O auditor interno tem como instrumento básico para o
desenvolvimento dos trabalhos de auditoria, o Sistema de Controlo Interno utilizado pela empresa. DEFINIÇÕES DE CONTROLO INTERNO
O controlo interno compreende :
o plano da organização e todos os métodos e medidas adoptadas na empresa para salvaguardar seus activos; verificar a exactidão e veracidade dos dados contabilisticos; desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas administrativas prescritas. DEFINIÇÕES DE CONTROLO INTERNO
O COSO (1999) definiu controlo interno como um
processo levado a cabo pelo Conselho de Administração, Direcção e outros membros da organização com o objectivo de proporcionar um grau de confiança razoável na concretização dos seus objectivos em três categorias:
eficácia e eficiência das operações;
fiabilidade do relato financeiro;
conformidade com leis e regulamentos.
SISTEMA DE CONTROLO INTERNO
conjunto de políticas e procedimentos adoptados pelo órgão de
gestão de uma entidade para auxiliar o alcance do objectivo de gestão. Este objectivo de gestão passa por:
Métodos eficientes da condução dos negócios
Aderência às politicas de gestão
Salvaguarda dos activos
Prevenção e detecção de fraudes e erros
Precisão e plenitude dos registos contabilísticos
Preparação tempestiva da informação financeira credível
Tipos de Controlo Interno
Controlo Interno Administrativo: conjunto de
politicas e procedimentos que se relacionam com os processos de decisão e que conduzem à autorização das transacções pelo orgão de gestão.
Controlo Interno Contabilístico : É uma
série de tarefas e registos de uma entidade pelas quais as transacções são processadas como um meio de manter os registos financeiros. Por este sistema se agregam, analisam, classificam, registam, resumem, calculam, e relatam as transacções e outros acontecimentos financeiros. CONTROLO INTERNO, CONT.
O controlo interno deve fazer parte das actividades normais
de uma empresa, tendo por função acompanhar o funcionamento global e recomendar, devido ao seu carácter detectivo, preventivo ou correctivo, as acções a empreender para garantir um elevado nível de desempenho e os resultados que correspondam aos objectivos inicialmente formulados. CONTROLO INTERNO, CONT.
Os sistemas de controlo interno não são, nem devem ser
iguais em todas as organizações. As organizações e as suas necessidades de controlo interno variam muito dependendo do sector em que operam, da sua dimensão e a natureza da organização, do número de unidades operacionais, sua filosofia de gestão e a sua dispersão geográfica. OBJECTIVOS DO CONTROLO INTERNO
o controlo interno pretende a regulação das actividades numa
organização mediante sistemas desenhados e implantados para facilitar o cumprimento dos objectivos da gestão. OBJECTIVOS DO CONTROLO INTERNO a conformidade e integridade da informação;
a conformidade com as políticas, planos, procedimentos, leis e
regulamentos;
a salvaguarda dos activos;
a utilização económica e eficiente dos recursos;
a realização dos objectivos e metas fixados para as operações
ou programas;
garantir a fiabilidade de relevação contabilística das operações
da organização. O AMBIENTE DE CONTROLO
consiste na consciencialização e compromisso da
direcção, conselho de administração e demais funcionários da organização em dinamizar, estruturar e disciplinar o ambiente de trabalho. A AVALIAÇÃO DO RISCO
é a identificação e análise pela entidade dos riscos relevantes para
a realização dos seus objectivos, formando a base para a determinação de como os riscos devem ser geridos; AS ACTIVIDADES DE CONTROLO
são as políticas e os procedimentos que ajudam a assegurar que
os objectivos da gestão são executados, minimizando o risco. As actividades de controlo incluem controlos do tipo prevenção, detecção, orientação, correcção, compensação, informáticos e de gestão; A INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
é a identificação, recolha e troca de informação por forma a
permitir a todos levarem a cabo as suas responsabilidades; A SUPERVISÃO OU MONITORIA
é o processo que avalia a qualidade do desempenho do
controlo interno ao longo do tempo. Os sistemas de controlo interno são adoptados a fim de proporcionar um funcionamento eficaz ao longo do tempo, para que isso aconteça é necessário que a actividade de monitoria seja assistida de forma contínua e combinada a avaliações periódicas. PRINCÍPIOS GERAIS DO CONTROLO INTERNO
segregação, separação ou divisão de funções;
controlo das operações;
definição de autoridade e delegação de responsabilidades;
pessoal qualificado, competente e responsável;
registo metódico dos factos.
LIMITAÇÕES DO CONTROLO INTERNO
Falta de interesse por parte do órgão de gestão na
manutenção de um bom sistema de controlo
Dimensão da empresa: há casos em que não é possível
limitar as responsabilidades ou funções das pessoas. A segregação de funções é difícil nas pequenas empresas.
Relação Custo/Benefício: a adopção e implementação de
qualquer sistema de controlo interno pressupõe que o custo não exceda os benefícios que se esperam obter. LIMITAÇÕES DO CONTROLO INTERNO
Existência de erros humanos, conluio e fraudes: se as pessoas que
trabalham na empresa não forem razoavelmente competentes e moralmente íntegras, o sistema de controlo interno, por mais sofisticado que seja, será forçosamente falível.
Transacções pouco usuais: o sistema de controlo interno é concebido
tendo em conta a organização interna e é implementado para transacções correntes. Para operações ocasionais o controlo interno não encontra resposta para elas.
Utilização de informática: a utilização da informática embora seja útil
tem o problema de acesso aos ficheiros, a posse dos password, a possibilidade de alteração de dados. PINCÍPIOS DE ELABORAÇÃO DE FORMAS DE REGISTO DO CONTROLO INTERNO(FLUXOGRAMAS, NARRATIVAS E MISTOS)
A adopção e implementação de adequados
sistemas contabilísticos e de controlo interno é da responsabilidade do órgão de gestão de forma a alcançar os objectivos da organização. No entanto, esta responsabilidade pode ser delegada a: Auditores internos
Técnicos qualificados
Director Administrativo-Financeiro o qual deverá
socorrer-se de outros responsáveis da organização Consultores externos PINCÍPIOS DE ELABORAÇÃO DE FORMAS DE REGISTO DO CONTROLO INTERNO
O auditor interno avalia a efectividade e a
eficácia do controlo interno, ou seja, avalia se:
Os procedimentos existem ou não
Os procedimentos existentes são aplicados na
prática
Os procedimentos existentes respondem aos
objectivos estabelecidos. FORMAS DE REGISTAR O CONTROLO INTERNO
Questionários Padronizados (Check List): é um
conjunto mais ou menos extenso de procedimentos contabilísticos e de medidas de controlo interno que se deseja estejam em efectividade numa empresa minimamente organizada. Cada procedimento tem três hipóteses de resposta: Sim, Não e Não Aplicável.
Vantagem: os questioários padronizados são
bastante importantes pelas ideias de organização que conseguem transmitir
Desvantagem: são menos adequados pela falta de
visão global e rápida que proporcionam. NARRRATIVAS
consistem na descrição relativamente detalhada das
tarefas, dos procedimentos contabilísticos e das medidas de controlo interno que estão a ser adoptados em cada uma das áreas operacionais da empresa. FLUXOGRAMAS um fluxograma é uma forma de representação gráfica que se socorre de vários símbolos para apresentar os diversos procedimentos contabilísticos e medidas de controlo interno existentes em cada uma das diferentes áreas operacionais da empresa. Existem dois tipos de fluxogramas: os verticais e os horizontais.
Os fluxogramas verticais apresentam a sucessão de procedimentos
de forma vertical, geralmente descendente, dando enfoque especial aos documentos em detrimento das áreas de actividade em que os mesmos são originados ou por onde vão circulando.
Os fluxogramas horizontais apresentam a sucessão de
procedimentos de forma horizontal os quais atravessam duas ou mais colunas cada uma delas representando as áreas de actividade. Têm a vantagem de apresentar os procedimentos seguidos em cada uma das áreas operacionais com mais clareza e num espaço mais reduzido. MISTA
esta forma de registo do sistema de controlo interno
consiste em combinar duas ou mais formas de registo. A necessidade de registar um sistema em forma mista resulta do facto de ser bastante difícil representar uma operação através de um fluxograma ou, mesmo sendo possível, o mesmo resultar de tal forma confuso que tornaria difícil a sua interpretação.