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INTRODUÇÃO.................................................................................................................2
1- ACESSO A JUSTIÇA COMO DIREITO FUNDAMENTAL.......................................3
2- O ACESSO AOS TRIBUNAIS....................................................................................3
3- O PRINCÍPIO DA TUTELA JURISDICIONAL EFECTIVA.....................................4
3.1- Análise do Artigo 29º da Constituição...................................................................5
4- A DEMORA NA TOMADA DAS DECISÕES EFECTIVA.........................................7
5- DEFESA PÚBLICA....................................................................................................9
5.1 - Requisitos gerais de aplicação da prisão preventiva em instrução preparatória....9
5.2 - Os Pressupostos de Aplicação da Prisão Preventiva na Lei de Medida Cautelar
em Processo Penal (LMCPP)
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CONCLUSÃO.................................................................................................................11
BIBLIOGRAFIA.............................................................................................................12
INTRODUÇÃO
``Ubi homo, Ibi societas, societas Ibi Ius ´´onde existe homem há sociedade, onde existe
à sociedade existe o Direito.
Aristóteles dedicou parte de seus estudos ao tema da justiça e ao papel dos tribunais na
sociedade. Em sua obra "Política", ele defende a ideia de que a justiça é um elemento
central para a harmonia social e o bem-estar coletivo. Segundo o filósofo, a existência
de tribunais e de um sistema judicial eficiente é essencial para garantir que todos os
cidadãos possam ter seus direitos protegidos e assegurados. Nesse sentido, a análise da
obra de Aristóteles traz contribuições valiosas para compreender a importância do
acesso aos tribunais em Angola. Através de seus escritos, podemos refletir sobre a
necessidade de um sistema jurídico justo e acessível, que permita a todos os cidadãos
angolanos o pleno exercício de seus direitos e a resolução de conflitos de maneira
imparcial.
O presente trabalho tem como objetivo abordar sobre: ``o acesso aos tribunais e a tutela
jurisdicional efectiva´´ , e nele aprofundaremos os seguintes tópicos:
No artigo 29º da CRA estipula”acesso ao direito e aos tribunais para defesa dos
seus direitos e interesses legalmente protegidos,não podendo a justiça ser denegado
por insuficiência dos meios econômicos “O mesmo artigo no seu número 2 afirma
que “todos têm direito nos termos da lei,à informação e consultas jurídicas ao
patrocínio judiciário e fazer-se acompanhar por advogado perante a qualquer
autoridade “
A constituição consagra,assim numa acepção mais ampla,que o acesso ao direito e
à justiça engloba:
Acesso aos tribunais ;
Á informação jurídica e a consulta jurídica.
2- SISTEMA JUDICIAL EM ANGOLA
O sistema judicial em Angola é baseado no sistema de direito civil, influenciado pela tradição jurídica
portuguesa. A Constituição de Angola é a lei fundamental que estabelece a estrutura e os princípios
gerais do nosso sistema judicial. Além disso, várias leis e decretos regulamentam o funcionamento
dos tribunais e asseguram a proteção dos direitos fundamentais dos cidadãos.
A luz do art 180º da CRA e outras leis, o Tribunal Supremo é o mais alto tribunal de Angola e é
responsável por garantir a aplicação correta e uniforme das leis em todo o país. É composto por
várias secções especializadas, como a Secção do Contencioso Administrativo, a Secção do
Contencioso Constitucional, a Secção do Contencioso Eleitoral e a Secção Criminal.
Os Tribunais de Comarca são responsáveis por julgar casos de natureza civil, penal e
administrativa em uma determinada área geográfica. Eles têm jurisdição sobre questões de
menor complexidade e importância(lei nº29/22 29 de Agosto)
O Tribunal de Contas é responsável pela fiscalização das finanças públicas e pela auditoria
das contas do Estado. Sua principal função é garantir a transparência e a legalidade na gestão
dos recursos públicos.(lei orgânica e do processo do tribunal de contas)
-Tribunal Supremo;
-Tribunal da Relação;
- Tribunal de Comarca;
Vale ressaltar que a estrutura e os nomes dos tribunais podem variar de acordo com o país e o
sistema jurídico adotado.
Em análise ao artigo 29º da Constituição da República de Angola, que nos remete ao título
de “Acesso ao direito à tutela jurisdicional efetiva”.
No artigo 29º, encontramos plasmados vários direitos interligados entre si, embora
distintos, que são:
A natureza da vida em sociedade nos dias de hoje impele os cidadãos para uma
competição sem par, que, por sua vez, desencadeia situações conflituosas que
demandam a intervenção do Estado nas suas vestes de poder judiciário para compor os
litígios para os quais os particulares não logram soluções conciliáveis. No recurso aos
órgãos de justiça do Estado os cidadãos sujeitam-se a regras e a prazos que escapam ao
seu controlo, bem como a taxas que em última instância podem servir para limitar o uso
abusivo do mecanismo judicial para questões de menor importância ou que podem ser
tratadas fora do foro.
Os Estados, no caso concreto o Estado Angolano, debate-se com problemas que vão
desde a falta de pessoal suficiente para, no poder judicial, lidar com a quantidade de
processos que diariamente são apresentados aos seus tribunais, à falta de instalações
com as condições de trabalho ideais para que o poder judiciário a que o povo acorre
directamente funcione em pleno. Associam-se a estes dois problemas o crescente
volume de litigância por conta de uma cultura deficiente de diálogo que inviabiliza cada
vez mais as soluções consensuais, retirando até mesmo a importância a vários
mecanismos de conciliação, mediação e de arbitragem que, em condições normais,
deveriam ter um papel de maior protagonismo, principalmente nos casos de jurisdição
voluntária e nos casos de conflitos laborais, bem como o conhecimento popular da
morosidade processual.
O conhecimento popular da morosidade processual, mais do que um constrangimento
alheio às partes, tem sido utilizado como verdadeira arma para pessoas de má fé, que,
mesmo sabendo da impossibilidade material ou objectiva de obtenção de um veredicto
favorável, usam do processo judicial para castigar a outra parte somente pela demora
que, de regra, torna inútil a decisão judicial quando esta é proferida no final de um
processo que leve muito mais tempo do que o normal.
Uma outra situação em que a morosidade processual é usada como arma é a que ocorre
na jurisdição voluntária onde as pessoas, sabendo que os Tribunais demoram em média
2 anos para decidirem sobre o reconhecimento de uma união de facto, sobre um
divórcio ou sobre a regulação do poder paternal sobre menores, considerando a carga
emocional que normalmente uma separação ocasiona nas pessoas, não raras vezes uma
das partes, despeitada, nos casos de separação, por exemplo, quer inviabilizar até onde
puder a celebração de um novo casamento pelo cônjuge.
DEFENSORIA PÚBLICA
ADVOCACIA VOLUNTÁRIA
Depois de melhor abordar sobre os modelos de acesso a justiça por via de defesa
pública fica claro para nós que a defesa pública, não está só a cargo do Estado como
também dos advogados que enquanto instituição essencial à Administração da Justiça,
a luz do art.195º da CRA compete a eles a assitencia juridica , o acesso ao direito e o
patrocinio forense em todos os graus de jurisdição.
Segundo a lei nº 8/17 de 13 de Março, concretamente no art19º que tem como epigrafe “
Assistência judiciaria’’
Só podem prestar serviços de assistência judiciária, os Advogados inscritos na Ordem
dos Advogados de Angola, cuja remuneração é regulamentada em diploma próprio.
CONCLUSÃO