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“O recurso apenas comportará provimento se o recorrente demonstrar que, por ausência

de similitude fática, a tese firmada no E. Superior Tribunal de Justiça sob o regime dos
recursos repetitivos não se aplica ao caso concreto (distinguishing). Neste sentido, o AgInt
no RE no AgRg nos EREsp nº 1.039.364/ES, Rel. Min. Laurita Vaz, Corte Especial, DJe de
6.2.2018, e o AgInt no RE no AgInt nos EDcl no RMS nº 48.747/DF, Rel. Min. Humberto
Martins, Corte Especial, DJe de 19.6.2018.

“Daí que a parcela de culpa do apelado, se é que existiu, por não ser exclusiva, não
afasta a responsabilidade civil do fornecedor de serviços apelante, nos expressos termos
do que dispõe o art. 14, § 3º, II, do CDC”

Ementa: AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE


CIVIL. Danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros. Responsabilidade
objetiva da instituição financeira. Risco da atividade (tema 466) Ausência de demonstração
do desacerto da aplicação do entendimento estabelecido no E. STJ em julgamentos
repetitivos. Decisão mantida. RECURSO DESPROVIDO.

(TJSP - Acórdão. Processo nº 1002765-03.2019.8.26.0408; Relator (a): Heraldo de


Oliveira (Pres. Seção de Direito Privado); Data do julgamento: 21/02/2024.)

“A responsabilidade do fornecedor nas relações de consumo é objetiva; dessa forma, é


irrelevante se esse agiu ou não com culpa. Ademais, o inciso II, parágrafo 3°, do artigo 14 do
Código de Defesa do Consumidor dispõe que o fornecedor só não será responsabilizado quando
provar a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro, o que não ocorreu no presente caso. E
mesmo na hipótese de fraude praticada por terceiros, o pagamento foi efetivamente feito para a
corré 'Pagcerto Soluções em Pagamento S.A' , integrante da cadeia de consumo, não tendo
ocorrido a devolução dos valores para a requerente ou demonstração do repasse de valores para
a Facta: destarte, como dito, tinha a ré o ônus de averiguar adequadamente se o seu cliente era
efetivamente representante da Facta”
AGRAVO INTERNO EM RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL.
Danos causados por fraudes ou delitos praticados por terceiros. Responsabilidade objetiva
da instituição financeira. Risco da atividade (tema 466) Ausência de demonstração do
desacerto da aplicação do entendimento estabelecido no E. STJ em julgamentos
repetitivos. Decisão mantida. RECURSO DESPROVIDO. (TJSP. Acórdão. Processo nº
1024812-39.2021.8.26.0007;. Relator (a): Heraldo de Oliveira (Pres. Seção de Direito
Privado); . Data do julgamento: 21/02/2024.).

“ “Em que se pese

tenha a recorrida concorrido culposamente para a lesão que sofreu ao fornecer

aos supostos empregados da instituição seu cartão de crédito e seus dados, não

se pode afastar a responsabilidade da instituição financeira em zelar pela

segurança das operações financeiras de seus clientes. Ainda que a apelada tenha
entregado seu cartão a terceiros, não se pode determinar que apenas este ato

tivesse ensejado a sua culpa exclusiva. Ora, não é incomum que ocorram fraudes

em sistemas bancários informatizados, seja com apresentação de documentos

falsificados, seja com clonagem de cartão e de senha. Assim, esta falha na

prestação de serviço causou evidente prejuízo à recorrida, pois deveria ter sido

detectada a fraude pelo banco apelante, haja vista que foram realizadas

transações bancárias no mesmo dia que diferem do perfil de gastos da apelada.”


(TJSP. Acórdão. Processo nº 1065218-83.2022.8.26.0002;. Relator (a): Heraldo de Oliveira (Pres.
Seção de Direito Privado); . Data do julgamento: 15/02/2024.)

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