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Diante dos fatos narrados, estamos frente a configuraçã o de vínculo empregatício que
merece ser reconhecido, pois as atividades exercidas pela reclamante preenchem os
requisitos previstos no artigo 3º da CLT. Vejamos:
A reclamante exercia a prestação pessoal de serviço junto a reclamada na funçã o
xxxxxxxxxxxxx de modo que a atividade era executada exclusivamente por ela, pois recebeu
da reclamada a responsabilidade de xxxxxxxxxxxxxxx, demonstrada nos prints de tela das
conversas de WhatsApp, subordinando-se à reclamada de forma a cumprir todas as
diretrizes da empresa, bem como o uso de fardamento e horá rios que lhe foram impostos, e
mediante ordens direta de seus superiores hierá rquicos xxxxxxxxxxxxxxxx como
demonstra as fotos anexadas.
Ademais, toda a atividade era executada nos mesmos horá rios (segunda à sexta, das
xxxxxxxxx e aos sá bados das xxxxxxxxxx), com habitualidade e conforme as
determinaçõ es impostas pela reclamada que a obrigava junto com os demais funcioná rios a
assinar folha de ponto e mediante o recebimento mensal de xxxxxxxxxxxxxxxxxx pagos em
mã os apó s assinatura de recibo nã o verossímil aos fatos, do qual nã o lhe era dado có pia e
se encontra de posse unicamente da reclamada, porém totalmente comprová vel por meio
das provas testemunhais, caracterizando-se assim a onerosidade das tarefas realizadas.
Diante de tais pressupostos, deve ser reconhecimento o vínculo, conforme os precedentes
do TRT13 sobre o tema :
RECURSO ORDINÁRIO. VÍNCULO DE EMPREGO. RECONHECIDO. Constatando-se que foram demonstrados os
requisitos exigidos no art. 3º da CLT, consubstanciados na pessoalidade, não eventualidade, onerosidade e
subordinação jurídica, impõe-se o reconhecimento do vínculo empregatício entre as partes, com o deferimento
dos pedidos a ele relativos, respeitada a prescrição quinquenal parcial deferida. Recurso provido em parte. TRT 13ª
Região - 1ª Turma - Recurso Ordinário Trabalhista nº 0000822-44.2018.5.13.0010, Redator (a): Carlos Coelho De
Miranda Freire, Julgamento: 03/09/2019, Publicação: DJe 12/09/2019.
Restando claro, portanto, todos os requisitos necessá rios para o reconhecimento do vínculo
empregatício, requer-se a Vossa Excelência, o reconhecimento desta relaçã o de emprego e
por conseguinte a assinatura de sua CTPS e o pagamento das verbas que serã o tratadas a
seguir.
II.II. DA ANOTAÇÃO DA CTPS
Diante da narrativa dos fatos e das provas contidas nos autos, fica evidente que o
reclamante nã o teve sua CTPS devidamente anotada com o cargo, salá rio e período
laborado para a reclamada.
Desta forma, e segundo o que dispõ e o artigo 29 e pará grafos da CLT, requer pela anotaçã o
do cargo de xxxxxxxxxx no período de xxxxxxxxxxxxx com salá rio mensal de
xxxxxxxxxxxxxxxx.
II.III. DA SUPRESSÃO DO INTERVALO INTRAJORNADA
Muito embora a reclamante trabalhasse de segunda à sexta, com respeito ao intervalo
intrajornada mínimo de 01 hora por dia, conforme previsã o do artigo 71, “caput” da CLT,
observa-se que em todos os dias de sá bado, a sua jornada era de 06 horas diá rias sem
concessã o de intervalo intrajornada, conforme tabela abaixo e salvo as variaçõ es de
tolerâ ncia.
De acordo com o § 1º do artigo 71 da CLT, o empregado possui direito ao intervalo
intrajornada de 15 minutos para a carga horá ria de até 06 horas diá rias.
Ademais, segundo a previsã o do § 4º do artigo 71 da CLT, corroborado pela Sú mula 437, do
TST, garantem que a supressã o do intervalo intrajornada por possuir natureza
indenizató ria deve ser paga com acréscimo mínimo de 50% sobre o valor da remuneraçã o
da hora normal de trabalho.
Nesse sentido, temos o entendimento jurisprudencial recente do TRT13:
INTERVALO INTERJORNADA. O intervalo mínimo interjornadas previsto no art. 66 da CLT acarreta, por analogia, os
mesmos efeitos previstos no § 4º do art. 71 da CLT e na Súmula n. 110 do TST, devendo-se pagar a integralidade
das horas que foram subtraídas do intervalo, acrescidas do respectivo adicional (Orientação Jurisprudencial 355
da SDI-I do TST). TRT 13ª Região - 1ª Turma - Recurso Ordinário Trabalhista nº 0000506-58.2019.5.13.0022,
Redator (a): Desembargador (a) Ana Maria Ferreira Madruga, Julgamento: 29/01/2020, Publicação: DJe
09/02/2020.
CAIXA EXECUTIVO. PAUSA DE 10 MINUTOS. PREVISÃO EM NORMAS COLETIVAS E INTERNAS DA CEF. CONCESSÃO.
Considerando que os normativos internos da CEF preveem a concessão do intervalo de 10 minutos, após 50
minutos trabalhados, para todos os empregados que desenvolvam tarefas de entrada de dados, sem estabelecer
exclusividade ou preponderância dessas atribuições, impõe-se modificar a sentença, para deferir à reclamante as
horas extras correspondentes à pausa não concedida. Recurso parcialmente provido. TRT 13ª Região - 2ª Turma -
Recurso Ordinário Trabalhista nº 0000620-54.2019.5.13.0003, Redator (a): Desembargador (a) Francisco De Assis
Carvalho E Silva, Julgamento: 29/01/2020, Publicação: DJe 05/02/2020
j) Requer ainda que a reclamada seja condenada ao pagamento da multa de que trata o
artigo 477, e, em nã o sendo pagas as parcelas incontroversas na primeira audiência, seja
aplicada multa do art. 467 da CLT, tudo acrescido de correçã o monetá ria e juros;
k) A condenaçã o da Reclamada ao pagamento dos honorá rios sucumbenciais na razã o de
15% do valor da condenaçã o em consonâ ncia ao artigo 791-A da CLT;
Nestes termos,
Pede Deferimento.
Loca, data.
Advogado
OAB
Lembrem-se, todos os pedidos devem estar seguidos de seu espelho de cálculo. Utilizem
jurisprudências atualizadas do seu estado e do TST.
Até mais!