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Organização Judiciária

Aulas práticas
Marta Costa Santos
+ Alterações posteriores ao manual:
n DL 110/2018, de 10 de dezembro (art. 3.º - altera art. 111.º da LOSJ);
n Lei 19/19, de 19 de fevereiro (altera arts. 82.º, 82.º-A e 130.º da LOSJ; também
altera ROFTJ, com a criação de um Tribunal de Execussão de Penas "dos
Açores", a instalar...);
n Lei 27/2019, de 28 de março (altera art. 131.º da LOSJ);
n Lei 55/2019, de 5 de agosto (altera arts. 54.º, 67.º e 111.º da LOSJ);
n Lei 107/2019, de 9 de setembro (no art. 7.º, al. b), revoga o art. 127.º da LOSJ).

n Alterações ao ROFTJ:
n A resultante da Cit. Lei 19/19;
n Decreto-Lei n.º 38/2019, de 18 de Março, que cria alguns juízos, altera a área ou
instala juízos noutro município e republica os mapas I, II e III; foi rectificado pela
Dec.Ret. n.º 22/2019 (DR de 17 de Maio).

n Entrada em funcionamento dos juízos de Família e Menores de Leiria e de


Alcobaça - Portaria 185/2019, de 17 de Junho.

n Alteração ao ETAF, com republicação - Lei 114/2019, de 12 de Setembro.

n Alteração do CPTA, do CPPT e do DL 325/2003 - Lei 118/2019, de 17 de


setembro.

n Alteração do EMJ - Lei 67/2019, de 27 de Agosto.

n Novo EMP - Lei 68/2019, de 27 de Agosto.

n Conflitos de jurisdição - Lei 91/2019, de 4 de Setembro.


+
Organização Judiciária
n Constituída pelo conjunto de órgãos aos quais, nos
termos constitucional e legalmente previstos, compete
administrar a justiça, quer em matéria:
n Constitucional ou financeira
n Cível e criminal
n Administrativa e fiscal
n Militar

Ordenamento judiciário: acervo das normas que disciplinam


tais órgãos
+
Tribunais
n Art. 209.º CRP:
n Tribunal Constitucional
n STJ e tribunais judiciais de primeira e de segunda instância
n STA e demais tribunais administrativos e fiscais
n Tribunal de Contas
n Tribunais marítimos (tribunais judiciais de competência
especializada)
n Tribunais Arbitrais
n Julgados de paz (tribunais estaduais dotados de
competência alternativa em relação aos tribunais judiciais)
n Tribunais militares – art. 213.º CRP

PLURALIDADE DE JURISDIÇÕES
+
Órgãos de soberania – art. 2.º e 110.º,
n.º 1 da CRP

Dotados de independência (art. 203.º


da CRP), tanto em face dos outros
poderes do Estado, como entre si
TRIBUNAIS (salvo no que respeita às decisões
proferidas em via de recurso por
Estaduais tribunais superiores)

Têm a seu cargo a função jurisdicional


(art. 202.º, epígrafe e n.º 1 CRP),
exercida através dos juízes.
Arts. 202.º, n.º 1 e 203.º
da CRP – órgãos de
soberania, dotados de
independência, aos
Administram a justiça em nome do
quais compete povo (arts. 2.º, 3.º, nº 1, 108.º CRP)
“administrar a justiça
em nome do povo”
+ Escolha a afirmação verdadeira:
a)- A jurisdição tanto se pode referir ao conjunto dos
tribunais portugueses como a uma certa categoria de
tribunais portugueses.

b)- A jurisdição refere-se apenas ao conjunto dos


tribunais portugueses.

c)- A jurisdição refere-se apenas a uma certa categoria de


tribunais portugueses.

Afirmação verdadeira: a)- A jurisdição tanto se pode


referir ao conjunto dos tribunais portugueses como a uma
certa categoria de tribunais portugueses.
+
Poder de julgar, constitucionalmente
atribuído ao conjunto dos tribunais
existentes na ordem jurídica
portuguesa (art. 202.º, n.ºs 1 e 2 da
CRP)

Jurisdição

Poder de julgar os conflitos de


interesses que a Constituição e a lei
põem a cargo de cada uma das ordens
de tribunais, por oposição ao poder
reconhecido a outra categoria de
tribunais (jurisdição cível e criminal;
jurisdição administrativa e fiscal) – art.
109.º, n.º 1 CPC
+
COMPETÊNCIA
n Internacional dos Tribunais Portugueses: parcela do
poder jurisdicional que lhes é atribuída, no seu conjunto,
por oposição à que pertence aos tribunais não nacionais
(arts. 62.º e 63.º CPC + regulamentos comunitários)

n Interna: parcela do poder jurisdicional – que se acha


repartido entre os diferentes tribunais portugueses
(judiciais, administrativos, fiscais, etc) - atribuída a cada
um dos tribunais integrados numa certa categoria (ex: a
dos tribunais judiciais).

Conflitos de competência (art. 109.º, n.º 2 CPC)

COMPETÊNCIA ABSTRACTA
+

n Competência concreta do tribunal para julgar


determinada acção, de certo tipo

n Exemplo: nos juízos de competência especializada, os


juízos de família e menores – em abstracto são as
competentes para julgarem acções de investigação da
paternidade: artigo 123.º, n.º 1, al. l) da LOSJ

n MAS – o Juízo de Família e Menores de Coimbra só é


competente, em concreto, para determinada acção dessa
natureza, intentada pelo filho contra o pretenso pai, se o
réu tiver o seu domicílio na área de competência
territorial desse juízo (ex: no município de Coimbra, no
de Condeixa ou no de Penacova) – arts. 80.º, n.º 1 e 82.º,
n.º 1 do CPC e mapa III anexo ao ROFTJ, na redacção que
lhe foi dada pelo DL n.º 86/2016 de 27 de Dezembro.
+
Instância e grau de jurisdição
n Instância = relação jurídica processual, que se estabelece e
desenvolve entre cada uma das partes e o tribunal:
1º- Proposição da acção (art. 259.º, n.ºs 1 e 2 CPC) [a relação processual
triangular só fica completa com a citação do réu]; modificações – arts. 260.º
e 564.º, al. b) CPC); extinção – art. 277.º CPC.
2º - Acção deve ser proposta nos tribunais de 1.ª instância – em regra são
os tribunais de comarca (com o respectivo juízo competente);
3º - Decisão proferida não tem necessariamente carácter definitivo:
n Em matéria cível – pode ser impugnada em via ordinária mediante
recurso de APELAÇÃO (arts. 627.º, n.º 1, 629.º, n.º 1, 633.º, n.º 1 e 644.º
CPC)

Conhecer do litígio após uma decisão anterior proferida por um tribunal


pertencente à mesma ordem, mas hierarquicamente inferior
+ n Recurso de Apelação - para o tribunal de segunda instância (em
regra, Tribunal da Relação)

2.º grau de jurisdição

Nestes casos existem dois graus de jurisdição, mas um só


grau de apelação, uma vez que o STJ é, em regra, apenas um
tribunal de REVISTA (não podendo, regra geral, apelar-se da
decisão da Relação, proferida em via de recurso, para o STJ)

n Em matéria penal: tribunal de 1.ª instância – aquele a que


compete julgar o arguido pela primeira vez (em regra
tribunal de Comarca, através da competente juízo)

Em regra o tribunal competente para conhecer do recurso


interposto da decisão proferida pelo tribunal de 1.ª instância
é o da Relação – 2.ª instância (art. 427.º CPPenal).
+ n Jurisdição administrativa e fiscal – Estatuto dos
Tribunais Administrativos e Fiscais (ETAF) e o Código
de Processo dos Tribunais Administrativos (CPTA)
utilizam os conceitos “primeira ou segunda instância” e
“primeiro grau de jurisdição”.

n O Código de Procedimento e Processo Tributário


(CPPT) é uniforme na terminologia adoptada,
empregando sempre “instância”.
+Alçada
n Limite de valor até ao qual o tribunal decide sem que
(em regra) seja admitido recurso ordinário.

em regra, apenas é admitida a interposição de


recurso ordinário de decisão proferida em acção cujo
valor seja superior à alçada do respectivo tribunal (art.
629.º, n.º 1 CPC; art. 42.º, n.º 2 da LOSJ; art. 142.º, n.º 1
CPTA e art. 280.º, n.º 4 CPPT).

n A circunstância de o valor de uma causa exceder a


alçada do tribunal em que é instaurada não o torna
incompetente para dela conhecer.

n SIGNIFICA APENAS QUE A DECISÃO PROFERIDA A


FINAL É SUSCEPTÍVEL DE RECURSO ORDINÁRIO, NÃO
CONSTITUINDO, PORTANTO, A RESOLUÇÃO
DEFINITIVA DO CASO.
+ n Alçadas:
n Primeira instância = € 5000
n Tribunais da Relação = € 30.000

n art. 6.º, n.º 3 do ETAF – A alçada dos tribunais


administrativos de círculo e dos tribunais tributários
corresponde àquela que se encontra estabelecida para
os tribunais judiciais de 1.ª instância.
+ A INDEPENDÊNCIA DOS
TRIBUNAIS E OS SEUS
SENTIDOS
+ 1.a)Os tribunais são independentes em relação aos outros
poderes do Estado, mas não entre si, em virtude de
serem obrigados a acatar as ordens ou instruções dos
tribunais superiores;

b) Os tribunais são independentes em face dos outros


poderes estaduais e entre si, salvo no que respeita ao
dever de acatamento das decisões proferidas em via de
recurso pelos tribunais superiores;

c) A independência externa dos tribunais portugueses


consiste em eles não estarem sujeitos às leis de outros
países, nem ao direito da União Europeia.

b)Os tribunais são independentes em face dos outros


poderes estaduais e entre si, salvo no que respeita ao
dever de acatamento das decisões proferidas em via de
recurso pelos tribunais superiores.
+ ART. 203.º DA CRP
Art. 22.º da Lei de Organização do Sistema Judiciário (LOSJ), 2.º do
ETAF, 7.º, n.º 1 da Lei de Organização e Processo do T. Contas
(LOPTContas)

1) A independência dos tribunais deve ser entendida como:


n uma concretização do princípio da separação de poderes entre os
órgãos de soberania, consagrado no art. 111.º, n.º 1 da CRP
n Ausência de subordinação do poder judicial a qualquer outro poder do
Estado (independência externa)

n Art. 203.º - “lei” – todas as normas que vigoram na ordem jurídica


portuguesa, incluindo as disposições dos tratados que regem a
UE; as emanadas das suas instituições, no exercício das suas
competências e a CRP.

2) A independência dos tribunais tem de ser vista no plano das


relações entre eles: os tribunais são independentes entre si
(independência interna)
+ n Independência interna:
n Quer no que respeita às diferentes categorias ou ordens de
tribunais – cada uma deles goza de independência em
relação às outras (ex: tribunais administrativos e fiscais são
independentes face aos tribunais judiciais);
n Quer dentro de cada uma dessas ordens jurisdicionais –
quando a mesma integre vários tribunais, cada um deles é
independente dos restantes (ex: Tribunal da Relação é
independente do STJ; TAF independentes do STA);

Nenhum tribunal está sujeito a directivas, ordens ou


instruções emitidas por outro, ainda que
hierarquicamente superior

Dever da acatamento, por parte dos tribunais inferiores


das decisões proferidas em via de recurso pelos tribunais
superiores.
+ A INDEPENDÊNCIA DOS
JUÍZES E AS SUAS
GARANTIAS
+ Identifique a afirmação verdadeira:
1.a)- A garantia da inamovibilidade tem carácter absoluto, obstando a
toda e qualquer modificação da situação dos juízes.

b)- A inamovibilidade dos juízes (não militares) tanto é compatível com


a sua nomeação vitalícia como com a nomeação por tempo
determinado, desde que sem possibilidade de renovação.

c)- Os juízes do Tribunal Constitucional não gozam da garantia da


inamovibilidade, em virtude de a sua nomeação ser feita por tempo
determinado.

2.a)- O Ministério Público é uma magistratura vestibular da magistratura


judicial, sem independência em relação a esta.

b)- O Ministério Público é uma magistratura paralela e independente da


magistratura judicial, mas não goza de autonomia em relação aos
demais órgãos do poder central, regional e local.

c)- Os magistrados do Ministério Público estão subordinados a ordens,


directivas ou instruções emanadas pelos de grau superior, nos termos
do respectivo Estatuto.
+ 3. a)- O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos
e Fiscais é o órgão privativo de gestão e disciplina dos
juízes dos tribunais judiciais.

b)- O Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e


Fiscais é o órgão privativo de gestão e disciplina dos
juízes dos tribunais administrativos e fiscais, bem como
dos juízes do Tribunal de Contas.

c)- O Conselho Superior da Magistratura é o órgão


privativo de gestão e disciplina dos juízes dos tribunais
judiciais.
+ 1. Afirmação verdadeira: b)- A inamovibilidade
dos
juízes (não militares) tanto é compatível com a
sua
nomeação vitalícia como com a nomeação por tempo
determinado, desde que sem possibilidade de
renovação.

2. Afirmação verdadeira: c)- Os magistrados do


Ministério Público estão subordinados a ordens,
directivas ou instruções emanadas pelos de grau
superior, nos termos do respectivo Estatuto.

(Carácter vestibular que a magistratura do MP teve até ao


25 de Abril: para se ser juiz tinha que se passar pelo MP,
e os quadros superiores do MP eram desempenhados por
juízes em comissão de serviço)

3. Afirmação verdadeira: c)- O Conselho Superior da


Magistratura é o órgão privativo de gestão e disciplina
dos juízes dos tribunais judiciais.
+ n Independência dos juízes enquanto decorrência da
independência dos tribunais

n Expressamente prevista para os juízes do Tribunal


Constitucional – art. 222.º, n.º 5 da CRP e 22.º da
LOFPTConst.

n Art. 4.º da LOSJ – independência para os juízes de todas as


categorias de tribunais estaduais

n Art. 4.º, n.º 1 do EMJ – para os juízes dos tribunais judiciais

n Art. 3.º da Lei n.º 101/2003, de 15 de Novembro – para os


juízes militares

A independência dos juízes traduz-se no facto de eles julgarem


apenas segundo a Constituição e a lei, sem estarem sujeitos a
ordens ou instruções (nem dos outros poderes estaduais, nem de
outros juízes posicionados em escalões superiores da respectiva
magistratura)
+
O que assegura a
independência dos juízes:
1. Inamovibilidade

2. Princípio da irresponsabilidade pelas suas decisões

3. Autogoverno

4. Regime de incompatibilidades
+
1. Inamovibilidade
n Art. 216.º, n.º 1 CRP – os juízes não podem
(designadamente) ser transferidos, suspensos, aposentados
ou demitidos senão nos casos previstos na lei.

n Estabilidade relativa no cargo – os juízes não estão sempre


vinculados ao lugar onde obtêm a sua primeira colocação

n Excepções a este princípio = são somente as previstas na


lei (nunca mediante, p. ex., decisão governamental).

n Art. 5.º, n.º 1 da LOSJ + art. 216.º, n.º 1 CRP + art. 6.º do EMJ
(magistrados judiciais) + 3.º, n.º 1 ETAF (juízes dos
tribunais administrativos e fiscais) + 22.º da LOFPTConst. e
7.º, n.º 2 da LOPTContas.
+
n Inamovibilidade

Duração legal do cargo, ou seja, com a natureza vitalícia ou


temporária do mesmo

Garantida para os magistrados judiciais (art. 6.º, parte inicial


do EMJ) e para os juízes dos tribunais administrativos e fiscais
(remissão contida no art. 3.º, n.º 3, parte final e art. 57.º do
ETAF)

Juízes do Tribunal Constitucional – mandato tem a duração de


9 anos e não é susceptível de renovação (art. 222.º, n.º 3 da
CRP). Nestes casos a garantia da inamovibilidade exige que a
nomeação ou designação seja feita por um período certo e
determinado e sem possibilidade de renovação, para evitar a
insegurança ligada à incerteza sobre a renovação da
nomeação.
+2. Irresponsabilidade dos juízes pelas suas decisões

n Art. 216.º, n.º 2 CRP – garantia sem carácter absoluto


– reserva-se à lei a determinação dos casos em que,
excepcionalmente, os juízes são responsáveis pelo
exercício da sua actividade decisória.

n A irresponsabilidade não é, em geral, expressamente


considerada como forma de assegurar a
independência dos juízes, nomeadamente pelas
excepções que comporta.

n Art. 4.º, n.º 2 da LOSJ + art. 3.º, n.º 2 ETAF + art. 24.º da
LOFPTConst.+ art. 5.º EMJ; 7.º da LOPTContas
+ Excepções à irresponsabilidade:
n Art.5.º, n.º 2 do EMJ:
n Responsabilidade criminal, civil e disciplinar

n Magistrados do Ministério Público – 219.º, n.º 4 CRP; 9.º, n.º


2 LOSJ; 97.º, n.º1 do EMP

Os juízes e os magistrados do MP são responsáveis pelos


actos praticados no exercício das suas funções, salvo no
que se refere à responsabilidade meramente civil, que está
excluída quando actuem com culpa leve (art. 5.º, n.º 3 do EMJ,
art. 26.º da LOPTContas, art. 97.º do EMP e art. 14.º, n.º 1 do
Regime da Responsabilidade Civil Extracontratual do Estado e
Demais Entidades Públicas), só quando actuem com dolo ou
culpa grave e mediante acção de regresso.
+
n Tanto os juízes como os magistrados do Ministério Público
respondem civilmente pelos actos praticados no exercício
das respectivas funções, mas só quando actuem com dolo
ou culpa grave e mediante acção de regresso.

n Elementos a mencionar na justificação: definição de


irresponsabilidade enquanto garantia de independência
dos juízes; referência à natureza relativa desta garantia
(ressalvando, todavia, a responsabilidade política que é
absolutamente excluída); comparação do regime jurídico
aplicável aos magistrados judiciais com aquele que se
aplica aos magistrados do Ministério Público,
mencionando os preceitos constitucionais e legais
pertinentes.
+ 3. Autogoverno
= existência de um órgão privativo de gestão e disciplina

n Juízes do Tribunal Constitucional e do Tribunal de


Contas – cabe a cada um destes tribunais o exercício
o poder disciplinar sobre os respectivos juízes [art.
6.º, n.º 3 da LOSJ remete para o art. 25.º, n.º 1 da
LOFPTConst. e arts. 7.º, n.º 2, 25.º e 75.º, al. e) da
LOPTContas]

n A nomeação dos juízes do Tribunal de Contas é da


competência do respectivo Presidente, que, por sua
vez, é nomeado pelo Presidente da República, sob
proposta do Governo (art. 133.º, al. m) CRP e art. 74.º,
n.º 1, al. j) da LOPTContas).
+
Juízes dos tribunais judiciais e aos juízes dos tribunais
administrativos e fiscais – a nomeação, colocação,
transferência e promoção dos juízes e o exercício da
acção disciplinar em relação a eles, não pertencem a
eles próprios, mas a órgãos privativos de gestão e
disciplina, só em parte constituídos por juízes (não
tendo de constituir a maioria)

CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA e


CONSELHO SUPERIOR DOS TRIBUNAIS
ADMINISTRATIVOS E FISCAIS (arts. 217.º, nºs 1 e 2 da
CRP; 6.º, nºs 1 e 2, 153.º, 155.º, al. a), 160.º e 162.º, al. a)
da LOSJ, arts. 136.º e 149.º, al. a) do EMJ e art. 74.º, n.º 1
e n.º 2, al. a) do ETAF).
+ n CONSELHO SUPERIOR DA MAGISTRATURA - art. 218.º,
n.º 1 CRP; art, 137.º, n.º 1 do EMJ e art. 154.º, n.º 1 da
LOSJ

Presidente do STJ

PRESIDE O ÓRGÃO

Sete juízes eleitos


Dois designados pelo Sete eleitos pela
pelos seus pares
Presidente da Assembleia da
(entre e por
República República
magistrados judiciais)

vogais vogais vogais


+
17 membros, na maioria (9) designados/eleitos pelos
órgãos de soberania cuja eleição é feita por sufrágio
directo. Contudo, o Presidente da República e a
Assembleia da República podem designar ou eleger
juízes.

O Governo não elege nenhum membro do Conselho


Superior da Magistratura, o que constitui garantia de
não ingerência daquele no “governo” da
magistratura judicial.
+n CONSELHO SUPERIOR DOS TRIBUNAIS
ADMINISTRATIVOS E FISCAIS
Presidente do
Supremo Tribunal
Administrativo

Presidência do órgão

Dois designados Quatro JUÍZES


pelo Presidente da Quatro eleitos eleitos pelos seus
República pela A.R. pares

vogais vogais vogais

• Arts. 75.º, n.º 1 do ETAF e 161.º, n.º 1 da LOSJ


• A maioria de conselheiros é nomeada pelos órgãos de
soberania
• Falta de garantia da existência de uma maioria de juízes
• O Governo não elege nenhum membro
+
n A Constituição e a lei não consagram o «autogoverno
puro» como garantia dos juízes de todas as ordens
jurisdicionais.

n Elementos a mencionar na justificação: alusão ao


«autogoverno» enquanto garantia de independência dos
juízes; dizer (justificando) que ele só existe (como
«autogoverno puro») em relação aos juízes do Tribunal
Constitucional e do Tribunal de Contas, enquanto para os
juízes dos tribunais judiciais e para os juízes dos tribunais
administrativos e fiscais há órgãos de gestão e disciplina
constitucionalmente autónomos, o Conselho Superior da
Magistratura e o Conselho Superior dos Tribunais
Administrativos e Fiscais, respectivamente, que não são
constituídos exclusivamente por juízes; citação dos
preceitos constitucionais e legais pertinentes.
+ 4. Regime de incompatibilidades
n As incompatibilidades, constitucional e legalmente
previstas, equivalem à consagração da “regra da
dedicação exclusiva dos juízes profissionais”.

n Artigos:
n 216º, nº. 3 CRP;
n 222º, nº. 5 CRP
n 27º nº. 1 da LOPTContas.

n Têm os juízes de obter autorização para poder exercer a


actividade de docente ou de investigação científica? Têm

n Quanto aos juízes dos tribunais judiciais, os mesmos têm


de obter autorização do Conselho Superior da Magistratura
para esse efeito (art. 13º nº. 2 do EMJ) e no caso dos juízes
dos tribunais administrativos e fiscais, necessário se
mostra obter autorização do Conselho Superior dos
Tribunais Administrativos e Fiscais [art. 13º nº. 2 do EMJ,
aplicável “ex vi” do art. 3º nº. 3 e do art. 57º do ETAF e o
art. 74º nº. 2 al. p) do EMJ].
+n O princípio da dedicação exclusiva dos juízes às
funções próprias do seu cargo encontra justificação na
necessidade de assegurar a sua concentração nessa
actividade, evitando a sua dispersão por outras
actividades, com prejuízo do estudo e da reflexão
exigidos a quem exerce tal cargo.

n A acrescer a isto, justifica-se, também, pela


conveniência de evitar a criação de laços de
dependência profissional ou económica que
poderiam comprometer a sua independência.
+ n Art. 216º nº. 4 da CRP
n Como apenas existem o Conselho Superior da
Magistratura (como órgão de gestão e disciplina dos
juízes dos tribunais judiciais) e o Conselho Superior dos
Tribunais Administrativos e Fiscais, põe-se a questão de
saber se os juízes das restantes categorias de tribunais
poderão ser nomeados para comissões de serviço
estranhas às respectivas funções.

n Entendimentos díspares: Gomes Canotilho e Vital


Moreira sustentam que não; Vieira Cura entende que
não é assim, pelo menos, no caso do Tribunal de
Contas, pois o art. 23º do LOPTContas admite
expressamente a “nomeação de juízes do Tribunal de
Contas para outros cargos, em comissão de serviço”.
+
O MINISTÉRIO PÚBLICO E
A SUA AUTONOMIA
+
n O Ministério Público é uma magistratura paralela e
independente da magistratura judicial, o que decorre,
desde logo, de ter constitucionalmente garantido um
“estatuto próprio” (art. 219º nº. 2 CRP e art. 3 nº. 2 da
LOSJ) e, além disso, é expressamente afirmado nesse
estatuto e na LOSJ – art. 3.º e 96º nº. 1 do EMP e art 9º nº.
3 da LOSJ.

n Órgão superior do MP: Procuradoria–Geral da


República, que é presidida pelo Procurador-Geral da
República (arts. 17.º e 19.º EMP), nomeado pelo
Presidente da República, sob proposta do Governo, e
cujo mandato tem a duração de seis anos (vejam-se
art. 133.º al. m) e art. 220.º nº. 1,2 e 3 da CRP; arts.12º nº.
1 al. a); 14.º; 17.º; 175.º, n.º 2 do EMP e art. 165.º nº. 2 1ª
parte do LOSJ).
+n A Constituição da República garantiu ao Ministério
Público autonomia, em termos a definir pela lei (art.
219º nº. 2 CRP).

n Os magistrados do MP estão vinculados apenas às


directivas, ordens e instruções previstas na lei” (art. 3.º
nº. 1 e 2 do EMP e art. 3º nº. 2 e 3 da LOSJ).

n Autónomos face aos demais órgãos do poder central,


regional e local, em particular, em relação ao
Governo e aos seus membros, designadamente ao
Ministro da Justiça
+ FUNÇÕES DO MINISTÉRIO PÚBLICO
As funções do Ministério Público encontram-se
sintetizadas no art. 219º da CRP, no art. 4.º do EMP e no
art. 3º nº. 1 da LOSJ.

As funções resumem-se:

n A representação do Estado;

n A defesa dos interesses que a lei determinar;

n A participação na execução da política criminal definida


pelos órgãos de soberania;

n O exercício da acção penal – orientado pelo princípio


da legalidade;

n E a defesa da legalidade democrática.


+ As principais competências do Ministério Público são as
mencionadas no art. 4º nº. 1 do EMP e entre elas destacam-se as
seguintes:

n A representação do Estado, das regiões autónomas, das


autarquias locais, dos incapazes, dos incertos e dos ausentes em
parte incerta (al. a)) – vejam-se art. 24º do CPC; art. 6º do
CPTrabalho, art. 11º nº.2 do CPTA, art. 18º nº.3, art. 21º nº. 1 e art.
23º nº. 1 todos do CPC, art. 2 nº. 2 do CPTrabalho, art. 21º nº. 1,
art. 22º nº. 2, art. 23º nº. 1 todos do CPC e art. 14º do CPPT.

n O exercício da acção penal (al. c)) – vejam-se arts. 48º e 53º nº. 2
al. c) do CPPenal;

n O patrocínio oficioso dos trabalhadores e suas famílias na defesa


dos seus direitos de carácter social (al. g)) – veja-se art. 7º al. a)
do CPTrabalho;

n A defesa de interesses colectivos e difusos (al. h)) – vejam-se art.


31º do Código de Processo Civil e art. 9 nº. 2 do CPTA;

n A de promover a execução das decisões dos tribunais para que


tenha legitimidade (al. k)) – vejam-se art. 57º do CPC e arts. 469º
e 491º nº. 1 e 2 do CPP;
+ n A direcção da investigação criminal (al. e)) – vejam-se
arts.53º nº. 2 al. b) e 263º nº. 1 do CPP

n A de fiscalizar a constitucionalidade dos actos


normativos (al. l))

n A intervenção nos processos de insolvência e em todos


os que envolvam interesse público (al. m)) – vejam-se
arts. 13º nº. 1, 20º nº. 1, 37º nº. 2, 64º nº. 2 e 72º nº. 6 do
CIRE, art. 40 nº. 2 al. c) e art. 68º nº. 1 al. c) ambos do
CPTA, art. 141º nº. , art. 192º nº. 3, art. 1639º nº. 1 e art.
1980º nº. 5 todos do CCivil;

n A interposição de recurso sempre que a decisão seja


efeito de conluio das partes no sentido de fraudar a lei
ou tenha sido proferida com violação de lei expressa
(al. q)).
+A RESPONSABILIDADE E A SUBORDINAÇÃO
HIERÁRQUICA DOS MAGISTRADOS DO MINISTÉRIO
PÚBLICO
n A Constituição e a lei contrapõem à “irresponsabilidade
dos juízes” a responsabilidade dos magistrados do
Ministério Público.

n Todavia, a situação das duas magistraturas do ponto de


vista da responsabilidade não é substancialmente
diferente, com a ressalva de os magistrados do
Ministério Público “responderem, nos termos da lei
(…), pela observância das directivas, ordens e
instruções que receberem” (art. 97º nº. 2 do EMP).
+ n Subordinação hierárquica - art. 219º nº. 4 da CRP, no
art. 97º nº. 1 do EMP e no art. 9º nº. 2 do LOSJ.

n Art. 97º nº. 3 do EMP - “a hierarquia consiste na


subordinação dos magistrados (de grau inferior) aos
de grau superior”

“consequente obrigação de acatamento por aqueles das


directivas, ordens e instruções recebidas”

salvo

art. 97º nº. 3 do EMP – sem prejuízo do disposto no artigo


100.º do EMP.
+ Procurador–Geral da
República (o qual
preside à
Procuradoria –Geral
da República) – 19.º,
2, b)

coadjuvado e substituído
pelo Vice-Procurador-
Geral da República (art.
13º nº. 1 b), 14º nº. 1 al. b)
e 20º nº. 1 do EMP)

Procuradores–gerais-adjuntos
Procuradores da República
Magistrados do Ministério Público na
qualidade de procuradores europeus
delegados (art. 13.º, e))
Magistrados do Ministério Público
representante de Portugal na EUROJUST e
respetivos adjunto e assistente (art. 13.º, f))
+
n EMP prevê ainda a existência das procuradorias-gerais
regionais como órgão do Ministério Público (art. 12º al. b)):
n uma procuradoria-geral regional “na sede de cada distrito
judicial”, ou seja, em Coimbra, Évora, Lisboa e Porto (art. 65.º
EMP), dirigida por um dos procurador-geral-adjunto que nela
exercem funções, com a designação de “procurador-geral
regional” (art. 67º) e cuja competência é indicada no art. 66º do
EMP.

Cabe dirigir e coordenar a actividade do Ministério


Público na área de competência dos tribunais da Relação

Exemplo: a direcção e a coordenação da actividade do


Ministério Público pela “procuradoria –geral regional” do
Porto é exercida na área da competência territorial do
Tribunal da Relação do Porto e na do Tribunal da Relação de
Guimarães, pois estes tribunais estão sediados no mesmo
distrito judicial - o do Porto.
+ n Os magistrados do Ministério Público têm ainda
assegurada a estabilidade - não podem ser
transferidos, suspensos, promovidos, aposentados ou
demitidos (nem mudados de situação “por qualquer
outra forma”) senão nos casos previstos na lei ou no
respectivo estatuto (art. 219º nº 4 da CRP; art. 99º do
EMP e art. 11º nº. 1 da LOSJ)

n Também para eles se acha previsto um regime de


incompatibilidades – art. 107º do EMP.

n Conselho Superior do Ministério Público - órgão


privativo encarregado da disciplina e da gestão dos
magistrados do Ministério Público, integrado na
Procuradoria-Geral da República (art. 220º nº. 2 da CRP,
artigos 15.º, n.º 2, 21º e 22º do EMP e art. 165º nº. 2 da
LOSJ).
+TRIBUNAL
CONSTITUCIONAL
+
Casos práticos
a)- A interposição de recurso para o Tribunal
Constitucional nunca pressupõe o prévio esgotamento da
possibilidade de recurso ordinário.

b)- A interposição de recurso, para o Tribunal


Constitucional, de decisão que recuse a aplicação de uma
norma com fundamento na sua inconstitucionalidade
pressupõe o prévio esgotamento da possibilidade de
recurso ordinário.

c)- A interposição de recurso, para o Tribunal


Constitucional, de decisão que aplique uma norma cuja
inconstitucionalidade haja sido alegada no processo, por
uma das partes, pressupõe o prévio esgotamento da
possibilidade de recurso ordinário.
+ 1.teveEmum
10 de Março de 2002, Adozinda, casada com Barnabé desde 1999,
filho, Carlos, cujo nascimento foi declarado pela mãe na
Conservatória do Registo Civil sem qualquer indicação quanto à
paternidade (ficando assim estabelecida esta, nos termos do art. 1826.º
do C.Civil).

Em Agosto de 2010, «por motivos graves e devidamente ponderados»,


Adozinda e Barnabé divorciaram-se por mútuo consentimento. No dia
10 de Julho de 2012, após ter estado a trabalhar na Austrália durante 10
anos, Diocleciano – que mantivera relações sexuais (de cópula
consumada) com Adozinda no período legal da concepção – regressou
a Portugal. Sabendo que Adozinda estava divorciada e, por isso, já não
iria pôr em causa a relação dela com Barnabé, Diocleciano, convencido
de que é o pai biológico de Carlos, pretende ver juridicamente
estabelecida a sua paternidade em relação a este.

Tendo sido informado de que, nos termos do disposto nos arts. 1839.º,
n.º 1, e 1841.º do C.Civil, o Ministério Público apenas podia propor a
acção de impugnação da paternidade mediante prévio requerimento ao
tribunal judicial competente (para avaliar a viabilidade do pedido) feito
por quem afirma ser pai biológico, formulado no prazo de 60 dias, a
contar da data em que a paternidade do marido conste do registo (n.º 2
do art. 1841.º), Diocleciano decidiu requerer ao Tribunal Constitucional
a apreciação da constitucionalidade da norma que estabelece tal prazo,
por entender que põe em causa, nomeadamente, o direito de constituir
família (art. 36.º, n.º 1, da C.Rep.). Quid iuris?
+ 2. Elvira instaurou acção de impugnação da paternidade
(presumida) contra Fausto e Gabriel (este representado pelo
curador, por ser menor), no Tribunal de Família e Menores
de Vila Nova de Gaia, pedindo que se declarasse não ser
Fausto o pai de Gabriel e que, em consequência, se
ordenasse o cancelamento ou a rectificação do registo de
nascimento de Gabriel, relativamente à paternidade
estabelecida de Fausto. Os RR. foram absolvidos do pedido,
em virtude de já ter decorrido o prazo estabelecido no art.
1842.º, n.º 1, al. b), do C.Civil (três anos a contar do
nascimento), e a caducidade ser de conhecimento oficioso
(art. 496.º do C.P.Civil de 1961 – actual art. 579.º do
C.P.Civil).

Elvira interpôs recurso da sentença para o Tribunal da


Relação do Porto, que, por acórdão de 19/04/2012, julgou
procedente a apelação e revogou a decisão recorrida,
recusando a aplicação da referida norma, por a reputar
inconstitucional (violação do direito à identidade pessoal –
art. 26.º, n.º 1, da C.Rep.).

Haveria recurso para o Tribunal Constitucional? Quanto a


que questão e em que termos?
+ 3. Horácio impugnou no Tribunal Administrativo de
Círculo de Lisboa um despacho proferido por X, no qual
se fez aplicação do disposto no art. 19.º do Regulamento
de Disciplina Militar aprovado pelo Decreto-Lei n.º
142/77, de 9/04/1977. O Tribunal considerou essa norma
inconstitucional e a autoridade recorrida interpôs recurso
para o STA.

Que outro recurso terá sido interposto e por quem? Com


que fundamento? Que acontecia ao recurso interposto
para o STA?
+ 4. Em 7/04/2007, Ivone instaurou acção de impugnação da
paternidade contra Joaquim e Lucas, no Tribunal da Comarca de
Figueiró dos Vinhos, pedindo que se declarasse não ser Joaquim o
pai de Lucas e que, em consequência, se ordenasse o cancelamento
ou a rectificação do registo de nascimento de Lucas, relativamente à
paternidade estabelecida de Joaquim.

Na contestação, Joaquim invocou a caducidade do direito (na altura,


o prazo para a mãe instaurar a acção era de dois anos).

Na réplica, Ivone sustentou a inconstitucionalidade da norma do art.


1842.º, n.º 1, al. b), do C.Civil (na versão em vigor na época). Mas o
tribunal entendeu que a norma não era inconstitucional e aplicou-a,
julgando verificada a caducidade do direito de impugnação.

Ivone recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra, que


confirmou a decisão de 1.ª instância. Recorreu depois para o STJ,
que, em 25/03/2010, considerou a norma inconstitucional.

Haveria recurso para o Tribunal Constitucional? Quanto a que


questão e em que termos?
+ 5. Em 2010, Marcela, de 50 anos de idade, instaurou acção
de investigação da paternidade contra Norberto, no Tribunal
da Comarca de Viseu, pedindo que se declarasse ser ela
filha do investigado. Para tanto sustentou, desde logo, a
inconstitucionalidade da norma do n.º 1 do art. 1817.º do
C.Civil (aplicável «ex vi» do art. 1873.º).

Na contestação, Norberto invocou a caducidade do direito,


por já ter decorrido o prazo legalmente aplicável.

O tribunal entendeu que o direito de instaurar a acção tinha


caducado, aplicando a referida norma, que considerou não
ser inconstitucional.

Marcela recorreu para o Tribunal da Relação de Coimbra,


que confirmou a decisão de 1.ª instância. Recorreu depois
para o STJ, que, também manteve a decisão.

Haveria recurso para o Tribunal Constitucional? Quanto a


que questão e em que termos?

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