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Revisão de Sentença Estrangeira

Processo n.º ----------------------


3.ª Secção Cível
Ex. mos Senhores Juízes Desembargadores do
Tribunal da Relação de Guimarães

----------------------- e ----------------------, já devidamente identificados na petição inicial, tendo


sido notificados do douto despacho que antecede, ref.ª nº --------------, nos termos do art.º 982
do CPC, vêm, mui respeitosamente, apresentar

ALEGAÇÕES

Deu entrada neste juízo a Ação de Revisão de Sentença Estrangeira, nos termos do art.º
978 e seguintes do Código de Processo Civil, para que a Escritura de Divórcio
Consensual, realizada em 17.07.2013, perante o 25º Tabelião de Notas de São Paulo –
SP, a qual dissolveu em definitivo o casamento entre ambos os requerentes nesta ação,
possa, igualmente produzir seus efeitos legais perante a ordem jurídica portuguesa.

Ambos os requerentes intentaram a presente Ação de Revisão de Sentença Estrangeira, por


estarem de comum acordo que a mesma seja revista e confirmada, para que produza seus
devidos efeitos legais perante o ordenamento jurídico português.

A Escritura de Divórcio Consensual, que averbou o divórcio por mútuo consentimento, objeto
da presente ação, dissolveu o vínculo matrimonial contraído pelos requerentes no dia
15.01.2011, às 09h27min.


Ficou ainda nessa Escritura de Divórcio Consensual registado que foi dissolvida a sociedade e
o vínculo entre eles, em cumprimento ao pedido e vontade das partes, satisfeitos todos os
requisitos legais exigidos pela legislação em vigor.

Não se suscitam dúvidas sobre a autenticidade do documento apresentado, que contém a


transcrição da escritura pública de divórcio consensual e que está devidamente apostilado, nem
sobre a inteligibilidade da decisão.

A decisão não foi objecto de recurso, pelo que ficou devidamente averbada no Cartório
de Registos Civil das Pessoas Naturais, na sede de Barueri/São Paulo.

Não se pode invocar exceção de litispendência ou de caso julgado com


fundamento em causa afeta a tribunal português.

A decisão revidenda em nada contraria e nem é incompatível com os princípios da ordem


pública internacional do Estado Português.

Houve a regular representação dos requerentes em respeito ao contraditório e à igualdade de


partes, tratando-se o caso de um divórcio consensual.

10º

Pelo que, estão preenchidos os requisitos enumerados no art.º 980º do Código de Processo Civil.

11º
O Tribunal é competente, nos termos do art. 979º e nº 1 do art. 80º, ambos do Código de
Processo Civil.

12º

Ambas as partes são requerentes e ambas outorgaram a procuração, evitando-se assim a


respetiva citação.

13º

Para além do exposto, salienta-se que o objetivo principal desta ação é a declaração de uma
relação jurídica já consolidada, pela Escritura de Divórcio Consensual, a qual dissolveu a
sociedade e o vínculo entre o ex-casal, em cumprimento ao pedido e vontade das partes.

PEDIDO

Nestes termos e nos melhores de direito que V. Exa. doutamente suprirá, requerem que seja
revista e confirmada a referida sentença, de forma que esta passe a produzir os efeitos legais
perante a ordem jurídica portuguesa, o que se faz julgando-se PROCEDENTE a presente Ação
de Revisão de Sentença Estrangeira.

Termos em que
pede e espera deferimento.

Guimarães, 19 de junho de 2022.

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