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GRELHA DE CORRECÇÃO

PROVA DE EXAME
ANO LECTIVO 2014/15
1º Ciclo – Licenciatura
Curso de DIREITO
TEORIA GERAL DO PROCESSO – 02-02-2015 – Época de recurso
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Em todas as questões serão utilizados os seguintes critérios de correcção:
- correcta aplicação dos preceitos legais;
- correcta indicação e interpretação das normas legais aplicáveis;
- correcta fundamentação da resposta;
- domínio dos conceitos jurídicos abordados em cada questão;
- precisão e correcção na escrita;
Adverte-se que a mera reprodução de textos legais não preenche nenhum dos
critérios supra mencionados.
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Grupo I
1-
- enquadramento da afirmação no âmbito das acções de simples apreciação
(artigo 10.º n.º 3 a) do CPC);
- distinção entre acções de simples apreciação positiva e de simples apreciação
negativa;
- enunciação da regra relativa ao ónus da prova contida no artigo 342.º do CC;
- enunciação da regra especial prevista no artigo 343.º n.º 1 do CC, a propósito
da inversão do ónus da prova no âmbito das acções de simples apreciação
negativa;
- explicitação do sentido e razão de ser da inversão do ónus da prova no âmbito
das acções de simples apreciação negativa;
- afirmação de que nas acções de simples apreciação positiva vigora a regra
geral prevista no artigo 342.º do CC.
- conclusão de que a afirmação, não discriminando as duas espécies de acções de
simples apreciação, não pode ter-se como correcta.

2-
- distinção entre acção declarativas e acções executivas (artigo 10.º do CPC)
- conceito de título executivo;
- enunciação do conceito de legitimidade processual (artigo 30.º do CPC);
- afirmação de que o problema subjacente à afirmação não se liga à falta de
legitimidade processual, mas ao pressuposto processual do interesse em agir;
- enunciação e explicitação do pressuposto processual do interesse em agir;
- enunciação e explicitação da regra contida no artigo 535.º n.º 1 e n.º 2 c),
ambos do CPC, a propósito da responsabilidade do autor pelo pagamento das
custas processuais;
- afirmação de que a instauração de uma acção nos termos referidos no
enunciado, além de não ter qualquer relação com o pressuposto processual da
legitimidade, não é susceptível de determinar, por esse motivo, a absolvição do
réu da instância ou do pedido;
- conclusão de que a afirmação não se encontra correcta.

Grupo II
1-
* classificação quanto ao objecto:
- alusão à natureza declarativa da pretensão, por inexistência de título executivo;
- alusão à natureza do(s) direito(s) feito(s) valer pelo autor;
- enquadramento na alínea a) e b) do nº 2 do artigo 10.º do CPC;
- alusão à cumulação de pedidos (artigo 555.º do CPC);
* classificação da acção quanto à forma:
- alusão ao regime do artigo 546º do CPC e afirmação da natureza comum da
acção a instaurar, excluindo-se expressamente a aplicabilidade dos
procedimentos previstos no DL. n.º 269/98, de 01.09;
- alusão ao artigo 548º do CPC;
- conclusão de que a acção segue a forma única do processo comum.
2-
- análise dos diversos critérios de competência (artigos 59.º e ss. do CPC).
- análise dos critérios de competência internacional (artigos 62.º e 63.º do CPC),
concluindo pela competência dos tribunais portugueses;
- análise da competência interna dos tribunais portugueses;
- análise da competência em razão do território, concluindo pela
aplicação do critério do foro obrigacional (n.º 1 do art. 71.º do CPC);
- por via disso, residindo o réu em Viana do Castelo, concluir pela
competência da comarca de Viana do Castelo para apreciar a presente acção
(anexo II da LOSJ);
- análise da competência em razão da matéria, concluindo pela
competência dos tribunais judicias e, dentro destes, dos tribunais judiciais de
competência genérica (artigos 64.º e 65.º do CPC e ainda os artigos 40.º e 111.º e
seguintes da LOSJ);
- análise da competência em razão da hierarquia (artigos 67.º a 69.º do
CPC e os artigos 42.º, 55.º, 73.º e 80.º da LOSJ), concluindo pela competência
dos tribunais de 1ª instância;
- análise da competência em razão do valor (artigo 66.º, 297.º n.º 1,
ambos do CPC, e artigos 41.º, 117.º n.º 1.a) e 130.º da LOSJ), concluindo pela
competência da secção de competência genérica da instância local, em
detrimento da secção cível da instância central;
- alusão ao mapa III da RLOSJ, mais concretamente à comarca de Viana
do Castelo (instância local de Viana do Castelo).
- conclusão de que, nos termos da RLOSJ, a acção deveria ser instaurada
na secção de competência genérica da instância local de Viana do Castelo,
integrada na comarca de Viana do Castelo.

3-
- análise da obrigatoriedade do patrocínio judiciário (artigo 40.º do CPC);
- enunciação do valor da acção: 15.000 € (artigo 297.º n.º 1 do CPC);
- enunciação do valor da alçada dos tribunais de 1ª instância (artigo 44.º da
LOSJ);
- análise do n.º 1 do artigo 629.º em conjugação com a alínea a) do n.º 1 do
artigo 40.º, ambos do CPC;
- conclusão de que, sendo admissível recurso ordinário nesta acção, era
obrigatória a constituição de advogado;
- afirmação de que bem andou o juiz ao notificar as partes para que estas
constituíssem advogado, até porque tal vício é de conhecimento oficioso (artigo
578.º do CPC);
- afirmação de que tal vício é sanável (artigo 6.º n.º 2 e artigo 41.º do CPC);
- enunciação dos efeitos que advêm da inércia das partes:
- autor - a absolvição da instância: afirmação de que estávamos perante
uma excepção dilatória, que motiva a absolvição do réu da instância (artigo
577.º h), artigo 278.º n.º 1 e) e artigo 41.º, todos do CPC);
- réu - fica sem efeito a defesa: afirmação de que o efeito da violação do
pressuposto se circunscreve à defesa, não atingindo a instância (artigo 41.º do
CPC);
- afirmação de que a dupla inércia irá motivar a absolvição do réu da instância,
por haver um critério prioritário na verificação dos pressupostos processuais e na
fixação das consequências da sua inobservância;
- afirmação de que o juiz não poderia julgar a acção improcedente com
fundamento nos referidos vícios;
- distinção entre absolvição da instância e absolvição do pedido, relacionando
estes desfechos, respectivamente, com a falta de pressupostos processuais e com
o mérito da causa;
- afirmação de que, neste caso, a procedência da excepção dilatória levaria à
absolvição do réu da instância (artigo 278.º do CPC) e não à improcedência da
acção.

4-
- a morte da parte como geradora da extinção da personalidade judiciária (com
alusão ao artigo 11.º do CPC e aos artigos 66.º e 68.º do CC);
- a morte da parte como causa de suspensão da instância (art. 269.º.nº 1, a) do
CPC);
- a prova do facto nos autos (artigo 270º do CPC);
- a habilitação como meio de fazer cessar a suspensão (regime previsto nos
artigos 351.º e seguintes do CPC).

5-
- alusão ao princípio do pedido como decorrência do princípio do dispositivo;
- afirmação de que a sentença não pode condenar em quantidade superior ou em
objecto diferente do peticionado (artigo 609.º do CPC);
- afirmação de que, se o pedido deduzido na presente acção versava sobre a
legalidade da resolução e sobre a restituição do sinal em dobro, o juiz não
poderia exceder o limite do peticionado.
- conclusão de que os danos não patrimoniais não foram peticionados, pelo que
houve excesso de pronúncia na sentença, o que gera a sua nulidade (artigo 615.º
n.º 1 e) do CPC).
- conclusão de que, assim decidindo, o juiz procedeu mal.

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