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PROJUDI - Processo: 0037608-85.2022.8.16.0019 - Ref. mov. 1.

1 - Assinado digitalmente por Vitoria Pereira Mendes


28/10/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

Documento assinado digitalmente, conforme MP nº 2.200-2/2001, Lei nº 11.419/2006, resolução do Projudi, do TJPR/OE
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE
DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PONTA

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GROSSA- ESTADO DO PARANÁ.

JAKSON ALEXANDRE GALVÃO PIRES, brasileiro, solteiro,


frentista, inscrito no CPF sob nº 114.646.629-32 , RG nº 14.182.758-
8 , residente e domiciliado na Rua Barão do Rio Branco, na Cidade de
Campo Largo, Bairro: Centro, 2242, CEP: 85.900-005 Estado do
Paraná, neste ato representado por sua Advogada Vitória Pereira
Mendes, brasileira, casada, advogada, OAB/PR 111.017, vem perante
Vossa Excelência apresentar

AÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO
DE GUARDA e VISITAS.

Em face de SOPHIA EMANUELE ANTUNES GALVÃO , neste ato


representada por DÉBORA FRANÇOISE ANTUNES DE PROENÇA,
inscrito no CPF sob nº 105.286.839-85 , residente e domiciliado na Rua
Neuza Alves dos Santos, 80, Bairro: Cará-Cará, CEP: 84.037-020, na
Cidade de Ponta Grossa Paraná, pelos motivos e fatos que passa a
expor.

DOS FATOS

A menor Sophia é fruto do relacionamento entre Jakson e Débora,


porém no ano de 2020 as partes decidiram findar o relacionamento e
o genitor buscou contato com a mãe da menor para acertarem as
questões sobre as visitas e também o valor da pensão alimentícia.

Desde então o genitor vem cumprindo seu papel, realizando as


visitas e pagando a pensão em dia como fora combinado

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


PROJUDI - Processo: 0037608-85.2022.8.16.0019 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Vitoria Pereira Mendes
28/10/2022: JUNTADA DE PETIÇÃO DE INICIAL. Arq: Petição Inicial

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particularmente entre ambos. Porém, se passando o tempo a genitora
vem continuamente falhando com o seu compromisso, e por muitas
vezes impossibilitando o contato do genitor com a sua filha e também

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desmarcando os dias de visitas que a menor possui com o pai, ademais
que observamos que durante os dias em que o genitor não possui
contato com a menor o mesmo não possui acesso a nenhum meio de
comunicação possível, para obter informações de como está sua filha.

Por esse motivos, entende o genitor que possui o direito da guarda


compartilhada entre ambos e realizar a regulamentação das vistas, já
que isso nunca fora tratado perante a justiça, para que assim consiga
ter uma liberdade maior de contato e convívio com a menor, pois desde
o nascimento da criança sempre foi um pai presente e buscou agir
conforme a lei, oferecendo o melhor dentro das suas condições .

Ocorre que, desde a separação o genitor apenas faz visitas


quinzenalmente a sua filha, não podendo passar feriados, dias dos
pais, datas comemorativas como Natal ou Ano Novo e até mesmo o
seu aniversário juntamente com a menor, que por estar sob os
cuidados da mãe, não se dispõe a filha a ter essa liberdade com o pai.

Sendo assim, tal demanda trata-se da guarda de fato que


atualmente está com a genitora, porém, isso vem restringido alguns
direitos para o necessário desenvolvimento do relacionamento da
menor com o pai, razão pela qual, a regulamentação da guarda é
medida que se impõe.

DA JUSTIÇA GRATUITA

Atualmente o autor é frentista e possui uma companheira,


tendo sob sua responsabilidade a manutenção de sua família, razão

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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pela qual não poderia arcar com as despesas processuais.

Para tal benefício o autor junta declaração de

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hipossuficiência e comprovante de renda, os quais demonstram a
inviabilidade de pagamento das custas judicias sem comprometer sua
subsistência, conforme clara redação do Art. 99 Código de Processo
Civil de 2015.

Art. 99. O pedido de gratuidade da justiça pode ser


formulado na petição inicial, na contestação, na
petição para ingresso de terceiro no processo ou em
recurso.

§ 1º Se superveniente à primeira manifestação da


parte na instância, o pedido poderá ser formulado
por petição simples, nos autos do próprio processo,
e não suspenderá seu curso.

§ 2º O juiz somente poderá indeferir o pedido se


houver nos autos elementos que evidenciem a falta
dos pressupostos legais para a concessão de
gratuidade, devendo, antes de indeferir o pedido,
determinar à parte a comprovação do
preenchimento dos referidos pressupostos.

§ 3º Presume-se verdadeira a alegação de


insuficiência deduzida exclusivamente por
pessoa natural.

Assim, por simples petição, sem outras provas exigíveis por


lei, faz jus o Requerente ao benefício da gratuidade de justiça:

AGRAVO DE INSTRUMENTO - MANDADO DE


SEGURANÇA - JUSTIÇA GRATUITA - Assistência

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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Judiciária indeferida - Inexistência de elementos
nos autos a indicar que o impetrante tem
condições de suportar o pagamento das custas

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e despesas processuais sem comprometer o
sustento próprio e familiar, presumindo-se
como verdadeira a afirmação de
hipossuficiência formulada nos autos
principais - Decisão reformada - Recurso provido.
(TJSP; Agravo de Instrumento 2083920-
71.2019.8.26.0000; Relator (a): Maria Laura
Tavares; Órgão Julgador: 5ª Câmara de Direito
Público; Foro Central - Fazenda Pública/Acidentes -
6ª Vara de Fazenda Pública; Data do Julgamento:
23/05/2019; Data de Registro: 23/05/2019

Cabe destacar que o a lei não exige atestada miserabilidade


do requerente, sendo suficiente a "insuficiência de recursos para pagar
as custas, despesas processuais e honorários advocatícios"(Art. 98,
CPC/15), conforme destaca a doutrina:

"Não se exige miserabilidade, nem estado de


necessidade, nem tampouco se fala em renda
familiar ou faturamento máximos. É possível que
uma pessoa natural, mesmo com bom renda
mensal, seja merecedora do benefício, e que
também o seja aquela sujeito que é proprietário de
bens imóveis, mas não dispõe de liquidez. A
gratuidade judiciária é um dos mecanismos de
viabilização do acesso à justiça; não se pode
exigir que, para ter acesso à justiça, o sujeito
tenha que comprometer significativamente
sua renda, ou tenha que se desfazer de seus
bens, liquidando-os para angariar recursos e

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


PROJUDI - Processo: 0037608-85.2022.8.16.0019 - Ref. mov. 1.1 - Assinado digitalmente por Vitoria Pereira Mendes
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custear o processo." (DIDIER JR. Fredie.
OLIVEIRA, Rafael Alexandria de. Benefício da
Justiça Gratuita. 6ª ed. Editora JusPodivm, 2016. p.

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60)

"Requisitos da Gratuidade da Justiça. Não é


necessário que a parte seja pobre ou
necessitada para que possa beneficiar-se da
gratuidade da justiça. Basta que não tenha
recursos suficientes para pagar as custas, as
despesas e os honorários do processo. Mesmo que
a pessoa tenha patrimônio suficiente, se estes bens
não têm liquidez para adimplir com essas despesas,
há direito à gratuidade." (MARINONI, Luiz
Guilherme. ARENHART, Sérgio Cruz. MITIDIERO,
Daniel. Novo Código de Processo Civil comentado.
3ª ed. Revista dos Tribunais, 2017. Vers. ebook.
Art. 98)

Por tais razões, com fulcro no artigo 5º, LXXIV da


Constituição Federal e pelo artigo 98 do CPC, requer seja deferida a
gratuidade de justiça ao requerente.

DO DIREITO

Inicialmente cumpre destacar que o direito busca,


resguardar os direitos e interesses do menor, devendo ser conduzida
a presente ação ao fim de atendê-los.

A legislação brasileira, em atenção às necessidades dos


menores, previu no Código Civil, em seu artigo 1.583 as condições

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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mínimas que genitor deve prover para que a guarda lhe seja atribuída,
in verbis:

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Art. 1.583. A guarda será unilateral ou
compartilhada.

§ 1º Compreende-se por guarda unilateral a


atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o
substitua (art. 1.584, § 5º) e, por guarda
compartilhada a responsabilização conjunta e o
exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que
não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao
poder familiar dos filhos comuns.

Dessa forma, deve-se definir a guarda com primordial


atenção aos interesses da criança.

DA GUARDA COMPARTILHADA

Pela produção probatória, resta demonstrado o direito das


crianças em ter um ambiente saudável e garantidor de suas
necessidades.

A definição da guarda deve buscar primordial atenção aos


interesses do menor, sendo que a guarda compartilhada foi introduzida
no Direito Brasileiro como o melhor mecanismo para o
desenvolvimento da criança, conforme redação do Art. 1.584 do Código
Civil:

§ 2º Quando não houver acordo entre a mãe e o pai


quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os
genitores aptos a exercer o poder familiar, será
aplicada a guarda compartilhada, salvo se um
dos genitores declarar ao magistrado que não

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deseja a guarda do menor.

Conforme decisão do STJ (REsp 1878041/SP), apenas

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duas condições podem impedir a aplicação obrigatória da
guarda compartilhada, a saber:

a) a inexistência de interesse de um dos cônjuges;

b) a incapacidade de um dos genitores de exercer o


poder familiar.

O que não ocorre no presente caso. Sendo interesse do


genitor em compartilhar a guarda da criança.

Visto que desde o ano de 2020 ambos realizaram um


acordo informal para o pagamento da pensão alimentícia e os termos
de visitações, pois moram em cidades distintas – Genitora em Ponta
Grossa e Genitor em Campo Largo, possuindo a distância assim de 86
(oitenta e seis) km, e o genitor se responsabilizou em buscar a menor
e leva-lá, em seus dias de visita.

Junta-se também fotos da menor com o genitor, da menor


com a irmã do genitor e também da menor com a sua vó paterna, para
demonstrar que não existe empecilhos ou causas que possam inibir
esse convívio familiar, buscando sempre o melhor para criança, visto
possuir vínculos que precisam ser a cada dia mais firmados.

Além disso, cabe destacar que nem o fato de os genitores


possuírem domicílio em cidades distintas pode representar óbice à
fixação da guarda compartilhada.

Nesse sentido é o posicionamento do STJ:

RECURSO ESPECIAL. CIVIL. FAMÍLIA. GUARDA

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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COMPARTILHADA. OBRIGATORIEDADE.
PRINCÍPIOS DA PROTEÇÃO INTEGRAL E DO
MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA E DO

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ADOLESCENTE. GUARDA ALTERNADA.
DISTINÇÃO. GUARDA COMPARTILHADA.
RESIDÊNCIA DOS GENITORES EM CIDADES
DIVERSAS. POSSIBILIDADE. 1- Recurso especial
interposto em 22/7/2019 e concluso ao gabinete em
14/3/2021. 2- O propósito recursal consiste em
dizer se: a) a fixação da guarda compartilhada é
obrigatória no sistema jurídico brasileiro; b) o fato
de os genitores possuírem domicílio em cidades
distintas representa óbice à fixação da guarda
compartilhada; e c) a guarda compartilhada deve
ser fixada mesmo quando inexistente acordo entre
os genitores.

3- O termo "será" contido no § 2º do art. 1.584


não deixa margem a debates periféricos,
fixando a presunção relativa de que se houver
interesse na guarda compartilhada por um dos
ascendentes, será esse o sistema eleito, salvo
se um dos genitores declarar ao magistrado
que não deseja a guarda do menor.

4- Apenas duas condições podem impedir a


aplicação obrigatória da guarda compartilhada, a
saber: a) a inexistência de interesse de um dos
cônjuges; e b) a incapacidade de um dos genitores
de exercer o poder familiar.

5- Os únicos mecanismos admitidos em lei para se


afastar a imposição da guarda compartilhada são a

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suspensão ou a perda do poder familiar, situações
que evidenciam a absoluta inaptidão para o
exercício da guarda e que exigem, pela relevância

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da posição jurídica atingida, prévia decretação
judicial.

6- A guarda compartilhada não se confunde com a


guarda alternada e não demanda custódia física
conjunta, tampouco tempo de convívio igualitário
dos filhos com os pais, sendo certo, ademais, que,
dada sua flexibilidade, esta modalidade de guarda
comporta as fórmulas mais diversas para sua
implementação concreta, notadamente para o
regime de convivência ou de visitas, a serem fixadas
pelo juiz ou por acordo entre as partes em atenção
às circunstâncias fáticas de cada família
individualmente considerada.

7- É admissível a fixação da guarda


compartilhada na hipótese em que os
genitores residem em cidades, estados, ou, até
mesmo, países diferentes, máxime tendo em vista
que, com o avanço tecnológico, é plenamente
possível que, à distância, os pais
compartilhem a responsabilidade sobre a
prole, participando ativamente das decisões
acerca da vida dos filhos. 8- Recurso especial
provido. (REsp 1878041/SP, Rel. Ministra NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
25/05/2021, DJe 31/05/2021, #35125207)
#5125207

A guarda compartilhada é o ideal a ser buscado no

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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exercício do Poder Familiar entre pais separados, mesmo que
demandem deles reestruturações, concessões e adequações diversas,
para que seus filhos possam usufruir, durante sua formação, do ideal

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psicológico de duplo referencial.

Na lição da Ministra Nancy Andrighi:

"A custódia física conjunta é o ideal a ser buscado


na fixação da guarda compartilhada, porque sua
implementação quebra a monoparentalidade na
criação dos filhos, fato corriqueiro na guarda
unilateral, que é substituída pela implementação de
condições propícias à continuidade da existência de
fontes bifrontais de exercício do Poder Familiar".
(STJ - Resp: 1251000 Dje 31/08/2011.)

No mesmo sentido, Maria Berenice Dias ao destacar sobre


os benefícios da guarda compartilhada destaca:

Os fundamentos da guarda compartilhada são


de ordem constitucional e psicológica, visando
basicamente garantir o interesse da prole.
Significa mais prerrogativas aos pais, fazendo com
que estejam presentes de forma mais intensa
na vida dos filhos. A participação no processo de
desenvolvimento integral leva à pluralização das
responsabilidades, estabelecendo verdadeira
democratização de sentimentos. Indispensável
manter os laços de afetividade, minorando os
efeitos que a separação sempre acarreta nos filhos,
conferindo aos pais o exercício da função parental
de forma igualitária. (in Manual de Direito das
Famílias. 12ª ed. Revista dos Tribunais: 2017. pg.

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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550)

Portanto, requer a imposição judicial das atribuições

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de cada um dos pais, e o período de convivência da criança sob
guarda compartilhada.

DA REGULAMENTAÇÃO DAS VISITAS.

Definida a guarda, deve ser homologado desde já o plano


de parentalidade, que nas palavras de Rolf Madaleno, ao disciplinar
sobre o tema conceitua:

"o plano de parentalidade é um instrumento


utilizado para concretizar a forma pela qual ambos
os genitores pensam em exercer suas
responsabilidades parentais, detalhando os
compromissos que assumem a respeito da guarda,
dos cuidados e com a educação dos seus filhos." (in
Manual de Direito de Família. Forense. 2017. Kindle
edition, p. 3282)

Para tanto, propõe como plano de convivência da guarda


compartilhada nos seguintes termos:

1 – Quinzenalmente ás Terças-feiras, dia da folga do pai.

2 - Possibilidade de algum meio de comunicação, principalmente


Whatsapp para comunicação entre ambos os genitores.

3 - Lugar fixo para buscar e levar a criança no horário combinado.

4 - Permissão do pai para buscar a filha na casa da mãe de maneira

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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livre, pois mora em outra cidade, e que gostaria de ver a filha quando
consegue horas livres de seu trabalho, comunicando a genitora com 48
horas de antecedência.

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5 - Permitir que a avó paterna e a irmã do genitor, também busque a
menor em dias que estiver na cidade e for visitar parentes próximos,
passear e ter momentos de lazer.

6 - No mês de folga do pai, possa passar 1 (uma) semana em sua casa.

7 - No mês de folga da avó paterna, possa passar 1 (uma) semana em


sua casa, pois mora na mesma cidade que o genitor e possui um bom
convívio com a neta, como demonstra nas fotos em anexo.

8 - No dia dos pais, uma data especial, que a criança esteja com seu
pai.

9 - Que no dia do seu aniversário, um ano participe desta data com o


pai e outro com a mãe.

10 - Datas especiais como Final de ano e Natal, que sejam alternados


de ano em ano com o pai e com a mãe.

11 - O pai tenha liberdade em dar presentes para filha.

DOS PEDIDOS

Por todo o exposto, REQUER:

1. A concessão da gratuidade de justiça, nos


termos do art. 98 do Código de Processo Civil;

2. A citação do réu para responder a presente


ação, querendo;

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022


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3. A produção de todas as provas admitidas em
direito, em especial a testemunhal mediante
designação de audiência;

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4. Intimação do Ministério Público para intervir
no feito, nos moldes do artigo 698, do CPC;

5. A total procedência da ação, para fixar


regulamentar a guarda compartilhada, nos
termos aqui propostos;

6. A condenação do réu ao pagamento de


honorários advocatícios nos parâmetros
previstos no art. 85, §2º do CPC;

7. Seja acolhida a manifestação do interesse na


audiência conciliatória, nos termos do Art.
319, inc. VII do CPC.

Dá-se à causa o valor R$ 1.212,00.

Nestes termos,
pede e aguarda deferimento.

São José dos Pinhais, 28 de outubro de 2022

(assinado digitalmente)
Vitória Pereira Mendes
OAB/PR 111.017

#5125207 Mon Jun 27 11:24:10 2022

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