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Sistema de Custeio dos Produtos

Conjuntos
Custeio dos Produtos Conjuntos - Intodução

Exemplos:
Algumas empresas,
Indústria
apartir da mesma
química,
matéria-prima,
petroquímica,
instalações, máquinas
farmacéutica,
e mão-de-obra,
metalúrgica,
produzem diferentes
alimentar,
produtos.
etc.
Empresas industriais e regimes de fabrico
• Regimes de fabrico

• A transformação das matérias primas pode


exigir um número maior ou menor de
operações e desenrolar-se num só centro de
actividade ou distribuír-se por diversos
serviços ou departamentos fabris.
• a empresa fabrica Múltipla
diversos produtos
• a empresa fabrica Uniforme
um único produto
A fabricação pode ser:
Regimes de fabrico
Regimes de fabrico
No que respeita a fabricação múltipla podemos distinguir:
apartir da mesma os diversos
Múltipla conjunta:

Múltipla disjunta:
transformação de produtos obtém-
uma matéria se em operações
prima ou de um de transformação
conjunto de absolutamente
matérias-primas distintas (fabrico
obtém-se de móveis).
simultaneamente
diversos
produtos .
Regimes de fabrico
Contínua: a produção em
curso apresenta-se em
Descontínua: Caso
qualquer momento nas
contrário do acima
diversas fases de
mencionado (fabrico de
transformação ( refinação
móveis, tipografia, etc).
do petróleo, fabrico do
cimento, etc).

Símples: verifica-se uma Complexa: verificam-se


só operação de várias operações de
transformação, transformação.
PRODUÇÃO CONJUNTA

A produção de um
produto implica a
Definição
produção de outros
produtos conjuntos.

Em muitos processos de
Os produtos não são
produção obtém-se
identificáveis como
produtos conjuntos mas
produtos e nem
são considerados
diferenciáveis enquanto
desperdícios e o seu
não atingirem o ponto
custo é aplicado ao
de separação.
produto principal.
• Sobras de chapas na indústria
metalomecânica, sobras de tecido na Resíduos
alfaiataria, , ossos no abate de gado.
• exemplo, num processo de produção da Subprodutos
farinha, obtém-se farelo.
• exemplo, o Gasóleo, gasolina, Co-produtos ou
fuel oil, na indústria de refinação Produtos
de petróleo, no abate de perús- Principais
bife, pernas, asas e miúdos.
Na produção conjunta podemos encontrar:
PRODUÇÃO CONJUNTA
Exercícios
• Defina produtos
1 . conjuntos. Dê
exemplos.
• Fale da problemática

2 . envolvida no custeio
dos produtos
conjuntos.
• Defina ponto de
3 . separação. Dê
exemplos.
• (que eventualmente podem não
disjunta
existir), em que os semi-produtos de produção
(produtos em vias de fabrico) obtidos
no ponto de separação são terminados,
seguintes, ou
em regime de produção disjunta,
implicando custos específicos.
Fases
• é a que se verifica até ao ponto de
conjunta
separação, provocando gastos que produção
designamos por custos conjuntos; Fase de
principais:
Num processo de produção conjunta podemos distinguir duas fases
Apuramento do Custo Industrial dos Produtos Conjuntos
Esquema Geral do Custo Industrial dos
Produtos Conjuntos
• Por exemplo: a carne de vaca, da fase do abate até a
fase do corte:
• O corte é o ponto de separação, depois do corte separa-
se as carnes em diversas categorias
Apuramento do Custo Industrial dos Produtos Conjuntos
• O problema da produção conjunta tem a ver com o custeio
dos produtos conjuntos, sendo custos comuns, adoptam-se
os seguintes métodos para repartir os custos conjuntos pelos
produtos:
TIPO DE PRODUTOS MÉTODOS
Co-produtos ou Quantidades produzidas
produtos principais Valor de venda da
produção
Valor da venda no ponto
de separação
Produtos secundários ou Lucro nulo
subprodutos Custo nulo
Método das Quantidades produzidas
Repartem-se os custos conjuntos pelos produtos
proporcionalmente as quantidades obtidas de cada um dos
coprodutos.
o custo conjunto de 14.000 repartir-se-á tendo em conta os
pesos percentuais
foi imputado das quantidades
a cada Kg um mesmode cada coproduto.
custo unitário conjunto
( 140Mt : 4.200/30; 5.600/40, 700/5, e 3.500/25), sendo os
custos industriais unitários diferentes apenas por causa dos
custos específicos.
Este método não considera o valor de mercado do produto.
Este método não relaciona os custos conjuntos atribuídos a cada
produto com a respectiva capacidade de geração de receitas,
podendo distorcer a análise de custos nos casos de produtos com
volumes e preços de venda diferenciados.
Por exemplo, aplicando-se este método nas indústrias de carnes,
o lombo de porco teria o mesmo custo que a banha, o pé de
porco, o toucinho, a cabeça, e assim por diante. Algumas partes
teriam lucros fabulosos e outras prejuízos constantes.
Método do Valor de Venda da Produção

Repartem-se os custos conjuntos pelos coprodutos


proporcionalmente as Valor de Venda da Produção
de cada um dos coprodutos.

Este método considera o valor de mercado do


produto.
Tendo em vista o facto de que o custo dos
inventários deveria indicar a capacidade de geração
da receita, a abordagem do valor relativo de venda
da uma aproximação razoável para obter uma
Método do Valor da venda da produção reportado ao
ponto de separação

• Neste caso, repartem-se os custos conjuntos


pelos produtos proporcionalmente ao seu valor
de venda no ponto de separação.
Valor De Venda no Ponto de Separação = Valor de
Venda – Custos Específicos Industriais – Gastos
Específicos não Industriais (Frequentemente os de
distribuição)
Escolha dos métodos
Margem bruta
Produtos Valor de Custos industriais Valores %
venda

Método das quantidades


Bife 10.500 5.700 (54%) 4.800 45,7%
Miúdos e diversos 4.250 4.300 (102%) (50) (1,17%)
Método do Valor de venda

Bife 10.500 7.380 (70%) 3.120 29,7%


Miúdos e diversos 4.250 3.180 (75%) 1.070 25,18%
Método do Valor de venda
no P.S

Bife 10.500 7.590 (73%) 2.910 27,7%


Miúdos e diversos 4.250 3.082 (73%) 1.168 27,5%
O Método Recomendado
O Método do valor de venda no ponto de
separação é o mais aconselhável pois:

• A diferença entre os custos e o valor de venda


se traduzem em margens percentuais iguais.

Os inventários de cada produto serão valorizadas


por custos unitários que se traduzem por
percentagens iguais.

Os restantes métodos podem distorcer a


valorização de inventários.
Custeio de Subprodutos
O método frequentemente adotado para
imputar ao subproduto a parte que lhe
respeita nos custos conjuntos, consiste em
atribuir-lhe um custo igual ao seu valor de
venda no ponto de separação - Critério de
Lucro Nulo.
• Algumas vezes, mas poucas, não se atribui
nenhum custo aos subprodutos sendo os
custos conjuntos aloucados apenas entre
produtos principais.
• Depois repartem-se os co-produtos pelos
Custeio de Resíduos
•  Se os resíduos tiverem um valor de mercado
que é conhecido adota-se o critério do lucro
nulo, se não tiver valor de venda adota-se o
método do custo nulo – não atribuímos o
custo de sua obtenção, se tiver algum
rendimento na sua venda ou se incorrer em
custos de sua remoção, todos os custos e
rendimentos devem ser considerados no
resultado do produto que o ocasiona
(produto principal).
Custos Conjuntos e Tomada de Decisões
• Os custos industriais unitários determinados para os
produtos conjuntos não servem para tomar decisões
relacionadas com a rendibilidade daqueles,
nomeadamente as que se relacionam com:
• Aumento ou redução da produção;
• Por exemplo, se uma empresa fabrica os produtos A e B
na proporção de 60% e 40% respectivamente, na
produção conjunta não se pode aumentar ou reduzir a
produção de um produto isoladamente pois tal variação
arrastaria a necessidade de alteração da produção do
outro produto.
• As decisões de aumento ou redução da produção não são
tomadas a partir dos custos alocados individualmente a
Custos Conjuntos e Tomada de Decisões
• A transformação que deve ser feita nos produtos
obtidos no ponto de separação
• A questão que se apresenta é a de verificar se se deve
vender um produto no estado em que se obtém no
ponto de separação ou efectuar transformações
adicionais e qual profundidade destas.
• Por exemplo: a carne do perú deve ser transformada
para a produção de fiambre e enchidos ou não?
• Essas decisões devem ser feitas comparando os
rendimentos e os custos em causa. No entanto, se o
produto deve ser vendido no estado bruto, não se
justifica quando o seu custo for superior ao valor de
venda. De qualquer forma, não se consideram os custos
Custos Conjuntos e Tomada de Decisões

• Conclusão: A validade dos custos industriais


unitários é sobretudo em termos de
valorização das existências (produtos
acabados em armazém) para efeitos de
balanço.
• “Hoje fui melhor que
ontem; amanhã serei
melhor que hoje; depois
de amanhã serei melhor
que amanhã.”

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