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Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro

PJe - Processo Judicial Eletrônico

12/12/2022

Número: 0805581-68.2022.8.19.0007
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
34923 01/11/2022 11:36 0805581-68 Petição
915
CORRÊA, NOVAES & ZANARDI
SOCIEDADE DE ADVOGADOS

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA

DE BARRA MANSA - RJ

DALVAN PORTO ALVES RODRIGUES, brasileiro, casado, barbeiro,

portador do RG n ° 231798455, inscrito no CPF sob o n ° 118.903.977-09, residente e

domiciliado na rua Adelina Maria da Conceição, n° 329, Abelhas, Barra Mansa - RJ,CEP:

27.345-030, vem perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado in fine

assinando, que para os fins do artigo 77, V do CPC, possui escritório situado na rua

Doutor Mário Ramos, n ° 184, sala 303, Centro, Barra Mansa - RJ, CEP: 27230-330,

ajuizar a presente:

AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO C/C PARTILHA DE BENS

em face de LÊNIS MENDONÇA DE BARROS RODRIGUES PORTO, brasileira, casada,

operadora de caixa, portadora do RG nº 23.628.485-7, inscrita no CPF sob o nº

150.907.357-43, residente e domiciliada na rua Joaquim Maria da Silva, n° 114, Jardim

América, Barra mansa - RJ, CEP: 27343-430, pelos fatos e fundamentos a seguir

expostos:

I – DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA

Inicialmente, impende destacar que o requerente labora como

barbeiro e aufere uma renda mensal de aproximadamente R$ 2.000,00 (dois mil reais),

utilizada para suprir as suas necessidades básicas.

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Ademais, vale salientar que o requerente não declara Imposto de

Renda de Pessoa Física, pois não se enquadra nos parâmetros estipulados por lei,

conforme documentos emitidos pela Receita Federal, anexados .

Neste sentido, temos que o requerente é pessoa de parcos

recursos financeiros, não possuindo condições financeiras para arcar com eventuais

custas processuais e honorários advocatícios, sem que ocorra prejuízo de seu próprio

sustento e de sua família.

De se destacar, outrossim, que foi concedido os benefícios da

Gratuidade de Justiça ao Demandante nos autos do processo de Homologação de

Acordo de Pensão Alimentícia, tombado sob o nº 0010026-02.2021.8.19.0007, que

tramitou perante a 1ª Vara de Família da comarca de Barra Mansa, uma vez que

restou demonstrada a hipossuficiência do Autor.

Portanto, requer sejam concedidos os benefícios da Gratuidade de

Justiça ante a patente hipossuficiência do requerente, nos termos do artigo 5º, LXXIV,

da CF c/c artigo 98 e seguintes, do CPC.

II - DOS FATOS

As partes mantiveram relacionamento amoroso por

aproximadamente 12 (doze) anos, tendo sido constituído matrimônio no dia

14/01/2016, ocasião na qual foi adotado o regime de comunhão parcial de bens.

Dessa união, nasceram 03(três) filhos: Maria Clara Rodrigues Porto,

nascida em 10/09/2010, Enzo Rodrigues Porto, nascido em 04/06/2012 e Antonela

Rodrigues Porto, nascida em 28/06/2018, sendo certo que os alimentos foram

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estabelecidos por meio de acordo judicial, firmado nos autos do processo nº0010026-

02.2021.8.19.0007, que tramitou perante a 1ª Vara de Família da comarca de Barra

Mansa.

Ocorre, que com o passar do anos, o relacionamento do casal se

desgastou e a vida conjugal tornou-se insuportável, motivo pelo qual em janeiro de

2019 o Autor optou pelo fim da relação conjugal.

Neste diapasão, tendo em vista a não continuidade do matrimônio,

se faz presente para requerer o divórcio, bem como a partilha dos bens amealhados,

vez que não há no presente caso, possibilidade de reconciliação.

III - DO DIREITO AO DIVÓRCIO

No caso em tela, restou demonstrado a incapacidade do casal em

continuar a relação conjugal, assim se faz necessário a dissolução do casamento,

conforme preceitua o artigo 226, § 6º da Constituição Federal:

Art. 226 (...)

§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.

Segundo a professora Maria Helena Diniz, em seu livro Curso de

Direito Civil Brasileiro, volume 5, o divórcio é a dissolução de um casamento válido, ou

seja, a extinção do vínculo matrimonial, que se opera mediante sentença judicial,

habilitando as pessoas a convolar novas núpcias.

No caso em tela, as partes são casadas desde 2016, tiveram filhos e

constituíram patrimônio. Entretanto, não há mais harmonia entre o casal, que impede

a continuação do vínculo matrimonial.

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Desta forma, o Requerente optou por dissolver a relação conjugal,

uma vez que não tem interesse na continuação da união estável, assim, mostra-se

cabido a decretação do presente pleito, bem como a realização da divisão dos bens

para que ambos possam recomeçar suas vidas longe de qualquer embaraço.

IV- DOS FILHOS

Conforme mencionado, as partes tiveram 3 (três) filhos, frutos do

relacionamento supracitado, quais sejam:

1 - Maria Clara Rodrigues Porto, nascida em 10/09/2010, atualmente com 12 (doze)

anos;

2 - Enzo Rodrigues Porto, nascido em 04/06/2012, atualmente com 10 (dez) anos; 3 -

Antonella Rodrigues Porto, atualmente com 3 (três) anos.

V - DA GUARDA E VISITAÇÃO

Desde a separação do casal, a genitora vem exercendo a guarda

de fato dos infantes, oportunidade que o Autor aproveita para declarar que não se

opõe que assim continue, apenas devendo ser compartilhada no tocante à tomada de

decisões referentes aos filhos.

Contudo, deseja regulamentar sua convivência com os filhos, que

será objeto de ação autônoma.

VI - DOS ALIMENTOS

Conforme o artigo 1.703 do Código Civil, os cônjuges separados

judicialmente contribuirão para a manutenção dos filhos na proporção de seus

recursos.

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Neste sentindo, os cônjuges pactuaram acordo judicial acerca dos

alimentos nos autos do processo n ° 0010026-02.2021.8.19.0007, tendo, inclusive,

ocorrido a homologação do pedido.

VII - DOS BENS A SEREM PARTILHADOS

O casal não possui bens imóveis, sendo certo que residiam numa

casa construída pelo Autor no terreno de seus familiares, antes mesmo da união

conjugal.

Ademais, destaca-se que o casal adquiriu os seguintes bens móveis:

QUANTIDADE BEM MÓVEL VALOR

1 TELEVISÃO LG 42’’ R$ 1.500,00

1 TELEVISÃO SANSUNG 28’’ R$ 880,00

1 GUARDA ROUPA DE CASAL R$ 1.000,00

1 CAMA QUIN CASAL R$ 3.500,00

1 RAQUE R$ 400,00

1 JOGO DE COZINHA (BARTIRA) R$ 859,00

1 FOGÃO BRASTEMP R$ 450,00

1 GELADEIRA CONSUL R$ 200,00

1 JOGO DE COZINHA COMPLETO R$ 300,00

1 PIA DO BANHEIRO R$ 400,00

2 CAMA DE SOLTEIRO R$ 800,00

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TOTAL: R$ 10.289,00

Destaca-se, que todos estes bens estão em posse da Ré. Neste

sentido, o autor requer a divisão dos bens listados anteriormente, pois todos foram

adquiridos na constância do casamento.

O artigo 1.660 do Código Civil enumeram as hipóteses de

comunicação dos bens no regime da comunhão parcial, vejamos:

“Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título

oneroso, ainda que só em nome de um dos cônjuges;

II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso

de trabalho ou despesa anterior;

III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor

de ambos os cônjuges;

IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada

cônjuge, percebidos na constância do casamento, ou pendentes

ao tempo de cessar a comunhão.”

Assim, havendo divórcio, os bens adquiridos na constância do

casamento serão partilhados em igual proporção (50% para cada um), ainda que a

contribuição financeira dos cônjuges para aquisição do patrimônio tenha sido

desigual.

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VIII - DO NOME DE SOLTEIRO

O autor declara que retornará a utilizar seu nome de solteiro, nos

moldes do art. 1.571, §2°, CC e art. 32, da Lei 6.515/1977, após o divórcio, passando a

assinar: DALVAN PORTO ALVES.

IX- DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO E MEDIAÇÃO

O autor opta pela concessão da audiência de conciliação e

mediação, de acordo com o disposto no artigo 319, VII do Código de Processo Civil.

IX - DOS PEDIDOS

Diante o exposto, requer:

A) Seja concedido os benefícios da Justiça Gratuita, conforme fundamentação supra;

B) Seja decretado o divórcio do casal, com a respectiva expedição do mandado de

averbação;

C) Seja decretada a partilha de bens adquiridos na constância do casamento;

D) Seja decretada a mudança de nome do autor, o qual passará a assinar como

DALVAN PORTO ALVES, nos termos do artigo 1.571, §2° do CC;

E) A citação da Ré para tomar conhecimento da presente ação e apresentar defesa,

sob cominação dos efeitos da revelia e confissão;

F) A intimação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro para acompanhar o

feito;

G) Seja designada audiência de conciliação e mediação;

H) A condenação da Ré ao pagamento de custas e honorários sucumbenciais.

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X - DAS PROVAS

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito

admitidos, em especial: depoimento pessoal, prova testemunhal e documental.

XI- DO VALOR DA CAUSA

Dá à causa o valor de R$ 10.289,00 (dez mil, duzentos e oitenta e

nove reais) para todos os fins legais.

Neste termos,

pede deferimento.

Barra mansa, 21 de Setembro de 2022.

MÁRIO LUIZ DA SILVA CORRÊA


OAB/RJ N° 180.388

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