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Universidade Lusíada – Norte, VNF

Análise Contabilística de Custos


SISTEMAS DE CUSTEIO
O custo de produção pode ser separado nas
suas componentes variáveis e nas suas
componentes fixas.
Assim, o custo variável do produto inclui as
matérias-primas, a mão de obra direta e os
encargos gerais de fabrico variáveis, enquanto
que o custo fixo do produto inclui a componente
fixa dos encargos gerais de fabrico.
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Análise Contabilística de Custos
Os sistemas de custeio da produção
referem-se ao tratamento dado aos
CUSTOS FIXOS INDUSTRIAIS.
Existem 3 sistemas e custeio da produção:
- Sistema de custeio total
- Sistema de custeio variável
- Sistema de custeio racional
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Análise Contabilística de Custos
SISTEMA DE CUSTEIO TOTAL
Este sistema de custeio considera quer os
custos fixos industriais, quer os custos
variáveis industriais como custos dos
produtos.
Quando os produtos são vendidos os
custos dos produtos tornam-se custos do
período.
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Análise Contabilística de Custos
SISTEMA DE CUSTEIO VARIÁVEL
Neste sistema de custeio apenas os custos
variáveis industriais são custos dos produtos,
sendo os custos fixos industriais considerados
custos do período, tomando a designação de
custos industriais não incorporados.
Por sua vez os custos do produtos também se
consideram custos do período, quando os
produtos são vendidos.
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Análise Contabilística de Custos
O sistema de custeio total apresenta a vantagem de
considerar todos os custos industriais no cálculo do
custo de produção, mas apresenta o inconveniente
desse custo estar dependente das quantidades
produzidas.
O sistema de custeio variável apresenta a vantagem de
não depender das quantidades produzidas, mas tem o
inconveniente de não considerar os custos fixos
industriais como custos dos produtos, o que pode induzir
a empresa em erros na determinação do preço de
venda.
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Análise Contabilística de Custos
SISTEMA DE CUSTEIO RACIONAL
Este sistema de custeio tem a vantagem de eliminar os defeitos dos
dois anteriores, pois considera no cálculo do custo de produção, não
só os custos variáveis industriais, mas também uma parte dos
custos fixos.
E que parte dos custos fixos?
A relação dada entre a produção de um certo período (produção
efetiva) e a produção normal desse período, designa-se coeficiente
de atividade (Ca)
Ca = Pe
Pn
em que a parte dos custos fixos industriais a imputar ao custos de
produção é dada por KF * Ca
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Análise Contabilística de Custos
Posição do SNC
A NCRF nº 18 prescreve o tratamento contabilístico para
os inventários sendo que o aspeto primordial na
contabilização dos inventários prende-se com a quantia
do custo a ser reconhecida como um ativo e a ser
escriturada até que os réditos relacionados sejam
reconhecidos. Assim, a norma proporciona orientação
prática:

nas fórmulas de custeio que sejam usadas para atribuir
custos aos inventários.
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Análise Contabilística de Custos
A NCRF 18 adota o chamado sistema de
custeio racional, conforme consta do seu
parágrafo 13, “A imputação de gastos
gerais de produção fixos aos custos de
conversão é baseada na capacidade
normal das instalações de produção”.
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Análise Contabilística de Custos
Produção abaixo da capacidade normal
Neste caso, parte dos custos fixos de conversão não é
imputada aos inventários, sendo reconhecidos como
gastos do período. Os custos fixos de conversão são
imputados de acordo com a fórmula seguinte:

Imputação = Custos fixos x produção efetiva


Capacidade normal
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Produção igual à capacidade normal
Neste caso, todos os custos fixos de conversão são
imputados aos inventários, de acordo com a fórmula
seguinte:

Imputação = Custos fixos x produção efetiva


Capacidade normal
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Produção superior à capacidade normal
Neste caso, todos os custos fixos de conversão são
imputados aos inventários. Caso fosse utilizada a
primeira fórmula, estaríamos perante uma imputação
de custos superior à realidade, originando uma
mensuração dos inventários acima do custo.
A fórmula é a seguinte:

Imputação = Custos fixos


Produção efetiva
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Análise Contabilística de Custos
O coeficiente de atividade será
normalmente inferior a 1, porque a
Pe<Pn, mas como a Pn<Pmx, o
coeficiente de atividade também poderá
ser superior a 1.
Quando o Ca for inferior a 1, temos gastos
de inatividade e quando o Ca for superior
a 1 temos rendimentos de sobreatividade.
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Contabilidade Analítica
Sistemas de Custeio

Bibliografia recomendada:
Contabilidade Analítica e de Gestão – Maria Hélder Martins
Coelho – Capítulo VI
Contabilidade de Gestão – António Pires Caiado – Capítulos
VII e VIII
Contabilidade Analítica – Carlos Caiano Pereira e Victor
Franco – Capítulo III, ponto 3
Norma Contabilística e de Relato Financeiro número 18 -
Inventários

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