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I – DA JUSTIÇA GRATUITA
Oportuno salientar que o impetrante é pessoa pobre no sentido jurídico do termo, nã o
dispondo de condiçõ es financeiras para arcar com as despesas processuais e honorá rios
advocatícios, sem abster-se de suas necessidades bá sicas para sustentar-se e a sua família,
o impetrante pleiteia neste ato os benefícios da justiça gratuita, assegurados pelo art. 5º,
LXXIV da Constituiçã o Federal/88 e art. 98 e seguintes do CPC/15, acostando-se pelo
presente, a inclusa declaraçã o de hipossuficiência nos termos da Lei nº. 1.060/50, art. 4º, §
1º. No mesmo sentido, conforme o artigo da Lei nº. 7.115/83.
II – DOS FATOS
No dia xxxxx, o impetrante solicitou através do portal “Meu INSS” o pedido do Benefício
Assistencial ao Idoso - LOAS (NB: xxxx). O pedido foi corretamente instruído com as provas
exigidas e necessá rias, conforme documentos anexos. No entanto, a autarquia deixou de
observar fatores essenciais para uma decisã o justa, indeferindo o pedido do Benefício
Assistencial ao Idoso em favor do impetrante.
Inconformado com a r. decisã o, vez que preenche os requisitos do art. 20 da LEI
Nº8.742/93, interpô s Recurso Ordiná rio em xxx, o recurso fora encaminhado à Junta de
Recursos para julgamento, e encontra-se seu status em aná lise desde entã o, conforme
documentos anexos.
No entanto, até a presente data nã o houve julgamento do Recurso, por parte da Autarquia.
É direito líquido e certo de todos terem seu pleito respondido no prazo legal. Dessa forma,
nã o resta outra alternativa à parte que nã o impetrar o presente Mandado de Segurança.
II – DO DIREITO
II.I - DO CABIMENTO DO MANDADO DE SEGURANÇA
Conforme o Artigo 5º LXIX, da Constituiçã o Federal/1988, conceder-se-á mandado de
segurança para proteger direito líquido e certo, nã o amparado por “habeas-corpus” ou
“habeas-data”, quando o responsá vel pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade
pú blica ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuiçõ es do Poder Pú blico.
Nesse mesmo sentido é a redaçã o do artigo 1º da Lei 12.016 de 2009 ao assegurar que
conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, nã o amparado
por habeas corpus ou habeas data, sempre que, ilegalmente ou com abuso de poder,
qualquer pessoa física ou jurídica sofrer violaçã o ou houver justo receio de sofrê-la por
parte de autoridade, seja de que categoria for e sejam quais forem as funçõ es que exerça.
No caso em tela, o direito líquido e certo está sendo violado por ato ilegal do INSS – na
figura do GERENTE EXECUTIVO DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), da
Agencia da Previdência Social Recife Casa Amarela – PE, eis que a analise do recurso até o
presente momento, nã o foi apreciada dentro do prazo legal, estando presentes os
requisitos legais o que requer a decisao do recurso.
De acordo com O PROVIMENTO CRPS/GP/n. º 99, de 1º de abril de 2008 estabelece prazo
má ximo de permanência dos processos nas Juntas de Recursos e Câ maras de Julgamento de
85 (oitenta e cinco) dias, a contar da data de entrada na Secretaria da instâ ncia julgadora
até o seu efetivo encaminhamento ao ó rgã o de origem, vejamos:
Art. 7º . O período má ximo de permanência dos processos nas Juntas de Recursos e
Câ maras de Julgamento será de 85 (oitenta e cinco) dias, a contar da data de entrada na
Secretaria da instâ ncia julgadora até o seu efetivo encaminhamento ao ó rgã o de origem.
“A Turma, por votaçã o unâ nime, deu parcial provimento ao recurso ordiná rio em mandado
de segurança, concedendo a ordem para que a autoridade impetrada decida
motivadamente o pleito do Recorrente (...) no prazo má ximo de trinta dias a contar da
comunicaçã o dessa decisã o, nos termos do voto da Relatora (...).”
(Recurso Ordiná rio em Mandado de Segurança 28.172 / DF, Relatora: Ministra Carmen
Lú cia, Julgado em 24/11/2015).
Nessa esteira, aludida decisã o denegató ria caracteriza o interesse de agir do Impetrante, na
medida em que o ato ilegal emanado pelo Administrador somente poderá ser reparado pela
atuaçã o do Poder Judiciá rio, por meio do processo, instrumento ú til e adequado para
persecuçã o deste fim.
III - DA LIMINAR
Conforme dispõ e o artigo 7º, da Lei 12.016/09, ao despachar a inicial, o juiz poderá
conceder liminar antecipando a pretensã o do writ, desde que existente fundamento
relevante.
In casu, inequívoco o direito líquido e certo do Impetrante, amparado por Lei e com
entendimento já pacificado nos Tribunais Superiores, de modo em que a concessã o de
liminar é medida que se impõ e.
Esclareça-se que o presente mandado de segurança, busca aqui, nã o a concessã o do
benefício, mas sim que o Impetrado analise o requerimento e verifique se estã o presentes
os requisitos e julgue o recurso proposto.
Deste modo, deve ser concedida a medida liminar inaudita altera pars, determinando que o
Impetrado analise o requerimento de concessã o de benefício do Impetrante no prazo de 10
(dez) dias, sob pena de multa diá ria, além de eventual apuraçã o de crime de desobediência
e responsabilidade funcional.
IV - DOS PEDIDOS:
Por todo o exposto, é a presente para requerer:
1. de 10 (dez) dias, sob pena de multa diá ria, além de eventual apuraçã o de crime de
desobediência e responsabilidade funcional;
Dá ‐se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) para fins fiscais.