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UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Curso de Licenciatura em Direito


2º ANO

1º TRABALHO DE CAMPO

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO

TEMA:

RELATÓRIO FINAL DAS PRATICAS JURÍDICAS

Nome: Micheque Sinalo Gravisse

Código: 51 22031 2

Gondola, Setembro de 2023


UNIVERSIDADE ABERTA ISCED

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS

Curso de Licenciatura em Direito


2º ANO

1º TRABALHO DE CAMPO

DISCIPLINA: DIREITO DO TRABALHO

TEMA:

RELATÓRIO FINAL DAS PRATICAS JURÍDICAS

Trabalho de Carácter avaliativo, desenvolvido no Campo


a ser submetido na Coordenação do Curso de
Licenciatura em Ensino de Direito da UnISCED.

Tutor: Msc.

Nome: Micheque Sinalo Gravisse

Código: 51 22031 2

Gondola, Setembro de 2023

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Introdução

O presente relatório não estabelece notas ao desempenho do sector da justiça no Tribunal


Judicial do Distrito que se situa no Distrito do Mesmo nome na Vila Municipal De Gonadola. A
sua intenção é realçar a necessidade de um diálogo com base na realidade acerca de políticas
públicas, o qual ajudará o país a identificar e implementar prioridades nacionais. O relatório
beneficiou-se das contribuições de um grande número de pessoas interessadas no assunto e
conhecedores da área, dentre os quais merecem destaque funcionários do Judiciário e Governo,
actores da sociedade civil, académicos, políticos, comunidade doadora e cidadãos em geral, aos
quais o presente relatório é disponibilizado para questões avaliativos na .

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Relatório das Práticas Jurídicas

Cabe ao juiz assegurar o seu reconhecimento e a sua eficácia. Deve concretizar o significado dos
enunciados constitucionais para julgar, a partir deles, a validade ou invalidade da obra do
legislador. Para tanto, urge que o juiz investigue a constitucionalidade da lei. Já não tem sentido
a sua aplicação automática e asséptica. Não existe lei que não envolva valores. O juiz deve
questionar o seu significado, bem como sua coerência com as normas e princípios básicos da Lei
Magna. O Estado Constitucional de Direito permite o confronto direito entre a sentença e a
Constituição. É na observância estrita da Constituição, assim como na sua função de garante do
Estado Constitucional de Direito, que assenta, o fundamento da legitimação e da independência
do Poder Judiciário.

Tribunais Judiciais de Distrito

Os Tribunais Judiciais de Distrito estão no primeiro patamar da organização judicial da


República de Moçambique. A sua implantação geográfica ideal seria um tribunal distrital por
cada distrito, Neste primeiro patamar da organização judicial, os tribunais são de 1a e 2a
instância, podendo os de 1a instância classificar-se em tribunais de 1.º ou 2a classe. Em termos
de funcionamento podem operar como tribunal singular ou colectivo. Os Tribunais Judiciais de
Distrito têm competência genérica, sendo compostos por um juiz profissional, o qual deverá ser o
presidente, e por juízes eleitos. Funcionando em colectivo, intervém com o juiz profissional e
quatro juízes eleitos, não podendo deliberar sem que se encontrem presentes o juiz presidente e
dois são juízes eleitos.

Ao juiz presidente dos Tribunais Judiciais Distritais compete, para além das demais atribuições
previstas por lei, dirigir e representar o tribunal, supervisionar a secretaria judicial e os demais
serviços de apoio, presidir e dirigir as secções de distribuição de processos, presidir o acto de
investidura dos juízes eleitos do tribunal, distribuir os juízes eleitos pelas secções, prestar
informação sobre a actividade judicial do tribunal, dar posse, prestar informações de serviço e
proceder disciplinarmente sobre os funcionários do tribunal e controlar a gestão do património
afecto ao tribunal, conforme o estipulado no art.º 87 da LOJ.

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As competências dos tribunais judiciais de distrito variam consoante, funcionem em 1a instância
– 1a classe, 1a instância – 2a classe ou 1a e 2a classe – 2a instância, as quais passaremos a
elencar de seguida:

1a Instância – 1a classe (art.º 84 da LOJ)

 Julgar questões respeitantes a relações de família e os seus processos jurisdicionais de


menores.
 Julgar acções cuja alçada não exceda cem vezes o salário mínimo nacional, para o qual
não seja competente outro tribunal.
 Julgar infracções criminais cujo conhecimento não seja atribuído a outro tribunal.
 Julgar as infracções criminais em que a pena de prisão em abstracto não seja superior a
12 anos de prisão.

1a Instância – 2a classe (art.º 85 da LOJ)

 Julgar acções cíveis cujo valor não exceda cinquenta vezes o salário mínimo que não
sejam competentes outros tribunais.
 Conhecer as questões cujo conhecimento não pertença a outros tribunais.
 Julgar a infracção criminal que não corresponda a pena superior a oito anos de prisão.

2a Instância – 1a e 2a classe (art.º 86 da LOJ)

 Julgar recursos das decisões dos tribunais comunitários.


 Conhecer os pedidos de habeas corpus, que lhe devam ser remetidos.

Tribunal Judicial do Distrito Gondola

O Tribunal Judicial de Gondola localiza –se no distrito de Gondola na Vila municipal de


Gondola no bairro 7 de Abril. Foi neste Tribunal onde efectue as minha Praticas Jurídicas , pela
sua expressividade e um Tribunal que resolve todos casos tais como:

 Civil
 Laboral
 Criminal
 Menores

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Não tem secções especializadas:

Estrutura Judicial do Distrital Gondola

O Tribunal Judicial de Gondola, funciona com duas secções, sendo 1ª e 2ª secção, todos da 1ª
classe não especializadas. Os tribunais de trabalho podem ter uma ou mais secções e por um
cartório (n. 4 do art. 9, art. 21 e art. 22 da Lei n.10/20018, de 30 de Agosto)

1- Dirigido por um Juiz presidente que também e Juiz da 2ª secção


2- A primeira secção e dirigido por um juiz de direito daquela secção

Localmente a Centro de Mediação e Arbitragem Laboral (CEMAL) é composto por Fórum de


Mediação e Arbitragem e uma secretaria (n.2 do art. 3 do Diploma Ministerial n. 24/2021, de 30
de Março conjugado com o n. 2 do art. 7 do Decreto n. 30/2016, de 27 de Julho)..

A organograma do Tribunal Judicial de Gondola segundo o Supervisor, depois da presidência


funciona como uma secretaria recém criada dirigido por uma distribuidor distrital. As secções
são dirigindo pelos escrivão de Direito, cada secção tem dois escriturários judiciais Distritais e
dois (2) oficias de diligência para cada e um guarda do Tribunal.

Composição do tribunal judicial de distrito de Gondola

O tribunal judicial de distrito de Gondola é constituído por um presidente, que será um juiz
profissional, e por dois (2) juízes eleitos. Direito e não podem deliberar validamente sem a
presença de, pelo menos um juiz eleito conforme se tratem de primeira ou segunda
instância (n.1 do art. 9 e art. 10 da Lei n.10/20018, de 30 de Agosto). O tribunal judicial de
distrito de Gondola, quando esteja organizado em secções, integrará os presidentes destas.

Competência do Tribunal Judicial do Distrito Gondola

O Tribunal Judicial do Distrito de Gondola compete especificamente conhecer e julgar:

 Questões emergentes de relações jurídico-laborais de trabalho subordinado, de acidentes


de trabalho e doenças profissionais, de contratos equiparados a contratos de trabalho ou
de relações conexas com relação de trabalho;
 Questões entre trabalhadores ao serviço da mesma entidade empregadora;

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 Questões contravencionais;
 As execuções fundadas nas suas decisões, etc. (art. 12 e art. 28 da Lei n.10/20018, de 30
de Agosto)

No Tribunal Judicial do distrito Gondola as acções (petições) são propostas por escrito ou
oralmente no tribunal do domicílio do réu ou, sendo esta pessoa colectiva ou sociedade
comercial, no lugar onde tenha a sede, sucursal, agência, filial ou delegação, descrevendo os
factos que motivam o pedido, a causa de pedir, provas documentais e testemunhas. (n.1 do art.
26 e n.2 do art. 27 da Lei n.10/20018, de 30 de Agosto)

A mediação inicia com o pedido de uma das partes (com o conhecimento da outra) através de
carta contendo: a questão controvertida, o valor, nome, endereços e números de telefones das
partes, incluindo do mediador, se este for proposto pelo requerente. As partes podem acordar a
forma como vão informar o mediador (podendo ser verbal ou oral) sobre a questão do litígio,
devendo fornecer ao mediador, no prazo de 7 dias, um resumo do caso e a sua pretensão. E os
mediadores conduzem a mediação da maneira que julgar mais adequada e ter sempre em atenção
as particularidades dos casos e o desejo manifestado pelas partes.

O tribunal Judicial do Distrito de Gondola constitui hoje, na configuração que lhe é dada pela Lei
nº 4/92, de 6 de Maio uma instância oficial (no sentido de ter sido criada por diploma normativo
estatal) de resolução de conflitos. Os tribunais comunitários, previstos na Constituição da
República de Moçambique como parte organizadora judicial (art.223, nº 2) e criados pela Lei nr.
4/92 de 6 de Maio, são verdadeiros instrumentos de acesso a justiça e ao direito.

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Conclusão

Conclui que os tribunais judiciais em Moçambique têm dois tipos de juízes: profissionais e
eleitos, cada um deles com o seu próprio sistema de nomeação. A Lei Orgânica dos Tribunais
Judiciais estabelece que todos os tribunais judiciais devem incluir tanto juízes profissionais com
formação jurídica, como juízes eleitos das comunidades locais.237 O papel dos juízes eleitos é
assegurar que os tribunais são representativos dos cidadãos locais, assim como a aplicação nos
seus julgamentos, sempre que pertinente, dos princípios de senso comum e igualdade.

De acordo com a Lei Orgânica dos Tribunais Judiciais, os juízes eleitos devem apenas participar
em julgamentos em primeira instância e em discussões relativas à verificação da matéria de facto
(e não na interpretação da lei).

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