Você está na página 1de 36

Auditoria Financeira I

Aulas 13-15:Controlo Interno (CI)

21-05-23 A. J. Maunja 1
OBJECTIVOS DESTE TEMA:
 Compreender os conceitos básicos
subjacentes ao CI
 Compreender a importância do CI para
a auditoria
 Aplicar os instrumentos de avaliação
do CI
 Desenhar e implantar os SCI na
organização

21-05-23 A. J. Maunja 2
Controlo Interno
O controlo interno:
• É um processo, ou seja, é um meio para atingir um
fim e não um fim por si só
• É efectuado por pessoas a todos os níveis da
empresa
• Não se pode esperar que por si só providencie
confiança absoluta mas é apenas uma confiança
razoável

21-05-23 A. J. Maunja 3
Controlo Interno
Princípios e medidas de controlo interno:
Princípio 1: Autorização
Princípio 2: Segregação de funções
Princípio 3: Controlo físico dos bens
Princípio 4: Controlo sobre os registos
Princípio 5: Supervisão dos gestores

21-05-23 A. J. Maunja 4
Princípio 1: Autorização

Indivíduos especificamente indicados devem dar


permissão para que uma transacção seja
iniciada e processada

21-05-23 A. J. Maunja 5
Princípio 2: Segregação de funções

Dentro da empresa, devem existir segregação


de tarefas entre pessoas responsáveis nas
funções de autorização, execução, registos e
controlo físico

21-05-23 A. J. Maunja 6
Princípio 3: Controlo físico dos bens

Devem existir adequadas medidas de controlo


físico e de acesso aos bens da empresa

21-05-23 A. J. Maunja 7
Princípio 4: Controlo sobre os registos

Todas as transacções que ocorrem devem ser


registadas atempadamente, a partir dos
documentos contabilísticos válidos, com valores
monetários correctos, e correctamente na
contabilidade

21-05-23 A. J. Maunja 8
Princípio 5: Supervisão dos gestores

Deve haver supervisão e monitoria dos gestores


da empresa para assegurar que o sistema de
controlo interno concebido está a operar como
o esperado

21-05-23 A. J. Maunja 9
Controlo Interno
O controlo interno é composto por cinco
componentes:
• 1) Ambiente de controlo
• 2) Avaliação do risco
• 3) Actividades de controlo
• 4) Informação e comunicação
• 5) Controlo (monitoring)

21-05-23 A. J. Maunja 10
Controlo Interno
1) Ambiente de controlo
• As actividades do negócio são estruturados, objectivos
estratégicos definidos e riscos envolvidos avaliados
• Possuir pessoas competentes
• Deverão ser estabelecidos valores de integridade e ética
tendo em conta as preocupações da empresa, os seus
funcionários, fornecedores, etc
• Existência de incentivos que propiciam práticas fraudulentas
(pressão para atingir desempenho não realístico)
• Existência de um manual de procedimentos e guias de
conduta
21-05-23 A. J. Maunja 11
Controlo Interno
1) Ambiente de controlo (cont)
• Existência de um conselho fiscal
• Estrutura organizacional (autoridade,
responsabilidade e linhas de hierarquias
apropriadas)
• Conselho de administração e existência de
actas de reuniões do CA

21-05-23 A. J. Maunja 12
Controlo Interno
2) Avaliação de risco
• Identificação, avaliação e gestão adequada dos riscos que
afectam a empresa em termos de:
Sobrevivência
Concorrência competitiva
Manutenção da posição financeira
Manutenção da qualidade dos seus produtos
• É aconselhável que se faça a estimativa do impacto do risco e
a avaliação da probabilidade da sua ocorrência

21-05-23 A. J. Maunja 13
Controlo Interno
2) Avaliação de risco (cont)
Factores externos:
• Políticos
• Económicos
• Sociais
• Tecnológicos
• Catástrofes naturais

21-05-23 A. J. Maunja 14
Controlo Interno
2) Avaliação de risco (cont)
Factores internos:
• Competência dos gestores
• Inexistência de recursos
• Deficiente estrutura organizacional
• Políticas estabelecidas pelos gestores da
empresa

21-05-23 A. J. Maunja 15
Controlo Interno
3) Actividades de controlo
São políticas e procedimentos que
correspondem às acções das pessoas para
implementarem as políticas, de forma a
assegurar que as directivas da gestão estão a
ser cumpridas

21-05-23 A. J. Maunja 16
Controlo Interno
3) Actividades de controlo
Tipos de actividades de controlo:
• Controlos de prevenção
• Controlos de detecção
• Controlos manuais
• Controlos informáticos
• Controlos de gestão (High level controls)

21-05-23 A. J. Maunja 17
Controlo Interno
4) Informação e comunicação
• A gestão deverá identificar a informação relevante `a gestão
do negócio a qual deverá ser entregue, num formato e num
período de tempo adequado, às pessoas que tem necessidade
dela para que possam executar os respectivos controlos e
outras responsabilidades
• Os sistemas de informação poderão ser formais ou informais.
As conversas com os clientes, funcionários providenciam,
muitas vezes alguma da informação crítica para identificar os
riscos e oportunidades

21-05-23 A. J. Maunja 18
Controlo Interno
4) Informação e comunicação (cont)
• A manutenção da informação torna-se
particularmente importante quando a
entidade opera com base em:
Alterações fundamentais na indústria
Concorrentes altamente inovativos
Mudanças significativas nos requisitos dos
clientes
21-05-23 A. J. Maunja 19
Controlo Interno
4) Informação e comunicação (cont)
Qualidade da informação:
• O conteúdo ser apropriado
• Informação atempada
• Informação actual
• Informação exacta
• Informação acessível

21-05-23 A. J. Maunja 20
Controlo Interno
4) Informação e comunicação (cont)
Métodos de comunicação:
• Manuais de políticas
• Memos internos
• Notícias nos quadros de informação
• Reuniões (O gestor de topo reúne
regularmente com os funcionários)

21-05-23 A. J. Maunja 21
Controlo Interno
5) Controlo (monitoring)
• Mecanismos que asseguram que o controlo
interno continua a operar efectivamente
• Constituído por controlos de disciplina sobre
os básicos

21-05-23 A. J. Maunja 22
Desenhar, implantar e manter um
adequado CI é uma
responsabilidade difícil, não é?

Sim!
Mas o gestor de topo deve ter uma
organização que o irá apoiar nessa
missão.

21-05-23 A. J. Maunja 23
Responsabilidades
sobre o Controlo Interno
na Organização?

Resposta:
Resposta A responsabilidade no
desenho, implementação e
manutenção de um adequado
Controlo Interno na Organização
é da gestão de topo.
21-05-23 A. J. Maunja 24
Definição de
Controlo Interno

Um processo levado a cabo pelo


conselho da Administração,
Direcção e outros membros da
organização com objectivo de
proporcionar um grau de confiança
razoável na concretização dos
seguintes objectivos:
21-05-23 A. J. Maunja 25
Objectivos do
controlo interno

• Eficácia e eficiência dos recursos

• Fiabilidade da informação financeira e


operacional

• Cumprimento das leis e normas estabelecidas

• Salvaguarda dos Activos


21-05-23 A. J. Maunja 26
Como?
Exercendo actividades de controlo interno,
entendidas estas como aquelas acções
desenvolvidas para reduzir ou eliminar os
riscos.
Os procedimentos devem ser agrupados
essencialmente em:
– Controlos preventivos
– Controlos detectores

21-05-23 A. J. Maunja 27
Exemplos controlos preventivos

• Segregação de funções
• Contratação de pessoal qualificado
• Procedimentos adequados para a
autorização de transacções
• Lista de fornecedores aprovada

21-05-23 A. J. Maunja 28
Exemplos controlos detectores

• Reconciliações bancárias.
• Reconciliação de extractos de contas dos
fornecedores com os registos contabilísticos.
• Observação da distribuição de salários numa
base de amostragem.
• Verificação de documentos

21-05-23 A. J. Maunja 29
As 5 componentes inter-relacionadas do CI:

Ambiente de controlo

Avaliação de risco
Actividades
de controlo

Sistema de
Controlo Interno

Informação e
Monitorização comunicações
21-05-23 A. J. Maunja 30
Quadro de Controlo Interno COSO
(Committee of Sponsoring Organizations of the
Treadway Commission)

Dá o tom de uma Identifica e analisa


organização e é riscos aos objectivos.
fundação de Determina como
todas as outras deve ser gerido o
Ambiente
componentes Avaliação risco.
de
de Risco
Controlo
Avaliação
contínua da Compreende
Actividad políticas e
qualidade do Monitoriz es de
controlo interno ação práticas,
Controlo juntamente com
para garantir que Informação
os controlos & Comunicação procedimentos a
funcionam como nível de processo
pretendido que garantam que
as directivas da
Capta e troca informação pertinente direcção são
para usar como base da decisão. Mais, cumpridas
comunica eficazmente os papéis e
responsabilidades de manutenção dos
controlos internos.
21-05-23 Bo
A. Dahlström
J. Maunja 31
O gestor tem apoio de
outras entidades?

Sim! Os seguintes parceiros podem apoia - lo:


• Conselho ou Direcção, comité de auditoria
• Gestão de topo numa entidade
• Auditoria externa
• Auditoria interna

21-05-23 A. J. Maunja 32
Conclusões!
 O controlo interno e o seu funcionamento eficiente é da
inteira responsabilidade da gestão.

 Incumbe ao gestor em primeiro plano, gerir o


património e os recursos a ele confiados de forma
eficiente, sem desperdícios e desvios.
Em segundo plano, prover a prática de boa gestão, criar
condições para que os auditores possam concluir que
agiu com correcção e competência.
Uma vez organizado o CI este deve ser mantido sobe
permanente vigilância e avaliação pois as falhas no seu
funcionamento tem reflexos inevitáveis nos resultados.

21-05-23 A. J. Maunja 33
Conclusões!

Os auditores internos poderão


apoiar ou facilitar a implementação
dos SCI e processos de gestão do
risco, mas não deverão ser os
“detentores” ou responsáveis pela
gestão dos riscos identificados e
muito menos pela implementação
dos mesmos.

21-05-23 A. J. Maunja 34
Boa governação!

Um bom controlo interno e a gestão


do risco são partes integrantes da
Boa Governação!

21-05-23 A. J. Maunja 35
QUESTÕES PARA REFLEÇÃO
1. Quando é que se considera que uma
instituição tem um controlo interno
adequado?
2. Porque é que se diz que o Controlo Interno
surge como meio para se atingir um fim?
3. Quem é o controlador Interno numa
instituição?

21-05-23 A. J. Maunja 36

Você também pode gostar