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PROJUDI - Processo: 0033001-08.2017.8.16.0018 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Shirley Aparecida Bechere Olivetti


31/10/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Advocacia Olivetti

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Dra. Shirley Olivetti OAB-PR 27996

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO __ JUIZADO

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJLS7 WURVX ZRZ45 NYQFR


ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MARINGÁ – ESTADO DO PARANÁ.

CAMILA RODRIGUES NUNES (1ª Requerente), brasileira,


solteira, faxineira, portadora da Cédula de Identidade RG/PR
10.453.535-6 e do CPF. 085.218.439-50, sem endereço eletrônico
para ser fornecido nesta oportunidade, e

LUCINEY CLAUDIANO DA PAIXÃO (2º Requerente), brasileiro,


solteiro, instalador de interfone, portador da Cédula de
Identidade RG/PR 6.204.765-8 e do CPF. 884.274.479-49, ambos
residentes e domiciliados na Rua Francisco Amaro, 165 – Jardim
Catedral, CEP. 87.140-000, na cidade de Paiçandu, Estado do
Paraná, ambos por meio de sua procuradora judicial “in fine”
assinado, advogada inscrita na OAB/PR 27.996, com escritório
profissional no endereço constante no rodapé, onde recebe
intimações e demais notificações, vem com respeito e acatamento
a presença de Vossa Excelência propor a presente

AÇÃO DE ANULAÇÃO DE ATO JURÍDICO C/C DANOS


MATERIAIS C/C DANOS MORAIS C/C PEDIDO
PRELIMINAR E DE TUTELA DE URGÊNCIA
em face de BELLAKASA NEGÓCIOS IMOBILIÁRIOS LTDA (1ª
Requerida), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no
CNPJ sob o nº 72.570.484/0001-15, com sede na Avenida
Tiradentes, 25, Zona 02, CEP. 87.013-260, na cidade de Maringá-
PR, e;

ALFEU BOTTAZARI JUNIOR (2º Requerido), brasileiro,


cirurgião dentista, portador do CPF. 796.235.229-91, com
endereço profissional na Praça Manoel Ribas, 350 – Odontologia
Bottazari – na cidade de Maringá-PR, pelos fatos e motivos que
a seguir expostos:

EM MARINGÁ: Rua Santos Dumont, 2166- EDIFÍCIO INTERCENTER – 11º ANDAR- SALA 1105 – Centro– Fone –fax: (44) 3031-3804
E-mail / Cel: shirleyolivetti@hotmail.com (99974-3804)
PROJUDI - Processo: 0033001-08.2017.8.16.0018 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Shirley Aparecida Bechere Olivetti
31/10/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Advocacia Olivetti

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
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A SÍNTESE DOS FATOS.

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Os Requerentes na data de 28 de Dezembro de 2016, firmaram
com os Requeridos, um contrato de locação de número
0014666001000, do imóvel COMERCIAL em alvenaria, contendo 01
(um) barracão e 01 (um) banheiro, localizado na Rua Curitiba,
1917, Jardim Catedral, na cidade de Paiçandu-PR.

Contam que o imóvel é de propriedade do 2º Requerido,


tendo ele entregue o mesmo à 1ª Requerida para que pudesse
administrá-lo em locação.

Para a confecção do referido contrato de aluguel foi


exigido dos Requerentes pela 1ª Requerida, todos os documentos
hábeis a comprovar a atividade que seria exercida no referido
imóvel, que de pronto foi pelos mesmos entregues pessoalmente à
1ª Requerida para análise, dentre eles o contrato social da
empresa que funcionaria no referido imóvel sob o comando dos
Requerentes, posto que os mesmos já tinham a empresa em pleno
funcionamento em outro endereço, objetivando tão somente a
mudança da mesma.

Como bem se pode ver Excelência, SENDO ESTE UM PONTO


IMPRESCINDÍVEL NA PRESENTE AÇÃO, no referido documento consta a
atividade fim dos Requerentes como sendo a de BAR, LANCHONETE E
CASA DE SHOW, o que de pronto os Requerentes tiveram pleno
conhecimento desde o início da negociação havida entre as
partes, não podendo jamais alegar desconhecimento.

Quando da emissão do referido contrato de aluguel,


portanto, a 1ª Requerida (que foi quem elaborou e emitiu o mesmo,
conforme se pode ver pelo que consta no cabeçalho do referido documento
anexo), fez constar equivocadamente no campo “Finalidade e/ou
destinação” como sendo “COMERCIAL – LOCAÇÃO DE EQUIP. PARA
EVENTOS”, quando na verdade o imóvel estava sendo locado para
os fins constantes no contrato social da empresa de propriedade
dos Requerentes, o qual foi apresentado à Imobiliária, qual
seja: BAR, LANCHONETE E CASA DE SHOW.

Os Requerentes já trabalham nesta mesma área e ramo desde


13 de Dezembro de 2013 (data em que constituíram a empresa), o que se
encontra comprovado pelo documento que entregaram no ato do
pleito do imóvel à 1ª Requerida para análise e aprovação do
contrato locatício. Suas provas documentais se encontram
carreadas a este procedimento, sendo que as testemunhais serão
plenamente realizadas em audiência, uma vez que se dirigiram
pessoalmente na Imobiliária, ora 1ª Requerida, para fazerem a

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entrega dos documentos para análise e prévia aprovação, antes

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de receberem em mãos a chave do imóvel.

Os Requerentes já funcionavam portanto, na mesma atividade


por 03 (três) anos anteriores, em outros endereços, conforme
comprovam os documentos em anexo à esta Inicial, o que não pode
restar desconsiderado e nem pode a 1ª Requerida alegar
desconhecimento, pois estava, como sempre esteve, com todos os
documentos exigidos em mãos.

Como bem se vê, a 1ª Requerida tomou conhecimento de tudo


desde que foi procurada pelos Requerentes para locarem o imóvel
em questão, realizando inclusive uma vistoria no referido
imóvel quando da emissão do contrato, lá constatando diversas
irregularidades no prédio (essa vistoria se encontra em anexo),
autorizando os Requerentes a realizarem as reformas
necessárias, todas por suas contas, concedendo a eles uma
carência quanto aos pagamentos dos alugueres, que foi de 06
(seis) meses após a assinatura do contrato.

Contam que essa carência foi concedida aos mesmos, a fim


de que pudessem recuperar os valores despendidos nas reformas
que haveriam por necessidade de fazer no prédio locado, o que
seria feito com a realização de bailes e eventos no local em
épocas oportunas, que seriam realizados após as reformas e
adequações necessárias do imóvel.

Após as devidas e autorizadas adequações e reformas


realizadas no prédio locado pelos Requerentes, novamente a 1ª
Requerida compareceu ao local, tendo realizado uma nova
vistoria, oportunidade em que lá verificou ter sido construído
um balcão para bar, um palco, um telhado com estrutura
metálica, reformas de pisos, banheiros, troca de telhas,
colocação de portas de emergências exigidas pela lei para
realização de eventos públicos, dentre outros totalmente
visíveis à 1ª Requerida, que tratava de tudo em nome também de
seu cliente ora 2º Requerido, aprovando todas as reformas
realizadas e dando autorização para início das atividades fim
aos Requerentes.

Portanto, de tudo tomaram conhecimento e ficaram cientes


nesta oportunidade, não podendo os mesmos alegar
desconhecimento, pois inclusive a tudo fotografavam nesta
ocasião.

Cientes e sabedores da concordância pelos Requeridos, os


Requerentes então realizaram o 1º evento no local, o que se deu

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antes do início da quaresma deste ano de 2017 (fotos do evento

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anexas).

Após a realização deste primeiro evento, os Requerentes


respeitando o período da quaresma, suspenderam as atividades
por 40 (quarenta) dias, quando então no sábado de aleluia do
ano de 2017, realizaram o 2º evento no local locado, tendo o
mesmo transcorrido dentro da mais perfeita normalidade, sem
qualquer reclamação de quem quer que seja (fotos desse evento
também em anexo).

Porém na data de 20 de Abril de 2017, logo após a


realização desse 2º evento no local, os Requerentes receberam
uma notificação da 1ª Requerida, comunicando que o contrato
seria rescindido pelo motivo de terem os Requerentes alterado o
ramo de atividades a serem desenvolvidas no local, O QUE
EFETIVAMENTE NUNCA OCORREU!

A 1ª Requerida então solicitou aos Requerentes que


desocupassem o local e devolvessem as chaves que lhes tinham
sido entregues no momento da efetivação do contrato com a
máxima urgência.

De pronto, os Requerentes exigiram explicações a respeito,


lembrando à Imobiliária que haviam realizado benfeitorias no
imóvel, o que não lhes tinha custado pouco, querendo saber os
motivos da rescisão do contrato pela 1ª Requerida, sem êxito,
pois a mesma informou que o contrato tinha sido rescindido e
que não poderiam os mesmos mais adentrarem ao local, devendo
devolver as chaves imediatamente, sob as penas da lei vigente.

Informou ainda a Imobiliária 1ª Requerida, que o


proprietário do imóvel ora 2º Requerido, não consideraria
quaisquer das reformas realizadas no imóvel e que os
Requerentes as perderiam, por integralizarem ao mesmo.

Inconformados, os Requeridos ainda foram informados pela


1ª Requerida de que nada poderiam retirar do local, pois lá não
mais poderiam adentrar, lembrando que ELES COLOCARAM PEÇAS
NOVAS NOS BANHEIROS, INSTALARAM PORTAS DE EMERGÊNCIA E CORTA
FOGO POR EXIGÊNCIA DOS BOMBEIROS, ELES CONSTRUÍRAM UM TETO COM
ESTRUTURA METÁLICA NO LOCAL, TROCARAM TODAS AS TELHAS QUE
ESTAVAM QUEBRADAS, TROCARAM PISOS E AZULEJOS, CONSTRUÍRAM BAR E
PALCO NOVOS, ARRUMARAM TODO O REBOCO DO IMÓVEL QUE ESTAVA
QUEBRADO E DETERIORADO, COLOCARAM TORNEIRAS E ACESSÓRIOS,
REFORMARAM UMA CASA QUE ERA ACOPLADA AO BARRACÃO ALUGADO, NELA
TAMBÉM FAZENDO TODAS AS BENFEITORIAS NECESSÁRIAS À PERMANÊNCIA

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DE PESSOAS, BEM COMO PINTARAM TODO O PRÉDIO E ACOPLADOS, MUROS,

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ETC.

Todas essas reformas possuem documentos comprobatórios,


que agora se juntam ao presente feito, para que possam ser
ressarcidas pelos Requeridos, totalizando um valor de R$
28.000,00 (vinte e oito mil reais).

Além disso, no momento da locação, haviam contas de água e


energia elétrica atrasadas referentes ao inquilino anterior,
que foram exigidos os pagamentos dos Requerentes pelos
Requeridos, que também as quitaram naquela oportunidade, como
requisito para locação do imóvel, valores esses que remontam em
R$ 643,00 (seiscentos e quarenta e três reais), sendo R$ 70,00
(setenta reais) referente a conta de energia elétrica e R$
573,00 (quinhentos e setenta e três reais) referentes a contas
de água (comprovantes de pagamento em anexo).

Tem-se por certo que quem errou/se equivocou quando do


preenchimento do contrato de locação, diga-se de passagem, até
supostamente com a má intenção de se beneficiar das reformas e
pedir que os mesmos depois desocupassem o prédio, data vênia,
FORAM OS REQUERIDOS E NÃO OS REQUERENTES, não podendo eles
amargarem os prejuízos das reformas que fizeram no prédio, das
contas que pagaram antecipadamente, nem tampouco os danos
morais que suportaram.

Após o pedido de desocupação imediata dos Requerentes do


local, diversos contatos foram realizados pelos mesmos com os
Requeridos para tentarem solucionar o problema de forma
amigável, pois os Requerentes não podem, de maneira alguma,
ficar no prejuízo em relação ao todo pactuado com os
Requeridos, que desde o início foram informados e tiveram pleno
conhecimento que ali seria utilizado para realização de eventos
e não para guarda de equipamentos de eventos como consta do
contrato de forma totalmente equivocada.

Sem qualquer resposta quanto aos seus ressarcimentos, os


Requerentes passaram então a notificar extrajudicialmente os
Requeridos (cópia anexa), bem como se dirigiram até a
Imobiliária 1ª Requerida, para tratarem de tais infortúnios,
quando lá chegando, foram recebidos pala Dra. Luciene, que se
intitulou advogada dos Requeridos, sendo então informados pela
mesma que haviam modificado por suas contas e riscos o ramo de
atividade que constava no contrato de locação e que por isso
eram para “saírem fora”, desocupando imediatamente o local,
pois o contrato estava cancelado.

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Os Requerentes então lembraram a advogada que haviam
informado à pessoa de Fernanda (funcionária da 1ª Requerida que sempre
atendeu os Requerentes), quando da efetivação do referido contrato
que o ramo de atividade seria esse e que o documento
comprobatório disso (contrato social da empresa dos Requerentes),
tinha sido a ela entregue no momento da confecção do contrato
de locação para devida análise e aprovação. Informaram que ela
restou plenamente ciente que se tratava de um Bar, Lanchonete e
Casa de Show.

Os Requerentes, nesse momento, pediram para chamar a


pessoa de Fernanda, que foi quem os atendeu quando da
efetivação da locação, sendo que esta veio até a presença dos
mesmos e da advogada, confirmando todos os fatos aqui alegados.

No entanto a imobiliária não voltou atrás, informando que


os mesmos precisavam desocupar o imóvel locado imediatamente.
Nesta oportunidade, então, as chaves foram devolvidas mediante
a assinatura de um documento.

Após esse episódio desolador, a 1ª Requerente


inconformada, esteve pessoalmente por diversas vezes na sede da
1ª Requerida para resolver consensualmente o problema, pois
ainda estava devendo nas lojas os materiais que utilizou para a
realização das reformas e benfeitorias do imóvel, quando passou
então a tratar com uma funcionária por nome Regiane, que
informou aos Requerentes, que o 2º Requerido tinha ofertado aos
Requerentes uma proposta para pagamento dos valores das
reformas no valor de R$ 20.000,00 (vinte mil reais) e que ele
até estava convencido a pagar este valor, porém a advogada da
imobiliária, Dra. Luciene, posteriormente o fez voltar atrás, o
fazendo mudar de idéia.

Regiane então ficou de ver se conseguia novamente manter


contato com o proprietário do imóvel (2º Requerido), a fim de
que ele ressarcisse os Requerentes nos valores das reformas
realizadas. Porém não mais deu retorno aos mesmos até os dias
de hoje, que amargam os prejuízos inconformados.

Excelência,

Explicam os Requerentes que não podem amargar prejuízos em


face dos valores despendidos na reforma e na adequação do
referido imóvel, posto que trocaram telhas, vidros quebrados,
instalaram telhado em estrutura metálica, colocaram portas,
assentaram peças nos banheiros, pintaram todo o prédio, fizeram

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saídas de emergência com portas especiais exigidas pelos órgãos

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competentes, enfim, consertaram e reformaram todo o prédio e
uma residência acoplada ao mesmo, além de terem pago as contas
atrasadas do imóvel, no tocante a água e energia elétrica,
deixando claro que todos os valores gastos se aproximam de R$
28.000,00 (vinte e oito mil reais) conforme comprovantes em
anexo.

Os Requerentes jamais deram causa à rescisão do contrato,


pois desde o momento da assinatura do mesmo, até o momento em
que a 1ª Requerida os notificou para que desocupassem o imóvel,
realizaram a mesma atividade empresarial que sempre tiveram.

Portanto, quem deu causa para a rescisão do contrato não


foram eles, mas tão somente a 1ª Requerida, que elaborou o
documento de forma equivocada, colhendo a assinatura do 2º
Requerido (que também não observou o equívoco), querendo agora
fazer valer o que nunca foi combinado entre as partes ou
pactuado pelas mesmas.

Ressalve-se que tudo foi feito em nome e com autorização


do 2º Requerido, que em certo momento da negociação, até estava
convencido de ressarcir as benfeitorias realizadas pelos
Requerentes em seu imóvel, mas que mudou de idéia após ter
conversado com a advogada da 1ª Requerida, que certamente o
convenceu do contrário, data vênia.

DAS MODIFICAÇÕES NO IMÓVEL PELOS REQUERIDOS APÓS A DESOCUPAÇÃO


PELOS REQUERENTES: desmancharam parte de toda reforma que os
Requerentes fizerem no imóvel, o que comprovam as fotos neste
ato juntadas, que foram feitas pelo 2º Requerente no exato
momento em que estavam no local os funcionários, a mando dos
Requeridos, com máquinas e tratores, destruindo em parte o que
foi feito pelos mesmos.

Na data de 11 de Setembro de 2017, portanto, os


Requerentes passaram pessoalmente no local da sede do imóvel
que haviam locado e reformado, quando notaram que os
funcionários da 1ª Requerida estavam no local retirando todas
as benfeitorias que os Requerentes fizeram no prédio e que eles
agiam também em nome do 2º Requerido, visto que quando
questionados, assim responderam.

Imediatamente os Requeridos mantiveram contato com a


pessoa de Roberval, pessoa autorizada e de confiança do 2º
Requerido, que foi quem lhes confirmou tais ordens emanadas

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também do mesmo.

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Realizaram as fotos que seguem anexas para comprovarem ao
Douto Magistrado a escancarada ma fé dos Requeridos em tentarem
desmanchar e destruir as provas das reformas realizadas, mas os
Requerentes possuem notas fiscais, recibos e fotos
comprobatórias de tudo o que fizeram e investiram, podendo
também provarem por testemunhas os prejuízos que amargam.

Diante dos comportamentos arbitrários dos Requeridos e da


ausência de respostas de ressarcimento aos Requerentes, eles
não viram outra alternativa a não ser recorrerem ao judiciário,
pois não aceitam amargar enormes prejuízos em face de tais
atos, inclusive de benefícios próprios pelos Requeridos, data
vênia, em total detrimento aos Requerentes.

DO PEDIDO PRELIMINAR E DA TUTELA DE


URGÊNCIA.
PRELIMINAR: DA NECESSIDADE DE CONCESSÃO DA GRATUIDADE
DE JUSTIÇA AOS REQUERENTES.

Os Requerentes são pessoas de parcos recursos, não


possuindo no momento rendimentos suficientes para custear as
despesas processuais e honorários advocatícios em detrimento de
seus sustentos e de suas famílias.

Consta no Art. 4º da Lei nº 1060/50 sobre a gratuidade da


justiça, senão vejamos:

“Art. 4º A parte gozará dos benefícios da assistência


judiciária, mediante simples afirmação, na própria
petição inicial, de que não está em condições de pagar as
custas do processo e os honorários de advogado, sem
prejuízo próprio ou de sua família”.

As normas legais não exigem que os Reclamantes da


gratuidade da justiça sejam miseráveis para recebê-la sob forma
de isenção de custas, bastando que comprovem insuficiência de
recursos para custearem o processo, ou, como reza a norma
constitucional, que não estejam em condições de pagar custas do
processo sem prejuízo próprios ou de suas famílias.

O Código de Processo Civil também legisla acerca da


gratuidade processual, ora vejamos:

“Art. 98. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou

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estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as

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custas, as despesas processuais e os honorários
advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na
forma da lei”.

No mesmo sentido é a redação da Constituição Federal em


seu Art. 5º, LXXIV, vejamos:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)

LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e


gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos;”

Dessa forma, levando em conta as declarações de


hipossuficiência anexas, nos termos da Lei nº 1060/50, e do que
consta no Código de Processo Civil e na Constituição Federal,
requer a este Juízo, que lhes sejam concedidas as gratuidades
processuais momentânea, reservando-se ao direito de poder
quitar as custas e despesas processuais ao final do processo,
se assim entender e determinar Vossa Excelência.

DA TUTELA ANTECIPADA EM CARATER DE URGÊNCIA:

Excelência, trata-se de uma ação de anulação de um ato


jurídico que originou um contrato de locação de imóvel para
fins comerciais pelos Requerentes junto aos Requeridos.

Como bem se pode ver, por força de erro cometido pela 1ª


Requerida no momento da confecção do contrato de locação, se
fez constar no campo “Finalidade e/ou destinação” como sendo
“COMERCIAL – LOCAÇÃO DE EQUIP. PARA EVENTOS”, quando na verdade
o imóvel estava sendo locado para os fins constantes no
contrato social da empresa de propriedade dos Requerentes, QUE
FOI APRESENTADO NO MOMENTO DO INTERESSE NA LOCAÇÃO DO IMÓVEL,
qual seja: “BAR, LANCHONETE E CASA DE SHOW” (VER DOCUMENTO
ANEXO).

Tem-se por certo que o erro partiu da Imobiliária, que no


momento da elaboração do contrato, fez constar no mesmo uma
informação diversa daquela que tinha em mãos, e que tinha sido
fornecida por exigência da mesma pelos Requerentes no ato da
negociação, TENDO A MESMA SIDO APROVADA E LIBERADA AOS MESMOS
DE PRONTO.

Portanto, NÃO TIVERAM O DEVIDO ZELO E CUIDADOS NECESSÁRIOS

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PROJUDI - Processo: 0033001-08.2017.8.16.0018 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Shirley Aparecida Bechere Olivetti
31/10/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Advocacia Olivetti

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Dra. Shirley Olivetti OAB-PR 27996

PARA ELABORAREM E EMITIREM O DOCUMENTO DE FORMA CORRETA, DA

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FORMA COMO PACTUADO COM OS REQUERENTES, ESTANDO O DOCUMENTO COM
UM ERRO MATERIAL QUE TORNA O NEGÓCIO NULO DE PLENO DIREITO,
VISTO QUE NÃO FOI O QUE AS PARTES PACTUARAM, NÃO REFLETINDO A
VERDADE E A VONTADE DAS PARTES NAQUELE MOMENTO.

Vê-se que os Requeridos, supostamente de má fé e já


objetivando reformar o imóvel e dele retirar vantagens, data
vênia, inclusive quanto ao recebimento da multa rescisória,
fez tudo acontecer da forma que mais lhe favoreciam,
aproveitando da ingenuidade e ignorância jurídica dos
Requerentes, causando-lhes prejuízos materiais (gastos que
tiveram com reformas e adequações e com pagamentos de despesas
– água e energia elétrica atrasados – do referido imóvel),
deixando-o em condições para locar para outros interessados,
porém tudo às custas dos Requerentes, o que não se pode de
forma alguma aceitar.

Além do mais, após a 1ª Requerida ter tomado conhecimento


dos fatos e ter comunicado o 2º Requerido, este por sua vez,
como proprietário do imóvel que deixou para locação, ordenou a
terceiros (seus funcionários) que demolissem parte do local,
bem como que fossem removidas diversas melhorias que foram
realizadas pelos Requerentes, retirando-as.

Tais atos arbitrários deixam implícitos os danos causados


aos Requerentes deste processo, que inclusive não poderão fazer
uma vitoria no imóvel caso necessário durante o carrear
processual, uma vez que se encontram destruídas as reformas que
fizeram. No entanto, estão carreando ao processo as fotos de
quando realizavam as reformas no local, e também as fotos dos
terceiros desmanchando e retirando as benfeitorias lá por eles
realizadas, que podem perfeitamente comprovar o todo aqui
alegado.

Testemunhas também serão levadas à presença desse Juízo em


momento oportuno, a fim de declararem tudo o que sabem e o que
viram no local dos fatos.

Juntam nesta oportunidade as fotos do imóvel antes das


reformas que realizaram e depois das reformas já prontas.
Juntam também as fotos dos terceiros, desmanchando tudo o que
fizeram após o entrevero que suportaram em razão do erro
cometido pela 1ª Requerida em nome e com autorização do 2º
Requerido.

O Código de Processo Civil prevê tais ocasiões e dá às

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partes maneiras de resguardar seus direitos para que o processo

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possa ocorrer de maneira correta, senão vejamos o que preceitua
o artigo 300 em seu “caput”:

“Art. 300. A tutela de urgência será concedida


quando houver elementos que evidenciem a
probabilidade do direito e o perigo de dano ou o
risco ao resultado útil do processo.”

O presente caso se caracteriza claramente no artigo


supracitado, pois caso as reformas realizadas pelos Requerentes
sejam retiradas completamente do imóvel em suas integralidades,
ou caso o mesmo seja demolido, isto poderá afetar diretamente o
direito dos Requerentes, bem como causar perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo, pois eles podem
perfeitamente chegarem num consenso quando da audiência de
conciliação a ser realizada, permitindo os Requeridos que os
mesmos retirem (o que for possível retirar) do imóvel, o que
não mais será possível ser feito em caso de completa demolição,
como se vê nas fotos, não é mesmo Excelência?

O Código de Processo Civil inclusive prevê a possibilidade


de uma tutela ser concedida em caráter liminar, como é o caso
do presente processo, senão vejamos o que preceitua o Art. 300,
em seu § 2º:

“Art. 300. (...)


§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida
liminarmente ou após justificação prévia.”

Portanto, sendo tal medida claramente cabível no presente


processo e estando a mesma plenamente justificada, requer-se a
Vossa Excelência que conceda a tutela provisória em caráter de
urgência aos Requerentes, determinando a proibição dos
Requeridos quanto a efetuar pessoalmente ou por intermédio de
terceiros, qualquer alteração ou demolição no referido imóvel
comercial, objeto deste contrato atacado, qual seja: aquele
situado na Rua Curitiba Nº 1917 – Jardim Catedral – CEP.
87.140-000, na cidade de Paiçandu – PR, mantendo-o fechado e
nas condições em que se encontra, apesar de os Requerentes já
terem provas documentais de que algumas das benfeitorias que
fizeram no referido imóvel já foram pelos Requeridos retiradas
(fotos anexas comprovam isso).

Que seja ainda arbitrada por esse Juízo uma multa


cominatória diária para caso de não cumprimento pelos
Requeridos da medida determinada, que deverá reverter em prol
dos Requerentes.

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Que restem os Requeridos terminantemente proibidos de
alterarem qualquer estrutura física do referido imóvel ou nele
acrescerem ou retirarem qualquer objeto ou parte, até final da
presente ação, possibilitando com isso, um acordo no sentido
dos Requerentes retirarem do imóvel (dentro do que for
possível), as benfeitorias que fizeram.

DA JUSTIFICATIVA DO LITISCONSÓRCIO ATIVO E PASSIVO NA


PRESENTE AÇÃO.

Os Requerentes convivem juntos, sob o mesmo teto, como se


casados fossem, em total união estável, o que já perdura por
mais de 10 anos.

Todas as iniciativas tomadas em face do contrato de


locação que ora se requer seja anulado, foram tomadas juntas,
por ambos e em conjunto. O contrato de locação se encontra
emitido em nome da 1ª Requerente, tendo como fiador o 2º
Requerente. Alguns materiais para reforma foram adquiridos pela
1ª Requerente. Outros em nome do 2º Requerente. Portanto, ambos
são legítimos para figurar no pólo ativo da presente ação.

Justificado portanto o pólo ativo da ação, que se encontra


em litisconsórcio ativo.

De outro giro, todos os problemas que os Requerentes estão


enfrentando em razão do imóvel que foi locado, estão
diretamente ligados às ações da Imobiliária Bellakaza e do Sr.
Alfeu, pois os Requerentes firmaram um contrato de aluguel com
o 2º Requerido, tendo como intermediária de toda a relação a 1ª
Requerida, portanto ambos também devendo responder
solidariamente pelos prejuízos que os Requerentes suportaram.

Também justificado o litisconsórcio passivo na demanda.

O Código de Processo Civil regula o litisconsórcio em seu


Art. 113, ora vejamos:

Art. 113. Duas ou mais pessoas podem litigar, no


mesmo processo, em conjunto, ativa ou passivamente,
quando:
I - entre elas houver comunhão de direitos ou de
obrigações relativamente à lide;
II - entre as causas houver conexão pelo pedido ou
pela causa de pedir;
III - ocorrer afinidade de questões por ponto comum
de fato ou de direito.

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Analisando a norma legal fica claro que os litisconsórcios
ativo e passivo na presente demanda são aplicáveis, pois os
Requerentes possuem comunhão de direitos e os Requeridos
possuem comunhão de obrigações no presente caso, requerendo
sejam acatados por Vossa Excelência, da forma como
apresentados.

DO DIREITO.
Conforme exposto, a presente ação visa pleitear a anulação
do ato jurídico em questão (o contrato de locação pactuado),
pois o mesmo foi confeccionado e emitido pela 1ª Requerida de
maneira diversa daquela pactuada com os Requerentes, e
posteriormente a 1ª Requerida se utilizou deste erro para
rescindir o contrato, sob a alegação de que os Requerentes
teriam descumprido a cláusula 15ª do referido contrato. Tal
cláusula veda que o locatário utilize o imóvel para outros fins
que não sejam aqueles descritos no contrato.

Vale lembrar que os Requerentes, já num primeiro momento e


em primeiro contato com a Imobiliária, por sua exigência,
entregaram à mesma devidamente e pessoalmente, todos os
documentos necessários à confecção do contrato de aluguel. Mas
a 1ª Requerida decidiu por confeccioná-lo de maneira diversa
daquela que haviam pactuado e sem analisar com minúcia, o
contrato social da empresa dos Requerentes, pois conforme se
pode ver, no item IV do documento, que trata do OBJETO DA
LOCAÇÃO, escreveram que a finalidade ou destinação do imóvel
era a “Locação de Equipamentos para Eventos”, sendo que na
verdade e de conformidade com o documento entregue à
Imobiliária (contrato social que não foi observado pela 1ª
Requerida), o imóvel seria utilizado para realização de
eventos, sendo a atividade fim dos Requerentes a de BAR,
LANCHONETE E CASA DE SHOW, cujo conhecimento da Imobiliária foi
pleno em razão de tal fato, já no primeiro momento em que se
deparou com toda a documentação que foi a ela entregue pelos
Requerentes, antes mesmo de sua aprovação da locação em prol
dos mesmos.

Como prova de que os Requeridos tomaram pleno conhecimento


de que ali funcionaria BAR, LANCHONETE OU CASA DE SHOW, JUNTAM
TAMBÉM NESTA OPORTUNIDADE, UM CONTRATO DE LOCAÇÃO ANTERIOR, O
QUAL FOI FIRMADO COM TERCEIRA PESSOA PARA OS MESMOS FINS NA
DATA DE 13/09/2013, pois há muito tempo já trabalhavam nesta
área.

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A ATIVIDADE QUE SERIA DESENVOLVIDA NO IMÓVEL ALUGADO,

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PORTANTO, FICOU PLENAMENTE ESCLARECIDA AOS REQUERIDOS QUANDO DA
EMISSÃO DO CONTRATO DE ALUGUEL PELA IMOBILIÁRIA BELLAKASA, NÃO
HAVENDO QUALQUER MAL ENTENDIDO OU EQUÍVOCO QUANTO A ISSO.

Ademais, após a realização de todas as reformas no


referido imóvel, a Imobiliária novamente realizou uma vistoria
no local, tomando pleno conhecimento da existência de um balcão
para ser utilizado no bar que foi construído pelos Requerentes,
de um palco e de banheiros adequados aos eventos que seriam
realizados, bem como da instalação das portas exigidas pelos
bombeiros para atividades de tal natureza, dentre outras
adequações feitas pelos Requerentes, aceitando-as de pronto,
não fazendo qualquer objeção em face das mesmas e permitindo a
plena utilização do imóvel pelos Requerentes quando da referida
vistoria.

Portanto se houve erro na emissão do referido documento,


esse não foi de responsabilidade dos Requerentes, mas sim da 1ª
Requerida, que foi quem emitiu, quem elaborou o documento,
colhendo as assinaturas nos mesmos após as vistorias terem sido
realizadas e aprovadas, bem como o prédio liberado aos
Requerentes para realização dos eventos, que foram em número de
02 (dois) e correram dentro da mais perfeita normalidade e
regularidade.

Como bem se pode ver pelo documento juntado neste ato e


que também foi entregue por exigência da imobiliária, ora 1ª
Requerida no momento do interesse pela locação, os Requerentes
exercem este ramo há vários anos, o que já vinha acontecendo em
outros imóveis, em outros locais, sem nenhuma objeção ou
impedimento de quem quer que seja (contratos de locação
anteriores juntados a esse procedimento).

Os alvarás de licença concedidos pelo Município, que aqui


também se encontram carreados, comprovam tais alegações,
demonstrando inclusive que jamais alteraram sua finalidade, que
sempre foi a de Bar, restaurante e casa de show.

O erro cometido pela 1ª Requerida no contrato de locação,


trouxe graves prejuízos aos Requerentes, vez que a 1ª Requerida
se utilizou desta suposta “artimanha” para rescindir o contrato
em benefício dela mesma e em benefício da pessoa que ora
representa no contrato (2º Requerido), tendo ambos lucrado com
as reformas que foram realizadas no referido imóvel pelos
Requerentes, que sequer estão completamente pagas pelos mesmos,
posto que pediram uma carência de 06 (seis) meses para

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pagamento de aluguel, para que pudessem realizar os eventos e

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reaver os valores despendidos nas reformas e adequações, o que
não tiveram a chance de fazer. Fariam o primeiro pagamento do
aluguel no dia 15 de julho de 2017, mas foram compelidos e
obrigados pela 1ª Requerida a sair do imóvel na data de 20 de
Abril de 2017.

Passaram a partir daí a fazerem contato com a Imobiliária,


ora 1ª Requerida, para que fossem ressarcidos dos valores
despendidos com as benfeitorias, mas esta não quis assumir
nada, também não permitindo que o proprietário do imóvel o
fizesse, informando aos Requerentes que poderiam buscar os seus
direitos.

Informaram inclusive que tais reformas incorporariam ao


imóvel e que nada lhes seria ressarcido.

Não lhes restaram, porém, outra alternativa, a não ser a


busca da tutela jurisdicional para tanto.

DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA.

Analisando o presente caso, podemos claramente perceber


que se trata de um contrato leonino, que nada mais é do que um
contrato constituído de forma a ferir a boa-fé objetiva, com o
intuito de gerar enormes benefícios para um dos lados da
relação, lesando os direitos da outra parte.

Em uma relação jurídica, o desequilíbrio entre direitos e


deveres estabelecido gera um problema grave. Em geral um
contrato leonino tende a ser estabelecido por uma parte com
maior domínio (legal, de linguagem ou poder aquisitivo) sobre
outra, que aceita os termos sem real consciência do compromisso
assumido.

Embora não lide diretamente a respeito do termo “contrato


leonino” ou “cláusula leonina”, o Código Civil faz-se bastante
claro a respeito do assunto. Em seu texto, há dois
dispositivos, em especial, que demonstram a presença da boa-fé
objetiva como um requisito contratual.

O artigo 187 do Código Civil, determina que há um ato


ilícito quando o titular de um direito excede os limites deste
direito de forma sabida, ora vejamos:

Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um


direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os

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limites impostos pelo seu fim econômico ou social,

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pela boa-fé ou pelos bons costumes.

O texto é confirmado no Art. 422 da mesma lei, no trecho


que trata dos contratos. Ele determina a obrigatoriedade de
guardar-se a probidade e boa-fé na elaboração do contrato,
senão vejamos:

Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar,


assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé.

Quanto a nulidade do contrato, tem-se que a mesma precisa


necessariamente ser declarada judicialmente para extinguir o
contrato, pois até lá o contrato produz efeito que, embora não
sejam jurídicos mas tão somente fáticos, têm aparência
jurídica. A nulidade é declarada por sentença (sentença
declaratória). Entretanto, conforme lição de PONTES DE MIRANDA,
embora declaratória com relação à falta de eficácia (efeitos
jurídicos), a sentença é constitutiva negativa (ou
desconstitutiva) com relação à existência do contrato.

Tendo a 1ª Requerida unilateralmente confeccionado o


contrato, a mesma tinha à sua disposição documentos
comprobatórios de que a atividade comercial exercida pela
empresa dos Requerentes, era de BAR, LANCHONETE E CASA DE SHOW
(VER TODOS OS DOCUMENTOS QUE OS REQUERENTES ENTREGARAM À 1ª REQUERIDA ANTES
DA NEGOCIAÇÃO, PARA ANÁLISE. SE TRATAM DE DOCUMENTOS QUE COMPROVAM QUE AMBOS
JÁ VINHAM EXERCENDO A MESMA ATIVIDADE FIM EM OUTROS ENDEREÇOS, ESTANDO
COMPLETAMENTE LEGALIZADOS PARA TANTO), mas decidiu por confeccionar o
contrato com a finalidade de “LOCAÇÃO DE EQUIP. PARA EVENTOS”,
algo que jamais foi solicitado ou cogitado pelos mesmos, POIS
OS DOCUMENTOS ENTREGUES À REFERIDA IMOBILIÁRIA EVIDENCIAVAM TAL
SITUAÇÃO. Resta portanto claro, que a 1ª Requerida descumpriu
os artigos supracitados, ignorando completamente a boa-fé
objetiva dos contratos ao incluir tal cláusula no mesmo, que no
contexto do contrato, beneficia exclusiva e unicamente os
Requeridos, deixando os Requerentes com enormes prejuízos.

Houve também no presente caso, um VÍCIO DE CONSENTIMENTO,


existindo inclusive jurisprudências no tocante ao cabimento da
anulação do ato nestes casos, senão vejamos:

“AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.


ARRENDAMENTO MERCANTIL. ANULAÇÃO DO CONTRATO.
VÍCIOS. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO NO JULGADO.
PRETENSÃO DO RECORRENTE. INTANGIBILIDADE DO
CONTRATO. DEVOLUÇÃO APENAS DO VRG. SÚMULAS 5 E
7/STJ. 1. Inexistência de omissão no julgado que

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apreciou todas as questões relevantes para o

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deslinde da controvérsia. 2. O Tribunal a quo, ao
manter a anulação do contrato ante a constatação de
vício de consentimento, decidiu com base no exame
das provas e na interpretação do contrato, o que
defeso rever em sede de recurso especial, em face
dos óbices das Súmulas 5 e 7/STJ. 3. Agravo
regimental a que se nega provimento. (STJ - AgRg no
AREsp: 105464 SP 2011/0245740-2, Relator: Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 10/04/2012,
T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
13/04/2012)”- grifo nosso

Sabemos que a vontade é a alma de todo e qualquer ato


jurídico, figurando como o elemento mais importante para sua
configuração, sendo que se não houver o consentimento
manifestado, o negócio sequer chega a existir. Porém, há casos
em que a vontade, apesar de estar presente, não representa o
verdadeiro desejo de quem a manifesta, pois se encontra
deturpada por um fato ou circunstância que a desvia do
verdadeiro interesse subjetivo do declarante. A este fato ou
circunstância denominamos vício do consentimento.

Denominam-se vícios de consentimento todos aqueles vícios


que acabam por provocar uma manifestação de vontade não
correspondente com o íntimo e verdadeiro querer do agente. São
eles o dolo, o erro, a coação, o estado de perigo e lesão.
Assim, criam uma divergência entre a vontade manifestada e a
real intenção a quem a exteriorizou.

No presente caso o vício de consentimento é cristalino,


vez que haviam as manifestações de vontades dos Requerentes em
realizar tal contrato, mas ocorreu o vício, pois o erro que
ocorreu durante a confecção do contrato com a posterior
assinatura dos Requerentes resultou em uma manifestação de
vontade não correspondente com o querer dos mesmos, posto que o
contrato confeccionado tratava que o imóvel seria utilizado
para guardar equipamentos para locação, quando a vontade dos
Requerentes era a de realizar shows no estabelecimento.

O vício de consentimento resultante de erro, só é


considerado como causa de anulabilidade do negócio se for
essencial, escusável e prejudicar real e efetivamente o
declarante da vontade.

No erro existe o conhecimento, mas não corresponde à


realidade, sendo o falso tomado por verdadeiro ou este por
falso, não se confundindo com a ignorância, pois esta implica a

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ausência de conhecimento. O erro pode ser de fato ou de

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direito, o erro de fato é o engano a respeito de uma
circunstância material, e pode ser acidental ou essencial.

Acidental é o erro quando incide sobre peculiaridades


secundárias do objeto, não sendo, pois o motivo determinante do
contrato. O erro essencial, também chamado substancial, enseja
a nulidade do ato, pois ataca a substância, enseja a nulidade
do ato, pois ataca a substância ou essência deste, tendo sido
seu próprio causador. O erro de direito é o engano quanto à
existência ou interpretação da norma jurídica.

O erro de direito não se admite escusa, não pode ser


alegado, pois não pode ninguém ignorar a lei, nem a falsa ideia
ou a ignorância quanto à norma de Direito. Pode o erro de
direito ser escusado, entretanto, se não afetar diretamente o
objeto da obrigação, se não foi em relação a ele que se formou
o contrato ou a obrigação.

Tem-se que no caso em discussão ocorreu um vício de


consentimento resultante de erro de fato, pois trata-se de um
erro acerca de uma circunstância material, sendo esta a
finalidade do contrato.

Excelência, como prova de que os Requeridos agiram de má-


fé para com os Requerentes e de que houve o vício de
consentimento no presente caso é a de que, após realizadas
todas as reformas e adequações, a 1ª Requerida foi até o imóvel
para realizar uma vistoria, momento em que se deparou no local
com um BAR, construído pelos Requerentes, apropriado para venda
de bebidas, UM BALCÃO, UM PALCO e outros elementos construídos
pelos Requerentes, que caracterizavam que ali funcionaria uma
CASA DE SHOWS, pois um depósito de equipamentos não
necessitaria de tais adequações no prédio.

Os Requeridos, por sua vez naquela ocasião, se não


concordassem com a atividade que ali se encontrava evidente, em
caso de discordância em relação ao contrato firmado, poderiam
ter de imediato interditado o local e parado as atividades dos
Requerentes.

NÃO O FIZERAM.

PELO CONTRÁRIO, APROVARAM AS REFORMAS E ADEQUAÇÕES E


AUTORIZARAM A REALIZAÇÃO DO 1º EVENTO, QUE SE DEU EM JANEIRO DE
2017, CONFORME EVIDENCIAM AS FOTOS TAMBÉM JUNTADAS NESTE ATO.

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31/10/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Advocacia Olivetti

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Para tanto, todas as reformas e adequações do imóvel foram

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realizadas pelos Requerentes, que investiram aproximadamente R$
28.000,00 (vinte e oito mil reais) nas mesmas, o que comprovam
pelos documentos neste ato juntados, requerendo pelos seus
ressarcimentos por parte dos Requerentes.

Ante o exposto, requer-se a Vossa Excelência que determine


a anulação do contrato em discussão, por tratar-se de um
contrato leonino e desrespeitar a boa-fé dos contratos
protegida pelo Código Civil, principalmente no que diz respeito
à Cláusula IV – Objeto da locação, onde constou que os
Requerentes estavam locando o imóvel para “alojar equipamentos
de eventos para locação”, quando na verdade eles estavam
locando para “realização de eventos”. Houve portanto um vício
de consentimento por parte dos Requerentes, que necessita ser
considerado por Vossa Excelência, dando pela anulação do
documento.

Mesmo que Vossa Excelência entenda que não houve má-


fé durante a confecção do contrato ou execução do contrato por
parte dos Requeridos, o referido contrato ainda deve ser
anulado, pois ainda que hipoteticamente os Requeridos não
tivessem agido com má-fé, seria então caso de erro no momento
da confecção do contrato.

O Código Civil prevê a anulação de negócios jurídicos em


algumas situações, vejamos seus Arts. 138 e 139:

“Art. 138. São anuláveis os negócios jurídicos,


quando as declarações de vontade emanarem de erro
substancial que poderia ser percebido por pessoa de
diligência normal, em face das circunstâncias do
negócio.”

“Art. 139. O erro é substancial quando:


I - interessa à natureza do negócio, ao objeto
principal da declaração, ou a alguma das qualidades
a ele essenciais;
II - concerne à identidade ou à qualidade essencial
da pessoa a quem se refira a declaração de vontade,
desde que tenha influído nesta de modo relevante;
III - sendo de direito e não implicando recusa à
aplicação da lei, for o motivo único ou principal do
negócio jurídico.”

Caso os Requeridos não tivessem agido de má-fé, então


claramente se teria a hipótese de erro substancial no presente
caso, vez que mesmo com a correta declaração de qual deveria
ser a finalidade da locação do imóvel e com a devida

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apresentação dos documentos contendo a atividade empresarial a

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ser exercida pelos Requerentes, o contrato foi confeccionado de
maneira diversa, cabendo portanto a anulação do referido
contrato à luz do Código Civil.

Outro artigo do mesmo dispositivo legal prevê também uma


outra possibilidade de anulação do negócio jurídico em
discussão, senão vejamos o que prenuncia o Art. 171 do Código
Civil:

“Art. 171. Além dos casos expressamente declarados


na lei, é anulável o negócio jurídico:
I - por incapacidade relativa do agente;
II - por vício resultante de erro, dolo, coação,
estado de perigo, lesão ou fraude contra credores.”

Teriam então os Requeridos cometido um erro no momento de


confecção do contrato de locação em discussão, pois restou
equivocada a finalidade para qual se daria tal locação, e
posteriormente se aproveitaram deste “erro” para rescindir o
contrato e “expulsarem” os Requerentes do imóvel, ainda se
utilizando de outras cláusulas do contrato para não restituirem
os gastos que os mesmos tiveram com a reforma do imóvel,
deixando-os “a mercê da sorte”. Houve também um vício de
consentimento, posto que se aproveitando da falta de cultura
dos Requerentes, os Requeridos colheram suas assinaturas sem
sequer lhes deixar levar o documento até alguém que os pudesse
orientar. Fizeram tudo supostamente de “caso pensado”,
Excelência, visando lucrar as reformas que haveriam de serem
feitas no imóvel do 2º Requerido, que se beneficiou (foram
arrumadas as telhas quebradas, colocadas peças de banheiro
novas, construída cobertura com estrutura metálica, colocadas
portas corta fogo e de emergências, assentados pisos e azulejos
novos, consertos de rebocos, realização de pintura de todo
prédio, dentre outros que não lhes foram ressarcidos (ver
documentos comprobatórios anexos), informando a imobiliária
quando instigada a fazê-lo, que tais benfeitorias incorporariam
ao imóvel e que não seriam pagas ou devolvidas a quem quer que
seja. Um verdadeiro absurdo neste caso! Total abuso e
aproveitamento dos Requeridos, que não pode prosperar!

Portanto, requer-se pela anulação do referido contrato por


erro e por vício de consentimento havidos no momento de
confecção do mesmo, tendo por base os Arts. 138, 139 e 171 do
Código Civil e demais da lei adjetiva vigente.

DOS DANOS MATERIAIS SUPORTADOS PELOS REQUERENTES.

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Com a anulação do contrato de locação pela presente ação,
é também direito dos Requerentes reaverem todos os gastos que
tiveram com a reforma do imóvel, devendo ser restituídos nos
valores despendidos com a mesma, vez que os Requeridos
rescindiram o contrato e informaram aos mesmos que não
receberiam nada pelas reformas realizadas e que tais reformas
seriam incorporadas ao imóvel, num primeiro momento,
desmanchando parte delas depois, conforme comprovam as fotos
anexas.

Vejamos o que ocorre com a anulação de um contrato de


locação aos olhos do doutrinador João Roberto Parizatto:

“Vindo a ser anulado o negócio jurídico as partes


voltam ao statu quo ante, ou seja, ao estado
anterior em que se encontravam antes, sendo que se
não for possível à restituição, a questão se resolve
em indenização.1”

No caso em discussão, não há como se retirar todas as


reformas realizadas no imóvel (pisos, azulejos, portas, peças
de banheiro, pinturas, reformas de reboco e serviços de
pedreiro), sendo portanto impossível que as partes retornem ao
estado em que se encontravam antes de forma completa, devendo
então os Requeridos pagarem uma indenização por dano material
aos Requerentes, no valor de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil
reais) – comprovações anexas – que foi o que dispuseram com as
reformas totais realizadas no imóvel, lembrando que somente
após terem findado as adequações e reformas, é que foram
praticamente “expulsos” do local, mediante o argumento da
Imobiliária, ora 1ª Requerida, de que tinham modificado a
atividade a ser desenvolvida no local.

Ora Excelência, NÃO VIRAM ANTES? QUANDO DA REALIZAÇÃO DA


VISTORIA FINAL NO PRÉDIO, NÃO VIRAM NADA?

Pergunta-se: PORQUE QUANDO DA VISTORIA, APROVARAM AS


REFORMAS E AUTORIZARAM O INÍCIO DAS ATIVIDADES PELOS
REQUERENTES? JÁ ESTAVAM COM O CONTRATO EM MÃOS E JÁ SABIAM QUE
ALI SERIAM REALIZADOS EVENTOS, POIS FOI CONSTRUÍDO UM PALCO, UM
BAR, BALCÃO, ETC., PARA TANTO.

Os Requerentes não aceitam terem sido “expulsos” do local


após terem investido aproximadamente R$ 28.000,00 (comprovações
documentais anexas) sem qualquer ressarcimento.

1
PARIZATTO, João Roberto, Manual de Prática dos Contratos, Editora Parizatto, 3ª Ed, SP, 2009.

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A forma de compensação pactuada pelas partes em face à
reforma do imóvel ocorreria com a carência equivalente a 06
(seis) meses de aluguel, o que não veio a ocorrer, vez que os
Requeridos rescindiram o contrato antes, alegando que os
Requerentes haviam descumprido cláusula contratual, devendo
portanto os Requeridos compensarem os Requerentes por todas as
despesas que os mesmos tiveram na reforma do imóvel, por meio
de uma indenização à título de danos materiais suportados.

O Código Civil permite imputar responsabilidade aos


Requeridos, por ato ilícito, como dispõe em seus artigos 186 e
927:

“Artigo 186. Aquele que por ação ou omissão


voluntária, negligência ou imprudência, violar
direito e causar dano a outrem, ainda que
exclusivamente mora, comete ato ilícito.”

“Artigo 927. Aquele que por ato ilícito (arts. 186


e 187), causa dano a outrem, fica obrigado a
repará-lo”.

Tendo os Requeridos não cumprido com o contratado, os


mesmos devem indenizar os Requerentes por perdas e danos,
conforme o Art. 389 do Código Civil, ora vejamos:

“Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o


devedor por perdas e danos, mais juros e atualização
monetária segundo índices oficiais regularmente
estabelecidos, e honorários de advogado.”

Cristalino o direito dos Requerentes com ou sem a anulação


do contrato em discussão, pois as atitudes dos Requeridos
deixaram os mesmos com graves prejuízos, não podendo esta
situação ser aceita, pois caracterizaria enriquecimento ilícito
dos Requeridos, que tiveram seu imóvel reformado e então
rescindiram o contrato com os Requerentes por erro quando da
emissão do documento, com erro e vício de consentimento por
parte dos mesmos.

Além das reformas e adequações do imóvel, como já


relatado, os Requerentes também foram compelidos a pagar taxas
de água e energia elétrica do imóvel que se encontravam em
atraso (dos inquilinos anteriores), no montante de R$ 643,00
(seiscentos e quarenta e três reais), sendo R$ 70,00 (setenta
reais) referentes a conta de energia elétrica e R$ 573,00
(quinhentos e setenta e três reais) referentes as contas de

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água (comprovantes de pagamento em anexo).

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Ante o exposto, requerem a Vossa Excelência que condene os
Requeridos solidariamente a ressarcirem os Requerentes no
montante aproximado de R$ 28.643,00 (vinte e oito mil,
seiscentos e quarenta e três reais), conforme comprovam terem
despendido através dos documentos carreados a esta Inicial, ou
em outro valor que entender esse Juízo cabível e aplicável ao
presente caso, após bem analisar toda a questão minuciosamente.

Que faculte às partes uma possível conciliação, onde os


Requerentes possam ser autorizados a retirar do referido imóvel
parte das reformas e materiais que lá colocaram (dentro do
possível), abatendo tais valores nos seus direitos, se for o
caso de haver consentimento pelos Requerentes, após a concessão
da tutela antecipada pleiteada neste procedimento.

DOS DANOS MORAIS.

Em decorrência dos atos ilícitos praticados pelos


Requeridos, os Requerentes se encontraram em uma situação de
humilhação e impotência, imaginando no âmago do seu ser, que
nos dias atuais não se pode mais confiar em empresas do ramo
imobiliário, com a intenção de realizar a locação de um imóvel
para poder trabalhar, tirar seu sustento e alimentar sua
família, sem ser vítima de abuso e arbitrariedades das grandes
empresas.

Os Requerentes fazem jus a uma indenização a título de


danos morais, pois suportaram esta tentativa de enriquecimento
ilícito dos Requeridos, e isso lhes causou grandes sofrimentos
interiores, enormes desgostos, se sentiram completamente
humilhados e perderam totalmente a confiança nas imobiliárias,
pois as mesmas parecem querer apenas tirar vantagem dos
clientes, data vênia.

Indubitavelmente, os atos praticados feriram a honra dos


Requerentes, que se veem como vítimas de uma atitude ilícita,
quando estavam apenas tentando trabalhar e conseguir seus
próprios sustentos de forma legal, momento em que se viram
impossibilitados de fazê-lo, e ainda com grandes prejuízos pela
reforma do imóvel, reforma esta que os mesmos não receberam
quaisquer compensações até o presente momento.

Se sentiram mais ainda prejudicados, quando se depararam


com a situação de terem gasto todas as suas economias (de anos)
para reformarem um prédio alheio, sem poder reaver os valores

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gastos, uma vez que não tiveram o tempo suficiente que lhes foi

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conferido no ato da assinatura do contrato, sendo compelidos
pelos Requeridos a desocupar o imóvel 03 (três) meses antes do
vencimento da carência, o que os impossibilitou de realizar os
eventos que lhes ressarciriam (em parte) os valores
despendidos.

Mais do que configurado o dano moral no presente caso.

Em primeiro: pelo “erro” cometido pela Imobiliária,


supostamente já na intenção de lucrar a reforma e as
benfeitorias no referido imóvel que administra em nome do 2º
Requerido;

Em segundo: pelo vício de consentimento ocorrido no


presente caso, uma vez que os Requerentes são pessoas humildes,
de pouco conhecimento jurídico, sendo seus convívios sociais
muito diferentes daqueles vivenciados pelos Requerentes
(Imobiliária e Sr Alfeu, que é cirurgião dentista). Está
evidente que os Requerentes não foram cientificados do conteúdo
do referido contrato no momento da assinatura, não se
inteirando do seu conteúdo e das suas possíveis consequências,
o que não poderá restar desconsiderado;

Em terceiro: por terem os Requeridos praticamente


“expulsado” os Requerentes do imóvel, não os deixando retirar
qualquer benfeitoria realizada no local, inclusive passando a
derrubá-las e destruí-las após a desocupação e entrega das
chaves pelos Requerentes, em total desconsideração, desrespeito
e arbitrariedade, conforme se pode ver pelas fotos aqui
carreadas, o que os fez sofrer ainda mais, pois tudo o que lá
construíram o fizeram com carinho e com dedicação, utilizando
todo o dinheiro que tinham economizado em alguns anos de labor;

Dano moral é o dano causado injustamente a outrem, que não


atinja ou diminua seu patrimônio, é a dor, a mágoa, a tristeza
infligida injustamente a outrem como reflexo perante a
sociedade.

Vejamos o conceito de Dano Moral aos olhos da


doutrinadora Maria Helena Diniz:

“a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física


ou jurídica, provocada pelo ato lesivo”.2

2
DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil, Editora Saraiva, SP, 1998.

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O que se busca proteger com o dano moral é a honra do ser

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humano, mesmo sendo isso, algo imaterial, como afirma o
doutrinador Clayton Reis em sua obra DANO MORAL:

“a honra e os sentimentos múltiplos dos seres humanos


devem ser objeto de proteção do direito. Trata-se na
realidade de um patrimônio, imaterial, é logico”.3

A Constituição Federal assegura a Requerente direito a


indenização por dano moral, vejamos:

“Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à
propriedade, nos termos seguintes: (...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem”.

Não se pode deixar de favorecer compensações psicológicas


ao ofendido moral que, obtendo a legítima reparação
satisfatória, poderá, porventura, ter os meios ao seu alcance
para encontrar substitutivos, ou alívios, ainda que
incompletos, para o sofrimento.

Como se sabe, a indenização por dano moral tem caráter a


reparar os prejuízos da parte Requerente, causados pela parte
Requerida, compensando a dor moral causada e desestimular a
prática de atitude lesiva e ilícita frente a outras vítimas,
também entende assim a jurisprudência que segue:

“Hoje em dia, a boa doutrina inclina-se no sentido de


conferir à indenização do dano moral caráter dúplice,
tanto punitivo do agente quanto compensatório em
relação à vítima. Assim, a vítima de lesão a direitos
de natureza não patrimonial deve receber uma soma que
lhe compense a dor e humilhação sofridas, e arbitrada
segundo as circunstâncias. Não deve ser fonte de
enriquecimento, nem, muito menos, ser inexpressiva”.
(RJTJESP 137/186).

Fazendo pesar no patrimônio dos Requeridos, dará a seus


clientes a esperança de que sejam atendidos de maneira melhor
para que isso não se repita. A indenização poderá não fazer
cessar a dor, angústia e sensação de humilhação dos
Requerentes, não substituindo o dano por seu equivalente em
dinheiro, mas dando aos mesmos, um meio adequado para fazer

3
REIS, Clayton. Dano Moral, Editora Forense, RJ, 1994

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desaparecer, ou ao menos, neutralizar quaisquer que sejam os

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efeitos negativos acarretados pela conduta da Requerida.

Ante o exposto, requerem ao final da lide, que Vossa


Excelência condene os Requeridos solidariamente também ao
pagamento de uma indenização a título de DANOS MORAIS, por toda
a humilhação que os Requerentes suportaram por culpa dos
Requeridos, que pede-se seja fixada no valor de 9,4 (nove ponto
quatro) salários mínimos governamentais vigentes no pais,
atualmente R$ 8.807,80 (oito mil, oitocentos e sete reais e
oitenta centavos), ou em outro valor que entender suficiente
Vossa Excelência a coibir tais atitudes dos Requeridos em
futuros contratos.

DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer a Vossa Excelência, que se digne em
receber e acatar a presente ação em todos os seus termos, bem
como a justificativa do litisconsórsio passivo nesta ação, para
determinar as seguintes prestações jurisdicionais:

a) O acolhimento da 1ª PRELIMINAR arguida, concedendo


aos Requerentes a gratuidade processual momentânea em
sede de recurso inominado, pois os mesmos não se
encontram em condições para o pagamento de custas e
despesas processuais sem prejuízo de seus próprios
sustentos, o que fazem consubstanciados na Lei nº
1060/50, levando em conta as declarações de
hipossuficiência em anexo;

b) O acolhimento da 2ª PRELIMINAR arguida, para que seja


determinada, em caráter de TUTELA PROVISÓRIA DE
URGÊNCIA, de acordo com os artigos da lei vigente, a
proibição de qualquer alteração ou demolição no
imóvel comercial objeto do contrato em questão,
aquele situado na Rua Curitiba Nº 1917 – Jardim
Catedral – CEP. 87.140-000, na cidade de Paiçandu –
PR, sob as penas da lei e sob pena de fixação de
multa diária em favor dos Requerentes em caso de
desobediência por parte dos Requeridos, cujos valores
deverão ser arbitrados por Vossa Excelência em
momento oportuno, caso comprovadas nos Autos;

c) Sejam citados os Requeridos da presente ação, para


que compareçam à audiência de tentativa de
conciliação (Art. 21 e seguintes da Lei 9.099/95),
sob pena de revelia e confissão acerca da matéria do

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fato;

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d) Caso não seja realizada a conciliação, seja designada
audiência de instrução e julgamento, nos termos da
Lei nº 9.099/95, com a devida notificação dos
Requeridos, sob as penas do Art. 20 da mesma Lei;

e) NO MÉRITO: que acatando as alegações dos Requerentes,


bem como todos os documentos por eles carreados ao
processo, esse Douto Juízo possa dar as seguintes
prestações jurisdicionais:

• A determinação da anulação do contrato em


discussão, por ter havido erro por parte dos
Requeridos e vicio de consentimento, bem como por
ferir diretamente a boa-fé objetiva dos contratos
protegida pelo Código Civil, fundamentado nos
Arts. 187 e 422 da mesma Lei;

•A condenação solidária dos Requeridos ao


ressarcimentos dos Requerentes nos valores por
eles despendidos com a reforma e com as contas
atrasadas do Imóvel, num total de R$ 28.643,00
(vinte e oito mil seiscentos e quarenta e três
reais), conforme documentos comprobatórios
anexos;

• A condenação solidária dos Requeridos também ao


pagamento de uma indenização a título de DANOS
MORAIS, por toda a humilhação que os Requerentes
suportaram pelos atos arbitrários dos Requeridos,
principalmente quanto a demolição das reformas
realizadas, que pede-se seja fixada no valor de
9,4 (nove ponto quatro) salários mínimos
governamentais vigentes no pais, atualmente R$
8.807,80 (nove mil, trezentos e setenta reais),
ou em outro valor que entender suficiente Vossa
Excelência para coibir tais atitudes por parte
dos Requeridos;

• Sejam os Requeridos condenados ao pagamento de


custas e despesas processuais, em caso de recurso
inominado, bem como em honorários advocatícios de
20% sobre o valor da condenação.

DAS PROVAS

EM MARINGÁ: Rua Santos Dumont, 2166- EDIFÍCIO INTERCENTER – 11º ANDAR- SALA 1105 – Centro– Fone –fax: (44) 3031-3804
E-mail / Cel: shirleyolivetti@hotmail.com (99974-3804)
PROJUDI - Processo: 0033001-08.2017.8.16.0018 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Shirley Aparecida Bechere Olivetti
31/10/2017: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Advocacia Olivetti

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
Dra. Shirley Olivetti OAB-PR 27996

Validação deste em https://projudi.tjpr.jus.br/projudi/ - Identificador: PJLS7 WURVX ZRZ45 NYQFR


Pretendem os Requerentes provarem o todo alegado por todos
os meios de provas em direito admitidos, em especial o
depoimento pessoal do representante legal da 1ª Requerida, ou
de seu preposto, o depoimento pessoal do 2º Requerido, ambos
sob pena de confissão, testemunhal, documental e outras que
porventura se fizerem necessárias e possíveis durante o carrear
processual.

DO VALOR DA CAUSA

Dá-se a causa o valor de R$ 37.450,80 (trinta e sete mil


quatrocentos e cinquenta reais e oitenta centavos)

Termos em que,
Pede e espera deferimento
Maringá, 31 de outubro de 2017.

SHIRLEY OLIVETTI
Advogada – OAB/PR 27966

LEONARDO ROSA
Acadêmico do 4º ano Unicesumar – Estagiário

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