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INFRAESTRUTURA PORTUÁRIA E IMPACTOS

NA ECONOMIA E COMÉRCIO EXTERIOR

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NOSSA HISTÓRIA

A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empre-


sários, em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação
e Pós-Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade ofere-
cendo serviços educacionais em nível superior.

A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de


conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a partici-
pação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação
contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos
e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber atra-
vés do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação.

A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma


confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica,
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido.

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Sumário

1 – INTRODUÇÃO .................................................................................................... 4
2- PRINCIPAIS MODAIS DE TRANSPORTE BRASILEIRO PARA
EXPORTAÇÃO .......................................................................................................... 6
3- MUDANÇAS NA LEI DOS PORTOS TRARÃO MAIS DINAMISMO E
COMPETITIVIDADE AO SETOR ....................................................................... 20
4- MINISTÉRIOS DA INFRAESTRUTURA E DA ECONOMIA DEFINEM
MARCOS PARA A JANELA ÚNICA AQUAVIÁRIA ........................................ 24
5- SETOR PORTUÁRIO DEVE MOVIMENTAR MAIS DE R$ 30 BILHÕES
ATÉ 2022 ................................................................................................................... 26
BR do Mar ............................................................................................................ 27
Ranking do Fórum Econômico Mundial ...................................................... 27
Prêmio Portos + Brasil ..................................................................................... 28
6- REFERÊNCIAS ................................................................................................... 29

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1 – INTRODUÇÃO

No mundo globalizado as empresas e marcas querem lançar simultaneamente


um novo produto em praticamente todo o planeta. Da mesma forma quando o
anunciante expõe na mídia o lançamento de um novo produto imediatamente os
consumidores querem encontrá-lo sem maiores dificuldades.

Arbache (2007) afirma que na prática, ao encontrar o produto pretendido com


facilidade em uma determinada loja, a empresa constrói uma barreira de saída
do consumidor. Pois, em muitos casos, mesmo pagando preço premium, a co-
modidade e a certeza de achar o que se quer podem ser determinantes na deci-
são de compra.

Este tipo de situação ocorre em escala mundial, ou seja, o mundo perdeu as


fronteiras e todos os mercados querem consumir os mesmos tipos de produtos
e serviços no mesmo momento e sem demoras. Buckley e Casson (1976) acre-
ditam que diversificar os mercados é melhor para ter fontes alternativas.

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Em alguns casos se internacionalizar não é uma escolha voluntária, e sim a única
alternativa para firmas que competem de forma globalizada enfrentar as trans-
formações no âmbito tecnológico e produtivo (RICUPERO; BARRETO, 2007).

Além disso, as próprias empresas visando aumentar a participação de mercado


e reduzir custos, também querem fazer parte da globalização, por isso buscam
crescer e expandir para além das fronteiras do seu estado e país. Comprando
matérias-primas que sejam mais baratas independente da localização do forne-
cedor e vendendo em diversos países onde haja demanda, alimentando desta
forma o comércio internacional.

Para o sucesso deste tipo de operação é de fundamental importância um plane-


jamento logístico para conseguir realizar o processo de forma positiva. Mais pre-
cisamente, o país precisa oferecer condições de infraestrutura logística para que
não seja um fiasco levando os consumidores a frustração ou até mesmo a limi-
tação de consumo.

Entretanto este tipo de tarefa é bastante complicada quando não se trata de pa-
íses com capacidade e infraestrutura adequadas para ocorrer a logística perfeita.
Podendo, inclusive, impossibilitar esta inclusão deste na globalização.

Dentro deste contexto o Brasil atualmente enfrenta um forte gargalo de custo e


tempo em suas operações de comércio exterior, principalmente em períodos de
safra. Isso ocorre pelas condições oferecidas pelo país em infraestrutura tanto
de estradas, como em portos e aeroportos que não estão adequadas as neces-
sidades e demandas do mercado mundial. Dessa forma as perdas causadas por
essa situação é vista com olhares pejorativos por empresários do Brasil e de
qualquer parte do mundo que por algum motivo se relacionam com Brasil ou
pensam investir no país.

Esta situação deixa o país menos competitivo internacionalmente e com isso as


perdas causadas são muitas vezes irreparáveis. Fábricas multinacionais que po-
deriam utilizar o país para produzir e escoar sua produção não considera o Brasil

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dentro da sua pauta de países de produção devido seus problemas para o esco-
amento.

O objetivo é analisar a infraestrutura logística do país para exportação e apre-


sentar possíveis alternativas, mudanças e soluções para a melhoria do setor.
Focando a situação atual dos modais marítimo, aéreo, rodoviário e ferroviário.

As informações fornecidas acerca da infraestrutura logística brasileira são de


muita importância para as empresas que trabalham com comércio exterior. A
relevância deste tema estende-se também a academia, uma vez que este estudo
fornece informações acerca da infraestrutura logística brasileira.

Para isso a metodologia utilizada quanto aos fins é a descritiva, pois expõe in-
formações descritivas sobre a infraestrutura logística brasileira para exportação.
Embora sirva de base para tal explicação, não tem objetivo de explicar os fenô-
menos que descreve; ou seja, são descritas as percepções e expectativas sobre
a situação atual do país.

Além disso, serão apresentados dados que foram obtidos em um banco de da-
dos de uma empresa que atua na área de comércio exterior e utiliza desta infra-
estrutura, fornecendo dessa maneira, dados que respondem à pergunta de pes-
quisa deste trabalho e que podem ser analisados à luz do referencial teórico
apresentado.

2- PRINCIPAIS MODAIS DE TRANSPORTE BRASILEIRO PARA EX-


PORTAÇÃO

O Brasil por ser um país de dimensões continentais e com uma grande diversi-
dade possibilita o uso de diferentes modais para transportes, tais como dutoviá-
rio, aquaviário, ferroviário, rodoviário e aéreo.

A divisão de serviços e responsabilidades, regulado pelo governo federal, para


estes transportes é feita da seguinte maneira: O departamento Nacional de In-
fraestrutura de Transportes, DNIT, para os transportes terrestres. A INFRAERO

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para os transportes aéreos e a Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a
ANTAQ, para os transportes aquaviário

Apesar de poder desfrutar dos 05 modais no Brasil, todos teoricamente poderiam


ser explorados de forma competitiva para escoar a mercadoria para a exporta-
ção, assim como também para facilitar o comércio nacional.

Entretanto notoriamente o mais utilizado na logística nacional, segundo o Instituto de Logística e


Suplly Chain é o modal rodoviário. Conforme gráfico abaixo:

GRAFICO 1: Porcentagem de utilização de cada modal de transportes no Brasil


Fonte: Instituto de Logística e Supply Chain, 2008

Para exportação o modal mais utilizado é o marítimo. Mas para que a carga saia
da origem até a chegada ao porto é utilizado o modal rodoviário em um primeiro
momento. Neste tipo de situação, conforme fonte do ANTT é utilizado o trans-
porte multimodal, ou seja, mais de um meio transporte utilizado da origem até o
destino. O mesmo ocorre com o aéreo que por muitas vezes a carga sai efetiva-
mente do país pelo aeroporto de Guarulhos ou Viracopos e para chegar até estes
locais precisam fazer uso do transporte rodoviário.

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Dessa forma tanto para logística interna, quanto para a logística internacional o
transporte rodoviário é necessário para o escoamento das mercadorias. Portanto
a dependência deste modal torna-se ainda mais forte não só para o comércio
nacional quanto o internacional.

Transporte Marítimo Brasileiro

O Brasil possui cerca de 14.000 km de costa marítima. E conta com apenas 36


portos e 83 terminais de uso privado, segundo fontes da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (ANTAQ).

Fonte adaptado: ANTAQ, 2011

A tabela 1 informa a tonelada de carga sólida, líquida e geral transportada nos


anos de 2007, 2008 e 2009. E sua representatividade no transporte nestes anos.
É possível observar que o perfil mais representativo de carga no Brasil é o granel
sólido com 60% enquanto granel líquido 26% e carga geral representa apenas
14%.

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Fonte adaptado: ANTAQ, 2011

A tabela 2 informa sobre a utilização dos portos organizados e os terminais de


uso privado no Brasil, nos anos de 2007, 2008 e 2009 e sua representatividade
total. Percebe-se que 64% das cargas utilizam os terminais de uso privado. En-
quanto menos da metade utilizam de fato os portos organizados.

Como o interior do Brasil é muito extenso e o país é um grande exportador de


matéria-prima, a maior parte da carga para chegar até os portos primeiro neces-
sita fazer uso do transporte rodoviário. Em alguns poucos casos utiliza-se o fer-
roviário para complementar a logística, mas a parcela de utilização do rodoviário
ainda é a mais significante.

O Brasil além de depender de forma expressiva do modal rodoviário na escoação


de suas exportações, existe outro problema presente na utilização do transporte
marítimo, que é a deficiência na infraestrutura portaria, aonde é possível notar
em épocas de safra congestionamento de caminhões nas vias de acesso ao
porto de Santos, que é um dos principais portos brasileiro e no mesmo local
ainda é comum sofrer com congestionamento de navios.

Transporte Rodoviário Brasileiro

A malha rodoviária do Brasil possui 1.765.278 km, segundo informações do site


da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Apesar de ser extensa

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e o modal mais utilizado internamente no país, possui grande parte não pavi-
mentada. Isso torna a utilização mais complexa uma vez que os prejuízos cau-
sados pela não pavimentação ou a pavimentação feita com baixa qualidade e
com pouca frequência de manutenção, oneram os custos de transporte.

Os trechos com mais qualidade para utilização normalmente são cobradas taxas
de pedágios. Por terem sido concedidos a concessórias, algumas inclusive inter-
nacionais, qualquer veículo que tiver intenção de passar por ele deve pagar o
valor exigido.

Dessa forma o motorista que utiliza a rodovia tem condições perfeitas de trafego,
entretanto é necessário pagar a quantia que não é reembolsada pelo governo.

Transporte Aéreo Brasileiro

O transporte aéreo brasileiro vem crescendo ano após ano. Tanto para uso de
passageiros quanto o transporte de cargas. Para controlar estes transportes a
Infraero é um dos componentes utilizados para atender o aeroporto como um
sistema, ou seja, um corredor de passagem, por onde transitam não só passa-
geiros como também cargas.

A Infraero é uma empresa pública nacional, vinculada à Secretaria de Aviação


Civil, administra desde grandes aeroportos brasileiros até menores e que ainda

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não recebem voos comerciais regulares, mas que tem como objetivo representar
a soberania nacional em áreas longínquas.

Segundo informações no portal da Infraero:

No Brasil, a atuação da navegação cobre uma extensa área recortada


por aproximadamente, 77000 milhas náuticas (142.604 km) de aero-
vias inferiores são verdadeiras “avenidas invisíveis” situadas até a alti-
tude de 24500 pés inclusive (7468 metros) e 30000 milhas náuticas
(55.560 km) de aerovias superiores (situadas a partir da altitude de
24500 pés) apoiados por uma rede de equipamentos e auxílios às ope-
rações de voo em rota, pousos e decolagens do qual a Infraero faz
parte por meio da Superintendência de Navegação Aérea. (Infraero,
2011).

Transporte Ferroviário

Segundo fontes do site da ANTT, o sistema ferroviário brasileiro totaliza 29.706


quilômetros, concentrando-se nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste, atendendo
parte do Centro-Oeste e Norte do país. Foram concedidos aproximadamente,
28.840 quilômetros das malhas.

Este modal tipo de transporte, é um dos mais baratos e eficientes do mundo.


Pois carrega o maior número de carga, em menor custo e risco.

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Entretanto o transporte ferroviário brasileiro, apesar de muito antigo, não é efici-
ente. Por questões políticas e divergências entre estados houve uma diferença
entre as bitolas de um estado a outro. A implicação disso foi em perdas signifi-
cativas da malha ferroviária, pois não é possível ligar as extremidades do país
com uma só linha.

Além disso, grande parte da malha foi perdida ou inativa, chegando ao ponto,
inclusive, de se perder totalmente, como no caso da Amazonas que a floresta
recuperou em poucos anos o que foi extraído para construção da ferrovia.

As grandes mineradoras são as maiores exploradoras deste modal pelo perfil de


carga e os grandes volumes. O que justifica o fato do modal ser considerado
dentro da matriz de transportes do Brasil com muita relevância.

Por este mesmo motivo as mineradoras são as proprietárias das linhas de uso
praticamente exclusivo. Por isso a utilização desde modal para exportação é pra-
ticamente insignificante, não fazendo parte da apresentação de dados informa-
tivos neste trabalho. Apesar de ser o modal que mais proporciona crescimento e
desenvolvimento para transporte de cargas no país.

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Exportação

Para Dunning (1980) a vantagem de uma empresa multinacional é a possibili-


dade de captar conhecimento no mercado que são distintos e combinados. Com
isso pode-se extrair o que seu mercado não oferece.

Descrever o processo de exportação não é o objetivo aqui, por isso a abordagem


será limitada a logística para exportação, que é uma das etapas mais importan-
tes para a operação. Pois, esta tarefa além de permitir que um produto vá de um
ponto a outro, possui um alto custo durante o processo.

Coase (1937) afirma que as firmas precisam economizar os custos de transação


e Buckley e Casson (1976) defendem a ideia de que as firmas devem maximizar
lucros. Considerando o grau de dificuldade de escoamento da carga no Brasil,
somando-se ainda os tributos que devem ser pagos no percurso, esta parte do
processo torna-se ainda mais onerosa. Podendo ser tão expressiva a ponto de
inviabilizar a operação. Portanto, em alguns casos o fornecedor prefere em criar
uma nova planta ao lado do seu cliente a fazer as vendas direto da matriz. Esta
análise Johanson e Wiedersheim-Paul (1975) e Johanson e Vahlne (1977) aler-
tam as firmas a refletirem.

Além de todos os aspectos já abordados nos tipos de transportes, é importante


considerar que o Brasil enfrenta constantemente problemas de greves e parali-
sações. Fatos estes que são extremamente onerosos aos empresários e que

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põe em risco a nação. Pois como grande parte da carga é transportada via ro-
doviário, seja ela destinada a exportação ou para consumo interno, quando há
uma greve no setor de transporte rodoviário, por exemplo, não só o país fica
prejudicado internamente, como as mercadorias para exportação ficam paradas
esperando um problema interno ser resolvido.

Assim também quando há greves dos fiscais da Receita Federal dentro dos por-
tos e aeroportos que paralisam todos os processos. Ou acumulo de caminhões
parados esperando em filas para conseguir desovar o caminhão dentro dos por-
tos.

Para o comprador internacional este tipo de espera é inadmissível e o estimula


a buscar fornecedores em países que são mais seguros.

Pois, aquele que compra o produto normalmente tem pressa e interesse. Os


atrasos podem significar parada na linha de produção e prejuízos incalculáveis
chegando à falência da empresa. Para enfrentar este risco o custo se eleva ainda
mais. E novamente esbarra na questão de ser viável ou não a exportação de tal
produto.

A metodologia utilizada neste é a descritiva, com abordagem qualitativa, ex-


pondo informações sobre os principais tipos de transporte e sua utilização no
Brasil. Embora sirva de base para tal explicação, não tem objetivo de explicar os
fenômenos que descreve; ou seja, são descritas as percepções e expectativas
sobre os consumidores e seu comportamento.

Para Gil (2007), analisar a pesquisa do ponto de vista empírico, para confrontar
a visão teórica com os dados da realidade, torna-se necessário traçar um modelo
conceitual e operativo do estudo. Assim, podem ser definidos dois grandes gru-
pos de delineamento: aqueles cujos dados são fornecidos por pessoas (dados
primários) e aqueles que se valem das chamadas fontes de “papel” (dados se-
cundários).

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Os dados secundários foram obtidos por banco de dados de empresas que
atuam no ramo de comércio exterior, através de informações sobre os seus pro-
cessos de exportação. Também foram utilizados como base de dados informa-
ções disponibilizadas pelos portais do governo federal através dos sites da In-
fraero, da Agência Nacional de Transportes Terrestres e Agência Nacional dos
Transportes Aquáticos. Os dados coletados foram tratados com o programa ex-
cell.

O modal de transporte marítimo possui como principal característica o baixo va-


lor de frete em comparação com o modal aéreo, porém existem outros pontos
que são relevantes para uma análise comparativa entre esses dois modais, que
são os mais utilizados.

TABELA 3: Tabela custos rodoviário na exportação

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Conforme a tabela acima, uma carga com valor de R$ 52.000,00 tendo como
destino a Áustria, utilizando o modal de transporte marítimo, tem como frete in-
ternacional o valor de R$ 370,00. Porém essa carga necessita absorver o frete
interno que pelo modal de transporte rodoviário para cargas com origem em Ipa-
tinga, Belo Horizonte e São Paulo custa R$ 731,06, R$ 615,76 e R$ 494,53 res-
pectivamente.

Esta primeira análise já demonstra uma deficiência em custos na infraestrutura


brasileira de transportes, pois os dados expostos apontam o frete marítimo de
Santos até a Áustria mais barato do que o frete interno brasileiro.

Outro ponto que pode ser observado é o valor das despesas portuárias que são
mais representativas do que o valor do frete interno somado ao frete internacio-
nal. Sendo assim, com base nos dados analisados é possível perceber duas
deficiências na infraestrutura brasileira que são os custos de transporte interno
e as despesas portuárias.

Fonte adaptado: Banco de dados de empresas do setor

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A tabela acima traz informações sobre o custo de transporte e despesas aero-
portuárias para a exportação da mesma carga apresentada na tabela 3, porém
utilizando o modal aéreo de transporte o que possibilita uma análise comparativa
entre as duas modalidades de transporte.

O modal de transporte aéreo tem como principal característica a agilidade, po-


rém em contrapartida possui altas tarifas de frete. Mas para que essa análise
seja feita de forma completa deve-se levar em consideração outros fatores, tais
como a redução de custo em frete interno com a possibilidade de utilizar aero-
portos mais próximos a empresa.
Em uma análise comparativa entre a tabela 3 e a tabela 4 é possível observar
uma redução de custos em frete interno de 227% com a carga que tem como
origem a cidade de Ipatinga, 509% para a carga que tem como origem a cidade
de Belo Horizonte e 445% para a carga que tem como origem a cidade de São
Paulo.

Fazendo a mesma análise, porém, considerando os valores de frete internacio-


nal, é possível perceber que o valor demonstrado na tabela 3 é 492% menor do
que o demonstrado na tabela 4 que considera o frete internacional pelo modal
aéreo. Além disso, comparando a tabela 3 e 4 que representam uma exportação
pelo modal marítimo e aéreo, é possível perceber também que as tarifas aero-
portuárias são 372% menores do que as tarifas portuárias.

Por fim, é possível perceber que para esse perfil de carga, dentro do contexto
da infraestrutura brasileira de exportação, é mais viável realizar essa exportação
pelo modal de transporte aéreo do que pelo marítimo, simplesmente pelo fato de
que as tarifas de frete interno e despesas portuárias fazem com que a baixa tarifa
de frete oferecida no transporte marítimo não seja suficiente para sobrepor a
defasagem existem na infraestrutura de exportação. Além disso, deve-se levar
em consideração também os riscos envolvidos em um processo de exportação
marítima, que são maiores.

Sendo assim, pode-se perceber que o modal de transporte aéreo apesar de ofe-
recer tarifa de frete mais cara, ainda é capaz de oferecer melhores condições

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para exportação desse produto, justamente por depender menos da infraestru-
tura brasileira de exportação.

Outro fator relevante nessa análise é que apesar do transporte interno realizado
pelo modal rodoviário ter alta representatividade no custo de exportação, ele
ainda é responsável 62,60% das cargas transportadas no Brasil, conforme grá-
fico 1. Isso demonstra uma dependência absoluta deste modal, o que para um
país em desenvolvimento pode representar um gargalo para o crescimento do
mesmo.

É perfeitamente perceptivo como as empresas são mais ou menos beneficiadas


por se localizarem em zonas próximas de utilização de modal para exportação.
O impacto disso é no preço de exportação. Essa relação é de tamanha relevân-
cia que pode deixar o produto mais ou menos competitivo. MAIS e AMAL (2009)
consideram que este é um dos fatores que determinam o sucesso ou fracasso
na internacionalização de empresas.

Ricart et. al. (2004) ressaltam a localização como a principal diferenciação em


uma estratégia de negócios. Defendendo que as diferenças no desenvolvimento
de mercados intermediários em locais particulares influenciam o posicionamento
de uma empresa e sua estrutura em cada local.

Após apresentados dados e informações sobre a infraestrutura brasileira, desta-


cando os principais pontos de gargalo e ineficiência, assim como os elevados
custos no transporte em diferentes pontos do Brasil e as despesas portuárias e
aeroportuárias extremamente expressivas. Fica evidente para a empresa que
deseja vender, seja qual ramo for, um produto para um determinado país, é pre-
ciso conhecer e adaptar seu produto para escoar do Brasil. Além de disponibili-
zar recursos para suportar toda a carga de despesas para o despacho da mer-
cadoria.

A necessidade de embalagem reforçada, ou seja, mais onerosa, é muito fre-


quente para suportar as viagens em rodovias esburacadas e com pouca ou ne-
nhuma assistência em caso de ajuda/socorro. Assim como falta de segurança,

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uma vez que frequentemente ocorrem assaltos e extravio da carga. Com isso
faz-se imprescindível a contratação de seguro, o onerando ainda mais o custo.
Além de despesa para pagamento de pedágios para trafegar em certos trechos.

Também é preciso frisar que os altos valores para o transporte interno, as des-
pesas portuárias e aeroportuárias chegam a ultrapassar o valor do frete interna-
cional do Brasil para Europa, por exemplo.

Todas estas dificuldades enfrentadas pelo empresário brasileiro tornam o custo


do produto elevado e o resultado é a perda da competitividade em relação aos
demais países.

Por isso é preciso reconhecer a extrema necessidade de atenção a estes pontos


apresentados neste ensaio. Como, por exemplo, a necessidade de valorizar os
profissionais ligados a estes setores, evitando greves e paralisações. A prioriza-
ção na reforma e construção de ferrovias, rodovias, aeroportos e portos secos
de forma que possa aliviar o gargalo em pontos específicos e centralizados no
país. Bem como diversificar a matriz de transporte do Brasil, evitando a concen-
tração de transportes em um mesmo modal.

Afinal, o país possui um território extenso onde ao mesmo tempo que aumenta
a distância e dificulta a locomoção, pode ser revertido para um benefício de criar
novos pontos para a entrada e saída de mercadorias sem que sobrecarregue
ainda mais os mesmos locais.

Contudo, é possível concluir que para o sucesso de uma operação de exporta-


ção não depende simplesmente da empresa fornecedora. Mas um conjunto de
fatores que pode ou não dificultar esta operação. Seja pelo custo da mão de
obra, tributos, custo de produção ou inclusive os logísticos que são muito ex-
pressivos dentro do Brasil.

É válido ressaltar que as dificuldades encontradas nacionalmente para escoar a


mercadoria e o tempo que se leva para conseguir transportar de um pouco a
outro, desembaraçar a carga e conseguir despachá-la ao destino final faz com

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que o país perca mais em termos de competitividade deixando-o com a pauta de
produtos exportados cada vez menor e ofuscado a marca internacional do Brasil.

Devido ao constante crescimento econômico do Brasil, assim como sua impor-


tância internacional, torna-se extremamente importante desenvolver pesquisas
acerca dos tipos de transporte no Brasil, sua situação atual, perspectivas para o
futuro.

Neste sentido as Universidades têm um papel fundamental por ter uma visão
ativa e ligada as novas formas de conhecimento e poderem contribuir para o
desenvolvimento de tais pesquisas. Tornando dessa forma mais relevante para
os empresários e profissionais da área que desejam obter maior conhecimento
antes de fazer novos investimentos.

3- MUDANÇAS NA LEI DOS PORTOS TRARÃO MAIS DINAMISMO E


COMPETITIVIDADE AO SETOR

Com o objetivo de conferir maior eficiência e dinamismo à gestão dos portos


públicos no país, foi sancionado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro),
o Projeto de Conversão em Lei da Medida Provisória (MP) nº 945/2020, que traz
importantes adaptações à Lei de Portos (Lei nº 12.815/2013).

A MP 945 foi proposta pela Presidência da República em abril, criando medidas


especiais, com o objetivo de garantir durante a pandemia da Covid-19 o funcio-
namento dos portos – uma atividade considerada essencial. O processo teve
apoio das equipes do Ministério da Infraestrutura e contou com a parceria da
Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SPPI) do Mi-
nistério da Economia, que ajudaram a desenhar o aperfeiçoamento das regras
para o setor.

O que muda:

A MP foi convertida hoje na Lei 14.047/2020. As adaptações trazidas pelo Par-


lamento trarão mais flexibilidade na gestão dos portos públicos, favorecendo a

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racionalização do uso do espaço, a atração de investimentos, além de aumento
da eficiência e expansão da capacidade de movimentação de cargas. Conheça
as principais alterações:

Liberdade de preços – Mudanças na redação no art. 3º da Lei de Portos refor-


çam a lógica de liberdade de preço nas operações portuárias, reprimindo práti-
cas prejudiciais à competição e abuso do poder econômico.
Simplificação – Alterações importantes foram realizadas no sentido de simplifi-
car e flexibilizar os contratos de arrendamentos de instalações portuárias, vi-
sando desburocratizar processos. Deixam de ser consideradas cláusulas essen-
ciais dos contratos: reversão de bens; adoção de medidas de fiscalização adua-
neira de mercadorias, veículos e pessoas; forma de fiscalização das instalações,
dos equipamentos e dos métodos e práticas de execução das atividades, bem
como a indicação dos órgãos ou entidades competentes para exercê-las.

Antaq – A norma esclarece a competência da Agência Nacional de Transportes


Aquaviários (Antaq) em regulamentar outras formas de ocupação e exploração
de áreas e instalações portuárias não previstas na legislação específica, o que
lhe confere mais ferramentas para incentivar o uso de áreas ociosas nos portos.

Dispensa de licitação – Criou-se a possibilidade de dispensa de licitação


quando for comprovado que há um único interessado na exploração da área,
após a realização de um chamamento público pela autoridade portuária. Antes,
para atender aos ritos legais de arrendamento portuário, era necessário percor-
rer todos os trâmites e controles necessários para a realização de licitação, pro-
cesso que leva cerca de dois anos até a assinatura de um contrato, mesmo
quando não havia competição – algo relativamente frequente no setor, dado que
mais de 60% da demanda por arrendamentos portuários são para movimentação
de cargas de empresas com operação verticalizada.

Uso temporário – A licitação não será obrigatória para o regime de exploração


de áreas denominado uso temporário, permitindo que interessados testem a vi-
abilidade de movimentar cargas sem mercado consolidado por meio de contrato
com prazo máximo de 48 meses. Na hipótese de haver mais de um interessado

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e não ser possível alocar a todos, a administração portuária promoverá processo
seletivo simplificado para escolher o projeto que melhor atenda ao interesse pú-
blico e do porto. Transcorrido o prazo de quatro anos, se a exploração da nova
carga se mostrar viável, o governo realizará uma licitação padrão para o arren-
damento.

Segurança jurídica – Os contratos firmados entre os concessionários do porto


organizado, que exercem o papel de administração portuária privada, e terceiros
serão regidos pelas normas de direito privado, o que reforça a segurança jurídica
e aumenta a atratividades das concessões.

Serviço essencial – O novo texto muda a legislação dos trabalhadores portuá-


rios e inclui a categoria como serviço essencial. Além disso, a escalação diária
de trabalhadores avulsos deverá ser realizada por meio eletrônico (aplicativo de
celular), evitando as aglomerações geradas pela escalação presencial nos por-
tos.

Foi sancionada também lei que prorroga por mais um ano os incentivos tributá-
rios para empresas exportadoras brasileiras, suspendendo temporariamente o
pagamento de tributos federais como o Imposto de Importação, o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) e a Contribuição para o Financiamento da Segu-
ridade Social (Cofins) por concessões de drawback, um regime aduaneiro espe-
cial. A Lei 14.060 está publicada no Diário Oficial da União.

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Aprovado no Senado em agosto, o texto tem origem em medida provisória (MP
960/2020) editada pelo governo para reduzir os impactos econômicos da pande-
mia de coronavírus para as empresas exportadoras. A norma permite a prorro-
gação das concessões de drawback que vencem em 2020 por um ano, com
prazo a contar da data do fim do benefício.

Criado pela Lei 11.945, de 2009, o drawback desonera insumos empregados na


produção de bens de exportação, suspendendo ou eliminando tributos inciden-
tes sobre insumos importados para utilização em produto exportado. Entre eles,
estão o Imposto de Importação, o IPI e a Cofins. Para receber o incentivo, a
empresa precisa se habilitar junto à Secretaria de Comércio Exterior do Ministé-
rio da Economia.

O Presidente vetou artigo que permitia destinar ao consumo as mercadorias ad-


mitidas no regime que deixassem de ser exportadas, desde que sejam pagos os
respectivos tributos e juros de mora. Segundo o governo, caso o artigo fosse
sancionado, o recolhimento dos tributos envolvidos na operação não estaria ga-
rantido.

O veto pode ser mantido ou derrubado pelos parlamentares em sessão do Con-


gresso.

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4- MINISTÉRIOS DA INFRAESTRUTURA E DA ECONOMIA DEFINEM
MARCOS PARA A JANELA ÚNICA AQUAVIÁRIA

O secretário-Executivo Marcelo Sampaio e o Secretário Nacional de Portos e


Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura (MInfra), Diogo Piloni, se
reuniram, com representantes, da Receita Federal do Brasil (RFB), da Secretaria
Especial de Comércio Exterior (Secex) e da Secretaria de Governo Digital
(SGD), órgãos do Ministério da Economia (ME), além do Serviço Federal de Pro-
cessamento de Dados (Serpro) para a apresentação e aprovação do crono-
grama de implementação da Janela Única Aquaviária. Esse projeto se refere à
integração de dois sistemas: Porto sem Papel (PSP), administrado pelo MInfra,
e o Portal Único de Comércio Exterior (Pucomex), administrado pela Receita e
Secex.

“Esse é um dos principais projetos de transformação digital do MInfra.


Demos mais um passo importante para a bandeira do Governo Fede-
ral, que é desburocratizar e reduzir custos para o país. A unificação
desses dois sistemas terá um impacto positivo para o setor de logística
dos portos e com isso irá aumentar a competitividade do Brasil”, afir-
mou Sampaio.

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O secretário lembrou ainda que a Janela Única Aquaviária é uma oportunidade
para realizar, de uma forma integrada, a reestruturação e otimização dos pro-
cessos de desembaraço de carga e logísticos. “Acredito que irá facilitar a vida
das empresas que movimentam a economia brasileira. Fizemos pesquisas com
os usuários do setor, fomos até os portos e vimos quais eram os principais pro-
blemas para, assim, solucioná-los da melhor forma possível”, finalizou.

Na reunião foi autorizada também a criação do grupo de trabalho conjunto que


irá detalhar o planejamento e implementar o projeto, bem como foram definidos
os participantes de cada órgão. Além disso, foram discutidas as diretrizes de
atuação do Serpro, braço tecnológico que opera e desenvolve os dois sistemas
e que irá operacionalizar a integração.

O Secretário Diogo Piloni acrescentou que o projeto se integra a outras iniciati-


vas da pasta: “este projeto gerará maior eficiência para realização das operações
portuárias, em conjunto com outras iniciativas para modernização e transforma-
ção digital nos portos brasileiros”, destacou.
O Subsecretário de Gestão Estratégica, Tecnologia e Inovação, Fernando Coe-
lho, ainda destacou que “hoje vimos uma demonstração do trabalho integrado e
sinérgico de órgãos do governo em prol do crescimento do país, através da pro-
moção de um ambiente de negócios mais dinâmico e saudável”.

O atual ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, se reuniu com re-


presentantes de fundo de investimento. Ele apresentou aos participantes o pipe-
line de projetos de concessão em rodovias, ferrovias e portos e tirou dúvidas
sobre temas regulatórios contratuais e o andamento dos projetos.

Tarcísio ressaltou as principais metas do ministério, que passam pela transfe-


rência maciça de ativos para a iniciativa privada e a conclusão de obras em an-
damento como forma de otimizar os investimentos públicos. Ele também atuali-
zou os executivos sobre o calendário de leilões que acontecerão no mês de abril:
BR-153/PA, 6ª rodada de aeroportos, FICO, BR-163/PA e cinco terminais portu-
ários.

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Além disso, o ministro ressaltou a segurança jurídica nos contratos de concessão
firmados e a estratégia de investimentos cruzados para financiar novas obras e
a possibilidade de contas vinculadas com o valor de outorgas pagas por anteci-
pação para mitigação de riscos aos concessionários. Sobre a Transnordestina,
objeto de interesse dos executivos, o ministro esclareceu que seu projeto pas-
sará por ampla revisão e deverá atrair R$ 426 milhões em investimentos este
ano. “Possuímos um amplo leque de ativos a serem concedidos, com taxas de
retorno acima das praticadas pelo mercado e com segurança contratual para os
investidores”, declarou Tarcísio.

5- SETOR PORTUÁRIO DEVE MOVIMENTAR MAIS DE R$ 30 BILHÕES


ATÉ 2022

Modernizar e ampliar os portos brasileiros têm sido uma das prioridades do Go-
verno Federal, como já mencionado. Segundo o Ministério da Infraestrutura, até
2022, o setor portuário deve movimentar mais de R$ 30 bilhões em investimen-
tos.
“Nós temos a programação de investimentos de até R$ 30 bilhões entre portos
organizados, ou seja, os portos públicos do país, e terminais de uso privado nas
regiões fora das poligonais de postos organizados. Então, para os próximos
anos, para 2021 e 2022, nós temos algo em torno aí de 30 leilões a serem reali-
zados nos diversos portos do país; e temos uma carteira de mais de 60 contratos
de adesão de terminais de uso privado a serem assinados”, afirma o secretário
nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Piloni.

Recentemente, foram assinados, por exemplo, os contratos de arrendamento de


dois terminais de celulose, no Porto de Santos, em São Paulo, leiloados em
agosto deste ano e vencidos pelo consórcio Eldorado Brasil Celulose e Bracell
Celulose.

Segundo o Ministério da Infraestrutura, as duas empresas administrarão as


áreas dos terminais STS14 e STS14A por um período de 25 anos. O grupo El-

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dorado Brasil Celulose arrematou o terminal STS14 com o lance de R$ 250 mi-
lhões. Já o terminal STS14A, foi arrematado pelo grupo Bracell Celulose por R$
255 milhões. Um total arrecadado de R$ 505 milhões.

BR do Mar

Outro projeto que deve impulsionar a atração de investimentos privados para o


setor portuário e de cabotagem no país é o BR do Mar, em tramitação no Con-
gresso Nacional.

Com o Programa de Incentivo à Cabotagem, conhecido como BR do Mar, o Go-


verno Federal quer ajustar a legislação de forma a incentivar o setor aquaviário
no Brasil, tornando-o uma alternativa logística às rodovias e ferrovias brasileiras.
O Brasil possui mais de 8 mil quilômetros de costa.

A cabotagem é a navegação entre portos ou pontos de um mesmo país. Se


aprovado, o projeto deve ampliar a concorrência, criar novas rotas e reduzir cus-
tos na navegação entre portos.

O programa foca em quatro eixos: frota, indústria naval, custos e porto e a ex-
pectativa do Governo é que ele ajude a incentivar a retomada da economia bra-
sileira no período pós-crise.

Ranking do Fórum Econô-


mico Mundial

O setor portuário brasileiro,


segundo o Ministério da Infra-
estrutura, subiu 13 posições
no ranking de modais do Fó-
rum Econômico Mundial.

Segundo o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários, Diogo Pi-


loni, esse crescimento se deve, entre outras coisas, aos novos investimentos no
setor.

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“Há uma agenda forte de desburocratização do tratamento da carga. Há uma
busca incessante do aumento da tecnologia, da inovação em nossos portos. E,
com isso, a gente já percebe, esse é o resultado da pesquisa, uma melhoria de
percepção dos investidores, dos operadores dessa nossa comunidade portuá-
ria”, explica Piloni.

Recentemente o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, também


se pronunciou sobre o tema nas redes sociais. “Apesar do ano difícil, o segmento
mostrou resiliência em 2020. Galgamos posições importantes no ranking de efi-
ciência mundial do segmento e registramos movimentações recordes nos portos
brasileiros.”

Prêmio Portos + Brasil

Os portos públicos brasileiros com os melhores índices de desempenho também


receberam, recentemente, o prêmio Portos + Brasil, criado pelo Ministério da
Infraestrutura.

Essa primeira edição avaliou os melhores portos do país, em quatro categorias.


São elas: Aumento de movimentação; de margem financeira; de investimentos
planejados e de indicadores de gestão de recursos humanos.

Entre os premiados, estão os Portos do Paraná e de Santos e a Companhia


Docas do Pará.

“O Prêmio Portos + Brasil foi uma iniciativa do Ministério da Infraestrutura que


promove as boas práticas de gestão nos portos organizados do Brasil”, ressalta
Piloni.

Segundo o presidente da Federação Nacional das Operações Portuárias, Sérgio


Aquino, a premiação Portos + Brasil demonstra a grande evolução da adminis-
tração portuária brasileira. “Isto gera o grande resultado de atração de investi-
mentos pela iniciativa privada na infraestrutura portuária do Brasil”, afirma
Aquino.

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6- REFERÊNCIAS

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