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Direito Processual Civil

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Olá! Boas-Vindas!
Cada material foi preparado com muito carinho para que você
possa absorver da melhor forma possível, conteúdos de qua-
lidade!

Lembre-se: o seu sonho também é o nosso!

Bons estudos! Estamos com você até a sua aprovação!

Com carinho,

Equipe Ceisc. ♥

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Prof.ª Luciana Aranalde

Sumário

1. Da Função Jurisdicional ........................................................................................................... 4


2. Ação ......................................................................................................................................... 6
3. Limites Da Jurisdição Nacional e da Cooperação Internacional ............................................. 9
4. Competência Interna .............................................................................................................. 13

Olá, aluno(a). Este material de apoio foi organizado com base nas aulas do curso preparatório para
concursos e deve ser utilizado como um roteiro para as respectivas aulas. Além disso, recomenda-
se que o aluno assista as aulas acompanhado da legislação pertinente.

Bons estudos, Equipe Ceisc.


Atualizado em maio de 2023.

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1. Da Função Jurisdicional

Prof.ª Luciana Aranalde


@uciana_aranalde

Jurisdição
O Art. 16 indica que a “jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o
território nacional”, sendo a jurisdição uma das três funções classicamente atribuídas ao Estado.
A jurisdição não é uma função de composição de lides, visto que nem sempre existe, efetiva-
mente, uma lide. Assim, e ainda que exista uma lide, tal não é um elemento essencial da jurisdi-
ção.
Tampouco “se pode definir jurisdição como uma função estatal de atuação da vontade
da lei. E isto por não se pode acreditar na existência de algo como uma “vontade da lei” (ou em
uma “vontade do legislador”). A lei, que não é um ser, não é dotada de vontade própria” (CÂ-
MARA, 2021, s.p).
Jurisdição, enfim, é uma função estatal que visa a solucionar demandas que são subme-
tidas ao Estado, com a aplicação de uma solução juridicamente correta. A jurisdição é, em outros
termos,

A “jurisconstrução” (perdoe-se o neologismo) de um resultado juridicamente correto para


a causa submetida ao processo. E o resultado precisa ser juridicamente legítimo. Não
pode o juiz “inventar” a solução da causa. Ninguém vai ao Judiciário em busca de uma
solução a ser inventada pelo juiz. O que se busca é o reconhecimento de um direito que
já se tem (e daí a natureza declaratória da jurisdição, de que se tratará adiante). E cabe
ao juiz, então, dar à causa uma solução conforme ao Direito. O papel do juiz, como intér-
prete, não é inventar uma norma jurídica para solucionar a causa, mas aplicar a norma
jurídica adequada no caso concreto. E deve fazê-lo sem exercer qualquer tipo de poder
discricionário. A discricionariedade judicial é absolutamente incompatível com o Estado
Democrático de Direito. Isso porque falar de discricionariedade é falar de “indiferentes ju-
rídicos”. Afinal, quando se reconhece um poder discricionário o que se faz é reconhecer
que, diante de duas ou mais respostas possíveis, todas legítimas, pode o titular do poder
de decidir escolher qualquer delas (sendo, pois, juridicamente indiferente qual das alter-
nativas é a escolhida). Ora, no Estado Democrático de Direito não se pode admitir que
uma causa seja submetida ao Judiciário e sua solução seja indiferente, podendo o juiz
livremente escolher entre diversas decisões possíveis, todas corretas. Existe, para cada
causa, uma resposta correta, uma decisão constitucionalmente legítima, e só ela pode ser
a proferida em cada caso concreto (CÂMARA, 2021, s.p).

É de atribuição do judiciário identificar, através de um processo e de forma cooperativa,


todos os interessados e a solução correta da causa, sendo que a jurisdição tem três caracterís-
ticas essenciais: inércia, substitutividade e natureza declaratória.

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A inércia é a exigência de que o Estado só exerça a função jurisdicional através da pro-


vocação das partes, exceto nos casos previstos em lei e em que se admite a instauração do
processo de ofício. Via de regra, o processo jurisdicional só possui início com o protocolo de uma
petição inicial. Consequência da inércia da jurisdição “é a necessidade de congruência entre a
demanda e o resultado do processo. Dito de outra forma, não pode o resultado do processo ser
mais amplo, objetiva ou subjetivamente, do que a demanda proposta” (CÂMARA, 2021, s.p).
No mesmo sentido, um juiz não pode proferir uma sentença com base em fatos que não
integrem a causa, além de dever respeitar os limites do pedido formulado. Têm-se, nesses casos,
sentenças que são chamadas de citra petita (aquém da demanda), ultra petita (mais do que se
pediu) e extra petita (diverso daquilo que foi postulado).
A segunda característica é a substitutividade, uma função exercida em razão da vedação
da autotutela. Como não é permitido, via de regra, que cada sujeito pratique, ele próprio, os atos
necessários aos seus interesses, é de incumbência do Estado exercer a jurisdição e praticar os
atos importantes. Não se trata, contudo, de mera substituição na atuação daquele que possui
determinada pretensão, mas também daquele devedor que precisa, por exemplo, pagar deter-
minada dívida.
Ademais, também é possível elencar a natureza declaratória como característica essen-
cial da jurisdição, eis que o Estado apenas reconhece direitos existentes - e não os cria. A ativi-
dade jurisdicional é essencialmente declaratória de direitos constitucionalmente legítimos, reco-
nhecendo e atuando posições jurídicas de vantagem preexistentes.
Uma outra questão a ser apontada é que o Código de Processo Civil estabelece uma
função entre procedimentos contenciosos e voluntários, chamando-se jurisdição voluntária “a
atividade de natureza jurisdicional exercida em processos cujo objeto seja uma pretensão à in-
tegração de um negócio jurídico” (CÂMARA, 2021, s.p). De outro lado, a jurisdição contenciosa
é toda e qualquer outra que não seja de mera integração de negócio jurídico.

Resolução de questão:
1) TJ-MS – 2018
Sobre a jurisdição e seus predicados, assinale a assertiva correta, levando-se em consideração a sistemática pro-
cessual vigente (CPC/2015).
A) Os procedimentos de jurisdição voluntária não fazem coisa julgada.
B) Nos Juizados Especiais Cíveis, desde que haja prévia autorização das partes, o árbitro pode julgar por equi-
dade.

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C) O Novo Código de Processo Civil brasileiro, seguindo a orientação do direito moderno, não mais prevê a exi-
gência da identidade física do juiz.
D) As condições da ação, de acordo com o Novo Código de Processo Civil, são: a possibilidade jurídica do pe-
dido, o interesse de agir e a legitimidade.

2) FEPESE – 2020
É correto afirmar de acordo com o Código de Processo Civil.
A) A aplicação das normas de processo civil deverá respeitar as situações jurídicas consolidadas sob a vigência
da norma revogada.
B) Aplicam-se de forma integral e no que for compatível as normas do Código de Processo Civil às normas que
regulem processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos.
C) A jurisdição civil interna será regida pelas normas processuais brasileiras e pelas disposições específicas pre-
vistas em acordos e tratados internacionais.
D) A norma processual retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em curso, independentemente da
fase em que se encontrem.
E) Os atos processuais já praticados sob a égide da norma revogada deverão ser ratificados de acordo com a
norma processual superveniente.

2. Ação

Com a inércia da ação, tem-se que a movimentação do aparelho judiciário é caracteri-


zado pelo fenômeno da ação, consistindo naquele direito de atuar em juízo, exercendo posições
ativas durante todo o curso de determinado processo, com vistas a apresentar pedidos em tutela
jurisdicional. De tal definição, extrai-se a ligação entre ação e processo, sendo a ação exercida
no processo.
O direito de ação encontra previsão no inciso XXXV do Art. 5º da Constituição Federal,
de modo que a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito.
Esse direito, conforme Art. 17 do Código de Processo Civil, depende da presença de alguns
requisitos, como a legitimidade e o interesse. Veja-se o seguinte precedente sobre a questão:

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÇÃO REVISIONAL DE CONTRATO DE SE-


GURO - TUTELA DE URGÊNCIA - EXIBIÇÃO INCIDENTAL DE DOCUMENTO - APÓLI-
CES DE SEGURO - PEDIDO ADMINISTRATIVO - DESNECESSIDADE - ACESSO A
JUSTIÇA - FIXAÇÃO DE ASTREINTES - MEDIDA DE APOIO LEGÍTIMA - PRAZO PARA
CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO - SUFICIÊNCIA

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- O artigo 300 do Código de Processo Civil autoriza a concessão da tutela provisória de


urgência quando evidenciada a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao
resultado útil do processo.
- Os requisitos do pedido de exibição incidental de documento e os da ação cautelar pre-
paratória de exibição de documentos - procedimento este extinto no CPC/2015 - são dis-
tintos.
- O acesso ao Judiciário é um direito pleno, garantido no art. 5º, XXXV da CF, que dispõe
que "a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito", ine-
xistindo qualquer exigência legal do prévio esgotamento da via administrativa, com a re-
cusa no fornecimento do documento pretendido, para possibilitar o acionamento da via
judicial, ou mesmo a formalização do requerimento de exibição.
- O artigo 400, parágrafo único, do CPC, superando o entendimento jurisprudencial firmado
com base na súmula 372 do STJ, deixa claro que, sem prejuízo da presunção de veraci-
dade de fatos prevista como consequência do descumprimento da ordem incidental de
exibição de documentos (art. 400, caput), o juiz pode, se necessário, adotar medidas de
apoio voltadas a vencer a recalcitrância do destinatário da determinação, dentre elas, a
aplicação de pena pecuniária. (TJMG - Agravo de Instrumento-Cv 1.0000.22.087326-
9/002, Relator(a): Des.(a) Fernando Lins , 20ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em
30/11/2022, publicação da súmula em 01/12/2022)

Legitimidade “é a aptidão para ocupar, em um certo caso concreto, uma posição proces-
sual ativa” (CÂMARA, 2021, s.p), que é um elemento exigido para praticar todo e qualquer ato
relativo ao exercício do direito de ação. A legitimidade pode ser ativa ordinária ou passiva ordi-
nária, a primeira relativa àquele que demandar ativamente no processo e a segunda relativa
àquela que figura no polo passivo do feito. Também há a legitimidade extraordinária, “assim en-
tendida a legitimidade atribuída pelo ordenamento jurídico a quem não é sujeito da relação jurí-
dica deduzida no processo” (CÂMARA, 2021, s.p).
Além da legitimidade, o exercício do direito de ação depende da presença do interesse,
“que pode ser definido como a utilidade da tutela jurisdicional postulada. Significa isto dizer que
só se pode praticar um ato de exercício do direito de ação (como demandar, contestar, recorrer
etc.) quando o resultado que com ele se busca é útil” (CÂMARA, 2021, s.p). Deste modo,

[...] aquele que vai a juízo em busca de providência inútil não tem interesse de agir e, por
isso, verá o processo extinto sem resolução do mérito (uma vez mais, nos termos do art.
485, VI). É o que se daria se, por exemplo, alguém fosse a juízo postulando a mera decla-
ração da existência de seu direito de divorciar-se de seu cônjuge, sem que o divórcio fosse
efetivamente decretado. Esta providência (a mera declaração do direito) não produziria,
no caso concreto, qualquer modificação na situação jurídica do demandante, sendo des-
pida de qualquer utilidade, por mínima que seja. Faltaria, então, interesse de agir (CÂ-
MARA, 2021, s.p).

A configuração do interesse de agir se dá pela necessidade de tutela e adequação da


via processual: interesse-necessidade e interesse-adequação, respectivamente. Há interesse-
necessidade quando a realização do direito material afirmado pelo demandante não puder se
dar independentemente do processo, sendo que o interesse-adequação se dá quando a parte

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se utiliza da via processual adequada para demandar em juízo. Veja-se o seguinte precedente
sobre a questão:

EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL - CUMPRIMENTO DE SENTENÇA EM AÇÃO DE DISSO-


LUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - BEM INDIVISÍVEL - AUSÊNCIA DE INTERESSE PRO-
CESSUAL - AÇÃO DE EXTINÇÃO DE CONDOMÍNIO - RECURSO NÃO PROVIDO.
1. O interesse de agir representa a existência de pretensão objetivamente razoável ou o
interesse do autor para obter o provimento desejado, caracterizando-se essa condi-
ção/pressuposto da ação em face da necessidade, em tese, de o autor obter a proteção
do Poder Judiciário ao direito material que expõe (interesse-necessidade), independente-
mente de qualquer consideração a respeito da viabilidade meritória do pleito, que deve ser
analisado no momento adequada, observada, ainda, a adequação do provimento pleite-
ado (interesse-adequação).
2. Com a separação do casal/companheiros cessa o estado de mancomunhão existente
enquanto perdura o casamento/união estável, passando os bens ao estado de condomí-
nio.
3. No caso, tendo sido dissolvida a união estável, com a concretização da partilha do pa-
trimônio e identificação inequívoca quinhão de cada um sobre o bem imóvel, cabível ao
condômino exigir a divisão da coisa comum, através da ação de extinção de condomínio
e não de cumprimento de sentença, conforme dispõe o CC/02 (arts. 1.320 a 1.322).
3. Negar provimento ao recurso. (TJMG - Apelação Cível 1.0000.22.140652-3/001, Re-
lator(a): Des.(a) Teresa Cristina da Cunha Peixoto , 8ª Câmara Cível Especializada, julga-
mento em 29/09/2022, publicação da súmula em 07/10/2022)

Pela norma processual, em resumo, ninguém poderá pleitear direito alheio em nome
próprio, salvo quando autorizado pelo ordenamento jurídico (Art. 18), sendo que, havendo subs-
tituição processual, o substituído poderá intervir como assistente litisconsorcial. De acordo com
o Art. 19, o interesse do autor pode limitar-se à declaração da existência, da inexistência ou do
modo de ser de uma relação jurídica, ou da autenticidade ou da falsidade de documento, sendo
que, nos termos do Art. 20, é “admissível a ação meramente declaratória, ainda que tenha ocor-
rido a violação do direito”.

Resolução de questão:
3) CONSULPAN – 2018
Sobre as técnicas processuais e a tutela dos direitos no processo civil é INCORRETO afirmar que:
A) A atividade de execução pode ser fundada em cognição sumária ou exauriente.
B) Somente se admitem técnicas processuais que sacrifiquem a efetividade da prestação jurisdicional quando isso
tiver por intuito a preservação de direitos fundamentais da parte contrária.
C) A tutela de direitos perpassa em primeiro na verificação das técnicas processuais adequadas para sua efetiva
proteção, para depois analisar as situações de direito material que se pretende proteger por meio do exercício da
ação.

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D) O legislador pode, para a tutela dos direitos, prever procedimentos diferenciados, podendo determinar cortes na
cognição no plano horizontal para limitação do debate a certas questões, sem que se cogite de cerceamento de
defesa.

3. Limites Da Jurisdição Nacional e da


Cooperação Internacional

Dentre os Arts. 21 e 25, tem-se as disposições relativas aos limites da jurisdição nacional,
englobando a competência internacional e a litispendência internacional. Chama-se competência
internacional as situações em que o judiciário brasileiro está autorizado a exercer sua função
jurisdicional, sendo que, nos termos do Art. 21, compete à autoridade judiciária brasileira proces-
sar e julgar as ações em que: 1) o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado
no Brasil; 2) no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; e 3) o fundamento seja fato ocorrido ou
ato praticado no Brasil. Para efeitos do inciso I do Art. 21, considera-se domiciliada no Brasil a
pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal.
Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações de alimen-
tos quando o credor tiver seu domicílio ou residência no Brasil ou quando o réu “mantiver vínculos
no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de bene-
fícios econômicos”, nos termos do Art. 22. A competência também abarca as ações decorrentes
de relação de consumo nas hipóteses em que o consumidor tiver domicílio ou residência no
Brasil, bem como as ações em que as partes se submeterem à jurisdição nacional, ainda que
tacitamente.
Ainda de acordo com o CPC (Art. 23), compete à autoridade judiciária brasileira, com
exclusão de qualquer outra:
1) conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil;
2) em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular
e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de
nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional;
3) em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de
bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio
fora do território nacional.

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Destaca-se que a ação proposta junto ao tribunal estrangeiro não induz à litispendência
e não impede “que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são
conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais
em vigor no Brasil” (Art. 24). A pendência de uma demanda junto à jurisdição brasileira não im-
pede que eventual homologação de sentença brasileira quando exigida para produzir efeitos no
Estado brasileiro. Além disso, é importante frisar, nos termos do Art. 25, que não é de compe-
tência da autoridade brasileira o processamento e o julgamento da ação quando houver cláusula
de eleição de foro exclusivo estrangeiros em contrato de âmbito internacional, arguida pela parte
ré em contestação.
De acordo com o Art. 26, a cooperação jurídica internacional será regida por tratado de
que o Brasil faz parte e observará:
1) o respeito às garantias do devido processo legal no Estado requerente;
2) a igualdade de tratamento entre nacionais e estrangeiros, residentes ou não no Brasil,
em relação ao acesso à justiça e à tramitação dos processos, assegurando-se assistência judi-
ciária aos necessitados;
3) a publicidade processual, exceto nas hipóteses de sigilo previstas na legislação bra-
sileira ou na do Estado requerente;
4) a existência de autoridade central para recepção e transmissão dos pedidos de coo-
peração;
5) a espontaneidade na transmissão de informações a autoridades estrangeiras.

Na ausência de tratado, a cooperação jurídica internacional poderá realizar-se com base


em reciprocidade, manifestada por via diplomática, o que não se aplica para homologação de
sentença estrangeira. Na cooperação jurídica internacional, tem-se que não será admitida a prá-
tica de atos que contrariem ou que produzam resultados incompatíveis com as normas funda-
mentais que regem o Estado brasileiro, sendo que o Ministério da Justiça deverá exercer as
funções de autoridade central na ausência de designação específica.
A cooperação jurídica internacional terá por objeto: 1) citação, intimação e notificação
judicial e extrajudicial; 2) colheita de provas e obtenção de informações; 3) homologação e cum-
primento de decisão; 4) concessão de medida judicial de urgência; 5) assistência jurídica inter-
nacional; e 6) qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida pela lei brasileira (Art.
27).

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É possível a utilização de auxílio direto quanto determinada medida não decorrer direta-
mente de decisão de autoridade jurisdicional estrangeira a ser submetida a juízo de deliberação
no Brasil, conforme disposto no Art. 28. Além disso, a norma processual determina que “a solici-
tação de auxílio direto será encaminhada pelo órgão estrangeiro interessado à autoridade cen-
tral, cabendo ao Estado requerente assegurar a autenticidade e a clareza do pedido" (Art. 29).
Além dos casos previstos em tratados de que o Brasil venha a fazer parte, o auxílio direto
terá os seguintes objetos: 1) obtenção e prestação de informações sobre o ordenamento jurídico
e sobre processos administrativos ou jurisdicionais findos ou em curso; 2) colheita de provas,
salvo se a medida for adotada em processo, em curso no estrangeiro, de competência exclusiva
de autoridade judiciária brasileira; e 3) qualquer outra medida judicial ou extrajudicial não proibida
pela lei brasileira (Art. 30).
Para o procedimento, os seguintes aspectos devem ser observados de igual modo, con-
forme Arts. 31, 32, 33 e 34, respectivamente:
1) A autoridade central brasileira comunicar-se-á diretamente com suas congêneres e,
se necessário, com outros órgãos estrangeiros responsáveis pela tramitação e pela execução
de pedidos de cooperação enviados e recebidos pelo Estado brasileiro, respeitadas disposições
específicas constantes do tratado.
2) No caso de auxílio direto para a prática de atos que, segundo a lei brasileira, não
necessitem de prestação jurisdicional, a autoridade central adotará as providências necessárias
para seu cumprimento.
3) Recebido o pedido de auxílio direto passivo, a autoridade central o encaminhará à
Advocacia-Geral da União, que requererá em juízo a medida solicitada, sendo que o Ministério
Público deverá requerer em juízo a medida solicitada quando for autoridade central.
4) Compete ao juízo federal do lugar em que deva ser executada a medida apreciar pe-
dido de auxílio direto passivo que demande prestação de atividade jurisdicional.
Quanto à Carta Rogatória, nos termos do Art. 36, é importante mencionar que o “proce-
dimento da carta rogatória perante o Superior Tribunal de Justiça é de jurisdição contenciosa e
deve assegurar às partes as garantias do devido processo legal”. A defesa será restringida à
discussão quanto ao atendimento dos requisitos para que o pronunciamento judicial estrangeiro
produza efeitos no Brasil, sendo que, em qualquer hipótese, é vedada a revisão do mérito do
pronunciamento judicial estrangeiro pela autoridade judiciária brasileira.

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Entre os Arts. 37 e 41, são previstas questões que são comuns ao disposto até aqui,
ressaltando-se, de acordo com o Art. 47, que “o pedido de cooperação jurídica internacional
oriundo de autoridade brasileira competente será encaminhado à autoridade central para poste-
rior envio ao Estado requerido para lhe dar andamento”.
O pedido de cooperação e os documentos anexos serão encaminhados à autoridade
central quando o pedido for oriundo de autoridade brasileira competente, e deverão ser acompa-
nhados de tradução para a língua oficial do Estado requerido (Art. 38). Além disso, “o pedido
passivo de cooperação jurídica internacional será recusado se configurar manifesta ofensa à
ordem pública (Art. 39).
É por meio de carta rogatória ou de ação de homologação de sentença estrangeira que
se executa decisão estrangeira, através de cooperação jurídica e nos termos do Art. 40 – além
de ser observado o disposto no Art. 960. Por fim, assim dispõe o Art. 41 quanto ao documento
que instruir o pedido de cooperação: “Considera-se autêntico o documento que instruir pedido
de cooperação jurídica internacional, inclusive tradução para a língua portuguesa, quando enca-
minhado ao Estado brasileiro por meio de autoridade central ou por via diplomática, dispensando-
se ajuramentação, autenticação ou qualquer procedimento de legalização”.
O disposto no caput do Art. 41 não impede, contudo, e quando necessária, a aplicação
pelo Estado brasileiro do princípio da reciprocidade de tratamento. Veja-se o seguinte precedente
sobre a questão:

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. PROCESSUAL PENAL. INSURGÊN-


CIA CONTRA ACÓRDÃO TRANSITADO EM JULGADO. MANEJO DO WRIT COMO RE-
VISÃO CRIMINAL. DESCABIMENTO. ART. 105, INCISO I, ALÍNEA E, DA CONSTITUI-
ÇÃO DA REPÚBLICA. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE PATENTE APTA A ENSEJAR A
CONCESSÃO DA ORDEM, DE OFÍCIO. PETIÇÃO INICIAL INDEFERIDA LIMINAR-
MENTE. AGRAVO DESPROVIDO.
1. Não deve ser conhecido o writ que se volta contra sentença condenatória já transitada
em julgado, manejado como substitutivo de revisão criminal, em hipótese na qual não
houve inauguração da competência desta Corte. Nos termos do art. 105, inciso I, alínea e
da Constituição Federal, compete ao Superior Tribunal de Justiça, originariamente, "as
revisões criminais e as ações rescisórias de seus julgados". Precedentes da Quinta e
Sexta Turmas do Superior Tribunal de Justiça.
2. Ademais, não se constata, no caso, flagrante ilegalidade apta a ensejar a concessão de
habeas corpus de ofício, pois a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que, "pelo
principio da convalidação, o recebimento da denúncia por parte de Juízo territorialmente
incompetente tem o condão de interromper o prazo prescricional" (RHC 40.514/MG, Rel.
Ministra LAURITA VAZ, QUINTA TURMA, julgado em 08/05/2014, DJe 16/05/2014.) 3.
Quanto à ilicitude das provas, o julgado impugnado ressaltou a validade de todos os do-
cumentos "obtidos nos Estados Unidos via pedido de cooperação judiciária internacional
com base no Acordo de Assistência Judiciária em Matéria Penal entre o Brasil e os Esta-
dos Unidos" (fl. 4014), obtidas validamente no país de origem. Tal entendimento foi man-
tido no julgamento dos embargos de declaração, de forma exaustiva. Assim, desconstituir

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o entendimento da instância a quo demandaria reexame de fatos e provas incabível na via


eleita.
4. Por fim, a alegada nulidade por inobservância do rito da Lei n. 11.719/2008 não foi
suscitada e tampouco apreciada no julgamento da apelação pelo Tribunal Federal a quo,
o que impede este Superior Tribunal de Justiça de se manifestar originariamente sobre a
questão, sob pena de supressão de instância.
5. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no HC n. 741.037/SP, relatora Ministra Laurita Vaz, Sexta Turma, julgado em
28/6/2022, DJe de 1/7/2022.)

4. Competência Interna

Quanto à competência interna, o Art. 42 aponta que as causas cíveis serão processadas
e decididas pelo juiz nos limites de sua competência, na lógica de limitação, sendo reservado às
partes o direito de instituir juízo arbitral. A competência será determinada no momento do registro
ou da distribuição da petição inicial, “sendo irrelevantes as modificações do estado de fato ou de
direito ocorridas posteriormente, salvo quando suprimirem órgão judiciário ou alterarem a com-
petência absoluta” (Art. 43). As questões relativas ao ponto serão estabelecidas pela Constitui-
ção Federal, além de ser determinada pelas normas processuais vigentes ou pelas legislações
especiais – além das constituições dos Estados (Art. 44).
Tramitando o processo perante outro juízo, nos termos do Art. 45, os autos deverão ser
remetidos ao juízo federal competente quando for o caso de intervenção da União, ou de suas
empresas públicas, entidades autárquicas e fundações, ou conselho de fiscalização de atividade
profissional, na qualidade de parte ou de terceiro interveniente, exceto as ações de recuperação
judicial, falência, insolvência civil e acidente de trabalho; ou aquelas sujeitas à justiça eleitoral e
à justiça do trabalho.
Os autos não serão remetidos se houver pedido cuja apreciação seja de competência
do juízo perante o qual foi proposta a ação, sendo que, na hipótese do § 1º do Art. 45, “o juiz, ao
não admitir a cumulação de pedidos em razão da incompetência para apreciar qualquer deles,
não examinará o mérito daquele em que exista interesse da União, de suas entidades autárqui-
cas ou de suas empresas públicas”. Outrossim, os autos serão restituídos pelo juízo federal ao
juízo estadual, sem suscitar conflito, no caso de o ente federal cuja presença tenha ensejado a
remessa for excluído do processo.
A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta,
via de regra, no foro de domicílio do réu, observando-se os seguintes aspectos processuais vi-
gentes, conforme Art. 46:

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1) Tendo mais de um domicílio, o réu será demandado no foro de qualquer deles.


2) Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde
for encontrado ou no foro de domicílio do autor.
3) Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro
de domicílio do autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer
foro.
4) Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro
de qualquer deles, à escolha do autor.
5) A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou
no do lugar onde for encontrado.
De outro lado, e no caso das ações fundadas em direito real sobre imóveis, a competên-
cia será relativa ao foro de situação da coisa (Art. 47), sendo que o “autor pode optar pelo foro
de domicílio do réu ou pelo foro de eleição se o litígio não recair sobre direito de propriedade,
vizinhança, servidão, divisão e demarcação de terras e de nunciação de obra nova” (Art. 47, §1º).
As ações possessórias imobiliárias serão propostas no foro da situação da coisa, e neste caso a
competência será absoluta.
Quanto ao autor da herança, no Brasil, tem-se que o foro de domicílio é que será com-
petente para o inventário, a partilha, a arrecadação, o cumprimento de disposições de última
vontade, a impugnação ou anulação de partilha extrajudicial e para todas as ações em que o
espólio for réu, ainda que o óbito tenha ocorrido no estrangeiro (Art. 48).
Se o autor da herança não possui domicílio certo, é competente o foro de situação dos
bens imóveis; havendo bens imóveis em foros diferentes, qualquer destes; e não havendo bens
imóveis, o foro do local de qualquer dos bens do espólio. Para o Art. 49 e na hipótese de ausência
do réu, a ação será proposta no foro de seu último domicílio, também competente para a arreca-
dação, o inventário, a partilha e o cumprimento de disposições testamentárias. De outro lado, a
ação em que o réu for incapaz, a ação será proposta no foro de domicílio de seu representante
ou assistente (Art. 51) e, se a União for a demandada, a ação poderá ser proposta no foro de
domicílio do autor, no de ocorrência do ato ou fato que originou a demanda, no de situação da
coisa ou no Distrito Federal.
Além disso, o domicílio do Réu é competente para as causas em que seja autor o Estado
ou o Distrito Federal (Art. 52). Para o parágrafo único do Art. 52, “se Estado ou o Distrito Federal
for o demandado, a ação poderá ser proposta no foro de domicílio do autor, no de ocorrência do

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ato ou fato que originou a demanda, no de situação da coisa ou na capital do respectivo ente
federado”.
De acordo com o Art. 53, é competente o foro:
1) para a ação de divórcio, separação, anulação de casamento e reconhecimento ou
dissolução de união estável:
a) de domicílio do guardião de filho incapaz;
b) do último domicílio do casal, caso não haja filho incapaz;
c) de domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal;
d) de domicílio da vítima de violência doméstica e familiar, nos termos da Lei nº 11.340,
de 7 de agosto de 2006;
2) de domicílio ou residência do alimentando, para a ação em que se pedem alimentos;
3) do lugar:
a) onde está a sede, para a ação em que for ré pessoa jurídica;
b) onde se acha agência ou sucursal, quanto às obrigações que a pessoa jurídica con-
traiu;
c) onde exerce suas atividades, para a ação em que for ré sociedade ou associação sem
personalidade jurídica;
d) onde a obrigação deve ser satisfeita, para a ação em que se lhe exigir o cumprimento;
e) de residência do idoso, para a causa que verse sobre direito previsto no respectivo
estatuto;
f) da sede da serventia notarial ou de registro, para a ação de reparação de dano por
ato praticado em razão do ofício;

4) do lugar do ato ou fato para a ação:


a) de reparação de dano;
b) em que for réu administrador ou gestor de negócios alheios;

5) de domicílio do autor ou do local do fato, para a ação de reparação de dano sofrido


em razão de delito ou acidente de veículos, inclusive aeronaves.
É possível, ainda, a modificação da competência, que acontecerá pela conexão ou con-
tinência (Art. 54): conexa são duas ou mais ações com pedido ou causa de pedir comuns (Art.
55), que serão reunidas para decisão conjunta – salvo se uma delas já houver sido sentenciada.

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O disposto no Código de Processo Civil, quanto à questão, aplica-se à execução de título extra-
judicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo ato jurídico, ou às execuções fundadas no
mesmo título executivo. Além disso, “serão reunidos para julgamento conjunto os processos que
possam gerar risco de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos sepa-
radamente, mesmo sem conexão entre eles” ( §3º, Art. 55).
A continência, por outro lado, se dá quando houver identidade quanto às partes e à causa
de pedir, mas o pedido de uma, se for mais amplo, abrange aos demais (Art. 56). De acordo com
o disposto no Art. 57, “quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta anteri-
ormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem resolução de mérito,
caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas”.
A união de ações propostas separadamente configura o juízo prevento, onde serão de-
cididas no mesmo momento (Art. 58), sendo que o registro ou a distribuição da petição inicial
torna prevento o juízo (Art. 59). No caso de ação envolvendo imóvel, e se este se achar situado
em mais de um Estado comarca, seção ou subseção judiciária, a competência territorial do juízo
prevento estender-se-á sobre a totalidade do imóvel (Art. 60).
A ação acessória será proposta no juízo competente para a ação principal (Art. 61), e a
competência determinada em razão da matéria, da pessoa ou da função é inderrogável por con-
venção das partes (Art. 62). A competência pode ser modificada entre as partes em razão do
valor e do território, sendo elegido como foro o juízo onde será proposta a ação oriunda de direi-
tos e obrigações, levando-se em consideração o seguinte (Art. 63): 1) a eleição de foro só produz
efeito quando constar de instrumento escrito e aludir expressamente a determinado negócio ju-
rídico; 2) o foro contratual obriga os herdeiros e sucessores das partes; 3) antes da citação, a
cláusula de eleição de foro, se abusiva, pode ser reputada ineficaz de ofício pelo juiz, que deter-
minará a remessa dos autos ao juízo do foro de domicílio do réu; 4) citado, incumbe ao réu alegar
a abusividade da cláusula de eleição de foro na contestação, sob pena de preclusão.
A incompetência, que pode ser absoluta ou relativa, será alegada como questão prelimi-
nar de contestação, conforme disposto no Art. 64 e desde que observados os seguintes aspec-
tos:
1) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição
e deve ser declarada de ofício.
2) Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de
incompetência.

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3) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo


competente.
4) Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão pro-
ferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
A competência relativa será prorrogada se o réu não alegar a incompetência em prelimi-
nar de contestação, sendo que a incompetência relativa pode ser alegada pelo Ministério Público
nas causas em que atuar (Art. 65) – como nos casos de falência decretada, por exemplo.
Conforme apontado pelo Art. 66, haverá conflito de competência quando 2 (dois) ou mais
juízes se declaram competentes; 2 (dois) ou mais juízes se consideram incompetentes, atribu-
indo um ao outro a competência; entre 2 (dois) ou mais juízes surge controvérsia acerca da
reunião ou separação de processos. Ademais, o conflito deverá ser suscitado no caso de o juiz
não acolher a competência declinada, salvo se a atribuir a outro juízo competente.
Quanto à cooperação nacional, e nos termos do Art. 67, o dever de recíproca cooperação
incumbe aos órgãos do poder judiciário, estadual ou federal, especializado ou não e em todas
as instâncias e graus de jurisdição – inclusive quanto aos tribunais superiores –, por meio de
seus magistrados ou servidores. Ainda, aos juízes é possibilitada a formulação entre si de pedido
de cooperação para a prática de qualquer ato processual (Art. 68).
Conforme disposto no Art. 69, o pedido de cooperação jurisdicional deve ser prontamente
atendido, prescinde de forma específica e pode ser executado como: 1) auxílio direto; 20 reunião
ou apensamento de processos; 3) prestação de informações; e 4) atos concertados entre os
juízes cooperantes. Além disso, as cartas de ordem, precatória e arbitral seguirão o regime pre-
visto no Código de Processo Civil, conforme será estudado durante o curso desta disciplina,
sendo que os atos concertados entre os juízes cooperantes poderão consistir no estabelecimento
de procedimento para a prática de citação, intimação ou notificação de ato; a obtenção e apre-
sentação de provas e a coleta de depoimentos; a efetivação de tutela provisória; a efetivação de
medidas e providências para recuperação e preservação de empresas; a facilitação de habilita-
ção de créditos na falência e na recuperação judicial; a centralização de processos repetitivos; e
a execução de decisão jurisdicional.
O pedido de cooperação judiciária, por fim, poderá ser realizado entre órgãos jurisdicio-
nais de diferentes ramos do Poder Judiciário. Veja-se o seguinte precedente sobre a questão:

AGRAVO REGIMENTAL NO HABEAS CORPUS. CRIME DE TORTURA (LEI N.


9.455/1997). INCOMPETÊNCIA RELATIVA. REMESSA DO FEITO AO JUÍZO

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COMPETENTE. APROVEITAMENTO DOS ATOS INSTRUTÓRIOS. PRINCÍPIO DA


IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ. NÃO ABSOLUTO. AUSÊNCIA DE ILEGALIDADE.
AGRAVO NÃO PROVIDO.
1. Consoante jurisprudência desta Corte Superior, a superveniente modificação de com-
petência não invalida automaticamente os atos processuais praticados anteriormente por
autoridade judicial, cabendo ao novo juiz a decisão sobre a ratificação ou não.
Precedentes.
2. Na hipótese, após verificação de mutatio libelli, os fatos antes denunciados como crime
maus tratos foram enquadrados no delito de tortura, motivo pelo qual o magistrado deter-
minou a remessa do feito a uma das varas da capital, com competência para apuração de
infrações mais graves e punidas com pena de reclusão. Não há se falar, assim, em viola-
ção do princípio da identidade física do juiz que presidiu a instrução, pois o referido pos-
tulado não pode ser interpretado de maneira absoluta.
3. Agravo regimental desprovido.
(AgRg no HC n. 755.441/SP, relator Ministro Ribeiro Dantas, Quinta Turma, julgado em
28/11/2022, DJe de 7/12/2022.)

Além disso, vejam-se as Súmulas do Superior Tribunal de Justiça aplicáveis ao


assunto:

Súmula 1 - O foro do domicílio ou da residência do alimentando é o competente para a


ação de investigação de paternidade, quando cumulada com a de alimentos. (Súmula 1,
SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/04/1990, DJ 02/05/1990)

Súmula 3 - Compete ao Tribunal Regional Federal dirimir conflito de competência verifi-


cado, na respectiva região, entre juiz federal e juiz estadual investido de Jurisdição Fede-
ral. (Súmula 3, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/05/1990, DJ 18/05/1990)

Súmula 4 - Compete a Justiça Estadual julgar causa decorrente do processo eleitoral sin-
dical. (Súmula 4, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 08/05/1990, DJ 18/05/1990)

Súmula 10 - Instalada a Junta de Conciliação e Julgamento, cessa a competência do juiz


de direito em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferi-
das. (Súmula 10, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 26/09/1990, DJ 01/10/1990)

Súmula 11 - A presença da União ou de qualquer de seus entes, na ação de usucapião


especial, não afasta a competência do foro da situação do imóvel. (Súmula 11, SEGUNDA
SEÇÃO, julgado em 26/09/1990, DJ 01/10/1990)

Súmula 15 - Compete a Justiça Estadual processar e julgar os litígios decorrentes de


acidente do trabalho. (Súmula 15, CORTE ESPECIAL, julgado em 08/11/1990, DJ
14/11/1990)

Súmula 22 - Não há conflito de competência entre o Tribunal de Justiça e Tribunal de


Alçada do mesmo Estado-membro. (Súmula 22, CORTE ESPECIAL, julgado em
13/12/1990, DJ 04/01/1991)

Súmula 32 - Compete a Justiça Federal processar justificações judiciais destinadas a ins-


truir pedidos perante entidades que nela tem exclusividade de foro, ressalvada a aplicação
do art. 15, II da Lei 5010/66. (Súmula 32, CORTE ESPECIAL, julgado em 24/10/1991, DJ
29/10/1991)

Súmula 33 - A incompetência relativa não pode ser declarada de ofício. (Súmula 33, SE-
GUNDA SEÇÃO, julgado em 24/10/1991, DJ 29/10/1991)

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Súmula 34 - Compete a Justiça Estadual processar e julgar causa relativa a mensalidade


escolar, cobrada por estabelecimento particular de ensino. (Súmula 34, SEGUNDA SE-
ÇÃO, julgado em 13/11/1991, DJ 21/11/1991)

Súmula 38 - Compete a Justiça Estadual Comum, na vigência da Constituição de 1988, o


processo por contravenção penal, ainda que praticada em detrimento de bens, serviços
ou interesse da União ou de suas entidades. (Súmula 38, CORTE ESPECIAL, julgado em
19/03/1992, DJ 27/03/1992)

Súmula 41 - O Superior Tribunal de Justiça não tem competência para processar e julgar,
originariamente, mandado de segurança contra ato de outros Tribunais ou dos respectivos
órgãos. (Súmula 41, CORTE ESPECIAL, julgado em 14/05/1992, DJ 20/05/1992)

Súmula 42 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar as causas cíveis em


que é parte sociedade de economia mista e os crimes praticados em seu detrimento. (Sú-
mula 42, CORTE ESPECIAL, julgado em 14/05/1992, DJ 20/05/1992)

Súmula 55 - Tribunal Regional Federal não é competente para julgar recurso de decisão
proferida por juiz estadual não investido de Jurisdição Federal. (Súmula 55, CORTE ES-
PECIAL, julgado em 24/09/1992, DJ 01/10/1992)

Súmula 57 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de cumprimento


fundada em acordo ou convenção coletiva não homologados pela Justiça do Trabalho.
(Súmula 57, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 29/09/1992, DJ 06/10/1992)

Súmula 58 - Proposta a execução fiscal, a posterior mudança de domicílio do executado


não desloca a competência já fixada. (Súmula 58, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
29/09/1992, DJ 06/10/1992)

Súmula 66 - Compete a Justiça Federal processar e julgar execução fiscal promovida por
conselho de fiscalização profissional. (Súmula 66, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
15/12/1992, DJ 04/02/1993 p. 774)

Súmula 82 - Compete a Justiça Federal, excluídas as reclamações trabalhistas, processar


e julgar os feitos relativos à movimentação do FGTS. (Súmula 82, CORTE ESPECIAL,
julgado em 18/06/1993, DJ 02/07/1993)

Súmula 97 - Compete a Justiça do Trabalho processar e julgar reclamação de servidor


público relativamente a vantagens trabalhistas anteriores a instituição do Regime Jurídico
Único. (Súmula 97, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 03/03/1994, DJ 10/03/1994)

Súmula 137 - Compete a Justiça Comum Estadual processar e julgar ação de servidor
público municipal, pleiteando direitos relativos ao vinculo estatutário. (Súmula 137, CORTE
ESPECIAL, julgado em 11/05/1995, DJ 22/05/1995 p.14446)

Súmula 150 - Compete a Justiça Federal decidir sobre a existência de interesse jurídico
que justifique a presença, no processo, da União, suas Autarquias ou Empresas publicas.
(Súmula 150, CORTE ESPECIAL, julgado em 07/02/1996, DJ 13/02/1996 p. 2608)

Súmula 161 - É da competência da Justiça Estadual autorizar o levantamento dos valores


relativos ao PIS / PASEP e FGTS, em decorrência do falecimento do titular da conta. (Sú-
mula 161, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 12/06/1996, DJ 19/06/1996 p. 21940)

Súmula 170 - Compete ao juízo onde primeiro for intentada a ação envolvendo acumula-
ção de pedidos, trabalhista e estatutário, decidi-la nos limites da sua jurisdição, sem pre-
juízo do ajuizamento de nova causa, com o pedido remanescente, no juízo próprio. (Sú-
mula 170, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/10/1996, DJ 31/10/1996)

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Súmula 173 - Compete a Justiça Federal processar e julgar o pedido de reintegração em


cargo público federal, ainda que o servidor tenha sido dispensado antes da instituição do
Regime Jurídico Único. (Súmula 173, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 23/10/1996, DJ
31/10/1996)

Súmula 177 - O Superior Tribunal de Justiça é incompetente para processar e julgar, ori-
ginariamente, mandado de segurança contra ato de órgão colegiado presidido por Ministro
de Estado. (Súmula 177, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 27/11/1996, DJ 11/12/1996)

Súmula 180 - Na lide trabalhista, compete ao Tribunal Regional do Trabalho dirimir conflito
de competência verificado, na respectiva região, entre juiz estadual e junta de conciliação
e julgamento. (Súmula 180, CORTE ESPECIAL, julgado em 05/02/1997, DJ 17/02/1997)

Súmula 206 - A existência de vara privativa, instituída por lei estadual, não altera a com-
petência territorial resultante das leis de processo. (Súmula 206, CORTE ESPECIAL, jul-
gado em 01/04/1998, DJ 16/04/1998)

Súmula 218 - Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação de servidor estadual
decorrente de direitos e vantagens estatutárias no exercício de cargo em comissão. (Sú-
mula 218, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 10/02/1999, DJ 24/02/1999)

Súmula 222 - Compete à Justiça Comum processar e julgar as ações relativas à contri-
buição sindical prevista no art. 578 da CLT. (Súmula 222, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em
23/06/1999, DJ 02/08/1999)

Súmula 224 - Excluído do feito o ente federal, cuja presença levara o Juiz Estadual a
declinar da competência, deve o Juiz Federal restituir os autos e não suscitar conflito.
(Súmula 224, CORTE ESPECIAL, julgado em 02/08/1999, DJ 25/08/1999)

Súmula 225 - Compete ao Tribunal Regional do Trabalho apreciar recurso contra sen-
tença proferida por órgão de primeiro grau da Justiça Trabalhista, ainda que para declarar-
lhe a nulidade em virtude de incompetência. (Súmula 225, CORTE ESPECIAL, julgado em
02/08/1999, DJ 25/08/1999)

Súmula 235 - A conexão não determina a reunião dos processos, se um deles já foi jul-
gado. (Súmula 235, CORTE ESPECIAL, julgado em 01/02/2000, DJ 10/02/2000)

Súmula 236 - Não compete ao Superior Tribunal de Justiça dirimir conflitos de competên-
cia entre juízes trabalhistas vinculados a Tribunais Regionais do Trabalho diversos. (Sú-
mula 236, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 22/03/2000, DJ 14/04/2000)

Súmula 238 - A avaliação da indenização devida ao proprietário do solo, em razão de


alvará de pesquisa mineral, é processada no Juízo Estadual da situação do imóvel. (Sú-
mula 238, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 10/04/2000, DJe 25/04/2000)

Súmula 254 - A decisão do Juízo Federal que exclui da relação processual ente federal
não pode ser reexaminada no Juízo Estadual. (Súmula 254, CORTE ESPECIAL, julgado
em 01/08/2001, DJ 22/08/2001)

Súmula 270 - O protesto pela preferência de crédito, apresentado por ente federal em
execução que tramita na Justiça Estadual, não desloca a competência para a Justiça Fe-
deral. (Súmula 270, CORTE ESPECIAL, julgado em 01/08/2002, DJ 21/08/2002 p. 136)

Súmula 324 - Compete à Justiça Federal processar e julgar ações de que participa a
Fundação Habitacional do Exército, equiparada à entidade autárquica federal, supervisio-
nada pelo Ministério do Exército. (Súmula 324, CORTE ESPECIAL, julgado em
03/05/2006, DJ 16/05/2006 p. 214)

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Súmula 349 - Compete à Justiça Federal ou aos juízes com competência delegada o jul-
gamento das execuções fiscais de contribuições devidas pelo empregador ao FGTS. (Sú-
mula 349, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/06/2008, DJe 19/06/2008)

Súmula 363 - Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada
por profissional liberal contra cliente. (Súmula 363, CORTE ESPECIAL, julgado em
15/10/2008, DJe 03/11/2008)

Súmula 365 - A intervenção da União como sucessora da Rede Ferroviária Federal S/A
(RFFSA) desloca a competência para a Justiça Federal ainda que a sentença tenha sido
proferida por Juízo estadual. (Súmula 365, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/11/2008,
DJe 26/11/2008)

Súmula 367 - A competência estabelecida pela EC n. 45/2004 não alcança os processos


já sentenciados. (Súmula 367, CORTE ESPECIAL, julgado em 19/11/2008, DJe
26/11/2008)

Súmula 368 - Compete à Justiça comum estadual processar e julgar os pedidos de retifi-
cação de dados cadastrais da Justiça Eleitoral. (Súmula 368, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado
em 26/11/2008, DJe 03/12/2008)

Súmula 374 - Compete à Justiça Eleitoral processar e julgar a ação para anular débito
decorrente de multa eleitoral. (Súmula 374, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 11/03/2009,
DJe 30/03/2009)

Súmula 383 - A competência para processar e julgar as ações conexas de interesse de


menor é, em princípio, do foro do domicílio do detentor de sua guarda. (Súmula 383, SE-
GUNDA SEÇÃO, julgado em 27/05/2009, DJe 08/06/2009)

Súmula 428 - Compete ao Tribunal Regional Federal decidir os conflitos de competência


entre juizado especial federal e juízo federal da mesma seção judiciária. (Súmula 428,
CORTE ESPECIAL, julgado em 17/03/2010, DJe 13/05/2010)

Súmula 480 - O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a cons-
trição de bens não abrangidos pelo plano de recuperação da empresa. (Súmula 480, SE-
GUNDA SEÇÃO, julgado em 27/06/2012, DJe 01/08/2012)

Súmula 489 - Reconhecida a continência, devem ser reunidas na Justiça Federal as ações
civis públicas propostas nesta e na Justiça estadual. (Súmula 489, CORTE ESPECIAL,
julgado em 28/06/2012, DJe 01/08/2012)

Súmula 505 - A competência para processar e julgar as demandas que têm por objeto
obrigações decorrentes dos contratos de planos de previdência privada firmados com a
Fundação Rede Ferroviária de Seguridade Social - REFER é da Justiça estadual. (Súmula
505, SEGUNDA SEÇÃO, Julgada em 11/12/2013, DJe 10/02/2014)

Súmula 553 - Nos casos de empréstimo compulsório sobre o consumo de energia elétrica,
é competente a Justiça estadual para o julgamento de demanda proposta exclusivamente
contra a Eletrobrás. Requerida a intervenção da União no feito após a prolação de sen-
tença pelo juízo estadual, os autos devem ser remetidos ao Tribunal Regional Federal
competente para o julgamento da apelação se deferida a intervenção. " (Súmula 553,
CORTE ESPECIAL, julgado em 09/12/2015, DJe 15/12/2015)

Súmula 561 - Os Conselhos Regionais de Farmácia possuem atribuição para fiscalizar e


autuar as farmácias e drogarias quanto ao cumprimento da exigência de manter profissio-
nal legalmente habilitado (farmacêutico) durante todo o período de funcionamento dos res-
pectivos estabelecimentos. (Súmula 561, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 09/12/2015, DJe
15/12/2015)

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Súmula 570 - Compete à Justiça Federal o processo e julgamento de demanda em que


se discute a ausência de ou o obstáculo ao credenciamento de instituição particular de
ensino superior no Ministério da Educação como condição de expedição de diploma de
ensino a distância aos estudantes. (Súmula 570, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em
27/04/2016, DJe 02/05/2016)

Resolução de questão:

4) IESES – 2022
A incompetência, absoluta ou relativa, será alegada como questão preliminar de contestação. A respeito da matéria,
é correto afirmar, EXCETO:
A) Caso a alegação de incompetência seja acolhida, os autos serão remetidos ao juízo competente.
B) Após manifestação da parte contrária, o juiz decidirá imediatamente a alegação de incompetência.
C) Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de decisão proferida pelo juízo incompe-
tente até que outra seja proferida, se for o caso, pelo juízo competente.
D) A incompetência absoluta pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição, porém, não pode ser de-
clarada de ofício.

5) FCC – 2022
Carlos e Joana são casados há 10 anos e não tiveram filhos. Em razão de desentendimentos entre o casal, em
2021, este ingressou com o divórcio judicial em face daquela. Sobre a competência para a referida ação,
A) é competente o foro do domicílio de Joana, se Carlos ainda residir no antigo domicílio do casal.
B) a competência deve ser aferida de acordo com o local em que foi celebrado o casamento.
C) é competente o foro do último domicílio do casal, se uma das partes ainda residir no local.
D) a competência deve ser aferida de acordo com o foro de situação dos bens imóveis.
E) é competente o foro do domicílio de Carlos, se Joana ainda residir no antigo domicílio do casal.

Gabarito
1. C 2. A 3. C 4. D 5. C

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