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Adicionalmente, qualquer problema com sua turma/curso deve ser resolvido, em primeira
instância, pela secretaria de sua unidade. Caso você não tenha obtido, junto a sua
secretaria, as orientações e os esclarecimentos necessários, utilize o canal institucional da
Ouvidoria.
ouvidoria@fgv.br
www.fgv.br/fgvmanagement
SUMÁRIO
1. PROGRAMA DA DISCIPLINA
1.1 Ementa
O conteúdo e a ementa da disciplina se compõem nos conceitos básicos de custos:
Definição e Terminologia; Classificação de custos: Fixos e variáveis, diretos e indiretos;
Departamentalização e rateio de custos: Centros de custos de produção, Centros de custos
de apoio, Critérios de rateio; Sistema de Apuração de Custos por Absorção: Conceito e
objetivo; Sistema de Custeio Variável/Direto: Conceito e objetivo, Margem de
Contribuição; Sistema de Custeio por Atividade (ABC): Definição de processos e atividades,
rateio convencional e direcionamento de custos, O funcionamento do ABC; Formação de
preço de vendas: Preços, margem e markup, Preços e custos a vista e a prazo, Os
mercados, teoria das restrições e análise de valor.
1.3 Objetivos
Após a realização do módulo espera-se que os alunos tenham alcançado os seguintes
objetivos: Visão geral entre Contabilidade Financeira e Contabilidade de Custos; Clareza
nos conceitos de custos e sua utilidade; Diferenciação e aplicabilidade entre os diversos
métodos de custeio, a saber: Absorção, Variável e ABC; Competitividade e o impacto nas
empresas; Formação de Preços e a maneira de utilizá-la.
Gestão de Custos
PREÇO E GESTÃO ESTRATÉGICA DE CUSTOS
Apostila
Gestão de Custos
2
3
1.5 Metodologia
Apresentação de conceitos através de palestra com o apoio de transparências e/ou data
show, enriquecida com a contribuição dos alunos. Desenvolvimento de elaboração de
exercícios práticos, bem como discussão de diversos casos práticos inerentes aos conceitos
apresentados.
Gestão de Custos
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Contabilidade
Planejamento e
Controle
Decisões de Decisões de
Curto prazo Longo prazo
PRINCIPAL DIFERENÇA
Gestão de Custos
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CONTABILIDADE GERENCIAL
VERSUS
CONTABILIDADE FINANCEIRA
• AUXÍLIO AO CONTROLE
Gestão de Custos
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CONCEITOS
DIRETOS
INDIRETOS
Custos que ocorrem no processo produtivo, porém somente apropriados após o correto
uso de rateios.
Exemplos:
Mão-de-obra indireta (MOI)
Depreciações
Exaustão
Gestão de Custos
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FIXOS
Custos que não sofrem transformação com o aumento ou diminuição da produção. São
custos que não variam no total, porém são variáveis na unidade.
Exemplos:
Aluguéis
Seguro
Manutenção
Depreciação
Energia Elétrica
VARIÁVEIS
EXEMPLOS:
Matéria-prima
Energia Elétrica (consumo)
Gestão de Custos
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O estudo das relações entre receita (vendas), despesas (custos) e renda líquida
(lucro líquido) é denominado de análise de custo-volume-lucro.
Este tipo de análise é de grande importância tanto para empresas com fins
lucrativos quanto para entidades sem fins lucrativos, em função de se verificar como os
custos variam em função do volume produzido e conseqüentemente o resultado auferido.
PONTO DE EQUILÍBRIO
Desta forma, pode-se dizer que uma entidade atinge seu ponto de equilíbrio quando
obtém resultado nulo em suas operações, ou seja, quando as receitas obtidas na venda de
seus produtos se igualam aos custos e despesas que deram origem à produção e venda
desses produtos.
Gestão de Custos
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RT = (C + D)T
Uma outra forma de se trabalhar com ponto de equilíbrio seria através do demonstrativo
de resultado, onde teríamos a seguinte disposição:
RECEITA OPERACIONAL
( - ) CUSTOS VARIÁVEIS
( = ) MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
( - ) CUSTOS FIXOS
( = ) RESULTADO
LOGO:
Gestão de Custos
10
$
V
C.T
P.E.
C.F
Gestão de Custos
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QUADRO DEMONSTRATIVO
GASTOS
RATEIO
PROD PROD
A B
RESULTADO
Gestão de Custos
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Informações adicionais:
• Melhor valoração dos estoques (que absorvem custos fixos e variáveis);
Estoques
Processo
Acabados
CMV
• Custos indiretos fixos apropriados aos produtos através de uma taxa de absorção -
arbitrariedade;
Gestão de Custos
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QUADRO DEMONSTRATIVO
PROCESSO DE APURAÇÃO
GASTOS
Produtos
Venda (1) A B C T
Custos Variáveis (2) A B C T
Despesas Variáveis (2) A B C T
M argem de
Contribuição (1)-(2)-(3) A B C T
Custos Fixos A B C T
Despesas Fixas A B C T
Perdas A B C T
Resultado A B C T
Gestão de Custos
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Gestão de Custos
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CUSTEIO VARIÁVEL
CARACTERÍSTICAS
Competência Cálculo da
e lucratividade
Confrontação dos produtos
Valoração Preparação
dos de
Estoques Custeio Orçamentos
Variável
Seleção do
Impacto dos
Mix de
Custos Fixos
Produtos
Gestão de Custos
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Gestão de Custos
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Custos Conjuntos
Existem diversos produtos conjuntos (principais e sub-produtos), entre os quais citamos
3 exemplos antes de nos determos ao estado de custos de um deles.
1- O açúcar
Bioenergia Adubo
Bagaço da Cana
Cana de Açúcar
Moagem
Caldo
Cristal
Mascavo
DESCRIÇÃO
Gestão de Custos
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o açúcar refinado. Pode também ser utilizado na indústria química como componente de
ácidos (lático, por exemplo).
CUSTO PADRÃO
Os custos padrão são custos predeterminados, que deveriam ser atingidos dentro de
operações eficientes. Servem para aferição de desempenho, para fazer orçamentos úteis,
nortear preços e obter um custo significativo de produto.
Gestão de Custos
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Como eles são usados: em um sistema de custos padrão formal, gerentes podem usar
padrões para avaliar os custos reais. Mesmo quando a determinação de custos reais é
impraticável, os custos padrão podem ser comparados de forma útil com os custos atuais
dos departamentos ou com custos de centros de custos.
Ao se apurar os reais, observamos que podem ser observadas variações REAL X PREVISTO,
que apresentam características como:
• Variações de preço.
• Variações de quantidade.
• Variações mistas.
Segundo condições impostas por um mercado cada vez mais exigente e globalizado, a
empresa foi forçada a flexibilizar suas ações. Esse esforço foi caracterizado pela crescente
diversidade de seus produtos e variação dos volumes de produção.
Gestão de Custos
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Dessa forma, a análise do custo da produção passou a ter maior importância uma vez que
surgiram situações em que, essas informações são decisivas para o sucesso da empresa.
O caso mais típico é a redução de preço do produto pelo mercado, obrigando a empresa a
diminuir a margem de comercialização. Essa diminuição exige uma baixa do preço,
mantendo a margem de comercialização ou atenuando a sua redução.
Essa forma de distribuição do custo indireto também pode ser definida como arbitrária ao
estabelecer o rateio com base nos critérios citados, conduzindo a situações equivocadas
na determinação do custo do produto. Considerando que não se tinham evidências sobre
os elementos responsáveis pelos custos indiretos, bem como a estrutura de formação de
custos dos produtos privilegiava as parcelas de custos diretos em relação aos indiretos,
atribuíam-se esses critérios arbitrariamente.
Com o passar do tempo, o processo produtivo sentiu o efeito de uma revolução tecnológica,
que mudou radicalmente a visão empresarial, incorporando a mesma uma refinada
tecnologia cada vez mais aperfeiçoada como máquinas e ferramentas computadorizadas,
utilização de robótica e muitos outros avanços tecnológicos, modificando a engenharia de
produção como também a definição dos produtos.
Essa etapa proporcionou uma pequena redução no consumo de material direto decorrente
da diminuição dos desperdícios e uma acentuada queda na utilização da mão-de-obra
direta e, ao mesmo tempo, um aumento considerável dos custos indiretos associados à
produção.
Gestão de Custos
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Numa rápida pesquisa sobre a origem do Sistema ABC, concluímos que não existem
contradições relevantes entre os diversos autores.
Quatro versões foram apresentadas por DE ROCCHI2 para a origem do Sistema de Custeio
ABC:
1 CATELLI, Armando e GUERREIRO, Reinaldo. Uma Análise Crítica do Sistema “ABC - Activity Based Costing”. Revista
Brasileira de Contabilidade, Brasília, v. 24 , n. 91, p. 18-19, jan./fev.1995.
2 DE ROCCHI, Carlos Antônio. Sistema de Custeamento de Atividades (ABC Costing) versus Mapa de Localização de Custos: Um
Estudo Comparativo. Revista do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul. Porto Alegre, v.23, n. 77, p.9-23,
abr/jun. 1994.
Gestão de Custos
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Ainda, de acordo com DE ROCCHI, não houve uma boa receptividade aos ensaios
publicados por Church. Na época, o sistema de acumulação e análise de custos era
processado de forma manual e as proposições apresentadas por Church requeriam o
armazenamento de muitas informações determinando, também, uma avaliação complexa
e intensa dos dados, encarecendo demasiadamente sua proposta.
DE ROCCHI observa ainda que, a obra de Mellerowicz não foi muito divulgada. Conta
também, que, nos dias de hoje, muitos estudiosos atribuem a origem do ABC à obra
proposta por Georg J. Staubus chamada ActivityCostingAnd Input-Output Accounting
publicada em 1971. Tal acontecimento teve pouca repercussão, o que só ocorreu com o
lançamento das obras de Jonhson& Kaplan, quando finalmente o Sistema ABC ganhou
notoriedade.
O QUE É O ABC?
COOPER & KAPLAN5 consideram que o ABC “é uma abordagem que analisa o
comportamento dos custos por atividade, estabelecendo relações entre as atividades e o
consumo de recursos, independente de fronteiras departamentais, permitindo a
identificação dos fatores que levam a instituição ou empresa a incorrer em custos em seus
processos de oferta de produtos e serviços e de atendimento a mercados e clientes.”
3 ROCHA, Welington. Custeio Baseado em Atividades: Mitos, Falácias e Possíveis Verdades. Revista Brasileira de Contabilidade,
v. 24, n. 91, p. 58-63, jan./fev. 1995.
4 ROCHA, Welington. Idem Ibidem.
5 CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE (SP). Custo com Ferramenta Gerencial. 8. ed. São Paulo: Atlas, p. 16,
1995.
Gestão de Custos
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Com base na definição mais difundida entre autores norte americanos (The Cam-
IGlossaryofActivityBasedManegement) o ABC pode ser conceituado como um
procedimento:
1. para determinar o custo e desempenho de atividades e de todo bem, processo ou fator
cujo custo se busca determinar (produto, serviço, cliente, etc);
2. que atribui custos as atividades em função da utilização dos recursos por essas
atividades e atribui custo ao produto, serviço ou cliente na proporção da utilização
dessas atividades.
3. que estabelece relações bem definidas entre atividades e o evento mensurável que
origina cada atividade.
O objetivo principal do sistema ABC é a alocação racional dos gastos indiretos aos bens e
serviços produzidos, proporcionando um controle mais apurado dos gastos da empresa e
melhor suporte nas decisões gerenciais.
A aplicação do sistema ABC não está restrito às indústrias, podendo também ser utilizado
pelas empresas prestadoras de serviços. Reforçando tal entendimento RICCIO & GOUVEIA7
argumentam que: “nos bancos, muitos dos custos são distribuídos naturalmente para os
produtos, como nas indústrias, isto é, contas-correntes, aplicações, empréstimos,
financiamentos, etc. Entretanto, várias despesas com as áreas de suporte são causadas
mais pelos clientes do que pelos produtos. Isso enfatiza a necessidade de considerar os
diversos tipos de clientes como “costobjects” e estabelecer conjuntos de informações que
contemplem essas visões de dados”.
Podemos inferir que o sistema ABC pode ser adotado nas áreas administrativas e
comerciais da empresa da mesma forma que é empregada na área de produção, iniciando
pela análise da estrutura dos gastos dessas áreas com a determinação dos fatores que
deram origem a demanda de acordo com as funções desempenhadas.
6 OSTRENGA, Michael. Guia da Ernst &Young para Gestão Total dos Custos. Rio de Janeiro: Record, p. 169, 1993.
7 RICCIO, Edson Luiz & GOUVEIA, Joaquim José Francisco Aguiar. O Sistema de Custos Baseado em Atividades (ABC)
Aplicado a Bancos. Revista Brasileira de Contabilidade, Brasília, v. 24, n. 94, p. 74-81, jul./ago. 1995.
Gestão de Custos
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2. diversidade de produtos e/ou serviços com variação relevante nos volumes de produção
ou processo produtivo;
O sistema de custeio ABC tenta sanar um problema crônico existente nos sistemas
tradicionais, que é o rateio dos custos indiretos de fabricação baseado em critério,
arbitrariamente, selecionado. O sistema ABC diminui alocações de custos com base em
rateios, pois através de pesquisas aos processos procura localizar as origens dos custos,
podendo assim, alocá-los com mais exatidão aos bens e serviços produzidos.
Outro ponto de diferença entre o sistema ABC e os sistemas tradicionais, é que o primeiro,
além de se preocupar com o quanto custa produzir o bem ou prestar o serviço, procura
apurar o custo decorrente de situações inopinadas, que por vezes podem paralisar a
produção ou exigir que um certo lote de produtos tenha que ser reprocessado com vistas
a manter a qualidade exigida pelo cliente. Já os sistemas tradicionais só se preocupam em
apurar o custo do produto ou serviço executado.
O sistema ABC se diferencia pelo momento em que os custos começam a ser computados
, por exemplo, em um processo industrial, os custos gerados pelo recebimento da matéria-
prima são considerados na formação do custo do produto. Nos sistemas tradicionais, a
acumulação dos custos do produto iniciam-se somente com o processamento da matéria-
prima.
Gestão de Custos
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Atividade é definida como sendo uma conjugação coordenada de recursos, como mão-de-
obra, material, tecnologia e ambiente, inseridos na gestão total da empresa. Constitui a
base do funcionamento do sistema ABC, podendo ser classificada em duas categorias:
As atividades diretamente relacionadas com o produto são aquelas que consomem recursos
em função de um produto, um lote ou uma linha de produção. Com relação às atividades
da organização e sua gestão, são as que correspondem à administração e comercialização
dos produtos.
O primeiro passo para implementação do sistema ABC é a definição das atividades, tarefa
de grande conteúdo técnico, que identifica as atividades que não agregam valor ao produto
e aquelas que agregam.
O produto de uma atividade deverá estar sempre ligado à satisfação de uma necessidade
de um cliente interno (outro setor da empresa) ou de um cliente externo (consumidor
final).
O autor acrescenta que o pressuposto tem como objetivo “rastrear as atividades mais
relevantes, identificando-se as mais diversas rotas de consumo dos recursos da empresa.
Mediante esta análise de atividades, busca-se planejar e realizar o uso eficiente e eficaz
dos recursos da empresa de modo a otimizar o lucro dos investidores e a criação de valor
para os clientes, por meio de produtos e serviços que ela desenha, produz e distribui no
mercado”.
8 NAKAGAWA, Masayuki. ABC: Custeio Baseado em Atividades. São Paulo: Atlas, p.34. 1994.
Gestão de Custos
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São fatores que geram ou influenciam o nível dos gastos de uma atividade ou de um objeto
de custeio. Sendo portanto instrumentos de rastreamento e de quantificação dos gastos
de atividades e dos bens, serviços e clientes que se deseje custear.
Gestão de Custos
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2. indicação do percentual em que cada objeto a ser custeado participa no consumo dessas
atividades.
Apesar da ênfase na aplicação do custeio por atividade nas áreas de produção, o sistema
ABC pode ser utilizado em todos os tipos de atividade e não somente às indústrias. De
uma maneira geral os principais passos a serem seguidos na sua implantação são:
Gestão de Custos
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Em pesquisas realizadas junto a empresas do primeiro mundo, que estão tentando ou que
já tentaram adotar o sistema de custeio baseado em atividades, foram identificados dois
entraves básicos para sua implantação:
1. resistência mudança; e
2. complexidade do sistema.
I - Carga de trabalho
IV - Seleção de atividades
V - Desenho do sistema
Gestão de Custos
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VI - Custo do sistema
I - As prioridades da empresa
CRÍTICAS AO SISTEMA
Gestão de Custos
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1. apresentação de diferentes custos unitários por atividade ,em função dos diversos níveis
de volume verificados em todas as atividades;
3. mesmo com a utilização do sistema ABC, a grande parcela dos custos indiretos,
independente da atividade, é de natureza fixa;
5. a utilização do ABC faz com que se transformem custos fixos em custos variáveis, ao se
apurar o custo fixo unitário;
7. conceitos avançados de mensuração são ignorados pelo sistema ABC como: valor
econômico, custos de oportunidade, equivalência de capitais e custos correntes de
reposição;
8. reconhecimento de receita somente no momento da venda, sem levar em conta o
processo de agregação de valor proporcionado pelas atividades da empresa;
10.a informação de custos sob a base conceitual do full cost, não torna clara a estrutura
de custos fixos da empresa, prejudicando o controle sobre os custos;
CONCLUSÃO
O sistema de custeio ABC considera que as atividades desenvolvidas pela empresa geram
custos, e que os diversos produtos consomem essas atividades.
Gestão de Custos
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Dessa forma, rateando os custos indiretos através de cost drivers, o custo do produto
apurado estará mais correto. Com a mensuração do custo das atividades e do custo do
produto apurado via custo de atividades e direcionadores de custos, obtêm-se informações
relevantes para a gestão empresarial.
Dentre os fatores negativos em sua adoção, destaca-se o alto custo de sua implantação e
a possível subjetividade na definição dos cost-drivers, principalmente, quando se atribuem
gastos de administração e comercialização.
Sem dúvida, o modelo ABC é um importante avanço no cálculo do custo dos produtos. Sua
adoção apresenta resultados positivos, principalmente nas empresas com grande volume
e diversidade de produção.
Gestão de Custos
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Os benefícios do ABC
Quarto, o ABC gera informações de custo mais completas e, portanto, mais confiáveis.
Quinto, o ABC ajuda a identificar custos e atividades que podem ser minimizadas
ou eliminados.
Custos indiretos
Gestão de Custos
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CUSTO DE OPORTUNIDADE
EXEMPLOS:
Gestão de Custos
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• PIS E COFINS
• ICMS
• COMISSÕES + ENCARGOS SOCIAIS
• FRETES
• DESPESAS ADMINISTRATIVAS
• DESPESAS FINANCEIRAS
• LUCRO
Gestão de Custos
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De modo geral, os preços dos produtos podem ser formados por três métodos
diferenciados:
Evidentemente, as duas primeiras alternativas são as mais simples e práticas, pois não
requerem maior tempo dispendido em pesquisas e análises de comportamento e
necessidades do consumidor. Invariavelmente, a maior parte das empresas, especialmente
as pequenas e médias, formam seus preços utilizando-se de um ou dos dois primeiros
métodos. É importante ressaltar, porém, que ambas as alternativas, apesar da praticidade,
conduzem a erros de avaliação empresarial importantes, por não estarem correlacionados
aos resultados finais da empresa.
Quando se acompanha simplesmente o preço de mercado, não são abordadas questões tais
como os investimentos realizados anteriormente, os custos operacionais diferenciados entre as
empresas, o retorno sobre o capital empregado, bem como, as percepções dos consumidores
quanto aos diferenciais de cada produtor.
As organizações que agregam valor aos seus produtos e conseguem traduzi-los nos preços
de venda, a partir da percepção do consumidor, certamente, estão alguns passos à frente
dos concorrentes, em relação aos seus potenciais de geração de resultados.
O quê significa isso e como quantificá-lo? Através de um exemplo, torna-se mais fácil a
interpretação do conceito.
Todos podemos notar que as tarifas aéreas têm valores bastante diferentes para os
mesmos voos, dependendo de diversos fatores, tais como, antecipação da reserva, período
do ano, dia da semana, localização no avião, etc. E por quê isto acontece? As Cias. Aéreas
estão realizando um gerenciamento da maximização de suas receitas, ou “Revenue
Management” . Por este processo, extremamente trabalhoso, as empresas, a partir do
número de reservas do voo, revisto continuamente, considerando uma base de dados de
Gestão de Custos
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Existem alguns métodos práticos para avaliar e mensurar o Valor Percebido pelo
Consumidor. Em “O Poder dos Preços”, Dolan e Simon descrevem algumas possibilidades.
Através dela a Empresa seleciona alguns experts em estimativas de resposta aos preços
de venda, que definirão, por exemplo, qual a curva de demanda prevista para diferentes
níveis de preços.
É importante notar que estes especialistas devem advir de áreas diversas da empresa, ou
até mesmo, externos a ela. Precisam, basicamente, ter uma noção bastante forte do
mercado de atuação em que a empresa e o produto se inserem.
Através dele são feitas perguntas aos entrevistados que procuram associar diferentes
preços de venda `a futura decisão de compra.
Gestão de Custos
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Temos uma viagem marcada para Paris, com a possibilidade de voarmos por tres diferentes
Cias.
Dentre as variáveis que as Cias. entendem agregar valor a sua atividade, que já foram
pesquisadas e confirmadas pelos consumidores anteriormente, e que irão nortear nossa
decisão de escolha, podemos citar os preços e prazos de pagamento do bilhete, o número
de escalas do vôo, o serviço de bordo, o conforto das poltronas, os horários de partida e
chegada, os prêmios de fidelidade e as opções de lazer durante o percurso.
Uma análise matemática desses dados avalia o valor percebido por cada consumidor em
relação aos atributos que cada Cia. oferece e suas categorias, bem como os efeitos dos
preços alternativos. Deste modo, a Cia. pode estabelecer o número de passageiros que
privilegiará a variável conforto em relação aos preços potenciais, bem como o perfil de
demanda dos que têm no preço do bilhete o principal quesito decisório.
Vale ressaltar que não é nosso objetivo, neste material, detalhar a metodologia de cálculo
do método, mas tão somente indicá-lo como poderosa ferramenta de avaliação e
quantificação das preferências do consumidor.
O número de assentos por nível de preços será assim definido de acordo com o perfil dos
consumidores, buscando maximizar a lucratividade do serviço oferecido. Vários níveis de
preços podem ser estabelecidos, obedecendo o perfil de demanda avaliado.
Gestão de Custos
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Com esta fase preenchida, os preços são estabelecidos com uma base técnica muito maior
em relação aos baseados exclusivamente nos fatores de custo e concorrência e,
certamente, os erros de lançamentos de produtos com atributos pouco valorizados e que
somente os encareceriam, sem qualquer contribuição adicional de Valor Percebido, são
bastante minimizados.
Marca : 30%
Potência do motor: 28%
Preço : 20%
Consumo de combustível: 12%
Desempenho ambiental: 10%
Gestão de Custos
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Pelo que vimos acima, cada vez mais os custos associados aos produtos/serviços devem
ser função das expectativas de preços baseadas no valor percebido pelo consumidor,
exatamente o oposto do observado na grande maioria das empresas, que após
estabelecidos os custos, formam seus preços a partir do mark-up ou margem de
contribuição objetivados.
Fatores Internos
A) Objetivos de Marketing
A Empresa deve decidir qual será a estratégia para o produto, selecionando seu
mercado alvo e seu posicionamento objetivado. Além disso, deve estabelecer
alguns outros indicadores, tais como:
Opção por preços que permitam a penetração no mercado, supondo que o mercado
é sensível a eles. A estratégia favorece a redução dos custos unitários,
proporcionando o afastamento de concorrentes. É válida apenas para Empresas
capitalizadas, que possam "bancar" resultados mínimos durante o período de
utilização da estratégia.
Gestão de Custos
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Definem o piso dos preços que podem ser cobrados. Incluem os custos de
produção, distribuição e venda do produto, além de permitir um retorno a médio
prazo.
D) Organização
Fatores Externos
A) O Mercado e a Demanda
Gestão de Custos
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Empresas/Produtos Demanda
Lideres em custos Elástica
Diferenciadas Inelástica
Com enfoque Inelástica
Gestão de Custos
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A Empresa deve decidir onde posicionar seu produto com relação à sua qualidade e a seu
preço. Abaixo, enumeramos as estratégias envolvendo qualidade / preço:
------------------------------------------------------------------------------
PREÇO
------------------------------------------------------------------------------
Alto Baixo
Q
U
A Alta 1. Premium 2. Baseado no valor
L
I
D
A Baixa 3. Preços Exorbitantes 4. De Economia
D
E
---------------------------------------------------------------------------------------------------
---------------------------------------------------------------------------------------------------
A Empresa deve primeiramente definir seu mercado alvo e sua estratégia de participação.
A formulação do preço deve sempre considerar esses fatores.
A estratégia Premium pressupõe os mais altos níveis de preços para produtos com
reconhecida qualidade. (Nestlé, Jonhson).
A estratégia Baseada no Valor é uma forma de atacar a estratégia premium, com produtos
de elevada qualificação e preços mais baixos. (Parmalat)
A estratégia de Preços Exorbitantes deve ser evitada de qualquer maneira, sob pena de
prejudicar fortemente a imagem do produto e da empresa fornecedora.
Gestão de Custos
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produto. A curva do volume de vendas, em geral, é mostrada como uma curva em forma
de S, como mostra a figura abaixo.
Gestão de Custos
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Fonte: Adapatado de C.R. wasson (1978), Dynamic Competitive strategy and Product Life Cycle, 3º edição,
(Austin Press), 256-57
Gestão de Custos
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Gestão de Custos
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clientes estão se tornado cada vez mais escassos. O preço é empurrado ainda mais na
direção dos custos quando as empresas tentam empurrar para fora do mercado os
produtos menos eficientes. Este período também é conhecido como etapa “de
chacoalhada”.
Gestão de Custos
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ENGENHARIA DO VALOR
GERENCIAMENTO DO VALOR
CONCEITUAÇÃO
FUNÇÃO
maximizar a relação VALOR =
CUSTOS
CARACTERÍSTICAS
• PENSAMENTO NA FUNÇÃO
• OBJETIVOS
• TRABALHO EM EQUIPE
• CRIATIVIDADE
• TRABALHO SISTEMATIZADO
Gestão de Custos
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+ =
HISTÓRICO
BRASIL
1964 - 1º SEMINÁRIO NA SINGER;
Gestão de Custos
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1978 - ADOTADA PELA SIEMENS, KLABIN, TRW, FREIOS VARGA, LIX DA CUNHA,
VILLARES, CONSUL, WEG, FAÇO, ELETROPAULO, PETROBRÁS, METRÔ S.P., C.P.F.L
TELEBRÁS, ETC...
Geralmente é confundido
com custo e preço
Aristóteles (350 AC) identificou sete tipos de valor cuja classificação é valida até hoje:
Valor Econômico
V A L O R ...
Valor de Custo - representa a soma dos custos dos itens necessários para manufaturar
um produto
Gestão de Custos
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CONCEITO DE FUNÇÃ
EXEMPLOS:
• FILTRAR ÁGUA
• AMPLIFICAR SOM
• IMPEDIR VAZAMENTO
• QUANTO AO TIPO
USO e ESTIMA
• QUANTO A CLASSE
PRINCIPAL OU BÁSICA
SECUNDÁRIA
Gestão de Custos
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Visão Enfoque da
Tradicional: Análise do Valor
A – Matéria-Prima 5,00
Mão-de-Obra 2,50
Desp. Gerais 3,00
Custo A = 10,50
B – Matéria-Prima 5,00
Mão-de-Obra 2,00
Desp. Gerais 2,50
Custo B = 9,50
A + B:
Matéria-Prima 10,00
Mão-de-Obra 4,50
Desp. Gerais 5,50
Gestão de Custos
52
Portanto, as possíveis reduções de custo que poderão ser obtidas por esse processo
serão respostas a perguntas do tipo:
FUNÇÕES R$
TOTAL 20,00
Segundo o princípio da AV., perguntaremos para cada funçãoquais as alternativas para sua
realização.
Como poderemos produzir a função “conter líquido” de uma forma mais econômica,
mantendo as exigências que o consumidor faz?
Gestão de Custos
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Marketing Produção
Produto/
Compras Serviço Custos
Engenharia Qualidade
Gestão de Custos
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A chave dessa questão está na diferença entre comprar um produto e comprar uma
função. Para melhor compreensão basta comparar a compra de uma lixa entre os seus
diversos fornecedores. Imagine para o mesmo uso uma lixa de grana fina que irá
desbastar uma superfície de madeira. Se a lixa do fornecedor A tem como preço US$ 0,20,
a do fornecedor B, US$ 0,30, e a do fornecedor C, US$ 0,40, deduz-se que a lixa mais
barata é a que custa US$ 0,20.
No entanto, o produto mais barato não indica necessariamente o menor custo para
se obter a função. Ao se estabelecer que a função da lixa é “desbastar superfície”
estará implícita a medida dessa função pela quantidade de m² da superfície necessária
para ser desbastada e, nesse ponto, a durabilidade do produto será a propriedade
envolvida no processo de avaliação.
LIXA DURABILIDADE
A 0,4 m²
B 0,7 m²
C 0,8 m²
Gestão de Custos