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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS - CCSA


DEPARTAMENTO DE FINANÇAS E CONTABILIDADE – DFC
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Campus Universitário - João Pessoa – PB

Aula 8: Controle
Interno
Disciplina: Auditoria I
Profa.: Ma. Caritsa Moreira
O que é Controle
Interno?

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Controle Interno
O controle interno representa, em uma organização, o
conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com os
objetivos de proteger os ativos, produzir dados contábeis
confiáveis e ajudar a administração na condução ordenada
dos negócios da empresa.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Controle Interno seria
sinônimo de
Auditoria Interna?

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Não! Auditoria Interna equivale a um trabalho organizado de
revisão e apreciação de trabalho, normalmente executado por um
departamento especializado, ao passo que o Controle Interno
refere-se aos procedimentos e a organização das rotinas adotados
como planos permanentes da empresa.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


A auditoria interna e a externa realizam seus trabalhos utilizando
as técnicas de auditoria, ambas verificam o controle interno e
sugerem melhorias para as deficiências encontradas, modificando
seu trabalho conforme as observações e a eficiência dos sistemas
contábeis e de controles internos existentes.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Sistemas de conferência, aprovação e
autorização;

Segregação de funções (pessoas que


têm acesso aos registros contábeis
não podem custodiar ativos da
empresa);

Controles físicos sobre ativos;

Auditoria interna.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Controle Interno
Assim, antes de elaborar o plano ou programa que guiará o auditor, é necessário
observar como se encontram os controles da empresa:

Quanto melhor o controle, mais segurança para o trabalho.

Quanto menor o controle, mais cuidado será exigido na execução das tarefas.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Conceito de Controle Interno
Compreende o plano de organização e todos os métodos e medidas adotadas na
empresa para salvaguardar seus ativos, verificar exatidão e fidelidade dos dados
contábeis, desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das
políticas administrativas prescritas.

*Deve-se ter em mente a peculiaridade de cada empresa, cada instituição, como


caso particular.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Utilidade do Controle Interno
§ Salvaguardar os ativos e assegurar a veracidade dos componentes
patrimoniais;
§ Dar conformidade ao registro contábil em relação ao ato correspondente;
§ Propiciar a obtenção de informação oportuna e adequada;
§ Estimular adesão às normas e as diretrizes fixadas;
§ Contribuir para a promoção da eficiência operacional da entidade;
§ Auxiliar na prevenção de práticas ineficientes e antieconômicas, erros, fraudes,
desvios e outras inadequações.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Classificação do Controle Interno
Operacional: relacionado as ações que propiciam o alcance dos objetivos da
entidade.

Contábil: relacionado a veracidade e a fidedignidade dos registros e das


demonstrações contábeis.

Normativo: relacionado a observância da regulamentação pertinente.

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O objetivo principal do auditor externo ou independente é emitir uma opinião sobre
as demonstrações financeiras auditadas. Logo, o auditor deve somente avaliar os
controles relacionados com estas demonstrações, que são, no caso, os controles
contábeis. Evidentemente, se algum controle administrativo tiver influência nos
relatórios da contabilidade, o auditor deve considerar também a possibilidade de o
avaliar.

Exemplos de controles administrativos: Análises estatísticas de lucratividade por linha de


produtos, controle de qualidade, treinamento de pessoal e análise das variações entre os
valores orçados e os incorridos.

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Componentes do Controle Interno

Ambiente de controle

Mapeamento e Avaliação de Riscos

Procedimentos de Controle

Informação e Comunicação

Monitoramento

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Ambiente de Controle e Avaliação de
Riscos
ü Ambiente de Controle: deve demonstrar o grau de comprometimento em todos os
níveis da administração com a qualidade do controle interno em seu conjunto;

ü Avaliação de Riscos: corresponde a análise da relevância dos riscos identificados:

§ Probabilidade de Ocorrência;

§ Forma como são gerenciados;

§ Ações de prevenção.

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Procedimentos de Controle

ü Procedimentos de Prevenção: medidas que antecedem o processamento de um


ato ou um fato, para prevenir a ocorrência de omissões, inadequações e
intempestividade da informação contábil;

ü Procedimentos de Detecção: medidas que visão a identificação, concomitante


ou a posteriori, de erros, omissões, inadequações e intempestividade da
informação contábil.

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Sistemas de Informação e
Monitoramento
ü Sistemas de informação: identificar e comunicar toda informação relevante,
na forma e período determinados, afim de cumprir os objetivos estabelecidos;

ü Monitoramento: acompanhamento dos pressupostos do controle interno,


visando assegurar a sua adequação aos objetivos, ao ambiente, aos recursos e
aos riscos.

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Riscos e Controle

Como controlar as áreas de risco? Os setores de compras, vendas, contas a pagar


e receber, folha de pagamento, estoque de mercadorias e financeiro são
considerados sujeitos a irregularidades;

Quais são os procedimentos mais eficientes? “Provas surpresas” pela auditoria


interna.

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Critérios essenciais no momento da
contratação
§ É fundamental checar não apenas a técnica profissional, mas também os
valores morais;

§ Observação quanto aos hábitos de vida superiores ao nível financeiro que


aparentemente possui;

§ Referências anteriores são difíceis de serem obtidas.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Importância do Controle Interno

§ Garantir a continuidade do fluxo de operações das empresas;

§ Serve de base para uma contabilidade confiável;

§ Procedimentos adequados de controles internos diminui os “erros


involuntários” e os desperdícios.

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Rotinas Internas
A empresa deve definir um Manual de Organização de todas as rotinas:

§ Formulários:

ü Requisição de aquisição de materiais;


ü Formulário de cotação de preços;
ü Mapa de licitação;
ü Ordem de compra.
ü Aviso de recebimento do material;
ü Pedido de vendas.

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Rotinas Internas
A empresa deve definir um Manual de Organização de toda as rotinas:

§ Instruções para preenchimento dos formulários internos e externos;

§ Evidências das execuções dos procedimentos internos de controle;

§ Procedimentos internos dos diversos setores da empresa.

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Acesso aos Ativos
Exemplos de controles físicos:

§ Local fechado para o caixa;

§ Verificação da saída dos funcionários na saída da fábrica.

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Confronto dos Ativos com os Registros
Exemplos de confronto:

§ Contagem de caixa e comparação com o saldo contábil;


§ Contagem dos títulos e comparação com o saldo da conta investimentos;
§ Conciliações bancárias;
§ Inventário físico dos estoques e imobilizado confrontando com os registros
dos saldos dessas contas.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Auditoria Interna
Não adianta a empresa implantar um excelente sistema de controle interno sem
que alguém verifique periodicamente se os funcionários estão cumprindo o que
foi determinado no sistema.

Objetivo da Auditoria Interna:

§ Verificar se as normas internas estão sendo cumpridas;


§ Avaliar a necessidade de novas normas internas ou de notificação das já
existentes;

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Levantamento do Sistema de Controle
Interno

§ Leitura dos manuais internos da organização;

§ Conversa com funcionários da empresa;

§ Inspeção física desde o início da operação até o registro contábil final.

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Avaliação do Sistema de Controle
Interno

Consiste em aplicar medidas significativas na consideração de


transações relevantes e ativos correlatos envolvidos na auditoria,
tendo como finalidade principal detectar erros e irregularidades
materiais nas demonstrações contábeis.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Avaliação do Sistema de Controle
Interno
Compreende:

§ Determinar os erros e irregularidades que poderiam acontecer;

§ Verificar se o sistema atual de controles detectaria de imediato esses erros ou


irregularidades;

§ Analisar as fraquezas ou falta de controle, que possibilitam a existência de


erros ou irregularidades.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Avaliação do Sistema de Controle
Interno
O processo de avaliação do Controle Interno consta de três etapas:

§ Realce do sistema;

§ Avaliação propriamente dita do sistema;

§ Realização de testes de cumprimento de normas internas.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Avaliação do Sistema de Controle
Interno
Realce do Sistema
§ Objetivo é obter informação que se supõe que o sistema funcione e pode-se
alcança-lo mediante discussão com as pessoas responsáveis pelos controles
internos;

§ Essas discussões são realizadas apenas com o pessoal do alto nível hierárquico
da organização;

§ As evidências podem ser obtidas visitando os locais de trabalho e observando


o que fazem os empregados para controlar as operações.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Avaliação do Sistema de Controle
Interno
Avaliação
§ Tendo obtido as evidências do controle interno, deve-se proceder a sua
avaliação crítica para determinar sua eficácia e os pontos passíveis de
melhoria;

§ Durante a fase de avaliação, um aspecto de grande importância é a


identificação dos controles-chaves do sistema:
§ Assegura que um sistema administrativo produza informações fidedignas; e
§ Serve de base para satisfação dos objetivos de auditoria.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Avaliação do Sistema de Controle
Interno
Testes de cumprimento de normas internas
§ Não basta forma-se uma opinião sobre a eficácia do sistema, baseando-se em
representações verbais ou escritas, feitas por funcionários.
§ Determinar os objetivos do teste. Em termos gerais, procura-se confirmar que os
controles previamente identificados como “controles-chaves” funcionam durante
todo o período submetido a exame;
§ Definir o universo. O universo de transações homogêneas submetidas ao sistema
de controle e registro que se testa. Por exemplo, se se estiver realizando um teste
de desembolso poder-se-ia definir o universo como “todos os desembolsos
feitos”.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Questionário de Avaliação do Controle
Interno
§ Tem como finalidade auxiliar a avaliação da eficiência ou adequação dos
controles internos do cliente:
§ Se os controles contábeis internos asseguram o correto registro das transações
financeiras;
§ Se os controles internos administrativos proporcionam eficiência operacional e
observância da política da empresa e da legislação em vigor.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Questionário de Avaliação do Controle
Interno
Forma de aplicação:

§ Dividir por sessões em função da natureza de cada operação ou atividade;

§ Cada sessão deve existir um espaço para o auditor indicar procedimentos de


controles alternativos usados pelos clientes mas não abrangidos pelo
questionário;

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Princípios do Controle Interno
Controle Interno a ser adotado Motivo
Devem ser fixadas as responsabilidades. Se não existir essa delimitação, o controle será deficiente.
Um empregado não deve ocupar um posto em que tenha
A contabilidade e as operações devem
controle da contabilidade e, ao mesmo, controle das
estar separadas.
operações que ocasionam lançamentos.
Devem ser utilizados todas as provas disponíveis para se
comprovar a exatidão, visando assegurar que as
Controles cruzados
operações foram registradas corretamente na
contabilidade.
Nenhuma pessoa individualmente deve ter
É provável que se descubram os erros se o manejo de
completamente a seu cargo uma transação
uma transação está dividido entre duas ou mais pessoas.
comercial.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Princípios do Controle Interno
Controle Interno a ser adotado Motivo
Um treinamento cuidadoso oferece como resultados
Deve-se escolher e treinar adequadamente
melhor rendimento, custos reduzidos e funcionários mais
os funcionários
atentos.
Se for possível: deve haver rotatividade
entre os empregados destinados a cada
Isso reduz as oportunidades de fraude e indica a
trabalho. Deve ser imposta a obrigação de
adaptabilidade do empregado.
usufruto de férias para todas as pessoas
que ocupam postos de confiança.
As instruções de operações para cada
Os manuais de procedimentos fomentam a eficiência e
cargo devem ser sempre fornecidas por
evitam erros ou interpretações erradas.
escrito.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira


Referências Básicas

Ø CREPALDI, S. A. Auditoria contábil: teoria e prática.11 ed. São Paulo: Atlas,


2020.

Ø GRAMLING, A.A; RITTENBERT, L.E; JOHNSTONE, K.M. Auditoria;


Cengage Learning, 2012.

Ø LONGO, C.G – Manual de Auditoria e Revisão das Demonstrações


Financeiras. Atlas, 2015.

Ø STUART, I.C. Serviços de auditoria e asseguração na prática. Bookman,


2014. Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira 1
Referências Complementares

§ ALMEIDA, M. C. Auditoria: um curso moderno e completo. 9. ed. São


Paulo: Atlas, 2019.

§ ATTIE, W. Auditoria: conceitos e aplicações. 7. ed. São Paulo: Atlas,


2018.

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira 1


Não desista! Alguém se inspira em você.

Profa. Caritsa Moreira

Gratidão!
csm@estudantes.ufpb.br

profacaritsamoreira

(84) 99116-1827

Auditoria I – Profa. Caritsa Moreira 1

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