Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
INTRODUÇÃO à AUDITORIA
CONTROLO INTERNO
Controlo interno não é uma função; não existe a figura de controlador interno e é errado associar
esta figura ao auditor interno. A função deste consiste em avaliar a adequação e eficácia do
sistema de controlo interno.
“Uma empresa possui um controlo interno quando, na sua globalidade, está dotada de uma
organização própria de antecipação dos riscos a fim de minimizar as consequências e optimizar a
sua “performance.”
Qualquer entidade, independentemente da sua dimensão, tem uma organização própria, dotada
dos meios necessários para optimização da gestão. Enquanto que nas pequenas entidades é o
proprietário que define as regras e orienta o seu negócio (tem o controlo do negócio), tal não é
possível quando a entidade cresce e a complexidade se instala, donde a necessidade de implantar
um eficaz sistema de controlo interno. No entanto, não existe nenhum sistema de controlo
interno estandardizado.
A importância do Controlo Interno fica patente a partir do momento em que se torna impossível
conceber uma empresa que não disponha de controlos que possam garantir a continuidade do
fluxo de operações e informações proposto.
A confiabilidade dos resultados gerados por esse fluxo que transforma simples dados em
informações a partir das quais os empresários, utilizando-se de sua experiência administrativa,
tomam decisões com vistas no objectivo comum da empresa, assume vital importância.
Em adição, como é possível tomar decisões adequadas utilizando-se de informações que correm
o risco de não serem confiáveis?
Toda empresa possui controlos internos. A diferença básica é que estes podem ser adequados ou
não. A classificação pode ser dada analisando-se a eficiência dos fluxos de operações e
informações e os seus custos/benefícios. A implantação ou aprimoramento de um tipo de
ISCAM / gchamba
controlo é tanto viável quanto positiva for a sua relação custo/benefício. O grau máximo de
avaliação do benefício deve ser atribuído à importância e qualidade da informação a ser gerada.
Quanto ao custo, vale lembrar que sempre que possível se deve utilizar o conceito de custo de
oportunidade que é muito mais amplo.
O controlo interno é parte integrante de cada segmento das organização e cada procedimento
corresponde a uma parte do conjunto do controlo interno. Por exemplo, se o Departamento de
Vendas tira um pedido, devem existir procedimentos que permitam determinar se o cliente
poderá quitar seus compromissos junto à companhia. Por sua vez, o sector de expedição terá de
saber se a venda foi realizada para proceder ao seu despacho e solicitar a emissão da
documentação comprobatória, que compulsoriamente terá de ser contabilizada, e assim por
diante. O conjunto dos procedimentos no exemplo, é que pode ser considerado como controlo
interno, muito embora haja outros procedimentos que mereçam considerações para que se
complete o ciclo, de vendas, no caso.
Como se pode depreender do referido exemplo, o controlo interno, gira em torno dos aspectos
administrativos, que têm influência directa sobre os aspectos contábeis: há, portanto, necessidade
premente de sua consideração conjunta para efeito de determinação do adequado sistema de
controlo interno.
Informações contábeis distorcidas devem levar a conclusões erradas e danosas para a empresa.
Apesar disso, embora pareça absurdo, existem muitas empresas para as quais o controlo interno
é desconhecido. Pensam que, tendo empregados de confiança, estarão cobertas contra qualquer
irregularidade. Confiar nos subordinados não deixa de ser correcto; é necessário, porém, admitir
que esta confiança pode dar lugar a toda espécie de fraudes. Basta dizer que grande parte das
irregularidades nos negócios, segundo se tem verificado, deve-se a empregados nos quais se
confiava. Além disso, quando não existem procedimentos adequados de controlo interno, são
frequentes os erros involuntários e os desperdícios.
Cada entidade implanta o seu sistema de controlo, que deverá ser flexível. O ambiente que se
estabelece dentro da organização começa com a própria Direcção, pois deve ser esta a saber
transmitira mensagem de que a integridade e o controlo efectivo não podem ser postos em causa.
ISCAM / gchamba
Existem três aspectos críticos do controlo interno, a fim de se conseguir um bom ambiente geral:
- a integridade;
- os valores éticos; e
- competência das pessoas
Existem alguns requisitos essenciais que influenciam o clima do controlo interno dentro da
organização:
Assegurar:
Os controlos contabilísticos:
A fim de evitar a ocorrência de potenciais erros, a gestão deve implantar os controlos adequados.
Os controlos podem ser:
− preventivos - servem para impedir que factos indesejáveis ocorram. São considerados
controlos “à priori”, que entram imediatamente em funcionamento, impedindo que
determinadas transações se processem;
− detectivos – servem para identificar ou corrigir factos indesejáveis, que já tenham ocorrido;
Vigilância à contabilidade
porta da fábrica através da
reconciliação da
conta de compras
Deve haver um plano organizacional que proporcione uma adequada distribuição funcional da
autoridade e da responsabilidade.
A segregação de funções tem a ver não só com empregados de secções diferentes mas também
com empregados da mesma secção, como ainda com o facto de nenhum empregado dever ter a
possibilidade de ser o responsável de uma operação desde o seu início até ao seu termo. A rotação
periódica dos empregados de cada secção entre si é outra forma de se atingir o objectivo
enunciado.
O controlo das operações tem fundamentalmente a ver com a sequência das mesmas, ou seja, o
ciclo autorização/aprovação/execução/registo/custódia, de acordo com os critérios
estabelecidos.
Se por qualquer motivo um documento for anulado depois de preenchido não deve ser destruído
mas sim arquivado em local próprio como prova da sua não utilização. Por outro lado deve haver
um controlo numérico de todos os documentos recebidos da tipografia de modo a que a sua
entrada ao serviço se dê de forma sequencial.
A adopção de provas e conferências independentes tem como objectivo não só actuar sobre o
sistema implementado como também sobre o trabalho que cada um executa de forma a se obter
o mínimo de erros possível.
Princípio 1: Autorização
Princípio 1: Autorização
Indivíduos especificamente indicados devem dar permissão para que uma transacção seja
iniciada e processada
Dentro da empresa, devem existir segregação de tarefas entre pessoas responsáveis nas funções
de autorização, execução, registos e controlo físico
Devem existir adequadas medidas de controlo físico e de acesso aos bens da empresa
Todas as transacções que ocorrem devem ser registadas atempadamente, a partir dos
documentos contabilísticos válidos, com valores monetários correctos e devidamente
processados na contabilidade
Deve haver supervisão e monitoria dos gestores da empresa para assegurar que o sistema de
controlo interno concebido está a operar como esperado
ISCAM / gchamba
1) Ambiente de controlo
2) Avaliação do risco
3) Actividade de controlo
4) Informação e comunicação
5) Controlo (monitoring)
1) Ambiente de controlo
2) Avaliação do risco
▪ Identificação, avaliação e gestão adequada dos riscos que afectam a empresa em termos
de:
− Sobrevivência
− Concorrência competitive
− Manutenção da posição financeira
− Manutenção da qualidade dos seus produtos
Factores externos:
− Políticos
− Económicos
− Sociais
− Tecnológicos
− Catástrofes naturais
Factores internos:
3) Actividades de controlo
São políticas e procedimentos que correspondem às acções das pessoas para implementarem as
políticas, de forma a assegurar que as directivas da gestão estão a ser cumpridas
- Controlos de prevenção
- Controlos de detecção
- Controlos manuais
- Controlos informáticos
- Controlos de gestão (high level controls)
4) Informação e comunicação
A gestão deverá identificar a informação relevante à gestão do negócio a qual deverá ser
entregue, num formato e num período de tempo adequado, às pessoas que tem necessidade
dela para que possam executar os respectivos controlos e outras responsabilidade
Qualidades da informação:
Métodos de comunicação:
− Manuais de políticas
− Memos internos
− Notícias nos quadros de informação
− Reuniões (O gestor de topo reúne regularmente com os funcionários)
5) Controlo (monitoring)
Erros de julgamento
A eficácia dos controlos está limitada pela realidade da fraqueza humana na tomada de
decisões de negócio
Deficiências
Mesmo bem concebido o controlo poderá ter falhas ao apresentar deficiências, pois o pessoal
poderá: não compreender as instruções dadas, tomar decisões erradas, cometer erros
EXEMPLOS:
Conluio