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PROJUDI - Processo: 0013397-64.2018.8.16.0038 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Patricio Jean Pereira


11/12/2018: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
DR. PATRÍCIO JEAN PEREIRA – OAB/PR 66.319

FONE: (041) 3588-0309/9820-2944/9509-5215.


EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO _ JUIZADO
ESPECIAL CÍVEL DO FORO REGIONAL DE FAZENDA RIO GRANDE -

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COMARCA DA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ.

JOSÉ DE JESUS DOMINGUES, brasileiro,


motorista autônomo, portador da cédula de identidade R.G. nº 3.795.825-5
SESP/PR, inscrito no CPF/MF sob o nº 544.358.039-68, residente e domiciliado à
Rua Santa Terezinha, nº 309, Bairro Santa Terezinha, na cidade de Fazenda Rio
Grande – CEP 83.829-046, vem por intermédio de seu procurador subscrito, com
escritório profissional na Rua Alcídio Viana, nº1001, 2º andar, sala 23, Bairro São
Pedro, na cidade de São José dos Pinhais – Paraná, vem respeitosamente
perante a Vossa Excelência, propor a presente:

AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS C/C COBRANÇA DE SALDO DE FRETE

Face a GO TRANSPORTES, pessoa jurídica de direito privado inscrita no


CNPJ/MF sob o nº 13.248.429/0001-44, com sede na Rua Santa Helena, nº
2.230, Vila Bethania, na cidade de Viana/ES - CEP 29136-013 e NOVELIS DO
BRASIL LTDA, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ/MF sob o nº
60.561.800/0025-80, com sede na Rod. Governador Mario Covas n. 1941 – Km
281,3 – ns. 2873 e 3013 área n. 1 S 117 – CEP 29158 – 900 na cidade de
CARIACICA – ES, nos fatos que expõe, para ao final, requerer o seguinte:
Rua Alcídio Viana, nº 1001, 2º andar sala 23, bairro São Pedro, São José dos Pinhais – Paraná, 1
E-mail: patriciopereira@yahoo.com.br
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I – FATOS

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O Requerente foi contratado pelo Requerido,
para transportar 2 (duas) bobinas de alumínio. Peso bruto 23.432 Kg. Contrato de
frete n. 2328. (DOC.01 ).
O valor ajustado entre as partes, para
pagamento pelo frete contratado foi de R$ 10.500,00 (dez mil e quinhentos reais).
(DOC.01).
Deste valor 70% (setenta por cento) seria
pago ao Requerente, a título de adiantamento e o saldo restante, correspondente
à 30% (trinta por cento) mediante a entrega dos canhotos de recebimento, o que
comprovaria a entrega da carga.
A carga foi coletada pelo Requerente, na
empresa NOVELIS DO BRASIL LTDA, situada na Rod. Governador Mario Covas
n. 1941 – Km 281,3 – ns. 2873 e 3013 área n. 1 S 117 – CEP 29158 – 900 na
cidade de CARIACICA – ES., conforme Nota Fiscal n. 1936 série 1. (DOC. 02).

Do valor ajustado como adiantamento


correspondente a 70% (setenta por cento do valor total do frete) o Requerido
somente pagou o percentual de 35% (trinta e cinco por cento do valor total do
frete), valor este depositado no dia 21.11.2018 no cartão PANCARD do
Requerente. O restante, do adiantamento (35% trinta e cinco por cento), deveria
ser depositado na conta corrente do Requerente no dia seguinte, o que não foi
realizado conforme ajustado pois o depósito não ocorreu neste dia. O valor
somente foi depositado no dia 23.11.2018 através de um cheque fraudado.
(DOC.03).

O deposito realizado no dia 23.11.2018


correspondente á segunda metade do adiantamento no percentual de 35 % (trinta
e cinco) por cento, foi realizado em cheque, somente que o cheque depositado foi
devolvido pela alínea 35 – CHEQUE FRAUDADO. (DOC.04).

O Requerente no dia 24.11.2018, entrou em


contato pela primeira vez com o Requerido para tratar deste assunto e
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posteriormente, da mesma forma, todos os dias, para solucionar o problema, no
entanto, até a presente data nada foi solucionado, ou seja, o Requerido não

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saldou seu compromisso com o Requerente.

O restante do valor do frete também não foi


pago pelo Requerido.

Os valores correspondentes aos pedágios,


da mesma forma não foram entregues ao Requerente, em decorrência disto teve
que suportar o custo de todos os pedágios DOC. 05

O Requerente cumpriu com sua parte, ou


seja, entregou a mercadoria no destino, conforme comprovam os inclusos
canhotos de entrega.

Diante do exposto, não resta outra alternativa ao


Requerente, senão recorrer ao Poder Judiciário, para a concretização de seus
direitos.

II – FUNDAMENTOS JURÍDICOS.

II.I - DA RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA.

A Lei 13.103/2015, em seu artigo 15 § 5º.-A e §


9.º, gera o dever de indenizar, pelo tempo de espera para o descarregamento.

Ainda, a teor da Lei Federal n. 11.442/2007, em


seu artigo 5º - A, § 2º. , determina in verbis , que :

Art. 5º. – A . O pagamento do frete do


transporte rodoviário de cargas ao
Transportador Autônomo de Cargas – TAC,
deverá ser efetuado por meio de crédito em
conta mantida em instituição integrante do
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sistema financeiro nacional, inclusive
poupança, ou por outro meio de pagamento

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regulamentado pela Agência Nacional de
Transporte Terrentre – ANTT, a critério do
prestador do serviço.
[ ...]
§ 2º. – O contratante e o sub-contratante dos
serviços de transporte rodoviário de cargas,
assim como o consignatário e o proprietário
da carga, são solidariamente responsáveis
pela obrigação prevista no caput deste artigo,
resguardado o direito de regresso destes
contra os primeiros.

Desta forma, pelo exposto, requer desde já que


as empresas Requeridas sejam citadas para responderem à presente demanda,
uma vez que todas beneficiaram-se do serviço prestado pelo Requerente,
podendo ser legitimamente integradas no pólo passivo desta medida judicial.

II.II –DO DESCUMPRIMENTO DA LEI 10.209/01. DO NÃO PAGAMENTO DO


PEDÁGIO. DA NÃO ANTECIPAÇÃO DO VALE-PEDÁGIO OBRIGATÓRIO

Destaca-se inicialmente que o valor de R$


443,30(quatrocentos e quarenta e três reais e trinta centavos) referente ao
pedágio não está destacado nos contratos de afretamento, vez que tal despesa foi
suportada pelo requerente, em sua integralidade como é comprovado pelo extrato
do Sem parar, em anexo.

Em que pese a Lei 10.209/2001 estabeleça de


forma clara e objetiva em seu art. 1º, § 1º a obrigação do embarcador de alcançar
ao transportador os vales-pedágio relativos às praças de pedágio existentes no
percurso do transporte contratado (e a ré ser equiparada a embarcadora,
conforme inciso II do § 3º do mesmo art. 1º), e que o art. 3º, § 2º, também da Lei
10.209/01, determina que o vale-pedágio obrigatório deve ser entregue ao
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transportador rodoviário no ato do embarque, não foi o que ocorreu no caso
telado.

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Com efeito, conforme se verifica no contrato
trazido aos autos, em total arrepio a lei, a parte ré ignorou qualquer valor a título
de pedágio como sequer antecipou o vale-pedágio obrigatório, posto que pagou
apenas o valor do frete.

Desse modo, evidente o descumprimento da Lei


10.209/01, simplesmente porque a ré não honrou sua responsabilidade de efetuar
o pagamento dos pedágios como sequer alcançou antecipadamente o vale-
pedágio ao Requerente.

É de se observar que a ré também sequer


efetuou o pagamento do valor correspondente aos pedágios, até porque nunca
houve por parte da Requerida interesse no pagamento posterior do pedágio ou do
vale-pedágio, mesmo com as exigências feitas pela parte demandante.

Na prática, o Requerente para poder realizar o


transporte contratado pela ré teve que desembolsar, por sua conta e risco, os
valores relativos às taxas de pedágio que, por disposição legal, deveriam ter sido
antecipadas pela demandada com a entrega dos vales-pedágio obrigatório antes
de iniciar cada transporte.

Esse modo, tendo em vista a inobservância da


obrigação legal acima referida por parte da transportadora contratante, e que tal
violação causou prejuízos ao Requerente, não restou alternativa a não ser a
propositura da presente demanda, na qual se busca a condenação da Requerida
a restituição dos valores pagos pelo demandante dos pedágios que cruzou
quando realizou os transportes de cargas da Requerida e também a aplicação da
sanção prevista no art. 8º da Lei 10.209/01.

Conforme o art. 8º da Lei nº 10.209/2001, por


não ter havido a antecipação do vale-pedágio obrigatório pela transportadora
requerida na ocasião do embarque, a demandada ficou obrigada a indenizar a
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transportadora em quantia equivalente a duas vezes o valor do frete realizado sem
a antecipação do aludido vale.

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Considerando que a Lei 10.209/01 já estava em
vigor na época em que realizados os transportes pelo Requerente, e que seu art.
2º textualmente prega que “O valor do Vale-Pedágio não integra o valor do frete”,
e seu art. 3º reza que “A partir de 25 de outubro de 2002, o embarcador passará a
antecipar o Vale-Pedágio obrigatório ao transportador”, percebe-se que não
ocorreu o repasse na forma determinada em lei, e por isso é de ser aplicada a
multa estipulada no art. 8º da legislação em tela, pois sequer foram pagos os
valores gastos a título de pedágio pelo requerente, muito menos foram
antecipados os vales-pedágio obrigatórios.

No caso, com a devida vênia, evidente o


descumprimento da lei por parte da Requerida, basta conferir o contrato de
afretamento anexado aos autos.

Ainda, verifica-se na “observação Vale pedágio”


do contrato de afretamento esta zerado não possuindo descrição de qualquer
valor antecipado ao Requerente. Todavia só há registro de pagamento dos fretes,
permanecendo os demais campos zerados, confirmando que não houve
pagamento antecipado (nem posterior) do vale-pedágio, razão pela qual há que se
ser aplicada a lei específica no presente caso.

A não aplicação da sanção inibitória prevista no


art. 8º da Lei 10.209/01 (art. 8º: Sem prejuízo do que estabelece o art. 5º, nas
hipóteses de infração ao disposto nesta Lei, o embarcador será obrigado a
indenizar o transportador em quantia equivalente a duas vezes o valor do frete)
neste momento, é tornar inócua toda a regulamentação em claro prejuízo
daqueles que a lei quis proteger.

O pedido está ancorado na Lei 10.209 de 23 de


março de 2001 que instituiu o vale-pedágio obrigatório sobre o transporte de carga
em seu art. 1º, sendo que o § 1º desse artigo prega que “o pagamento de pedágio,
por veículo de carga, passa a ser de responsabilidade do embarcador”.
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Por não ter sido antecipado o vale-pedágio
obrigatório, como também sequer houve o devido reembolso dos valores gastos

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pelo Requerente, é devida tanto a multa do art. 8º da Lei especial, valor que
deverá ser ressarcido devidamente corrigido desde a data de cada transporte
feito, em dobro, correspondendo nesse momento ao valor de R$ 9.923,00 (nove
mil novecentos e vinte e três reais) como também o ressarcimento dos valores
pelo Requerente pagos nos pedágios que cruzou nos trajetos que transportou as
cargas da requerida, valor que hoje chega a R$ 302,00(trezentos e dois reais).

Diante dos fatos narrados e da legislação


específica que regula a matéria, bem como pela prova documental juntada neste
momento, requer a parte autora ao final que seja reconhecida a conduta ilegal da
transportadora demandada em não pagar os pedágios, nem de antecipar o vale-
pedágio obrigatório com a consequente restituição dos valores gastos pela autora
e também com a aplicação da penalidade prevista no art. 8º da Lei 10.209/2001.

II.III - SALDO DE FRETE.

O frete para o transporte da mercadoria da


cidade de José Bonifácio até São José do Rio Preto foi contratado pelo valor de
10.500,00 (dez mil e quinhentos reais) houve um adiantamento de R$ 3.650,00
(três mil seiscentos e cinquenta reais), restando portanto o valor do saldo de R$
6.850,00 ( seis mil oitocentos e cinquenta reais ).

III – DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS.

Para a configuração dos danos morais, exige-se


um acontecimento que altere à normalidade e interfira no psicológico da pessoa
de forma significativa.

O dano moral constitui lesão que integra os


direitos da personalidade, como a vida, a liberdade, a intimidade, a privacidade, a
honra, a imagem, a identificação pessoal, a integridade física e psíquica, o bom
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nome; enfim, a DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA, um dos fundamentos da
República Federativa do Brasil, apontado, expressamente, na Constituição

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Federal – Artigo 1º. III.

Configura dano moral aquele dano que, fugindo


à normalidade, interfira intensamente no comportamento psicológico do indivíduo,
causando-lhe aflições, angústia, desequilíbrio em seu bem estar, podendo
acarretar a ofendido, dor, sofrimento, tristeza, vexame e HUMILHAÇÃO.

Esclarece YUSSEF SAID CAHAI que, dano


moral é :

“ É tudo aquilo que molesta gravemente a


alma humana, ferindo-lhe gravemente os
valores fundamentais inerentes à sua
personalidade ou reconhecidos pela
sociedade em que está integrado. “( CAHALI,
Yussef Said . Dano moral, 2º. Ed., São Paulo,
Revista dos Tribunais, 1998, p.20.).

CARLOS ALBERO BITTAR leciona :

“ Qualificam-se como morais os danos em


razão da esfera da subjetividade, ou do plano
valorativo da pessoa na sociedade, em que
repercute o fato violador, havendo-se como
tais aqueles que atingem os aspectos mais
íntimos da personalidade humana ( da
intimidade e da consideração pessoal), ou o
da própria valoração da pessoa no meio em
que vive e atua ( o da reputação ou da
consideração social “ ( BITTAR, Carlos
Alberto. Reparação Civil por danos morais, n.
7,p 41).
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No caso em tela, o Requerente permaneceu
vários vem permanecendo em espera para receber o que lhe é de direito.

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Observe-se ainda que o pagamento realizado
pelo primeiro Requerente foi dolosamente realizado com um CHEQUE
FRAUDADO ou seja o Requerido sabia da ilegalidade da cártula e simplesmente
com extrema má-fé, utilizou este cheque fruto de ilícito para tentar
dissimuladamente quitar sua obrigação com o Requerente, transferindo-lhe
conforme já relatado toda a responsabilidade pela cobrança do cheque fraudado.

Esta atitude comprova toda a má-fé do primeiro


Requerido.

É inegável que a conduta ilícita do primeiro


Requerido, caracterizada aqui pela desconsideração e desapreço que se
relacionam comercialmente com o motorista, deixando-o no aguardo, por prazo
indeterminado, totalmente desinformado, sem perspectiva alguma de saber em
qual momento ( dia e hora ) receberia a justa remuneração pelo contrato de
transporte cumprido, causou danos que afetaram seus direitos da personalidade.

Em um primeiro momento, porque seu


relacionamento com o banco foi abalado pela atitude inconsequente e maldosa do
primeiro Requerido que repassou um CHEQUE FRAUDADO. Em um segundo
momento, porque comprometeu o orçamento do Requerente uma vez que todas
as despesas pelo transporte foram por ele assumidas, causando-lhe um abalo
financeiro pois além de não auferir lucro, teve que despender valores com gastos
que eram de responsabilidade do primeiro Requerente.

O princípio da dignidade da pessoa humana é


um princípio construído pela história e consagra um valor que visa proteger o ser
humano contra tudo que lhe possa levar ao seu desprezo.

A Constituição Federal de 1988, em seu artigo


5º, consagra a tutela do direito à indenização por dano material ou moral
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decorrente da violação de direitos fundamentais, tais como a honra e a imagem
das pessoas, vejamos: [...] X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra

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e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material
ou moral decorrente de sua violação; [...].

O Código Civil agasalha da mesma forma, a


reparabilidade dos danos morais. O artigo 186 trata da reparação do dano
causado por ação ou omissão do agente: Aquele que, por ação ou omissão
voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem,
ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
.
Dessa forma, o artigo 186 do Código Civil define
o que é ato ilícito, enquanto o artigo 927 do mesmo diploma legal disciplina o
dever de indenizar, ou seja, a responsabilidade civil.

Conforme o artigo 927 do Código Civil: Aquele


que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-
lo.

Pois bem, no caso em comento não há a mínima


dúvida de que o Requerente sofreu danos morais em razão da conduta
negligente, desleal e até desumana do primeiro Requerido.

Assim sendo, para arbitramento da indenização


por danos morais, é preciso levar em conta, pelo princípio da razoabilidade, o
lucro auferido pelas Requeridas, bem como os danos causados ao Requerente
por todo o sofrimento, desconforto, angústia e ansiedade impostos ao motorista.

Estando demonstrado o desprezo da primeira


Requerida, bem como sua conduta ilícita e os demais requisitos que caracterizam
a responsabilidade civil, surge a obrigação de indenizar pelos danos morais
causados ao Requerente.

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Desta forma, requer que as Requeridas sejam
condenadas ao pagamento de indenização a título de dano moral no valor de R$

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10.000,00 (dez mil reais) ou outro valor a ser fixado por Vossa Excelência, desde
que condizente com a situação vexatória exposta e o dissabor e vergonha,
experimentado pelo Requerente.

IV –DOS PEDIDOS

Diante do exposto, pede e requer se digne V. Exa de julgar


TOTALMENTE PROCEDENTE OS PEDIDOS DA PRESENTE AÇÃO,
determinando:
a) a citação das requeridas, a ser efetivada nas
pessoas dos seus representantes legais para que, querendo, respondam aos
termos da presente, sob pena de revelia e confissão ficta;

b). Desde já requer seja apresentado com a


contestação o comprovante de aquisição do vale-pedágio, de acordo com o art.
2º, parágrafo único da Lei 10.209/01 e da a Resolução 2885 da ANTT, sob pena
de confissão, sendo assim admitidos os fatos narrados na inicial de que não
houve a aquisição nem a antecipação do vale-pedágio obrigatório como
determinado na Lei 10.209/01 e também de que efetuou o pagamento total do
frete contratado;
c). Seja declarado que não houve pagamento
dos pedágios por parte da Requerida, responsável legal por essa obrigação, e por
consequência, que seja condenada a ressarcir ao Requerente R$
443,30(quatrocentos e quarenta e três reais e trinta centavos), que foram por ele
despendidos para cruzar as praças pedagiadas no transporte realizado,
devidamente corrigidos na data de cada transporte;

d). Seja determinado a requerida realizar o


pagamento do valor de R$20.760,00(vinte mil setecentos e sessenta reais)
referente ao valor do frete em dobro conforme art. 8º da lei N. 10.209/2001, “ in
verbis”:

Rua Alcídio Viana, nº 1001, 2º andar sala 23, bairro São Pedro, São José dos Pinhais – Paraná, 11
E-mail: patriciopereira@yahoo.com.br
PROJUDI - Processo: 0013397-64.2018.8.16.0038 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Patricio Jean Pereira
11/12/2018: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
DR. PATRÍCIO JEAN PEREIRA – OAB/PR 66.319

FONE: (041) 3588-0309/9820-2944/9509-5215.


Art. 8º. Sem prejuízo do que estabelece o art. 5º.,
nas hipóteses de infração ao disposto nesta Lei,

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o embarcador será obrigado a indenizar o
transportador em quantia equivalente a duas
vezes o valor do frete.

d) Seja determinado as requeridas o pagamento


do saldo do frete no valor de R$ R$ 6.850,00 (seis mil oitocentos e cinquenta
reais).

e) Seja determinado às requeridas o pagamento


de indenização por danos morais no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais) ou
outro valor a ser fixado por Vossa Excelência, desde que condizente com a
situação exposta e o sofrimento experimentado pelo requerente;

f) a produção de todas as provas em direito


admitidas, inclusive testemunhal, depoimento pessoal, juntada de novos
documentos e outras que se fizerem necessárias para o deslinde do feito.

Dá-se à causa o valor de R$ 38.053,30(trinta e


oito mil e cinquenta e três reais e trinta centavos).

Nestes termos,
Pede deferimento.

São José dos Pinhais, 11 de dezembro de 2018.

________________________________________
PATRICIO JEAN PEREIRA OAB/ PR. 66.319

Rua Alcídio Viana, nº 1001, 2º andar sala 23, bairro São Pedro, São José dos Pinhais – Paraná, 12
E-mail: patriciopereira@yahoo.com.br

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