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Escola Superior de Gestão e Tecnologia - IPSantarém

Contabilidade de Gestão

Licenciatura em Negócios Internacionais

2º Ano – 1º Semestre

Ano letivo 2022-2023

José Luís Martins

Contabilidade de Gestão

6 Sistemas de Custeio

6.1. Custeio total e custeio variável;


6.2. Custeio racional;
6.3. Custeio direto;
6.4. Breve introdução ao custeio baseado nas atividades;
6.5. Exercícios de aplicação.
Sistemas de Custeio

SISTEMAS DE CUSTEIO

Relacionados com o tratamento a dar aos Custos Fixos

Considerar como custo dos produtos a totalidade ou parte dos


Custos Fixos Industriais?

Sistemas de Custeio

TIPOS DE SISTEMAS DE CUSTEIO:


Ø Custeio Total
Ø Custeio Total com taxa teórica de Custos Fixos
Ø Custeio Variável
Ø Custeio Racional
Sistemas de Custeio (Sistema de Custeio Total)

Sistema de Custeio total - aqueles que incorporam a totalidade dos custos


industriais (fixos e variáveis) como custos dos produtos.

Desta forma, só se tornam custos do período à medida que a produção é


vendida.

Sistemas de Custeio (Custeio Total com taxa teórica de Custos Fixos)

Sistema de Custeio Total com taxa teórica de Custos Fixos: os valores


processam-se pelos valores básicos (quantidades reais * custos básicos)

… Quando se conhecerem os valores reais… calculam-se e analisam-se os


DESVIOS!

Nesta situação os Custos Fixos Industriais a imputar resultam da aplicação de


uma quota teórica.
Sistemas de Custeio (Sistema de Custeio Variável)

Sistema de custeio variável - apenas fazem refletir no custo industrial dos


produtos os custos variáveis de produção. O custo é calculado dividindo os
custos variáveis pelas unidades de produção.

CARACTERÍSTICAS:
q Apenas os custos variáveis industriais constituem custos dos produtos, pelo que somente
os custos de produção variáveis são considerados na avaliação de EFPA;
q Os Custos Fixos de produção são, na sua totalidade, custos do período em que ocorrem;
q São custos dos produtos a parte variável dos custos semi-variáveis.

Sistemas de Custeio (Sistema de Custeio Racional)

Sistema de custeio racional - faz recurso a um conceito de quota teórica,


utilização normal ou capacidade de produção. Enquanto os custos variáveis
são imputados na sua totalidade, os custo fixos são imputados de acordo com
a referida quota teórica e não com a sua utilização real.

Nesta situação os Custos Fixos Industriais a imputar resultam da consideração


dos custos reais e da relação entre Produção Real (Pr) e a Produção que se
considera normal (Pn).

Coeficiente de Imputação Racional = Pr / Pn


Sistemas de Custeio (Custeio Direto)

Sistema de custeio direto – é o método que consiste em não considerar


qualquer repartição dos custos comuns ou indiretos pelos produtos, obras,
encomendas, atividades, etc.

O custo dos produtos incorpora os custos variáveis e os custos fixos


específicos… neste caso os PVF e a PA em armazém não incorporam todos os
custos de produção.

Considerações Finais

q A parte dos Custos Fixos Industriais que não forem considerados no custo dos
produtos é incluída numa rubrica designada CUSTOS INDUSTRIAIS NÃO
INCORPORADOS (CINI).
q Ao elaborar a Demonstração de Resultados, o Resultado Bruto será dado pela
expressão:

Resultado Bruto = Vendas – (CIPV + CINI)


ou Resultado Industrial

q A parcela (CIPV + CINI) será diferente consoante o Sistema de Custeio utilizado.

q O Resultado final da Demonstração de Resultados será, por isso, também


diferente para os vários Sistemas de Custeio.
Custeio Baseado nas Atividades (Breve Introdução)

Método das operações ou ABC (Activity Based Costing)

O método ABC (“custeio baseado em atividades”) é um método contabilístico da esfera da


contabilidade analítica nascida no final dos anos 80. Permite determinar quais os custos
indiretos a imputar a um produto ou serviço consoante o tipo de operações a que se
referem.

Este método usa ferramentas similares ao método das secções.

A única diferença está na forma como se definem os centros de custo (as chamadas secções
no método anterior):
Na definição dos centros de custo, em vez de nos basearmos em aspetos
estruturais da empresa temos de nos basear em aspetos funcionais – as
operações.

Custeio Baseado nas Atividades (Breve Introdução)

Método das operações ou ABC (Activity Based Costing)


Custeio Baseado nas Atividades (Breve Introdução)

As 7 etapas que se consideram necessárias para que o ABC possa ser aplicado com êxito:
a) identificar todas as operações da empresa;
b) classificá-las em operações primárias (essenciais para o negócio da empresa) e de suporte (que servem
de suporte às operações primárias), passando cada uma a constituir um Centro de Operação;
c) identificar e quantificar todos os recursos utilizados pela empresa, e proceder à sua afetação entre os
Centros de Operação anteriormente definidos;
d) definir as unidades de medida de cada um dos Centros de Operação (exemplo: hora máquina);
e) apurar, para cada Centro de Operação, os custos de cada unidade (exemplo: 25,00 Euros/hora máquina);
f) identificar os produtos (ou serviços) que utilizam cada uma das operações, determinando os respetivos
níveis de utilização (exemplo: 5,0 horas máquina/tonelada de uva);
g) “transferir” os custos unitários apurados em cada Centro de Operação para os produtos/serviços
gerados pela empresa, com base nos níveis de utilização que cada produto/serviço faz delas.

Custeio Baseado nas Atividades (Comparação)

O Método tradicional, sendo aquele que disponibiliza informação


menos específica, é igualmente aquele que é menos exigente em
termos de recolha e registo de informação.

Numa posição intermédia, situa-se o Método das Secções (já com


maiores exigências ao nível da recolha e classificação de informação)
que, muitas vezes, mais não é do que uma agregação do método ABC.

O Método ABC aparece claramente como o método que, fornecendo


um “output” mais rico e específico, é igualmente o mais exigente ao
nível da informação de base

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