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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
Por outro lado, omisso quanto ao fato de que de acordo com o artigo 161, do
Código Tributário Nacional, os créditos tributários recolhidos com atraso ou
inadimplidos estão sujeitos a juros de mora, e não juros remuneratórios como são
os juros representados pela Taxa SELIC, também, residindo aí a imperatividade da
substituição da taxa SELIC pelos juros de 1% a.m., previsto no inciso § 1º, do
artigo 161, do Código Tributário Nacional.
Verifica-se, ainda, omissão quanto a ofensa ao princípio da indelegabilidade da
competência tributária, estatuído nos artigos 48, inciso I e 150, inciso I da CF/88.
Isso porque: "No caso da exigência da Taxa SELIC, o Banco Central do Brasil é o
responsável pelo seu controle e divulgação. No entanto, esse órgão não possui
competência tributária. De outro lado, nenhuma das pessoas políticas competentes
para a instituição e/ou majoração de tributos está legislando, de forma correta e
completa, sobre esse encargo financeiro. As leis editadas pelas pessoas políticas
dotadas de competência tributária limitam-se a impor a aplicação da Taxa SELIC.
Sob esse ponto de vista, nota-se que, na prática, está havendo delegação de
competência tributária ao Banco Central".
5. PELO EXPOSTO, e pelo que será certamente suprido no notório saber de Vossa
Excelência, requer-se o recebimento, conhecimento e provimento dos presentes
embargos, para o fim de serem supridas amplamente as omissões apontadas,
declarando-se e decidindo-se expressamente a matéria objeto do recurso, inclusive
com vistas ao seu prequestionamento, para os fins de direito.
Nestes termos,
Pede deferimento.
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OAB/PR Nº _____