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Requer o recebimento do recurso seja recebido com seu efeito suspensivo, sejam
adotadas as medidas de estilo e seja remetido ao Egrégio Tribunal Regional do
Trabalho da Região.
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OAB/MG
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Nobres Julgadores,
Autor e Réu tiveram uma relação trabalhista que terminou. Como resultado, o Autor
entrou com uma reclamação trabalhista que, segundo ele, não atendeu às expectativas da
lei devido à falta de consideração de vários artigos pelo Juízo.
I - DA PRESCRIÇÃO PARCIAL
Foi deferida a reintegração do autor ao emprego, porque ele comprovou ser, à época,
dirigente, com mandato em vigor, de uma associação desportiva criada pelos
empregados da Transportadora Rapidinha Ltda. Importante considerar que o Autor
não era, no momento da demissão, dirigente sindical caso o fosse, lhe conferiria a
estabilidade requerida. Não há, no entanto, direito à reintegração.
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Foi deferido o pagamento de 1 hora extra diária, com adicional de 50% (cinquenta por
cento), pelo intervalo Intra jornada desrespeitado, pois o juiz se convenceu que o autor
trabalhava de segunda a sexta-feira, das 8 às 20 h, com intervalo de 1 hora para
refeição. Ocorre que, nos
termos do art. 66 da Consolidação das Leis do Trabalho, “entre 2 (duas) jornadas de
trabalho haverá um período mínimo de 11 (onze) horas consecutivas para descanso”, o
que foi devidamente observado no caso, sendo certo que há um intervalo de 12 (doze)
horas consecutivas entre uma jornada de trabalho e outra, não havendo de se falar em
adicional de pagamento em razão do desrespeito do intervalo Intra jornada, que desde já
se pede o afastamento.
Foi deferido o depósito do FGTS na conta vinculada para o período de 5 meses no qual
o autor ficou afastado pelo INSS em auxílio por incapacidade temporária previdenciária
(antigo auxílio- doença comum, código B-31), período em que a empresa não recolheu
o FGTS. No entanto, tal decisão merece total reforma. Isso porque, estando o
trabalhador usufruindo do benefício de auxílio-doença comum, seu contrato de trabalho
encontra-se suspenso, não sendo devido o depósito de FGTS requerido e deferido. Em
caso de seguro-doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença
não remunerada, durante o prazo desse benefício. Sendo assim, estando o funcionário de
licença não remunerada, não há motivo para o depósito de FGTS, o que deve ser
imediatamente afastado por força de lei.
V - DA AJUDA DE CUSTO
Foi deferida a integração da ajuda de custo à remuneração do autor, porque ela era paga
mensalmente pela empresa, conforme se verificou dos contra cheques que foram juntados aos
autos. Ora, ainda que a ajuda de custo seja para de maneira frequente pela empresa, tal valor
não deve ser integrado à remuneração para todos os fins por ter natureza indemnizatória,
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Art. 457, §2ª. CLT - As importâncias, ainda que habituais, pagas a titulo de ajuda de
custo, auxílio-alimentação, vedado seu pagamento em dinheiro, diárias para viagem,
prêmios e abonos não integram a remuneração do empregado, não se incorporam ao
contrato de trabalho e não constituem base de incidência de qualquer encargo trabalhista
e previdenciário. Por força de lei, tal ajuda de custo não deve integrar a remuneração do
Autor.
VI - DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL
Foi deferida, de julho de 2020 a fevereiro de 2021, a equiparação salarial do autor com
o empregado Raul Flores Raras, que exercia a mesma função do reclamante e atuava na
filial da
empresa localizada em Goiás. Ocorre que, ainda que sendo idêntica a função, o trabalho
não era exercido na mesma localidade, conforme determina o artigo 461 da
Consolidação das Leis do Trabalho, não havendo, assim, direito ao recebimento da
equiparação salarial:
Art. 461, CLT. Sendo idêntica a função, a todo trabalho de igual valor prestado ao
mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de
sexo, nacionalidade ou idade.
VII - DA INSALUBRIDADE
Foi deferido o pagamento de insalubridade desde a sua supressão, porque, em que pese
ter havido comprovadamente a reclassificação da atividade pelo órgão competente
durante o contrato de trabalho, o juiz entendeu que havia direito adquirido porque o
trabalhador já contava com essa verba no seu orçamento, além de ofensa ao princípio da
irredutibilidade salarial. Ora, ainda que o princípio da irredutibilidade salarial seja uma
realidade no ordenamento jurídico brasileiro, é correto afirmar que os adicionais pagos
ao funcionário poderão cessar, sem ofensa ao referido princípio, caso cesse também o
agente que lhe deu causa. Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho:
cessará com a eliminação do risco à sua saúde ou integridade física, nos termos desta
Seção e das normas expedidas pelo Ministério do Trabalho.
Art. 791-A. CLT - Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos
honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o
máximo de 15% (quinze por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença,
do proveito econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor
atualizado da causa.
Assim, o valor fixado a título de honorários advocaticios não encontra base legal e, pelo
contrário, está acima do limite máximo estabelecido pela lei, de maneira que deve ser
reduzido para o patamar adequado.
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