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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA__ SEÇÃO

JUDICIÁRIA DA COMARCA DE SÃO PAULO

Execução Fiscal nº___

FFF FARMACÊUTICA LDTA., pessoa jurídica de direito privado, devidamente inscrita no


CNPJ sob o n°___, endereço eletrônico___, com sede na R___, n°___, bairro___, cidade___,
Estado___, por meio de seu advogado que esta subscreve, com escritório na R___, n°___,
bairro___,cidade ___Estado__, onde deverá ser devidamente intimado nos termos do art. 103
do Código de Processo Civil, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com fulcro
nos art. 5º, XXXIV, “a”, e XXXV da Constituição Federal e Súmula 393 do STJ arguir EXCEÇÃO DE
PRÉ-EXECUTIVIDADE em face do MUNICÍPIO ___, pessoa jurídica de direito público interno,
por meio de seu procurador, com endereço na R__, n°___, endereço eletrônico, pelas razões
de fato e de direito a seguir aduzidas:

I - DOS FATOS

A Excipiente, FFF Farmacêutica Ltda., foi autuada pela fazenda pública municipal em
razão de serviços prestados na pessoa de seus  sócios-gerentes. No entanto, o ISS foi cobrado
com uma alíquota de 7% sobre os serviços, resultando no débito de R$ 4.500,00, inscrito em
dívida ativa.

Ajuizada a execução fiscal, a Excipiente foi citada, por não concordar com a referida
exação, não resta alternativa ao Embargante senão propor a presente exceção.

II – DO CABIMENTO DA EXCEÇÃO DE PRÉ-EXECUTIVIDADE

Conforme previsto na Súmula 393 do STJ, a exceção de pré-executividade é admissível


na execução fiscal desde que as matérias suscitadas sejam de ordem pública, conhecíveis de
ofício, e que não demandem dilação probatória.

No caso concreto resta demonstrado o cabimento dessa petição, motivo este que o Excipiente
requer que esta seja recebida e conhecida.
III – DO DIREITO

a) Do mérito

O imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS) é um imposto de competência


dos Municípios e do DF, previsto no art. 156, III e § 3º da Constituição Federal.

A normatização geral é disciplinada pela LC 116/2003, cabendo a cada Município


instituir o referido imposto.

No caso, concreto o município da cidade de São Paulo está exigindo o ISS em razão de
serviços prestados pelos sócios-gerentes da FFF Farmacêutica a esta pessoa jurídica.
Porém, segundo o art. 2º, II da Lei Complementar em comento, não incide ISS sobre as
prestações de serviços de relação de emprego, dos trabalhadores avulsos, bem como
dos sócios-gerentes.

Portanto, fica evidenciado que a exação do município de São Paulo é ilegal, por
afrontar o exposto na LC 116/2003, pois não deve incidir ISS sobre os serviços
prestados pelos sócios-gerentes da FFF Farmacêutica a esta pessoa jurídica.

Ademais, ainda que essa referida cobrança estivesse correta, a alíquota aplicada pelo
Município está em desacordo com o disposto no arts. 8º e 8º-A, que estabelece que a
alíquota máxima do ISS deva ser de 5% e no mínimo de 2%.

No caso em tela, o município da cidade de São Paulo está exigindo uma alíquota de 7%
sobre os serviços, exorbitando o limite estabelecido pela Lei Complementar.

Portanto, a referida exação é ilegal, pela inobservância de dois pontos disciplinados


pela LC 116/2003, de modo que o direito arguido no bojo dessa presente petição resta
demonstrado, sendo dispensada a produção de prova.

b) Da concessão do efeito suspensivo

Conforme previsão legal, art. 297 do Código de Processo Civil de 2015, é facultado ao
juiz determinar medidas que considere adequadas, quando houver fundado receio de
que uma parte cause ao direito de outra lesão grave e de difícil reparação.

No caso em comento, o prosseguimento da execução fiscal fundada em uma exigência


ilegal, pode ensejar a constrição dos bens do Excipiente.

Deste modo, requer seja concedido o efeito suspensivo até a decisão final.

IV) DOS PEDIDOS

Pelo exposto, requer:


a) que a presente exceção de pré-executividade seja recebida, concedendo o efeito
suspensivo imediato à execução fiscal nº___ nos termos do art. 297 do Código de
Processo Civil;
b) seja o pedido julgado procedente para os fins de anular o processo executivo, nos
termos dos arts. 2º, II; 8º e 8º-A, ambas da LC 116/2003;
c) a intimação da Excepta para que apresente as razões de estilo, nos termos da lei;
d) a condenação da Excepta nas custas processuas e honorários advocatícios.

Nestes termos,

Pede deferimento.

Local..., data...

Advogado...

OAB/..., nº...

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