Você está na página 1de 5

Comarca de Lisboa

Lisboa – Inst. Oeste – Tribunal Central de Sintra

Exmo. Senhor Juiz de Direito,

Vem Hélder Mário Geada, casado, portador do Bilhete de identidade C.C nº 1072877,
com o NIF nº 190310782, residente em Rua Pedra Abelha, nº3 A, 2715-346 Almargem
do Bispo, intentar

ACÇÃO DE DIVÓRCIO, SEM CONSENTIMENTO DO OUTRO CÔNJUGE

Contra Maria José Teixeira De Bessa Geada, casada, portadora do Bilhete de


Identidade C.C nº 09878293com residência na Rua de Courcelles, nº 159, 75017,
Monoprix, Paris

O que faz nos termos e com os fundamentos seguintes:

A) DOS FACTOS

1. Autor e Ré contraíram casamento civil, sob o regime imperativo da comunhão


de adquiridos, em 11 de Agosto de 1990, na igreja paroquial de Duas Igrejas,
concelho Parede, conforme certidão de assento de casamento que aqui se
junta sob o documento nº 1 e se dá por integralmente reproduzida para todos
os efeitos legais.
2. Deste casamento os dois filhos já se encontram adultos com 27 e 24 anos.

Matias de Oliveira – Advogado


Rua Marquês de Subserra, nº 9 – 3º Esq. – 1070-170 - Lisboa
Tel. 213 155 056 / 219672265 - Telm. 964 424 527 / 964 001 330 - Fax. 213 144 289
Email – matiasdeoliveira21713l@adv.oa.pt / matiasadvogados@hotmail.com
3. Não existe bens em comum.
4. Já vivem separadas há 5 anos, no qual o autor vive na África, especificamente
na Costa do Marfim e a ré na França.
5. Deste modo, o Autor e a Ré não tem relações sexuais.
6. Consequentemente, é notório que ambos não tem qualquer relação
matrimonial e nem de convivência.
7. O Autor requer o divórcio, não enxergando motivos de manter um matrimonio
no qual não mais existe de fato.
8. O Autor tentou por diversas vezes o contato com a ré, no qual não obteve
êxito, pois a mesma não atende o celular e nem responde as tentativas de
contato.

B) DO DIREITO

i. Da questão prévia
1. Nestes termos, o Autor pretende e requer que o divórcio seja decretado e
homologado do modo mais célere possível, nos termos dos artigos 2º, nº 1 e
6º, nº 1, ambos do Código de Processo Civil

ii. Do divórcio
1. Sem prescindir, nos termos do artigo 1773º, nº 3 do Código Civil “O divórcio sem
consentimento de um dos cônjuges é requerido no tribunal por um dos cônjuges contra
o outro, com algum dos fundamentos previstos no artigo 1781º”.

Matias de Oliveira – Advogado


Rua Marquês de Subserra, nº 9 – 3º Esq. – 1070-170 - Lisboa
Tel. 213 155 056 / 219672265 - Telm. 964 424 527 / 964 001 330 - Fax. 213 144 289
Email – matiasdeoliveira21713l@adv.oa.pt / matiasadvogados@hotmail.com
2. Prescreve o artigo 1781º do Código Civil que “São fundamentos do divórcio
sem consentimento de um dos cônjuges (…) a) A separação de facto por um
ano consecutivo” e “d) Quaisquer outros factos que, independentemente da
culpa dos cônjuges, mostrem a ruptura definitiva do casamento”.
3. Segundo o Acórdão da Relação de Coimbra, datado de 7 de Julho de 2011
(Relator: Fonte Ramos), “Verifica-se situação integradora da cláusula geral da
alínea d) do artigo 1781º do CC (…) quando deixa de existir a comunhão de vida
própria de um casamento, com evidente e irremediável quebra dos afectos e o
desfazer do que representava esse mundo comum”.
4. Nos termos do artigo 1782º, nº 1 do Código Civil “Entende-se que há separação de
facto, para os efeitos da alínea a) do artigo anterior, quando não existe comunhão de
vida entre os cônjuges e há da parte de ambos, ou de um deles, o propósito de não a
restabelecer”.
5. Do exposto, resulta que existe uma ruptura definitiva do casamento.
6. As atitudes de ambas as partes demonstram também que não há qualquer intenção de
restabelecer a comunhão de vida.
7. Além disso, nos termos do disposto no artigo 1672º do Código Civil “Os
cônjuges estão reciprocamente vinculados pelos deveres de respeito,
fidelidade, coabitação, cooperação e assistência”.

8. Ambas as partes demonstram o firme propósito de não restabelecer a convivência


conjugal.
9. Por último e de acordo com o artigo 1789º, nº 2 do Código Civil “Se a separação
de facto entre os cônjuges estiver provada no processo, qualquer deles pode
requerer que os efeitos do divórcio retroajam à data, que a sentença fixará, em
que a separação tenha começado”.

Matias de Oliveira – Advogado


Rua Marquês de Subserra, nº 9 – 3º Esq. – 1070-170 - Lisboa
Tel. 213 155 056 / 219672265 - Telm. 964 424 527 / 964 001 330 - Fax. 213 144 289
Email – matiasdeoliveira21713l@adv.oa.pt / matiasadvogados@hotmail.com
Nestes termos e nos mais de Direito que V. Exa. doutamente
suprirá, deve a presente acção ser julgada procedente por
provada e, por via dela, ser decretada a do casamento civil.
Sem prescindir, requer-se ainda a V.Exa. que seja decretada
a dissolução, por divórcio, do casamento celebrado entre
Autor e Ré, com efeitos patrimoniais reportados à data em
que for fixada a separação entre aqueles, com carácter de
urgência.
Para tanto:
Requer a V. Exa. que, D. e A., se digne designar dia e hora para
a conferência a que alude o artigo 931.º do Código de Processo
Civil, citando a Ré para tal, seguindo-se os ulteriores termos
legais.

Valor: 30.000,01 € (trinta mil euros e um cêntimo)

Junta: 3 (três) documentos, comprovativo de pagamento da 1ª prestação da taxa


de justiça e procuração forense.

Prova:
a) Documental
- 3 (três) documentos
b) Declarações de parte
- Autor: António da Costa Figueiredo

P.E.D.

Matias de Oliveira – Advogado


Rua Marquês de Subserra, nº 9 – 3º Esq. – 1070-170 - Lisboa
Tel. 213 155 056 / 219672265 - Telm. 964 424 527 / 964 001 330 - Fax. 213 144 289
Email – matiasdeoliveira21713l@adv.oa.pt / matiasadvogados@hotmail.com
O Advogado
Matias de Oliveira

Matias de Oliveira – Advogado


Rua Marquês de Subserra, nº 9 – 3º Esq. – 1070-170 - Lisboa
Tel. 213 155 056 / 219672265 - Telm. 964 424 527 / 964 001 330 - Fax. 213 144 289
Email – matiasdeoliveira21713l@adv.oa.pt / matiasadvogados@hotmail.com

Você também pode gostar