.

Analisando a Tabela 9, observamos que a manuten-


ção do preço de venda para alcançar a lucratividade
gera a necessidade de a empresa produzir e vender
1.375 pedaços de bolo a mais, ou seja, 39% a mais
do que produz e vende atualmente.

A análise que cabe aqui é: existe demanda para com-


prar essa quantidade de bolos? Caso haja, a empresa
tem capacidade de produzir essa quantidade sem
precisar aumentar seus custos fixos, despesas e
investimentos?

Pensando nisso, faz-se necessário estabelecer uma


segunda simulação: como alcançar essa lucrativi-
dade (R$ 10.780,35) sem alterar a quantidade pro-
duzida? Nesse caso, haveria uma alteração no valor
de vendas de cada pedaço de bolo para os clientes,
porém, sem alterações na quantidade produzida.

Para alcançarmos tal preço de vendas, precisaríamos


somar a lucratividade esperada (R$ 10.780,35), os
custos fixos (R$ 7.130,00) e os custos variáveis no
patamar atual (R$ 8.142,00). Chegaremos ao volume
de vendas atual e, dividindo pela quantidade produzi-

25
da atual, chegaremos ao preço ideal de vendas para
alcançar a lucratividade esperada.

Portanto, para alcançar o volume de vendas: R$


10.780,35 + R$ 7.130 + R$ 8.142 = R$ 26.052,53.
E para alcançar o preço de vendas: R$ 26.052,53 /
3500 = R$ 7,44.

A Tabela 10 mostra como ficaria a lucratividade dos


Bolos estudantes, com a alteração no preço de ven-
das e a manutenção da quantidade produzida:

Tipo Total Pedaços Valor


de bolo unitário
produzidos
Vendas R$ 3.500 R$ 7,44
26.053

Custos vari- Matéria- R$ 4.992 R$ 1,43


áveis diretos prima

Custos Impostos R$ 3.150 R$ 0,90


variáveis
indiretos

Total custos R$ 8.142 R$ 2,33


variáveis

Margem de R$ R$ 5,12
contribuição 17.910

Margem de 69% 69%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$ 5.100


diretos obra direta

26
Tipo Total Pedaços Valor
de bolo unitário
produzidos
Custos fixos Mão de R$ 1.669
indiretos obra
indireta

Energia R$ 361
elétrica

Total custos R$ 7.130


fixos

Total de R$
custos (fixos 15.272
+ variáveis)

Lucratividade R$
10.780

Tabela 10: Previsão de resultado com Bolo estudante. Fonte:


Elaboração própria.

Percebe-se que a mesma lucratividade pode ser al-


cançada com incremento de R$ 1,44 no preço de
venda do produto, sem necessidade de aumento da
produção. Evidentemente que cabe a ponderação
nessa análise quanto à manutenção da clientela com
uma eventual nova precificação.

Contudo, precisamos também ponderar que o primei-


ro exemplo, embora não altere o preço final de venda,
acarreta em mais custos e está sujeito à capacidade
de vendas e à sua capacidade produtiva, tanto dos
equipamentos da boleria quanto da mão de obra.

A mesma análise pode ser feita com a outra linha de


produtos da boleria, cuja lucratividade ficou abaixo

27
do esperado: os Bolos pós. As Tabelas 11, 12 e 13
mostram as simulações para o alcance da renta-
bilidade esperada: a primeira com o cenário atual
apresentado; a segunda trabalhando com o aumento
da produção (aumento dos custos e da necessidade
de quantidade de bolos vendidos, sujeitando-se a
limitações na capacidade produtiva e comercial da
empresa); e a terceira trabalhando com o aumento
no preço das vendas.

Tipo Total Pedaços Valor


de bolo unitário
produzidos

Vendas R$ 22.200 1.850 R$ 12,00

Custos variá- Matéria- R$ 5.369 R$ 2,90


veis diretos prima

Custos Impostos R$ 3.330 R$ 1,80


variáveis
indiretos

Total custos R$ 8.699 R$ 4,70


variáveis

Margem de R$ 13.501 R$ 7,30


contribuição

Margem de 61% 61%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$ 5.100


diretos obra
direta

Custos fixos Mão de R$ 1.731


indiretos obra
indireta

Energia R$ 374
elétrica

28
Total custos R$ 7.206
fixos

Total de R$ 15.905
custos

(fixos +
variáveis)

Lucratividade R$ 6.295

Tabela 11: Simulação de rentabilidade esperada. Fonte: Elaboração


própria.

A primeira simulação: a manutenção da margem de


contribuição %, com a manutenção do preço de ven-
da e o aumento na quantidade produzida e vendida.

Tipo Total Pedaços Valor


de bolo unitário
produzidos

Vendas R$ 2.465 R$ 12,00


29.575

Custos variá- Matéria- R$ R$ 2,90


veis diretos prima 7.153

Custos variá- Impostos R$ R$ 1,80


veis indiretos 4.436

Total custos R$ R$ 4,70


variáveis 11.589

Margem de R$ R$ 7,30
contribuição 17.986

Margem de 61% 61%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$


diretos obra 5.100
direta

29
Custos fixos Mão de R$
indiretos obra 1.731
indireta

Energia R$ 374
elétrica

Total custos R$
fixos 7.206

Total de R$
custos (fixos 18.795
+ variáveis)

Lucratividade R$
10.780

Tabela 12: Simulação de rentabilidade esperada. Fonte: Elaboração


própria.

Observamos que uma das formas de alcançar a lucra-


tividade esperada é ampliar a produção e aumentar a
quantidade de Bolos pós para 2.465 pedaços, o que
significaria uma expansão de 33% na quantidade
produzida. Tal expansão, porém, precisa ser avalia-
da do ponto de vista comercial: há demanda para a
quantidade de bolos proposta? E precisa ser avaliada
pelo ponto de vista produtivo: é possível ampliar a
produção sem incrementar os custos fixos? A mão
de obra e as máquinas/ equipamento são suficientes
para atender a essa nova produção?
A seguir, verificamos que a tabela simula o alcance
da lucratividade com apenas com alteração no preço:

30
Tipo Total Pedaços Valor
de bolo unitário
produzidos

Vendas R$ 1.850 R$ 14,42


26.685

Custos variá- Matéria- R$ R$ 2,90


veis diretos prima 5.369

Custos variá- Impostos R$ R$ 1,80


veis indiretos 3.330

Total custos R$ R$ 4,70


variáveis 8.699

Margem de R$ R$ 9,72
contribuição 17.986

Margem de 67% 67%


contribuição
(%)

Custos fixos Mão de R$


diretos obra direta 5.100

Custos fixos Mão de R$


indiretos obra 1.731
indireta

Energia R$ 374
elétrica

Total custos R$
fixos 7.206

Total de R$
custos (fixos 15.905
+ variáveis)

Lucratividade R$
10.780

Tabela 13: Simulação de rentabilidade esperada. Fonte: Elaboração


própria.

31
A mesma análise que fizemos para os Bolos estu-
dante cabem para os Bolos pós: o cenário da Tabela
13 não acarretaria em aumento de custos fixos, pois
não haveria aumento na produção. Ao sabermos dos
custos fixos, variáveis, diretos e indiretos do produto,
podemos saber qual é o preço que o produto precisa
ser vendido para alcançar a lucratividade sem preci-
sar aumentar os custos, despesas ou investimentos.

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32
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, pudemos perceber que é possível
encontrar os custos do produto pelo método de cus-
teio baseado em atividades (ou custeio ABC), como
uma alternativa ao custeio por absorção. Enquanto
no método por absorção o fator determinante para a
alocação dos custos indiretos no produto se baseia
nos rateios, o custeio ABC considera os direcionado-
res de custo de cada atividade para, então, totalizar
os custos das atividades e alocar os custos indiretos
em cada produto.

Por considerar mais etapas e ser mais detalhista


em sua forma de cálculo, o custeio ABC tende a ser
mais preciso que o custeio por absorção. Portanto,
ao utilizá-lo, isso significa diminuir as chances de os
produtos serem custeados erroneamente.

Contudo, a aplicação desse método nas empresas


pode demandar softwares e mão de obra específicas
para tais apurações. Dito de outra forma, para me-
lhorar a apuração de seus custos, a empresa pode
contrair outros gastos, cabendo à alta administração
a decisão se tais gastos incrementais valem ou não
a pena.

Assim, estudamos que é possível analisar e projetar a


lucratividade da empresa quando sabemos trabalhar
com os custos. Isso implica saber a diferença de
custos, investimentos e despesas; e implica também

33
classificar os custos enquanto fixos e variáveis ou
diretos e indiretos.

Essas classificações nos possibilitaram aprender


conceitos como margem de contribuição, ponto de
equilíbrio e lucratividade, conceitos que ajudam as
empresas, como a Bruna Bolos, a tomarem decisões
importantes.

34
SÍNTESE

FUNDAMENTOS
DE CUSTEIO
Custeio ABC e lucratividade

Neste e-book, prosseguimos utilizando a história da Bruna Bolos


para estudar alguns conceitos e métodos importantes para o
custeio. São eles:

• Método de custeio ABC ou custeio por atividade. Neste tópico,


estudamos os dois passos para estabelecer o custeio por atividade;
• Lucratividade e lucratividade por produto;
• Aplicações da teoria no caso prático Bruna Bolos.

Para isso, foi necessário retomarmos outros conceitos, numa


espécie de revisão do conteúdo estudado durante a disciplina.
Referências Bibliográficas
& Consultadas
CASTIGLIONI, J. A. M.; NASCIMENTO, F. C. Custos
de processos logísticos. (Col. Gestão e Negócios).
São Paulo: Érica/Saraiva, 2014 [Minha Biblioteca].

CORRÊA, H. L. Administração de produção e ope-


rações: manufatura e serviços: uma abordagem
estratégica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2019 [Minha
Biblioteca].

DUTRA, R. G. Custos: uma abordagem prática. 8.


ed. São Paulo: Atlas, 2017 [Minha Biblioteca].

LONGENECKER, J. G.; PETTY, J. W.; PALICH, L. E.;


HOY, F. Administração de pequenas empresas:
lançando e desenvolvendo iniciativas empre-
endedoras. São Paulo: Cengage, 2018 [Minha
Biblioteca].

MASIERO, G. Administração de empresas: teoria e


funções com exercícios e casos. 3. ed. São Paulo:
Saraiva, 2012 [Minha Biblioteca].

OLIVEIRA, D. P. R. Administração de processos:


conceitos, metodologia, práticas. 5. ed. São Paulo:
Atlas, 2013 [Minha Biblioteca].
PADOVEZE, C. L. Custo e preços de serviços:
logística, hospitais, transporte, hotelaria, mão de
obra, serviços em geral. São Paulo: Atlas, 2013
[Biblioteca Virtual].

ROCHA, E. M. W. Métodos de custeio compara-


dos: custos e margens analisados sob diferentes
perspectivas. São Paulo: Atlas, 2015 [Biblioteca
Virtual].

SILVA, M. L. Custos: Contabilidade gerencial: cus-


tos, controle, finanças, administração, marketing,
preços. São Paulo: Érica, 2010 [Minha Biblioteca].

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