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Programação físico-financeira

da construção

Gerenciamento de obras de
Construção Civil
Introdução

 A gestão física do cumprimento de prazos e gestão

financeira de cumprimento de preços é fundamental

para que as empresas sobrevivam no mercado

 O planejamento da execução de uma obra é vital,

sendo tarefa implementada pelo acompanhamento

físico-financeiro da obra, ou seja, do cronograma


Introdução

 O cronograma é uma atividade gerencial que se

constitui na complementação do orçamento da obra

 Visa executar a obra dentro do menor prazo e menor

custo possível, resultando em maior retorno do

investimento
Definição

 Cronograma é o planejamento da execução dos


serviços que compõem uma obra ou serviço,
definindo a ordem de sucessão em que serão
executados, em função dos prazos pactuados e dos
custos constantes do orçamento
Definição

 O cronograma físico implica no cronograma de

compra dos materiais, na mobilização de mão de obra

e equipamentos necessários para a execução dos

serviços
Definição

 O cronograma financeiro traduz os valores necessários

que deverão ser aportados para a execução de cada

uma das tarefas previstas no cronograma físico

 Os elementos necessários para a elaboração do

cronograma são: orçamento analítico e prazo de

execução da construção.
Gráfico de barras (Diagrama de Gantt)

É um procedimento intuitivo de acompanhamento de


obra, consistindo na distribuição gráfica das etapas da
obra ao longo do tempo
Seqüência do cronograma físico

 estabelece-se o número de períodos em


função do prazo total (em meses, semanas,
dias)

 estabelece-se a discriminação das tarefas que


compõem a obra, a partir da discriminação
orçamentária (cria-se os pacotes de trabalho)
Seqüência do cronograma físico
 Determina-se o tempo de duração de cada tarefa em
função das quantidades de serviço do orçamento e da
produtividade

 Este tempo será função da equipe de operários que irá


executar a tarefa

 Deve-se adicionar o tempo não trabalhado (domingos,


feriados, chuva, etc.) porque o cronograma é em tempo
corrido
Seqüência do cronograma físico

Exemplo: 1500 m² alvenaria (2,5 h/m² - TCPO)

1500 / 2,5 = 600 horas Jornada diária média: 7,33 h/dia

Prazo execução: 600/7,33 = 82 dias/ 1 pedreiro

Define-se o nº de pedreiros para realizar a tarefa em


função do prazo da obra
Seqüência do cronograma físico

 lançamento das tarefas no gráfico em ordem


cronológica

 lançamento, na coluna do total o valor total da tarefa

 fazer a distribuição do valor financeiro nos períodos


correspondentes

 fazer o somatório vertical para cálculo do desembolso


em cada período, assim como o desembolso
acumulado
Seqüência do cronograma físico

 verificação do cronograma: Os totais mensais devem variar


segundo curva semelhante à de Gauss: meses iniciais e
finais com valores menores e os centrais com valores
maiores
 Os valores entre os meses sub sequentes não devem variar
muito (< 15%)
 acompanhamento do cronograma
Seqüência do cronograma físico
Observações

 os comprimentos das barras são proporcionais às


durações de cada serviço;
 a disposição dos serviços obedecem a critérios
inerentes a cada uma das tarefas, tais como:
 serviços que só podem ser iniciados após o início
de outro;
 serviços que só podem ser terminados após o
término de outro;
 serviços que só podem ser iniciados após o
término de outro
Observações

 o desdobramento de um cronograma genérico em


outro mais detalhado ocasiona controle mais efetivo
sobre as tarefas, representando melhor
gerenciamento físico-financeiro

 Exemplo: estrutura de concreto armado, por tipo de


peça estrutural e/ou pavimento
EXEMPLO
Observações sobre o cronograma

 o cronograma e o orçamento analítico são previsões


devendo ser acompanhado e retificado ao longo da
execução da construção

 o cronograma de barras devem ter espaços para


justapor, juntamente com a previsão, a execução
real da tarefa para melhor comparação com sua
previsão inicial
Observações sobre o cronograma

 A falta de mão de obra, atrasos na chegada de


materiais, chuvas excepcionais, vendavais, falta de
dinheiro são algumas condições que alteram a
velocidade de execução das tarefas, que podem
ocasionar atrasos na execução da construção

 atrasos grandes requerem a reformulação do


cronograma
Observações sobre o cronograma

 a execução mais rápida de tarefas (maior


contingente de mão de obra, turnos extras) pode
permitir recobrar o tempo perdido

 Quando existe contrato firmado, o atraso da


execução parcial ou total da construção gera,
usualmente, penalidades contratuais que são
discriminadas no próprio contrato
São considerados atrasos justificados (imprevisíveis)

 greves que afete a obra contratada


 falta comprovada de materiais no mercado
 atrasos justificados de importação
 guerra, revolução que impeçam a execução da obra
 atos proibitivos ou impeditivos do poder público
 período excepcional de chuvas
 falta de elementos técnicos por parte do contratante
 atraso nas medidas que tornem os locais livres ou
desembaraçados, que impeça ou dificulte sua realização
 ordem escrita do contratante para paralisação da obra
 falta de pagamento
Exemplo de cronograma relacionado ao
trabalho de orçamento analítico
Instruções para elaboração do cronograma

 Seguir a discriminação dos serviços aglutinados do


modelo

 Não se deve abrir muito os itens porque torna mais


difícil a elaboração do cronograma

 Atentar que alguns serviços ser distribuem em tempos


distintos: esquadrias, proteções, pavimentações,
instalações (atenção na divisão do pacotes)
Instruções para elaboração do cronograma

 Não esquecer de colocar o BDI nos valores mensais


de cada item

 Os totais mensais devem ser coerentes e seguir


aproximadamente a curva de Gauss
Histograma
Histograma
 O histograma mostra, de forma acessível, a distribuição
de um recurso ao longo do tempo de sua utilização,
como mão-de-obra, materiais e equipamentos de
construção necessários à execução do projeto
 O método manual de se obter o valor da ordenada média
de cada período consiste em atribuir a cada barra que
representa uma atividade no gráfico de Gantt a
quantidade de recurso consumido em cada período de
sua duração e, após atribuído o recurso a todas as
atividades do projeto nas quais ele é necessário, soma-
lo, de modo a obter o seu total período a período
Histograma
 Se um recurso, como mão-
de-obra medida em homens-
horas reais, tiver a
distribuição mostrada no
gráfico de Gantt, seu
histograma terá a mesma
configuração dessa figura
Curva S
 A curva S, que mostra a distribuição de um recurso,
de forma cumulativa, é amplamente utilizada no
planejamento, programação e controle de projetos.
 Representa o projeto como um todo, em termos de
homens-horas ou de moeda necessários à sua
execução, e também permite visualizar o ritmo de
andamento previsto para a sua implementação.
Curva S
 O ritmo é definido pelo coeficiente angular da curva,
sendo usual, na prática, a adoção de uma das
seguintes opções:
– 40% do projeto previsto ser completado em 50% do tempo
– 50% do projeto previsto ser completado em 50% do tempo
– 60% do projeto previsto ser completado em 50% do tempo
– 50% do projeto previsto ser completado em 40% do tempo
– 50% do projeto previsto ser completado em 60% do tempo
Curva S

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