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Custos
É importante que o gestor tenha em atenção os custos aquando a tomada de decisões,
nomeadamente do seu comportamento, eles são a quantiada monetária que é necessário prescindir
para atingir um determinado objetivo.
Custos diretos ou Custos indiretos – podem ser ou não associados a um objeto de custo
Custos fixos ou Custos variáveis – em relação ao nível de atividade
Custos do produto ou Custos do período tornam-se do período aquando a venda
Custos controláveis ou Custos não controláveis – uteis na avaliação de desempenhos
Custos reais ou Custos básicos – os primeiros, já incorridos, os segundo são os previstos
Custos diferenciais – uteis para a avaliação de alternativas
Custos de oportunidade – o que se deixou de ganhar na melhor aplicação alternativa
Custos irrecuperáveis - já foram incorridos
Numa primeira fase, Fase de Aprendizagem, os gastos aumentam; numa segunda, Fase de
Maior Eficiência, os gastos tendem a estabilizar; na última, Fase dos Rendimentos
Decrescentes, associado ao aumento da produção vem o aumento dos custos.
Sistemas de Custeio
Estes sistemas têm duas fases, na primeira dá-se a acumulação dos gastos, ou seja, a
empresa regista durante um determinado período de tempo as utilizações; e na segunda, a
imputação dos gastos, ou seja, atribuem-se os gastos a um dado objetos de custo.
A imputação dos gastos, nomeadamente do GGF pode ser feita de duas formas:
Base única – todos os gastos são acumulados e imputados tendo em conta um único
critério; deve ser usado quando a empresa produz um único produto ou diferentes
produtos com produções semelhantes
Base múltipla- criam-se diferentes grupos homogéneos em termos de gastos, os centros
de custos e escolhe-se um critério para cada um deles
Secções Homogéneas
A base múltipla recorre a este método para a imputação dos gastos. Cada secção tem de
possuir três características: tem um responsável; há homogeneidade de funções; é possível definir
uma unidade de medida da atividade dessa secção.
Existem secções principais, dedicadas à produção do produto; auxiliares, não intervêm na
produção; administrativas; financeiras.
Quanto há repartição dos gastos, numa primeira fase atribuem-se os gastos pelas secções
em que estes tiveram origem, Repartição Primária; e de seguida distribuem-se os gastos das
secções auxiliares pelas secções principais, Repartição Secundária, nestas poderão haver ou não
prestações reciprocas
Este método pode ser usado para imputar custos não industriais, como administrativos,
de distribuição, entre outros, no entanto, é difícil definir uma unidade de obra destas secções
Esse método é vantajoso pois permite um maior rigor na divisão e definição dos custos,
no entanto, para haver este rigor são necessários sistemas complexos o que tem elevados custos
associados.
𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑎𝑙
𝐶𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑖𝑚𝑝𝑢𝑡𝑎çã𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝐶𝐹 =
𝑎𝑡𝑖𝑣𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑛𝑜𝑟𝑚𝑎𝑙
Relação entre produção e Relação entre atividade Relação entre o resultado no sistema de
vendas normal e atividade real custeio racional, total e variável
Custo Racional = Custeio Total = Custeio
Produção = Vendas ---
Variável
Produção > Vendas --- Custeio Racional > Custeio Variável
--- Real < Normal Custeio Total > Custeio Racional
--- Real < Normal Custeio Total < Custeio Racional
--- Real < Normal Custeio Total = Custeio Racional
Método direto ou Por Ordens de Produção – o custo esta produção é dado pela ficha de
custos; este método deve ser usado quando existem diferentes produtos iniciados por uma
requisição expressa
Método indireto ou Por Processos – é necessário proceder à inventariação e valorização
da produção (usando o método das unidades equivalentes); este método deve ser usado
quando se produz apenas um produto e em situação de produção conjunta
Qualquer que seja o método adotado, os gastos não industriais (comerciais, administrativos)
são vistos como gastos do período.
Produção Defeituosa
Também a produção defeituosa deve ser valorizada e classificada. Esta poderá ser ou não
vendida, se for vendida terá de ser a um preço inferior.
Ela pode ser normal, ou seja, há constantemente uma % desta produção; ou anormal, quando
surge de um imprevisto ou situação pontual.
Os custos com a produção defeituosa anormal devem ser considerados custos do período.
Para a valorização dos produtos de diferentes qualidades utiliza-se, por exemplo, o lucro nulo.
Regimes de Fabrico
Produção Conjunta
Ocorre quando a produção de um produto implica a obtenção de outros. Neste caso, não é
possível identificar os recursos usados por cada produto até ao seu ponto de separação. Até esse
ponto, como os produtos são interdependentes, consideram-se os custos conjuntos. É necessário
então determinar os custos dos coprodutos e subprodutos.
Coprodutos:
Critério baseado nas quantidades produzidas – todos têm o mesmo custo unitário,
deve-se usar quando os preços de venda são muito instáveis, mas ignora a capacidade
do produto em gerar rendimento
Critério baseado no valor de venda
Valor de venda – permite comparar a rendibilidade dos produtos, mas atribui
um maior custo de produção aos produtos vendidos a um maior preço
Valor de venda no ponto de separação – quantificam-se os custos especifico,
ou seja, gastos que ocorrem após o ponto de separação e que contribuem para
o valor de venda; pois alguns produtos não podem ser vendidos neste ponto
Subprodutos:
Critério do custo nulo – dá-se um custo nulo ao subproduto e todos os custos são
imputados aos produtos principais e coprodutos
Critério do lucro nulo – considera-se o valor das vendas igual ao valor do custo
Assim, consoante o critério usando em ambos os casos, diferente será a valorização das
existências e o resultado
Análise Gastos-Voluma-Resultados
Esta análise procura perceber de que forma a variação do volume de atividade pode
influenciar os gastos e, por sua vez, os resultados. Consideramos o preço de venda constante e
utilizamos o SCV.
A maioria das empresas produz e comercializa mais do que um produto, cabe à empresa
escolher a combinação de produtos mais vantajosa. Assim, o Ponto Critico dependerá da
composição das vendas.
Se a empresa utiliza o sistema de custeio total, há que considerar a relação entre a
produção e as vendas e a sua implicação em termos dos custos fixos.
Ponto Crítico das Vendas – é o nível de atividade que gera um resultado operacional nulo.
A empresa deverá conhecer este valor dado que lhe permitirá prever o nível mínimo de
produção capaz de cobrir os custos
vendas
€ custos totais
custos variáveis
custos fixos
Q* uni
𝐶𝐹
⇔ 𝑄∗ =
𝑝𝑣 − 𝐶𝑉𝑢
Margem de segurança
𝑄−𝑄 ∗
𝑀𝑆 = – mostra quanto (%) pode descer a atividade até atingir o ponto
𝑄
critico
𝑄−𝑄 ∗
𝑀𝑆 = 𝑄∗
- mostra quanto (%) estamos acima do ponto critico
Grau de alavanca operacional – quanto maior for o peso dos CF maior é o risco, ou seja,
maior ou menor permeabilidade do resultado a variações no nível de atividade
∆𝑅𝑂
∆𝑅𝑂 𝑄 (𝑝𝑣 − 𝐶𝑉𝑢) ∗ 𝑄 𝑀𝐶
𝐺𝐴𝑂 = 𝑅𝑂 = ∗ = =
∆𝑄 ∆𝑄 𝑅𝑂 𝑅𝑂 𝑅𝑂
𝑄
Decisões de Pricing
A politica de preços adotada pode ter em vista a maximização dos lucros, ganho de quota de
mercado, assegurar o retorno. Em produtos massificados, ao reduzir os preços procura-se
conquistar quota, com produtos diferenciados devem-se usar estratégias conservadoras.
Para ficar o preço de venda podemos usar a condição 𝑅𝑚𝑔 = 𝐶𝑚𝑔 (técnica económica tradicional), ou
adicionar uma margem sobre o custo complexivo do produto. Esta técnica está associada a
discriminação dos preços o que é perigoso pois um preço especial se pode tornar normal e ainda
porque não tem atenção às condições de mercado, preocupa-se apenas com o custo.
Escalonamento da produção
Problema do estabelecimento do plano de produção em face da existência de um fator
produtivo restritivo. Ou seja, há um recurso insuficiente, a empresa deve, ou mudar o plano de
produção ou comprar o recurso em causa.