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Esquema de resolução de hipóteses de competência:

1º - Jurisdição – tribunais portugueses (art 202º e 211º da CRP; art 8º CPP e art 1º LOFTJ)
2º - Competência funcional – determinação do tribunal competente em função da fase processual:

Regra: serão competentes os tribunais judiciais de 1º instância, salvo se for competente o STJ ou
os TR (a contrario sensu dos artigos 11º e 12º do CPP e art. 33º a 37; 55º e 56º da LOFTJ)

Por fase processual:


i) Inquérito e instrução – Tribunal de competência especializada criminal (art 17º e 18º
CPP) nomeadamente o:
a. Tribunal de instrução criminal (TIC) – arts 78º a); 79º; 77º nº1 b); e art 131º
LOFTJ; ou
b. Tribunal central de instrução criminal (TCIC) – art 79º; 80º nº1 da LOFTJ e art
47/1 da lei nº 60/96, de 27 de agosto
Especialidade: em função de certas qualidades (do arguido), será competente nesta fase:
O STJ – art 11º nº7 CPP e art 36º alínea j) LOFTJ; ou
O TR – art 12º nº6 do CPP e art 56º nº1 alínea i) LOFTJ

ii) Julgamento:
- Regra geral: Tribunais judicias de 1º instância
- Especialidade: em função de certas qualidades (do Arguido), será competente nesta
fase:
O STJ – art 11º nº3 e nº4 alínea a) CPP e arts 35º nº1 alínea a) e 36º alínea b) LOFTJ; ou
Os TR – art 12º nº2 nº3 CPP e art 56º nº1 alínea c) LOFTJ.

iii) Recurso: são competentes como tribunais de recurso:


a. O STJ – art 11º nº3 alínea b); 11º nº4 alínea b) CPP e arts 33º alínea a); 35º alínea
b) e 36º da LOFTJ; ou
b. Os TR – art 12º nº3 alínea b) do CPP e art 56º nº1 alínea a) LOFTJ.

iv) Execução de penas – é competente o tribunal de execução de penas – art 18º CPP e
arts 91º a 92º LOFTJ
3º - Competência material – determinação do tribunal competente em função:
i) Da qualidade de certos agentes – v.g., o PR perante o STJ – art 11º nº3 alínea a)
CPP e art 35º nº1 alínea a) LOFTJ;
ii) De certas matérias especificas – v.g., habeas corpus perante o STJ – art 11º nº4
alínea c) CPP e art 36º alínea f) LOFTJ;
iii) Dos tipos de crimes e respetivas penas (rectius: da medida da pena
abstratamente aplicável)

Competência residual – tribunal de comarca (de competência genérica) – art 62º LOFTJ

Tribunais de competência especifica criminais (art 64º nº 1 e 2 LOFTJ):


 Tribunal do júri – art 207º CRP; art 13º CPP; art 67º nº1 e 110 e 111 da LOFTJ;
 Tribunal coletivo – art 14º CPP
 Tribunal singular – art 16º CPP

4º - Competência territorial – aferir do critério territorial segundo:


i) Critérios especiais – art 20º a 23º CPP;
ii) Subsidiariamente – critérios gerais do art 19º CPP

No âmbito da determinação da competência territorial deverá ainda considerar-se os mapas


anexos ao Regulamento da LOFTJ.

5º - Competência por conexão?


São exigidos 4 requisitos:
i) Pluralidade de processos (real ou hipotético)
ii) Pluralidade de tribunais competentes
iii) Verificação de uma situação típica de conexão (art 24º e 25º CPP), respeitando-se os
limites à conexão (art 26º CPP); e
iv) Tramitação concomitante – art 24º nº2 CPP.

Contudo, se não houver pluralidade de tribunais competentes e se verificarem os demais


requisitos, haverá apensação (art 29º) sem necessidade de determinar a competência por
conexão.
Determinação da competência em caso de conexão?
Articulação dos artigos 27º e/ou 28º CPP
Consequências da conexão:
Apensação – art 29 CPP; e prorrogação da competência – art 31º alínea b) CPP.
Termo da conexão: separação de processos (art 30º CPP) e prorrogação da competência (art
31º CPP).

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