O documento discute os conceitos e tipos de competência jurisdicional no Brasil. A competência pode ser determinada pela matéria, localização ou sujeitos envolvidos. A competência pela matéria define qual ramo do judiciário julga cada tipo de caso. Já a competência pelo local usa teorias como resultado ou ação para estabelecer qual tribunal julga baseado na localização do crime. Por fim, casos específicos como homicídio seguem regras adicionais.
O documento discute os conceitos e tipos de competência jurisdicional no Brasil. A competência pode ser determinada pela matéria, localização ou sujeitos envolvidos. A competência pela matéria define qual ramo do judiciário julga cada tipo de caso. Já a competência pelo local usa teorias como resultado ou ação para estabelecer qual tribunal julga baseado na localização do crime. Por fim, casos específicos como homicídio seguem regras adicionais.
O documento discute os conceitos e tipos de competência jurisdicional no Brasil. A competência pode ser determinada pela matéria, localização ou sujeitos envolvidos. A competência pela matéria define qual ramo do judiciário julga cada tipo de caso. Já a competência pelo local usa teorias como resultado ou ação para estabelecer qual tribunal julga baseado na localização do crime. Por fim, casos específicos como homicídio seguem regras adicionais.
1- Conceito: • Ela é a medida da jurisdição, ou seja, é a quantidade de poder conferido por lei a um juiz ou tribunal, delimitando sua margem de atuação. • Competência em razão da matéria. • Competência em razão do lugar. • Competência em razão da pessoa. 2- Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae): 2.1- Conceito: por este critério iremos identificar qual a justiça competente. 2.2- Organização: 2.2.1- Justiça Comum: a) Estadual: cabe a esta julgar o que não for expressamente conferido às demais justiças, de forma que, a sua atuação é residual. 2- Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae): b) Federal: a justiça federal integra a referência da União, de forma que, sua competência é explicitada no texto constitucional. Os TRFs (art. 108 CF) e os juízes federais de 1º grau (art. 109 CF). 2.2.2- Justiça Especial: c) Eleitoral: cabe a esta julgar as infrações eleitorais positivadas no Código Eleitoral e na legislação eleitoral extravagante. Além das infrações eleitorais, lhe cabe julgar eventuais infrações comuns interligadas (arts 76 e 77 CPP). 2- Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae): b) Militar: cabe a esta julgar tão somente as infrações militares, assim definidas pelos arts. 9º e 10 do Código Penal Militar. • OBS (1): a conexão entre infração militar e outra não militar, impõe separação de processos. • OBS(2): vale lembrar que o abuso de autoridade, a facilitação da fuga de preso, a tortura e os crimes dolosos contra a vida de civil são infrações comuns, de modo que não serão submetidos à Justiça Militar. 2- Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae): 2.3- Competência pela Natureza da Infração: o legislador pátrio poderá estabelecer o órgão competente para julgar um determinado tipo de delito, por força de sua natureza. 2.3.1- Hipóteses Constitucionais: a) De acordo com o art. 5º XXXVIII “d” da CF, os crimes dolosos contra a vida por sua natureza, serão julgados no Tribunal do Júri. 2- Competência em Razão da Matéria (Ratione Materiae): b) De acordo com o art. 98 I CF, as infrações de menor potencial ofensivo serão julgadas no Juizado Especial. • OBS: De acordo com o art. 61 da lei 9.099/95, são de menor potencial ofensivo os crimes cuja pena máxima é de 2 anos e as contravenções penais, independente da quantidade de pena prevista. 3- Competência em Razão do Lugar (Ratione Loci): 3.1- Conceito: por este critério definimos o juízo territorial competente. 3.2- Regras: • 1ª Regra: Teorias Territoriais: a) Teoria do Resultado: por ela a competência territorial é definida pelo local da consumação do crime. 3- Competência em Razão do Lugar (Ratione Loci): b) Teoria da Ação: por ela a competência é estabelecida pelo local do último ato de execução. • OBS: Aplicação: • Crimes tentados. • Juizados especiais. c) Teoria da Ubiquidade: por ela, a competência é fixada pelo local da ação ou do resultado. 3- Competência em Razão do Lugar (Ratione Loci): • OBS: Aplicação: crimes à distância. • 2ª Regra: domicílio ou residência do réu: esta segunda regra é subsidiária à primeira, de acordo com o art. 72 caput CPP. • 3ª Regra: Prevenção: juiz prevento é aquele que primeiro pratica um ato do processo (recebimento da inicial), ou aquele que durante o inquérito policial adota uma medida cautelar inerente ao futuro processo. 3.2- Competência pelo Lugar da Infração: • A mais importante regra sobre o tema, encontra-se no art. 70 caput 1ª parte CPP. O foro competente será firmado pelo local da consumação do crime. Assim, encontrado o momento da consumação, deve-se perquirir o local exato de sua ocorrência. 3.3- Casos Específicos: a) Homicídio Doloso: o homicídio se consuma no local da morte (cessação da atividade encefálica). O julgamento deve ocorrer no Tribunal do Júri onde o resultado tenha se dado. b) Crimes Qualificados pelo Resultado: neste caso o crime base ocorre em uma cidade e o resultado agravador em outra. 3.3- Casos Específicos: • EX: O ladrão rouba um carro, tranca a vítima no porta-malas do veículo até chegarem a outra cidade, onde o assaltante efetua disparos na vítima, matando-a. O caso em tela deve ser apurado na última localidade. c) Crime de Emissão de Cheque sem Fundo (art. 171 § 2º CP): • Foro do local onde está situado o banco sacado. d) Furto por Via Eletrônica: • O foro competente é o local do banco da vítima. 3.3- Casos Específicos: e) Crime de Uso de Passaporte Falso: • O juízo federal competente é o local onde o crime se consumou (súmula 200 STJ). f) Crimes Tentados (art. 70 parte final CPP): • Competência firmada pelo local do último ato de execução. g) Crimes Permanentes no Território de Duas ou Mais Comarcas: • Critérios da prevenção.