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MERITISSIMO JUIZ DE DIREITO

DA SALA DA FAMILIA DO
TRIBUNAL PROVINCIAL DE
LUANDA

Filipa Jessica Daniel José Mouzinho, de 32 anos de idade, natural da


Samba, Provincia de Luanda, portadora do BI n.º 000322065LA033,
emitido aos 04 de Dezembro de 2017, estado civil casada, residente em
Portugal, na Rua Professor Agostinho da Silva n 27, 1 Dto. Podendo ser
contactado por intermédio de sua Advogada ou pelo n.º
00351965003009
E
Félix Bravo Mouzinho, de 33 anos de idade, natural do Cazenga,
Província de Luanda, portador do BI n.º 000149674LA038, emitido aos
18 de Outubro de 2016, estado civil casado, residente Holanda, Rua
Oliveira alcantra, casa n.º 5, Gasthuistraat, Kampen, Netherlands.
Podendo ser contacto atraves de sua Advogada ou pelo Correio
Eletronico mouzinho1986@gmail.com.
Divórcio por Mútuo Acordo
Nos termos do disposto no artigo 78.º e ss do Código da Família com os
fundamentos seguintes:
I-Dos Factos
1.º
Os Requerentes contrairam matrimónio no dia 24 de Aril de 2009, sob o
regime de comunhão de bem adquiridos. (vide anexo 1 que se junta e se dá
por inteiramente reproduzido para todos efeitos legais);

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Bairro Morro Bento Rua Nory Comercial, Edifico Zeid-Coworking. Apartamento 22 Luanda-
Angola
2.º
Deste casamento nasceram 2 (dois) filhos, nomeamente:
1. Graciana Miriam José Mouzinho, nascida aos 21 de Agosto de
2008. ( vide anexo 2, que se junta e se dá por integralmente
reproduzido);
2. Tiago Erickson José Mouzinho, nascido aos 07 de Agosto de
2011. ( vide anexo 3, que se junta e se dá por integralmente
reproduzido);

3.º
A relação conjugal ora establecida pelos Requerentes, como qualquer
relação, sempre foi harmoniosa e saudável.
4.º
Porém, as discórdias que havia entre ambos nos últimos tempos,
comprometeu, em grande medida, a manutenção da vida em comum.
5.º
Assim, em atenção aos 10 anos de casados que o casal já granjeou, por
eles já foram envidados muitos esforços, no sentido de ultrapassar estas
discórdias mas até agora não lograram em sucesso algum.
6.º
Ademais, o casal encontra-se separado de facto a mais de 2 anos, uma
vez que cada um seguiu a sua vida e decideram cada tentar suas vidas
em outros paises.
II-DO DIREITO
7.º
O artigo 20.º do Código de Família estatui que “ o casamento é a
união voluntária entre um homem e uma mulher, formalizada nos

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termos da Lei, com objectivo de estabelecer uma plena comunhão
de vida”.
8.º
Ora, cumpre acentuar que o casamento mais do que um instituto
jurídico é uma forma de estabelecimento de comunhão de vida.
9.º
De modo que, o recurso ao mesmo por parte de duas pessoas de sexo
diferente, como decorre da Lei, apenas tem lugar quando ambas
manifestam livremente o seu consetimento.
10.º
Nessa medida, se por alguma razão o vínculo matrinomial estabelecido
estiver comprometido de modo que não seja possível a sua manutenção,
nada mais resta as partes senão dissolvê-lo.
11.º
E tal pode ser feito mediante o divórcio conforme dispõe o artigo 78.º do
Código de Família.
12.º
Nestes termos, o divórcio por mútuo acordo e a dissolução do
casamento fundada no acordo ou deliberação comum é pessoal dos
cônjuges de porem termo à vida conjugal.
13.º
Assim, poderão os cônjuges exercer o direito de requerer divôrcio,
sempre que, “ Se deteriorem, de forma completa e do casamento
tenha perdido o sentido para os cônjuges, para os filhos e para a
sociedade”.
14.º
No entanto, determinam os artigos 83.º e 84.º, do Código de Família,
que, em caso de divórcio por mútuo acordo, deverão os cônjuges:
a)- Estarem à mais de três anos de casado;
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b)- Terem mais de vinte e um anos de idade;
c)- Deliberação comum e pessoal de porem termo à vida conjugal.
15.º
Ora, os factos demostram que, os Requerentes encontram-se casados
há mais de Dez (10) anos, ambos têm mais de 21 anos de idade e
deliberaram de comum acordo e pessoal o desejo de porem termo à vida
conjugal.
16.º
Pois tal acontece quando os cônjuges, depois de refletirem seriamente
sobre a sua vida matrinomial, chegam à conclusão de que a sua união
conjugal se encontra definitivamente comprometida e, então, decidem
de forma responsável e madura que não querem continuar casados.
17.º
Os Requerentes não possuem um bem a inventariar
18.º
Por desnecessidade, os Requerentes renunciam mutuamente de pensão
de alimentos.
19.º
Os Requerentes chegaram a acordo previsto no artigo 85 CF. Que se
junta e se da por inteiramente reproduzido para todos efeitos legais
20.º
Assim, compete ao Tribunal o decretamento do Divórcio Por Mútuo
Acordo, conforme dispõe o Art. 86.º e ss do Código da Família.
III- DO PEDIDO
Nestes termos e nos demais de direito, e com mui douto
suprimento de V.Excia deve a presente acção ser julgada
procendente por provada e por via disso:
a)- Seja decretado o divórcio entre os Requerentes;

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b)- Seja Homologados os acordos juntos e previstos no Artigo 85.º
Código da Familia.
Valor da acção: 1.408.001.00 KZ ( Um Milhão Quatrocentos e Oito
Mil e Um Kwanza)
Junta: Procuração Forense, 5 documentos e duplicados legais.

As Parte
_________________ ____________________
Filipa Mouzinho Féliz Mouzinho
A Mãe O pai

A Advogada
____________________
Dalva Lua
Céd n.º 2465

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