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Escola Superior de Gestão e Tecnologia - IPSantarém

Contabilidade de Gestão

Licenciatura em Negócios Internacionais

2º Ano – 1º Semestre

Ano letivo 2022-2023

José Luís Martins

Contabilidade de Gestão

4 Produção Conjunta e em Curso de


Fabrico
4.1. Caracterização;
4.2. Coprodutos, semiprodutos e subprodutos;
4.3. Repartição dos custos conjuntos;
4.4. Mapa de custos de conversão;
4.5. Mapa dos custos de produção;
4.6. Produção defeituosa;
4.7. Valorimetria dos produtos em curso de fabrico;
4.8. Exercícios de aplicação.
Produção Conjunta

MÉTODOS DE APURAMENTO DOS CUSTOS DOS PRODUTOS

q MÉTODO DIRETO (custos por ordens de fabrico)

q MÉTODO INDIRETO (custos por processo)

Ø PRODUÇÃO UNIFORME (1 produto)

Ø PRODUÇÃO MÚLTIPLA (vários produtos)

o PRODUÇÃO DISJUNTA (produtos “independentes”)


o PRODUÇÃO CONJUNTA (a produção de um produto implica a produção de outro(s))

Produção Conjunta

PRODUÇÃO CONJUNTA *

“Quando ao proceder-se à transformação de


uma ou várias matérias primas, se obtêm
simultaneamente diversos produtos”

* Adaptado de Contabilidade Analítica de Carlos Caiano Pereira e Seabra Franco


Produção Conjunta

O EXEMPLO MAIS ANTIGO


DA PRODUÇÃO CONJUNTA

GÉMEOS

- mesmo processo
- mesmos recursos
- mesmo momento

Produção Conjunta

CO-PRODUTOS
Produtos conjuntos que têm idêntica importância relativa.
Designam-se também por Produtos Principais.

SUBPRODUTOS
Produtos Secundários.
A sua obtenção não é o objetivo principal da produção.

RESÍDUOS
Produtos de baixo valor.
Produção Conjunta (fases)

Fase da Produção Conjunta


… até ao ponto de separação dos produtos, ocasionando gastos que
designamos por custos conjuntos. Problema:

Como
Fases seguintes repartir?
… que eventualmente podem não existir…, em que os semi-produtos
obtidos no ponto de separação são acabados em regime de produção
disjunta, implicando os chamados custos específicos.

Produção Conjunta (repartição dos custos conjuntos)

O caso dos co-produtos


Critérios alternativos para repartir os custos conjuntos:

Critério das quantidades produzidas - Segundo este critério os custos conjuntos


são repartidos pelos co-produtos proporcionalmente às quantidades
produzidas… Conduz a custos unitários iguais para cada um dos co-produtos.

Aplicabilidade: Não pode ser aplicado quando a produção se traduz em unidades físicas
diferentes (ex: sólidos e líquidos) a menos que possam ser equiparados;
Produção Conjunta (repartição dos custos conjuntos)
O caso dos co-produtos
Critérios alternativos para repartir os custos conjuntos:

Critério do valor das vendas - repartição do montante de custos conjuntos


proporcionalmente ao respetivo peso no valor das vendas da produção… Conduz
a uma igualdade da margem de lucro por produtos.

Critério do valor das vendas reportado ao ponto de separação - idêntico ao


anterior, mas em que o valor das vendas é líquido dos custos específicos de cada
produto;

Produção Conjunta (repartição dos custos conjuntos)

O caso dos subprodutos


Se bem que seja possível aplicar os mesmos critérios definidos para os co-produtos, a
situação mais corrente é a da utilização do Critério do Lucro Nulo, imputando ao
subproduto um montante do custo conjunto igual ao valor das suas vendas.

O caso dos resíduos


Existem casos em que os resíduos têm valor de mercado. Quando assim é,
recomenda-se a utilização do critério proposto para os subprodutos (Critério do
Lucro Nulo). Sempre que o valor de mercado seja nulo ou, como já referido, existam
custos adicionais com a sua remoção, nenhuma parcela do custo conjunto deverá
ser imputada ao resíduo, e quaisquer custos adicionais de remoção deste deverão
ser atribuídos ao produto principal (Critério do Custo Nulo).
Produção Conjunta (repartição dos custos conjuntos)

Produção defeituosa

Produção Defeituosa
CUSTO NULO:
Normal O custo da produção acabada sem defeito, deverá
ser acrescido do custo dos produtos defeituosos.

LUCRO NULO:
Se a este tipo de produtos defeituosos se puder
atribuir valor realizável líquido, deverá ser
aplicado o critério do lucro nulo. Pois se podem
ser vendidos deverão suportar o seu próprio
custo.
Produção defeituosa

Produção Defeituosa
Quando os produtos defeituosos ultrapassarem os
Anormal critérios da normalidade definidos pela entidade -
a eles deverá ser atribuído o mesmo custo dos
produtos sem defeito.

Este custo, sejam ou não os produtos defeituosos


anormais vendidos, deverá ser relevado numa
conta de resultados acidentais, ainda que no final
do período existam produtos defeituosos
anormais em existência final.

Produtos em curso de fabrico (PVF)

q No método de apuramento de custos por ordens de produção (direto):

A PVF no fim de cada período é dada diretamente pela ficha de custos


de cada ordem.

q No método de apuramento de custos por processo (indireto):

É necessário, no fim de cada período, fazer a inventariação da


produção em curso de fabrico, sendo necessário conhecer o seu grau
de acabamento e valorização.
Produtos em curso de fabrico (PVF)

Conhecendo-se a quantidade em curso de fabrico e o grau de


acabamento, poderá recorrer-se ao método das unidades
equivalentes, para a sua valorização.

As unidades equivalentes encontram-se parcialmente


concluídas e fazem parte da produção em curso a
inventariar. Para isso são expressos em termos de um
número menor de unidades concluídas.

Produtos em curso de fabrico (PVF)

Dois produtos com 50% de acabamento são equivalentes a 1


produto acabado.

+ =

Por exemplo, 10.000 unidades com um grau de acabamento de 70% são


equivalentes a 7,000 unidades de produto acabado.

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