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PRIORIDADE DE TRAMITAÇÃO
Faz-se mister ressaltar, inicialmente, a prioridade absoluta na tramitação dos feitos em
que seja parte criança e adolescente, em observação ao espírito protecionista da
Constituição Federal e do Estatuto da Criança e do Adolescente, que aponta o dever do
Poder Público, com prioridade absoluta, à efetivação dos direitos referentes à vida, à
saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, máxime em seu
art. 4º, parágrafo único, b, o qual determina a precedência de atendimento nos serviços
públicos ou de relevância pública, devendo tal informação constar no rosto dos autos.
Corroborando tais
DOS FATOS
As partes conviveram em união estável por 16 (dezesseis) anos e tiveram como maiores
frutos (03) três filhos que, atualmente, residem com a parte Autora: a)
6.
Dívida de mais R$34.000,00 de cartão de crédito. Após tantos anos de convivência como
se casados fossem, o casal decide não conviver mais. Foram inúmeros os
desentendimentos entre o casal no ultimo ano (2017), tornando a relação insuportável.
Por diversas vezes, ambos rompiam o relacionamento de fato, suscitando o divórcio e
após, conciliavam-se. Insta ressaltar que o esforço para a convivência foi esgotado
quando a requerente (Isaura) descobriu um relacionamento extraconjugal que o requerido
(Narciso) mantinha (e ainda mantém) há um ano com outra pessoa. Há dois meses que
os conviventes não vivem mais como tal, tendo o requerido se mudado para Salvador.
Diante disso, nada mais acertado que o
status quo
do relacionamento se consolide nos termos da
guarda unilateral
dos 03 filhos para a parte Autora, merecendo em contrapartida
pensão alimentícia
no valor de um salário mínimo para cada filho.
III.
DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA
A Constituição impõe:
Art. 226: A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. § 3º Para efeito
da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre homem e mulher como
entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.
O
art. 1723 do Código Civil ratifica “É reconhecida como
entidade familiar a união estável entre o homem e uma mulher, configurada na
convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição
de família
”
. Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o regime da comunhão parcial de bens.
III. 1
DA GUARDA UNILATERAL
Considerando todo contexto fático, necessária é a manutenção dos menores sob a
guarda unilateral da parte Autora, com fundamento no art. 1.583 do Código Civil, sob pena
de
causar sérios danos à conjectura familiar e, até mesmo, dano psicológico maior frente a
situação vivenciada.
III. 2
DOS BENS
Os bens elencados no item (II) são objetos do regime legal, haja vista a consumação da
união estável. Portanto, merecem a divisão equitativa.
IV.
DOS PEDIDOS
(a)
Requer que seja julgado procedente o presente pedido, em todos os seus termos,
reconhecendo e decretando a dissolução da união estável; (b)Determinando a citação da
Ré, para comparecer à audiência de conciliação, e não logrando êxito esta, sendo-lhes
entregue cópias da exordial para, querendo, contestar a ação no prazo legal, se assim
entenderem conveniente, sob pena de revelia ou confissão ficta prevista no Código de
Processo Civil Brasileiro. E, em caso do não comparecimento à audiência de conciliação,
sejam-lhes aplicada multa prevista na mesma Legislação; (c)
Requer o reconhecimento da união estável e o decreto que lhe põe fim; (d)A divisão do
patrimônio deverá ser em partes iguais, salvo tratativa a ser acordada; (e)
Que seja fixada a guarda unilateral dos menores de idade em favor da parte Autora;
(f)
Dá-se o valor de R$963.000,00 (novecentos e sessenta e três mil reais) nesta causa.
Nesses termos, pede deferimento. Cidade, Estado
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Dia, mês, ano. ADVOGADO, OAB/XXX