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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL
BAURU DA COMARCA DE BAURU - SP

GABRIEL FERNANDO SOARES, brasileiro(a), UNIAO ESTÁVEL, Empresário,


portador da cédula de identidade 48355819 - SSP/SP do CPF/MF nº 402.265.688-30, residente e domiciliado(a) na
Rua Antônio Garbe de Mattos, 507 – Parque Viaduto - Bauru - SP – CEP:17055-185 – E-mail:
gabriel_soares_166@msn.com - telefone: 14996687510, por seu advogado que a esta subscreve, vem respeitosamente
à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 30 do Código de Defesa do Consumidor e artigos 591 e
406 do Código Civil, propor a presente

AÇÃO DECLARATÓRIA DE REVISÃO DE CLÁUSULA CONTRATUAL C.C. RESTITUIÇÃO DO VALOR


PAGO INDEVIDAMENTE

Face a AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S.A, pessoa


jurídica de direito privado, inscrito no CNPJ/MF nº 07.707.650/0001-10, com sede na Rua Amador Bueno, 474 – BL
C - 1º Andar - Santo Amaro - São Paulo – SP - CEP 04752-005 – email: canalaberto@santander.com.br pelas razões
de fato e de Direito abaixo aduzidas.

DO JUIZO 100% DIGITAL – RESOLUÇÃO 345 DO CNJ"

Em cumprimento a determinação da Resolução nº 345 do Conselho Nacional de Justiça,


em especial o seu artigo 3º a parte AUTORA opta por ter o seu processo tramitando de forma 100% digital, visando a
resolução do seu caso de forma mais célere e com o menor custo as partes e ao Judiciário.

DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO OU DE MEDIAÇÃO

Avenida Conselheiro Carrão, 1.077 – 8º Andar – Conjunto 803 – Vila Carrão – São Paulo - SP
WhatsApp’s: 98272-3284 – Tel: (11) 96860-1514 email: refioravante@hotmail.com
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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
Diante da manifesta resistência das instituições financeiras na composição consensual em
processos sobre o tema, a parte AUTORA informa que NÃO POSSUI INTERESSE NA REALIZAÇÃO DA
AUDIÊNCIA PRELIMINAR, nos termos do §5º do art. 334, Código de Processo Civil.

O desinteresse na audiência de conciliação se justifica em razão do princípio da celeridade


e economia processual, tendo em vista que atende às garantias constitucionais de razoável duração do processo e
efetividade, previstas no art. 5º, inciso LXXVIII, da Constituição Federal, e artigo 4º do CPC/2015.

A designação de audiências de conciliação sem qualquer perspectiva de resolução somente


traz desgastes e despesas às partes e ao judiciário, principalmente.

Forte nos incisos V e VI do art. 139 do CPC, o juízo, na condução do processo possui
autonomia para, a qualquer momento, promover a autocomposição, podendo decidir a forma mais célere e eficaz para
a resolução da lide.

Portanto, requer, por ora, seja dispensada a realização da audiência prevista no art. 334 do
CPC.

DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR -


COMPETÊNCIA E INVERSÃO DE ÔNUS DA PROVA

Pacificado o entendimento quanto a aplicação do Código de Defesa do Consumidor (Lei


n.º 8.078/1990) nas relações bancárias através da Súmula n.º 297 do C. STJ. Neste aspecto é competente o foro do
domicílio do consumidor nas ações que versarem sobre seus direitos (art. 101, I, CDC).

É também direito básico do consumidor a sua proteção pelo Estado das práticas abusivas e
coercitivas utilizadas pelas grandes corporações, além da sua proteção para que empresas como a ré não prejudiquem
seus clientes, inclusive com a obrigação de caso necessário, indenizem os consumidores sobre os seus erros cometidos
e práticas abusivas realizadas no mercado.

Diante das peculiaridades do caso vertente, a parte Autora traz ao processo todas as provas
que possui na tentativa de comprovar as alegações trazidas a demanda, tais como contrato de adesão, parcelas pagas,
bem como laudo auxiliar capaz de demonstrar quanto ao fato constitutivo de seu direito.

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Entretanto o réu é o detentor dos documentos e planilhas que comprovam os métodos de
cálculos utilizados, não sendo possível a parte autora o acesso ao seu conteúdo, bem como sendo dever do banco
apresentar o demonstrativo de cálculos das prestações pagas e a vencer bem como contrato original de financiamento.

Deste modo requer, desde já, seja, ao caso em tela, aplicado os termos do Código de
Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078/1990) na sua integralidade (súmula 297, C. STJ), em especial ao que se refere a
competência (art. 101, inciso I) e facilitação de sua defesa com a inversão do ônus da prova (art. 6º, inciso VIII).

DA AFRONTA AS RECURSOS REPETITIVOS E DA POSSIBILIDADE DE


REVISÃO DE SUMULAS E JURISPRUDENCIAS

Largamente sabido que o assunto em testilha já passou por diversas orientações


jurisprudenciais, bem como estabelecidos alguns entendimentos por meio de Recursos Repetitivos e até Súmulas.

Todavia, a essência do direito é a possibilidade e necessidade de rediscussão de assuntos


que, embora possuam vasto acervo jurisprudencial, não se adequam a realidade cotidiana em vista da permanente e
dinâmica evolução das relações sociais. A revisão de leis retrogradas permite a busca pela evolução judicial, para
entregar à sociedade não somente a igualdade, mas sim a JUSTIÇA (art. 8º, CPC).

É neste panorama que se busca o equilíbrio entre as partes, com a reforma de alguns
dogmas e paradigmas já decididos pelas Cortes Superiores que, data vênia, não mais se encaixam ou se aplicam à
realidade atual, cabendo a este humilde patrono, com a anuência e coragem deste douto juízo, enfrentar essas decisões,
na busca da equalização das normas e do contrato objeto deste processo e, principalmente, da harmonia das partes e do
capital.

Inclusive, esse é o entendimento do brilhante e corajoso Tribunal de Justiça do Estado de


São Paulo que através de seus ilustres e destemidos Desembargadores, na voz do Excelentíssimo Relator
Desembargador Castro Figliolia, em decisão proferida nos autos do processo nº 1001933-57.2020.8.26.0400, que
tramitou junto a 12º Câmara de Direito Privado, assim se posicionou:

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“No mais, a hipótese dos autos é de ação revisional de financiamento de veículo,
na qual não há negação emulativa a respeito da existência de dívida. Conquanto
ações dessa natureza envolvam a discussão de teses jurídicas muitas vezes
pacificadas por decisões vinculantes de tribunais superiores, EM PRINCÍPIO,
NÃO É POSSÍVEL SE IMPEDIR A TENTATIVA DE REDISCUSSÃO. SE ASSIM
NÃO FOSSE, A JURISPRUDÊNCIA PERMANECERIA ENGESSADA ATÉ AO
PONTO DE SE TORNAR LEI.”

O ordenamento jurídico pátrio foi concebido através da determinação prévia de lei em sua
forma rígida e escrita, ou seja, diferentemente de legislações de outros países, para qualquer mudança legal é
necessário primeiro uma mudança de lei e somente após a realização dessa mudança da lei pelo Poder Executivo é que
o Poder Judiciário pode acatar tal legislação nova.

Porém, em decorrência da burocracia e lerdeza das Casas do Povo (Legislativo e


Executivo), permitiu-se ao Poder Judiciário ocupar um papel de destaque em “atualizar” a legislação, sobrepondo-se a
atuação do Poder Legislativo, como podemos verificar em recentes decisões como tema a respeito da prisão após
decisão de 2º Instancia(https://www.migalhas.com.br/quentes/314723/stf-volta-a-proibir-prisao-em-2--instancia--
placar-foi-6-a-5), o uso de células-tronco, o avanço da união homoafetiva, entre outras ainda piores, que evidenciam o
abuso das autoridades a exemplo do caso em que se permitiu que um Ministro atuasse como inquiridor em um
processo em que o próprio é vítima(https://www.bbc.com/portuguese/brasil-52824346).

Por outra via, infelizmente, temos presenciado o esmagamento da Justiça e o


enfraquecimento dos direitos dos consumidores, constrangido pela força do capital financeiro das grandes corporações
que, através de “lobby”, se beneficiam da legislação e se isentam de cumprir os termos da legislação consumerista e do
direito difuso, como é o caso em tela.

Esse regramento jurídico (Código de Defesa do Consumidor) é tão forte em nossa


legislação que, inclusive, é utilizado como acessório a legislação trabalhista em casos de desconsideração da
personalidade jurídica, através da chamada Teoria Menor, colocando o direito do Consumidor e o Ambiental entre as
principais legislações a serem defendidas, isso decorre da necessidade de uma PROTEÇÃO MAIOR AO DIREITO
DIFUSO, COLETIVO.

É justamente o que se discute, pois, as grandes corporações bancárias, detentoras do


capital, apresentam propagandas e oferta de produtos e serviços em desacordo com o Código de Defesa do
Consumidor, principalmente no que se refere ao seu artigo 30, destacando-se:

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“Art. 30 do CDC – A oferta e apresentação de produtos ou serviços devem
assegurar informação CORRETAS, CLARAS, PRECISAS , ostensivas e em
língua portuguesa, sobre suas características, qualidade, quantidade,
COMPOSIÇÃO, PREÇO , garantia, prazo de validade e origem, entre outros
dados, bem como sobre os riscos que apresentam à saúde e segurança dos
consumidores”. (grifei)

Neste sentido, sobre o tema “REVISIONAL DE CONTRATO”, interessante destacar os


julgados:

REVISIONAL DE CONTRATO. Improcedência liminar. Insurgência do autor.


Possibilidade. Não se olvida a possibilidade de julgamento liminar do mérito, nos
termos do art. 332 do Código de Processo Civil, que não terá lugar quando houver
matéria fática que depender de análise ou de eventual produção de provas. No
caso se verifica a necessidade do exercício do contraditório e ampla defesa,
notadamente, considerando as teses fixadas pelo STJ, no julgamento do Recurso
Especial n. 1.578.553/SP, servindo de representativo do Tema 958 STJ, com
conjunto com os REsps 1.578.526/SP e 1.578.490/SP, no sentido de que as
cobranças de determinadas tarifas são abusivas se não houver comprovação de
que respectivos serviços foram efetivamente prestados. Também com relação ao
seguro dever-se-á observar o entendimento consolidado pelo C. Superior Tribunal
de Justiça no julgamento do REsp 1.639.320/SP respeitado o exercício do
contraditório. Inaplicabilidade do art. 1.013, §3º, do NCPC, vez que a causa não
se encontra madura para imediato julgamento. Sentença anulada de ofício.
Recurso prejudicado. (grifei)
(TJSP; Apelação Cível 1001063-25.2020.8.26.0137; Relator (a): Helio Faria;
Órgão Julgador: 18ª Câmara de Direito Privado; Foro de Cerquilho - Vara Única;
Data do Julgamento: 10/11/2020; Data de Registro: 10/11/2020).

No mesmo sentido:

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EMENTA: “CONTRATO BANCÁRIO Ação revisional de cláusulas contratuais c.c.
repetição de indébito Cédula de crédito bancário - Cerceamento de defesa
inocorrente - Taxas de juros remuneratórios prefixadas e prestações de valor fixo -
Autorização para a cobrança da taxa de juros efetiva anual contratada, consoante
orientação do Recurso Especial Repetitivo n° 973.827-RS e Súmula nº 541 do STJ -
Anatocismo inocorrente no período da normalidade da avença Inexistência de
prova da periodicidade da capitalização de juros, em conformidade com o art. 28,
§ 1º, Ida Lei nº 10.931/2004 - Anatocismo ilícito passível de verificação -
Repetição simples de eventual indébito determinada - Procedência parcial
decretada nesta instância adquem Recurso provido em parte. (grifei)
(TJ/SP; Apelação Cível 1005825-75.2020.8.26.0625; Relator (a): Correia Lima;
Órgão Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Foro de Taubaté - 5ª Vara Cível;
Data do Julgamento: 30/10/2020; Data de Registro: 30/10/2020)

EMENTA: CONTRATO BANCÁRIO Cédula de crédito bancário - Ação ordinária


revisional de cláusulas contratuais - Improcedência liminar (art. 332, caput, do
CPC) - Matéria não estritamente de direito e dependente de contraditório regular e
de eventual produção de provas - Hipótese de anulação da r. sentença para
restauração da ortodoxia processual - Prosseguimento do feito determinado com a
regular citação do réu para responder à ação - Nulidade da r. sentença – Recurso
provido. (grifei)
(TJ/SP; Apelação Cível 1006008-48.2015.8.26.0002; Relator (a): Correia Lima;
Órgão Julgador: 20ª Câmara de Direito Privado; Foro Regional II - Santo Amaro -
5ª Vara Cível; Data do Julgamento: 26/08/2019; Data de Registro: 07/09/2019)

Renovadas as vênias, verifica-se que não se trata da hipótese de improcedência liminar, ou


de aplicação imediata das teses sedimentadas pela Suprema Corte, justificando-se a necessidade da produção de
provas e do exercício do contraditório e da ampla defesa.

DOS FATOS

A parte AUTORA, assinou contrato nº 581629086 com a ré visando a obtenção de recursos


financeiros para finalidade específica. Entretanto, no momento da contratação, as informações recebidas/prestadas
pela ré foram mínimas, limitando-se ao valor e quantidade de parcelas.

Assim, o contrato foi firmado nas seguintes condições:

Valor Solicitado: R$ 65.000,00


Valor de Entrada: R$ 12.800,00
Saldo a Financiar: R$ 52.200,00
TAXAS:

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- Registro de Contrato: R$ 282,64
- Seguro: R$ 4.819,15
- Tarifa de Avaliação: R$ 475,00
- IOF: R$ 1.866,54
Total das taxas: R$ 7.443,33
Valor financiado: R$ 59.643,33
Taxa de juros remuneratório mensal: 1,67%
Taxa de juros remuneratório anual:21,99%
CET mensal: 2,32%
CET anual: 32,22%
Quantidade de parcelas: 48
Valor de cada parcela: R$ 1.815,92
Valor total da operação apresentada: R$ 87.164,16
Status atual do contrato: Em Dia

Contudo, após o recebimento do contrato e do início dos pagamentos, a parte autora


surpreendeu-se ao perceber a existência de diversas cláusulas e valores ali lançados quais não foram explicados no ato
da contratação. Verificando-se o pagamento de valores que desconhece ou que não lhe foram informados, como por
exemplo, taxas de cadastro, registro, avaliação de bens, seguros entre outros.

E, somente após a contratação, tomou conhecimento da aplicação do sistema de


amortização PRICE, sem que outro lhe tenha sido ofertado, aderindo a um sistema matemático que, em relação a
outros sistemas conhecidos e legais, como por exemplo, o sistema GLAUSS ou SAC, eleva o seu financiamento de
forma exponencial.

Diante deste quadro de abusividade, busca a parte autora a revisão contratual, pleiteando o
equilíbrio do contrato que somente poderá ser alcançada através da prestação jurisdicional perseguida.

DO DIREITO
DO MÉTODO DE AMORTIZAÇÃO - INEXISTÊNCIA DE OPÇÃO DE
ESCOLHA PELO CONSUMIDOR

A parte autora, no momento da contratação, teve apresentado um contrato padrão, ou seja,


contrato de adesão, que embora válido, deve obrigatoriamente seguir alguns princípios, tais como, mas não se
limitando, a destaques nas cláusulas que implicam limitação de direto e elevação dos custos.

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Neste caso, foi imposta ao consumidor a forma de amortização de sua dívida através do
sistema PRICE, sem qualquer possibilidade de escolha de outra forma ou sistema de amortização, portanto, embora
válido, coloca o consumidor em grandes desvantagens em relação a existência de outras formas de amortização.

Estamos diante de um verdadeiro CARTEL criado pelas empresas financeiras para


maximizar os seus lucros as custas dos consumidores, pois, a legislação pátria determina que os pagamentos devem
respeitar outra forma de amortização, conforme determinação no artigo 354 do Código civil bem como inexiste
determinação desta “regra” nos contratos bancários de financiamento.

Verifica-se, ainda, a matéria veiculada em jornal de grande porte e circulação, onde se


destacou-se uma diferença de cerca de 20% (vinte por cento) entre a tabela price e sac em valores finais, evidenciando
um enorme desequilíbrio contratual entre o consumidor e a instituição financeira.

(https://economia.uol.com.br/guia-de-economia/tabela-price-sac-como-funciona-
diferencas-
regras.htm#:~:text=No%20SAC%2C%20as%20presta%C3%A7%C3%B5es%20s
%C3%A3o,amortiza%C3%A7%C3%A3o%20mensal%20do%20valor%20financia
do.&text=Na%20tabela%20Price%2C%20as%20parcelas,todo%20o%20per%C3
%ADodo%20de%20financiamento.
https://economia.estadao.com.br/noticias/geral,o-cartel-dos-bancos-imp-,863947)

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O combate a esse abismo que afasta o consumidor do equilíbrio financeiro
necessita da intervenção de julgadores corajosos e de vanguarda, como é o caso da
Excelentíssima Juíza Dra. Ana Cristina Ribeiro Bonchristiano que, nos autos do
processo nº 1007802-20.2019.8.26.0405, que tramitou perante a 3º Vara Cível de
Osasco/SP, assim se posicionou: “O sistema de amortização pela Tabela Price
submete o autor à situação iníqua e a condição impossível de ser cumprida. Ao
final do pagamento de todas as prestações mensais convencionadas estará ele
devendo quantia superior àquela inicialmentefinanciada e muito maior do que o
valor do próprio bem. Essa distorção decorre da circunstância de que a economia
do país não guarda identidade alguma com a da França, de onde se originou o
sistema da Tabela Price. A importação desse sistema trouxe vantagens ao sistema
financeiro, mas causou profundos problemas aos adquirentes de bens duráveis, na
medida em que impossibilitou o integral pagamento do mútuo. Não é por acaso que
as demandas judiciais do tipo desta vêm se multiplicando dia a dia. Por essa
razão é cabível a revisão do contrato por meio da intervenção do Poder udiciário,
como forma de equilibrar a equação econômica da avença e de impedir o
enriquecimento sem causa do mutuante. Vale dizer, o saldo devedor deve ser
corrigido após a dedução do valor da prestação mensal paga pelo autor”

Sobre o tema ainda temos a determinação contida no artigo 354 do Código Civil, onde o
legislador determinou que nos contratos de mútuo, o método de amortização deve, obrigatoriamente, obedecer ao
pagamento primeiro dos juros e após o valor do capital.

Código Civil - Art. 354. Havendo capital e juros, o pagamento imputar-se-á


primeiro nos juros vencidos, e depois no capital, salvo estipulação em contrário,
ou se o credor passar a quitação por conta do capital

Outros Tribunais também partilham do mesmo ímpeto:

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"Considerando, portanto, que a avença apreciada não ostenta previsão de
utilização da Tabela Price como sistema de amortização da dívida, deve ser
inadmitido o cálculo por meio de referido método contábil, ainda que reconhecida
a possibilidade de prática do anatocismo (Apelação n. 0500957-
43.2012.8.24.0045, de Palhoça, rel. Des. Robson Luz Varella, j. 26-7-2016) [...]
(Apelação Cível n. 0500011-47.2010.8.24.0011, de Brusque. Relatora: Desa.
Rejane Andersen, j. 04.10.2016). In casu, vê-se que no contrato objeto da contenda
não há previsão expressa da Tabela Price, de modo que ainda que possibilitada a
capitalização dos juros, aquela era de ser, de fato, devidamente afastada
(grifei)
(Apelação Cível n. 0001059-79.2012.8.24.0027, de Ibirama, rel. Des. José
Maurício Lisboa, Segunda Câmara de Direito Comercial, j. 21-5-2019).

"'Nada obstante, considerando que o aresto atacado afastou o emprego do sistema


price de amortização, porque não restou expressamente convencionado entre as
partes, mas nada se falou acerca do método substitutivo para o recálculo das
parcelas, deve ser reconhecida a configuração de omissão no julgado para fazer
prevalecer a regra de imputação prevista no art. 354 do Código Civil. Isso porque,
não contratada a amortização pela Tabela Price não pode a casa bancária exigir o
pagamento desta forma, a teor do previsto nos arts. 6°, III, e 46 da norma
consumerista' (grifei). (Embargos de Declaração n. 0302974-
50.2016.8.24.0092/50000, rel. Des. Robson Luz Varella, j. 29-11-2017)"
(Embargos de Declaração n. 0305918-87.2016.8.24.0039, de Lages, rel. Dinart
Francisco Machado, Segunda Câmara de Direito Comercial, j. 7-5-2019).

No caso concreto fica clara a afronta ao Código de Defesa do Consumidor e ao Código


Civil, bem como evidente o prejuízo do consumidor, sendo necessária a revisão deste contrato para promover o
equilíbrio entre as partes por meio da alteração do método de amortização praticado de PRICE para GAUSS ou,
alternativamente, SAC.

Cumpre destacar que o método PRICE é totalmente contrário ao determinado no artigo 354
do Código Cível, visto que, conforme laudo anexado, é de sua essência o início da amortização do seu cálculo iniciado
pelo valor do capital originário e após esse a retirada do valor dos juros.

Totalmente contrária é a aplicação do sistema GAUSS, visto que tem por início a
eliminação dos juros cobrados e após a amortização do capital inicial.

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
DA REVISÃO DOS JUROS
DOS JUROS REMUNERATÓRIOS

Diante dessas premissas acima suscitadas, são evidentes as práticas abusivas exercidas pelo
réu no contrato em voga, permitindo-se a revisão dos juros remuneratórios, já que comprovada a abusividade e
desvantagem exagerada nos termos do artigo 51 do Código de Defesa do Consumidor sendo DEVER do poder
judiciário o reequilíbrio do contrato e do capital

Para nos auxiliar nesse entendimento, é necessário conceituarmos os juros remuneratórios e


identificarmos esses abusos e, para tanto, assim definiu o Recurso Especial 1.061.530/RS os juros remuneratórios:

O Código Civil (lei maior que qualquer regramento do Banco Central) em seu artigo 591,
cumulado com o artigo 406, tratam sobre contratos de mútuo e assim estabelecem a taxa de juros remuneratórios:

Art. 591 do CC – Destinando-se o mútuo a FINS ECONÔMICOS, presumem-se


devidos juros, os quais, sob pena de redução, NÃO PODERÃO EXCEDER A TAXA
A QUE SE REFERE O ARTIGO 406, permitida a capitalização anual.
...
Art. 406 do CC – Quando os juros moratórios não forem convencionados, ou
quando forem sem taxa estipulada, ou quando provierem de determinação da lei,
serão fixados segundo a taxa que estiver em vigor para a mora do pagamento de
impostos devidos a Fazenda Nacional. (grifei)

Enfatiza-se que não se trata da aplicação do Decreto nº 22.626/33 - Lei da Usura, mas sim
da aplicação do Código Civil de 2002 e do Código de Defesa do Consumidor.

Ainda sobre esse tema, lançou o Ministro seus olhares sobre as explanações dos
doutrinadores BRUNO MIRAGEM e de ANTÔNIO CARLOS EFING, assim transcrito:

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
“Nesse sentido, as normas regulatórias e a atividade de supervisão e fiscalização
bancária devem observar o disposto nas normas legais de proteção do consumidor.
É exigência de legalidade. Nesse sentido, não há vedação a que por normas
regulatórias se estabeleçam novos direitos ou mesmo deveres a serem observados
tanto por consumidores, quanto por instituições financeiras.
Essas normas, contudo, devem guardar o limite já indicado da atividade
regulatória em relação às leis em geral, de não contradição com as normas legais,
em especial, neste particular, com a Lei 8.078/1990 – Código de Defesa do
Consumidor. (Direito bancário. [livro eletrônico]. São Paulo: Ed. Revista dos
Tribunais, 2014, cap. IV, item 2.5.3, sem grifos no original)
A respeito deste descompasso, NÃO HÁ DÚVIDAS DE QUE AS RESOLUÇÕES
DO BACEN, EMBORA VÁLIDAS, NÃO EXCLUEM OU LIMITAM A PROTEÇÃO
CONCEDIDA AO CONSUMIDOR BANCÁRIO PELO CÓDIGO DE DEFESA DO
CONSUMIDOR.

Qualquer tarifa cuja cobrança não for prévia e adequadamente informada ao


consumidor, que o coloque em desvantagem exagerada, ou que for incompatível
com a boa-fé e a equidade (art. 51 do CDC) - ainda que arrolada em resolução do
Bacen como lícita - É ABUSIVA POR FORÇA DE NORMA DE ORDEM PÚBLICA
E INTERESSE SOCIAL (ART. 1.º DO CDC).
Desta forma, sopesadas as resoluções do Bacen a respeito das tarifas cobradas do
consumidor bancário e as normas do Código de Defesa do Consumidor,
evidentemente que deverão prevalecer as decorrentes da Lei 8.078/1990.
(Contratos e procedimentos bancários à luz do código de defesa do consumidor.”
[livro eletrônico]. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2015. - Biblioteca de
direito do consumidor. v. 12, item 7.3.2.2, sem grifos no original)

É inclusive esse o entendimento fixado no Recurso Especial 1.578.553-SP, pag. 14

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
Outrossim, em conformidade com a determinação legislativa do artigo 591, C.C 354 do
Código Civil, e determinações do CDC, os juros remuneratórios NÃO podem ser superiores aos juros moratórios, sob
pena de sua redução.

DAS CLÁUSULAS ABUSIVAS

De acordo com o artigo 51 do código de defesa do consumidor e ORIENTAÇÃO


JURISPRUDENCIAL 5 DO RECURSO REPETITIVO 1.061.530/RS, uma vez informada as cláusulas que se
mostram abusivas ou coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, DEVEM ESTAS SEREM DECRETADAS
NULAS PELO JUÍZO. Para tanto apresenta-se as cláusulas abusivas identificadas para o presente caso:

DA COBRANÇA DE TAXAS - APLICAÇÃO DO RECURSO REPETITIVO


1.578.553-SP - TEMA 958

O Recuso Repetitivo 1.578.553-SP (STJ - Precedentes Qualificados) definiu alguns pontos


específicos que devem receber apreciação padronizada:

“2.1. Abusividade da cláusula que prevê a cobrança de ressarcimento de serviços


prestados por terceiros, sem a especificação do serviço a ser efetivamente
prestado;
2.2. Abusividade da cláusula que prevê o ressarcimento pelo consumidor da
comissão do correspondente bancário, em contratos celebrados a partir de
25/02/2011, data de entrada em vigor da Res.-CMN 3.954/2011, sendo válida a
cláusula no período anterior a essa resolução, ressalvado o controle da
onerosidade excessiva;
2.3. Validade da tarifa de avaliação do bem dado em garantia, bem como da
cláusula que prevê o ressarcimento de despesa com o registro do contrato,
ressalvadas a:2.3.1. abusividade da cobrança por serviço não efetivamente
prestado; e a
2.3.2. possibilidade de controle da onerosidade excessiva, em cada caso concreto.”
(grifei)

Conforme o julgado acima destacado, ficou claro que a cobrança de ressarcimento de


serviços prestados por terceiros é uma afronta ao Código de Defesa do Consumidor, pois, está sendo cobrado um
serviço desnecessário ou sem que dele se tenha solicitado. Assim compete à instituição financeira demonstrar qual o
serviço que será feito, a sua pertinência, qual o valor e entregar ao consumidor o seu resultado, confirmando a
prestação desse serviço.

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TAXAS:

- Registro de Contrato: R$ 282,64

- Tarifa de Avaliação: R$ 475,00

Destaca-se, que a AVALIAÇÃO DO VEÍCULO não é um documento oficial que o


consumidor poderá utilizar para realizar a transferência do veículo, uma vez que, deverá o consumidor contratar uma
empresa para emitir LAUDO DE TRANSFERENCIA

(http://www.detran.sp.gov.br/wps/portal/portaldetran/cidadao/veiculos/fichaservic
o/transferenciaPropriedadeMesmoMunicipio).

Portanto, a cobrança da “Taxa de Avaliação do Veículo” se trata de uma venda casada,


totalmente desnecessária ao consumidor e à própria instituição, uma vez que tal avaliação não poderá ser usada em
relação a terceiros e esse custo somente onera o financiamento de veículo, sem qualquer reversão de benefício às
partes.

Essa cobrança é somente uma forma “velada” de remunerar as lojas de veículos


(intermediadores do contrato de alienação fiduciária) que, no momento da venda, tiram fotos do veículo e vinculam ao
sistema do RÉU, aumentando/justificando a remuneração do lojista pela intermediação com o banco.

Assim, evidenciado que a instituição financeira se utiliza deste recurso para transferir ao
consumidor os custos administrativos de suas atividades, de forma abusiva, desleal e desnecessária, pois essa avaliação
não substitui o LAUDO DE TRANSFERENCIA necessário ao registro do veículo junto ao Detran.

Primeiramente, nenhuma empresa que tem em sua porta um cliente querendo a sua
prestação de serviço, cobra o cadastro deste cliente. Assim como podemos permitir essa cobrança neste momento???

Aqui ainda cabe relembra que, a partir de 01/02/2021, tivemos início ao Open Bank no
Brasil, fato esse que permite que qualquer instituição bancária tenha acesso as informações de quaisquer clientes, ou
seja, inexiste motivo para realização da cobrança de abertura de um crédito.
(https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/openbanking)

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Este documento é cópia do original, assinado digitalmente por RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, protocolado em 07/03/2024 às 16:40 , sob o número 10057042120248260071.
Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
Portanto, é abusiva a cobrança deste custo operacional para o consumidor, pois, como já
demonstrado, possuem um grande valor agregado nos juros cobrado e no custo efetivo do contrato.

Segundamente, é com relação ao valor cobrado do consumidor pelo referido serviço, pois,
se trata de um valor muito elevado para a prática dessa efetivação de cadastro que está inserida nas atividades da
instituição financeira e, de forma imediata, a instituição financeira obtém a resposta do cadastro realizado.

Ora, precisamos definir se a remuneração da instituição financeira provém dos juros


remuneratórios ou do cadastro de clientes.

Outrossim, ainda que permitida a cobrança de algumas taxas, essa cobrança deve respeitar
o controle de abusividade, ou seja, não é permitido o aceite da cobrança de taxas de cadastro, registro de contrato,
entre outras, em valores exorbitantes, ou mesmo utilizar para base dessa cobrança o valor do financiamento, visto que
a atividade é padronizada, independentemente do valor do bem.

Outro ponto a ser destacado são os parâmetros utilizados para determinar o valor cobrado
do consumidor pelo referido serviço, pois, para o serviço de cadastro está sendo utilizado como referência o valor do
bem. Ou seja, para cada consumidor é cobrado um valor diferente, para um serviço que não pode ser vinculado ao
valor do bem, pois o cadastro do cliente não depende do bem ou produto adquirido demonstrando-se a
INCONSTITUCIONALIDADE DESSA FORMA DE COBRANÇA.

RECURSO REPETITIVO 1.639.320 – TEMA 972

O Recurso Repetitivo 1.639.320, versou sua matéria sobre a controvérsia no âmbito dos
contratos bancários sobre: (i) validade da tarifa de inclusão de gravame eletrônico; (ii) validade da cobrança de seguro
de proteção financeira; (iii) possibilidade de descaracterização da mora na hipótese de se reconhecer a invalidade de
alguma das cobranças descritas nos itens anteriores, firmando as seguintes teses:

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
1 - Abusividade da cláusula que prevê o ressarcimento pelo consumidor da despesa
com o registro do pré-gravame, em contratos celebrados a partir de 25/02/2011,
data de entrada em vigor da Res.-CMN 3.954/2011, sendo válida a cláusula
pactuada no período anterior a essa resolução, ressalvado o controle da
onerosidade excessiva.
2 - Nos contratos bancários em geral, o consumidor não pode ser compelido a
contratar seguro com a instituição financeira ou com seguradora por ela indicada.
3 - A abusividade de encargos acessórios do contrato não descaracteriza a mora.

Portanto, a cobrança desses valores em contrato de financiamento se demonstra totalmente


abusiva, devendo ser, de ofício, anulada por esse douto juízo.

- Seguro: R$ 4.819,15

Vale ressaltar ainda que, a mera demonstração por “(x)” da opção de contratação de seguro,
não é válida como aceitação pelo consumidor de sua cobrança, pois trata-se de uma venda casada, PROIBIDA pelo
Código de Defesa do Consumidor em seu artigo 39, I. O que pode ser observado nas palavras do relator às fls. 27 do
acórdão proferido no Recurso Repetitivo 1.639.320 - TEMA 972 – SEGURO:

“Apesar dessa liberdade de contratar, inicialmente assegurada, a referida clausula


contratual não assegura liberdade na escolha do outro contratante (a seguradora).
Ou seja, uma vez optando o consumidor pela contratação do seguro, a cláusula
contratual já condiciona a contratação da seguradora integrante do esmo grupo
econômico da instituição financeira, não havendo ressalva quanto à possibilidade
de contratação de outra seguradora, à escolha do consumidor.
É esse aspecto da liberdade contratual (a liberdade de escolher o outro
contratante) que será abordado na presente afetação, sob o prisma da venda
casada, deixando em aberto - até esmo para outra afetação ou IRDR, se for o caso -
a controvérsia acerca da restrição da própria liberdade de contratar.” (grifei)

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fls. 17

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Para conferir o original, acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/pastadigital/pg/abrirConferenciaDocumento.do, informe o processo 1005704-21.2024.8.26.0071 e código KJw2zPkw.
Ainda sobre esse panorama, necessária se faz a revisão da aceitação da cobrança da taxa de
REGISTRO DE CONTRATO. Em análise ao caso em comento, vejamos que essa cobrança se dá para que o banco
financiador registre o gravame do veículo, antes que o consumidor faça a transferência do veículo para a sua
titularidade, ou seja, o réu está repassando, mais uma vez, o custo inerente a sua atividade e de sua operação, que visa
a somente a sua segurança, ao consumidor, que, posteriormente, ao final da relação e quitação do contrato terá que
pagar novamente para realizar a transferência do veículo para o seu nome.

DA TUTELA DE URGÊNCIA

O legislador ao elaborar o Código de Defesa do Consumidor e o Código Civil atentou-se em


autorizar que em casos de urgência, seria necessário dar ao Poder Judiciário uma ferramenta capaz de garantir a
imediata preservação do direito pleiteado, o que fez no artigo 84, §3º e §4º do Código de defesa do Consumidor e
artigo 300 do Código de Processo Civil.

Inclusive a ORIENTAÇÃO 4 DO RECURSO ESPECIAL 1.061.530/RS entendeu pela


retirada, ou restrição da inclusão, do nome do consumidor junto aos cadastros de inadimplentes quando
cumulativamente cumprir os seguintes requisitos:

a) Ação formulada em questionamento integral ou parcial do débito;

b) Demonstração que a cobrança indevida se funda na aparência do bom direito e em


jurisprudência;

c) HOUVER DEPÓSITO DA PARCELA INCONTROVERSA.

A presente demanda questiona a existência parcial do débito (a), alega a existência de


cláusulas abusivas (b), solicitado neste momento o último requisito, o pagamento do valor incontroverso (c).

O valor tido como incontroverso para efeitos deste processo é representado pela diferença
existente entre os valores pagos e o entendido como correto pelo consumidor, em conformidade ao acima explanado,
devidamente comprovado por cálculo anexo.

Ressalte-se, que ao final do processo, caso Vossa Excelência entenda que a parte Autora
não possui o direito pleiteado, essa liminar poderá ser revertida, inexistido prejuízo ao Réu, pois realizará a cobrança
dos valores depositados a menor ou mesmo a busca e apreensão do veículo.

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Já a não concessão da TUTELA DE URGÊNCIA, deixará o consumidor desprotegido,
podendo esse sofrer a perda imediata do seu patrimônio, restrições financeiras que impossibilitarão um eventual
refinanciamento ou mesmo a busca de outras formas de recursos para quitação da dívida.

Lembro a esse Juízo que é prática desta instituição financeira, ingressar com ações de
Busca e apreensão onde, mesmo antes do prazo para purgação de mora, é realizado o leilão do veículo apreendido.
Deixando o consumidor sem o patrimônio que custou a conquistar e do qual, muitas vezes, possui sentimentos maiores
que um mero valor de mercado.

Não por menos, necessário, também, a fixação de uma astreinte, caso o réu não cumpra a
determinação deste juízo, o que é muito comum de acontecer, pois não respeitam o poder judiciário.

Para tanto, solicita a esse douto juízo o deferimento liminar para a MANUTENÇÃO DA
POSSE do veículo financiado e RETIRADA DE EVENTUAL RESTRIÇÃO em nome da parte Autora dos órgãos de
proteção ao crédito, bem como, em caso de ainda não se encontrar negativado, seja mantida a sua proibição.

Ademais requer o depósito dos valores incontroversos na monta de R$: 1.607,68

E, em caso de descumprimento pela instituição financeira, que se aplique uma punição por
descumprimento da decisão de Vossa Excelência.

DO PEDIDO DE JUSTIÇA GRATUITA

A parte autora faz jus à concessão da gratuidade de Justiça, haja vista que não possuir
momentaneamente rendimentos suficientes para custear as despesas processuais e honorários advocatícios em
detrimento de seu sustento e de sua família, considerando o expressivo valor do contrato e dos juros cobrados,
somados ao superendividamento em que se encontra em razão da crise político/financeira que assola o país, além do
próprio mérito desta causa.

É certo que a parte Autora não está sequer conseguindo arcar com os pagamentos das
prestações assumidas, não possui condições de assumir ainda mais este custo.

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De acordo com a dicção do §3º do artigo 99 do CPC, presume-se verdadeira a declaração de
insuficiência de recursos financeiros firmada por pessoa natural.

Ou seja, nos termos da lei, apresentado o pedido de gratuidade e acompanhado de


declaração de pobreza, há presunção legal que, a teor do artigo 5º da Lei 1.060/50 (vigente), “O juiz, se não tiver
fundadas razões para indeferir o pedido, deverá julgá-lo de plano, motivando ou não o deferimento dentro do prazo de
setenta e duas horas.”

Entender de outra forma seria impedir o acesso à Justiça àqueles realmente necessitados,
que em razão de abusos praticados por terceiros o colocaram à míngua do poder judiciário, afastando-os da garantia
maior dos cidadãos no Estado de Direito, corolário do princípio constitucional da inafastabilidade da jurisdição, artigo
5º, inciso XXXV da Constituição de 1988.

Veja-se que as normas legais mencionadas não exigem que os requerentes da assistência
judiciária sejam miseráveis para recebê-la, sob a forma de isenção de custas, bastando que declarem a insuficiência de
recursos para custear o processo, ou, como reza a norma constitucional, que não estão em condições de pagar custas do
processo sem prejuízo próprio ou de sua família, bem como as normas de concessão do benefício não vedam tal
benesse a quem o requeira através de advogados particulares.

No mesmo sentido é o entendimento jurisprudencial do C. STJ:

"EMENTA: Assistência judiciária. Benefício postulado na inicial, que se fez


acompanhar por declaração firmada pelo Autor. Inexigibilidade de outras
providências. Não revogação do art. 4º da Lei nº 1.060/50 pelo disposto no inciso
LXXIV do art. 5º da constituição. Precedentes. Recurso conhecido e provido.

1.Em princípio, a simples declaração firmada pela parte que requer o benefício da
assistência judiciária, dizendo-se 'pobre nos termos da lei', desprovida de recursos
para arcar com as despesas do processo e com o pagamento de honorário de
advogado, é, na medida em que dotada de presunção iuris tantum de veracidade,
suficiente à concessão do benefício legal."
2.[STJ, REsp. 38.124.-0-RS. Rel. Ministro Sálvio de Figueiredo Teixeira.
ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - REQUISITOS PARA A OBTENÇÃO - " A assistência
judiciária (Lei 1060/50, na redação da Lei 7510/86) - Para que a parte obtenha o
benefício da assistência judiciária, basta a simples afirmação de sua pobreza, até
prova em contrário. (art.4º. e §1º.). Compete à parte contrária a oposição à
concessão." (STJ-REsp.1009/SP, Min. Nilson Naves, 3ª.T., j: 24.10.89, DJU
13.11.89, p.17026)”.

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“ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA - ADVOGADO CONSTITUÍDO - AFIRMAÇÃO DE
POBREZA - REVOGAÇÃO DO BENEFÍCIO - LEI Nº 1060, DE 1950 - A parte
que, por sua situação econômica, não puder pagar as custas do processo e
honorários de advogado, sem prejuízo do sustento próprio ou da família, gozará
dos benefícios da assistência judiciária. É o que se depreende do preceito da Lei nº
1.060/50, com as alterações posteriores. Assistência judiciária é o serviço
organizado pelo Poder Público de modo geral, em quadros funcionais, para o
amparo jurídico aos necessitados, gozando os benefícios que a lei especifica. No
entanto, pode a parte necessitada valer-se dos serviços profissionais do advogado
para a defesa do seu direito e terá a gratuidade de justiça, o que não pode ser
confundido com a assistência judiciária, que é função, de um modo geral,
destinada aos defensores públicos. Por outro lado, a Constituição Federal, em seu
art. 5º, nº LXXIV, preceitua aos que comprovarem a insuficiência de recursos, a
miserabilidade, isto é, a impossibilidade de poder pagar (advogado, custas, taxas,
emolumentos, selos etc). Em razão do investimento do Estado, nesse serviço, tem o
direito de exigir aquilo que a regra jurídica constitucional lhe assegurou. A Lei nº
1.060/50, no que, nesse sentido, contraria a Carta Magna, não pode ser mais
atendida. Recurso não provido. (DSF) (TJRJ - AI 1159/95 - (Reg. 160196) - Cód.
95.002.01159 - 6ª C.Cív. - Rel. Des. Luiz Carlos Perlingeiro - J. 05.09.1995)

53013508 - INDENIZAÇÃO - JUSTIÇA GRATUITA - PEDIDO INDEFERIDO -


Tendo o autor, na petição inicial, afirmado, expressamente, que não dispõe de
recursos financeiros para arcar com as despesas do processo, sem o prejuízo de
próprio sustento e o de sua família, preenchendo a exigência no art. 4º, da Lei nº
1060, de 05.02.1950, injustificável o indeferimento judicial do pedido, que se
respalda em dispositivos legais, como também constitucionais, como decorre dos
textos do art. 5º, incisos XXXIV e LXXIV, da CF de 1988, que garantem, em tais
hipóteses, o acesso à justiça, sobretudo, porque restou documentalmente
comprovada a situação de pobreza do promovente. Recurso provido. (TJPR - AI
0065746-9 - (14037) - 3ª C.Cív. - Rel. Des. Silva Wolff - DJPR 10.08.1998)

Nesse sentido é que descabe a alegação de que a constituição de advogados particulares


veda a concessão da gratuidade de justiça. Tal interpretação se constituiria em clara vedação à garantia constitucional
de gratuidade de justiça, erigida em nossa Carta Magna no artigo 5º, inciso LXXIV.

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Neste prisma, com arrimo no §2º do art. 99 do CPC, caso V. Exa. entenda por necessário,
roga pela intimação a complementar-se a documentação comprobatória da insuficiência de recursos.

DO PEDIDO DE PARCELAMENTO DE CUSTAS PROCESSUAIS

Em continuidade, caso superados os pedidos sobre tema, pugna a parte autora, em último
caso, valendo-se do princípio da facilitação do acesso à justiça (esculpido nos incisos XXXV e LV do artigo 5º da
CF/88), o PARCELAMENTO das custas processuais nos termos do §6º do art. 98, CPC

DOS PEDIDOS
Por todo o exposto, requer-se:

O deferimento dos benefícios da da justiça gratuita em favor da parte autora, nos termos do
artigo 5º, LXXIV da CF cumulado com o art. 98 e seguintes do CPC/2015 e, alternativamente, caso não seja esse o
entendimento deste juízo, que seja deferido parcelamento das custas;

A CONDUÇÃO DO PROCESSO ATRAVÉS DO SISTEMA 100% DIGITAL

NÃO DESIGNAÇÃO DE AUDIÊNCIA conciliatória, diante do seu desinteresse.

A aplicação integral do CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ao processo,


principalmente no que se refere a competência e a inversão do ônus probatório;

O DEFERIMENTO LIMINAR DA ANTECIIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA, para


o fim de autorizar a parte Autora a consignar os pagamentos mensais incontroversos, na monta de R$ 1607,68 VALOR
DA TUTELA relativos as parcelas vincendas, bem como a tutela para MANUTENÇÃO DA POSSE DO BEM e
IMPEDIDO DE RESTRIÇÃO JUNTO AOS ÓRGÃOS DE PROTEÇÃO AO CRÉDITO, até julgamento final desta
demanda;

A citação da instituição financeira Ré, preferencialmente de forma eletrônica, no endereço


declinado na qualificação da petição inicial para que, querendo, apresente defesa no prazo legal, sob pena de suportar
os efeitos da revelia;

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A procedência da demanda para ALTERAR A FORMA DE AMORTIZAÇÃO DA
DÍVIDA, com a substituição do método de amortização PRICE para o método GAUSS OU ALTERNATIVAMENTE
O METODO SAC, em conformidade com a determinação do artigo 354 do código Civil

A procedência da demanda para adequação da taxa de JUROS REMUNERATÓRIOS para


os patamares determinados nos artigos 591 e 406 do Código Civil.

A procedência da demanda para devolução dos valores cobrados indevidamente a título de


TAXAS EXISTENTES, conforme a seguir:
TAXAS:
- Registro de Contrato: R$ 282,64
- Seguro: R$ 4.819,15
- Tarifa de Avaliação: R$ 475,00
- IOF: R$ 1.866,54
Total das taxas: R$ 7.443,33

A procedência para a condenação da RÉ ao pagamento das custas processuais e honorários


advocatícios a serem fixados por esse juízo nos termos da lei;

Deseja provar o alegado através dos documentos carreados com a petição inicial; em
especial laudo contábil para demonstrar as irregularidades alegadas, bem como solicita a inversão do ônus da prova;

DO VALOR DA CAUSA

Conforme definição do artigo 292, II do Código de Processo Civil, o valor da causa para
ações que tenham por objeto a validade ou modificação de contratos, será o VALOR DO PROVEITO ECONOMICO
almejado.

Art. 292 do CPC O valor da causa constará da petição inicial ou da reconvenção e


será:
II – na ação que tiver por objeto a existência, a validade, o cumprimento, a
modificação, a resolução, a resilição ou a rescisão de ato jurídico, o valor do ato
ou o DE SUA PARTE CONTROVERTIDA. (grifei)

Nesse sentido, é o Entendimento dos Tribunais:

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“Se na ação revisional o que se pretende é a redução do valor das prestações do
Contrato, o valor da causa não poderá ser o valor do próprio Contrato, de acordo
com as parcelas originais, MAS SIM UM VALOR COMPATÍVEL COM A
REDUÇÃO PRETENDIDA, que está diretamente relacionada ao conteúdo
econômico da Demanda.” (REsp nº 674198/RS, Relatora: Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, Julgado em 06/04/2006, DJ 02/05/2006, p. 306).
(grifei)

Ação revisional de contrato bancário. Decisão que modifica, de ofício, o valor da


causa, nos termos do art. 292 , § 3º , CPC/2015 . Agravo de instrumento. O valor
da causa não deve corresponder à totalidade do valor do contrato, mas sim à
estimativa do proveito econômico advindo com a sua eventual revisão.
Interpretação do art. 292 , inc. II , do CPC/2015 . Precedentes do STJ. Valor da
causa alterado para o patamar de R$ 106.126,01. Decisão parcialmente
reformada. Recurso parcialmente provido. TJ-SP - Agravo de Instrumento: AI
20518437720178260000 SP 2051843-77.2017.8.26.0000

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - VALOR DA CAUSA - AÇÃO


REVISIONAL - ALTERAÇÃO DE OFÍCIO - PROVEITO ECONÔMICO
PRETENDIDO COM A DEMANDA. - Na ação revisional em que se pretende a
redução do valor das parcelas contratuais, o valor da causa deve corresponder ao
proveito econômico pretendido pelo autor e não o valor total do contrato - As
regras atinentes à atribuição do valor da causa são de ordem pública e reclamam
alteração de ofício, pelo juiz ou pelo tribunal, devendo, no caso, corresponder ao
proveito econômico pretendido pela parte. TJ-MG - Agravo de Instrumento-Cv: AI
10000150581445001 MG

AGRAVO DE INSTRUMENTO – Indeferimento dos benefícios da justiça gratuita


ao agravante – Razoabilidade – Ausência de elementos que justifiquem a
concessão da benesse – Valor da causa – Ação revisional de contrato bancário c.c.
repetição do indébito - Aplicação do art. 292 , II , do CPC – Valor que deve
corresponder apenas às partes controvertidas do contrato e ao benefício
econômico pretendido – Manutenção do valor inicialmente indicado pelo
autor/agravante - Recurso parcialmente provido. TJ-SP - Agravo de Instrumento:
AI 22393239120238260000

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Pleiteia-se, na presente demanda, diferenças de valores cobrados a título de juros, ou seja, o
valor controvertido. Acrescenta-se ao valor controvertido os valores pleiteados para devolução de taxas, seguros e
afins, tarifas essas que acredita a parte Autora foram cobradas de forma indevida, conforme descriminado nesta
exordial.

Valor das Taxas: R$ 7.443,33

Valor controverso: R$ 9.995,56

Valor Incontroverso: R$ 77.168,60

Dá a presente ação o valor de R$ 17.438,89

Por fim requer a devida anotação do nome do patrono nos autos, para que as intimações
sejam feitas exclusivamente em nome de RENATO FIORAVANTE DO AMARAL, inscrito na OAB/SP Nº 349.410,
sob pena de nulidade.

Termos em que,

Pede Deferimento.

São Paulo, 06 de março de 2024

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