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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1027071-77.2020.8.26.0577 e código 9D0FFA1.
MM. JUIZO DO JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE SÃO JOSÉ

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HEBERT RESENDE BIAS, protocolado em 12/11/2020 às 03:08 , sob o número 10270717720208260577.
DOS CAMPOS-SP

ANDERSON DE ARAÚJO GONÇALVES DA


COSTA, Brasileiro, casado, vigilante, C.P.F. nº 214.098.068-98 e RG n.º
32358820, residente e domiciliado na Rua Sebastião Alves de Almeida, nº 25,
bairro Jardim Boa Vista, Cep 12.213-680, São José dos Campos, no Estado de
São Paulo, e-mail: ticaexe@gmail.com, por seus advogados, que está subscreve
vêm respeitosamente à presença de V. Exa.,com amparo nos arts. 186 e 927 do
Código Civil, propor AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER c.c INDENIZAÇÃO
POR DANO MORAL com PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA contra o
BANCO BRADESCO S.A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ:
60.746.948/0001-12, localizada na Cidade de Deus, Vila Yara, Osasco/SP, CEP:
06029-900, endereço eletrônico: diretoria_ri@bradesco.com.br, em vista das
seguintes razões de fato e de direito:

1. O suplicante fora surpreendido ao constatar


que seu nome se encontra negativado junto ao SERASA, desde a data de
22.10.2016, cuja inscrição fora solicitada pelo banco suplicado, face à existência
de um débito da ordem de R$ 2.043,83 (dois mil e quarenta e três reais e oitenta
e três centavos), contrato n.º 214098068000098CT. (Doc. 1)
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2. Tal surpresa ocorre porque o suplicante

Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por HEBERT RESENDE BIAS, protocolado em 12/11/2020 às 03:08 , sob o número 10270717720208260577.
requereu acordo com a suplicada da dívida existente, pagando o acordo junto a
suplicada no valor de R$ 1.028,76 (mil vinte oito reais e setenta e seis centavos),
motivo pelo qual seu nome se encontra injustamente negativado junto ao órgão
de proteção ao crédito, desde o pagamento que foi efetuado em 16.10.2020,
tendo portando ultrapassado o prazo de 05 dias úteis para que a suplicada
retirasse o nome do suplicante do SERASA. (Doc. 2)

3. No dia 28.10.20 o suplicante abriu uma


reclamação junto ao PROCON, mas que não obteve êxito de resposta. (Doc. 3)

4. A atitude irresponsável do banco suplicado


causou danos à pessoa do suplicante, pois esse está impedido de fazer compras
no comércio local, tendo seu crédito recusado em lojas, justamente pela
existência de uma dívida já quitada por acordo.

5. Pacífica a jurisprudência, acerca da


responsabilidade do banco em casos dessa natureza: “DANO MORAL. Cadastro
de inadimplentes. Inscrição indevida após paga a dívida. Indenização.
Fixação feita com moderação, segundo critérios de razoabilidade e
proporcionalidade. Recurso não provido. A indevida inscrição do nome no
cadastro de inadimplentes gera direito à indenização por dano moral, que deve
ser fixada em quantia razoável, nem tão grande que se converta em fonte de
enriquecimento, nem tão pequena que se torne inexpressiva”. (TJ-SP - APL:
138254320088260127 SP 0013825-43.2008.8.26.0127, Relator: Gilberto dos
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Santos, Data de Julgamento: 17/03/2011, 11ª Câmara de Direito Privado, Data

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de Publicação: 18/03/2011)

6. Ex positis, demonstrada a situação em


apreço, que reclama uma providência jurisdicional, de modo a se tutelar o direito
violado do suplicante, requer o suplicante à citação do suplicado, para contestar,
querendo os termos da presente ação, acompanhando-a até final decisão,
quando a presente haverá de ser julgada como procedente, de modo a se
condenar o suplicado na quantia correspondente a R$ 10.000,00, ou em valor a
ser fixado por arbitramento.

7. Na oportunidade, requer em sede de tutela


antecipada (CPC, art. 300), presentes os requisitos para tanto, que seja
determinado ao SERASA, a imediata exclusão do nome do suplicante em seus
registros, face ao débito mencionado junto ao banco suplicado, evitando-se
assim que o mesmo venha ser mais prejudicado do que já fora.

8. Ademais, inexiste perigo de irreversibilidade


do provimento, vez que, a qualquer momento, poderá ser revogado e a
inclusão refeita. Neste sentido: “já a possibilidade de inscrição do nome do
autor nos órgãos de proteção ao crédito, por si só, configura o periculum in mora,
face à restrição que a parte sofrerá na sua vida financeira, além do dano de
natureza moral. Ressalta-se, por fim, que os réus em nada serão
prejudicados com o deferimento da liminar, face à reversibilidade das
medidas.” (TJDF – Processo 2004.03.1.008862-7 – Rel. Juíza DELMA SANTOS
RIBEIRO) (negritamos).
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9. Considerando a relevância dos fundamentos

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e o receio de ineficácia do provimento final, seja liminarmente concedida a
TUTELA DE URGÊNCIA, visando assegurar a viabilidade da realização do
direito, determinando à suplicada que efetue imediatamente a exclusão do nome
do suplicante do SERASA. Faz-se necessário o arbitramento de multa diária de
R$ 200,00 (duzentos reais), para o caso de descumprimento da ordem judicial;

10. Protesta-se por provar o alegado por todos


os meios de provas admitidos em direito e seja aplicado o Código de Defesa do
Consumidor e, assim, invertido o ônus da prova, como preceitua determinado
diploma legal.

Dá-se a causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil


reais).

Nesses termos, pede e espera deferimento.

Caçapava-SP, 12 de novembro e 2020.

Simei Coelho Hebert Resende Bias


OAB/SP 282.251 OAB/SP 409.794

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